1 minute read

ed I t O RI al

Os fanzines atuais vivem um momento de renascimento e efervescência cultural. Eu me recordo ainda da primeira edição do Spell Work, lançada em março de 2004, quando surgiu com propostas de linguagem e estética simples. Eram duas páginas e um olhar mais próximo da realidade, por questões de identidade e afinidades com a cultura urbana e o underground brasileiro. O SW, por si só, é uma intervenção cultural de resistência... e vem resistindo.

A ideia por trás desse esforço hercúleo é de comunicação aberta sem restrições, para quem o lê e absorve um sentido mais amplo da arte na sociedade atual. Estas páginas apresentam um pouco mais sobre a arte e os artistas que realmente vivem e fazem o que acreditam, pessoas que são verdadeiras inspirações. Uma proposta de publicação orgânica, visceral, fora da grande mídia, é assim que vivemos o DIY. Fanzine é um instrumento de partilha de ideias e conhecimentos com outras pessoas e, acima de tudo, exercício de cidadania. A publicação dá acesso ao entendimento de uma cultura universal. O underground tem as mesmas características em qualquer lugar do planeta. Estabelece os elos que nos fazem diferentes e tão intensos, pois todo fanzineiro é no fundo um idealista sonhador, que objetiva divulgar ativistas, artistas e os seus projetos, que merecem o devido reconhecimento e apoio. Um espaço real. Enquanto escrevo este editorial me emociono ao lembrar por onde este zine já me levou, conhecendo pessoas e lugares. Quantas cartas e mimos recebi, quantos zines troquei.

Advertisement

Agradecer a todos que colaboram, de tantas formas, e que me reanimam na dificuldade e no cansaço... que contribuem para manter vivo este trabalho, nosso trabalho. Tenham todos uma ótima Leitura! Enviem sugestões de pauta, reclamações, criticas, elogios, leiam zines, façam zines, divulguem zines!!! DIY!!! SW

Thina Curtis

Arte-Educadora, Poeta, Fanzineira, Quadrinista, Produtora Cultural, Ativista. oficinadefanzine@gmail.com

Grupo Fanzinada

Fanzines: A maioria das pessoas desconhecem a sua existência, a produção de artistas — geralmente do underground —, que precisam se expressar e utilizam os fanzines para dialogarem e difundirem suas ideias. Fanzines são objetos para se criar e se reinventar. [Thina Curtis]

Texto: AdriAnA CAbrAl Fotos: divulgAção

Submarinos, monstros remendados, fórmulas científicas e muito vapor. Viagens ao fundo do mar ou ainda da terra à Lua eram relatadas nas grandes aventuras do autor francês

Jules Verne (Júlio Verne), e a inglesa Mary Shelley imortalizava seu monstro criado pelo imoral Doutor Frankenstein nos idos do Século XIX.

Mas foi em 1987 que o autor americano K. W. Jeter cunhou o termo steampunk para classificar os romances retrofuturistas, isto é, grosso modo, histórias que utilizam tecnologias anacrônicas.

This article is from: