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the dreams never land
from Spell Work, nr. 0
António Caeiro: O que os move a fazer música?
The Dreams Never End: A paixão e o amor que temos pela música desde há muitos anos, pelo prazer que nos dá quando estamos envolvidos com a mesma, necessidade de nos superarmos, e por ser um fenômeno anti-stress.
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AC: O vosso nome deriva de um tema dos New Order. Subentende-se que continuam ainda bastante ligados à corrente de Manchester de outrora?
TDNE: Não foi por esse motivo, obviamente que a corrente de Manchester é uma influência, como muitas outras, acontece que quando estava à procura de um nome para a banda, dei comigo a ouvir o primeiro álbum dos New Order, o Movement e a primeira música é o “Dreams Never End”, achei que este título ter tudo a ver com os motivos porque iniciei este projeto.
AC: Atualmente a par de alguns bons festivais de música alternativa, no Verão, já é possível ver, em Portugal, apresentações ao vivo durante o resto do ano em espaços que apostam nesta sonoridade, concordam?
TDNE: Felizmente que existem pessoas que por puro amor à música e principalmente a estas sonoridades mais alternativas, vão trazendo a Portugal, nomes e projetos que de outra forma, nunca cá viriam, porque mesmo na maioria dos ditos festivais de verão a oferta de música e sonoridades alternativas é muito reduzida e em muitos mesmo inexistente, por isso é de louvar o trabalho desses promotores que muita vez por conta e risco nos trazem projetos que primam pela diferença aproveitando espaços que hoje existem espalhados pelas cidades do nosso país.
AC: Os “media” continuam a fazer-se esquecidos desta vertente musical, sendo esporadicamente lembrados por força dos tais festivais anuais que (felizmente) ainda acontecem, o que vos parece atualmente a atitude dos media relativamente à chamada “música alternativa” feita em Portugal?
TDNE: A atenção dada pelos “media” a esta vertente musical é praticamente inexistente ou muito, muito esporádica, as várias rádios passam playlists praticamente iguais umas às outras, apostando na quase totalidade em nomes mais mainstream pouca aposta na música portuguesa e a atenção, é regra geral sempre sobre os mesmos, aquela música politicamente correta, não arriscam um milímetro a dar conhecer novos projetos e novas sonoridades em suma, muito pouca ou nenhuma atenção, divulgação e apoio. Ao nível da televisão e imprensa escrita a atitude é praticamente a mesma.
AC: O vosso álbum de estreia, é uma edição de autor, podem resumidamente, descrever o conteúdo de Walk Blindly , assim como quem fez a produção, quem elaborou a capa?
TDNE: É um álbum com dez temas, alguns dos temas são instrumentais, temas que chamam a atenção a vários assuntos da vida de todos nós, do nosso dia a dia, relações pessoais, causas etc. A produção do álbum foi feita em conjunto com o Virgílio e com a ajuda de alguns amigos tal como a capa. A capa é uma fotografia trabalhada de uma fachada de um prédio que existe em Leipzing (Alemanha) e que eu achei lindíssimo, sempre achei que daria uma boa capa de álbum.
AC: É possível adquirir o CD e/ou existe algum sitio na internet onde o possamos ouvir?
TDNE: A edição que fizemos está neste momento esgotada mas equacionamos a possibilidade de uma segunda edição, de qualquer maneira o álbum está disponível em formato digital na plataforma Bandcamp.
AC: Existem perspectivas de ver ao vivo os
TDNE em 2017?
TDNE: Estamos a ensaiar para ver se damos uns concertos no decorrer deste ano.
AC: Falem-nos um pouco sobre o vídeo do tema “UVB 76”, que foi produzido pela artista francesa Myriam Hory (Audrynna Von Succubya).

TDNE: O tema é sobre uma frequência de rádio russa que emite desde o período da guerra fria e que suscita a curiosidade, porque ninguém sabe o sítio de onde emite, achei interessante o assunto e compus o tema, a Myriam Hory (Audrynna Von Succubya) é uma amiga que faz vídeos por hobby e à qual pedimos ajuda para nos fazer o nosso sobre o tema, escusado será dizer que ficamos muito contentes e agradecidos com o excelente trabalho dela. SW