Clipping 25 03 2015

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QUARTA-FEIRA (25/03) CORREIO BRAZILIENSE (25/03) Prêmio de administração está com inscrições abertas Podem ser inscrever estudantes e administradores até 30 de junho O Prêmio Belmiro Siqueira está com inscrições abertas. Podem participar estudantes de administração e administradores registrados e em dia com as obrigações do Conselho Regional de Administração (CRA). O prêmio contempla três modalidades: Artigo acadêmico, livro e empresa cidadã. Para participar da modalidade “Artigo Acadêmico”, é necessário ser estudante do curso de bacharelado em administração. Na categoria “Livro”, é preciso ser administrador com situação regular no seu regional. A modalidade “Empresa Cidadã” se diferencia das demais por não haver inscrição. As empresas deverão ser indicadas por Conselheiros Federais ou pelos Plenários dos CRAs. Os vencedores de cada uma das modalidades receberão certificado e troféu. A premiação em dinheiro varia de R$ 10 mil para o primeiro colocado na categoria “artigo acadêmico” e R$ 15 mil para a modalidade “ livro”. Já para “ empresa cidadã” não haverá prêmio em dinheiro. O Conselho Federal Administração concederá passagem aérea e inscrição aos classificados em primeiro lugar para participação no XXIV Encontro Brasileiro de Administração, que será realizado em Porto Alegre/RS, no período de 1º a 5 de setembro. Os interessados devem apresentar até 30 de junho, nos CRAs ou em suas seccionais, o trabalho na categoria escolhida. Além disso, os trabalhos podem, também, ser enviados via postal para o endereço do CRA em que o candidato é registrado. Confira o

edital.


ESTADO DE MINAS (25/03) Empresário cria sistema para captar de água da chuva e vira referência Agostinho Miranda reduziu o consumo e o valor da conta pela metade depois que começou a captar água da chuva em casa. Experiência bem-sucedida serviu de inspiração para familiares e vizinhos

Para ele, o respeito à natureza e o combate ao desperdício são anteriores à crise hídrica que assombra o país. Vem dos tempos de criança, do trabalho com calças curtas na horta do Bairro Milionários, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. Agostinho Miranda de Souza, de 62 anos, conta emocionado os tempos de labuta, aos 10, “com os pés descalços” para ganhar trocados e ajudar a família numerosa – a mãe teve 18 filhos. A lida com o mínimo, com o essencial, vem de sempre. O moço é exemplo para os mais próximos e para os vizinhos. Para lidar com o risco iminente da falta d’água, além de reaproveitar os restos da máquina de lavar, como muitos, Agostinho construiu uma engenhoca para guardar a chuva. Tamanho sucesso, a medida teve efeito multiplicador e já é realidade na casa de parentes e inspiração para vizinhos. Com o encanamento especial na casa da Rua Maurilio Gomes da Silveira, o empresário do ramo de eletromecânica baixou em 56% o custo na conta de água, enquanto o consumo caiu de 12 para 7 metros cúbicos. São cerca de mil litros coletados em uma


hora de chuva moderada. O feito é motivo de orgulho para Agostinho. Ainda mais para a mulher, Ana Maria de Souza. Ela conta que logo que ouviu sobre a seca em todo o Brasil, especialmente sobre a situação em Minas Gerais, tratou de arranjar alguns galões para dar uso ao que viesse do céu. Sem falar nas ações de economia, já praticadas em casa, como o tempo mínimo de torneiras e chuveiros abertos. Ana Maria conta que, logo que soube da crise, pediu para o marido providenciar os galões para o aproveitamento da água das calhas. Agostinho não só providenciou os reservatórios, como também bolou um projeto de encanamento para todo o telhado, com quatro coletores especiais. Um deles diretamente ligado a uma caixa d’água extra com capacidade para 500 litros. Há ainda um “ladrão” no sistema para que a água seja renovada. Os galões no quintal ainda têm uma grade com um filtro para que apenas a água seja coletada. “A gente passou a economizar e ainda a ter mais água para lavar terreiro, tapetes, cortinas, azulejos, banheiros e até a roupa de cama”, orgulha-se Ana Maria. Para a dona de casa, não basta ter intenção: “Também é preciso ter disposição e atitude, porque temos que carregar os galões e cuidar da limpeza da água recolhida”. Durante a visita da reportagem, choveu o suficiente para que os galões de 20, 30 e 50 litros transbordassem no quintal. “É uma pena a gente não ter condição de guardar mais água. A vontade é de poder distribuir para todo mundo”, diz Agostinho. O empresário demonstra ainda a preocupação em manter o telhado limpo para receber a chuva. “Poderia ser ainda melhor se as telhas fossem de melhor qualidade”, avalia. Nunca desperdiçar Dos tempos de 17 irmãos – hoje são apenas quatro –, entre tantos os ensinamentos dos pais, Agostinho traz a lição das responsabilidades em família. De não desperdiçar nunca. “Fome a gente nunca passou, mas só fui colocar um chinelo nos pés com 14 anos”, conta. O empresário passeia com a emoção pela linha da vida. Vai da felicidade à toa da infância de trabalho e escola, dos “jogos de bola” debaixo de chuva no campinho do Barreiro, à satisfação de ver os três filhos muito bem criados, da felicidade vinda com o casal de netos.


Homem de paz e bem, Agostinho só não dá conta de esconder a revolta em relação à corrupção que toma conta do país. Lamenta que a crise hídrica, “que a situação tenha chegado ao ponto que chegou”. Para o empresário, se o poder público tivesse vontade política “a realidade seria outra”. Da aposentadoria pelos quase 30 anos de trabalho como eletromecânico, e dos cinco salários mínimos, ficou 1,5. Mais um motivo de revolta. Entretanto, em boa companhia, dono de força e atitude exemplares, Agostinho não desiste nem baixa a cabeça: “Estou feliz de fazer a nossa parte.” Reservatórios mais cheios O nível dos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de Belo Horizonte melhorou com a chuva dos últimos dias. O destaque fica por conta do Rio Manso, que ontem superou a metade de sua capacidade, com 50,2%, pela primeira vez este ano. O avanço, porém, está longe dos registros anteriores. Em 2013, o nível da represa se manteve em 100% de fevereiro a junho. Em março do ano passado, era de 91,7%. Houve também melhoria dos níveis dos reservatórios Serra Azul, que estava em 13,7% ontem; Vargem das Flores, com 38,2%; deixando o Sistema Paropeba com 36,9% de sua capacidade, o que não elimina a possibilidade de racionamento. Já a vazão do Rio das Velhas, na segunda-feira, foi de 104,6 metros cúbicos por segundo, mas o aumento da vazão altera com maior frequência, devido à variação de chuva.

INFORMONEY (24/03) "Mybrainstorm" conecta estudantes, empresas e universidades As empresas participantes recebem as sugestões de estudantes de todo o Brasil e, em troca, qualificam o aluno vencedor do desafio com depoimentos, destacando as habilidades demonstradas SÃO PAULO – Um dos dilemas que estudantes e recém-formados enfrentam é a distância entre o conhecimento teórico, visto na faculdade, e o prático, que se conquista apenas com a atuação no mercado de trabalho. A solução para este conflito foi o que inspirou a criação da Mybrainstorm, a plataforma que desafia os universitários a resolverem problemas reais de empresas.


A conexão é feita entre aluno, universidade e empresa: os alunos cadastrados podem escolher os desafios que as empresas apresentam, desde que sejam dentro de sua área de conhecimento e sugerir possíveis soluções para o problema. Não somente para os problemas apresentados, os alunos podem oferecer ideias que se encaixem no dia a dia da companhia – e esse é o melhor aprendizado que os alunos podem ter durante o ensino. “Mesmo com todos os avanços educacionais, o elo entre a teoria e a prática ainda apresenta lacunas tanto no processo de aprendizagem quanto no mercado de trabalho. Poucos alunos têm oportunidade de colocar em prática o conhecimento adquirido na faculdade, e as empresas, por sua vez, tem selecionado candidatos baseado na competência de aplicar o conhecimento na prática”, analisa o CEO da Mybrainstorm, Paulo Futami. As empresas participantes recebem as sugestões de estudantes de todo o Brasil e, em troca, qualificam o aluno vencedor do desafio com depoimentos, destacando as habilidades demonstradas e qualificando-o para o mercado de trabalho. “A ideia de oferecer oportunidade para que alunos de qualquer classe social e lugar se destaquem por meio de suas competências é fantástica, estamos mudando um modelo que está falido há anos,” finaliza Paulo.

JORNAL DO BRASIL (25/03) Senado aprova inclusão de quatro nomes no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa são as próximas mulheres a integrarem o Livro de Heróis e Heroínas da Pátria, um livro de aço que fica no Panteão da Pátria Tancredo Neves, na praça dos Três Poderes, em Brasília, e presta homenagem aos homens e mulheres que se destacaram na luta pelo país. Além delas, também foi incluído o nome de João das Botas. Todos são mártires da Independência da Bahia, ocorrida em 2 de julho de 1822. O projeto para inclusão dos nomes, PLS 535/2011, foi aprovado nesta terçafeira, na Comissão de Educação, em caráter terminativo.


PORTAL UNIVERSIA (25/03) Santander Universidades seleciona bolsistas para estudar na China Programa Top China 2015 oferece bolsas de estudos em Shanghai e Pequim; inscrições encerram neste domingo

O Santander Universidades está com inscrições abertas para o Programa Top China 2015, que selecionará 100 candidatos para um intercâmbio de 3 semanas em Shanghai e Pequim, oferecendo aos bolsistas uma intensa imersão na cultura chinesa. A viagem está marcada parajulho de 2015. O programa conta com 24 universidades parceiras no Brasil, e podem se candidatar alunos de graduação e professores brasileiros. As inscrições podem ser feitas por meio da página oficial, até o dia 29 de março de 2015. As aulas do curso serão ministradas em inglês. Sobre o Programa Top China O Programa de Bolsas Top China do Santander Universidades foi lançado em 2009 e tem como principal objetivo incentivar a cooperação entre o Brasil e a China, contribuindo com ainternacionalização da atividade acadêmica entre os países. Nesta 7ª edição em 2015, alunos e professores de universidades brasileiras terão a chance de aprender sobre a cultura chinesa.

CNPQ (25/03) MCTI lança plataforma digital para integrar setor produtivo e acadêmico Com a ferramenta 'iTec', empresas apresentam demandas e universidades propõem soluções conjuntas


O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento as Empresas Inovadoras (Anpei) lançaram em Brasília, a plataforma iTec. Acesse o site. A ferramenta reúne, em ambiente digital, instituições de pesquisa e empresas, para o compartilhamento de demandas e propostas de soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelo setor empresarial. "Nós buscamos essa cooperação [com a Anpei] para estabelecer um espaço nas redes de computadores, de maneira que as necessidades e demandas das empresas encontrem as soluções, ou pelo menos as propostas de soluções, daqueles que têm competência para tanto", afirmou o ministro Aldo Rebelo, durante o lançamento da plataforma, no MCTI. De acordo com o secretário executivo da Anpei, Naldo Dantas, a iTec é um ambiente de negócios que tem como objetivo aproximar os agentes do sistema nacional de inovação. "Queremos juntar pessoas empreendedoras, que estão dispostas a correr o risco de inovar, com os núcleos que têm o conhecimento, para poder diminuir o risco inerente à inovação e gerar produtos que possam ser competitivos no mercado", disse Dantas. Ambiente inovador Com o iTec, as empresas apresentam as suas demandas e as instituições científicas e tecnológicas (ICTs) propõem soluções para a realização conjunta de parcerias e projetos inovadores. Deste modo, qualquer participante do sistema nacional de inovação poderá acessar e se envolver com a plataforma, que permite um conjunto amplo de interações. Companhias de todos os portes - de incubadas e startups (empresas nascentes de base tecnológica) até grandes empresas - podem apresentar seus desafios e oferecer soluções para as demandas apresentadas, estabelecendo parcerias entre si. O presidente da Anpei, Gerson Valença Pinto, diz que a iTec é uma iniciativa pioneira, voltada para a criação de negócios inovadores. "É uma ferramenta bem específica e focada. Queremos promover o casamento entre demandas que estão reprimidas com soluções propostas. É importante quando os projetos convergem para uma solução para o mercado", observou. Aldo Rebelo avalia que a própria iTec já constitui uma inovação. "Ela já apresenta uma solução para o encontro de pesquisadores e detentores de conhecimentos com as necessidades das empresas. Acho que está destinada a ser um caso de sucesso." Desafios tecnológicos


O funcionamento da plataforma é simples. A empresa posta seu desafio, e este permanece on-line por até 3 meses. Durante este período, é feita a divulgação, para que solucionadores visualizem e respondam o desafio com propostas. Após este período, o demandante (empresa) avalia e dá um retorno a todos os solucionadores que submeteram propostas. Expansão e áreas do conhecimento Inicialmente, a ferramenta irá priorizar algumas áreas do conhecimento, consideradas estratégicas pelo MCTI, como nanotecnologia, biotecnologia, Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), fármacos e complexo industrial da saúde (CIS), energia, economia verde, setor aeroespacial e mineração. Segundo o secretário de Desenvolvimento, Tecnológico e de Inovação do ministério, Armando Milioni, a ideia é expandir o alcance e as áreas de interação, já que a iTec será aberta e pode contemplar vários setores do conhecimento. "Em pouco tempo, a gente já quer passar a plataforma para outros idiomas, porque o Brasil gostaria de participar do mercado competitivo de oferta de tecnologia para outras nações, começando principalmente, com espanhol, já que na América Latina o Brasil tem um protagonismo maior", explicou. Além do ambiente virtual, a iTec já programou alguns encontros presenciais com os participantes da plataforma. Os workshops, conhecidos como roadshows, deverão ser realizados em Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e nas cidades paulistas de Campinas, São Carlos, São José dos Campos e São Paulo. Também está previsto um encontro de negócios nos dias 28 e 29 de abril, em São Paulo, reunindo empresas e parceiros da ferramenta. O desenvolvimento da plataforma foi financiado pelo MCTI e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que divulgaram um edital para selecionar projetos que promovessem a interação entre os setores acadêmico e empresarial. A iTec foi elaborada pela Anpei.

REVISTA EXAME (25/03) Reduzir a maioridade penal é a solução para a criminalidade?

São Paulo - Nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados retomou o debate da redução da maioridade penal. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) realizou a primeira audiência pública para analisar a possibilidade de reduzir para


16 anos a idade mínima para que o acusado de um crime responda como responsável por seus atos. A discussão sobre o assunto já tramita na Câmara desde 1993 e provoca debates acirrados entre os que defendem e os que rejeitam a proposta. Desta vez não foi diferente. A sessão foi tão tumultuada que a audiência foi encerrada mais cedo após uma discussão entre os deputados Laerte Bessa (PR-DF) e Alessandro Molon (PT-RJ). O clima já era de tensão desde o início do debate, quando o plenário foi tomado por manifestantes. De um lado, mães de vítimas de violência cometidas por menores. Do outro, estudantes do ensino médio de escolas públicas de Brasília que exibiam faixas contra a proposta. Os favoráveis à redução da maioridade penal argumentam que, aos 16 anos, um jovem já tem discernimento suficiente para saber que está cometendo um crime e que, por isso, deve ser punido como adulto. Outro argumento é de que os adolescentes são, muitas vezes, usados como "escudos" por criminosos maiores de idade, que sabem que os mais jovens não serão punidos. Entre os que se opõem ao projeto, o argumento é de que a redução da maioridade penal não resolve o problema da criminalidade. Para eles, o Estado deveria investir em políticas sociais para evitar que os jovens entrem no crime. Para entender melhor os dois lados da discussão, EXAME.com conversou com um promotor de justiça do Ministério Público de São Paulo e com um professor de Direito da Universidade Mackenzie com visões opostas sobre o tema. Confira:

"Nós perdemos este menor. Ele não tem medo de ninguém, não tem medo da cadeia" Marcelo Luiz Baroni, promotor de Justiça Criminal da capital do Ministério Público de São Paulo. "Os menores hoje estão muito violentos. Eles não têm medo de atirar para matar porque sabem que se forem presos não sofrerão penas severas. É muito comum prender um sujeito maior de 18 anos que já teve mais de uma passagem na Vara da Juventude enquanto era adolescente. Eu acho que 16 anos é a idade ideal para a Justiça. Antes disso, os jovens não têm sequer corpo de adulto, não têm força para praticar o crime com violência. A partir desta idade, já têm formação de homem e se tornam homens violentos, mas sem responsabilidade penal.


Além disso, muitos adultos usam os menores para a prática de crimes, já que sabem que eles sairão impunes. O traficante sabe que, como não serão punidos, eles poderão agir livremente no tráfico sem que ninguém possa pôr a mão nele. Nós perdemos este menor. Ele não tem medo de ninguém, não tem medo da cadeia. Ele não tem nenhum tipo de estrutura familiar. Estão largados nas ruas, envolvidos até o pescoço com drogas e tráfico. Eles estão roubando e matando simplesmente para irem para o baile funk em carros e motos poderosas. Esses menores já andam com armas pesadas, como fuzil e pistola automática, e não têm o menor medo. Por isso, sou absolutamente favorável à redução da maioridade penal]." Humberto B. Fabretti, professor de direito penal da Universidade Mackenzie. "São vários os motivos que me fazem ser contra a redução da maioridade penal. O primeiro é que eu acho que esta é uma cláusula pétrea da Constituição Federal. Isto é, ela não poderia nem ser levada ao plenário para ser discutida. Quando o legislador fez a Constituição, ele colocou algumas questões que não queria que fossem discutidas novamente - e este é o caso da maioridade penal. Para modificá-la, teria que ser feita uma outra Constituição. Agora, do ponto de vista material, são três os principais pontos. Primeiro, eu acredito que a inserção destes jovens no sistema de punição dos adultos não vai mudar a realidade. Ou seja, não vai fazer com que eles cometam menos crimes. Segundo, os crimes graves, como os homicídios, praticados por menores não representam nem 1% dos crimes cometidos atualmente. Então, vamos acabar reduzindo a maioridade para colocar no sistema carcerário aqueles menores que praticarem furtos e roubos. Em vez de irem para a Fundanção Casa, eles irão para o sistema carcerário, que é tão ruim quanto. Além disso, o sistema carcerário brasileiro é horroroso e não recupera ninguém. Colocando estes jovens mais cedo lá só vamos conseguir colocá-los mais cedo no crime organizado. O último argumento é o de que já existe um sistema de responsabilidade criminal para estes jovens, que é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A gente costuma ouvir que o menor de 18 anos não tem responsabilidade penal, mas a partir dos 12 anos ele tem sim, o ECA. Então, há sim responsabilidade, ela só é diferente dos adultos, porque menores são diferentes dos adultos."


AGÊNCIA MINAS (24/03) Minas Gerais é pioneira na formação em música pela rede pública de ensino básico Único estado do Brasil com ensino público de música, Minas tem 12 Conservatórios Estaduais voltados para crianças, jovens e adultos; e atualmente conta com 30 mil alunos

Patrimônio histórico da humanidade, a musicalidade típica da cultura popular mineira envolveu, ao longo de mais de 300 anos, compositores, instrumentistas e cantores de diversos espaços, como igrejas, coretos das praças, teatros, festas, bailes, saraus eserenatas em sua construção. A sonoridade versátil de Minas Gerais inspirou o exgovernador de Minas Gerais (1951 e 1955) e ex-presidente do Brasil (1956 e 1961), Juscelino Kubitschek, a propor – na década de 50 – a criação de Conservatórios Estaduais de Música (CEM’s). Hoje, Minas Gerais é o único estado do Brasil que integra o aprendizado em música na rede pública de ensino e conta com 12 Conservatórios Estaduais de Música, geridos pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, localizados no interior do Estado, voltados para crianças, jovens e adultos. Atualmente, os CEM's têm 31.281 alunos regularmente matriculados. Os primeiros seis Conservatórios foram criados por Kubitschek na década de 50 nas cidades de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, Juiz de Fora e Visconde do Rio Branco, ambos na Zona da Mata, Pouso Alegre, no Sul de Minas, São João del-Rei, no Campo das Vertentes, e Uberaba, na região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. No entanto, a institucionalização dos Conservatórios foi realizada somente em 1961, com a entrada do governador José Magalhães Pinto, quando o Estado reiniciou os procedimentos de autorização para o funcionamento das escolas. A institucionalização nos moldes atuais ocorreu em 2011; no primeiro ano de existência já tinha 29.048 alunos em curso. O objetivo central do visionário Kubitschek para os Conservatórios Estaduais de Música era a ampliação da formação de profissionais e apreciadores de música envolvendo compositores, cantores e instrumentistas, buscando ampliar a cultura do povo mineiro. Agora, 65 anos depois do pontapé inicial, as escolas são uma realidade e uma opção de formação profissional - a nível médio. Os espaços trabalham por meio de audições, exercícios práticos e concertos, possibilitam que os estudantes participem de cursos como: 1) educação e sensibilização musical, abrangendo a formação inicial na área da música; 2) formação profissional a nível médio, com canto, técnica em instrumento; 3) cursos livres, com duração máxima de um ano letivo para atender as demandas específicas de capacitação de professores e requalificação de profissionais da música; 4) oficinas de


curta duração, onde são trabalhados temas e assuntos relacionados à música ou à educação musical; 5) além de atividades atividades em conjunto, visando o incremento da produção artística e cultural local dos Conservatórios, principalmente por meio da organização de grupos musicais para apresentações regionais. As vagas disponíveis nos CEM's são destinadas, em sua maioria, aos aos alunos matriculados ou egressos das escolas públicas de educação básica, com faixa etária entre 6 e 15 anos. Os jovens e adultos que apresentam nível de conhecimento e formação superior – em cursos técnicos ou superiores – na área da Música podem ser beneficiados neficiados em cursos livres de curta duração ou oficinas previstas nas programações de cada escola. Os Conservatórios fundados desde a década de 50 estão localizados nas cidades de São João del-Rei (1953) – o primeiro conservatório do Estado -,, Visconde do Rio Banco (1953), Juiz de Fora (1955), Pouso Alegre (1954), Leopoldina (1956), Montes Claros (1962), Ituiutaba (1967), Uberaba (1967), Uberlândia (1967), Diamantina (1970), mais um espaço em Uberlândia (1985), e Varginha (1985), contudo, é possível dizer que a música de Minas ecoa para muito além dos limites de nossa serras e montanhas, capaz de encantar e de inspirar novos talentos. Veja a evolução das matrículas nos Conservatórios nos últimos quatro anos:

Os primeiros Conservatórios Entre as primeiras escolas fundadas em Minas Gerais, na década de 50, está o Conservatório Padre José Maria Xavier, localizado na cidade de São João del-Rei, del Rei, no Campo Das Vertentes. O espaço foi o primeiro a ser oficialmente institucionalizado, e em 1º de março de 1953 deu-se deu a instalação dos cursos e a aula inaugural. Em 1960, passou a funcionar no atual edifício, situado na Rua Padre José Maria Xavier, 164, no Centro da cidade.


Criado inicialmente para dar suporte às orquestras bicentenárias da cidade, a “Lira Sanjoanense” (1776) e a “Ribeiro Bastos” (1790), atualmente, além dar continuidade a este propósito, ampliou sua área de atuação, e agora abrange a formação de músicos para grupos diversos, como bandas, grupos de câmara, grupos de música popular e de música sacra, afirma a supervisora Cristina Moraes. Segundo a aposentada Mariluse Ferreira de Andrade e Silva, 71 anos, o aprendizado em música é um complemento em sua formação tradicional como professora de filosofia. Ela estuda flauta transversal e teoria musical na escola. "Hoje vejo a música como um estudo que completa a formação humanista de qualquer pessoa. Como professora de filosofia ao longo da vida, percebo que a sensibilização que a música proporciona agrega na formação individual e, consequentemente, na social", observa a aluna. Para a pianista profissional, ex-aluna e atualmente professora de piano do Conservatório de São João del-Rei, Ananda Carolina Nicolau de Almeida, 34 anos, o estudo de música na rede pública do Estado definiu sua trajetória de vida. "Entrei no Conservatório aos sete anos de idade, fui alfabetizada em música ao mesmo tempo que na escola tradicional. Sou muito grata por ter estudado no Padre José Maria Xavier, onde descobri minha vocação. Hoje leciono na escola e posso enriquecer a vida de outros estudantes e futuros profissionais", comemora Ananda. O Conservatório participa ativamente dos eventos locais e regionais de São João del-Rei (UFSJ). Os grupos musicais participam de comemorações cívicas e religiosas em escolas e entidades públicas e privadas. Mantém parceria com a Universidade Federal de São João delRei, em diversos eventos. O Conservatório, com as diversas ações realizadas, pode ser considerado como uma das molas propulsoras da área cultural, educacional e do lazer da região. Outro Conservatório Estadual de Música fundado - entre os seis primeiros - e uma das primeiras escolas oficialmente instituídas na década de 50 e 70, respectivamente, está o Conservatórios Lobo de Mesquita, localizado na cidade de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. Em funcionamento desde 1951 e oficialmente instituído em 1971, possui vários grupos musicais, como o “Ad Libitum”, o “Lukerê”, o coral “Eny Assumpção Baracho”, o coral infantil “Chochofrê”, a “Orquestra de Cordas Dedilhadas”, a "Orquestra Experimental", e o “Grupo e Quarteto de Sax”. Ao longo de toda sua história o Lobo de Mesquita esteve presente nos eventos culturais, religiosos, sociais e políticos de Diamantina e região, realizando projetos e ações como a “Cantata de Páscoa”, a “Apresentação da Família”, o “Concerto Lobo de Mesquita”, o concurso “Pequenos Cantores, Grandes Talentos”, o “LoboFest”, o “Concurso de Guitarra”, a “Semana Lobo de Mesquita”, o “Circuito de Corais”, o show “Missa dos Quilombos” e o “Recital de Natal”. Sob direção de Vanessa Carballo Baracho Mota e dos vice-diretores Advânia Cardoso e Felipe Almeida, hoje, a escola atende a 1.630 alunos e conta com 48 professores, uma supervisora e 12 funcionários. Os cursos de bateria, cavaquinho, contrabaixo elétrico, flauta doce, flauta transversal, guitarra, percussão, piano, saxofone, teclado, trombone, trompete, violão, violino e violoncelo são oferecidos ao público. De acordo com a diretora da escola, a importância dos Conservatórios está alinhada com o nascimento da proposta, elaborada pelo seu mentor, Kubistchek. “Os Conservatório são


importantes para levar cultura à sociedade e impulsionar o desenvolvimento dos estudantes através de uma atividade lúdica”, afirma Vanessa. Avanço No início de 2015, a Secretaria de Estado de Educação se reuniu com diretores e representantes de grupos de apoio aos Conservatórios. No encontro foram apresentadas demandas específicas de cada unidade de ensino no interior do Estado. A nova gestão da secretaria, realizada pela secretária de Educação, Macaé Evaristo, deliberou a criação de um grupo de trabalho com participação representativa dos Conservatórios para tratar de suas especificidades. De acordo com a diretora de Projetos Especiais dos Conservatórios Estaduais de Música, Ivonice Maria da Rocha, o grupo de trabalho ainda está em fase definições. O grupo tomará, ainda neste semestre, decisões sobre quem serão os representantes e quais políticas educacionais serão implantadas nas escolas. A diretora aponta boas perspectivas na atuação do grupo. “Temos uma expectativa muito positiva, os Conservatórios atuam no desenvolvimento cultural de Minas e do Brasil, mas não têm sua dimensão de atuação reconhecida. Com o conhecimento das necessidades de cada escola, o grupo de trabalho poderá avaliar os quesitos individuais para o avanço da formação e da produção artística e cultural das escolas”, afirma Ivonice. “A arte é diferenciada no sentido do avanço social, e isso gera uma disposição integral de todos os agentes do governo de Minas Gerais para solucionar as possíveis lacunas no direcionamento das escolas para o avanço", completa a diretora. Mecanismos de fomento à música em Minas O Governo de Minas Gerais também possui outros mecanismos para dar visibilidade à música mineira. O mais novo mecanismo de fomento à música se destina a compositores, intérpretes e instrumentistas, de diversos gêneros e tendências musicais, o “Música Minas - Programa de Estímulo à Música” - lançado em agosto de 2008 e difundido por meio de editais - tem como objetivo criar ações sustentáveis para que a música produzida em Minas Gerais encontre um lugar expressivo no mercado estadual, nacional e internacional. O Fundo Estadual de Cultura e a Lei de Incentivo à Cultura de Minas Gerais também disponibilizam recursos para projetos na área musical, anualmente, também por meio de editais. O Estado investe, ainda, no projeto "Patrimônio Arquivístico-Musical Mineiro - PAMM", - uma pesquisa que resgata e disponibiliza, por meio de cerca de 15 acervos mineiros, destinados a Conservatórios e escolas de música, o ritmo Barroco de Minas tocado nas igrejas e saraus. O Governo de Minas Gerais fomenta, ainda, duas orquestras: a Sinfônica e a Filarmônica de Minas Gerais.


JORNAL DE NOTÍCIAS 25/03/2015 PÁGINA 7 | MONTES CLAROS | Nº 6870


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