estabelecidos. Já as decisões de investimento de longo prazo demandam uma análise mais complexa e estão relacionadas com a estratégia corporativa.
Os projetos de investimento de capital, quando relevantes para a empresa, devem passar uma avaliação econômico-financeira abrangendo aspectos diversos como: técnicos, projeções de fluxo de caixa, retorno exigido para o capital financeiro utilizado, riscos, entre outros. Uma das etapas dessa avaliação é a aplicação das técnicas que irão indicar a viabilidade (ou não) do investimento. Neste sentido destacam-se o Valor
Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o período de payback.
Todo o investimento pressupõe uma saída de caixa no momento presente e ingressos de caixa através dos lucros em momento futuro. O VPL é uma técnica que consiste em descontar os fluxos de caixa esperados para o projeto (entradas e saídas de caixa), utilizando como taxa de retorno o custo do capital empregado para financiar o investimento e, depois, somar esses fluxos de caixa no momento zero. Caso o VPL seja positivo, a indicação é pela aceitação do projeto. Caso seja negativo, a indicação é pela rejeição do projeto.
A TIR é uma técnica que consiste em estimar o custo de capital que igualaria a zero o somatório do valor presente de todos os fluxos de caixa estimados para o projeto. Em outras palavras, trata-se da
taxa de juros que resultaria em um VPL igual a zero. Quando a TIR for maior do que o custo de capital dos recursos alocados no projeto, a indicação é pela aceitação do investimento. Qual a TIR for menor do que o custo de capital, a indicação é pela rejeição do projeto.
Já o período de payback é uma técnica que expressa o tempo de retorno de um projeto de investimento. O formato mais utilizado e robusto dessa técnica considera o custo de capital do projeto, descontando os fluxos de caixa a valor presente, para depois estimar o tempo de retorno. A técnica consiste na confrontação das saídas de caixa do investimen-
to e das estimativas de entrada de caixa, de forma a calcular o tempo necessário para que as entradas de caixa recuperem o investimento realizado. A avaliação para a tomada de decisão envolve a determinação de um tempo máximo de retorno aceitável, de forma que projetos que tenham um tempo de retorno abaixo desse ponto de corte, sejam aceitos. Já projetos com tempo de retorno estimado acima desse ponto, tem a indicação pela rejeição.
É importante destacar que as três técnicas tratadas aqui têm algumas informações em comum, dentre elas estão o fluxo de caixa e o custo de capital.
Os fluxos de caixa de um projeto de investimento consistem em todas as saídas e entradas de caixa estimadas. Assim, primeiramente, parte-se do detalhamento dos recursos necessários para implementar o projeto, esse, geralmente, é o fluxo de caixa inicial, que resulta em desembolsos financeiros para a empresa. O fluxo de caixa inicial pode consistir em valores necessários para aquisição e instalação de máquinas e equipamentos, aquisição de softwares, custos de construção, recursos necessários para o investimento em giro, entre diversos outros. Já as entradas de caixa, geralmente, ocorrem a partir do start do projeto, consistindo nas estimativas de geração de recursos a partir das vendas, descontados todos os custos, despesas e outras saídas de caixa associadas.
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