NOVEMBRO DE 2013
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TRIBUNA DO DIREITO
ANOS Nº 249
SÃO PAULO, JANEIRO DE 2014
R$ 7,00 CORRUPÇÃO
Preocupações do Ano Novo PERCIVAL DE SOUZA, especial para o "Tribuna"
B
RASÍLIA – O Ano Novo dos brasileiros terá atenções fixadas para a Copa do Mundo, em junho, e as eleições de outubro, mas no meio de ambos os caminhos, tirando a atração do futebol e suas seleções e os pleitos que poderão provocar mudanças em Executivos e Legislativos, existem as preocupações com a melhor distribuição da Justiça, que entre outros pro-
blemas enfrenta as consequências de uma sensação de insegurança pública que permeia a vida dos brasileiros. É o cenário de 2014, repleto de vergonhas disfarçadas de “jeitinhos” à brasileira. O câncer da corrupção, por exemplo, continua devastador, e segundo o ministro chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, seria um equívoco imaginar-se que a Ação Penal 470, mais conhecida como mensalão, tenha exercido efeitos profiláticos em formato concentrado. Segundo Hage, falando em solenidade no Dia Internacional de Combate à Corrupção, “está muito longe de termos condenado os símbolos da corrupção no Brasil”. Sem mencionar nomes, o ministro afirmou que na comparação com os réus do mensalão existem “casos piores”. E o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, complementou: “A corrupção vai além de ações atomizadas. Esse fato contribui, mas não será determinante para mudar o paradigma do combate à corrupção.” Segundo a 5ª Câmara de Coordenação e Revisão da Procuradoria Geral da República, durante o ano de 2013 o Ministério Público Federal propôs 2.240 ações de improbidade administrativa. Os Estados que tiveram o maior número de ações para preservação do patrimônio público são Bahia, Maranhão e Paraíba. Mas vários escândalos de corrupção explodiram em outros Estados. Em São Paulo, por estímulo da deleção premiada descobriu-se uma máfia de fiscais incrustada na Prefeitura, achacando na cobrança de Imposto Sobre Serviço (ISS) para concessão de habite-se. Acertos fechados entre 2010 e
2011 revelaram que várias empresas pagaram cerca de R$ 29 milhões em propina para burlar o pagamento de até R$ 59 milhões aos cofres públicos. O rombo total, conforme as investigações do Ministério Público, chegou a RS 500 milhões. Representantes de uma incorporadora admitiram ter pago R$ 4,1 milhões na conta da empresa de uma ex-mulher de um fiscal, mas declararam terem sido “vítimas de extorsão”.
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