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Projeto Jardim Limpão

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[MADE IN PORTUGAL]

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Daniel Melim é um artista que transcende sua arte. Grafiteiro, artista plástico, arte-educador, ativista cultural entre tantas outras qualidades.

O olhar do artista sobre a comunidade de sua cidade (São Bernardo do Campo) fez surgir um projeto único.

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Um projeto de extrema relevância na percepção consciente e crítica do mundo contemporâneo.

OJardim Limpão acontece de forma atraente, lúdica e provocadora, sem fins lucrativos. Daniel Melim, através de sua arte — do stencil e do grafitti —, com o sentimento do it yourself , transforma e dá visibilidade para as pessoas desta comunidade, em especial as crianças e adolescentes, que aprendem brincando e fazendo arte, literalmente.

O projeto vem acontecendo desde 2003 em dois bairros da região: Jardim Regina e Jardim Limpão. Abordagens alternativas dinamizam a ocupação dos espaços públicos da cidade de São Bernardo do Campo, e possibilita aos habitantes novas formas de interação e fruição artístico-cultural.

Transformar e resgatar a vida social, através da arte e cidadania, em locais esquecidos pelo governo e mal vistos pela sociedade, afinal é uma “favela” e ainda existe um forte preconceito sobre as pessoas que moram nestas comunidades. É uma resistência cultural louvável e única, do artista e dos moradores, que também se envolvem no projeto. Diante deste cenário, intervenções artísticas promovem transformações ou reações, sejam elas intelectuais sensoriais ou físicas.

O Jardim Limpão ganhou destaque na mídia, mas de forma negativa, no ano de 2003, pois lá era onde morava, e foi encontrado, o assassino do fotografo Luiz Antônio da Costa, que foi executado no episódio de reintegração de posse do terreno da Volkswagen. Esse projeto vem sendo realizado desde 2006, de forma independente e contando apenas com o apoio da própria comunidade, tendo em moradores como Fábio Mendonça e Vanderlei Viana, que desenvolvem de forma voluntaria treinos de capoeira angola para as crianças de região, o suporte fundamental.

Foi no muro da casa do Vanderlei, na Travessa d’Água, que surgiu o primeiro graffiti e com ele o intuito de trabalhar em forma de workshop com as crianças e adolescentes do bairro, garantido acesso à cultura, lazer e educação através da arte.

Além dos workshops, o projeto também visa registrar através da fotografia esses painéis, capturando também o dia a dia da comunidade.

A realidade dessas comunidades é marcada pelo intenso tráfico de drogas e atos de extrema violência, além da completa falta de estrutura básica para seus moradores. Mas a ideia do projeto e do registro fotográfico não dial, mas apresentar o cidadão/trabalhador comum que se esforça para sobreviver nesses “quilombos modernos”, com renda média em torno de R$ 300,00 por mês, tendo pouco acesso à cultura e ao lazer. pessoas a ficarem atentas à sua cidade, seu espaço.

Em 2007, foi lançada uma publicação independente intitulada Projeto Comunidade Limpões, contendo alguns desses registros fotográficos e painéis criados junto as comunidades. Essa publicação alcançou visibilidade em vários lugares, no Brasil e no Exterior, sendo pauta para materiais em diversos jornais e revistas de âmbito regional e nacional. Através das cores o grafitti nada mais é que uma intervenção utópica e poética.

É para que percebam, depois dessas mudanças e transformações, que é possível promovê-las. Dar qualidade de vida é possível! Mudar!!!... nem que seja somente um pouquinho.

O Spell Work acredita e se motiva com ações como essa. Parabéns Melim por fazer acontecer sem esperar por ninguém. Acreditar no que se faz com amor faz toda a diferença! Parabéns!

Para quem se interessar em saber mais do projeto, entrar em contato para o e-mail: melimdaniel@yahoo.com.br SW

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