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TRIBUNA DO VALE

Política A-3

Quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Vagas ocupadas irregularmente motoristas não têm onde estacionar TRÂNSITO »Comerciantes usam objetos para demarcar área de carga e descarga sem sinalização Maurício Reale

O mecânico Carlos Roberto de Melo precisa estacionar todos os dias nas proximidades do colégio Santa Terezinha, na aven i d a O l ive i r a Mot a , e m Santo Antônio da Platina, por volta das 16h30, para buscar o filho de nove anos. Ele gasta, em média cerca de dez minutos para achar uma vaga próxima ao colégio, mas a demora costuma aumentar quando uma vaga está ocupada irregularmente. É comum flagrar diariamente no centro da cidade vagas ocupadas por comerciantes que delimitam com

cones um local público que fica em frente ao estabelecimento comercial. Também não é raro encontrar motos ocupando vagas destinadas a carros, material de construção às margens das ruas ao lado de obras e até caçambas colocadas em áreas destinadas a idosos e deficientes físicos. “Já é difícil achar uma vaga no centro no horário comercial e a situação piora quando vagas que poderiam ser ocupadas por carros são guardadas para outro fim”, reclama o mecânico. Numa rápida passagem pelas ruas centrais da cidade na manhã de ontem, a reportagem flagrou duas vagas demarcadas por cones em frente a duas lojas de móveis, duas motos ocupando vagas destinadas a carros, tábuas utilizadas numa construção ocupando a lateral de uma rua e uma caçamba em frente a uma agencia bancária colocada em cima de uma vaga destinada a idosos. Segundo o diretor municipal de Trânsito, Orlando Pimentel, há um convênio

Antônio de Picolli

Tábuas utilizadas em construção tiram vagas de pelo menos dois veículos

entre a prefeitura e a Polícia Militar que é responsável pela aplicação das multas. Ele explicou que as sinalizações na cidade obedecem ao Código de Trânsito Brasileiro (CTB), mas admitiu que há casos em que determinados procedimentos são feitos irregularmente por alguns comerciantes. Utilizar materiais como caixas, cones ou fitas para

delimitar uma área de carga e descarga é proibido. O CTB determina que estes lo cais s ejam sina lizados com pl ac as indic ando o horário para que este tipo de serviço seja realizado. O mesmo vale para embarque e desembarque, que deve ser sinalizado com placas no local. “O comerciante que delimitar locais para carga e

»S. A. PLATINA

»TCE

Ritti deixou hospital e encontra-se na casa de um filho

A partir de agora, qualquer cidadão paranaense pode fiscalizar os repasses feitos por entes e órgãos públicos municipais e estaduais a entidades do chamado terceiro setor – entidades privadas sem fins lucrativos e com perfil assistencial, como Oscips, ONGs, Organizações Sociais e outras. O controle pode ser feito a partir da página do TCE na internet. Entrando, por exemplo, com o nome do município repassador, estarão disponíveis informações como o nome do tomador, data do repasse, valores e identificação do termo de convênio. Para ter acesso aos dad o s , o i nt e re s s a d o d e ve entrar no portal do TCE na internet, em www.tce. p r. g ov. b r, c l i c a r n a a b a “Cidadão” e, em seguida, em “C onsulta a Transferências Voluntárias”, situada no menu que se abre à esquerda. Para encontrar as informações, basta digitar um dos parâmetros de

descarga por conta própria está sujeito à multa e o próprio motorista pode tirar os materiais e estacionar”, explica o diretor. Ele também informou que já há um estudo para mapear os locais onde este tipo de serviço é realizado para sinalizá-los. O empresário Luiz Alberto Pereira Leite é proprietário de uma loja no centro da cidade onde o local para

carga e descarga ésinalizado. Ele diz que o movimento de motoristas que procuram vagas é intenso e não acredita que o problema seja resolvido em curto prazo. “Aumentou demais o número de veículos circulando e realmente já é necessário locais no centro destinado a estacionamento”, pontua. O empresário tem razão, em Santo Antônio da Platina, em um ano, houve um aumento de 7% na frota de veículos. O município – que tem uma população de 42,8 mil habitantes – registra 22,2 mil veículos, praticamente um carro para cada dois habitantes. A situação se repete em outras cidades da região como Jacarezinho e Ibaiti. De acordo com Pimentel, a prefeitura deve investir, por meio de um convênio com o Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran), em melhorias na sinalização das ruas da cidade. O objetivo é instalar placas em todas as ruas – inclusive placas aéreas, que ficam no alto fixadas por duas hastes laterais – para facilitar a visualização.

José Ritti tem alta hospitalar Cidadão pode fiscalizar transferências pela internet Da Assessoria

Da Redação

Depois de mais de um mês internado, o ex-prefeito de Santo Antônio da Platina, José Ritti Filho teve alta do hospital Evangélico de Londrina na semana passada. Segundo informações de amigos, ele encontra-se na casa de um de seus filhos, em Londrina. Ritti teve complicações graves pulmonares. Inicialmente, foi internado no Hospital Nossa Senhora da Saúde, em Santo Antônio

da Platina. Em seguida foi para a Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa de Misericórdia de Jacarezinho, onde ficou uma semana. No dia primeiro deste mês, o ex-prefeito foi transferido para a UTI do Hospital Evangélico, onde ficou mais oito dias. No dia 9, as notícias da assessoria do Hospital já davam conta de uma melhora significativa. Ele havia deixado a UTI e sido levado para um quarto, sem uso de medicamentos controlados

e respirando naturalmente. José Ritti foi prefeito de Santo Antônio pela primeira vez em 1988. Concluiu o mandato em 1992, quando conseguiu eleger sua esposa, na época, Eni Ritti. Ficou doze anos fora da política, quando em 2004, elegeu-se novamente prefeito da cidade, mas acabou sendo acusado de uma série de irregularidades. Dessa data em diante, Ritti se afastou da política e também dos amigos, preferindo o isolamento.

pesquisa solicitados. “Este novo serviço é mais uma iniciativa que fortalece a transparência do Tribunal e o acesso à informação pública”, comenta o presidente do órgão, conselheiro Artagão de Mattos Leão. O sistema de consulta foi desenvolvido, em dois meses, pelos técnicos da Diretor i a de Te cnolog i a da Informação (DTI), em conjunto com os servidores da Diretoria de Análise de Transferências (DAT) do TCE. “As informações que permitem a consulta são fornecidas pelas próprias entidades repassadoras e tomadoras. Elas são obrigadas a prestar contas, eletronicamente, por meio do Sistema Integrado de Transferências (SIT)”, explica Sandra Maritza Becher de Oliveira, titular da DAT. A ferramenta também foi desenvolvida pelo Tribunal. O TCE fiscaliza, atualmente, 4.134 entidades. O valor dos repasses chega a R$ 3,6 bilhões. Para que o sistema seja usado de forma correta,

a DAT, c om o ap oi o d a Escola de Gestão Pública do TCE, tem ministrado cursos constantes de capacitação, em todo o Paraná. Somente neste ano, até o di a 13 de agosto, foram seis encontros, nas cidad e s d e Telê ma c o B orb a , Francisco Beltrão, Campo Mourão, Londrina, Paranavaí e Curitiba. Ao todo, 1136 pessoas foram capacitadas, em temas que vão da formalização do ato de convênio, até a execução e a prestação de contas. Ofício Na segunda-feira (26) o TCE, por meio da DAT, começou a oficializar as e nt i d a d e s qu e e s t ã o e m atraso com o fechamento das informações de conv ê n i o s j u n t o a o S I T. A partir do recebimento da comunic aç ão, el as terão dez dias para regularizar os registros no Sistema, sob pena de ter instaurada u m a Tom a d a d e C ont a s Extraordinária. Os gestores resp onsáveis estarão sujeitos, ainda, a sanções administrativas.

»JACAREZINHO

Vereadores cobram qualidade nos serviços da Sanepar Da Redação

Os vereadores de Jacarezinho se reuniram na semana passada com a direção regional da Sanepar para cobrar mais qualidade nos serviços prestados pela empreiteira terceirizada da empresa. Segundo a vereadora Luciane Aparecida Alves (PT), os recortes feitos na pavimen-

tação asfáltica e nas calçadas da cidade para serviços de ligação de esgoto, consertos, encanamentos e outros, são mal acabados deixando as vias irregulares e até com pedras soltas. “Os operários abrem os buracos e na hora fechá-los deixam a pavimentação ‘mascada’, irregular, horrível. Desse jeito, nossas ruas nunca ficarão boas. Já

entrei até em contato com o Ministério Público para denunciar esse serviço. É nosso dinheiro sendo jogado no ralo”, desabafou. Para a vereadora, o problema não é exatamente contra a Sanepar, mas sim contra a terceirizada. “Acredito que a direção regional da Sanepar não tinha conhecimento disso. Por isso fizemos essa reunião

e pedimos uma providência imediata”, disse contando que participaram da sessão, o gerente regional de Santo Antônio da Platina, Gandy Ney e Camargo e equipe de Londrina da Sanepar. O acordo, segundo a vereadora, foi marcar um dia para que vereadores, moradores e funcionários da Sanepar visitem as obras e avaliem os serviços.

‘Acredito que essa visita ocorra na próxima semana”, afirmou. O gerente regional da Sanepar, Gandy Ney de Camargo disse que está esperando a vereadora marcar a data para a visita. “Vamos fazer um tour pela cidade para avaliar as obras. Se realmente se constatar os problemas relatados na Câmara, vamos tomar as providências neces-

sárias. Mas precisamos fazer a vistoria com olhar técnico. Saber se o serviço foi realizado de maneira correta ou errada. Muitas vezes, a pessoa não tem noção do tipo de serviço que tem que ser feito em determinados locais, são questões técnicas. Mas, com certeza, vamos fazer essa vistoria. É de nosso interesse”, garantiu.


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