ESTUDOS E ANTEPROJETOS . COLÉGIO EM SÃO PAULO

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estudos e anteprojetos . colégio em são paulo ADEQUAÇÕES FUNCIONAIS E ESTÉTICAS PARA CONFORTO DE USO E OCUPAÇÃO



estudos preliminares e anteprojetos para fins diversos apoiados no conceito da sustentabilidade para melhoramentos em colégio de são paulo Após a execução das ações emergenciais, dando sequência de atendimento a diagnósticos críticos levantados pelo relatório de inspeção que mapeou problemas físico-espaciais em toda a escola, quatro deles exigiriam reformas pontuais pelos desempenhos irregulares que apresentaram e risco de prejuízos físico-financeiros maiores. São eles: Projeto luminotécnico para pátio central Estudo de conforto para salas de aula do ensino fundamental I e II Estudo de conforto para salas de aula do ensino médio Adequação de uso para bebedouros


Projeto luminotécnico para pátio central Embora já acertado anteriormente com empresa de elétrica um acréscimo de iluminação nessa área, foi solicitada uma sugestão para uma solução eficaz. Assim, o mesmo procedimento do relatório de inspeção foi aplicado: Diagnóstico A iluminação noturna apresentava baixa iluminância, com índice abaixo de 50% do ideal, com diversas manchas escuras mesmo em área de permanência humana, conduítes aparentes e luminárias de baixa eficiência geravam um consumo de 210W. Baixo consumo, mas muito baixa eficiência luminosa, desvalorizando os espaços, elementos especiais, e gerando desconforto.

Imagem nesta página: cobertura da passarela maior Imagens próx. página: áreas escuras no pátio central (acima); mosaico (esq. central); coberturas de passarelas menores (dir. central e inferior); bancos em recanto no escuro (esq. inferior); azulejaria antiga (direita)



o projeto Proposta Jardins, circulações e elementos especiais seriam valorizados num novo projeto que incluísse Índices de luminância compatíveis com o conforto visual desejado. O estudo partiu de um cálculo luminotécnico que analisou a eficiência energética comparativa da solução existente com alternativas de produtos disponíveis no mercado. Buscou-se alcançar a luminância correta, 3 vezes maior que a encontrada, com o menor consumo possível. De forma a otimizar a eficiência luminosa, as superfícies adjacentes ao posicionamento da luminária foram tratadas como refletoras. Essa difusão aumentaria o conforto visual, antes ofuscante e pontual. A especificação de fitas LED em luminárias lineares seria a melhor alternativa, oferecendo pouco mais que o dobro de consumo atual para uma iluminância até três vezes maior que a original, e revitalizando o espaço de circulação central da escola.




Estudo de conforto para salas de aula do ensino fundamental I e II Diagnóstico As oito salas de aula do núcleo infantil e Fundamental I apresentam pouco planejamento espacial e, portanto, falta de valorização visual. Pelo acúmulo de materiais didáticos ou lúdicos sobre prateleiras e armários, nota-se a carência de acessórios organizadores adequados que maximizem o uso delas. Mochilas e lancheiras se aglomeram e dificultam a circulação. A iluminação natural é insuficiente nas salas 16 à 21, obrigando o uso constante de iluminação artificial, que gera consumo e desconforto, pois são mal dimensionadas e localizadas. A ventilação mecânica de teto não soluciona o desconforto térmico, e ainda gera ruído e consumo também.

Imagem pág. anterior: luminárias lineares (dir. acima) Imagens nesta página: visão geral de uma das salas (acima); acumulações (central); iluminação deficiente (inferior).


o projeto Proposta O projeto de interiores previu o aumento de área de iluminação e ventilação naturais com a ampliação das janelas existentes, e uso de vidros laminados no lugar de caixilhos fracionados, de forma a maximizar os vãos de luz, elevando o conforto e minimizando consumos energéticos com luz artificial e dispensando a ventilação mecânica. Além disso adotou uma organização visual por meio de estudo de design das quatro paredes, com seus acessórios utilitários e pedagógicos, novos e existentes, incluindo organizadores para mochilas e lancheiras. A disposição das carteiras na sala de aula se manteria livre, conforme as atividades pedagógicas demandarem conformações específicas.

Imagens: trecho de projeto de design de paredes internas; janelas basculantes (dir. acima); lixeira atrás da porta e luminárias deficientes (centro); janela com função prejudicada (dir. inferior)



Os tijolos seriam revelados em faixa de mesma altura das carteiras, circundando o ambiente, imprimindo uma identidade estética em todas as salas. Essa faixa daria referências da edificação original aos alunos, um maior aconchego, ganho acústico, mas também tornaria referência para alinhamentos de quadros. Minimizaria manutenções, já que a repintura de paredes chega à periodicidades semestrais, e à significativos gastos com tinta e mão-de-obra. Painéis de avisos existentes seriam revitalizados com tecido, e também contribuiriam nos aspectos de aconchego, acústica e embelezamento.



Outro aspecto do projeto, foi o de oferecer instrumentos que favorecessem a organização, como o porta-mochilas e lixeiras seletivas. A circulação ficaria livre de mochilas e lancheiras, e o ensino do descarte correto ganharia um instrumento pedagógico local permanente. Uma mola hidráulica manteria a porta fechada, concentrando a atenção para o interior da sala e expondo o pôster didático sobre coleta seletiva, já que a ventilação natural das novas janelas a eximiria de manter-se aberta. Um visor daria o suficiente contato visual entre exterior e interior. O relógio teria seu lugar acima da porta.


Embora não seja possível a ventilação cruzada nessas salas de aula, o que seria ideal, as modificações propostas pelo projeto dariam um aumento maior que 100% para a iluminação natural e acima de 200% para a ventilação, o que devolveria às crianças e professores o conforto necessário aos ambientes de aprendizado. Uma persiana blackout ou rolô screen com proteção UV embutida em cada vão de luz de 4m2 das janelas dariam autonomia para apresentações com projetores em telão e absorção acústica em 8m2 totais, além dos quadros de avisos de feltro e tecido, também absorventes.


Estudo de conforto para salas de aula do ensino médio Diagnóstico Num edifício de estrutura aparente, as nove salas padronizadas apresentam luz natural deficiente, por suas janelas se situarem numa fachada sombreada por prédios e jardim de alto porte. O ventilador de teto emite ruído e seria dispensado se a ventilação cruzada natural existente fosse bem empregada. As persianas verticais de PVC têm manutenção difícil e suas placas geram ruído. O painel grafite sob as janelas torna o local escuro, assim como o quadro de feltro azul. Alguns quadros de avisos e prateleiras são ociosos ou dispensáveis e poluem o visual. Mochilas espalhadas pelo piso agravam a circulação e a confusão visual. A mesa do professor não tem armário adjacente, e há carência de apoio para livros e micro.

Imagens sentido horário: janelas elevadas fechadas em vista geral; mesa do professor; mochilas; lousa com telão; armários ociosos; prateleira ociosa; persianas de pvc.




o projeto Proposta As cinco janelas no alto da parede devem permanecer abertas durante todo o horário letivo e em todas as estações. A abertura das duas fileiras de janelas da fachada do prédio deve ser igualmente mantida, e adotada segundo a temperatura média prevista do dia logo na abertura das salas. A ventilação cruzada existente remove principalmente o ar quente superior, e deve ser bem aproveitada para ter bom resultado, sem custos. Ventiladores seriam muito menos necessários. Uma mola hidráulica manteria a porta fechada, concentrando a atenção para o interior da sala e expondo o pôster didático sobre coleta seletiva, já que a ventilação natural das novas janelas a eximiria de manter-se aberta.


As superfícies escuras receberiam um revestimento em lona de reuso ou ecojuta em tom leve, favorecendo tanto o conforto visual, imprimindo uma identidade aconchegante e organizada às salas, como também o acústico e luminoso, por serem membranas absorventes e claras. Algumas delas teriam a função de quadro de avisos. As persianas rolô screen 5% não geram ruídos, e dariam não só melhor condição térmica como autonomia para apresentações com projetores em telão e absorção acústica, minimizando manutenções, no lugar das lâminas verticais de pvc que exigiam lavagens periódicas. O armário antes ocioso, passaria a ser utilizado para fins diversos. Um varal com cabo de aço e pregadores serviria como expositor de trabalhos.

Imagens: ecojuta (acima); cortina rolô screen e padrões e cores tela screen UV (centro); detalhe elevação dos fundos da sala (inferior).


Um visor daria o suficiente contato visual entre exterior e interior. O relรณgio teria seu lugar acima da porta. Uma faixa-cabideiro se estenderia na lateral e fundos da sala para bolsas e mochilas.


Uma nova estação de trabalho com design ergonômico para uso dos professores em sala de aula reuniria tampos em diferentes níveis que permitissem otimizar a acomodação de livros, equipamentos e pertences.


Adequação de uso para bebedouros Bebedouros de garrafão situados em cada um dos dois andares de edifício da escola denunciam a necessidade de melhor localização, mas exigem também instalação adequada. Dispostos inadequadamente sobre antigas carteiras, os filtros de garrafão tornam-se vulneráveis a acidentes. Por não possuírem grelha de retenção de transbordamentos, a presença de água é constante e acaba por deteriorar os tampos dessas mesas, exigindo trocas reincidentes das mesmas. Trata-se de um mal exemplo de reuso, já que essas mesas na verdade acabam descartadas. Copos plásticos se mantêm na embalagem plástica sobre essas estreitas superfícies e acabam voando para o chão, aumentando o desperdício e o mal exemplo. Esses corredores externos recebem insolação à tarde, e aquecem a água.


o projeto Proposta Troca dos modelos atuais de bebedouro de mesa por novos modelos de piso com grelha para retenção de transbordamentos. Foi proposto situar os bebedouros num local padronizado em ambos andares, ao final do corredor. Os copos descartáveis seriam colocados em dispensers fixados na parede ao lado do filtro com lixeira seletiva logo abaixo para descarte correto. Os alunos seriam convidados a aderirem ao uso de copos, canecas ou garrafas individuais próprios, e dessa forma contribuir com a diminuição de descartes e consumo. A disposição de plantas suspensas e em vasos altos minimizariam significativamente a incidência solar e o calor sobre os galões de água, com consequências positivas para o conforto térmico das salas de aula também. Foi feita uma análise detalhada de produtos disponíveis em mercado para conjunto de bebedouro, dispenser e lixeira sob aspectos de funcionalidade e durabilidade, qualidade, preço e garantia, entre outros.




Imagens: estudo geral (página anterior); análise de seis marcas de mercado segundo critérios diversos de qualidade (nesta página).



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