Viver no Cachoeirinha 01

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PUBLICADO POR VOLUNTÁRIOS DO BAIRRO CACHOEIRINHA - BELO HORIZONTE - MG. - Nº 1 - ANO 1 - SET/OUT/1995

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Nosso bairro é nosso lar

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• Como surgiu o jornal Viver Cachoeirinha.

Página 2 EDUCAÇÃO E CULTURA

• Iniciativas e oportunidades no bairro

Bairro Cachoeirinha - vista a partir do bairro Nova Cachoeirinha

Vida em cidade grande tem dois lados. Se temos facilidade de acesso às coisas, temos também alguns problemas, como o custo de vida, a solidão (apesar.de tanta gerite), a violêncià urbana, a falta de solidariedade, o desemprego.

Dos problemas acima, alguns são solução para os outros. Podemos resolver a solidão e a falta de solidariedade promovendo mais união entre pessoas, tornandonos conhecidos e amigos. Com

(Foto: Maguy- 03/09/1995)

isto, a violência urbana pode diminuir. Com·um relacionamento saudável entre todos de uma comunidade, surgerri. várias oportunidade de profissionalização e emprego. E a vida tem, finalmente, boa perspectiva e não só a esperança de um futuro melhor. O simples fato de estarmos trabalhando unidos pela qualidade de vida no nosso bairro já é gratificante. E~tamos aumen-

tando nossa auto-estima e acreditando mais ·em nós. .

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O objetivo deste jornal é mostrar os exemplos do nosso bairro Cacltbeirinha, aproximar pessoas, divulgar . possibilidades, descobrir talentos, promover trabalhos em grupo.

Mostrar que temos história e cultura.

Enfim, tornar nosso bairro um lugar cada vez melhor para se viver.

T R A B A L H O

• Exemplo e oportunidades profissionais

Página 6 SEGURANÇA

• O Centro de Saúde e Conselho Tutelar como usar.

ESPECIAL • MEMÓRIA

• A origem dó Cachoeirinha e seus primeiros moradores

Página 4e5 /

A Viação Cachoeirinha, fundada ení 1928, ligou o b~irro ao centro. Na foto, Quincão, seu proprietário de 1930 a 1940 /

(~to Brasil - anos 30 - fornecida por Dona Francisca, esposa de Oulncão)

E SAÚDE

Página 7 ~

ESPORTE

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LAZER

• Idéias que podem · animar o bairro.

Página 8

·VIVER NO CACHOEIRINHA- SET/OUT/95 -·PÁGINA 2

GERAL ~1T:J11T;:líl(:.-

VIVER NO CACHOEIRINHA · Publicação de Voluntários do Bairro Cachoeirinha

Distribuição gratuita aos moradores do Bairro Cachoeirinha

Voluntários.responsáveis -por este jornal (em ordem alfabética):

Elizabeth José EI-Corab Trotta (Assistente Social) .

Trabalho: R. Cel Alves, 171 - te!.: 442-8905 Eunyce Maria dos Santos Silva (Professora de Português) Residência: R. lndianópolis, 667 - te!.: 442-1759 José Seixas Sobrinho (Historiador e jornalista aposentado) Residência: R. Itapetinga, 965 - te!.: 442-0050 Maguy de Caux (Fotógrafa) Trabalho: Portrait Artistique - te!.: 442-1278- Fax: 442-1578) Residência: R. Olavo Andrade, 63 Robson Majus Soares (Col)selheiro do Conselho Tutelar da Regional Nordeste) Trabalho: R. Angola, 357 - B. São · Paulo - teL 432-1259) Residência: R. Petrópolis, 67 Vânia Lúcia Seixas Moraes (Decoradora) Residência: R. Conde Sta Marinha, 795 - te!. : 442-8574 - CEP 31130-080 Wagner Matias de Andrade Gornalista e escritor) Trabalho: Editora Soluções Criativas R. Tupis, 38 - 25° andar - t~I: 222-2587) Residência: R. Catanduvas, 550 - tel: 444-9127

Edição Editor: Wagner Matias de Andrade Reg. MTb: 2.434/MG Pesquisa histórica: José Seixas Sobrinho e Vânia Lúcia Seixas Moraes Colaboradores: Elizabeth José EI-Corab Trotta e Robson Majus Soares · Revisão: Eunyce Maria dos Santos Silva Fotografia: Maguy de Caux Ilustrações: Nivaldo, Ricardo e Wagner Impressão: Estado de Minas Tiragem desta edição: 4.500 exemplares

Cartas Correspondências, avisos, notas e sugestões de reportagens para este jornal - enviar para: , VIVER NO CACHOEIRINHA Centro de Saúde Cachoeirinha R. Coronel Alves, 17 I CEP: 31130-260 Belo Horizonte - MG (contatos por telefone, favor ligar diretamente para um dos voluntários ver Expediente, acima) · · Observações: 1 - Na próxima edição haverá seção de cartas de leitores. Por falta de espaço, as podem ser publicadas de forma reduzida.

cartas

2 - Avisos, notas e correspondências devem vir com nome, endereço {telefone, se houver) do remetente para futuros contatos.

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Editorial

··········~·············································· Patrocínio

Para Viver no Cachoeirinha Podemos dizer que este jornal começou a existir na noite de 22 de fevereiro de 1995. Já faz um bom tempo. Um tempo em que foi pensado, discutido, amadurecido, para, finalmente, sair a primeira edição. As próximas edições virão de.dois em dois meses ou, quem sabe, até mensais.

Naquela n(!ite de fevereiro, assisti a uma reunião no Posto de Saúde Cachoeirinha. Estavam presentes,. representantes do Conselho Tutelar, do Conse. lho Local de Saúde, do Rotary, da Pastoral da Saúde, do Grupo de Idosos Alegria de Viver e do Grupo Atalaia de Alcoólicos Anônimos. São pessoas que se reunem regularmente buscando soluções para problemas do bairro Cachoeirinha.

Fui convidado por ter editado um boletil'/1- da E. E. Mariano de Abreu, para promover a integração da comunidade com a escola e divulgar ações pela qualidade do ensino.

Durante a reunião,foram comentadas habilidades e carências de moradores de nos_so bairro e, na busca de soluções, surgiu a idéia de editar um jornal que promovesse união e

atuação.

Nos encontros seguintes foram definidos a linha editorial, os processos de produção, as responsabilidades e sistema · de distribuição.

A PRÁTICA Com fé na possibilidade de publicar o jornal, cada um começou seu trabalho. As idéias foram surgindo, as pessoas foram colaborando com notícias, referências históricas, idéias e sugestões.

A Elizabethfomeceufarto material sobre saúde e terceira idade.

O Joaquim coordenou as primeiras reuniões e mostrou o que o Grupo Atalaia está fazendo para diminuir o a(colismo no bairro.

O Robson mostrou o que o Conselho Tutelar pode fazer.

Não só para nossas crianças e 'adolescentes, mas para toda a família e a comunidade.

O José Seixas e sua.filha Vânia.ficaram por conta da pesquisa histórica, a parte mais difícil e mais emocionante. As informações e as fotos que nossos vizinhos estão fornecendo dariam para publicar páginas e mais páginas. Decidimos

por sintétizar e nas edições futuras publicar em mais detalhes. ' . · A Maguy se ofereceupara ajudar e assumiu duas funções importantes:fotqgrafar o Cachoeirinha hoje e reprocluzir as fotos antigas, evitandó extravias e compondo uma fototeca do bairro.

Editamos o material e,finalmente, a Eunyce se ofereceu para a revisão.

Moradores e comerciantes do bairro patrocinaram nosso único custo que não é voluntário: a impressão e parte do malerial fotográfico.

E tantas outras pessoas cola·boraram que nos emocionamos · ao sentir a qualidade humana do nosso bairro . · Uma equipe de vários voluntários vai distribuir para cada casa do Cachoeirinha..

O próximo passo é seu, caro leitor e vizinho. Se você gostar de uma das sugestões de atividade, mãos à obra. Qualquer pequena atitude é boa para nosso pairro. E se você tiver alguma sugestão para melhorarmos estejomal, será muito bem-vinda.

O Editor

Os custos de impressão e parte do material fotográfico desta edição foram financiados por moradores e comerciantes do bairro, confonne relação abaixo (em ordem alfabética) R$

DOADOR

10 Academia Marilu Dias (R. N. S. do Brasil, 775 - 442-6048) 10 Bar do Chico (R. Javari, 1178) 10 Casa Velha Pizzaria (Av. Clara Nunes, 680- 421-2404) 1O CTI Informática (R. Catanduvas, 580 -442-1445) 20 Davis Fibra Ltda. (R. Souza Caldas, 69 - 442- 1578) 10 Doces Beijinho (R. Simão Tarnm, 418 -442-1377)

5 Drogaria Godinho - Med. e Perfum. • (R. Descalvado, 435 - 442-2566) 5 Drogaria Vila Rica - Med. e Perfum.

(R. Simão Tamm, 14 - 444-6657) 10 Elizabeth J. E. Trotta 10 Elson Martins

5 Fab. Salgados Sabor Comercial (R. Qlavo Andrade, 346 - 421-2325) 10 Flash Vídeo (R. Tapira, 1011 -A - 4212399)

50 Geraldo Pereira Sobrinho 5 Gilvan Loterias (R. Simão Tarnm, 26) 20 Grupo de Idosos Alegria de Viver (R. N. S. da Paz, 1036 - 442-8905) 5 H.B. Hills Corretora de Seguros (R. Ten Brito Melo, 1223 - s. 403 - 2918544) 1O José Marinho 10 Júlio César Moraes IO Loja do A:Ivim (R. Descalvado, 709 446-0843)

5 Márci~ A. Silva 5 Maria José Miçhelin 10 Mercearia Real (R. Simão Tarnm, 10 -

Onde é e onde ·não é o Cachoeirinha Para distribuir este jornal é preciso conhecer as fronteiras do bairro Cachoeirinha.

Procuramos o Prodabel e tivemos uma surpresa. Fronteira de bairro não é uma coisa bem definida. Oficialmente é emm:n lugar, mas as pessoas dizem que o lugar que II1oram tem outro nome.

São laços de afetividade que puxam para um lado ou outro bairro. É um bom sinal, pois assim, os bairros se misturam e passamos a ser uma comunidade maior.

Nosso problema é saber até que casa distribuir o jornal e deixar de entregar para o vizinho, porque nossa ação tem limite.

Resolvemos, portanto adotar as fronteiras populares. O que a maioria das pessoas diz que é Cachoeirinha, recebe o Viver no Cachoeirinha.

Conhecendo melhor o nosso bairro, podemos, em futuras ~<lições, melhorar a distribuição.

421-2198) . 10 Padaria e Conf. Super Pão (R. Descalvado, 660 - 442-0602) 10 Padaria Pepone (R. Tapira, I 1io 446-1549) 1O Pe. João Batista Assunção

ÁREA DE

1O Pedro Braga

DISTRIBUIÇÃO DO JORNAL VIVER NO

1O Posto Jarbas Ltda. (R. Simão Tarnm, 463- 444-9251)

CACHOEIRINHA As áreas em branco são ' oficialmente consideradas Cachoeirinha, mas não por maioria dos moradores.

A leste da R. lndianópolis é · oficialmente Renascença e Cachoeirinha para os moradores.

5 Real Frios e Laticínios Ltda. (R. ltapetinga, 11.179 - 446-0099) 1O Reginaldo Teixeira Lima 1O Ricardo Júlio Costa 10 Roberto Silva Lima 10 Rotary Club BH - Cuchoeirinha (R.

Simão Tamm, 463) 10 Sônia M. Marques 10 Thelma Costa AI ves

5 Trivídeo (R. Javari, 1172) 5 Varejão !Glão (R. Descalvado, 770 442-4546)

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I0Wagner Matias de Andrade 1O Wilma Microni Silva

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RECEITA ....................... ...... 390,00 DESPESAS Impressão .......................... 375,83 Parte do material fotográfico(restante foi pago pela Maguy) ...... 14,17 SALDO ......................... .-............... 0

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VIVER NO CACHOEIRINHA - SET/OUT/95 - PÁGINA 3

EDUCAÇAO E CULTURA

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Obra é conquista de comunidade organizada.

A união e o trabalho das comunidades do Cachoeirinha e Nova Cachoeirinha estão dando frutos: a obra na Av. Bernardo Vasconcelos com Antônio Carlos.

Inaugurada no dia 1_6 de agosto, a obra da Prefeitura foi aprovada em reunião do Orçamento Participativo na E. M. Prof' Eleonora-Pieruc-

cetti, no ano passado, e depois aprovada nos demais for:uns do Orçamento Participativo da Regional Nordeste.

A nova pista e o sistema de sinalização significam segurança. Mesmo assim, o · resultado ideal depende de que cada um de nós respeite a sinalização. Ou seja, educação é fundamental.

Campanha ecológica para salvar vidas O Rotary · Clube Cachoeirinha está promovendo uma campanha ao mesmo tempo educativa e saudável. É a campanha de materiais recicláveis, como latas de cerveja, jornais, livr_os, revistas, papel, papelão e plásticos em geral (embalagens de refrigérantes, shampoo, sacos de leite etc).

Não os jogue no lixo.

Reserve um lugar na sua casa e vá colecionando tudo que é reciclável. Périodica-

mente, l!lembros · do Rotary circularãa pelo bairro recolhendo todo este material.

Esta campanha t'az parte de uma campanha maior do Hospital Mário Pentia, de pacientes carentes portadores de câncer.

O material será destinado ao Centro de Recebimento de Materiais Recicláveis (CRMR) do hospital.

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CAMPANHA

DE MATiRIAIS RECICL VEIS DO_ HOSPITAL

MABHI PEHNê

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Contatos: Cf!MR - 227-2817 Rotary - 442-8777 (Cascardo)

Viver no 'Cachoeirinha com seresta na praça Antes mesmo da publica-_ ção da primeira edição-do jornal Viver no Cachoeirinha, o seu título começa a render novas atividades.

O trio S9m e Alma (Amaral e Carlinhos moradores do Cachoeirinha - e Pinheiro) se apresenta na praça formada pelas ruas , Indianópolis, Cel. Alves e Catanduvas, no próximo dia · _29 de setembro, às 20 horas.

Esta apresentação abre. com alegria o projeto Viver no Cachoeirinha. Um projeto · que não tem dono, mas que é de todos.

Cada um que tem uma boa idéia para fazer de nosso bairro um lugar gostoso de se viver pode logo -usar o título Viver no Cachoeirinha e mãos a obra.

Para gostar é preciso conhecer e para conhecer é . preciso encontrar.

A seresta ·na praça é uma cortesia.do-trio Som e Alma · para relemprarrnos e curtir. mos bons momentos musicais.

Não perca.

Contatos: Amaral - 442-4137

São pessoas que estão aprendendo e curtindo uma nova vida sem vício.

Bibliotecá que tanta falta faz

Aulas especiais

Contato - O endereço é R. Coronel José Alves, 171 Cachoeirinha. A entrada é · franca.

A Eunyce sente falta de uma biblioteca pública no nosso bairro.

Sugere a criação deste espaço, com a doação de obras pelos próprios mora-dores.

A biblioteca ·pode ser um bom lugar para consultas e, também, fornecer um serviço especial: troca de livros didáticos.

Contatos: Eunyce - 442-1759

llh.

, Alunos da Suplência da _ E.E. Mariano de Abreu estão tendó cursos profissionalizantes toda quarta~feira, a partir de 19 horas. É o resultado de uma campanha de integração de comunidade e escola, promovida este ano.

Eva Gomes Rinco ensina · corte de cabelo e Maria da Glória, manicure. Os cursos são gratuitos e sem custo para a escola, pois as monitoras são voluntárias buscando melhorar a condição de vida dos alunos, dando-lhes mais uma opção de emprego.

Jovens com Cristo O 1°-Encontro de Jovens com Cristo EJC Cachoeirinha vai se realizar em nossa Paróquia de 22 a 24 de setembro.

A idade mínima é de 18 anos.

Você pode fazer sua inscrição e ter maiores informações com o Rç,drigo.

Contato: Rodrigo - 442-4974

Projeto Curumim

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. Aqui no Bairro Cachoeirinha se reune, três vezes por semana, um grupo de pessoas que tiveram muitos . problemas na vida e hoje estão vivendo melhor. Os problemas erª"m causados pela bebida. E a solução veio com o Grupo A.talaia de AicoóÍicos Anônimos.

As reuniões acontecem de 20 às 22 horas, às segundas, quartas e sexta-feiras e, aos domingos, de 9 às

Wagner e Ricardo

FAMÍLIA 5S

Desfile não tem idade

Viver sem beber

Na divisa do bairro Cachoeirinha com a Vila Humaitá há uma unidade do Projeto Curumim, que atende a crianças carentes com atividades de recreação, alimentação e refor90 peda , gico.

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ESPECIAL · MEMÓRIA

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Bairro Cachoeirinha: Nesta edição, pessoas que ma

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A _cachoeira existia mesmo, de verdade

ara falar da.história do nosso bairro,·ouvimo-la, primeiramente, dos mais antigos moradores e representantes das fann1ias tradicionais aqui residentes e vamos recontála em capítulos, também em outras edições deste jornal.

Antigamente o nosso bairro era uma fazenda de propriedade de Francisco Luiz de Souza e recebeu o nome de Cachoeirinha por_ter uma elevada queda-dágua sobre um chão de pedra conhecida por Lages, bem na frente da Escola Eleonora (EMPEP).

Outras fazendas, que circundavam essa região, eram: Fazenda Manoel Gomes, hoje bairro Humaitá; Fazenda José Cleto, hoje Vila Ipiranga e Fazenda Quim Quim Ambrósio; hoje bairro S. João Batista (Santa Cruz).

A princípio a comunidade era · pequena e não havia no bairro uma capela. Os padres da paróquia N. S.. da Conceição da Lagoinha (como o Pe. Guedes) vinham celebrar missa campal.

Só em fins de 1937, oito anos depois de iniciada a construção, o bairro recebeu a Igreja, dedicada _ · à padroeira N. S. da Paz. Hoje, os mais antigos moradores visualiCia. Mineira de Fiação e Tecelagem. O muro em primeiro plano é a zam a Igreja daqueles saudosos atual divisa para R. Simão Tamm (Foto: anônimo -fornecida por _Antônio Basílio) dias: ''no alto da torre havia o providência para conseguir Por volta de 1925, nossos· sino e logo abaixo, a imagem de 1 estes recursos surgiu em 1933, moradores ·implantaram aqui N. S. da Paz em um nicho iluminado''. De qualquer ponto uma fábrica de tecidos chamada · . quando ela se incorporou à Cia. do ba:irro se podia ver a PadroeiMineira de Fiação e Tecelagem Cia. Mineira de Fiação e ra. Diariamente, os sinos tocaque já dispunha de energia . Tecelagem e que fazia o vam as Ave Marias. elétrica própria e de terrenos acabamento de sua produção O nosso primeiro vigário foi para reunir e ampÍiar as unida(estamparia) na antiga Cia. o Padre Antônio Alexandre Rueff des da Praça dll- Estação. As Industti~l Belo Horizonte que paroquiou em 1938 e só os duas indústrias, agora juntas, (localizada na praça·da Estamais antigos moradores se ção), criada em 1906, como a passaram a produzir perto de lembram de sua curta passagem dez milhões de metros anuais primeira indústria de grande pelo bairro. de tecidos, carreando para nosso . porte da nova Capital. E~ta A rua mais antiga, movimenbairro grande número de operários indústria, por sua vez, dependia tada e famosa do bairro era a rua em busca de trabalho, no comércio, · de melhor suprimento dágua e ltapetinga, conhecida como nas olarias, nos bares etc. e de energia elétrica para moviestrada velha para o sertão, ou acabaram formando aqui uma mentar suas máquinas e elevar vibrante comunidade. sua produção.·A primeira

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Nas escrituras mais antigas, a .lembrança da cachoeira.

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escritura d~ propriedade de -Chicão: Maguy - 1995)

estrada de Venda Nova, ou ainda, estrada velha da Pampulha. Era marcada em alguns trechos, como: os Piquetes de Ferro (R. .

Manoel Macedo, na curva do depósito de bebidas Antártica), antiga ponte do Cartacho (na esquina da Itapetinga com a Av. Bernardo Vasconcelos), Cambuí, · ou seja, árvores gigantescas da espécie cambúí que enfeitavam certa parte da estrada. Ali~s, esta região identifica, ou faz lembrar João Galo, 'a figura popular da

época, morador do Cambuí.

Lembrado por muitos, surgia altas horas da noite cantarolando e gritando pelas ruas do bairro.

As crianças da época lembram de suas mães ameçando, "Sossegue, senão João Galo vem te pegar". A rua Itapetinga apresentava ainda um trecho problemático: a Curva da Morte (defronte ao hospital Inconfidência), famoso pelo número de desastres ali ocorridos. ·\

Neste trecho da Av. Bernardo Vasconcelos ficava a cachoeira que deu nome ao bairro. {Foto: Maguy -1995)

Fanu1ias pioneiras

Casa d.o sr. Orlando Teixeira (primeiro menino a direita) perto da Av. Clara Nunes, quando ainda era Um Córrego {Foto anônimo - anos Fábrica de tecidos. A rua N. S. da Paz era uma cratera, após a R. Simão Tamm {Foto: anônimo - fornecida por Antônio Basílio)

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1937 • fornecida por Fáti_ma, filha do sr. Orlando)

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As primeiras famílias que se mudaram para o bairro Cachoeirinha, transformando-a nesta laboriosa comunidade foram: os Rezende, Almeida, Teixeira, Silveira, Barbosa, Ramos, os Pereira Lima, Abreu, Paixão, Camargos, Reis Rocha, os Santos, Lages, Lima, Procópio, Roncante, Silva, Guimarães Braga, Rodrigues, Palhares, Cláudio, Milhorato, Lara, Souza, Teixeira Rocha, Pousada, Ferreira, Teixeira Dias, Campos, Santana, Alves, Marinho, Moreira, Oliveira, Victor, França, Passos Dias, Goes dos Santos, Bastos, Violante, Avelar, Santiago.

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contatos: Vânia - 442 - 85~

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Comércio variado

Sr. Victor e Chicão, a memória viva do bairro bem Costurada (Foto: Maguy -1995)

As glórias do nosso futebol

Abr~u e já atingiram etàpas Dentre tantas coisas boas avançadas de suas carreiràs, sem que citamos, não poderíamos necessidade de sair daqui. deixar de falar do futebol que O ·nosso bairro já teve seu Posto sempre foi uma das princ;ipais Policial, apesar de sua população forma de diyertimento dos ordeira e feliz. Localizava-se à rua moradore~ daqui. Foi por volta dos Operários. Seu delegado por de 192? que o Cachoeirinha F. muitos anos foi o sr. Eurico que C. surgiu entre· nós. José de contava, durante certo tempo, com Lourdes, jogador de destaque éolaboraçãó do sr. Tierres. Gente boa. desde àquela época, implantou Em nosso b~rro funcionou por e conduziu as primeiraslequimuitos anos uma Agência Postal, - pes, que de relance podemos dirigida pelos simpáticos irmãos Jorge Veiga e d.

Carmelita, vindos da cidade de Caetanópoles. A Agência situava-se à rua Simão Tarnm, esquina com a rua Cônego Santana. · Cachoeirinha possuiu uma infinidade de Time de Futebol Horizonte Textil (Foto: Mauro Miranda bares em toda 1953 - fornecida por Levindo "Ratinho") sua história. · Considerando, entretanto os mais tradicionais e populares, citamos os seguintes: Bar do Cinac.o (R. ltapetinga); Bar Boêtnio (R. ltapetinga); Bar Coloss_o (R. N. S. da Conceição); Bar e barbearia do Os padres muito contribuísr. Nhonhô (R. Simão Tarnm); Bar Gogó da Ema (R. Simão Tamm); ram para o desenvolvimento do Bar e Rinha Juca Jacaré (R. Simão bairro. Padre Sérgio (1940); Tamm). · fundou a Irmandade do SS. A Alfaiataria do Chicão é o SS., Congregação Marian·a, estabelecimento de maior tradição Apostolado da Oração e do bairro. Desde 1934 veste os Filhas de Maria. Criou nossos moradores com elegância também a Banda de Música sob medida. Seus fregueses vêm do que se apresentava todo fim bairro, da cidade, de outros de semana, no-coreto ao lado Estados. É profissional que esbanja da Igreja, barraquinhas e categoria. Rua Simão Tamm, nº atos festivos. Compunham a 522. banda de música, o Maestro

E11tre os primeiros armazéns criados no bairro estava o de Manuel Duarte, à rua Simão Tamm esquina com rua N. S. da Conceição que era o fornecedor de gêneros alimentícios aos operários da fábrica e onde atuava Waldemar Izidoro da Silva, hoje com 85 anos e que ainda reside no bairro; o armazém Moreira e Rocha, na esquina da rua N. S. do Brasil com rua Simão Tarnm, também fornecedor dos operários da Fábrica e onde atuou o Juca do Armazém.

A primeira Farmácia era do sr.

Ubirajara, à rua Simão Tamm.

Depois, o farmacêutico Ovídio Giovanini "formado, na famosa Escola de Farmácia de Ouro Preto, sucedeu o sr. Ubirajara no mesmo endereço, e, anos depois o mesmo estabelecimento foi cedido.ao farmacêutico sr. Joviano Unhares, que ainda reside no bairro.

Desde 1928 a Escola Estadual Mariano de Abreu cuida da formação escolar do bairro.

Inaugurado no governo do Presidente Antônio Carlos, erã secretário da Educação, na época, o dr.

Francisco Campos que por sua vez, nomeou a primeira diretora deste estabelecimento a d. Margarida Oliveira Guimarães. Antigos e numerosos moradores da Na escadaria da antiga igreja, pose históriCachoeirinha ca do padre e crianças que representaram passaram pelo os 12 apóstolos na Semana Santa (foto: Mariano de anônimo - 1945 - fornecida por Benone)

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citar: o Silva Brasil F. C., União F. C., Esporte Clube Ri ver Plate 1 o Horizonte Têxtil e a Associação Atlética Cachoeirinha, esta criada em janeiro de 1951, por Aduvaldo Ramos, Agostinho Pótoca, Dario Veríssimo da Cruz, Joaquim Gonçalves, entre outros. Para encurtar caminho, queremos informar que grande número dos atletas amadoristas forjados nesses clu_bes alcançaram fama e prestígio, chegando ao profissionalismo em épocas posteriores: Raimundinho foi , jogar no' Cruzeiro, Seleção Mineira e Venezuela; o Baeta foi para o Meridional; Fábio, Vila Nova; Wilson Santos, foi para o América Mineiro, jogou também no América do Rio e na Seleção Carioca; o Áureo foi para o Cruzeiro, Asas, Sete de Setembro e Independente de Uberaba; Tonho e Pita foram para a

Venezuela; Cici, para o Asas e o Botafogo; Amadeu, para o Pedro Leopoldo; Pedrinho, foi para o América Mineiro; o _ Isaías, para o Bela Vista de Sete Lagoas; Tião, para o América mineiro, Cruzeiro e o Raul Fernandes, para o Cruzeiro; Meio Quilo (Dias) foi jogador no Vila Nova e posteriormente no Pedro Leopoldo; Moraes, Democrata e Cruzeiro; Zé_ Bras, no Cruzeiro. Em 1963 a Associação Atlética Cachoeirinha dirigida pelo técnico Quinzote, recebeu o título de eampeão da cidade, com a decisão entre Cachoeirinha x Pitanguí, no estádio do Ferroviário; venceu por 1 x O, com gol de Dias, o Meio Quilo.

Além de jogadores profissionais, C! bairro forneceu também dois juízes, um da Federação e um da Pifa, nas pessoas de Euclides Borges e Joaquim Gonçah'.es (Pifa).

Os padres trouxeram fé, .arte é cultura

Crispim, o clarinetista José Martins; o João, do baixo, o José Geraldo, do bumbo, o Araújo, da clarineta; o Santclair, do bombardino, José Victor de Abreu, sax, Tiodolino, prato.

Também fiz.eram parte da banda; em outra época, os maestros Clarindo Machado e Antônio Pontello, Octávio, da clarineta, Victor Lisboa, do piston e clarineta e o Tonico, do piston.

De 1944 a 1951 a Paróquia esteve entregue à Congregação dos Sacramentinos, à sucessão dos padres Thiago, que aqui chegou de qicicleta; Padre Afonso, que deu grande impulso aos movimentos já existentes, promovendo o Coral Infantil, regido por J adir Ambrósio, excursões com a Congregação Mariana e A banda de música tocava no coreto ao lado deu início à Cruzada da Igreja e viajava para picnics (foto: anõnimq entre 1944 e 1951 • fornecida por Eni) Eucarística. Instalou o

Cine Teatro Pax, hoje Posto de Saúde à rua Cel. Alves, onde grupos de atores encenaram diversas peças, entre elas '' A Filha do Sapateiro", "Suplício de uma Mulher'', etc. Foram atores nesta época, José Camargos, que dirigia o cinema, Duca Boca de Arame, Sebastião Lotti, Orlando · Teixeira, Vicente de Paula Santos, Maria Jo_sé Guimarães (Zezé), Lili, Zilah, D. Augusta, Sr. Jarbas, Nilza; Waldemiro, Lúcia e Lucília Costa Lima; Neide Soares Geraldo Pontello, e Zélia, Rúi Kénip, entre outras revelações artísticas, como o Jadir Ambrósio, que dirigia os b~ilados ("A Viúva Alegre" e ''Contos dos Bosques de Viena"). - Os atores Tonico, Eny, Heloísa, Marinho encena.ram Úma peça intitulada "Vocês . acabam casando''. Por coincidência, anos depois acabaram por se casar na vida real.

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VIVER NO CACHOEIRINHA- SET/OUT/95- PÁGINA 6

TRABALHO

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Academia Marilu: alegria de corpo e mente Criar uma academia de dança no Cachoeirinha era uma idéia antiga de Marilti Dias. Faltava no bairro um lugar onde ., se pudesse .não só praticar a dança, mas, sobretudo, liberar o talento de nossa comunidade 'tão carente de espaço artístico, onde também se reunissem pessoas amigas.

O sonho começou a se realizar no inverno de 1981. Marilu alugou uma loja na rua Tapira, 1.011. ·. ''Tenho belas lembranças daquela salinha'' ela · 1embra. ''Salinha apertada e apinhada, suávamos nossos ideais, num~ obstinada busca de espaço."

No final daquele ano, a Academia Marilu Dias subia estreiava no palco, apresentando ''Priméiras Cenas''. '' As pernas bambas, o t~~tro lotado, a nossa alegria por estar ali ·· realizando a primeira -produção.''

Os anos seguintes trouxeram o reconheci- , mento pelo trabalho.

Aprimoraram o desenvol-

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1992 ·- 2º lugar no Concurso Mineiro de Dança 1993 - 3º lugar no Cop.curso Mineiro de Dança 1994 - 1º lugar no II Concurso Internacional de Danças do Mercosul.

Depois de quatorze anos de muito trabalho, Marilu acredita mais do que nunca que a dança e a ginástica ainda são uma das formas saudáveis e ricas de aproximar pessoas, desenvolver corpos, mentes e aprimorar a qualidade de vida da nossa gente.

Marilu: espaço para ...

vimento técnico e tiveram momentos marcantes em v~ios espetáculos. Multiplicaram os amigos, ampliaram as instalações, diversificaram a atuação e, ano a ano, qualidade do trabalho cresceu, cada vez mais.

Participando em vários eventos, a Academia Marilu Dias vem conquistando várias premiações:

... liberar Ótalénto do bairro e reunir amigos

(Fotos: Maguy-1995)

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Atividades • ProJ.1!oções de almoço e jantares junto a Sociedade São Vicente de Paula • Campanha do vidro para Santa Casa de Misericórdia • Passeio ciclístico com a comunidade (campanha contra a fome) • Bingos prós-creches • Doação de consultório e

A Padaria e Confeitaria Super Pão está prestando um serviço à ~ omunidade intitulado ''Empregos''. O objetivo é facilitar pessoas do nosso bairro se oferecerem para trabalhar. E, quem tem emprego para oferecer, encontrar o trabalhador que precis;. É um serviço bem organizado, com fichas padronizadas, pelas quais empregadores e empregados podem se conhecer.

Mais uma ação pata bem Viver no Cachoeirinha.

Endereço da padaria R. Descalvado, 660

Rotary: bons trabalhos pela comunidade '' Atue com integridade, sirva com amor, trabalhe pela paz.'' Este é o lema do Rotary Clube BHCachoeirinha para o biênio 95/96, durante gestão de fSérgio Amaro, como presidente.

Para quem não conhece, o Rotary é U,!Ila entidade internacional que promove atividades de desenvolvimento comunitário ..São ..promoções que vão desde o apoio a famílias carentes, creches, a promoção de intercâmbio educacional com unidades de outros 'países. . O Rotary BH-Cachoejrinha atende também a bairros próximos que precisam de apoio. Para os projetos comunitários, o .

Clube mantém comissões

Empregos

odontológico ao Centro de Saúde · • Eleição de Mãe e Pai do Ano, nas suas datas • Homena~em ao Profissional do Ano• Bazares da Pechincha • Conferências educativas • Intercâmbio de jovens • Intercâmbios profissionais

Reunião do Rotaract com presença de dois intercambistas dos EUA e Canadá (Foto: Thelma - 1994)

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para avaliar sua extensão ~ seu perfil. Aprovados, os ·projetos são encaminhados a clubes do exterior para que os financiem. Os financiamentos também se · aplicam ao intercâmbio de jovens e profissionais. Os candidatos aprovados nos exames de conhecimentos gerais e aplicativos ao Rotary podem passar um ano no exterior se especializando .

Os jovens de 18 a 30 anos de idade se reunem sob o nome de Rotaract, às 18 horas de domingo no Restaurante Casa Velha, av. Clara Nunes .

Você pode também procurar emprego para a Região Nordeste no Posto do SINE. Contato: 486-2755 R. Quelozita, 45 - B. São Paulo

Mais desenvolvimento O Anderson, da Flash Video, acha que o bairro · está precisando de mais desenvolvimento , mais moradores.

Pede também um posto policial e uma agência bancária.

A Vânia L. Seixas Moraes sente falta de agência dos Correios.

Contatos Rotaract: Tel.: 442-1934, com Wagner ' · d'Ávila.

J Reuniões: domingos, de 18 às 19h

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SEGURANÇA E SAÚDE

Q_Centro

qué cuida da nossa saúde

No prédio do antigo Cine Pax, funciona hoje o Centro Municipal de Saúde Cachoeirinha (Foto: Maguy - 1995)

Hipertensos, gestantes, crianças desnutridas, nutrizes etc. etc. Se você é uma destas pessoas, conte com o Centro Municipal de Saúde Cachoeirinha, que pode atendê-lo onde funcion"ava o Cine Pax, R. Cel. José AI ves, 171 Cachoeirinha.

Como o nome bem indica, o Centro pretende ser um · espaço de promoção da Saúde no nosso bairro.-No Centro não há infra estrutura para atendimento de casos de urgência, mas pode prevenir vários casos através de vários serviços: • imunização através de vacinas • fiscalização sanitária, que atende em casos de orientação contra ratos, escorpiões e

outros.

• pequenos curativos • injeções regúlares • assistência à Saúde Mental, através d_e um psicólogo e um assistente social • tratamento odontológico • consultas médicas de ginecologia, pediatria e clínica.

• planejamento familiar · O bom relacionamento do Centro Municipal de Saúde Cachoeirinha vem dando frutos, como a criação e o funcionamento em suas dependências do Grupo · Atalaia de Alcoólicos Anônimos e o Grupo de Idosos Alegria de Viver.

No Centro de Saúde Cachoeirinha há um trabalho dirigido especialmente a pessoas desnutridas (crianças, nutrizes e gestantes).

Com ele, as pessoas têm aprendido como modificar

Conselho Tutelar

alguns hábitos alimentares de pouco valor nutritivo, sabendo quais alimentos são ricos, mesmo baratos, e como aprov~itá-los.

As pessoas que procuram o posto recebem farinha enriquecida com complemento nutricional, composta de pó de casca de ovo, de folha de batata-doce, de folha de mandioca e farioha de trigo. Esta farinha cont~ibui para aumentar o leite da nutriz e prevenír a desnutrição durante a gestação.

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Conheça-o para bem apl-icar Quando você tiver um problema relacionado com crianças e .adolescentes pode pedir ajudá do Conselho Tutelar.

O Conselho Tutelar, regulamentado pela Lei nº 8242, de 12/10/91, é uma instituição democrática que pode melhorar nossa comunidade. Para isso, importante - saber como ele pode nos ajudar.

Em primeiro lugar, sua função é atender à criança, ao adolescente e a seus pais· e responsáveis.

O Conselho Tutelar recebe dei-nínçias, reclamações é toma as medidas de proteção à criança e ao adolescente, quando seus direitos, reconhecidos pelo Estatuto da Crianças e Adolescente (ECA) forem ameaçados ou violados.

FUNÇÕES Existem três níveis de ameaça ou violação previstos: 1) Ação ou omissão da sociedade ou do Estado.

- Exemplos: crianças vivendo nas ruas, maus tratos em entidades de atendimento à criança, não. atendimento do adolescente em escola ou hospital

Jho Tutelar vai até os 12 anos de idade. De 12 aos 18; a responsabilidade é do Juiz de Infância e .).

Juventude.

CIDADANIA Além de atender às crianças e adolescentes, o Conselho Tutelar tem um pàpel muito importante· ~a fiscalização das entidades governamentais e não-governamentais.

Juntamente com o Poder Judiciário e _com o Ministério Público, cabe_p.,., ao Conselho Tutelar a fiscaliz;ação dessas entidades e a aplicação das medidas corretivas.

Em cada município precisa ter, no mínimo, um Conselho Tutelar. Em Belo Horizonte, há um em cada Regional Admi- . nistrativa. No nosso caso, a Regional Nordeste.

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público por discriminação, não atendimento de criança com problemas de aprendizagem escolar em serviço psico-pedagógico público.

2) Falta, omi's são ou abuso dos pais ou responsável.

Exemplos: abandono de crianças, abuso sexual de . familiares ein relação à criança, não matricular e não exigir a freqüência das . criança,s e dos adolescentes na escola. · 3) Falta da própria criança ou adolescente.

Exemplos: violência cometidas pelas próprias · crianças ou adolescentes, abandono de escola.

Neste último nível, a responsabilidade do Canse-

Contatos: · Endereço do Conselho: R. Angola, 357 - Bairro 432São Paulo - Fone: _ 1259, de 8:00 às _18:00 horas, de segunda à sexta-feira. Robson Majus Soares é Cqnselheiro na nossa regional e morador no nosso bairro à rua Petrópolis, 67.

Endereço: R. Cei Alves, 171 Tel.: 442-8905

O papel da nutrição )

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Cuidados no trânsito • ,r

Os idosos do Grupo Alegria de · Viver estão muito preocupados com a a quantidade de acidentes de trânsito. Tanto aqui no Bairro Cachoeirinha quanto no centro da cidade: Enquanto os motoristas n~o melhoram o jeito de dirigir, é preciso muito cuidado. Para isso . os idosos estão recebendo instrução, aprendendo a ter mais cautela e atenção ao atravessar as. ruas, respeitando as sinalizações.

Se você quiser participar, procure o Grupo Alegria de Viver, R. Cel . Alves~ 171 - tel.: 442-8905

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ESPORTE E LAZER

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Bons tempos que podem voltar

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Houve um tempo em que a rua Simão Tamm era palco da Batalhas de Conf~tes, Queima do Judas e vários outros tipos.de festas e · /alegria.

Entre elas, destaca-se um acontecimento de 1945.

Naquele ano, foi inaugurado . o terminal do bonde no nosso bairro, exatamente por Juscelino Kubtschek, na época prefeito de Belo Horizonte.

A linha do bonde saía do centro e ia ao aeroporto da Pa.mpulha, passando pela av. .,Antônio Carlos. Um ramal foi instalado através das ruas do Operário, Senhora da Conceição e Simão Tamm, terminando perto da E. E. Mariano de Abreu, no final da parte mais larga.

O alargamento da rua

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R. Simão Tamm

trecho, convergindo para o centro, possibilita ali, podei- ser um palco para festas culturais, aos domingos, quando há pouco movimento de veículos.

As idéias começam a brotar: • E que tal se comemorarmos o Dia da Criança com um trio-elétrico e uma Rua do Lazer? ·· • Algum amante de teatro ou dança pode fazeruma apresentação de seu tale_nto.

(Foto: Maguy - 03/09/95)

nesta-parte foi necessário para facilitar a circulação de grande número de operários da fábrica e passageiros do bonde. A fábrica cedeu parte de seu ·terreno para isso.

Se_alegria e festas havia,

por que não voltar o que era bom nos velhos tempos.

Durante as entrevistas para está edição do Viver no Cachoeirinha, surgiram algumas idéias.

A inclinação da rua neste

Se você tem alguma sugestão ou quiser · participar de algum pr.ojeto, favor ligar para Wagner Matias, 222-2587 ou 444-9127

Vêm aí o Torneio de Futebol de Salão .

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O intervalo entre o inverno. e ·o verão deste ano est~ prometendo ser muito animado.

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· Um grupo de moradores está organizando o Torneio de Futebol de Salão do Bairro Cachoeirinha.

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Nadando no Bairro A Academia de Natação Flipper completa, este ano, nove anos d'e muita braçada.

Passou por momentos difíceis, como o desmoronamento do arrimo da rua 'fapi a sobre suas piscinas.

Depois· de uma reforma demorada, ela voltou a todo vapor. Dizemos vapor de /. l'orma literal, porque há aquecimento nas piscinas, imprescindível no inverno, principalmente para quem estuda a noite.

A Academia Flipper é uma amostra de que é preciso determinação para realizar _Cllos~os sonhos. Ela surgiu do

idealismo do desportista Elson Martins que, com sua farru1ia, acreditou na necessidade da criação de uma escola na comunidade onde se ensinaria a nadar.

Hojé, oferecem natação, hidroginástica e estética facial. Há aulas para qualquer idade.

A equipe é grande: os filhos Anders.on, Igor, a filha Kênia e a nora Ana Paula. É uma dica para o verão· com elasticidade até debaixo . dágua.

Contato: R. Caconde, 1099 tel.: 442-5006

Para participar é muito simples: reuna seu grupo de arnigos ou amigas (amigas, sim! Haverá modalidade feminina) e organize seu time.

As inscrições são feitas pelo telefone 442-6048 ou na Academia Marilu.

Ginástica não escolhe idade

Atenção, artistas da comunidade A Sônia sugere a reunião dos artistas plásticos do bairro para uma exposição de suas obras.

Contato: Sônia - 444-6237

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Para você, que tem fotos antigas do bairro

Para esta primeira edição de VÍver no Cachoeirinha, o material fotográfico levantado não-testemunha bem a história visual do bairro. A Maguy, nossa fotógrafa voluntária, sugere uma campanha para catalogarmos as fotos antigas. O coroamento seria uma exposição parà os moradores mais novos conhecerem melhor o bairro. · Contatos: Maguy - 442-1278

Cachoeirinha vai ao Rio Grande do Sul A Academia Marilu Dias participará, de 6 a 15 de outubro, do III Concurso Internacional de Danças do Mercosul, na cidade de Bento Gonçalves (RS). ' Vamos torcer por mais uma vitória.

Vôlei Ação e reflexão para a ~erceira idade.

Na E. M. Prof" Eleonora Pierucetti está funcionando uma ginástica orientada para pessoas idosas, todas as 3ª e 5ª feiras. É um projeto de abertura das atividades da Educação Física à Comunidade. Vá lá e procure pela professora Maria Inês.

A Fernanda convida pessoas para formar um time de vôlei feminino e treinar semanalmente · Contato: Fernanda - 442-8574