BTW - MABON 2023

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MABON, 2023 . Edição nº 13 gratuita

Revisão 03

'british traditional Wica'
EDIÇÃO 13 - MABON - 2023 07 MABON - EQUINÓCIO DE OUTONO 15 13 EQUILÍBRIO E REFLEXÃO 17 OS EQUINÓCIOS A DEUSA DA COLHEITA 25 O RHYTON

A celebração da roda do ano é também a referência de nosso estado pleno, de ver toda a manifestação da natureza, das forças naturais e criativas dentro dela, é de certa forma mostrar que o ciclo da Deusa da Lua e das Estrela, e do Deus de Chifres estão conectados com o ciclo dos homens.

Revista BTW é idealizada pelo Coven Caldeirão de Cerridwen, Linha Olwen, que atua no Rio de Janeiro - Brasil.

Os festivais dos Wicas, ou bruxos tradicionais, assim como costumes ligados a folclores, são bem característicos e específicos, estão conectados a cultos onde a fertilidade está centrada no processo criativo, tendo a mulher e o homem em reverência (assim como os aspectos solares e lunares).

O objetivo da revista é de adicionar, inspirar e divulgar, dentro do que for possível, os temas principais sobre a bruxaria tradicional, a Wica

Gardneriana

"Witchcraft' A arte das Bruxas

Pinterest
imagem:

M A B O N M A B O N

Originário do conto Galês: MABON AP MODRON Escrituras "the mabinogion"

Mabon fab Modron (Filho Divino da Grande Mãe) foi roubado de sua mãe quando tinha apenas três dias de vida; não se sabe se ele está vivo ou morto.

Mabon é primo de Arthur e sua habilidade como caçador é lendária.

Os campeões arturianos precisam das proezas de caça de Mabon para completar a segunda tarefa, a captura do javali Twrch Trwyth.

Os cavaleiros partiram para encontrar Mabon. É uma longa busca.

Eles consultam muitos animais sábios, acreditando que cada um seja a criatura mais antiga: o Ousel de Cilgwr; o Cervo de Rhedynfre; a coruja de Cwm Gwlwyd; e a Águia de Gwernabwy.

Cada animal encaminha a festa para o próximo, até que a Águia os instrua a consultar o grande Salmão que mora no rio Llyn Llyw.

Finalmente, o Salmão, verdadeiramente a mais velha de todas as criaturas, é capaz de conduzi-los à prisão onde Mabon está detido

Depois que Mabon é solto, os cavaleiros perseguem o javali.

imagem: Pinterest/Patrice Bac

M M A A B B O O N N

A luz e a escuridão, são dois irmãos. com tempo igual e força sem igual. Mas logo a escuridão toma o trono, a luz e o calor se empalidecem.

Não se assuste, nem se desespere, pois é o ritmo da natureza. Seja feliz, regozije-se com a abundância do ano.

Respire fundo, deixe o frio te inspirar.

Tenha gratidão e bênçãos, siga sua estrada Que a luz que você carrega seja sempre elevada. Feliz Mabon.

Imagem: Pinterest

MABON EQUINÓCIO DE OUTONO

O sentimento expresso no ritual de equinócio de outono pode variar de acordo com as tradições e práticas específicas de cada cultura ou religião que celebre essa data. No entanto, um dos sentimentos comuns associados ao equinócio de outono é a gratidão pela colheita do ano anterior e pela abundância a ser recebida no outono e inverno que se seguem.

Além disso, pode haver um sentimento de reconciliação com a natureza e uma apreciação da interconexão entre todos os seres vivos.

Os dias e a noite, mais uma vez, estão equilibrados, com a mesma duração. Mabon, o equinócio de outono, momento em que as bruxas se reúnem para celebrar a colheita em todos os seus campos, festa conhecida como um dos Sabá da Roda.

Este Sabá acontece por volta do dia 21 de Março no hemisfério Sul. A natureza se prepara para o inverno, retrocede, recolhe sua fartura, e o Deus das Bruxas prepara sua caminhada até o submundo.

MABON

20, MARÇO/2023

Palavras-chaves:

2ª Colheita

Abundância

Gratidão

Conexão

Os Deuses são honrados através de novas oferendas, e neste momento os Wica agradecem pelas abundantes colheitas e pelas lições aprendidas. Nesse tempo de equilíbrio em que as sombras começarão aos poucos a dominar a luz, o poder Solar.

Como tudo na natureza que se movimenta de forma cíclica, podemos observar o tempo de nascimento, crescimento, morte e renascimento em Mabon.

A mensagem de renascimento, nesse Sabá, pode ser encontrada na semente colhida, que é o próprio Deus que se sacrifica para haver alimento, garantindo aspectos de fartura ao seu povo e promessas de uma nova vida.

No México há um espetáculo popular que atrai grande número de pessoas para testemunhar a união do mistério e da sabedoria da antiga cultura da magia no equinócio de Outono. Esta união representa a lenda de Kukulcan, uma interpretação arquetípica dos processos da vida e da morte, um Deus que faz uma viagem ao mundo inferior para fornecer bênçãos para boa colheita e saúde ao povo.

Um Deus chamado Mabon ap Modron ou Manopos, uma divindade cujo nome está relacionado com o Deus Romano-britânico Maponos, pode esclarecer a respeito da origem do nome desse Sabá. MAPOS em gaulês significa menino ou filho, em Irlandês antigo o sufixo Mac também significa filho.

Esse Deus por vezes também é conhecido como Angus Mac Og, o Deus da juventude, do amor, da beleza e da inspiração poética entre os Tuatha de Dannan, o qual se transforma em um cisne que é a representação da imortalidade da alma. Maponos era outra forma de Lugh, o Deus do milho.

Muitas festas que celebram a colheita ocorrem em lugares rurais, portanto, acredita-se que o Dia da Ação de Graças é um resquício desse antigo culto das bruxas. Os rituais pagãos não são mais vistos com tamanha importância devido às facilidades do dia-a-dia, pois atualmente a obtenção de recursos não é tão preocupante como nos dias passados. Você não precisa mais arar e colher, pois pode ir direto ao supermercado com facilidade e escolher o que deseja, dependendo da quantia disponível em seu bolso.

Ainda assim, as bruxas seguem a tradição, conhecem suas raízes, herdaram o conhecimento oculto e puderam reconhecer que não era apenas a lida da agricultura que havia estabelecido a Antiga Religião.

Os verdadeiros valores estão ligados aos símbolos e características percebidas pelos sentidos durante o seu desenvolvimento na prática mágica.

No entanto, também reconhecem na Natureza que algumas plantas são associadas à Mabon, como a aveleira, o milho, as bolotas de carvalho, as folhas de outono, os ramos de trigo, os cones de pinheiro, e que possuem a máxima representação do Deus.

A conclusão da colheita, a saudação ao poder decrescente do Sol, o

das mulheres e uma divindade do casamento, maternidade, amor materno e fidelidade.

Ela regia as colheitas, o milho, o arado, as iniciações, a renovação, o renascimento, a vegetação, a frutificação, a agricultura, a civilização, a lei, a filosofia da magia, a expansão, a alta magia e a terra.

De acordo com outros contos, Zeus quebrou um dos chifres da cabra de Amaltheia e dotou-o com os poderes: sempre que o possuidor desejasse, ele podia instantaneamente ser preenchido com aquilo que foi desejado. Esse chifre foi comumente

chamado de Cornucópia de Amalthea, que desempenhou um papel notável nas histórias da Grécia e foi utilizado nos últimos tempos como símbolo da abundância.

Este símbolo é condizente a representação de Mabon, cuja fartura brota de um chifre.

O vinho que preenche o cálice é consumido entre os Sacerdotes da Arte, esse que é a representação do sangue das uvas colhidas, ou o sangue do Deus. O vinho que é abençoado podendo conceder vida eterna, a união entre corpo e alma, a comunhão mística.

A Deusa é vista pelos Wica, como a receptora da semente do Deus. Aqui, Ela é como a Senhora dos Portais para a vida e o renascimento, por isso é geralmente concebida nos rituais como a Grande Mãe.

O ritual de Mabon proporciona, dentro de outras coisas, a reflexão de nossas ações sobre o que foi plantado durante todo o ano, a reflexão da escolha das nossas sementes, observando que cada coisa na vida tem o seu tempo.

Os mitos nos auxiliam tradicionalmente, de um modo geral, a nos associar aos festivais, conectando-nos aos mistérios da Arte, de forma a resgatar dentro das práticas mágicas a atribuição dos seus significados e da compreensão dos seus simbolismos.

M A B O N M A B O N

Fotografia Coven Caldeirão de Cerridwen

EQUILÍBRIO E REFLEXÃO

À medida que o outono se aproxima, muitas culturas e tradições espirituais celebram o equinócio de outono ou Mabon, uma época de equilíbrio e reflexão. O equinócio de outono marca o ponto médio entre o solstício de verão e o solstício de inverno, quando o dia e a noite têm a mesma duração. Esta época do ano representa uma mudança dos dias claros e quentes do verão para os dias mais frios e escuros do outono e inverno.

Um dos temas principais do equinócio de outono é a gratidão. Esta época do ano é um momento para refletir sobre a abundância da época de colheita e agradecer pelos presentes que a natureza nos deu. Isso pode ser feito por meio de rituais e cerimônias que podem envolver oferendas de comida ou bebida, orações de agradecimento ou outros gestos simbólicos de gratidão e apreço. Outro aspecto importante do equinócio de outono é a ideia de equilíbrio e harmonia.

Fotografia Coven Caldeirão de Cerridwen

Muitas tradições usam esse tempo para realizar rituais que honram os ciclos da natureza e celebram a mudança das estações. Em algumas culturas, o equinócio de outono também está associado à ideia de desapego. Isso pode ser visto como um momento para liberar energia ou pensamentos negativos e focar em novos começos e recomeços. Isso pode ser feito por meio de rituais que envolvem atos físicos de liberação, como anotar pensamentos negativos e depois queimá-los, ou simplesmente meditar e definir intenções para o próximo ano. No equinócio de outono, ou Mabon, é um festival da colheita celebrado por muitas tradições pagãs, incluindo a Wica da feitiçaria tradicional. As bruxas tradicionais também usam esse tempo para realizar adivinhações ou outras formas de magia, pois buscam obter informações sobre o próximo ano e alinhar-se com as forças naturais ao seu redor. Isso pode ser visto como uma forma de explorar as correntes mais profundas do universo e trabalhar com elas para manifestar os próprios desejos e intenções.

É uma época importante do ano que oferece oportunidades de reflexão, gratidão e crescimento.

Ao abraçar as mudanças de estação e reservar um tempo para nos conectar com a natureza, podemos encontrar equilíbrio e harmonia em nossas vidas e aprofundar nossa compreensão da conexão de todas as coisas no mundo ao nosso redor.

A DEUSA DA COLHEITA

Demeter é uma deusa grega e a deusa da colheita e da fertilidade. Ela é frequentemente associada à mudança das estações, e sua história está intimamente ligada ao ciclo de vida, morte e renascimento que ocorre ao longo do ano. No outono, Deméter é celebrada por sua conexão com a colheita e a abundância da natureza.

O equinócio de outono marca momentos importantes no ciclo do ano, quando o equilíbrio entre luz e escuridão muda. Este é um momento em que celebramos a colheita e agradecemos por toda a abundância que a mãe terra nos proporciona. Devemos honrar a natureza cíclica da vida e reconhecer que a mudança está sempre presente.

Mabon é o segundo festival da colheita do ano e normalmente é comemorado no equinócio de outono ou próximo a ele. É um momento de honrar as divindades associadas à colheita, bem como agradecer a fartura que foi colhida da terra. Não é incomum reconhecer alguns rituais ou cerimônias que homenageiam Deméter e pedem suas bênçãos para o

em nossas vidas diárias. Isso pode ser visto como um momento para deixar de lado a energia negativa e abraçar novos começos, assim como as folhas das árvores que caem no outono para permitir um novo crescimento na primavera. Ao nos reconectarmos com a terra e as estações, podemos encontrar níveis mais profundos de gratidão, equilíbrio e harmonia em nossas vidas. Reserve um tempo neste outono para homenagear os Deuses e agradecer a generosidade da natureza e abraçar a mudança de estação com o coração aberto traz um sentimento de admiração pela vida, pelo amor e pela magia.

OS EQUINÓCIOS

"Equinócios são eventos astronômicos. É o momento em que o Sol, em sua órbita aparente vista da Terra, faz seu trajeto e cruza o

Equador Celeste - que é a linha do Equador terrestre projetada no céu, na esfera celeste. É o exato momento em que o Sol está passando pela Linha do Equador, o que faz com que dia e noite tenham quase a mesma duração (aproximadamente 12 horas cada).

Assim, temos o Equinócio de Outono (Outonal) e o Equinócio de Primavera (Vernal) que são celebrados em datas móveis que variam de ano para ano.

Na Roda do Ano, temos Mabon (o Equinócio Outonal que ocorre entre os dias 20 e 24 de março no Hemisfério Sul) e Ostara (o Equinócio de Primavera que ocorre entre os dias 20 e 24 de setembro no Hemisfério Sul).

Bem diferente daquilo que aprendemos na escola, Equinócios e Solstícios marcam o auge (o apogeu, o ápice, o MEIO) das estações. Na escola aprendemos que eles marcam o início de cada

uma delas, mas essa foi apenas uma forma de convencionar datas.

O Equinócio de Primavera (Ostara) está no lado luminoso da Roda (o Ano Crescente) é o momento da semeadura. É durante o Equinócio que dia e noite se igualam - luz e trevas em equilíbrio.

ecimento do começam a ficar os e quentes. É proxima e a luz eríodo nos traz bundância na tono é a época - a segunda e é o apogeu do lizado no lado da (o Ano és energéticas o Outonal, dia e novamente e, , os dias vão mais curtos e ão ficando mais É o Inverno se escuridão que os rigores do zem morte e za.

trazem dias e ma duração, ou to evidente de e Trevas.

Como tudo é dual, sabemos que luz e trevas são pólos opostos complementares; são extremos da mesma coisa e que só variam em graus.

Se Vida é tão necessária quanto a Morte, precisamos perceber e compreender os dois lados de uma mesma moeda. Assim temos dia e a noite, criação e destruição, luz e escuridão, vida e morte. É com os Equinócios que a Natureza nos mostra claramente a necessidade do equilíbrio em todos os aspectos - nem luz demais, nem escuro demais. E é alcançando esse equilíbrio que as mudanças começam a acontecer, vejam:

Ostara: logo após o Equinócio de Primavera - o equilíbrio entre luz e trevas - as marés energéticas de crescimento e expansão ficam mais evidentes e os dias ficam cada vez mais longos. O Verão se aproxima e a luz prevalece (calor, luz, fertilidade, as forças solares se fortalecendo). Momento de expansão.

Mabon: logo após o Equinócio de Outono - o equilíbrio entre luz e trevas - as marés energéticas de declínio e retração ficam mais evidentes e as noites ficam cada vez mais longas. O Inverno se aproxima e a escuridão prevalece (baixas temperaturas, os rigores climáticos, morte, escassez, forças solares em decrescimento).

Momento de recolhimento.

Então, "como tudo o que acontece fora, também acontece dentro e vice-versa", sabemos que o exterior se reflete em nosso interior. Por isso, os Equinócios nos dão o equilíbrio e o preparo necessários para mudanças e transformações. Notem que todo Sabá possui seu Oposto e Complementar, e assim acontece com Ostara e Mabon.

Ostara nos prepara para a Vida (fertilidade, abundância, fartura e luz). Mabon nos prepara para a Morte (descanso, recolhimento, escassez, trevas).

Para que haja Vida, a Morte se faz necessária. Para que haja o Renascimento, primeiro precisamos morrer. Lembrem-se sempre que a Roda do Ano também é chamada por "Roda Iniciática", e é através dela e de todas as vivências que ela nos proporciona que podemos compreender os Mistérios deste infinito ciclo de Vida, Morte e Renascimento.

Sem esquecer que a verdadeira Iniciação é Morte e Renascimento.

O Sabá de Mabon, o Equinócio de Outono, é o Festival da Segunda Colheita. Uma colheita marcada pela abundância e fartura dos alimentos que serão armazenados e posteriormente consumidos nos difíceis e rigorosos dias de Inverno. Tem como seu principal símbolo, a Cornucópia – o Chifre ou o Corno da Abundância.

De acordo com a Mitologia, um Oráculo predisse a Cronos (Saturno) que ele seria destronado por um de seus filhos –exatamente como ele fez com seu pai Urano quando o castrou e o destronou. Então, para evitar que isso se repetisse, ele começou a devorá-los um a um logo após o nascimento.

Réia, sua esposa, conseguiu salvar uma das crianças - a quem deu

o nome de Zeus (Júpiter) - e a entregou aos cuidados da Ninfa Amaltéia (filha de Melisso, o Rei de Creta).

a cabra que o tinha amamentado morreu, e Zeus, em agradecimento, retirou um de seus chifres e presentou Amaltéia.

Esse chifre seria uma fonte inesgotável de grãos, frutos, flores e tudo mais o que ela desejasse.

Uma outra versão nos conta que Réia, para fugir da ira de Cronos, se escondeu na Ilha de Creta até dar a luz. Para enganar o marido, ela enrolou uma pedra e entregou- lhe dizendo que aquele era o filho que havia nascido morto.

Para proteger a criança da voracidade de seu pai, Réia deixou Zeus para ser criado pelas Ninfas do Monte Ida. Amaltéia era uma cabra – que diziam ser tão horrenda, que até os Titãs a temiam - e foi sua Ama-de-leite e única fonte de alimentação durante toda a sua infância.

Um dia, Zeus estava brincando com a cabra Amaltéia, quando ele, acidentalmente, quebrou um de seus chifres e, para compensar seu terrível descuido, ele o transformou na Cornucópia – o Corno da Abundância, uma fonte incessante de todas as riquezas da Natureza, Fertilidade e Prosperidade – e deu de presente à ela.

Certa vez, um Oráculo alertou

Zeus que a única forma de destruir os Titãs, seria através da morte de Amaltéia, ou seja,

através de seu sacrifício em nome de outrem.

Quando a cabra morreu, Zeus a elevou aos Céus e a transformou na Constelação de Capricórnio. Assim, ele encontrou uma forma de eternizá-la, e quando todos olhassem para o alto durante à noite, lembrariam do que Amaltéia tinha feito por ele.

Zeus, então já sabendo do temor que os Titãs tinham pela cabra, retirou sua pele e a entregou a Hefesto. O Deus Ferreiro, conhecendo seus poderes mágicos, fez uma

A NINFA ADRASTIA E A CABRA AMALTEIA COM O INFANTIL ZEUS

armadura muito poderosa (uma Égide) que concedia invulnerabilidade a quem a usasse. Foi assim que Zeus enfrentou e derrotou os Titãs.

Interessante ressaltar, que as pessoas nascidas sob o Signo de Capricórnio são regidas por Saturno e que a Lua do Planeta Júpiter, foi nomeada “Amaltéia”.

O Sol alcança o seu Zênite no Solstício de Verão, e se observarmos sua trajetória pela Esfera Celeste, podemos verificar que ele passa pela Constelação de Capricórnio no período compreendido entre 22 de Dezembro a 20 de Janeiro. O Sol chega ao seu auge de Poder, de luz e calor, e começa a declinar quando ainda está passando por Capricórnio – o Signo da Cabra.

Vemos no Mito de Amaltéia um símbolo supremo de generosidade e sacrifício. Na verdade, um duplo sacrifício – ela se dedicou e amamentou Zeus tornando-se a mantenedora de sua alimentação durante toda a sua infância e, através de sua morte, sua pele o protegeu dos Titãs ajudando-o a destruí-los.

Esse “sacríficio” de Amaltéia nos remete ao “Bode Expiatório” –aquele que se sacrifica em prol de um bem comum. E é na passagem do Sol pela Constelação de Capricórnio, que vemos o seu Auge, seguido pelo seu declínio e se encaminhando para Lammas.

O Chifre é um Símbolo fálico, de Fertilidade e que representa o Deus Cornífero.

O rhyton é um tipo de vaso utilizado nos tempos antigos, especialmente na Grécia, como parte de rituais religiosos e festivais. Esses vasos são frequentemente associados com o simbolismo da fertilidade, e são conhecidos por suas formas distintas e decorativas.

Na Antiguidade era muito comum o uso de um vaso chamado Rhyton – um vaso utilizado para beberagens e libações, semelhante à Cornucópia e aos seus atributos de Abundância e Fertilidade. Esse vaso foi encontrado em vários países e nas mais diversas Culturas - gregos, italianos, búlgaros, romenos, iranianos, entre outros – e assim, podemos constatar que esse simbolismo é mais antigo do que imaginamos.

Várias descobertas arqueológicas na Austrália e na Papua Nova Guiné revelaram

vários rhytons com formato de pênis – uma clara evidência de Cultos de Fertilidade.

O rhyton tem uma forma cônica e um orifício na parte superior para que um líquido possa ser derramado. O vaso também é frequentemente decorado com imagens de animais, deuses ou outros símbolos religiosos.

Um dos exemplos mais conhecidos de rhyton é o "Rhyton em Forma de Cabeça de Touro", que foi descoberto nas escavações em Knossos na ilha de Creta. Este rhyton datado de cerca de 1550 a.C., tem a forma de uma cabeça de touro e é feito de chifre de boi, marfim e ouro. Ele é decorado com cenas religiosas com deuses e touros, que podem ser interpretados como uma representação do deus Minos.

Outro exemplo de rhyton é o "Rhyton em Forma de Cabeça de Bode" do período helenístico (323-31 a.C.). Esse rhyton é feito de prata e tem a forma de uma cabeça de bode, com olhos feitos de pedras preciosas e cornos de metal. Ele é decorado com cenas de bodes e ninfas, que podem estar associados à fertilidade.

*Imagens cuja fonte não foram atribuídas, favor entrar em contato com a revista para que possamos dar os devidos créditos.

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