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Diretiva europeia sob bombardeio
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do_ Rio
Após a aprovação, em setembro passado, pelo Parlamento Europeu, da Diretiva de Direitos Autorais Digitais do Mercado Comum europeu, uma verdadeira campanha internacional capitaneada por grandes plataformas on-line vem bombardeando o acordo, ainda pendente de chancela pela Comissão Europeia e o Conselho Europeu. O artigo 13, que obriga YouTube e outros agregadores de conteúdos a instalar filtros de bloqueio para evitar o uso de conteúdos protegidos, é o mais atacado pelo conglomerado Google, que fala em censura. Outro é o artigo 11, que prevê pagamentos aos sites de notícias pelo compartilhamento de seus links em redes sociais como Facebook e Twitter. O discurso das grandes plataformas vem sendo encampado por supostas ONGs que dizem pregar a liberdade na internet. A expectativa delas, denunciada pelas associações de autores mundo afora, é tentar influir na redação final do documento.
Arrecadação global sobe 6%; no Brasil, 29,9%
A arrecadação de direitos autorais musicais cresceu 6% globalmente no ano passado, segundo relatório da Cisac, alcançando € 8,336 bilhões. Sétimo maior mercado do setor (com 3% do total mundial), o Brasil somou R$ 909 milhões. O crescimento da arrecadação na maior nação latino-americana foi de nada menos do que 29,9% em só um ano, graças “ao uso do repertório (musical) em produtos audiovisuais”, como novelas, séries e filmes, diz o documento.
China: bola da vez da música digital
Grandes gravadoras preveem um enorme salto no mercado formal chinês nos próximos anos, colocando-o como o segundo maior do mundo. É o que diz Simon Robson, presidente da Warner Music Asia. Em uma longa entrevista ao portal de notícias musicais Music Ally, ele falou sobre o peculiar uso das redes sociais para difundir as novidades musicais no gigante asiático. Ali, segundo afirma Robinson, só uma delas, a Douyin, tem mais de 150 milhões de usuários ativos diários compartilhando clipes musicais e canções, um volume que amplia as possibilidades de expansão da arrecadação na China apesar da lendária alta taxa de pirataria local.
Mais representatividade na música britânica
Mulheres, negros, asiáticos e outras “minorias” vêm ganhando voz no mercado musical britânico. É o que conclui um estudo da UK Music, órgão de promoção da música daquele país, divulgado em dezembro. Enquanto as mulheres chegaram ano passado a 49,1% do mercado (contra 45,3% em 2016), negros, asiáticos e outras minorias étnicas foram de 15,6% para 17,8%. O ganho de espaço, contudo, é desigual. Se, entre os jovens artistas, o avanço é maior (25,9% de minorias étnicas e 65,3% de mulheres entre cantores, compositores e músicos de 16 a 24 anos), os executivos ainda são esmagadoramente brancos e homens.
Bombou no cinema, bombou no streaming
O Spotify divulgou um dado que dá uma ideia do poder do audiovisual — através das trilhas sonoras — na promoção de canções. “Bohemian Rhapsody”, lançada em 1975 pelo Queen, é a música do século XX mais tocada na maior plataforma de streaming do planeta, e a média de idade dos seus ouvintes é inferior a 35 anos. Tudo graças ao sucesso mundial do filme homônimo, que reconta a trajetória da banda liderada por Freddie Mercury. A insólita estratégia de promoção da banda através do filme fez com que o perfil do Queen na plataforma chegasse a 40 milhões de ouvintes mensais, a maioria em São Paulo, Cidade do México e Santiago do Chile.
YouTube: primeira escolha para ouvir música
Um relatório da consultoria Midia Research divulgado em janeiro mostra como o YouTube virou, globalmente, a primeira escolha dos ouvintes de música. Mais de 55% das pessoas entrevistadas disseram ouvir canções regularmente através dos vídeos publicados nessa plataforma. Combinados, todos os outros serviços de streaming gratuito somaram 37%. No México, mais de 68% das pessoas disseram ouvir música no YouTube, contra 41% que disseram escutar rádio.