Clipping 13 03 2015

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SEXTA-FEIRA (13/03) CORREIO BRAZILIENSE (13/03) Universalização do ensino médio ainda vai demorar 30 anos no Brasil Dados revelam que 1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos Caso as condições atuais do sistema não mudem, vai levar 30 anos para que uma educação de qualidade no ensino médio chegue a todos os jovens brasileiros. A constatação está em um estudo divulgado ontem pelo Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef), com base em dados estatísticos e uma pesquisa com 250 adolescentes de escolas públicas em seis cidades brasileiras. O cálculo foi feito a partir de uma média do ritmo dos avanços entre 2004 e 2014, período em que o percentual de adolescentes de 15 a 17 anos no ensino médio aumentou de 47,5% para 59,5%. Apesar da evolução no acesso e na permanência nesta etapa, o ensino médio ainda é o principal desafio do país. Cerca de 1,7 milhão de adolescentes de 15 a 17 anos estão fora das salas de aula. Entre os matriculados, 2,6 milhões — o equivalente a 31,1% — não cursam o ano adequado. Como reflexo, aos 19 anos, apenas 48,7% dos jovens conseguiram concluir essa etapa. Esses dados permitem inferir que a conclusão do ensino fundamental é um momento crítico para a questão do abandono escolar. Dentro da sala de aula, pesam infraestrutura precária, más condições de trabalho para os docentes, distância entre o currículo e a vida cotidiana e a falta de diálogo entre alunos, professores e gestores. Para Mário Volpi, coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes da Unicef no Brasil, a reprovação deve ser evitada, uma vez que é um fator de desestímulo para o aluno. “A escola tem que criar uma abordagem que, quando chegar em abril e se perceber que 10 de 35 alunos não estão conseguindo aprender, você invista nesses 10”, exemplifica. Ele destaca que é preciso acelerar o ritmo de inclusão, especialmente dos que abandonaram os estudos. A estudante Gabrielly Gusmão de Oliveira, de 17 anos, sente que há um descompasso entre as duas realidades e que a relação com os professores é o melhor caminho para estimular os alunos. “É uma forma para que a gente possa se sentir bem na escola, possa aprender, ser ouvido e também falar”, afirma. A moradora do Recanto das Emas está no 3º ano do ensino médio e acredita que essa é uma fase determinante, de construção da identidade de dos planos para a vida adulta. Ela sempre estudou em escolas públicas e pretende cursar psicologia em 2016.


JORNAL DO BRASIL (13/03) Entidades entregam ao governo carta pela universalização do acesso à internet A Proteste Associação deConsumidores e cerca de 60 entidades que participam da campanha Banda Larga é um Direito Seu apresentaram hoje (12) ao Ministério das Comunicações propostas para universalizar o acesso à internet. O documento, que foi entregue ao secretário-executivo do Ministério, Luiz Azevedo, abrange os principais pontos da campanha, que tem como objetivo combater o preço elevado, a lentidão e o pouco alcance do serviço e cobra do governo medidas para efetivar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Entre as propostas apresentadas para garantir o acesso à banda larga a todos, estão a oferta do serviço em regime público, especialmente no atacado, e a garantia da utilização dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) só em investimentos de infraestrutura para cumprimento de metas de universalização e a serviços prestados em regime público, além da revisão quinquenal dos contratos de concessão da telefonia fixa para garantir os princípios de universalização e modicidade. Outra proposta apresentada é a de recuperar o papel da Telebras como instrumento público fundamental para a condução de políticas públicas que tenham o objetivo de garantir a universalização do acesso à banda larga. “Este papel deve se dar tanto no âmbito do mercado, atuando na última milha em parceria com pequenos e médios provedores, comerciais e comunitários, para ofertar a conexão à banda larga onde a iniciativa privada não tenha interesse ou condições de fazê-lo, como também na construção e gestão da infraestrutura de rede para atender à crescente demanda de conexão em todo o país”. A otimização do uso da infraestrutura e a integração das ações das esferas federal, estadual e municipal estão ainda na pauta das entidades.Também é necessário, segundo o grupo, fortalecer instrumentos de regulação e fiscalização com independência em relação ao mercado, participação social e atuação rápida e eficaz. As entidades também querem que o governo elabore e implemente essas políticas com efetiva participação social. “É fundamental que a sociedade civil não empresarial seja integrada às discussões e possa acompanhar e influir de maneira incisiva nesse processo”, diz o documento apresentado. As entidades propuseram a realização de uma mesa de comunicação periódica entre sociedade civil, empresas e governo, que tenha tais políticas como objeto.


ESTADO DE MINAS (13/03) Pesquisadores defendem que a Terra entrou em nova era geológica Cientistas discutem se a ação dos humanos sobre a Terra a partir do milênio passado pode ser considerada uma nova era geológica, chamada Antropoceno Brasília – Não há dúvidas de que as atividades humanas podem ser sentidas e até medidas em escala global. Mas será que essa influência é tão forte quanto as antigas forças da natureza que transformaram para sempre a Terra? Pesquisadores da UniversityCollegeof London (UCL), no Reino Unido, dizem que sim. Em uma pesquisa publicada ontem na revista Nature, eles defendem que o planeta entrou numa nova época geológica, o Antropoceno, e afirmam ainda que ela começou pouco tempo atrás, no milênio passado. A discussão vem na esteira de um debate já antigo sobre a validade do Antropoceno como uma unidade do tempo geológico do planeta – que tem 4,5 bilhões de anos, divididos em centenas de eras, períodos e épocas. A proposta será avaliada em 2016 por um subgrupo da Comissão Internacional de Estratigrafia, órgão científico da União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS) que define normas para a escala do tempo na história da Terra. Enquanto não há consenso, pesquisadores de todas as partes do mundo esforçam-se para fortalecer as teorias que sustentam o Antropoceno, nome dado a uma época em que o homem, e não uma força natural, como um meteoro ou vulcão, é responsável pelas alterações no planeta. Um desses estudiosos é o professor Simon Lewis, do Departamento de Geografia da UCL. Ele liderou os pesquisadores em uma revisão de eventos históricos ocorridos nos últimos 50 mil anos para identificar quais assinaturas antropogênicas deixadas em registros geológicos preenchem os requisitos formais para o reconhecimento de uma nova época. Para isso, dois critérios precisavam ser obedecidos: alterações de longa duração na Terra e mudanças ambientais que fossem globais e estivessem gravadas em rochas e gelos antigos ou sedimentos do solo oceânico. Depois de verificar dezenas de possibilidades, os autores apontaram 1610 como uma


primeira data para o início do Antropoceno. Nesse ano, o mundo sentiu globalmente a colisão entre o Velho e o Novo Mundos. A chegada dos europeus à América em 1492 e o comércio global subsequente permitiram que espécies de plantas e animais pudessem cruzar oceanos e continentes, resultando em um novo ordenamento da vida em escala mundial. Intercâmbios assim, diz Lewis, são únicos em toda a história terrestre. Um exemplo é o do pólen de milho – espécie nativa da América Latina encontrada em 1600 em sedimentos marinhos da Europa. Além de alterar dramaticamente a dieta da humanidade, a chegada dos europeus à América causou uma grande redução das populações indígenas. Estima-se que existiam entre 50 milhões e 60 milhões deles vivendo no continente em 1492. Em 1650, 6 milhões tinham sido exterminados por doenças, guerra, escravidão e fome. Esses problemas desaceleraram as atividades agrícolas e o uso de fogo na América, fazendo com que os níveis de dióxido de carbono atmosférico sofressem uma queda incomum. Mais reviravoltas A segunda data proposta é 1964, quando o homem iniciou testes com armas nucleares. A radiação foi detectada em sedimentos marinhos e árvores. “Em 100 mil anos, os cientistas vão olhar para o registro ambiental e saber que algo notável ocorreu na segunda metade do segundo milênio. Eles não terão dúvidas de que as mudanças globais na Terra foram causadas pela própria espécie”, prevê Simon Lewis, afirmando que, hoje, é possível determinar quando e como se iniciou a nova época. “O Antropoceno provavelmente começou quando as espécies saltaram continentes. Nós, seres humanos, somos uma força geológica que pode alterar a Terra, como um meteorito”, diz. O início da Revolução Industrial, no fim do século 18, também é uma das datas contempladas pelos autores. Ele marca uma reviravolta na história humana ao possibilitar, por exemplo, o uso de combustíveis fósseis e o consequente aumento do dióxido de carbono na atmosfera. Apesar de forte, essa fase não tem nenhuma assinatura antropogênica relevante, talvez porque a industrialização foi forte na Europa, mas não globalmente.


Reinaldo Bertini, paleontólogo da Universidade Estadual Paulista de Rio Claro, acredita que, ainda que relevante, os marcadores de 1610 e 1964 não são suficientemente fortes. “Para que o Antropoceno seja oficializado, a Comissão Internacional de Estratigrafia precisa encontrar marcadores consistentes em rochas e em outros sedimentos, o que é impossível porque tudo é muito recente. Como é difícil localizar assinaturas ocorridas há algumas centenas de anos, acredito que o Antropoceno não será formalizado”, opina. Efeito político Roberto Lima, professor de antropologia da Universidade Federal de Goiás, observa que a teoria de Lewis pode ser mais política do que geológica. “É um problema que tem implicações políticas grandes porque altera a maneira como são pensados os tempos geológicos. A questão é que nada surgiu de novo nesse período, não surgiu nenhuma outra espécie. Algumas desapareceram e se fala em uma sexta extinção de massa, mas, talvez, isso não seja suficiente”, avalia. Professor de história do Colégio Presbiteriano Mackenzie, em São Paulo, Fábio Lage explica que toda periodização na história e na geografia considera também pressupostos políticos. “Quando excluem a agricultura, por exemplo, tentam desconsiderar um fenômeno global para colocar em pauta os europeus. Eu vejo uma tentativa de minimizar a importância do neolítico, excluindo a participação de outras sociedades na transformação do meio ambiente”, critica. O geólogo Mark Maslin, coautor do estudo, reconhece que o conhecimento mais difundido de que as ações humanas estão conduzindo profundas alterações na infraestrutura da Terra tem implicações filosóficas, sociais, políticas e econômicas. “Mas não deveríamos nos desesperar porque o poder que os seres humanos exercem é diferente de qualquer outra força da natureza. É reflexivo e pode ser retirado ou modificado. A primeira etapa para resolver a relação perniciosa do homem com meio ambiente está em reconhecer isso.”


PORTAL TERRA (13/03) Telecomunicações: conheça as novas regras para o consumidor A partir de agora as operadoras precisam disponibilizar, em sua página na internet, espaço reservado para que o consumidor tenha acesso a vários serviços e documentos Entrou em vigor nesta semana uma série de novas regras do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações (RGC), aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A partir de agora as operadoras precisam disponibilizar, em sua página na internet, espaço reservado para que o consumidor tenha acesso a vários serviços e documentos. Também devem oferecer informações referentes ao perfil de consumo, como por exemplo, velocidade contratada e quantidade de dados consumidos. A prestadora passa ainda a efetuar a gravação de todas as ligações realizadas entre ela e o consumidor, assim como disponibilizar na sua página na internet um mecanismo de comparação de seus planos de serviço e o relatório detalhado dos serviços. De acordo com o regulamento, que vale para empresas de telefonia fixa e móvel, internet e TV por assinatura, o espaço reservado ao consumidor na internet deverá conter cópia do contrato, plano de serviço, oferta e contrato de permanência; referência a novos serviços contratados; documentos de cobrança dos últimos 6 meses; relatório detalhado dos serviços prestados dos últimos seis meses; opção de solicitação de cópia da gravação de suas interações com a prestadora; histórico de demandas registradas nos últimos seis meses; acompanhamento uso do serviço contratado, perfil de consumo dos últimos três meses; registro de reclamação, solicitação de serviços, pedidos de informações e rescisão de contrato, ou qualquer outra demanda relacionada ao serviço da prestadora. A cópia do conteúdo disponível no espaço poderá ser encaminhada para o e-mail do consumidor. O perfil de consumo prevê acesso a informações como velocidade contratada e quantidade de dados consumidos, quantidade de mensagens consumidas, minutos


consumidos na modalidade local e longa distância. Esses dados permitirão ao consumidor ter uma visão geral de como utiliza os serviços e escolher de forma consciente o plano de serviço que lhe parecer mais interessante. Sobre a gravação, o consumidor pode solicitar uma cópia da gravação feita e a operadora deve disponibilizá-la em até 10 dias. Essa solicitação pode ser feita em qualquer dos canais de atendimento da prestadora, inclusive pela internet. No relatório detalhado, a operadora deve disponibilizar informações como o número chamado ou do destino da mensagem; a data e horário do início da chamada ou do envio da mensagem; o volume diário de dados trafegados, entre outros itens.

O TEMPO (13/03) Travestis e transexuais poderão usar o nome social em escolas e cursos De acordo com a resolução, todos os documentos, formulários e sistemas de informações das instituições deverão registrar o nome social informado pela pessoa A partir desta quinta-feira (12), transexuais e travestis poderão exigir o uso do nome social em estabelecimentos e redes de ensino de todo o país. Uma resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos LGBT (CNDC/LGBT) publicada no "Diário Oficial da União" nesta quinta determina regras para o registro e convivência em escolas de todos os níveis e modalidades. De acordo com a resolução, todos os documentos, formulários e sistemas de informações das instituições deverão registrar o nome social informado pela pessoa e todos deverão ser chamados oralmente pelo nome escolhido, sendo vetado qualquer tipo de objeção de consciência. Estudantes adolescentes menores de 18 anos poderão utilizar o nome social sem ter que apresentar uma autorização de seus responsáveis. A resolução determina ainda que seja garantido o uso de banheiros, vestiários e áreas do tipo de acordo com a identidade de gênero de cada um. No caso de a instituição exigir o uso de uniforme, o estudante poderá escolher qual tipo quer usar.


BOLETIM DE OCORRÊNCIA Uma outra resolução do CNDC também publicada no "Diário Oficial" nesta quinta, determina que os boletins de ocorrência emitidos pelas autoridades policiais de todo o país devem passar a incluir campos para o preenchimento de dados de orientação sexual, identidade de gênero e nome social nos documentos. A resolução diz ainda que a orientação sexual deverá ser autodeclarada e deve ser registrada no momento do preenchimento do boletim de ocorrência.

REVISTA VEJA (13/03) Parceria entre Unicef e Itaú vai premiar projetos na área da educação Podem se inscrever escolas e ONGs parceiras com projetos no ramo da educação integral. Prêmios chegam a R$ 500 mil

Itaú abre inscrições para concurso e prêmio chega a R$500 mil(Thinstock/VEJA)

Estão abertas as inscrições para a 11ª edição do prêmio Itaú-Unicef, que premia projetos de parcerias entre ONGs (organizações sem fins lucrativos) e escolas públicas. Neste ano, podem se inscrever instituições parceiras que tenham projetos no ramo da educação integral. A Fundação Itaú Social e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) são os idealizadores do projeto. As premiação começarão em setembro, quando 32 projetos selecionados em todo o Brasil vão receber 50 mil reais cada um. Entre eles, os quatro melhores projetos regionais receberão uma premiação extra de 200 mil reais. O prêmio para o vencedor


nacional, que será anunciado em novembro, será de 450 mil reais, além dos 50 mil iniciais. Regulamento e inscrições, que poderão ser realizadas entre 12 de março e 4 de maio, estão disponíveis no site

do prêmio.

REVISTA EXAME (13/03) Brasileiros criam app que aproxima médicos e pacientes São Paulo - Um novo app promete usar a tecnologia para aproximar médicos e pacientes. Batizado de Docpad, o aplicativo criado por brasileiros foi lançado no começo do mês. Quem quiser usar o Docpad deve informar dados como tipo sanguíneo e plano de saúde. Após o cadastro inicial, o usuário pode usar seu perfil para salvar e compartilhar exames, criar uma lista de médicos de sua confiança e marcar consultas com profissionais que também usem o aplicativo. "Nossa ideia era criar um app que ajudasse as pessoas a cuidar da saúde de amigos e familiares", explicou em entrevista a EXAME.com Miguel Gaspar Pinto. Miguel é diretor de tecnologia da ThinkTank, startup que está por trás do app. Público Até o momento, o Docpad reúne cerca de 850 usuários. Segundo Miguel, a maior parte do público é formada por homens com idade entre 18 e 40 anos. "Nossa expectativa é que mais mulheres passem a usar o app no futuro", ele diz. Miguel explica que o modelo de negócios do aplicativo deve ser baseado em parcerias com planos de saúde. A ideia é oferecer versões turbinadas do Docpad para quem tem plano e manter uma versão gratuita do app com menos recursos. Em breve, o Docpad deve ganhar uma versão voltada para grávidas. Outro plano revelado por Miguel é investir na integração do app com dispositivos de computação vestível - como o Apple Watch. "Por meio de um gadget como Apple Watch, teremos como monitorar os batimentos cardíacos e recomendar ao usuário que vá ao médico quando ocorrerem as primeiras arritmias", ele explica.


Desenvolvido em parceria com pesquisadores da PUC-RJ, o Docpad foi apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) por meio do programa StartupRio. Até o momento, o app só está disponível paraAndroid na loja Google Play.

AGÊNCIA MINAS (12/03) Pimentel apresenta estudo sobre o orçamento do Estado para 2015 Após rever Orçamento apresentado pela gestão anterior, governo trabalha com déficit de R$ 6 bi. Áreas como saúde, educação e segurança, serão preservadas

O governador garantiu que, apesar das dificuldades, o governo vai manter os direitos dos servidores e a qualidade dos serviços nas áreas da saúde, educação e segurança

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, apresentou nesta quinta-feira (12/3), no Palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, estudo elaborado por sua equipe sobre o orçamento do Estado para 2015. O material irá subsidiar a Assembleia Legislativa na votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) que estima as receitas e prevê as despesas para este ano, sugerindo alterações na proposição encaminhada em setembro pela gestão passada. Durante a apresentação, Pimentel destacou a situação financeira do Estado e a existência de um déficit de R$ 6 bilhões no Orçamento deste ano. O Orçamento apresentado pela gestão anterior havia suprimido artificialmente o déficit ao superestimar receitas e subestimar despesas. “Queria alertar para o fato de que a situação financeira do Estado é grave”, declarou. De acordo com o estudo feito pelo governo, a receita antes estimada em R$ 72,4 bilhões será, na verdade, de R$ 68,3 bilhões, devido a uma superestimação de cerca de R$ 4 bilhões dos valores apresentada pelo governo anterior. Já as despesas, antes


calculadas em R$ 72,4 bilhões, serão R$ 1,9 bilhão maiores, chegando a R$ 74,4 bilhões. Dentro do déficit geral de R$ 6 bilhões, R$ 1,1 bilhão é referente a despesas de exercícios anteriores, ou seja, gastos assumidos pelo antigo governo sem a correspondente cobertura orçamentária. Uma das principais fontes de arrecadação do Estado, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), também estava superestimado. No estudo enviado à Assembleia Legislativa, a perspectiva é de uma receita de R$ 40,5 bilhões com o imposto, R$ 1,1 bilhão menor do que a previsão inicial. O governador garantiu que, apesar das dificuldades, o governo vai manter os direitos dos servidores e a qualidade dos serviços nas áreas da saúde, educação e segurança. “Agora, estamos entregando uma peça realista e factível. Vamos trabalhar para equilibrar as contas. Não vamos ferir neste trabalho nenhum direito dos servidores. Todos os aumentos que estão consignados em lei estão assegurados”, disse. “Quero assegurar à população que vamos prestar os melhores serviços possíveis em todas as áreas, apesar de os números não serem favoráveis”, completou. O governador estava acompanhado dos secretários de Estado de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, de Fazenda, José Afonso Bicalho, e de Governo, Odair Cunha, e do presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia, deputado Tiago Ulisses. O deputado e o secretário Odair Cunha foram encarregados de levar ao presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, os estudos realizados pelo Executivo mineiro Readequação O secretário Helvécio Magalhães afirmou que a situação herdada pela nova gestão “é constrangedora do ponto de vista orçamentário”. “Foi importante apresentarmos os dados históricos que mostram que o Estado vem acumulando nos últimos anos, das últimas gestões, déficits progressivos”, disse durante entrevista. Ainda segundo o secretário, a determinação do governador é a de trabalhar para readequar as contas e gerir melhor os recursos. “Nossa obrigação é trabalhar para reduzir ou otimizar as despesas e ampliar as receitas dentro do que for possível, articulando investimentos das estatais, do próprio governo, das operações de crédito e dando melhor uso a cada centavo”, salientou. Já o secretário José Afonso Bicalho negou que a atividade econômica do país tenha influenciado na realidade financeira encontrada pela nova gestão. “O orçamento que estamos reduzindo não tem nada a ver com a atividade econômica. Tem a ver com a expectativa que foi imposta no orçamento e é irrealizável”, declarou.

PORTAL CAPES (12/03)


Prêmio seleciona melhores trabalhos de ciência e sustentabilidade do país A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulga nesta quarta-feira, 11, oresultado do Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade, que seleciona as melhores teses e dissertações defendidas sobre o tema no país. Foram selecionadas quatro teses de doutorado e quatro dissertações de mestrado, todas apresentadas em 2013, que trazem ideias, soluções e processos inovadores para questões como redução do consumo de água e energia, redução de gases do efeito estufa (GEE), aproveitamento, reaproveitamento e reciclagem de resíduos e/ou rejeitos e tecnologia socioambiental com ênfase no combate à pobreza. Os trabalhos vencedores estão divididos em quatro grupos temáticos. No tema "Processos eficientes para redução do consumo de água e de energia", os trabalhos premiados foram o de Idelma Aparecida Alves Terra no doutorado e Victor SetteGripp no mestrado, ambos da Universidade de São Paulo (USP). O grupo "Aproveitamento, reaproveitamento e reciclagem de resíduos e/ou rejeitos" teve como vencedores Paula Fagundes de Gouvêa, da USP no doutorado e Denilson de Jesus Assis, da Unversidade Federal da Bahia (UFBA) no mestrado. O terceiro grupo temático "Redução de Gases do efeito estufa" premiou Bettina Susanne Hoffmann, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) no doutorado e Pieter de Jong da UFBA no mestrado. Já o grupo "Tecnologias socioambientais, com ênfase no combate a pobreza" teve como trabalhos vencedores a tese de Andréa Cardoso Ventura da UFBA no doutorado e a dissertação Felipe de Albuquerque Sgarbi da USP no mestrado. Premiação As teses e dissertações premiadas recebem passagem aérea e diária para o autor e um dos orientadores para que compareçam à cerimônia de premiação, que acontecerá em abril de 2015; certificado de premiação a ser outorgado ao orientador, coorientador (es) e ao programa em que foi defendido o trabalho; certificado de premiação e troféu


para autor; e auxílio equivalente a uma participação em congresso internacional para o orientador. Para os trabalhos de doutorado, está prevista também a premiação com bolsa para realização de estágio pós-doutoral em instituição nacional de até três anos para o autor da tese, podendo converter em um ano para estágio pós-doutoral fora do país em uma instituição de notória excelência na área de conhecimento do premiado, e a concessão de um prêmio adicional pela Vale ao autor da tese, no valor de R$ 15 mil. Para as dissertações de mestrado, bolsa para realização de doutorado em instituição nacional de até quatro anos para o autor da tese e prêmio adicional pela Vale ao autor da dissertação, no valor de R$ 10 mil. Histórico O resultado celebra a 3ª edição do Prêmio Vale-Capes de Ciência e Sustentabilidade. A premiação foi criada inicialmente a partir de parceria firmada durante a conferência Rio +20. A cerimônia da edição 2012 aconteceu em Belém e prêmio 2013 foi entregue no Rio de Janeiro. Acesse o resultado da edição 2014.


JORNAL DE NOTÍCIAS 13/03/2015 PÁGINA 5 | CIDADE | N° 6859



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