Viver no Cachoeirinha 25

J O R N A L PA R A P R O M O Ç Ã O D E Q UA L I DA D E D E V I DA C O M U N I TÁ R I A - B E LO H O R I Z O N T E - M G - N º 2 5 - A N O 7 - O U T/ N O V/ 2 0 0 1

Viver no Cachoeirinha - Out-nov/2001 - Página 2

Novos conceitos em Educação Expediente Correspondência à redação: Soluções Criativas em Comunicação R. Catanduva, 550-A Telefax: (31)3421-9070 atende@solucoes-criativas.com.br Colaboração: Carmen de Abreu Christiano Andrade Noronha Fernando Noronha Vânia Lúcia Seixas Moraes Homenagem a voluntários que fazem parte da história do Viver no Cachoeirinha: Elizabeth José El-Corab Trotta José Seixas Sobrinho (em memória) Júlio Sérgio Pereira Seixas Geraldo Ramos da Silva Maguy De Caux Eunyce Maria dos Santos Silva Edição: Jornalista responsável (edição e ilustrações): Wagner Matias de Andrade Reg. MG 02445JP Tel: (31)3421-9070 Editoração eletrônica e ilustrações: Soluções Criativas em Comunicação Impressão: Fumarc Tiragem: 6.500 exemplares

Os custos de produção e distribuição do Viver no Cachoeirinha são cobertos parcialmente por verba da Secretaria de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte e o restante por meio de veiculação de anúncios e trabalho voluntário.

Com esta edição, o jornal Viver no Cachoeirnha deixa de circular e deseja à comunidade e aos amigos do Bairro Cachoeirinha um Feliz Natal e Próspero Ano Novo.

Relativismo Cultural X Multiculturalismo No ano de 2000 tivemos uma discussão muito interessante com os alunos da 3ª e 4ª séries em nossa escola. A professora de Filosofia estava estudando com os alunos o mundo árabe, suas culturas e leis. Alguns alunos ficaram indignados com o comportamento destes povos em relação às mulheres e não aceitavam que elas tivessem tantas limitações no tocante à vida civil e familiar. Após o estudo de alguns aspectos de sua religião, puderam entender mais sobre como estes povos chegaram a este estado de coisas, mas a indignação continuava, pois, apesar de ter sido discutido que devemos fazer um esforço para entender Hilton outras culturas, os alunos não concordavam que as pessoas destes países tivessem tantas limitações para viverem, apesar de quase todos os países árabes serem muito ricos devido à existência de petróleo em grandes quantidades em seus subsolos. Somente após discutirem, junto com a professora, os direitos universais do cidadão, fruto do Iluminismo e da Ilustração do século XVIII, puderam fazer uma diferenciação entre o que é cultural e o que é universal e ficaram tranqüilos quanto à formação moral e ética recebida em casa e em nossa sociedade ocidental.

Integração X Exclusão

A questão de fundo é o contemporâneo debate entre Relativismo Cultural e Multiculturalismo. Alguns pensadores julgam que não devemos usar de nossos conceitos ocidentais, cristãos e capitalistas para entender o resto do mundo que não se encaixa neste formato e que devemos relativisar toda cultura, aceitando as diferenças entre os povos. Estes são os Relativistas.

Outros pensam que sim, que devemos relativisar toda cultura o suficiente para entendê-la, mas que não devemos abandonar as conquistas da humanidade no tocante à ciência, tecnologia e ética/moral. Os primeiros aceitam a existência separada dos povos, cada um

com sua cultura e os outros defendem que se deve tentar a interpenetração das culturas e a convivência pacífica entre todos em um mundo globalizado.

Quando do fatídico dia 11 de setembro a questão voltou à tona. Deveríamos aceitar de outros povos até mesmo que destruam nossa sociedade, nossos símbolos e nosso bem-estar? Alguns alunos ainda fizeram a pergunta: como enfrentar este desafio que se coloca se até mesmo a morte é bem vinda pelos povos fundamentalistas islâmicos quando se trata de vencer o que eles consideram o mal atual? Fica tudo mais complicado ainda quando aceitamos que parte da crítica que fazem à sociedade ocidental é pertinente, pois a liberalidade atual no tocante à moral chega às raias do absurdo, do escabroso e do ilícito e não podemos continuar neste caminho onde o que se avizinha é a total perda dos valores cristãos, éticos e morais.

O papel da escola

Diante destas questões prementes julgo que a escola deve procurar passar aos seus alunos a aceitação das diferenças culturais, biológicas, sexuais e econômicas. Diferenças que não existem somente em relação às outras sociedades mas em seu próprio meio, mas também deve ter o cuidado de deixar bem claro que a humanidade já tem 5 mil anos de história e que neste percurso alguns valores já foram debatidos exaustivamente e hoje são aceitos universalmente. Bens como o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à satisfação das necessidades básicas não devem ser relativisados e por mais que procuremos entender modos diferentes de vida, nos colocando no lugar do outro, não podemos transigir sobre estes valores e que todo motivo de conflito deve ser intermediado por meios democráticos e não simplesmente responder a agressão com a agressão. É utópico? Sim. Mas se a escola não apresentar a utopia quem cuidará dela?

Hilton Rodrigo de Oliveira Professor de Línguas Clássicas e Diretor da Companhia do Ensino. hilton@companhia-do-ensino.com.br

EDITORIAL

Viver no Cachoeirinha deixa de circular, não de existir.

Com esta edição estamos encerrando a segunda série do Viver no Cachoeirinha.

Fazer um jornal comunitário é o mesmo que semear, é como plantar árvores ou jogar sementes de avião em um lugar onde a floresta precisa ser recuperada.

Alguma coisa dá resultado, cresce, floresce, multiplica. Nem tudo dá certo. Mas é preciso lembrar sempre de o que vem dando certo para continuar com o entusiasmo e recomeçar de novo, sempre.

O Viver no Cachoeirinha surgiu para dar força ao que já estava sendo feito e também para promover novas iniciativas. Parte de uma e de outra coisa deram bons frutos.

Agora, quando deixa novamente de circular, desejamos que os projetos que deram certo cresçam e estimulem novas atividades.

Aos projetos que dependiam do Viver no Cachoeirinha como meio de divulgação, recomendamos a divulgação boca à boca e criação de pontos estratégicos de fixação de cartazes e comunicados. A vida é assim, quando a realidade muda, precisamos nos adaptar.

Quando foi anunciado que o Viver no Cachoeirinha deixaria de circular, várias pessoas manifestaram pesar e comentaram que têm a coleção completa. Somos gratos pela dedicação e pedimos que a guardem com carinho.

O jornal tem sido muito útil aos estudantes em trabalhos escolares sobre a história do bairro.

Agradecemos o apoio da comunidade que nos deu força de diversas maneiras e à Secretaria de Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte pelos benefícios da Lei Municipal de Incentivo à Cultura que possibilitaram as últimas 12 edições do jornal.

Opinião

A Dura Sina do Povo Brasileiro Quem vê o presidente do Brasil viajando com toda pompa, discursando em Paris, deve pensar que o Brasil que ele fala não é o mesmo no qual vivem milhões de brasileiros em estado de penúria. O povo anda cada vez mais oprimido com o desemprego, alta dos preços, crise energética, greves prolongadas, saúde precária, educação sucateada, violência, falta de segurança nas ruas, distâncias cada vez maiores entre ricos e pobres, corrupção e total falta de ética da classe política, destruição ambiental, economia que favorece grandes bancos e grupos financeiros, política habitacional que também privilegia tais grupos econômicos, baixos salários e sub-empregos.

O povo busca soluções mágicas, como comprar bilhetes de loterias, jogos de bingos, caça níqueis. Soluções mais dramáticas, como roubo, venda de drogas aumentam a marginalidade.

Já vivemos melhores momentos.

A televisão já selecionou mais os seus programas, já contribuiu para o enriquecimento cultural do povo.

A escola pública já foi mais respeitada, já formou grandes profissionais e líderes nacionais. Hoje só as escolas particulares que agregam os mais ricos, são privilegiadas. A educação deixou de ser um degrau para desenvolvimento dos menos favorecidos.

Na saúde, o sistema único já foi melhor administrado.

Não tínhamos tanto medo de andar pelas ruas, pois os assaltos aconteciam, mas em escalas bem inferiores.

As pessoas se reuniam com mais freqüência, conversavam nas calçadas, ajudavam-se mutuamente.

Havia políticos mais respeitáveis que lutavam por causas sociais. Até no futebol havia mais moralidade e amor á camisa.

O que aconteceu conosco?

Bernadete do Prado Reis Urbano Psicóloga

Viver no Cachoeirinha - Set-nov/2001 - Página 3

Fábrica de tecidos e comunidade

Segundo a Horizonte Têxtil, a fábrica tem investido muito em pesquisas e parcerias com outras indústrias na busca de soluções para problemas como os odores e ruídos desta unidade fabril. Um exemplo é a utilização de gás natural (mais caro) no lugar de outros combustíveis, com ganhos para o meio ambiente. Muitos outros produtos estão sendo testados na expectativa de ganhos ambientais e do “selo verde”.

Os resultados já estão aparecendo, motivando as equipes de trabalho para avançar mais ainda nos projetos.

Alguns dos projetos e pesquisas em andamento na Horizonte Têxtil: Lavador de gases - têm como objetivo eliminar os odores provenientes dos processos industriais por intermédio da lavagem dos gases com soluções que neutralizem as substâncias causadoras dos cheiros, transformando-as em sais e água.

Trocadores de calor - radiadores ou torres de resfriamentos que serão instalados nos efluentes para diminuir a reevaporação das águas nas galerias; Acionamentos mais silenciosos - a troca de motores antigos, bem como a manutenção e montagens de carenagens irão reduzir os níveis de ruídos; Reutilização das águas - um dos nossos grandes gastos é com água, um bem cada vez mais escasso. Alguns dos nossos processos já utilizam águas recicladas com os dois objetivos; Efluentes líquidos - contratos firmados com órgãos públicos e empresas privadas, garantem a tratabilidade e tratamento dos efluente nas ETEs públicas.

A Horizonte Têxtil reconhece que tem muito a compartilhar com os vizinhos e que é preciso estreitar as relações com a comunidade, desenvolvendo projetos em conjunto e comemorar juntos as vitórias. As ações serão implementadas em 2002, depois das comemorações de virada de ano e término das férias.

Os dois lados da r. Simão Tamm. No passado, foi ambiente de animadas manifestações culturais, que podem ser reativadas

Regional Nordeste inicia Censo BH Social

O objetivo do Censo BH Social é melhorar a eficiência das políticas sociais da prefeitura, identificando as necessidades locais e investindo de forma mais eficaz na qualidade de vida de toda a cidade. Além deste importante perfil que estará sendo traçado, o Censo BH Social estará também cadastrando a população para o recebimento do Cartão Nacional de Saúde do SUS - Sistema Único de Saúde.

Para que o censo seja bem realizado, é preciso responder corretamente à todas as perguntas e apresentar pelo menos um documento de identidade. Que pode ser a certidão de casamento ou a carteira de identidade. A população deve estar atenta e receber bem o agente da prefeitura que deverá estar devidamente uniformizado, (com jaleco azul com símbolo da Prefeitura e crachá).

Mais informações: 3277-6628 – Asses. de Comunicação Nordeste

Este espaço é cedido para ao Cooperart veicular suas mensagens, considerando que: • o Cooperart não paga para este espaço nem é remunerada por seus serviços de comunicação; • a cessão deste espaço se deve ao reconhecimento da contribuição do Cooperart como parceira no desenvolvimento de nossa comunidade; • o conteúdo aqui veiculado é de responsabilidade da Cooperart.

Projeto! Cooperart – A distração mais bela? – Trabalho...

– O maiores professores? – Crianças...

– A primeira necessidade? – Comunicar-se...

– De mais feliz a se fazer? – Ser útil aos demais.... Madre Teresa de Calcutá Sempre que caminhamos, torna-se necessário descansar. Enquanto isso, avaliamos os passos dados, quanto ainda nos resta caminhar e, sobretudo, contemplamos o lugar no qual nos encontramos; ajudados pela memória, relembramos o que vimos e ouvimos ao longo de um percurso.

Pelo curso, lembramo-nos dos ensinamentos de Madre Teresa: "A distração mais bela? – Trabalho... De mais feliz a se fazer?... – Ser útil aos demais.”

Disto fizemos a pedra angular, o alicerce que sustentou nosso desejo constituído em um projeto – Projeto Cooperart.

Das várias reuniões no Posto de Saúde e da união de membros da entidade religiosa ABC, dos Alcóolicos Anônimos, do grupo da Terceira Idade, das escolas públicas e privadas, da Pastoral Fé e Política da Paróquia Nossa Senhora da Paz, brotou o desejo de criar um espaço para desenvolver a arte, a cultura, o lazer, a aprendizagem, a profissionalização, a saúde e, principalmente, o ideal de se desenvolver um trabalho de cooperação.

O desejo de criar. Desejo que se corporifica nas mãos do artista.

Sob as mãos da artista plástica Vânia Seixas, essa obra toma corpo e sua exposição se faz, pela primeira vez, em outubro de 1999, à rua Nossa Senhora do Brasil, em uma pequena casa.

A partir daí somamos.

Somamos a esse espaço os cursos de tapeçaria, pintura em tela, pintura em tecido, pintura em sabonete, crochê, vagonite, bijouteria, shiatsu,

acompanhamento escolar, desenhos, pinturas em móveis e paredes, tapeçaria com tear, corte e costura, flores, pinturas em gesso e o desejo de ampliação, desejo que se concretizou em mais dois outros espaços físicos.

Das visitas recebidas, somamos aspirações como a construção de uma biblioteca, de uma farmácia comunitária, de aulas de dança do ventre, clínica psicológica, aspirações que se expandiam e ultrapassavam as três casas já existentes. Apesar disso, caminhávamos.

E no meio do caminho, como nos diz o poeta Drumond, “havia uma pedra”.

Houve pedras; pedras que guardamos para a edificação de um sonho. E sonhar foi nosso maior alento. Enquanto sonhávamos, trabalhamos.

Trabalhamos em festas, promoções, na arrumação das doações recebidas, trabalho que sustentou nosso espaço, mas que, sobretudo, saciou a fome de muitos que nos procuravam.

E as pedras? Guardá-las não foi em vão.

Em dezembro de 2000, mudamos para a sede do projeto na rua Nossa Senhora do Brasil, nº 649. Lá pudemos abrigar aquelas aspirações. A farmácia, o consultório psicológico, as aulas de canto e instrumentos musicais, as máquinas de costura, a capoeira, a dança do ventre, o ballet e pudemos somar: o curso de inglês, de espanhol, as aulas preparatórias para concursos públicos, o bazar, a chegada de muitas doações e de amigos.

Um desses amigos estão sugeriu: Por que não cantar? Ouvimos a voz popular que diz “quem canta seus males espanta”. Criamos então o grupo de Serenart, grupo que cantou a beleza do amor no dia dos namorados, que abraçou os pais em seu dia e que felicitou, a pedido de amigos e familiares, muitos aniversariantes e casais.

E, nesse percursos, ouvíamos o músico Paulinho Pedra Azul nos en-

sinar que “Cantar quase sempre nos faz recordar...” Enquanto cantávamos recordamos.

Assim, constitui-se o Projeto Cooperart. Projeto que dependeu dos esforços de muitos, esforços que foram incentivados pelo maior ideal, o de cooperação. Passávamos e passamos ainda hoje por muitas dificuldades. O caro aluguel (uma vez que ainda não nos foi possível adquirir nosso espaço próprio), as despesas com materiais e as várias contas. Todavia, o desejo comum, a presença dos inúmeros amigos-colaboradores e os elogios que ouvimos, tornou nossa caminhada menos árdua.

Projeto! Palavra que objetiva significar plano, tarefa que se pretende realizar e que vem nortear nosso trabalho, mas principalmente, que quer significar movimento, projeção, ampliação. Graças a esse movimento, tornamo-nos neste mês de Outubro de 2001, Associação de Incentivo à Arte e à Cultura. Somos hoje reconhecidos como pessoa jurídica, o que nos possibilitará construir muito mais, se pudermos contar com a ajuda de todos que convivem conosco nesta comunidade.

Gostaríamos de agradecer a todos que envidaram seus esforços para edificação deste projeto. A todos os amigos que doaram seu tempo, sua disposição, seu afeto, seus materiais para o desenvolvimento das tarefas.

Enfim, gostaríamos de desejar a todos um Natal cheio de felicidade e paz. Que o Cristo menino possa fazer de nossas casas, nossas famílias, nossos projetos, sua morada.

E por isso escrevemos este texto; por isso citamos os poetas, porque acreditamos na amizade; porque aprendemos que a arte nos faz mais humanos.

E por isso cantamos; porque aprendemos que só é justo cantar se esse canto arrasta consigo as coisas e as pessoas que não têm voz.

Mais informações no Cooperart: Rua N. N. do Brasil, 649 - tel.: 3422-9538

Viver no Cachoeirinha - Ago/2001 - Página 4

Educação e voluntariado

Durantes as últimas 12 edições do Viver no Cachoeirinha, insistimos na importância do voluntariado e da educação.

EE Santo Afonso em ação

Voluntariado

Pelo voluntariado, aprendendo a enfrentar desafios, melhoramos como cidadãos. E precisamos melhorar como cidadãos de verdade, evitando o voluntariado que substitui as obrigações do serviço público.

O verdadeiro voluntariado não é para substituir, mas para somar, para participar, para ajudar, para cobrar que o governo faça e faça bem a parte que lhe cabe.

Educação

A educação é fundamental na formação de nossos filhos e o futuro do bairro. Falamos de todos os meios de educação, a formal, a familiar, a comunitária.

Agradecemos aos voluntários que mostraram que não podemos ficar só desejando que alguém faça. É preciso ter atitude.

Nas últimas edições, pedimos às escolas da comunidade que nos enviem notícias dos projetos que estão desenvolvendo.

O Viver no Cachoeirinha agradece aos voluntários e educadores que colaboraram com depoimentos e fotos.

Agradecemos também, principalmente, pelo que fizeram pela comunidade.

Divulgação

Algumas escolas tiveram mais espaço no jornal Viver no Cachoeirinha porque nos forneceram mais informações. Se você não tem notícias da escola onde estuda o seu filho, aproxime-se dela, participe das reuniões, de colegiados, promova a integração família-escolacomunidade.

Apresentação da peça teatral – “Sorvete de Conolelon”

Apresentação da peça teatral – “Pedaços de Viola”

Público de apresentação de teatro

Atividades da EE Santo Afonso: 1. Introdução e desenvolvimento do trabalho voluntário com a participação de diversas pessoas da comunidade, inclusive ex-alunos e de estagiários das Universidades (PUC – MG / UNI – BH / UEMG / UFMG), numa tentativa de diminuir os problemas de aprendizagem.

2. Incentivo aos professores e alunos no desenvolvimento de oficinas e projetos pedagógicos abordando temas contidos no Plano Curricular Nacional (PCN) e da atualidade.

3. Criação de um Conselho de Turma / Ciclo com a participação de pais, alunos, professores, funcionários e

direção: oportunidade de pensar e pelo voluntário João Machado Sorepensar a educação como brinho, abordando divermeio de formar o cidadão sos conteúdos e temas da crítico e capaz de apreatualidade. sentar soluções para os 12. Trabalhos disciplinaproblemas. res e artístico-culturais, 4. Parceria com a PMMG e idealizados pelos voluntários Rubens de Paula outros órgãos para diminuir Miranda, Rogério da Silva o problema da violência, da Alves, Lucimar Rodrigues danificação do patrimônio Garota Santo Afonso de Oliveira e Alexander público e do uso de drogas.

Marques Soares, inclusive 5. Promoção de concursos 2001 – 1º lugares: empate duas irmãs, promovendo o desfile Galiterários sobre temas tra- Priscila e Poliana balhados. rota Santo Afonso.

6. Encontros dos 13. Apresentação de Membros do Coespetáculos teatrais, legiado Escolar abordando temas da e da Associação atualidade e de interesse dos jovens como: de Pais e Sócios droga, sexo, relações Beneméritos da humanas e outros, Escola com os instruindo os alunos demais pais e Trabalho voluntário Reativação do alunos da escola Laboratório de Informática da Escola através do teatro.

14. Atualização dos 7. Apresentação de para os Alunos profissionais através Mostras Culturais. de reuniões pedagó8. Desenvolvimento de trabalhos gicas, quinzenais, de investigação utilizando fitas de em diversos vídeo, palestras, depontos da cidabates, troca e expede, para que o riência. aluno conheça o A escola agradece ao potencial de Belo Projeto Aprendendo Além dos Muros Jornal Viver no CaHorizonte (Pro- – Trabalho de campo no Mineirão choeirinha o apoio jeto Aprendendo e atenção aos trabaAlém dos Muros). lhos que vem desenvolvendo e espera 9. Concessão à Associação Comunitária que outros patrocinadores surjam para do Bairro Santa Cruz, aos sábados, as que o jornal tenha continuidade. dependências destinadas as práticas Escola Estadual Santo de esporte.

Afonso Av. Bernardo 10. Revitalização do LIED (LaboVasconcelos, 1334 ratório de Informática) - trabalho Diretor: Jorge Carlos de Figueiredo desenvolvido pelo Wenderson AveVice-diretora: Celeste Aparecida lino Brito.

Mateus 11. Criação da Gincana Cultural – Passe Secretária: Mércia Azevedo Viegas e Repasse – trabalho desenvolvido

Projeto Aprendendo Além dos Muros – Trabalho de campo no Parque Municipal

Projeto Aprendendo Além dos Muros – Desenvolimento de campo – Alunos na Cidade dos meninos

Cestas básicas para famílias carentes

A Associação Antônio Barbosa Chaves – ABC em parceria com o Projeto Cooperart está lançando uma campanha para arrecadar alimentos não-perecíveis a fim de compor 500 cestas básicas para melhorar o Natal de algumas famílias.

As pessoas interessadas em colaborar poderão entregar suas doações no: Projeto Cooperart – Rua Nª Senhora do Brasil, 649 – Cachoeirinha – Fone: 3422-9538 até o dia 15 de Dezembro.

Viver no Cachoeirinha - Ago/2001 - Página 5

2ª Festa da Família da EE Pero Vaz de Caminha No dia 28 de setembro, foi promovida a 2ª festa da família da EE Pero Vaz de Caminha.

Neste ano, os pais foram recebidos por uma ala de professores que bateram palmas assim que entraram na escola.

A festa contou com a presença do pároco José Ramos da Paróquia São Pio X que fez uma palestra abordando

o tema “O jovem na família de hoje”.

As crianças menores ouviam histórias em outro local com a colaboração dos membros da Igreja Batista de Nova Esperança.

Houve várias apresentações dos alunos com dança, mensagens, teatro enfatizando a convivência familiar e

Estudantes visitam Viver no Cachoeirinha

Mais uma turma de alunos 3ª série da EE Mariano de Abreu visitou a redação do jornal Viver no Cachoeirinha. Na visita, entrevistaram o editor do jornal sobre a história do bairro Cachoeirinha e como se faz uma publicação como esta.

São aluno da professora Maria Izabel Fonseca Wardi Weked.

a festa foi encerrada com uma grande queima de fogos. A EE Pero Vaz de Caminha continua promovendo atividades e pede que as famílias continuem comparecendo cada vez mais.

“Escola e família caminham juntas.” - conclui diretora da escola, Susan Mary Saldanha.

Cia de Ensino promove doação de material reciclável e brinquedos

Entrega de material ao Cooperart

Durante o mê de outubro, os alunos da Companhia do Ensino arrecadaram 3.825 latinhas e 215 brinquedos e doaram ao Cooperart para entrega a entidades assistenciais que cuidam de crianças carentes.

A educação cuidando da natureza e da energia O Instituto Educacional Dom Bosco Por meio dos projetos Poupar para não Faltar e Educação Ambiental, as crianças puderam debater sobre o apagão e se conscientizarem da necessidade em preservar a natureza e a água e buscar qualidade de vida.

Por este motivo, o tema da festa de formatura é H2O: a Natureza Pede Socorro!

A professora Maria Izabel, à esquerda, de vermelho, e seus alunos na redação do jornal Viver no Cachoeirinha

Vivendo a história do Bairro Cachoeirinha

Henrique Sena Guimarães Lopes, Bruno Carvalho Costa e Júlio César Simeão Santos pesquisam no jornal Viver no Cachoeirinha a história de Mariano de Abreu, homem público que atuou na época da criação de Belo Horizonte e que deu o nome à escola onde estudam (foto abaixo).

Alunos do Instituto Educacinal Dom Bosco

Projeto sementinha Exemplo do bairro Concórdia

O Projeto Sementinha nasceu da iniciativa dos integrantes da Mocidade e do Setor de Evangelização Infantil do Grupo da Fraternidade Espírita Irmão Tomaz.

O objetivo do Projeto é dar aulas de reforço para as crianças e para os adolescentes com baixo rendimento escolar.

A atividades são realizadas aos sábados, de 15 às 17h, na EM Américo Rene Giannette, graças a diretora Lânia Mara da Silva, que cedeu o espaço físico da escola para realização do trabalho.

A inauguração do Projeto Sementinha foi feita no dia 8 de setembro (Dia Mundial da Alfabetização), com apre-

sentação para a comunidade e cadastro dos alunos assistidos.

Atualmente, são atendidas 19 crianças com idade de 6 a 12 anos, mas há intenção de estender o atendimento para as famílias e, também, promover cursos que beneficie mais moradores.

Acreditamos que esta aproximação com a comunidade será boa para todos e, principalmente, para os alunos, que são a razão do Projeto Sementinha.

Mais informações com a voluntária, moradora do Cachoeirinha: Paula Marques - 3421-6154

Viver no Cachoeirinha - Out-nov/2001 - Página 6 Este espaço é cedido para a ACBC veicular suas mensagens, considerando que: a) a ACBC não paga para este espaço nem é remunerada por seus serviços de comunicação; b) a cessão deste espaço se deve ao reconhecimento da contribuição da ACBC como parceira no desenvolvimento de nossa comunidade; c) o conteúdo aqui veiculado é de responsabilidade da ACBC.

Reivindicações atendidas

• Foi retirado o resto de asfalto jogado pela SUDECAP na calçada da Rua São Leopoldo, esquina com Sambeatiba ainda não foi retirado.

• Tem sido recolhido o lixo jogado em torno da Escola Santo Afonso e na esquina de Bernardo Vasconcelos c/ Sambeatiba, apesar de moradores próximos continuarem a jogar lixo e entulho no local.

• Foi resolvido pela COPASA o problema da água que escorria constantemente pela Rua Sambeatiba entre Aroeira e São Leopoldo.

Reivindicações não atendidas • Construção de uma escada para pedestres na Rua Dona Clara, próximo ao número 47, até a Av. Antônio Carlos:

Reiteramos o nosso pedido

• Colocação de placa de “Proibido Jogar Lixo” na Av. Bernardo Vasconcelos c/ Sambeatiba” :(A Regional da SLU havia informado anteriormente não dispor da mesma no momento mas que tentaria disponibilizar o mais breve possível).

Continuamos no aguardo.

• Construção de muro e calçada na Av. Bernardo Vasconcelos Cônego Santana e Itapetinga: Estamos

aguardando providências da Fiscalização junto ao proprietário.

• Colocação de placa de “Proibido Jogar Lixo” na Av. Bernardo Vasconcelos c/ Sambeatiba: A Regional da SLU não dispõe da mesma no momento mas tentará disponibilizar o mais breve possível.

• Construção de escada para pedestre na descida da Rua Iribá entre Aroeirina e Bernardo Vasconcelos.

Observação: Solicitamos aos moradores vizinhos dos locais cuja solução dos problemas ainda não foram atendidas que comuniquem-nos para que possamos voltar a reclamar aos Orgãos Competentes.

Comunicado

Cartão de desconto

Por motivo de força maior (doença) tivemos que diminuir o ritmo de nossas atividades, o que causou algum atraso ao nosso projeto do “Cartão de Desconto”, noticiado na edição passada. Mas esperamos, em breve, poder concluí-lo.

Gestões período agosto/2000 a outubro/ 2001

Neste período a diretoria da ACBC realizou com êxito algumas gestões entre outras: * Reforma da pista de caminhada da Avenida Bernardo Vasconcelos * Capeamento asfáltico da Av. Bernardo Vasconcelos com colocação de bocas de lobo e extensão da rede pluvial. * Urbanização da Rua Iribá (trecho entre Aroeira e Bernardo Vasconcelos) * Extinção do depósito de lixo no lote vago (hoje quadra de futebol) nas esquinas de Av. Bernardo Vasconcelos e Cônego Santana. * Extinção do deposito de entulho na Avenida Bernardo Vasconcelos (em frente à fábrica) * Aprovação da obra para canalização do esgoto que corre a céu aberto na Rua Senhora do Brasil. * Revogação do decreto que destinava o lote da Rua Borborema à entidade alheia ao Bairro. * Parceria com a Horizonte Textil (Fábrica) para combate à poluição local e participação ativa da mesma nas ações comunitárias.

Reunião com a administração regional nordeste Com o objetivo de cobrar o início das obras da creche e na canalização do esgoto na Rua N. S. do Brasil, entivemos recentemente em reunião, agendada pelo Vereador Silvinho Rezende, com a Secretária de Administração Regional Nordeste, Dra. Luzia.

Na oportunidade fomos informados que a obra da creche será iniciada nos primeiros meses do próximo ano.

Quanto à obra da canalização do esgoto da Rua N. S. do Brasil, já com orçamento aprovado e marcado o início para meados de setembro, a Secretária não soube responder porque ainda não aconteceu mas irá cobrar do Gerente de Obras.

Estamos no aguardo!

Balancete período agosto/2.000 a outubro/2001

Receita Festival de Tortas .......................399 Arrecadação Rifa ...................................134 Doações p/ Ação Judicial . .....................150 Subtotal - receitas...................................683 Notificação Judicial ........................... -24,09 Cópias Xerox......................................... -163 Confecção de faixas................................. -62 Autorização p/ eventos em via pública.... -53 Aquisição cartucho impressora................ -67 Aquisição papel ofício.......................... -17,8 Aquisição Relógios Rifados..................... -69 Aquisição de filmes e Revelação fotos.... -98 lanche animadores da Rua do Lazer........ -37 Aquisição 02 fitas crepe.......................... -5,6 Aquisição vale transporte......................... -26 Custas Ação Judicial.............................. -127 Despesa Cartório Jero Oliva................. -14,6 Subtotal - despesas.......................... -764,09 SALDO............................................... -81,09

Palavra do presidente Prezados Amigos, A vida nos ensina, à duras penas, que as coisas nem sempre são como a gente gostaria que fossem, mas ensina-nos também que para todos os problemas existem solução e que tudo tem o seu tempo certo para acontecer.

Por doze edições tivemos o privilégio de contarmos com a sua atenção mas, como foi anteriormente noticiado, o “Viver no Cachoeirinha” infelizmente, não circulará durante algum tempo e assim ficaremos privados deste convívio.

Neste período (outubro/2000 a outubro/2001), a Comunidade do Cachoeirinha conquistou significativas vitórias tais como a aprovação da construção da creche através do orçamento participativo; a revogação do decreto municipal que destinava o lote da Rua Borborema (onde será construída a creche) a uma instituição alheia aos nossos interesses; o aumento do número de viaturas policiais circulando pelo Bairro e o atendimento de muitos outras nossas reivindicações.

Todas estas vitórias foram fruto da articulação da comunidade, que soube se organizar e lutar por seus direitos.

Neste contexto, o “Viver no Cachoeirinha” foi instrumento de fundamental importância, não só como elo de ligação entre as lideranças do Bairro e a Comunidade mas também como tribuna de onde elevamos as nossas vozes em defesa dos interesses do Cachoeirinha.

Por outro lado, este jornal é motivo de orgulho para todos nós, considerado que é, como um dos melhores jornais de comunidade.

A presença da Associação Comunitária no “Viver no Cachoeirinha” se deveu à colaboração do seu Editor, Jornalista Wagner Matias de Andrade, que gratuitamente cedeu o espaço para que pudéssemos veicular as nossas mensagens.

Nesta oportunidade queremos expressar o nosso agradecimento ao amigo e parceiro de luta nas causas da comunidade e reafirmar que não descansaremos até que o nosso querido “Viver no Cachoeirinha" volte a circular.

Aos vizinhos e amigos, até breve!

Fernando Noronha

Viver no Cachoeirinha - Set-nov/2001 - Página 7

Turma Unida Cachoeirinha:

Informe da Comissão Organizadora

1ª Olimpíada do Bairro Cachoeirinha

reencontro 25 anos depois

Todos os participantes do Grupo de Jovens TUCA (Turma Unida Cachoeirinha) estão convidados para um encontro de confraternização no dia 23 de dezembro de 2001, às 16 horas, no Salão Paroquial, para comemorar os 25 anos do grupo.

O convite é extensivo a marido, esposa e filhos.

Continuam os preparativos para à Olimpíada. As inscrições já foram encerradas. Foram feitas inscrições para o futebol masculino e feminino, natação e vôlei.

Até agora, já estamos contando com a colaboração das quadras da Bola & Companhia e da quadra do Colégio Ilacir Pereira Lima.

Contatos: Kalu: 3422-9179

Dolores e Rosângela: 3444-3998

Roteiro da programação do evento:

Quem tiver fotos da época, favor levar.

Foto: lembrança do Grupo de Jovens TUCA

Informe do Centro de Saúde Cachoeirinha Cadastro das Políticas Sociais

Continuem recebendo bem os agentes comunitários de saúde. Eles estão fazendo o cadastro de todos os moradores, para fundamentar o planejamento das políticas sociais.

Campanha de Hipertensão

Em Belo Horizonte, a campanha terá início no dia 19/11/01 e terá a duração de duas semanas.

Rubéola

A campanha de vacinação de rubéola estará acontecendo entre os dias 05/11/01 à 16/11/01.

Público alvo: mulheres de 12 à 29 anos

Dengue

Estamos no período chuvoso.

Cuidado com o acúmulo de água que servem como criadouros do mosquito aedes aegypti que é o transmissor da dengue.

Grupo de Terceira Idade Alegria de Viver

O Grupo Alegria de Viver completou onze anos no dia 25/09/01. São onze anos de trabalho, confraternização, apoio, crescimento e mudanças até de valores. O grupo tem contribuído ainda para a mudança de comportamento que busca formas mais sadias de viver melhor.

Alerta aos Moradores

A violência chegou mesmo ao bairro Cachoeirinha, Renascença e adjacências. Estamos sendo assaltados nas ruas, a qualquer hora do dia ou da noite. Histórias de seqüestro relâmpagos, também, estão se tornando comuns. Os ladrões de carro pegam a vítima ao banco, onde as obriga a usar o seu cartão bancário para roubarem mais. É necessário ficar alerta, observar pessoas suspeitas (nem sempre de má aparência) que possam estar circulando ou vigiando as pessoas.

Parecem conhecer os principais hábitos das pessoas.

24/11/01 – Festa de abertura dos jogos.

Local: Rua Nossa Senhora do Brasil (entre ruas Simão Tann e Marieta Machado) Durante todo o dia, haverá barraquinhas, brincadeiras, números artísticos. O desfile dos atletas será às 15:00h.

gas, insultos, desordens e obedecendo rigorosamente o regulamento.

Essa é uma grande oportunidade de confraternização e competição sadia.

Os organizadores pedem, ainda ajuda de patrocinadores, donos de quadras de futebol de salão e árbitros, pois este evento depende da ajuda de voluntários

Organizadores:

Centro de Saúde Cachoeirinha Escola Estadual Mariano de Abreu Escola Companhia do Ensino Escola Estadual Pero Vaz de Caminha Escola Estadual Rotary Clube COOPERART Escola de Futebol Bola & Companhia Escola de Futebol Paulistano Grupo de Idosos Alegria de Viver Horizonte Têxtil Quadra do Zezinho

Voluntários: Cronograma Avelar das competições: Sandra Isabel Soares de Jesus 25/11/01 01/12//01 08/12/01 09/12/01 A comissão organizadora pede a todos os participantes que colaborarem para que este evento possa ocorrer com muita alegria e paz, evitando-se as bri

Leda de Souza Costa Regina Célia Costa Joaquim Mauro Rosa Pires Lúcia de Oliveira Pires Odilon Pires Lídia dos Santos Flávia Rocha Pedrosa de Oliveira Hailton C. Ferreira Maria de Fátima Gomes Ferreira

Viver no Cachoeirinha - Ago/2001 - Página 8

Memória e cultura popular O Rogério Geraldo Hungria foi criado no Cachoeirinha desde que nasceu.

Com 42 anos, lembra-se de umas das cachoeiras que deram nome ao bairro, situada onde passa a Av. Bernardo Vasconcelos, perto do tronco do grande eucalipto mostrado na capa desta edição.

As fotos de quadrilha são de 1981,

quando Rogério Geraldo participava do grupo de jovens TUCA, que realizava barraquinhas e quadrilhas. São lembranças de quando conquistaram o 5º lugar no Forró de Belô. A renda das atividades do grupo de jovens era destinada à construção da Igreja Paróquia N. S. da Paz.

Dança da Quadrilha do Arraiá de Nossa Senhora da Paz no Palanque do Forró de Belô, na praça da Estação - junho de 1981 - na foto, pose da turma

Sr. Orlando, que coordenava os ensaios (já falecido), e Rosângela Lomelino

Rua N. S. da Conceição no final dos ano 70 com as crianças Reinaldo, Rita, Narriman e Junior. À direita, o mesmo lugar dez anos depois.

Casal de noivos: Fátima Antunes e Rogério Hungria

Monumento preservado

Um tronco deitado e outro em pé são mais que uma bela obra de arte moderna concebida pelo ser humano.

Representam muitas coisas, principalmente que a natureza é forte mas precisa de cuidados.

São partes de uma mesma árvore, um frondoso eucalipto que não suportou a interferência do ser humano no seu ambiente. Pode ter morrido pela ação dos tratores em suas raízes, quando cobriram os córregos para abrir a avenida Bernardo Vasconcelos, ou pelo calor da água quente que a fábrica de tecidos descartava.

Os troncos teriam desaparecidos em uma madeireira se os moradores não pedissem que fossem preservados.

Mais do que preservar os troncos, foi preciso também abrir um espaço para o convívio social. Disto cuidaram Jacy de Assis Noman, moradora do Cachoeirinha desde 1966, e sua cunhada Maria do Carmo de Oliveira Noman. Jacy e Maria do Carmo foram à prefeitura municipal e pediram que fosse criada uma pracinha no lugar. No princípio, a prefeitura achava que não seria possível abrir uma praça dentro da avenida. Elas insistiram, conversando com a engenheira da prefeitura, Maria Inês. Avaliado o espaço,

ganhamos a praça. No princípio, com mesas e tabuleiro para jogos. A praça foi depredada pelos próprios usuários. Jacy e Maria do Carmo pediram a reforma. A prefeitura achava que não valia a pena reformar porque a comunidade não respeitava, mas acabou fazendo a obra.

Quem passa por ali em suas caminhadas precisa reduzir a marcha pelo menos neste trecho para homenagear a vida e o esforço de pessoas da comunda-

de que se dedicam para melhorar o ambiente e, consequentemente, nossa vida.

Jacy mora na rua Dom Cabral que também é outro exemplo de dedicação comunitária. Como é uma rua pequena, parecia esquecida pelo serviço público que não cuidava, não calçava. Os moradores se organizaram e fizeram o calçamento, pagando o serviço. A prefeitura doou as pedras e cedeu um engenheiro para administrar a obra.

Mamoeiro é exemplo da força da natureza A natureza sempre nos dá demonstrações de que para ela não existem obstáculos. Na rua Industrial, 92, no bairro Cachoeirinha, um pequenino mamoeiro explode em vida vindo de uma fresta no cimento, oferecendo ao Sr. Francisco e à dona Alzira os sabores frutos.

Este texto saiu e foto saíram no jornal Estado de Minas, dia 1º de outubro.

Francisco, Alzira e a cachorra Kika

Contraste

As árvores são produtos da natureza, onde os passarinhos criam seus filhotes. O muro é um produto do ser humano. É uma escola, onde as pessoas educam seus filhos.

As imagens são dois lados de uma calçada na Av. Bernardo Vasconcelos.

No local, três estudantes comentaram o que gostam do bairro Cachoeirinha, principalmente porque é um lugar bom para se viver. No entanto, há problemas sérios, como agressão de gangues, drogas e violência, desemprego. Coisa de ser humano.