Viver no cachoeirinha 22

J O R N A L PA R A P R O M O Ç Ã O D E Q U A L I D A D E D E V I D A C O M U N I TÁ R I A - B E L O H O R I Z O N T E - M G - N º 2 2 - A N O 6 - J U L / 2 0 0 1

http://www.solucria.com.br

Festividades religiosas Página 4

Escola integrada com comunidade Página 5

Arte corporal

O erro construtivo

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Página 2

Futebol e cidadania

Associação Comunitária Página 6

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Cooperart Página 7

Quadrinhos Página 3

Viver no Cachoeirinha - Jul/2001 - Página 2

Novos conceitos em Educação Expediente Correspondência à redação: Soluções Criativas em Comunicação R. Catanduva, 550-A Telefax: (31)3421-9070 - atende@ solucria.com.br Colaboração: Carmen de Abreu Christiano Andrade Noronha Fernando Noronha Vânia Lúcia Seixas Moraes Homenagem a voluntários que fazem parte da história do Viver no Cachoeirinha: Elizabeth José El-Corab Trotta José Seixas Sobrinho (em memória) Júlio Sérgio Pereira Seixas Geraldo Ramos da Silva Maguy De Caux Eunyce Maria dos Santos Silva Edição: Jornalista responsável (edição e ilustrações): Wagner Matias de Andrade Reg. MG 02445JP Telefax: (31)3421-9070 - wagner@solucria. com.br Editoração eletrônica e ilustrações: Soluções Criativas em Comunicação Impressão: Fumarc Tiragem: 7.500 exemplares

Os custos de produção e distribuição do Viver no Cachoeirinha são cobertos parcialmente por verba da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte e o restante por meio de veiculação de anúncios.

Participe anunciando.

PARA ANUNCIAR NO VIVER NO CACHOEIRINHA Corretor e cobrador autorizado: Christiano Andrade Noronha Tel: 9912-8694 ou 3442-6219 R. Coqueiros, 122 - casa 22 Para anunciar, pode-se dirigir também à: Soluções Criativas em Comunicação R. Catanduva, 550-A Telefax: (31)3421-9070 - atende@solucria. com.br

Tabela de preço para anúncio colorido:

1 módulo (5x4,8cm)..........R$50,00 2 módulos (5x10,1cm)....R$100,00 3 módulos (5x15,4cm)....R$150,00 4 módulos (5x20,7cm)....R$200,00 Rodapé (5x26cm)............R$250,00 Formatos de área fora do padrão dos módulos: cm2......................R$2,50 Anúncio preto e branco: Metade do preço do anúncio colorido Pagamento: após a distribuição do jornal

Erro construtivo

Durante muito tempo a escola serviu de várias informações acumuladas fez inúmeras tentativas no em observações anteriores sentido de eliminar os erros de palavras escritas no seu das produções escolares ambiente. É inegável a capados alunos. Hoje, após os cidade de observar, memoriresultados dos estudos de zar, inferir e argumentar que Jean Piaget e de pesquisaela demonstra nesse diálogo dores pós-piagetianos, não com sua professora. Na reamais podemos desprezar a lidade, os erros das crianças força propulsora dos erros precisam ser avaliados pelos Joana no processo de construção professores e a partir deles de conhecimentos. É bem devem acontecer intervenverdade que devemos fazer distinção ções pedagógicas que possibilitem a entre dois tipos de erros na escola: um produção de hipóteses mais adequadas deles, já vimos, impede o curso normal pelos alunos e, conseqüentemente, de do processo de aprendizagem por servir novos conhecimentos. Se a professora a propósitos inconscientes. O outro, que simplesmente tivesse riscado o caderno podemos chamar de erro construtivo, faz de Laura pensando que ela havia sido avançar o processo de aprendizagem. desatenta ao escrever a palavra, teria perdido a oportunidade de utilizar o caráter Chave se escreve com construtivo do seu erro, não podendo x, ch ou sh?

Laura, uma aluna da 1ª série, ao tentar ajudá-la a superar uma hipótese inadeescrever a palavra “chave”, transitou quada. Muitas crianças são impedidas de aproveitar a força entre as seguintes grafias: xave, construtiva de seus erros chave e shave. A professora e acabam aprendendo pediu-lhe que explicasse porque não devem se arque ela pensava que “chave” riscar em pensamentos poderia ser escrita de tantas e hipóteses. Diálogos maneiras diferentes e Laucomo esse entre Laura ra, com muita competêne sua professora poscia, soube argumensibilitam avanços no tar:: “De qualquer processo de aquisição maneira que eu do conhecimento, além escrever vai dar de ser um sustento inapara ler chave. O balável para a construsom é do x, mas ch e sh também fazem o som do x.”. A ção de um aprendiz atento, observador, professora concordou com apenas parte criativo e, sobretudo, confiante na sua do argumento. Ela entendia bem o que capacidade de aprender e de descobrir Laura queria dizer quando se referia ao soluções para problemas que constansom do x e do ch. No entanto, ficou intri- temente aparecem no seu percurso. E gada pela possibilidade que Laura via de digo na construção de um aprendiz escrever chave com sh. E pediu-lhe que porque, nada é tão esperado da escola justificasse melhor o uso do sh. Laura, moderna quanto preparar aprendizes com tranqüilidade respondeu: “É como permanentes, capazes de enfrentar dúvidas e de buscarem soluções para elas. shampoo.”

Aprender a aprender: meta para a educação

Neste exemplo podemos acompanhar o raciocínio de uma criança quando está produzindo a escrita de uma palavra que nunca havia escrito antes. Podemos perceber que aquilo que muitas escolas consideram somente um erro a ser eliminado, Laura demonstrou ser o resultado de um pensamento inteligente, que não deve ser negligenciado. A menina se

Leitura indicada:

FERREIRO, E. e TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita, Porto Alegre: Artes Médicas, 1985 MORIN, Edgar, os sete saberes necessários à educação do futuro, SP: Cortez; Brasília: UNESCO, 2000 Joana Assunção de Oliveira - Pedagoga, co-autora de Dificuldades de aprendizagem na alfabetização, Ed. Autêntica, e de A criança entre a mãe e a mulher, Ed. EBP e Diretora da Companhia do Ensino. joana@companhia-do-ensino.com.br

EDITORIAL

Vivendo e aprendendo Viver é aprender. A medida que o tempo passa vamos acumulando informações. O acúmulo de informações não é, no entanto, suficiente para conseguir bons resultados. É preciso também saber aplicar as informações, construir com elas o conhecimento.

O nosso conhecimento é desenvolvido com a comparação das várias informações que recebemos, refletindo sobre elas, descobrindo um jeito de aplicá-las para resolver nossos problemas.

Com o tempo, quem exercita o desenvimento de conhecimento se torna sábio e capaz de conseguir com facilidade soluções que, antes, eram difíceis de conseguir.

Quanto mais informações e mais

diversificadas são as origens e as oportunidades de aplicá-las, melhor será o ser humano.

Nesta edição, o Viver no Cachoeirinha está mostrando algumas iniciativas que geraram espaço para estes aprendizado: a Academia Marilu Dias, o Paulistano, o Cooperart, o incentivo ao voluntariado na EE Santo Afonso, as festas escolares e religiosas, a história do Francisco Lopes e outras.

São também exemplos de que a persistência e dedicação dão resultado.

Não podemos desanimar. Mesmo errando. Também o erro ensina (veja artigo a esquerda).

Curta estes exemplos, realize seus sonhos e traga sua história para contarmos no Viver no Cachoeirinha.

O que você acha do jornal Viver no Cachoeirinha?

Sempre recebemos comentários sobre a linha editorial do jornal Viver no Cachoeirinha. Alguns gostam outros criticam. Os primeiros nos incentivam, os outros nos lembram que há pontos fracos que precisam ser melhorados.

Os comentários são informais e não sabemos se representam a maioria.

Gostaríamos, portanto, que nos ajudasse a produzir um jornal que a comunidade precisa, respondendo a estas perguntas.

1) O que mais lhe agrada no jornal?

2) O que mais lhe desagrada?

3) O que está faltando?

4) Informe sua idade e sexo.

Não precisa citar seu nome.

A resposta pode ser por:

- telefone ou fax: 3421-9070; - escrita - R. Catanduva, 550-A - Renascença - CEP:31130-600 - Belo Horizonte - MG - e-mail: atende@solucria.com.br

Cadela desaparecida

Bassê Preta, atende pelo nome de Pâmela. Tem uma cicatriz na barriga.

Quem encontrar, ligar para Sueli tel 3442-7808 - à tarde. ou R. Cônego Santana, 724

Viver no Cachoeirinha - Jul/2001 - Página 3

Serviço à comunidade

Companhia de Ensino disponibiliza computadores para aulas gratuitas

A Companhia de Ensino está desenvolvendo um programa de capacitação em informática para a comunidade, aproveitando horário ocioso de seus computadores, de 18:00 às 19:00 horas.

Serão cedido gratuitamente para a

comunidade utilizar em cursos para adolescentes e demais interessados.

A Cia de Ensino precisa de que alguma instituição do bairro forneça os monitores e faça a seleção dos interessados.

Nos computadores há Word, Excel, Internet e correio eletrônico (a escola

pode fornecer senhas de acesso através de sua home-page). No caso de utilização da Internet só cobrarão uma pequena taxa para pagar os impulsos utilizados.

Contatos:Companhia de Ensino R. Coronel Alves 267 - tel.: 3422-1745

Paletras gratuitas no II Salão do Livro de MG Local: Serraria Souza Pinto

Gestão Escolar Dia 11 de agosto às 16h, no Mezanino

Empregabilidade e melhoria contínua Dia 13 de agosto às 17h, no Mezanino

5S e melhoria contínua Dia 18 de agosto às 16 horas

As palestras serão proferidas por Wagner Matias de Andrade, editor do Viver no Cachoeirinha e autor de livros e cartilhas para Qualidade de Vida.

Reserve seu lugar: Telefax: (31)3241-9070 - e-mail: atende@solucria.com.br

Sucesso da Festa junina da EE Mariano de Abreu

A Escola Estadual Mariano de Abreu realizou em julho a sua já tradicional festa junina, com apresentação de quadrilha, barracas de comidas típicas, brincadeiras e bazar.

Segundo a diretora da escola, Ilda Messias, a festa foi um sucesso, graças a colaboração dos pais, professores e funcionários.

A diretora destacou também a participação dos alunos. Como ocorre todos os anos, a escola promoveu uma gincana entre as salas para estimular a doação de brinquedos, roupas e livros para a festa junina.

As turmas campeãs em arrecadação foram: 1ª ano – professoras Silvana e Lívia 2ª ano – professora Georgina 3ª ano - professoras Maria do Rosário e Marilda 4ª ano - professora Clenice Estas turmas serão premiadas com um passeio.

Atividades como estas são importantes do ponto de vista financeiro, já

que o dinheiro arrecadado será revertido em melhorias para escola. Promovem também o crescimento do ser humano, aproximando a escola da comunidade, ajudando as pessoas a desenvolver o trabalhar em grupo e despertando potencialidades individuais. A decoração da escola e a coreografia apresentada pelos alunos são exemplos da contribuição dos voluntário ao trabalho da equipe.

Agradecimento A direção da EE Mariano de Abreu agradece em especial aos voluntários que, desde o início do ano, vêm colaborando conosco e ajudando a promover melhorias tanto na saúde física quanto em nossas comemorações festivas.

Em agosto, a direção estará agendando reuniões com todos os voluntários já inscritos e com aqueles que desejarem se inscrever.

Ilda Messias Diretora da EE Mariano de Abreu

EE Mariano de Abreu, em época de respeito, com as paredes sem pichações

Viver no Cachoeirinha - Jul/2001 - Página 4

Academia Marilu Dias

Padre João completa 80 anos

Resultado de 20 anos de dedicação

Marilu nasceu no Cachosional da dança, surgiu o desejo de desenvolver o seu trabalho eirinha, na R. Javari, nº 1392, de forma mais voltada para filha do sr. Bolivar e de dona comunidade – um espaço onde Gilda Dias. Tem fortes lempudesse não só praticar a danbranças de uma época em ça, mas também reunir pessoas, que diversão era sinônimo de como grupos de amigos, passou brincadeiras de rua, jogos de a ser o seu grande sonho. queimada e rouba bandeira, Havia grandes desafios a andar descalço na enxurrada e Marilu e Kemel serem vencidos. A idéia da sujar os pés na terra vermelha.

Lembra-se também dos bons tempos prática esportiva e da dança ainda não no Grupo Escolar Mariano de Abreu, tinha a notoriedade e modismo de hoje. das comemorações festivas da escola. Pairava um certo descaso, numa época em que a nossa comunidade não tinha Ali começou seu interesse pela dança.

Aos 11 anos, já no Colégio Municipal acesso a estes tipos de atividades.

Marilu deixou sua vontade falar mais de Belo Horizonte, teve as primeiras aulas de ballet, em uma sala improvisada: alto e o sonho passou a ter forma e eno vestiário feminino. A partir daí, iniciou dereço. O pequeno espaço da rua Tapira, uma promissora carreira de bailarina, nº 1011, em pouco tempo se tornou um destacando-se em todas as escolas de local bem freqüentado para a prática da dança por onde passava. ginástica, dança e convivência social.

Interessada pelo bem estar corporal A Academia Marilu Dias teve novo decidiu cursar educação física na UFMG. impulso quando Kemel Chequer, na No último ano de universidade, já profis- época colega de faculdade e hoje esposo e companheiro de ideais e conquistas, assumiu o mesmo sonho. Kemel trouxe sua experiência como preparador físico em

Coreografia premiada no Festival Internacional de Dança do Mercosul - Bento Gonçalves (RS): 1º Lugar e Destaque Coreográfico Geral do Concurso

grandes equipes como América, Atlético, Cruzeiro, Seleção Brasileira.

A escola com mais alunos e turmas, procurou mais espaço na rua N. S. do Brasil. Os talentos naturalmente começaram a surgir e a academia passa a ser reconhecida em toda a capital mineira, participando em eventos nacionais e internacionais.

O crescimento não parou por aí. Hoje, em sede própria, a Academia Marilu Dias é uma empresa sólida, empregando vários profissionais. Em 800m² de área construída à rua Gonçalves Ledo, esquina com Simão Tamm, oferece diversas modalidades, acompanhando as novas tendências da prática esportiva, entretenimento e convivência.

Padre João, de pé, a direita, ao fundo.

A Comunidade Católica do Bairro Cachoeirinha esteve em festa no dia 26 de julho quando o seu Vigário Emérito, padre João Batista Assunção, comemorou 80 anos.

As festividades pela data conta-

Coral Carpe Diem no Cachoeirinha O bairro Cachoeirinha hospedou os meninos cantores de Santa Catarina, membros do Coral Carpe Diem, do Instituto de Música Canto e Arte de Itajaí - IMCARTI. Estiveram em Belo Horizonte para participar do XI Congresso Nacional da Federação dos Meninos Cantores do Brasil, em julho.

Primeira turma infantil, em 1981

Famílias do Cachoeirinha que hospedaram os cantores Piscina e musculação da nova academia

Festival de 15 anos da academia: “Uma grande família”

ram com missa (com familiares e amigos e mais de 20 outros padres que com ele concelebraram a Eucaristia), peça de teatro “Um Presente de Deus” (escrita por Fernando de Noronha especialmente para a ocasião e apresentada pelo Grupo de Jovens), coquetel no salão paroquial para aproximadamente 800 e apresentação do grupo de seresta Serenart.

Coral Carpe Diem se apresenta na Igreja N. S. da Paz

Chá da amizade na N. S. da Paz Cerca de 400 pessoas participaram do Chá da Amizade promovido pela Equipe de Catequese da Paróquia N. S. da Paz, no dia 1ª de julho. Com o objetivo de arrecadar recursos para o trabalho de catequese, é o quinto ano consecutivo que o evento é promovido.

Viver no Cachoeirinha - Jul/2001 - Página 5

Alunos da EE Santo Afonso e professora

Exposição de trabalhos sobre os tempos dos dinossauros

EE Santo Afonso mobilizada

a crise de energia, Gerais. Os alunos do não-violência. projeto Caminhos da Assim é o proCidadania (3ª série do jeto Aprendendo a ensino médio) foram Ler no Muro, em os únicos que ficaram que os alunos vão abaixo da média. Reescolher entre 12 sultado esperado, pois locais, previamente estes alunos estão faselecionados pelos zendo em um ano o que professores, para em outras escolas se fazer um trabalho faz em três anos. de campo. Depois O projeto Camiserão desenvolvinhos da Cidadania será das atividades inter- Diretor Jorge Carlos: fazendo extinto, ficando a EE disciplinares sobre acontecer Santo Afonso sem Enos lugares sino Médio. Para que visitados. isso não aconteça, a Foram comentados também escola está mobilizada e exigindo do os resultados das provas de por- Estado a criação dos cursos, o que deve tuguês e matemática, aplicadas acontecer a partir de fevereiro de 2002. pela Secretaria de Educação, Segundo o diretor da escola, Jorge no ano passado, para avaliar o Carlos de Figueiredo, a participação da aproveitamento dos alunos da comunidade “é muito importante. Sem rede estadual. a participação da comunidade eu acho Os resultados da EE Santo que nós não conseguiríamos”.

A partir da esquerda: Elma Damasceno, Afonso estão acima da média Para motivar as aulas em agosto, supervisora; Glazielle Juliane, aluna da 6ª das escolas estaduais de Belo estão previstas apresentações de três série; Rosângela Mayrink, profesora de Horizonte e também de Minas peças teatrais.

A EE Santo Afonso reuniu pais, professores, alunos e voluntários para a apresentar os conceitos alcançados pelos alunos no primeiro semestre e exposição de trabalhos realizados.

Os alunos criaram um jornal, com a história da matemática, de geografia, ciências, português, em que trataram de drogas, racismo, globalização. Alunos de 14 e 15 anos fizeram a “terapia das cores” colorindo figuras geométricas.

A professora de matemática, Rosângela Mairink, cita os trabalhos interdisciplinares para melhorar leitura, escrita, interpretação de temas do dia a dia, como

Matemática

Espetáculos na EE Santo Afonso

Peças teatrais: Sorvete de Condelow - Pedaços de Vida Grupo teatral: Teatro e Cia. - Texto e direção de Henrique Diana Dia 8 de agosto - Apresentações para os alunos da manhã, tarde e noite

Voluntariado

Mário de Souza Abreu, presidente qualquer pessoa pode contribuir, mesdo colegiado, do qual participa há um mo que não tenha filho na escola. Técniano e meio, reconhece que importância co em eletrônica em telecomunicações da participação dos pais na escola. Na e engenheiro eletricista, ainda sem EE Santo Afonso estudou filhos, participa da EE sua filha Mariana, que Santo Afonso motivado agora está cursando o Enpelas campanhas de insino Médio na EE Ilacir. centivo ao voluntariado.

Ainda estuda na escola sua Acredita que é preciso filha Carina, na 7ª série. melhorar as escolas de Segundo ele, o coleonde moramos, que as giado de pais é muito crianças não precisem importante, mas é preciso sair do bairro onde motambém alguma entidade ram para encontrar uma que aproxime outras pes- Mário: pais na escola boa escola. soas. Para isso, já tomaAs comunidades têm ram a iniciativa, e estão pessoas competentes e cuidando dos últimos com tempo que podem preparativos para que a contribuir, que podem ser Associação de Pais, Alumobilizadas. É preciso nos, Professores e Amitambém que os órgãos gos da Escola comece a públicos se modernizem atuar. Uma entidade indee tenham mais flexibilidde pendente, com autonomia e bom senso ao definir os para desenvolver projetos controles de segurança. especiais, como cursos de Gustavo: presença A informatização das esda comunidade na idiomas e informática. colas é um processo que “Nós pretendemos escola tem sido prejudicado pelo muita coisa”, diz o secretário da As- mal aproveitamento do potencial dos sociação, Gustavo Barbabella Silva. computadores que, às vezes, ficam ulSegundo ele, estão encaminhados trapassados sem que tenham oferecido convênios com escolas de idiomas, que tudo que podem. Isto porque padrões vão oferecer cursos a preços simbólicos, de controle e segurança contra roubos para os alunos. dificultam a participação de voluntários Gustavo é um exemplo típico de que na orientação de alunos.

Viver no Cachoeirinha - Jul/2001 - Página 6 Este espaço é cedido para a ACBC veicular suas mensagens, considerando que: a) a ACBC não paga para este espaço nem é remunerada por seus serviços de comunicação; b) a cessão deste espaço se deve ao reconhecimento da contribuição da ACBC como parceira no desenvolvimento de nossa comunidade; c) o conteúdo aqui veiculado é de responsabilidade da ACBC.

Esclarecimento

A Associação Comunitária do Bairro Cachoeirinha não recebeu apoio de nenhum vereador para a realização de sua festa junina, não sendo verdadeira, portanto, mensagem a este respeito em faixas expostas no bairro pelo vereador Geraldo Felix.

Reivindicações dos moradores

1) Construção de uma escada para pedestres na Rua Dona Clara, próximo ao número 47, até a Av. Antônio Carlos.

2) Construção de muro e calçada na Av. Bernardo Vasconcelos entre Simão Tam e Itapetinga, para evitar que os carroceiros descarreguem entulho no local.

3) Colocação de placa “Proibido Jogar Lixo” na esquina de Rua Sambeatiba com Av. Bernardo Vasconcelos.

4) Limpeza, capina e construção de calçada no quarteirão entre Pacajá e Cônego Santana.

Reclamações dos moradores

1) Barulho, bagunça, brigas e obstrução da calçada nos finais de semana com a realização de um pagode no meio da rua na Av. Bernardo Vasconcelos entre Sambeatiba e Av. Cachoeirinha.

2) Poluição e mau cheiro causado pela fábrica de tecidos.

3) Mato crescendo na Rua Marieta Machado entre N. S. da Paz e Conde Santa Marinha.

4) Resto de asfalto jogado pela SUDECAP na calçada da Rua São Leopoldo, esquina com Sambeatiba.

5) Escuridão na Periferia da Igreja N. S. da Paz. 6) Falta de Sinalização de trânsito na esquina de Simão Tam com N. S. da Paz. 7) Lixo jogado em torno da Escola Santo Afonso.

7) Água que escorre constantemente pela Rua Sambeatiba entre Aroeira e São Leopoldo.

Poluição causada pela fábrica de tecidos

Moradores da Rua Gonçalves Ledo e adjacências entregaram à Associação Comunitária um abaixo assinado com mais de 600 assinaturas a ser encaminhado à Prefeitura de Belo Horizonte solicitando providências quanto à poluição atmosférica causada pela Fábrica Horizonte Têxtil situada no quarteirão da Simão Tanm, Bernardo Vasconcelos, R. Operários. Pelas informações que temos, os seus dirigentes são pessoas de fácil diálogo para o que nos colocamos à disposição, acreditando que será possível, por iniciativa própria, uma solução para o problema, que afeta não só os seus vizinhos mas também os seus dirigentes e funcionários.

Com a palavra, os diretores da Fábrica.

Parabéns à regional Nordeste da PBH A Comunidade agradece e parabeniza o Serviço de Fiscalização da Regional Nordeste da PBH pela postura enérgica adotada, multando a proprietária e recolhendo os móveis colocados sobre a calçada próximo ao número 19 da Rua São Leopoldo, móveis estes que impediam a passagem de pedestres pela calçada.

Fim do esgoto a céu aberto na rua N. S. da Conceição Mais uma vitória da comunidade

A retirada de um esgoto que escorre a céu aberto na Rua N. Senhora da Conceição é uma antiga reivindicação dos moradores. Em janeiro de 2000, procurado o Vereador Silvinho Rezende, o mesmo se comprometeu a abraçar a causa dos moradores, tendo encaminhado ofício à Regional Nordeste da PBH neste sentido. No mês de maio do corrente ano, estivemos em visita ao local com o Gerente de Obras da Regional e o Vereador Silvinho Rezende para reforçarmos a reivindicação. Agora, envia-nos o Vereador, cópia do Ofício recebido da Secretária da Administração Regional Nordeste dando contas de que a obra seria realizada. Eis a íntegra dos dois Ofícios, Ofício 007/2.000 e Ofício GSCOMGER-NE 0955/01.

Palavra do Presidente Há dias atrás, ao entrar em uma mercearia do Bairro onde acabavam de entregar o nosso “Viver no Cachoeirinha”, pessoa de meu relacionamento presenciou um senhor dizer ao balconista em tom de crítica : “Repare este cara do retrato! Preste atenção!

Vai ser candidato na próxima eleição a vereador!”.

Posteriormente, o Otavinho (ex-diretor da ACBC) questionou-me sobre o assunto, disse não acreditar que eu não tenha intenção de candidatar a vereador.

Pediu-me para citá-lo sobre o assunto nesta edição.

Também muitas outras pessoas já vieram indagar sobre a minha pretensão à candidatura a um cargo político em tom de crítica como se fora algo de condenável.

Entendo ser legítima a pretensão de qualquer cidadão preocupado com as questões sociais candidatar-se a um cargo eletivo, mas não é este o meu caso, mesmo porque, não sou filiado a nenhum partido político por não concordar com a regulamentação partidária vigente, que permite aos políticos trocarem de partido todas as vezes seus interesses pessoais e menores lhes se impuserem. Empenho-me no trabalho comunitário porque acredito ser este o melhor caminho para a solução dos problemas mais imediatos da comunidade em que estou inserido e se muitos de nós nos empenhássemos em melhorar a comunidade em que vivemos, certamente conseguiriámos melhorar a vida das pessoas de nossa cidade, de nosso Estado e de nosso País. Trabalhar para o desenvolvimento de nossa comunidade é trabalhar pelo desenvolvimento do

Brasil e isto é uma prerrogativa de todos os que queiram participar.

Entendo que como cidadãos temos obrigação de participar politicamente e influirmos positivamente na vida política do País, em busca de uma sociedade mais justa e por isso sou um colaborador da Pastoral Fé e Política, da Pastoral Carcerária e do SEPAS - Serviço de Participação Social da Igreja Católica, movido simplesmente pelo idealismo, pela vontade de participar da construção de um mundo melhor, onde as pessoas tenham oportunidade de uma vida digna.

No caso da Associação Comunitária do Cachoeirinha além do ideal, tenho ainda um outro motivo muito mais significativo. É que há oito anos, mudei para este tranquilo bairro com a minha família e me encantei com a forma com que fui recebido por esta gente maravilhosa nos recebeu, fazendo com que nos sentíssemos como que se aqui houvéramos nascido. Assim sendo, porque não retribuir de alguma forma com o carinho e com a amizade que eu e minha família temos recebido.

Quanto à política partidária entendo que no momento devemos nos preocupar de modo especial com as eleições presidenciais, para governadores e com renovação da Câmara de Deputados e Senadores que se aproximam, objetivando elegermos pessoas compromissadas com o Social, para que tenhamos chance de ver o Brasil fora do estado de miséria , recessão e desemprego em que está metido.

Fernando Noronha.

Viver no Cachoeirinha - Jul/2001 - Página 7

Energia de Francisco Lopes Este espaço é cedido para ao Cooperart veicular suas mensagens, considerando que: • o Cooperart não paga para este espaço nem é remunerada por seus serviços de comunicação; • a cessão deste espaço se deve ao reconhecimento da contribuição do Cooperart como parceira no desenvolvimento de nossa comunidade; • o conteúdo aqui veiculado é de responsabilidade da Cooperart.

Carteira de identidade funcional dos anos 40 (à esquerda) e carteira da União dos Varejistas de Minas Gerais (acima)

Francisco Lopes Francisco Lopes é uma da Silva, 79 anos, e referência de dedicação ao Alzira Soares Martrabalho, principalmente o ques e filhos Mauro, comércio, em que exerceu Maria Helena, Arnalatividade como funcionádo, Francisco Filho, rio da Comiteco e também Cândido Henrique com negócio próprio. Já (falecido), Lucas, Maem Belo Horizonte, onde ricília, Alzira Filha, mora há mais de 40 anos, Beatriz, Ronaldo e foi proprietário da ArVânia são moradores mazém N. S. da Guia, do Cachoeirinha desna av. Antônio Carlos, de 1961. Francisco 2870. Exerceu o cargo gosta muito do bairro Francisco Lopes, dedicação de diretor da União dos à família, ao trabalho e à Cachoeirinha, onde Varejistas, por indicação comunidade. tem muitos amigos. da Associação Comercial.

Francisco e Alzira Sua atuação lhe valeu o estão prestes a comemorar 60 anos de título de Comerciante do Ano em 1962. casados em 2003. Seu conselho para Hoje, aposentado, atua em assistêno sucesso no casamento: “pensar bem cia social, como confrade da Sociedade antes de casar para não precisar sepa- São Vicente de Paulo. rar. A separação é muito desagradável.”

Boxe vira obra social no bairro Concórdia DA REGIONAL NORDESTE - Há um ano o campeão sul-americano de Boxe, Cláudio Simão, montou uma academia na Vila Tiradentes, Bairro Concórdia para treinar gratuitamente os alunos.

Além de treinar técnicas do pugilismo, a academia JC desenvolve um trabalho um trabalho social para as crianças , jovens e adultos do sexo feminino e masculino.

Hoje a academia atende um público de mais de 150 pessoas.

O campeão foi treinado no centro

do mineirinho e encontrou no boxe mais que um esporte um instrumento para trabalhar com as famílias da comunidade, muitos jovens recuperaram das drogas, muitos lares foram refeitos.

A academia JC funciona na rua Padre Candinho nº 111 dentro da Vila Tiradentes, num espaço emprestado. É uma atitude nobre da família que cedeu o espaço e do pugilista que treina os alunos com muita dedicação. Um exemplo que reforça o voluntariado.

Cursos oferecidos pelo Cooperart: Violão Teclado Flauta Canto Bordados Tapeçaria Ballet Dança do ventre Capoeira Inglês Espanhol Pintura Óleo sobre tela e tecido Acompanhamento escolar

Desenho e Criatividade Português e Literatura Matemática Atendimento psicológico: Individual Em grupo Infantil Cursos de velas decorativas Básico Avançado Especial Novidade: Técnicas holandesas com Elizabeth Aparecida de Carvalho

Serenart

Serenata para o dia dos pais um ótimo presente. Reserve a sua (na noite de 11 para 12 de agosto)

Concurso Público Estadual:

Conforme edital publicado no Diário Oficial de Minas Gerais dia 12 de junho de 2001, estarão abertas as inscrições para o cargo de Ajudante de Serviços Gerais no período de 06 a 24 de agosto de 2001.

O Cooperart está oferecendo revisão das matérias, de acordo com a escolaridade exigida, com início no dia 07 de agosto de 2001.

Formação de turmas para revisão de matérias para os alunos que desejam fazer a prova de seleção do Colégio Militar de Belo Horizonte.

Mais informações no Cooperart , rua Nossa Senhora do Brasil 649 ou através do telefone 3422-9538

Orientação ao trabalho

O SINE/NORTE está com inscrições abertas para o curso gratuito de Orientação ao Trabalho. Público alvo preferência primeiro emprego.

Informações e inscrições pelo telefone 3494-7088 ou à Av.Cristiano Machado, nº 10225 - Bairro Floramar.

Forum Mensal da Terceira idade

Próxima terça-feira, às 09:00 horas no CAC SÃO PAULO Rua Angola nº 357 - São Paulo.

Viver no Cachoeirinha - Jul/2001 - Página 8

40 anos do Paulistano Perseverança

P a u A missão do Paulistano é fazer para lo Costa, o a criança o melhor que se pode fazer: Paulinho do tirar da rua, do convívio nocivo das Paulistano, foi mais forte que a paralisia drogas, da pichação. "Não para fazer infantil que contraiu com 4 a 5 anos de um jogador profissional de bola", afirma idade. A paralisia fez jogo duro, deixou o Paulinho, "mas Deus deu o dom de seus sinais, mas não abateu a dedicação ser alguns profissionais. Já passaram e persistência do técnico de futebol que vários jogadores pelo Paulistano". Em comemora 40 anos de futebol.

40 anos de atividade são tantos, que seria O amor pelo esporte começou aos injustiça citar um nome ou outro. Mas 8 anos de idade. Como não tinha resisPaulinho se lembra do nome de cada um e vai apontando nas históricas fotos em tência para jogar desenvolveu o dom de dirigir. Começou no saudoso campo preto e branco e citando o nomes. Alde Galena, hoje então que é o túnel da guns se realizaram em outra profissões: Lagoinha. engenharia, medicina, cargo público de Pouco depois, a família se mudou Adriana Antunes começou no time para a R. Caconde, perto da av. Mexiana feminino do Paulistano. (hoje, Clara Nunes). Foi ali, onde havia Hoje, monitora de um lote vago (entre Caconde, Mexiana Esporte da Sec Mun. e Puri) que fundou o Paulistano Atlético de Esprote e atleta Clube, para crianças. Contou, na época, profissional do Atlético, com apoio do repentista Caxangá, o está pré-convocada sr. Rodrigo, da Casa Raniere, primeipara a Seleção Brasileira sub 1 ro colaborador com material esportivo. Teve apoio também do Jadir Ambrósio e do Antônio (ainda morador no mesmo lote), que fornecia água para a Paulinho, segundo da direita para esquerda, no início, em 1960 criançada.

destaque em Brasília. Isso é resultado da insistência de que a bola não é tudo.

Sempre insistiu que é preciso estudar.

O esporte ajuda a formar o ser humano, prepara-o físicamente e mentalmente para enfrentar os desafios da vida, para qualquer profissão no futuro.

Paulinho lembra com emoção vários momentos desta história, no campo do Javari , do Zezé do ECA, do Sr. Devanir, o Oscar Andrade, o pai do Clésio Andrade.

Em 1962 foi convidado para dirigir o Renascença Esporte Clube, onde ficou durante quatro anos, formando vários jogadores profissionais.

Sem renda própria, contando apenas com contribuições espontânea, o Paulistano sempre administrou bem seus recursos, não deixando faltar material para as crianças. Hoje, o Paulistano atua na Associação Comunitária do Bairro Santa Cruz, atendendo cerca de 120 crianças.

Entrevistamos o Paulinho na EE Santo Afonso, no dia 13 de julho, quando nos informou que a Regional Nordeste propôs um convênio do clube com a escola, aliando experiência com espaço.

Para fazer contato: Paulinho do Paulistano - tel. 9606-5015 ou 3442-8614 - Av Bernardo Vasconcelos, 1377

Solidariedade

Companhia de ensino: doações

Participação dos alunos

Perua cheia de donativos

Imagens da doação da Campanha do Agasalho, realizada nos meses de junho e julho pela Companhia de Ensino. As doações foram entregues à Associação Antônio Barbosa Chaves (ABC) e ao Projeto Cooperart, para que fossem encaminhadas às famílias carentes cadastradas por estas instituições.

Academia Flipper: além da natação A Academia Flipper e alunos promove, pela terceira vez, a arrecadação anual de alimentos não perecíveis e roupas para pessoas necessitadas. No ano passado, a arrecadação passou de uma tonelada de alimentos, de roupas e calçados, doados a quatro creches.

A promoção deste ano foi iniciada com uma festa junina. As doações podem ser feitas até 30 de setembro, na sede da academia.

Viagens a baixo custo

Parceria com a equipe Cavaleiro Negro

Parceria com a equipe Honved (Paulinho a direita)

Moradores da comunidade estão conhecendo o Brasil e até o exterior sem peso no bolso, graças a experiência da Academia Flipper de organizar viagens a baixo custo. A começar por finais de

semana em seu clube de campo, promove passeio no Brasil, desde o Nordeste até o Sul, Argentina e Paraguai.

"O objetivo das excursões é promover a confraternização, união e novas amizades entre os alunos e acompanhantes", diz Anderson da Flipper, acrescentando que a academia não visa lucro com esta atividade.

Para fazer doações ou participar de excursões, telefone ou vá pessoalmente a academia.

Academia Flipper R. Caconde, 1099 tel.: 3442-5006