Exposição nunca mais, gaia Unicamp 2016

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valéria Scornaienchi

”nunca mais”, 2016

GAIA – Unicamp, Campinas, SP.


montagem

Parede arquivos: work in progress exposição Nunca mais, GAIA – Unicamp, 2016


Arquivos, 2016. Work in progress 150x500cm

Vista da parede. GAIA - Unicamp




Primeiro dia 05/12/2016 Imagens feitas a partir da ideia de pensar os elementos do processo e escritas.


Primeiro dia


Primeiro dia, work in progress, 2016.

Imagens feitas a partir da ideia de criar uma paisagem com imagens, palavras e o papel


Segundo dia 07/12/2016











Terceiro dia 12/12/2016















12/12


Quarto dia 15/12/2016































19/12/2016




....... É O PROCESSO ...

Valéria Menezes e/ou Valéria Scornaienchi. La vasta noche no es ahora otra cosa que una fragancia. Jorge Luis Borges

Valéria Scornaienchi traz de seus sonhos uma nova forma de representar, inventa sua própria língua/linguagem/discurso/processo. Uma língua de algum modo estrangeira como colocou Proust. Nesses sonhos, onde o silêncio também é cúmplice, mesmo que no inconsciente de todos há um desejo imenso por conflito. E esses conflitos na artista expandem-se na energia em suas obras. Essa energia de seus sonhos aparece em concomitante relação às energias intermediárias do antes e o depois, um processo. Como um caleidoscópio que desenha e redesenha as composições configuradas em conexões reflexivas, materializadas em cartografias constantemente reinventadas e inacabadas. A pluralidade de suportes, modalidades, sintaxe interna dos processos executados e os dispositivos resultantes esclarecem essas conexões adirecionais e atemporais, evidenciada também e como parte intrínseca dos recursos estéticos de Scornaienchi nos títulos das obras e séries: CAMINHO, ENTRE ABERTO, NEM SEMPRE SILÊNCIO, NUNCA MAIS,... Os pecúlios investigativos da artista encanastram sequências abertas e locupletas na

pesquisa e consequentemente nos influxos estéticos “que se entrelaçam, na aura, a onipotência do olhar e a de uma memória que se percorre como quem se percorre, como quem se perde numa “floresta de símbolos”. Como negar, com efeito, que é todo o tesouro do simbólico – sua arborescência estrutural, sua historicidade complexa sempre relembrada, sempre transformada – que nos olha em cada forma visível investida

desse poder de levantar os olhos? Assim Scornaienchi na formulação e realização de seus manifestos estéticos estabelece-se diligentemente como “[...]toda obra é uma viagem, um trajeto, mas que só percorre tal ou qual caminho exterior em virtude dos caminhos e trajetórias interiores que a compõem, que constituem sua paisagem ou seu concerto”. Revelam-se assim, processos que germinam também da literatura e da filosofia, acarando o caos e elaborando conceitos conscientes, sem renunciar ao infinito, sem referências peremptórias, sobejando por funções ou mais ainda por sensações, sem serem nenhuma delas protagonistas, e si em plenas relações processuais. São as fragrâncias resultantes dos processos da artista compostas pelos rastros escuros do voo dos corvos, pelas sombras das luzes, pelos demônios dos sonhos, dos mistérios e sortes, a infinidade imensurável das cores e proporções elucidadas (das palavras ditas ou evocadas) que

exalam numa escrita multimodo as grafias de NUNCA MAIS.

Andrés I. M. Hernández

Curador. DIDI-HUBERMAN, Gilles. O que vemos, o que nos olha. Editora 34. São Paulo. 2a reimpressão – 2014. p. 150 DELEUZE, Gilles. Prólogo. In. Crítica e clínica. Editora 34 p.10








Sobre os vestígios...



Gaia, Unicamp, 2016.

Campinas, SP, Brasil.


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