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O lugar da mulher nas quatro linhas do campo

vel não se deparar com os exemplos mais gritantes dessa vaidade desmedida. As redes sociais se transformaram em verdadeiros palcos para exibições narcisistas. Nelas, as pessoas disputam a atenção alheia através de filtros, poses ensaiadas e frases de efeito. Nada de desenvolvimento pessoal, nem da construção de relações verdadeiras.

A vaidade, por si só, não seria algo negativo se as pessoas realmente investissem em seus cuidados pessoais de forma sincera e agradável. No entanto, em nosso século, ela está interligada à uma obsessão capaz de afetar negativamente a saúde mental e emocional de muitos.

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Seria muito harmônico se a aprovação que as pessoas buscam fosse por meio de investimentos em educação, em proteção aos animais de rua, em cultura, enfim, tópicos que sejam benéficos para uma comunidade, e não para futilidades. O tempo e os recursos investidos em tratamentos estéticos muitas vezes superam negócios. Não permitamos que a vaidade nos torne escravos de uma imagem ilusória. Que as pessoas cultivem a humildade e a sabedoria, valorizando a essência que nos define.

O futebol, tradicionalmente dominado pelos homens, tem sido um terreno fértil para a evolução e conquistas das mulheres ao longo dos anos. Apesar das barreiras e desigualdades enfrentadas, elas têm lutado incansavelmente para serem reconhecidas e valorizadas no esporte. Mas afinal, qual o lugar da mulher nas quatro linhas do campo?

No final do século XIX, as mulheres tentaram jogar futebol, desafiando as normas sociais e enfrentando a resistência. O jogo era visto como impróprio para o “sexo frágil”, e muitas vezes elas enfrentavam descriminação e até mesmo proibições. No entanto, algumas pioneiras abriram caminho para que outras pudessem seguir. No Brasil, oficialmente, a primeira partida de futebol feminino ocorreu em 1921, entre jogadoras dos bairros Tremembé e Cantareira, na Zona Norte de São Paulo.

Nas últimas décadas, houve um aumento significativo no apoio ao futebol feminino. Grandes competições, como a Copa do Mundo Feminina e os Jogos Olímpicos, ele ganhou destaque e alcançou uma audiência global.

Apesar desta evolução, a visibilidade e a diferença salarial entre atletas de futebol masculino e feminino são notáveis. Isso porque, historicamente, o futebol masculino tem gerado muito mais receita do que o feminino. As principais ligas masculinas, como a Premier League e La Liga, e torneios como a Copa do Mundo Masculina têm audiências e patrocínios muito maiores. Além disso, o futebol masculino tem um longo histórico de exposição e cobertura midiática em comparação ao futebol feminino.

Mesmo com estes desafios, a participação das mulheres no futebol tem um impacto positivo no empoderamento feminino, servindo como inspiração para outras meninas e mulheres. Ao ver jogadoras talentosas, treinadoras bem-sucedidas e líderes influentes, as jovens se sentem encorajadas a perseguir seus sonhos e acreditar que também podem ter sucesso no esporte. Tal inclusão é fundamental para promover a igualdade de gênero no esporte, envolvendo e necessitando da criação de oportunidades equitativas. E a jogadora Marta Vieira da Silva segue sendo a grande referência, do Brasil para o mundo.

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