Revista Reparação Automotiva 156

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EDIÇÃO 156 | Setembro de 2021

VERSÃO IMPRESSA E

DIGITAL

TROCA DOS AMORTECEDORES DO HYUNDAI HB20 ANO 2018 Procedimento correto para substituição das peças é de extrema importância, uma vez que é um equipamento de segurança

CONTATO DIRETO COM OS REPARADORES

Revista Reparação Automotiva intensifica relacionamento com os Grupos e Associações de reparadores automotivos!

PERFIL TÉCNICO

A reparabilidade do motor 3 cilindros turbo da Chevrolet

OFICINA MAIS LUCRATIVA

Os quatro passos para realizar uma revisão que gere lucro

DICA DE ELÉTRICA

Como interpretar a falha mostrada no diagnóstico

COMO BLINDAR A OFICINA

Os atrasos no recebimento podem virar perdas de receita

E MAIS: QUAL É A PRODUTIVIDADE DA SUA OFICINA? / MERCADO DA REPARAÇÃO ESTÁ OTIMISTA / POR DENTRO DA REPOSIÇÃO


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Edição 156 | Setembro 2021 Consultores de Gestão | Dicas Técnicas | Notícias de Mercado | Reparação Pesados | Motos

Editorial Editada pela IBR Editora e Marketing Digital, de circulação dirigida aos profissionais do segmento automotivo para contribuir com o desenvolvimento do setor. Tiragem 30 mil exemplares. Enviada para 60 mil e-mails cadastrados. Fale com o profissional que decide a compra. Anuncie! comercial@ibreditora.com.br Diretoria Flavio Guerra guerra@ibreditora.com.br

Sinergia entre reparadores e fabricantes

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Equipe Revista Reparação Automotiva

A Revista acompanha as evoluções tecnológicas não só da indústria, como também das ferramentas para agilizar a comunicação. Sendo assim, neste período sem precedentes, provocado pela pandemia, a IBR Editora & Marketing, investiu e buscou meios os quais proporcionaram estar em constante contato com o público leitor e parceiros comerciais, intensificando ainda mais sua presença nas oficinas.

Carlos Oliveira carlos@zmix.com.br Editor Responsável Edison Ragassi (MTB 38.204) redacao@ibreditora.com.br

Nesta edição, destacamos uma reportagem especial sobre estas ações, as quais auxiliaram a estreitar ainda mais este relacionamento promovido pela Revista. Além disso, a informação técnica, sempre prioritária, mostra para o leitor as ferramentas e o procedimento correto a ser realizado ao trocar os amortecedores dianteiros e traseiros do Hyundai HB20, um modelo de muito sucesso no mercado nacional.

Design Gráfico Marcos Bravo criacao1@ibreditora.com.br Edição de Vídeo Victória Ragassi Comercial Fernanda Bononi comercial1@ibreditora.com.br Consultor de Negócios Jeison Lima jeison@zmix.com.br Coordenadora Financeira Luciene Alves luciene@ibreditora.com.br Impressão Gráfica Oceano Auditorias de tiragem, distribuição e circulação

Acesse a Banca on-line Anatec e leia a revista Reparação Automotiva, única mídia do mercado de reparação filiada à Anatec e Mídia Dados.

Apoios e Parceiras

esde quando surgiu em 2007, a Revista Reparação Automotiva tem como objetivo ser o elo de ligação entre os reparadores automotivos e as empresas fabricantes de autopeças. Isso porque, um segmento não existe sem o outro. Assim, as matérias e reportagens feitas pela publicação em todas as plataformas que atua, buscam esclarecer as principais dúvidas dos reparadores no que diz respeito a aplicação das peças e componentes.

SUMÁRIO

As tendências do mercado estão em destaque no Perfil Técnico, onde mostramos as condições de reparabilidade do motor 1.0 3 cilindros turbo da Chevrolet, utilizado em modelos como o novo Onix e SUV Tracker.

04. ARTIGO RODIMAR Os atrasos no recebimento podem virar perdas de receita

Para satisfazer o cliente plenamente, o inicio do processo se dá ao realizar o diagnóstico correto, porém é preciso saber interpretar as informações do equipamento de diagnóstico. As dicas de interpretação estão no artigo feito pelo nosso consultor, o professor Leandro Marco.

06. ARTIGO KARINE Os quatro passos para realizar uma revisão que gere lucro 08. ARTIGO ALEXANDRE Qual é a produtividade da sua oficina? 12. MERCADO Relacionamento com os Grupos e Associações de reparadores automotivos!

O empresário da reparação automotiva precisa também das dicas de como gerir o negócio de maneira saudável. Elas foram preparadas por nossos consultores de gestão. E ainda mostramos uma pesquisa feita pela entidade internacional GiPA, sobre a perspectiva do segmento da reparação neste ano de 2021. Boa leitura e até o próximo mês.

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14. MERCADO Mercado da reparação está otimista 14. CAPA Troca dos amortecedores dianteiros e traseiros do hyundai hb20 ano 2018

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22. ELÉTRICA Como interpretar a falha mostrada no diagnóstico 26. PERFIL TÉCNICO A reparabilidade do motor 3 cilindros turbo da Chevrolet

Rua Acarapé, 245, Chácara Inglesa CEP: 04139-090, São Paulo/SP Atendimento ao Leitor: tel. 11 5677-7773 | contato@ibreditora.com.br

28. POR DENTRO DA REPOSIÇÃO As notícias e novidades da reposição automotiva

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ARTIGO / COMO BLINDAR SUA OFICINA PARA TEMPOS DE CRISE

INADIMPLÊNCIA, OS ATRASOS DAS CONTAS A RECEBER PODEM VIRAR PERDAS

por RODIMAR MARCHIORI - Diretor da Marchiori Consultoria

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lá pessoal, na edição passada falamos sobre a Ferramenta Fluxo de caixa, espero que tenham compreendido a importância e aplicado na prática o conceito. Agora nesta edição vamos falar de algo que é indesejável mais pode acontecer, Inadimplência, os atrasos do contas a receber que se não administrados podem virar perdas. Administrar o crediário para muitas oficinas é um grande pesadelo, a falta de uma definição clara de política de crediário (como será feito parcelamento quantidade de parcelas e formas de pagamento), a utilização do crediário próprio também conhecido como recebimento em carteira (a famosa notinha) e a cultura já estabelecida onde o cliente paga quando e como quer, são os principais fatores que geram altos índices de inadimplência. O conceito básico de inadimplência se refere aos atrasos de recebimento, não estamos falando ainda em perdas, mas esses atrasos muitas vezes acabam gerando um grande problema no fluxo de caixa, pois programação do contas a receber projetada acaba não acontecendo, mas as contas a pagar de fornecedores tem prazo definido, isso exige que a empresa tenha um saldo de caixa (capital de giro) para manutenção das contas, quando isso não é possível acaba pagando juros por pagamentos atrasados de fornecedores ou pagamento de cheque especial no banco. Se sua oficina sofre com os atrasos de recebimentos, 04 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

você precisa fazer algo para mudar esse cenário, o primeiro passo é compreender que a inadimplência inicia no ato da venda, após apresentação do orçamento havendo a aprovação do cliente, na sequência já é preciso definir a condição e forma que o cliente vai pagar, neste momento formalize o que foi negociado com o cliente, para que no ato da entrega do veículo seja exigido e cumprido o que foi negociado entre as partes. Sim, para muitas oficinas é um grande desafio, pois muitos clientes já estão acostumados a pagar quando e como querem, mas faz parte do jogo moldá-los para o que sua empresa precisa, inicie a estratégia de formalização das negociações com clientes novos e clientes que compram pouco, isso lhe dará segurança para depois trabalhar com os clientes da curva A. Outra dica é direcionar as negociações para formas de pagamento garantidas, Dinheiro à vista, Pix ou cartão, e tente administrar os riscos nas negociações com Boleto e Cheque sempre que possível fazendo análise crédito (SPC), evite ao máximo o pagamento em Carteira (notinha). Sugestão para clientes novos somente Dinheiro à vista, PIX e Cartão, assim você estará moldando o seu cliente para uma cultura de respeito ao seu negócio e diminuindo o risco de inadimplências. Para receber mais dicas de gestão, siga nas redes sociais Instagram, Facebook e no Youtube Rodimar Marchiori, e participe do Grupo no Telegram envie seu Nome, Cidade e Estado para o WhatsApp (48) 9 9959 9733.



ARTIGO / OFICINA MAIS LUCRATIVA

TRANSFORME UMA “REVISÃOZINHA” EM UM “VENDÃO” COM ESTES 4 PASSOS: por KARINE QUINJALMO, Mãe do Enzo, Especialista na gestão da oficina e Influenciadora digital. @karinequinjalmooficial

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lá, pessoal! Tudo bem com vocês? Para quem me acompanha aqui, sabe que eu escrevo sobre o meu dia a dia. Tudo o que acontece comigo, com os clientes nos diversos momentos da reparação automotiva. É o que me inspira a escrever aqui e compartilhar com vocês. Nestes últimos meses, tenho acompanhado o aumento da demanda por revisões. Muito por falta de veículos zero no mercado e, por consequência, o aumento do preço. E nesta edição, de forma simples e objetiva, vou te auxiliar em como melhorar a argumentação de venda dos orçamentos destas revisões. PASSO 1: Questione o porquê deste cliente estar solicitando uma revisão geral no carro. Faça perguntas, como: “Por que você quer revisar?” Isto levará a respostas, como “eu estava aguardando para trocar de veículo, mas não consegui pelo preço ou porque não tem no mercado disponível o modelo que eu estou querendo”, ou até mesmo “na pandemia eu utilizei muito pouco o carro e agora que estou retomando, quero deixá-lo em dia.” Muita atenção nesta etapa, pois você deve utilizá-la como gatilho quando for apresentar o orçamento. Por exemplo: se ele desistiu de comprar um veículo zero por causa do aumento de preços, iniciei informando que o gasto com a manutenção preventiva é menor do que a corretiva e vai apresentar o que você identificou para que ele continue com o carro dele em dia, tendo o melhor custo-benefício. PASSO 2: Identifique para que ele mais utiliza o veículo, faça perguntas como: “Na sua rotina, como você o utiliza?” Esta pergunta fará com que ele relate se utiliza para trabalhar, para transportar a família, para a rotina no lar, para passeio, entre outras possibilidades. Utilize esta informação para argumentar logo em seguida ao porque ele deseja revisar. Como exemplo: se ele utiliza o carro para trabalhar,leve-o a pensar o quanto um dia do faturamento ou do trabalho dele impacta no mês, ou se ele utiliza para transportar a família, o quanto é importante zelar pela segurança, pois seu bem mais precioso está ali no veículo. PASSO 3: Mesmo que ele chegue afirmando que quer somente uma “revisãozinha”, faça perguntas como: 06 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

“Você percebeu alguma coisa de diferente?” E se mesmo assim ele responder que não, o desperte para algumas coisas que são corriqueiras como: “Dificuldade para pegar pela manhã ou nos dias frios? Aumento no consumo de combustível? Sentindo alguma falha, dificuldade na retomada? Baixando água, óleo? Algum tipo de vazamento?” Muitas vezes o cliente não fala pensando que assim sairá mais barato, ou porque naquele momento não lembrou mesmo ou até porque para ele algumas coisas parecem ser normais por falta de conhecimento. Esta é a fase do atendimento em que você pode demonstrar seu conhecimento de modo que, se ele lembrou que o carro falha em alguns momentos, explique de forma breve, quais os “exames” que você dará ênfase, como por exemplo, um diagnóstico pelo scanner. Demonstre a importância e valorize esta etapa e este diagnóstico. Só assim, você conseguirá cobrar este investimento, conhecimento e este tempo. PASSO 4: Tome conhecimento do histórico de manutenção do veículo. Se este veículo já foi atendido por você, levante tudo que já foi realizado e todos os sintomas relatados pelo cliente. Se não, solicite e/ou pergunte ao cliente o que ele já fez, confira os registros no manual do proprietário. Verifique a quilometragem e informe a ele que em função daquela quilometragem “X”, os itens críticos são: filtros, correias, sistema de arrefecimento, pneus, entre outros, de acordo com o modelo. Isto já o deixará preparado para encontrar estes itens no orçamento. Agora, baseado nestas informações, inicie a apresentação do orçamento de revisão assim: afirme porque ele decidiu pela revisão, o lembre de como ele utiliza o carro e o impacto disto no dia a dia, e agora apresente as áreas necessárias de manutenção. Inicie pelo que ele relatou ou notou, que normalmente é a manutenção corretiva, e conclua com os itens verificados na manutenção preventiva, como as correias, por exemplo. Pense nisto! E, com base nesta orientação, você tiver dúvidas ou precisar de maiores orientações em como converter seus orçamentos em venda, entre em contato. Esta é minha dica, para a sua oficina ainda mais lucrativa.


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ARTIGO / OFICINA PRODUTIVA

SABE DIZER, QUÃO PRODUTIVA É SUA OFICINA? por ALEXANDRE COSTA, consultor sênior especializado em inovação para o setor automotivo, com 25 anos de experiência. Palestrante convidado a participar dos principais eventos do mercado em todo o País e diretor da ALPHA Consultoria, empresa dedicada ao segmento automotivo

T

apenas por uma métrica financeira como a receita total é uma visão um tanto quanto míope do próprio negócio. Não traz a verdadeira dimensão da sua empresa!

Mas e se a pergunta for outra? E se eu te perguntar qual foi a produtividade de sua oficina no mês que passou? Saberia responder?

Quando conseguimos mensurar a produtividade aí sim, estamos, efetivamente, conseguindo enxergar a condição real da oficina. Ou seja, estaremos conseguindo mensurar quanto, em Reais, a oficina produz por hora, e é essa a relação mais importante no seu negócio!

Posso afirmar, categoricamente, que a maioria dos empresários, donos de oficinas e centros automotivos, não teriam essa resposta para me dizer. Um ou outro empresário poderia me indagar, que a receita gerada no final do mês é o resultado da produção da oficina, e portanto, também indicaria sua produtividade! O que não deixa de fazer sentido, mas está um tanto quanto distorcido em termos de conceito.

E quando começa a avaliar seu negócio baseado nesse indicador, a Produtividade, todo seu esforço estará em conseguir gerar mais ganho, no mesmo período de tempo! Ou seja, produzir mais reais por hora! Isso que realmente é importante em um negócio baseado na venda de serviços atrelado a hora! A Produtividade te dirá em que investir para ter ganhos, quais processos precisa melhorar e onde dedicar seus esforços!

Mas afinal, porque saber o nível de produtividade é tão importante? O resultado gerado no fim do mês não seria o suficiente?

Mas, afinal, se a produtividade é algo tão importante assim, como mede então? E, como você pode calcular isso no seu negócio?

Na verdade, não! Já citei em vários artigos, palestras, lives e videos que uma oficina é um processo produtivo, e que avaliar seu resultado

Bem, isso aí já é assunto para a próxima coluna! Até lá!

enho certeza que se for indagado por mim, sobre quanto sua oficina gerou de receita no último mês, essa informação estará na ponta da língua! Na pior das hipóteses será necessário recorrer a uma planilha ou relatório de sistemas, mas de certo a informação estará lá, a disposição!

08 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA



PERFIL TÉCNICO / TRACKER TURBO

Por: Redação/ Arte: Marcos Bravo/ Fotos: Divulgação

CONTATO DIRETO COM OS REPARADORES A Revista Reparação Automotiva mantém relacionamento com os principais Grupos e Núcleos de reparadores automotivos do Brasil

R

elacionar-se bem com o público alvo é fundamental para qualquer publicação dirigida, como a Revista Reparação Automotiva. Este relacionamento proporciona aos principais parceiros da publicação, ou seja, os fabricantes de autopeças, uma maior visibilidade, pois sabemos que sem as oficinas reparadoras espelhadas pelo País não há negócios. Compreender a vontade, as necessidades e as expectativas das oficinas mecânicas requer comunicação e entendimento de como é o dia a dia destes estabelecimentos. Mas a construção desse relacionamento não ocorreu de um dia para o outro. Ele começou em 2007, quando a Revista foi lançada. Entre as várias ações, durante os anos de 2018 e 2019, a Revista Reparação Automotiva realizou diversos eventos presenciais com a participação 10 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

dos grupos de oficinas de São Paulo e também de outros estados do Brasil, tendo como foco, a troca de informações sobre o futuro da reparação e a interação com a indústria automotiva. Entre os participantes destes eventos, estão os integrantes do NEA-SC (Núcleo Estadual de Automecânicas de Santa Catarina). Atualmente, presidido por Cidney Pedro Simon, o NEA reuni mais de 300 empresas

NEA-SC, com mais de 300 empresas participantes

do setor automotivo, entre elas fornecedores de produtos e serviços de manutenção em todo o Estado. Ainda na região Sul do Brasil, o AutoRede, com sede em Novo Hamburgo (RS), iniciou as atividades em 2005, para integrar o programa Redes de Cooperação do Governo do Estado. Presidida por Gerson Flesch, esta associação sem fins lucrativos, é formada por um grupo de 17 empresas reparadoras dos segmen-


tos de mecânica de automóveis, elétrica, direção hidráulica, retífica de motores, funilaria e pintura. Em Belém (PA), o NAM (Núcleo de Auto Mecânica) foi fundado no ano 2003. Atualmente é composto por 25 empresas, as quais atuam em diferentes bairros e municípios. O núcleo presidido por Ailton Modesto é focado em buscar conhecimentos fora do Estado, assim, participa de cursos, palestras, convenções com objetivo de chegar á excelência. No interior de São Paulo, na Cidade de Campinas está a AESA (Associação das Empresas de Serviços Automotivos do Estado de São Paulo). Presidida por Max Pavesi a Associação fundada em julho de 2003, participa ativamente dos eventos do setor. Atualmente reuni 76 empresas especialistas em reparação de automóveis. Já em São Paulo, está o Grupo Comesp (Conselho de oficinas mecânicas de São Paulo), presidido por Daniel Tanigushi. Fundado em 2018, ele surgiu porque os integrantes, no total 10 oficinas, sentiram a necessidade de promover troca informações entre os profissionais da reparação e proprietários de empresas reparadoras. Estes são alguns exemplos dos Núcleos e Grupos que a Revista mantém contato. O alcance nos eventos presenciais chegou a 50 núcleos os quais, em média, somam 35 oficinas por núcleo, o que totaliza 1.750 empresas reparadoras. Na média cada uma delas é composta por quatro colaboradores, isso representa um alcance total de 7.000 profissionais. Já em 2020 o cenário mundial mudou completamente e em ne-

Au­toRede, composto por oficinas especializadas de para-choque a para-choque

Grupo Co­mesp, promove interação e difusão de informações

Integrantes do Gripo MAM em Belém, no Pará, através das informações quer a excelência nos serviços prestados

nhuma das projeções, análises e previsões, poderia prever o que ocorreria por causa da pandemia. Neste momento a Revista identificou que era necessário intensificar as ações digitais, para encurtar as distâncias. O foco foi em levar conteúdos relevantes para o segmento da reparação automotiva e principalmente direcionar estrategicamente para os fabricantes e reparadores. A ferramenta utilizada foi a Internet, através das Lives com temas de gestão de oficinas, técnicas, participação de montadoras, especialistas em veículos pesados. Esta ação totalizou mais de 90 Lives com média de 4.000 visualizações cada uma. Elas são veiculadas no Youtube TV Reparação Automo-

tiva e área de vídeo do Facebook. Para completar, foram realizados diversos eventos digitais, treinamentos e reuniões online com os grupos de oficinas de todo o Brasil, para mostrar a realidade das oficinas aos fabricantes. Ao somar as ações de interatividade e relacionamento, a Revista atingiu o propósito, pois chegou a 140.000 seguidores nas plataformas digitais e com alto crescimento no Canal TV Reparação Automotiva, o que totaliza 32.000 inscritos e mais de 4,5 milhões de visualizações em seus mais de 330 vídeos. Conectar as oficinas reparadoras com os principais fabricantes de autopeças é a nossa missão! REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 11


MERCADO / INDICADORES

O MERCADO DE REPARAÇÃO ESTÁ OTIMISTA Levantamento feito por entidade internacional mostra que as expectativas são positivas para o aftermarket no terceiro trimestre deste ano.

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riada na Europa em 1.986, a GiPA automotive afetermarket intelligence é uma entidade internacional que estuda e faz levantamentos sobre o setor de pós-vendas. Ela atua nos segmentos leves, pesados, de duas rodas e também agrícola. A GiPA realizou o estudo Aftermarket Pulse, o qual mostramos nesta reportagem.

Por que a GiPA criou o Aftermarket Pulse? É uma ferramenta global desenvolvida pela GiPA para fornecer uma visão geral atualizadada situação do aftermarket em cada país. O objetivo é medir o nível de atividade na retomada do setor após o ano atípico de 2020, impacta do pela imprevisível pandemia de COVID-19. Permite ter análises a nível de OEM e IAM nas seguintes famílias: ü Manutenção ü Desgaste ü Mecânica ü Funilaria e pintura ü Pneus METODOLOGIA E ESTRUTURA DA AMOSTRA O levantamento realizado pela GiPA permite apre12 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

sentar dados nacionais, com repartição geográfica da amostra.

ATIVIDADE DE OFICINA

Os reparadores estavam relativamente otimistas no final do ano passado, e no inicio de 2021, mas o agravamento da situação de saúde a partir de fevereiro, com reforço das medidas restritivas de combate à pandemia abalou o mercado no final do 1º trimestre já nesse 2º trimestre, todos os canais, com


a redução das medidas restritivas, se mostram muito mais otimistas, tendo suas expectativas superadas. FUNCIONADOS DA PARTE DE OFICINA ü A proporção de profissionais que trabalham em tempo integral é alta e se manteve relativamente estável entre o 1º e o 2º trimestre de 2021.

ü Houve uma leve diminuição desta proporção nas funilarias e lojas de pneus, que foram os canais que mais sofreram no 1º semestre de 2021. Problemas com abastecimento de peças

PROBLEMAS COM ABASTECIMENTO DE AUTOPEÇAS A proporção de profissionais que sofreram problemas inabituais de disponibilidade de peças ou prazos de entrega continua alta, porém diminuiu no 2º trimestre (salvo funilaria), deixando esperar uma volta progressiva à normalidade.

de 2021 para o 2º, enquanto ficou estável nas lojas de pneus e funilarias e diminuiu entre oficinas independentes. A boa noticia é que em todos os canais, a proporção que, de fato,teve que adiar pagamentos diminuiu. EVOLUÇÃO DE ATIVIDADE: FATURAMENTO NA OFICINA O 1º trimestre de 2021 mostrou uma queda em rela1ção ao mesmo período de 2020 que pode ser considerado como “prépandemia” ; enquanto o reforço das medidas restritivas que ocorreu em março de 2021 em vários estados prejudicou a atividade do trimestre.

Sem exceção, todos os canais apresentam aumento no faturamento no 2º trimestre de 2021 em relação ao mesmo trimestre do ano passado; é importante notar que o 2º trimestre de 2020 foi um momento crítico da pandemia, quando foram impostas duras medidas restritivas, além das necessárias precauções por parte dos motoristas. PERSPECTIVA PARA O FUTURO Apesar de um primeiro semestre do ano com uma queda maior do que o esperado, a maioria dos profissionais estão confiantes quanto ao próximo trimestre.

As estruturas pequenas, oficinas independentes e funilarias, são os canais com maior proporção de profissionais preocupados.

PROBLEMAS COM FLUXO DE CAIXA DA OFICINA Na concessionária, aumentou a proporção de oficinas que tiveram problemas de caixa do 1º trimestre

REPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 13


CAPA / TROCA DOS AMORTECEDORES HB20 Por: Felipe Salomão/ Reportagem Edison Ragassi Fotos: Saulo Mazzoni

TROCA DOS AMORTECEDORES DIANTEIROS E TRASEIROS DO HYUNDAI HB20 ANO 2018 Procedimento correto para substituição das peças é de extrema importância, uma vez que é um equipamento de segurança

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Hyundai HB20 foi lançado no final de 2012 e logo entrou na listas dos carros mais comercializados no país. Além disso, ganhou uma nova geração com motor turbo e um visual arrojado, o que o manteve entre os líderes de venda. Para confirmar este excelente desempenho, em julho deste ano foram vendidas 7.799 unidades do carro. Já entre janeiro e julho de 2021 foram licenciadas 53.212 unidades do modelo.

corretamente dos amortecedores dianteiros e traseiros do veículo. Deste modo, para mostrar a maneira correta do procedimento de substituição destas peças a Revista Reparação Automotiva foi até o Centro de Treinamento da Monroe, em Mogi Mirim (SP), e acompanhou o processo de substituição das peças de um HB20 ano 2018 com mais de 55 mil km rodados. O procedimento foi realizado pelo experiente técnico da empresa Juliano Caretta.

Portanto, com esse sucesso é óbvio que alguns modelos já aparecem nas oficinas reparadoras de todo o país. Por isso, é de extrema importância saber fazer o reparo

Antes de começar o procedimento é de extrema importância que o reparador utilize equipamentos de proteção individual como sapatos, óculos e, também, luvas.

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ACOMPANHE O PROCEDIMENTO. 1. Com o carro apoiado ao solo, soltar a pressão das porcas das rodas. Logo depois subir o carro no elevador e tirar a roda e os pneus.

2. Soltar a bieleta com uma chave de 17 mm, para segurar o pino, e com outra de 19 mm para soltar a porca de fixação.


Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva

rar a haste e uma chave 19 mm para soltar a porca de fixação

3. Soltar os dois parafusos da fixação interior com uma chave de 17 mm para segurar o parafuso e outra com medida de 19 mm para soltar a porca

Obs: Com uma mão segurar o amortecedor por dentro da caixa de roda e com a outra mão soltar a porca de fixação, assim o deixando livre.

11. Após soltar a fixação superior retirar as molas

12. Retirar o coxim, o rolamento, o isolante inferior de mola e, também, a coifa e batente 4. Soltar o suporte do flexível do ABS. Para isso, utilizar uma chave de 10 mm

5. Utilizar um cavalete ou fixador para prender a manga de eixo, isso evita que ela fique suspensa.

6. Soltar a fixação superior com uma chave allen 7 mm, para segurar a haste, e outra chave de 17 mm para segurar a porca de fixação.

7. Com o amortecedor na bancada iniciar a desmontagem de todo o conjunto

8. Utilizar o encolhedor de molas para comprimir a mola.

13. Com o amortecedor em pé fazer a sangria ou equalização do amortecedor virando a peça de cabeça para baixo para fazer o fechamento do amortecedor. Após fazer isso, deixe ele de pé até a haste do amortecedor subir para posição correta. Será necessário fazer esse procedimento três ou quatro vezes. Com isso, garantirá o funcionamento da peça logo após instalada no carro.

9. Quando a mola tiver livre soltar a fixação superior 10. Soltar a fixação superior com uma chave allen 7 mm para seguREPARAÇÃO AUTOMOTIVA | 15


CAPA / TROCA DOS AMORTECEDORES HB20 14. Comece a montar o amortecedor pelo isolante de mola.

15. Colocar a coifa e o batente. Sempre colocar o furo maior do batente para baixo. Além disso, colocar o batente dentro da coifa.

16. Colocar a mola.

17. Colocar o prato superior, que já vem acoplado com o isolante da mola

também, para que a graxa possa circular por todo o pino esférico. 25. Fazer a instalação da bieleta na barra estabilizadora e no amortecedor. Para fazer o aperto da peça utilizar uma chave allen de 5 mm e com outra chave de 17 mm para fazer o aperto da porca 20. Colocar a porca de fixação com uma chave allen de 7 mm e com uma chave de 18 mm para fixar todo o conjunto.

21. Após fixar o conjunto, soltar o encolhedor de molas.

26. Depois de prender as bieletas, prender a fixação inferior do amortecedor. Lembre-se a posição dos parafusos é sempre com a cabeça voltada para dianteira do veículo por uma questão de segurança.

22. Colocar o amortecedor na posição correta de montagem. 23. Antes de montar o amortece­ dor na suspensão, substitua as bieletas, que com o passar do tempo se desgas­tam e geram barulho.

27. Prender o suporte do sensor do ABS

24. Movimentar os pinos esféricos da bieleta para que possa quebrar o torque de aperto e,

28. Colocar a roda e prender com chave de roda.

18. Colocar o rolamento

19. Colocar o coxim de fixação superior 16 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA



CAPA / TROCA DOS AMORTECEDORES HB20 32. Antes da remoção total do parafuso da fixação inferior utilizar um calço para dar suporte a todo o eixo traseiro.

29. Com o carro apoiado no solo fazer o aperto final do conjunto do amortecedor na fixação superior. Dica: Depois de fazer a troca do amortecedor sempre é recomendável fazer o alinhamento e balanceamento das rodas. Para que o carro tenha perfeita dirigibilidade, conforto e segurança.

AMORTECEDOR TRASEIRO 30. Assim como a troca do dianteiro, utilizar uma chave de roda para soltar a roda traseira

31. Para soltar o parafuso que fixa o amortecedor traseiro utilizar uma chave de 19mm.

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33. Soltar os parafusos da fixação superior. Para fazer isso utilizar uma chave de 14 mm.

34. Com o amortecedor na bancada soltar a fixação superior com uma chave allen de 6 mm para segurar a haste e outra chave de 17 mm para soltar a porca de fixação.

35. Retirar a arruela superior.

Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva

36. Retirar o coxim de fixação superior. 37. Retirar a arruela, o guarda pó e o batente. Dica: Na hora de montar o coxim de fixação superior colocar sempre com seta voltada para cima.

38. Assim como o amortecedor dianteiro fazer a equalização do amortecedor traseiro

39. Montar batente na arruela espiga superior no amortecedor.

40. Montar o coxim de fixação superior.



CAPA / TROCA DOS AMORTECEDORES HB20

Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva

41. Colocar a arruela do coxim de fixação superior.

43. Colocar a borracha para dar o acabamento superior.

45. Apertar o parafuso da fixação inferior com uma chave 19 mm.

42. Fixar a porca de fixação superior. Para fazer isso utilize chave allen de 6 mm para segurar a haste e uma chave de 17 mm para segurar a porca.

44. Prender o coxim de fixação superior com uma chave de 14 mm.

46. Montar a roda e o pneu.

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1 2

1

Coxim para amortecedor;

2

Kit para amortecedor;

3

Amortecedor;

4

Bieleta;

5

Semieixo; Junta homocinética e deslizante; Kit reparo para junta homocinética;

6

Terminal axial;

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ELÉTRICA / ATENÇÃO AO LER O DIAGNÓSTICO

O QUE FAZER QUANDO O DIAGNÓSTICO APONTOU UMA FALHA, E NÃO ERA O QUE PENSÁVAMOS?

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lá, amigo reparador, tudo bem? Vamos para mais uma edição, com informações técnicas e situações corriqueiras, do dia a dia do reparador automotivo. DIAGNÓSTICO ERRADO? Nos treinamentos que ministramos, sempre alertamos para as equipes no treinamento, o raciocínio do diagnóstico que está sendo realizado. Muitas vezes, recebemos perguntas, pedidos de informações técnicas, como: 1. Recebi o carro na oficina, passei o scanner e acusou sonda. Troquei a sonda, e o defeito contínua. 2. Recebi o carro na oficina, passei scanner, acusou sensor de pressão absoluta (MAP), troquei o sensor MAP, e o defeito contínua. E assim continua... Pois bem, o diagnóstico está errado? Ou, o scanner está informando errado? Com certeza não! 22 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

Já, a interpretação de diagnóstico, sim, esta, foi interpretada de forma errada. Quando utilizamos um scanner, ele é o ponta pé inicial, o começo de acesso nas informações do veículo, quanto as falhas que ele apresenta. Então, não podemos chamar de diagnóstico, a leitura obtida com o scanner. O QUE VEM A SER O DIAGNÓSTICO ENTÃO? Diagnóstico, é a análise de todos os parâmetros de funcionamento, junto a resultado dos testes realizados. Pegando o item 1 – Sonda lambda: É um dos defeitos mais comuns em erros de diagnóstico. Pois ela é o sensor que, chamo de sensor de diagnóstico do motor. Pois toda e qualquer falha na combustão do motor, a sonda lambda irá acusar. E quando a sonda aparece na lista de códigos de falhas, ela está dizendo:

Olhe, preste atenção, a queima na câmara de combustão não está ideal! VAMOS PARA A PRÁTICA! Veículo: Honda Civic 2016 Defeito: Luz de anomalia acesa constante, código de falhas indicando sonda lambda. Cliente, chegou à General Tech, com o veículo Honda Civic 2016, apenas 37.564 km rodados. E nos passou a seguinte informação: Estou há 7 meses lutando com este carro, não apaga a luz de injeção, outros reparadores já olharam e passaram scanner, e todos disseram que era a sonda lambda. Pois bem, nas 3 vezes, trocaram a sonda, por último comprei na concessionária, pois disseram que


o problema era a marca da peça. Recebemos o veículo partimos para o diagnóstico. 1. Leitura do Scanner P0420 – falha de eficácia do catalisador. 2. Análise dos sinais das sondas (pré e pós- catalisador). Observando os sinais com osciloscópio, estavam as duas sondas trabalhando corretamente. Lembrando que, estas sondas do Honda, não são lambdas, mas sensor de AF. Mas o defeito acusa falha catalítica, não seria o catalisador?

Fizemos a medida de diferença de temperatura, pré e pós catalisador, e estava funcionando perfeito. Se temos uma falha de gases resultantes de combustão, então precisamos conferir a combustão. Analisando os sinais de ignição, descobrimos que havia interferência eletromagnética na câmara de combustão:

Os sinais apresentam ruídos, indicando falha na ignição.

Após identificar a falha de ignição, retiramos as velas de ignição para análise das mesmas e das bobinas de ignição.


ELÉTRICA / ATENÇÃO AO LER O DIAGNÓSTICO LEANDRO MARCO É possível ver, a mesma cor avermelhada nas velas e nos sensores de AF (sonda), indicando uma contaminação por parte do combustível de má qualidade. Esta contaminação é conhecida, como presença de oxido ferroso. A NGK, publicou um alerta sobre a presença de ferro na gasolina brasileira. Em algumas regiões, a prática é usada para aumentar a octanagem, mas também pode ocorrer pelos tanques de combustíveis antigos de ferro, liberando a ferrugem e contaminando a gasolina. Resumindo, o cliente iria continuar trocando sonda em seu veículo, e possivelmente até o catalisador, e o defeito estava no combustível que ele utilizava.

Professor de manutenção automotiva, graduado em Produção Mecânica Industrial, Mecatrônica Automotiva, Pós Graduado em Engenharia de Manutenção Automotiva, atua na reparação automotiva há 34 anos, proprietário da General Tech, Oficina de linha Premium em Uberaba MG.

ENTENDENDO O DIAGNÓSTICO No início do artigo, falamos que: Nos treinamentos que ministramos, sempre alertamos para as equipes de reparadores sobre o raciocínio do diagnóstico que está sendo realizado. É preciso conhecer a base de funcionamento de todo e qualquer sistema que irá ser realizado a manutenção. Conhecendo como funciona, o reparador, com base na informação inicial do scanner, saberá quais serão os próximos passos de testes e análise do sistema. Pensar, lembrar de cada etapa do funcionamento é essencial para

realizar o diagnóstico correto. Lembre-se que o código de falhas, não quer dizer que o sensor ou atuador está danificado. Indica que existe uma falha na área que ele atua. Até a Próxima!



PERFIL TÉCNICO / TRACKER TURBO

Por: Edison Ragassi / Fotos: IBR Editora & Produtora

MOTOR TURBO NO CHEVROLET TRACKER SUV compacto da GM traz motor 1.0L 3 cilindros turbo, sem injeção direta com bom espaço para trabalhar

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ançada no inicio de 2020, a nova geração do SUV Chevrolet Tracker, passou a ser fabricada no Brasil, até então, o modelo era importado do México. Além da mudança visual, o Tracker trocou o motor 1.4L turbo pelo 1.2L e 1.0L, ambos 3 cilindros turbo alimentado. Neste Perfil Técnico, a Revista Reparação Automotiva destaca a versão Premier que utiliza o propulsor 1.0L. O motor passou por processo de dowsing. Com 3 cilindros e 12 válvulas turbo alimentado, ele tem potência de 116 cv a 5.500 rpm, quando abastecido com etanol ou gasolina. O torque máximo é de 16,3 kgfm (G)/16,8 kgfm (E) disponíveis a 2.000 rpm, e a correia dentada é embebida em óleo. O 26 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

câmbio é automático de 6 marchas. Roberto Montibeller, diretor da Oficina High Tech, alerta que, “por se tratar de um motor com a correia dentada banhada em óleo é preciso ter o ferramental adequado, de marca consolidada, para realizar o sincronismo correto ao trocar a correia, já que um dente fora vai gerar um problema terrível e depois para descobrir a causa dá trabalho, assim é importante ter ferramentas boas e de qualidade”. Outro item que merece atenção é o óleo do motor. “Na tampa do óleo tem a especificação e a marca do óleo a ser utilizado, no caso 5W30. Eu sempre aviso meus clientes, principalmente nos motores com a correia banhada em óleo, para seguir a recomendação da

montadora, isso evita problemas futuros, preserva a vida útil dos componentes e não altera o prazo de troca da correia, pois o óleo errado irá deteriorar o material da correia”, explica. Diferente de outros motores 1.0 3 cilindros com turbo, que têm a injeção direta na câmara de combustão com a bomba de alta pressão, o motor da GM utiliza a injeção de combustível indireta. “A flauta é muito


Assista o vídeo deste passo a passo no canal TV Reparação Automotiva

fácil de acessar, o mesmo ocorre com o coletor, no caso de realizar manutenção. As velas também são de fácil acesso, assim como o filtro de ar”, fala Roberto.

é um filtro convencional e também o de combustível, não há necessidade de ferramentas especiais para a substituição”, avalia.

ROBERTO MONTIBELLER

Reparador da Oficina High

Os motores com cilindros impares vibram mais que os com cilindros pares. Uma das soluções utilizadas para diminuir a vibração é o coxim do motor maior. “No caso dos motores 3 cilindros é aconselhável revisar a peça a cada 20.000 km, pois se o motorista passa constantemente em locais que provocam vibrações, o coxin tende a sofrer desgaste”, recomenda.

FICHA TÉCNICA CHEVROLET

TRACKER PREMIER Motor: 1.0 Turbo 2021 Tipo: Dianteiro transversal Numero de cilindros: 3 em linha Válvulas: 12 (DOHC) Taxa de compressão: 10,5:1 Injeção eletrônica de combustível: M.P.F.I. Potência: 116 cv (G)/ (E) a 5.500 rpm Torque: 16,3 kgfm (G)/ 16,8 kgfm (E) a 2.000 rpm

CÂMBIO

Tipo: Automático 6 marchas (GF6)

Este motor também é utilizado em dois outros modelos de sucesso da GM, o hatch Onix e o sedã compacto Premium Onix Plus. Após levantar o SUV Chevrolet Tracker, uma boa surpresa, pois oferece fácil acesso aos principais itens que exigem manutenção periódica. “O filtro do óleo é muito fácil para trocar

A suspensão dianteira do Chevrolet Tracker é independente tipo McPherson e a traseira com eixo torção, sem barra estabilizadora. Enquanto que os freios dianteiros são com discos ventilados e os traseiros a tambor. “Todos os sistemas conhecidos das oficinas, que não exigem ferramentas especiais para realizar troca de componentes”, comenta Roberto Montibeller, diretor da Oficina High Tech. Desde quando foi lançado no inicio do ano passado, o Chevrolet Tracker figura entre os utilitários esportivos mais vendidos do Brasil.

SUSPENSÃO

Dianteira: Independente tipo McPherson Traseira: Eixo torção, sem barra estabilizadora Rodas: Liga leve17 Pneus: 215/55 R17

FREIOS

Dianteiros: Discos ventilados Traseiros: Tambor Direção: Assistência elétrica progressiva

DIMENSÕES

Comprimento: 4.270 mm Distância entre-eixos: 2.570 mm Largura: 2.044 mm Altura: 1.624 mm Porta-malas: 393 L Tanque de combustível: 44 litros

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por: Edison Ragassi / Fotos: Divulgação

MAIS DE 230 ITENS PARA OS MODELOS DA TOYOTA A Nakata disponibiliza para veículos Toyota, itens de suspensão, direção, motor, freios e transmissão. Segundo a empresa, os componentes atendem o Corolla, Etios, Hillux, RAV4 e Yaris, além de outros que não são mais produzidos como o Carina, Celica e Bandeirante. Na linha de suspensão e direção, são mais de 110 itens. Em transmissão disponibiliza kits de reparo que somam 77 aplicações diferentes, ainda há componentes para a linha de freios e no segmento de motor, itens como bombas d’água e de óleo, coxins de motor, entre outros. Para pesquisar e consultar todas as linhas de produtos, o catálogo Nakata está disponível no www.cataloganakata.com.br

EATON PASSA A PRODUZIR VÁLVULAS PARA SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DE GASES A EATON passa a produzir na unidade de Valinhos (SP), as válvulas ORVR (On Board Refueling Vapor Recovery) ou, em português, Sistema de Recuperação de Gases. A nova linha atenderá veículos nacionais que devem seguir a legislação Proconve ORVR, que reduz o limite de emissões evaporativas. A resolução número 492 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), determina que, a partir de 2023, 20% dos veículos de cada montadora vendidos no Brasil devam atender à exigência, passando para 60% em 2024 e 100% em 2025. A empresa é a primeira a produzir estas válvulas no Brasil.

NOVO PRESIDENTE PARA O AFTERMARKET NA MANN+HUMMEL O executivo Stefan Tolle assume o cargo de Presidente e Gerente Geral para Automotive Aftermarket na MANN+HUMMEL. Tolle, 57 anos, trabalhou na Bosch por mais de três décadas em várias funções, inclusive no setor de pós-venda automotivo por um longo período. Mais recentemente, ele foi CEO da Syntegon Cartoning - Track & Trace GmbH, uma spin-off da Bosch Packaging Technology. “Eu realmente gosto de trabalhar no mercado de reposição e estou ansioso pelo novo desafio em uma nova equipe”, afirma Tolle.

NGK RECEBE PRÊMIO DA GENERAL MOTORS A NGK foi novamente reconhecida na premiação global da General Motors. A companhia recebeu a mais alta pontuação – total de 9 estrelas – no Supplier Quality Excellence Award 2020 (Prêmio de Excelência em Qualidade do Fornecedor), que é concedido pela montadora aos melhores fornecedores. A NGK foi premiada na categoria Reconhecimentos Especiais pelo alto desempenho de suas velas de ignição, sendo a única empresa do Brasil a receber, pela 9ª vez consecutiva, o prêmio da GM.

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BOSCH CAR SERVICE COMPLETA 100 ANOS A Rede Bosch Car Service foi fundada por Robert Bosch em 1920. Neste período tornou-se a maior rede de oficinas independentes, com mais de 16 mil unidades em 150 países. As oficinas recebem suporte por meio de peças automotivas, equipamentos e especialização técnica. No Brasil está presente desde a década de 50, porém, o conceito foi implantado em 2001. Atualmente, são mais de 1.400 oficinas em todo o território nacional, considerando Bosch Car Service, Bosch Diesel Service, Bosch Diesel Center e Bosch Centro de Direções.



SINDIREPA-RO RECEBE CARTA SINDICAL O Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de Rondônia (Sindirepa Rondônia), ativo há 16 anos, recebeu a carta sindical para representar a categoria dos reparadores independentes do Estado. Desde a fundação em 2015, a entidade é presidida por Edson Cordeiro. Recentemente, por ocasião da pandemia, a entidade mostrou-se ativa, realizou campanha entre os associados e distribuiu kits de proteção. Em parceria com a CNI- Confederação Nacional da Indústria promove e participa de palestras, as quais têm como objetivo fortalecer os associados. Com a colaboração dos fabricantes de autopeças, promove cursos e treinamentos para ampliar os conhecimentos dos reparadores independentes do estado de Rondonia.

ELÉTRICO NISSAN LEAF NA POLICIA DE SÃO PAULO A marca japonesa Nissan participa de projeto-piloto da corporação policia do estado de São Paulo. Duas unidades do Nissan Leaf receberam equipamentos comuns nas outras viaturas da polícia. Além da pintura diferenciada, os modelos contam com luzes sinalizadoras, tipo giroflex, sirene, rádio transmissor e GPS especial. Já os policiais que utilizarão o elétrico no dia a dia também foram preparados para a nova realidade das ruas. Segundo informado pela Nissan eles receberam treinamento para conhecerem mais sobre as características e melhores maneiras de conduzir um veículo elétrico..

TOYOTA AMPLIA A PRODUÇÃO E CONTRATA TRABALHADORES A Toyota do Brasil anunciou que a partir de janeiro de 2022 abre o 3º turno de trabalho na fábrica de Sorocaba (SP). O turno adicional elevará a produção para 152.000 unidades anuais, além disso, irá gerar cerca de 450 vagas de emprego em Sorocaba, 50 vagas distribuídas nas demais fábricas da Toyota, além de outras 350 na cadeia de fornecedores. Com a abertura do 3º turno, a fábrica irá operar 24 horas, o que elevará em 25% seu volume de produção anual, de 122.000 unidades para 152.000, sendo assim, também contribuirá para atender a maior oferta de produtos da empresa no Brasil e na América Latina, principalmente impulsionada pelo excelente desempenho do Corolla Cross, o primeiro SUV da marca produzido no Brasil e comercializado em 22 países da região. 30 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA


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TRW AMPLIA A LINHA DE PASTILHAS DE FREIOS

VIEMAR AMPLIA PORTIFÓLIO

A indústria gaúcha Viemar Automotive lança novas pinças de freio, e também novos itens nas linhas de articulações axiais, terminais de direção e pivôs de suspensão da marca para veículos utilitários. As novas pinças de freio com suporte são indicadas para os utilitários Iveco e Mercedes-Benz Sprinter. Já para os modelos Peugeot Boxer, Citroën Jumper, Citroën Jumper Furgão e Fiat Ducato, a empresa também passa a oferecer no mercado de reposição as pinças de freio específicas para cada modelo. Os novos itens contam com garantia de 70 mil quilômetros rodados ou dois anos de uso.

BOMBAS DE VÁCUO PARA AUDI, BMW PORSCHE E VOLVO

A ZF Aftermarket lança novas aplicações para a linha de pastilhas de freio com a marca TRW para veículos leves e pesados. Passa a integrar seu portfólio as novas pastilhas, as quais têm como principais aplicações na linha leve os modelos Audi A3 Sportback (2009-2012) e Caoa Chery Tiggo 5x TXS 1.5 16V (2019). Na linha pesada os itens atendem os caminhões Iveco Eurocargo (1991) e Volkswagen Dellivery 6.160 (2020).

A Motorservice inclui no portfólio da marca Pierburg novos itens de bombas de vácuo. Elas atendem os veículos Audi A4, A4 Avant e A6, BMW 3, 5, Z4, 6, 7, X5 e X6, Porsche Panamera, Cayenne, Cayman e Volvo V60, XC60 e S60. Além de bombas de vácuo, a ela oferece componentes, módulos e sistemas para as áreas de redução de poluentes, alimentação de ar e de combustível, bem como bombas de água mecânicas e elétricas.

KIT DE REPARO PARA JUNTAS HOMOCINÉTICAS E TRIZETAS A Marelli Cofap Aftermarket lança 7 códigos de kit de reparo de juntas homocinéticas e 9 códigos de trizetas. Os componentes complementam o portfólio Cofap destinado ao sistema de transmissão automotivo. Os kits são compostos por juntas fixas, deslizantes, trizetas, tulipas e semieixos, com cerca de 350 códigos que atendem a mais de 90% da frota em circulação. Já o catálogo de kits reparo Cofap contemplam mais de 150 códigos. 32 | REPARAÇÃO AUTOMOTIVA

NOVA LINHA DE LÂMPADAS AUTOMOTIVAS O Grupo Universal Automotive Systems lança a marca Electric Life de lâmpadas automotivas. A linha é voltada para o mercado de reposição e conta com produtos para veículos leves, pesados, implementos e máquinas agrícolas, com modelos que cobrem a maior parte dos automóveis em circulação no país. A Electric Life chega ao mercado com lâmpadas LED, mas promete, em breve, lâmpadas halógenas, miniatura e super branca, voltadas a cerca de 100 marcas de veículos, novos e usados.



REPARAÇÃO PESADOS & UTILITÁRIOS

por Redação | fotos Divulgação

SISTEMAS DE TRANSPORTE AUTÔNOMOS A ZF desenvolve Sistemas de Transporte Autônomos (ATS), os quais já estão em uso desde 1997. Segundo divulgado pela empresa, já transportaram mais de 14 milhões de passageiros até hoje. Os acessórios são abrangentes, eles incluem sensores, sistemas de assistência aos motoristas e acionamentos elétricos, juntamente com capacidades de rede as quais podem operar com fabricante e infraestrutura. Estes veículos podem servir como base para todos os carros de passeio futuros, vans e veículos comerciais. A complexidade destes veículos significa que suas operadoras não podem mais confiar apenas em suporte de manutenção e reparos convencionais de oficinas automotivas, pois eles também precisam de suporte digital amplo durante toda a vida útil do veículo. Por isso, as oficinas do passado evoluem para o “Aftermarket da Próxima Geração”. Esta nova rotina é caracterizada por veículos cada vez mais complexos, empresas de frotas organizadas profissionalmente em vez de vários clientes individuais e particulares, e novos concorrentes, como as empresas de e-commerce.

RODA EM AÇO MAIS LEVE A Maxion Wheels iniciou a produção de uma roda em aço resistente, mais leve e eficiente que as oferecidas atualmente no mercado. A roda de caminhão pesa 64 libras (29 kg), e segundo divulgado pela fabricante a Tough and Light tem o tamanho de 22,5 x 8,25, e a mais leve do mercado americano. Isso proporciona baixo consumo de combustível, porque pesa menos que sua antecessora, além disso, é ainda mais forte porque teve o design otimizado. A nova roda em aço tem um limite de carga útil de 7.400 lb (3.357 kg), a Tough and Light apresenta um novo desenho de ventilação, que se diferencia do tradicional formato das rodas Maxion. A nova forma é fruto da análise e otimização do projeto, que reduziu as tensões estruturais da roda em mais de 10%, resultando em uma produto ainda mais eficiente e durável em comparação com a geração anterior.

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