BolanoBarbante 54ª edição

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O semanário do futebol

Ed. Nº54 - Ano II - Belo Horizonte - 30 de junho a 6 de julho de 2014

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Reescrevendo a história O BolanoBarbante mostra a superação de Júlio César, duramente criticado no Mundial de 2010, e analisa a Colômbia, próximo adversário do Brasil na Copa

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foto: rafael ribeiro/cbf

Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

Neymardependência? Leia o que os companheiros do camisa 10 acham sobre a grande responsabilidade do atacante 3

Copa

Durante esta edição do Mundial, os minutos de acréscimos ajudaram a mudar o panorama de alguns jogos 4

Copa

O atacante James Rodríguez, de 22 anos, é o artilheiro da Copa e o principal destaque da Colômbia 5

Copa

A canção “País do futebol”, de MC Guimê, conta com a participação de Neymar no clipe e virou hino da torcida 8


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Contra-ataque Leovegildo Leal - leoleal@bolanobarbante.com

A sorte também joga Editorial

S

Caro leitor,

A

Copa está afunilando e começa a definir seus candidatos ao título. E como está disputada a 20ª edição do Mundial da Fifa! Dentro de campo presenciamos grandes espetáculos proporcionados por seleções que surpreenderam neste torneio. Que o diga a Colômbia com o seu belo futebol, mais uma seleção que fortalece o domínio dos sul-americanos na atual competição. Dentre os destaques, não podemos deixar de citar também a Costa Rica, que chegou às quartas. Vale ressaltar ainda a bonita invasão que os povos da América do Sul têm realizado no Brasil. Torcedores de todos os países estão lotando os estádios nos jogos de sua seleção. Afinal, na fase mata-mata, todo apoio é fundamental. Entretanto, fora de campo, nem tudo está uma maravilha. Foi lamentável a briga protagonizada por uruguaios e colombianos na Fan Fest do Rio de Janeiro, após a eliminação da Celeste no Maracanã. Felizmente nada de grave aconteceu. Em Belo Horizonte, a festa foi verde-amarela após a vitória suada contra o Chile. As ruas da cidade foram tomadas pelos torcedores que relaxaram depois de sofrerem muito no jogo.

tável como o técnico (?) Luís Felipe Scolari não consegue ver o que todo mundo já viu e há muito tempo. No ataque, soou tragicômico o pedido desesperado de Neymar, captado por meio de leitura labial: “Preciso de apenas uma bola, me mandem pelo menos uma bola.” E ninguém mandou sequer uma maldita bola para Neymar, indiscutivelmente um craque excepcional. Mas ninguém ganha jogo com apenas um craque, mesmo que excepcional. É mentira que Garrincha ganhou sozinho em 1962, que Maradona ganhou sozinho em 1986, que Romário ganhou sozinho em 1994 etc. etc. Tudo bobagem inventada por uma imprensa esportiva majoritariamente composta por meros fanáticos que pouco ou nada entendem de futebol. Que, então, a Seleção faça todas as rezas, apele pra todas as crendices e continue acreditando na sorte se pensa de fato em ganhar a Copa. Não dá mais tempo pra se montar uma verdadeira Seleção Brasileira de Futebol.

ejamos realistas: pelo jogo apresentado até agora a Seleção só conquistará mesmo a Copa jogada em sua casa se continuar contando com a sorte. Sorte que se fez presente de maneira decisiva na partida contra o Chile. Depois de jogar um futebol em ambos os tempos, com brevíssimos intervalos daquele verdadeiro futebol de outras épocas, nos instantes finais da prorrogação o goleiro Júlio César, já vencido no lance, viu uma bomba disparada pelo chileno Pinilla explodir em seu travessão. Nos pênaltis, o mesmo Júlio César, um goleiro apenas mediano, exibiu sua única – mas fundamental no caso – qualidade: saber esperar o cobrador definir o canto para depois buscar a defesa. É inacreditável como a grande maioria dos goleiros adotou a estupidez de “escolher o canto”. Pênalti bem batido não tem defesa, não adianta tentar adivinhar pra onde vai a bola antes da batida. Rigorosamente, tivemos apenas um pênalti bem batido na decisão, aquele cobrado pelo chileno Rojas no ângulo esquerdo. Todos os demais eram defensáveis. E agora? Continuar contando com a sorte. É o que sobra à Seleção Brasileira. Mais uma vez o time mostrou graves debilidades defensivas, a maior delas a ausência de um sistema de cobertura, quer pelo meio quer pelas laterais. É inacredi-

De primeira – Este rapaz Luís Suárez, do Uruguai, merece a punição que sofreu. A se institucionalizar a mordida, o futebol vira uma sórdida molecagem. Também é aconselhável que procure um psiquiatra. Seguramente estamos diante de um retardado emocional.

Expediente Diretor de Marketing, Projeto Gráfico e Diagramação Tiago Haddad 15.374/MG-JP

Diretor de Redação e Editor Responsável Ramon Lopes 14.361/MG-JP

Redator Tiago Haddad

Repórteres Daniel Ottoni 15.729/MG-JP

Guilherme Guimarães 16.054/MG-JP

Colaboradores Gabriel Pazini Matheus Franchini Ruy Viana

Impresso em papel jornal pela Sempre Editora

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Copa do Mundo

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O peso nas costas de Neymar Neymar fez quatro dos sete gols do Brasil na Copa e carrega o status de “Salvador da pátria” em busca do hexacampeonato Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

Guilherme Guimarães

O

s maiores jogadores que o futebol apresenta na atualidade estão reunidos no Brasil para a disputa da Copa do Mundo. Praticamente todos os craques do planeta bola se encontram em solo brasileiro e não desgrudam os olhos da taça de campeão mundial, troféu dos mais cobiçados no esporte. No caso da Seleção Brasileira, Neymar é o grande astro, jogador que pode decidir o jogo e que a torcida deposita suas esperanças. Porém, quando o camisa 10 não desequilibra, o time comandado por Felipão também não vai bem, como aconteceu diante do Chile, nas oitavas de final. Se no passado o time verde e amarelo teve nomes como Pelé, Garrincha, Tostão, Zico, Sócrates, Romário, Bebeto, Rivaldo e Ronaldo, hoje, o jovem Neymar carrega a principal responsabilidade e, por isso, é exaltado por seus companheiros de equipe, que buscam o hexacampeonato. “O Neymar é o craque da Seleção, o jogador que, inspirado, pode decidir uma partida em nosso favor. Estamos dando todo o apoio para que ele possa fazer o melhor dentro de campo, nos ajudar e, principalmente, ajudar o Brasil”, disse o volante Ramires. Além de Neymar, outros atletas que valem cifras estratosféricas e são grandes tesouros para suas seleções vivem situações parecidas. A importância desses jogadores fazem deles “salvadores da pátria”. Quando a situação aperta durante o jogo, é deles a principal responsabilidade de fazer uma jogada genial ou até mesmo um gol inesperado para alcançar a vitória, que nesta fase mata-mata do Mundial, significa a permanência no torneio. Jogador de ouro Protagonista da Seleção Canarinho, Neymar é o centro das atenções no Brasil. Porém,

o atleta também é destaque na lista dos jogadores com maior valor de mercado que disputam a 20ª edição da Copa do Mundo. O jogador do Barcelona-ESP aparece na terceira colocação, avaliado em R$ 182 milhões. O camisa 10 do Brasil está atrás apenas do argentino Lionel Messi (R$ 362 milhões), eleito por quatro vezes consecutivas o melhor jogador do mundo, e Cristiano Ronaldo (R$ 302 milhões), atual melhor do mundo eleito pela Fifa, mas que já se despediu da competição após Portugal ser eliminado na primeira fase do torneio. Opinião da equipe Os números de Neymar até o momento na Copa do Mundo realmente o credenciam como grande astro da Seleção Brasileira. Apesar de não ter balançado as redes diante do Chile na dramática classificação para as quartas de finais, o atacante marcou quatro dos sete gols do time de Felipão. Os outros tentos foram assinalados por Oscar e Fred, no duelo diante da Croácia, e Fernandinho, na última partida da fase de grupos, contra a frágil seleção de Camarões. As atuações de Neymar, muito acima da média de outros jogadores da equipe, evidenciam uma dependência considerável do Brasil pelo craque, como afirma o meia Oscar, reconhecendo que seu companheiro tem grandes responsabilidades no time. Uma delas e talvez a principal é a de fazer gols. “Tenho feito boas apresentações, mas o meu papel não é fazer gol. Essa missão é do

Neymar, do Fred, do Hulk. Eu ajudo todos na frente, sem me esquecer dos que jogam atrás também”, explicou o meia do Brasil, que não atuou bem nas últimas partidas da Seleção. Concorrente de Oscar no setor, Willian, reserva de Felipão, já prefere não colocar todo o peso e a responsabilidade dos gols nas costas de Neymar. “A seleção tem grandes nomes. O Neymar é um baita jogador, um craque. Mas, estamos repletos de outros grandes atletas”, ressaltou o meia, que frequentemente entra no segundo tempo das partidas. Assim como Oscar, Luiz Gustavo, uma das grandes surpresas da Seleção, exalta o elenco brasileiro, mas também evita falar na grande dependência do time de Felipão em Neymar. “Hoje, podemos mostrar que temos 23 excelentes jogadores em um grupo maravilhoso. Essa é a essência do nosso grupo”, disse o volante, que está suspenso devido ao segundo cartão amarelo e não enfrenta a Colômbia, nas quartas de final da Copa.


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Copa do mundo

Mais minutos, por favor

Acréscimos no primeiro e segundo tempo das partidas têm seguido à risca regra da Fifa neste Mundial Foto: divulgação/hublot

Daniel Ottoni

A

Copa do Mundo no Brasil trouxe uma novidade que tem feito a diferença para que mais gols aconteçam e vitórias sejam consolidadas nos últimos instantes dos jogos. Por recomendação da FIFA, os árbitros estão dando minutos de acréscimo de acordo com o tempo das paralisações que acontecem durante a partida. A situação distingue bastante do que acontece, por exemplo, no Campeonato Brasileiro, quando os árbitros adotam um padrão de um ou dois minutos ao final do primeiro tempo e três no segundo, independentemente dos incidentes, com uma ou outra exceção. Algumas equipes como Holanda, Suíça, Argentina, Portugal e Grécia agradecem, pois foram justamente após os 90 minutos que gols destas seleções aconteceram, deixando-as em situação favorável ou menos complicada dentro da competição. Apenas como exemplo, Espanha x Chile e Holanda x México (nas oitavas) tiveram seis minutos de acréscimo, enquanto Inglaterra x Costa Rica e Portugal x EUA tiveram cinco minutos.

Isso não é uma determinação da FIFA e sim algo que sempre existiu no futebol. A entidade máxima do futebol reforçou essa orientação antes da Copa do Mundo e eles estão levando ao pé da letra

Arnaldo Cézar Coelho, ex- árbitro e comentarista “Foi um pedido da FIFA aos árbitros para que eles possam repor o tempo perdido de uma partida com mais minutos de jogo. A rigidez de quem comanda as partidas está acontecendo, mostrando que a solicitação está sendo atendida plenamente, fazendo prevalecer as normas do jogo”, declara, ao BolanoBarbante, José Eugênio, presi-

dente da Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol. Eugênio, na Copa, tem contato permanente com os árbitros que estão trabalhando nos jogos que acontecem no Mineirão. Ele é o responsável por acompanhá-los do hotel até o estádio, tendo a importante oportunidade de conhecer a realidade dos juízes de outros países. O ex-árbitro e hoje comentarista, Arnaldo Cézar Coelho também acredita que os juízes estão cumprindo, rigorosamente, o que as regras do jogo mandam. “Isso não é uma determinação da FIFA e sim algo que sempre existiu no futebol. A entidade máxima do futebol reforçou essa orientação antes da Copa do Mundo e eles estão levando ao pé da letra”, afirma ao BolanoBarbante. Uma das ideias desmistificadas sobre os acréscimos se refere ao número de substituições. Para cada uma delas, normalmente, se entende que devem ser somados 30 segundos ao tempo normal de jogo, fato negado pelo comentarista de arbitragem da TV Globo. “Isso não procede. Tem alteração que dura 10 segundos e outras que duram 40. É preciso que o árbitro dê o acréscimo de acordo com o tempo de parada do jogo. Esse padrão não existe”, explica Coelho. Exemplo Passada a Copa do Mundo, o Brasileirão retornará a todo vapor e o cumprimento da regra no que diz respeito a aplicação dos acréscimos pelos árbitros no Mundial pode servir de exemplo para os juízes que trabalham na competição mais importante do país, como acredita José Eugênio, presidente da Comissão de Arbitragem da FMF. “A presença de um Mundial sempre traz lições. Essa questão dos acréscimos será apenas uma delas. Tenho certeza de que, no segundo semestre, teremos jogos do Campeonato Brasileiro com mais minutos de duração, onde os árbitros darão o acréscimo de acordo com as paralisações”, projeta Eugênio. Por outro lado, Arnaldo Cézar Coelho preferiu se esquivar sobre o que pode acontecer no Brasileirão neste e nos próximos anos. Sem querer dar garantias, o responsável por apitar a final da Copa do Mundo de 1982 não deu certeza sobre o assunto. “Não posso me comprometer nesta questão, é outro departamento. Se vai acontecer ou não, só o tempo dirá”, finaliza.


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Copa do Mundo

O maestro Cafetero foto: Divulgação

Assim como Neymar, James Rodríguez começou cedo no futebol e logo se despontou como um grande talento Gabriel Pazini

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amisa 10, craque e grande nome não só da Colômbia, mas da Copa do Mundo até aqui, James Rodríguez é o principal jogador do adversário da Seleção Brasileira nas quartas de final do Mundial. Precoce como Neymar, o meia tem apenas 22 anos de idade e sustenta a artilharia da Copa com cinco gols em quatro jogos, além de duas assistências no torneio. Entre os tentos do camisa 10, está aquele que é o mais bonito do campeonato até aqui. No lance, Rodríguez matou a bola no peito e acertou um chutaço, de primeira, sem chances para o goleiro Muslera. O belíssimo gol abriu o caminho da vitória colombiana sobre o Uruguai por 2 a 0. Não é atoa, que após o triunfo sobre a Celeste Olímpica no Maracanã, o treinador da Colômbia, José Pekerman, não poupou elogios ao principal atleta do elenco. “Sempre apostei muito no James porque vi muito potencial. E o que mais surpreende é que, na sua idade, ele não tem dificuldade nenhuma de assumir responsabilidades”.

Sempre apostei muito no James porque vi muito potencial. E o que mais surpreende é que, na sua idade, ele não tem dificuldade nenhuma de assumir responsabilidades

José Pekerman, treinador da Colômbia Apesar de muitos tomarem conhecimento do atleta somente após as boas exibições no Mundial, o talento do camisa 10 dos Cafeteros e do Monaco, já é conhecido faz tempo, antes, inclusive, de James defender o Porto. Acompanhado de perto Desde muito jovem, o colombiano já cha-

mava a atenção por seu futebol. Quando ainda estava nas categorias de base do Envigado, James Rodríguez já era chamado de “El Nuevo Pibe”, em referência a Valderrama, maior jogador da história da Colômbia, que era conhecido como “El Pibe”. O talento do meio-campista era tamanho, que com 16 anos de idade, ele foi incorporado ao time profissional e fez sua estreia no Envigado. Rodríguez rapidamente se tornou titular e foi o principal nome do clube que conquistou a segunda divisão colombiana e consequentemente o acesso à elite do futebol do país. Novo desafio Como tudo em sua vida, a saída da Colômbia também foi precoce. James Rodríguez foi vendido ao Banfield, da Argentina, em 2008, apenas um ano depois de sua estreia como profissional no Envigado e o importante título da segunda divisão para o modesto clube. Mesmo com a pressão que James carregou em sua chegada à Argentina, o colombiano, mais uma vez, driblou as dificuldades e se deu bem. Apenas doze meses depois de sua transferência para o futebol argentino e ainda com 17 anos, Rodríguez se tornou titular e peça importante do Banfield. E mais uma vez assumindo o protagonismo, o meia comandou a equipe na conquista do torneio Apertura, o primeiro do time da Grande Buenos Aires. Mais uma vez, clubes do exterior correram atrás do talento do colombiano. A Udinese ofereceu 5 milhões de euros aos argentinos, mas o Banfield pediu mais, afirmando que era muito pouco pelo grande talento de James. Porém, seis meses depois, o Porto-POR contratou o jovem atleta por 5,1 milhões de euros. A quantia paga pelos portugueses foi um ótimo investimento pois, pelos Dragões, o meia foi multicampeão. Em agosto do ano passado, novamente o jogador foi envolvido em uma transferência, vendido ao Monaco por 45 milhões de euros.

Seleção das curiosidades A união da seleção colombiana é perceptível, assim como o talento de James Rodríguez e o bom futebol mostrado pelos Cafeteros dentro de campo. No entanto, alguns pontos fora das quatro linhas e não tão perceptíveis assim são interessantes, como a média de idade e o casamento do astro do time com a irmã de seu companheiro de equipe. A Colômbia tem a seleção mais “velha” da Copa, com média de idade de 28,6 anos, muito pela presença de Mondragón, goleiro reserva, que tem 43 anos, e Mario Yepes, zagueiro e capitão, de 38. No entanto, a média pode enganar, pois em sua maioria, a seleção é formada por jovens. O arqueiro titular, David Ospina, por exemplo, tem apenas 25 anos, enquanto James tem 22. Já Cuadrado tem 26. Cunhados Para completar, outra curiosidade interessante é a relação entre dois jogadores da Colômbia. Em 2011, James Rodríguez se casou com Daniela Ospina, irmã de David Ospina, goleiro e companheiro do camisa 10 na seleção. Além disso, o casal teve uma filha, que recebeu o nome de Salome, em 29 de maio de 2013. Ao contrário do que se pensa no senso comum sobre a imagem negativa dos cunhados, esse não é o caso dos companheiros de seleção. Amigos desde antes de jogarem juntos pela Colômbia, James Rodríguez e David Ospina mantém uma boa relação, que é muito celebrada pelo goleiro, principalmente agora, com o cunhado brilhando na Copa do Mundo.


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especial cop

De vilão a her

Depois das críticas da eliminação nas quartas de final do Mundial de 2010, para a Holanda, Júlio César deu a vo gabriel pazini

O

ditado “A vida dá voltas” é uma das máximas que pode ser aplicada ao goleiro brasileiro Júlio César. Injustamente ou não, o arqueiro era tido como um dos vilões do fracasso na Copa de 2010, mas virou herói quatro anos depois com uma boa atuação durante o tempo normal e duas defesas espetaculares na disputa de pênaltis contra o Chile, que classificou a Seleção Brasileira para as quartas de final do Mundial de 2014. Como não poderia ser diferente, Júlio César ficou completamente emocionado com a volta por cima, afinal ele era um dos nomes mais contestados da lista de Felipão. “A pressão é muito forte de jogar em casa, é complicado de falar do lado psicológico. Quatro anos atrás dei uma entrevista muito triste, chateado. Só Deus e minha família sabem o que passei e o que passo até hoje. Mas sei que minha história na Seleção não acabou. Faltam três degraus para o Brasil ter festa. Esse é meu grande sonho”, disse o goleiro logo após a exibição de gala.

Quatro anos atrás, dei uma entrevista muito triste. Só Deus e minha família sabem o que passei e o que passo até hoje. Mas sei que minha história na Seleção não acabou

Júlio César, goleiro da Seleção É justamente por isso que o goleiro precisa agradecer o treinador. Teimoso, Luiz Felipe Scolari é daqueles que insistem no erro. No entanto, mesmo com muitos questionamentos, o técnico bancou Júlio como titular e chances como essa não podem ser perdidas. “Me preparei psicologicamente. Emocionalmente, estou muito bem para essa Copa. Nunca deixo de agradecer ao Felipão, ao Parreira e à comissão técnica pelo apoio. O incentivo que venho recebendo dos companheiros também é incrível, com muito carinho e mensagens de apoio”. Precisa melhorar No entanto, não é sempre que Júlio César vai salvar o Brasil e a Seleção conseguirá se classificar com atuações ruins. O time precisa evoluir, e muito, se quiser vencer a Colômbia nesta sexta-feira (4), no Castelão, às 17h, e passar para as semifinais da Copa do Mundo. A Seleção ainda não empolgou, joga mal, apresenta vários erros e parece não ter alternativas, nem psicológico para reverter situações adversas. O grupo de jogadores é ótimo, dos melhores do Mundial, mas a equipe, que parecia tão bem definida antes do torneio, ainda não atuou bem na competição. Contra o Chile, por exemplo, o Brasil até fez

um primeiro tempo razoável e abriu o placar aproveitando a fraqueza chilena na bola aérea, mas depois da falha de Hulk e do gol de Sánchez, a equipe mostrou uma condição emocional muito fraca, desmoronando em campo e sendo dominada pelo rival.

Me preparei psicologicamente. Emocionalmente, estou muito bem para essa Copa. Nunca deixo de agradecer ao Felipão, ao Parreira e a comissão técnica pelo apoio

Júlio César, goleiro da Seleção

Entre os problemas do time de Scolari, o principal foi atuar com os setores muito distantes, dando espaço ao adversário. A equipe não joga de forma compacta e parece que são três blocos distintos: defesa, meio-campo e ataque, na qual os setores não conversam um com ou outro. Outra questão é a teimosia de Luiz Felipe Scolari. Contra o Chile, foi

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Estatística de Júlio César – Uma defesa durante o jogo contra o Chile, menos do que na disputa de pênaltis, quando defendeu duas cobranças – Atuou durante 390 minutos na Copa – Sofreu 3 gols em 4 jogos – Média de 0,75% gols sofridos por jogo – Júlio César é apenas o 30º goleiro que mais fez defesas na Copa do Mundo – O arqueiro brasileiro fez apenas 5 defesas nesta Copa

nítido que Hulk precisava sair e Willian deveria entrar para o Brasil ganhar mais o meio-campo e ter um meia para ‘dialogar’ com Neymar e Oscar, no intuito de aproximar mais os setores. A entrada de Bernard para ser uma válvula de escape pelos lados do campo também era necessária. Felipão, porém, não quis nem saber, teimou com suas convicções até o fim e manteve o mesmo time, independentemente da nítida percepção de que a equipe precisava de mudanças urgentes. Após a partida, a teimosia do comandante da Seleção Brasileira foi duramente criticada pela imprensa, principalmente porque em um elenco com 23 jogadores de alta qualidade, o treinador acabou mexendo muito mal na equipe e a derrota só não aconteceu por sorte. Na final da prorrogação, Pinila acertou o travessão e por pouco o gol de La Roja não aconteceu.


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pa do mundo

rói da Seleção

olta por cima e foi o principal responsável pela classificação brasileira sobre o Chile, nos pênaltis, no Mineirão

Fase Final

OITAVAS DE FINAL Sáb 28/06/2014 - 13:00 MINEIRÃO

Brasil Chile

(P)

1 3

QUARTAS DE FINAL

1 2

Brasil

Sáb 28/06/2014 - 17:00 MARACANÃ

Colômbia

2

Uruguai

0

Colômbia Sex 04/07/2014 - 17:00 Castelão (CE)

SEMIFINAIS Venc. Quartas 1

Seg 30/06/2014 - 13:00 Mané Garrincha

Venc. Quartas 2

França

Ter 08/07/2014 - 17:00 Mineirão

Nigéria

FINAL

Seg 30/06/2014 - 17:00 Beira-Rio

Alemanha

Dom 13/07/2014 - 16:00 Maracanã

Sex 04/07/2014 - 13:00 Maracanã

Argélia

Venc. Semifinal 1

Dom 29/06/2014 - 13:00 Castelão (CE)

Holanda

2

México

1

Venc. Semifinal 2 Holanda

Dom 29/06/2014 - 17:00 Arena Pernambuco

Costa Rica Grécia

Costa Rica

(P)

1 5 1 3

Sáb 05/07/2014 - 17:00 Fonte Nova

Ter 01/07/2014 - 13:00 Arena Corinthians

Argentina Suiça

3º LUGAR

Venc. Quartas 3

Sáb 12/07/2014 - 17:00 Mané Garrincha

Venc. Quartas 4

Perd. Semifinal 1

Qua 09/07/2014 - 17:00 Arena Corinthians

Perd. Semifinal 2

Ter 01/07/2014 - 17:00 Fonte Nova

Bélgica Sáb 05/07/2014 - 13:00 Mané Garrincha

EUA (P) - decisão na disputa de pênaltis

Colômbia faz história na Copa

Problema no meio campo Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Enquanto a Seleção Brasileira não agrada, a Colômbia é uma das sensações do Mundial. Após a merecida vitória e, até fácil, por 2 a 0 sobre o Uruguai, os Cafeteros fizeram história e chegaram pela primeira vez nas quartas de final de uma Copa do Mundo. O time tem 100% de aproveitamento no torneio, com quatro vitórias em quatro jogos, e o interessante é que apenas um triunfo foi por diferença de apenas um gol (2 a 1 na Costa do Marfim). Todas as outras vitórias foram largas: 3 a 0 na Grécia, 4 a 1 no Japão e 2 a 0 no Uruguai. Além disso, o jogo mostrado encanta. A Colômbia joga um futebol bonito, ofensivo, incisivo. São muitas trocas de passes e o time se movimenta muito, com os setores bem equilibrados em campo – exatamente o contrário do Brasil. E se, coletivamente, os Cafeteros estão bem, individualmente, a fase também é

excelente, com James Rodríguez e Juan Cuadrado jogando muita bola neste Mundial. Podem desequilibrar James foi eleito o melhor jogador da primeira fase da Copa e é o artilheiro do Mundial com cinco gols. Além disso, o camisa 10 deu duas assistências e contra o Uruguai marcou aquele que é o gol mais bonito do torneio até aqui. Cuadrado, por sua vez, deu quatro passes para gol em quatro jogos e é o coadjuvante que poderia muito bem ser protagonista, não fosse por James. Além dos meias, a dupla de volantes Sánchez e Aguilar fazem uma bela Copa. A defesa está bem e Ospina tem mostrado muita segurança debaixo das traves. Além disso, o técnico José Pekerman, que faz um belo trabalho na Colômbia, armou um excelente 4-4-2 para a sua equipe. Não bastasse o ótimo time considerado titular, os Cafeteros ainda contam com boas opções no banco, como, por exemplo, Guarin, meio-campista da Internazionale de Milão.

Luiz Gustavo levou o segundo amarelo e está fora do próximo confronto

Como se não bastassem todos os problemas que precisam ser corrigidos, o Brasil não poderá contar com Luiz Gustavo, seu meio-campista mais regular nesta Copa, contra a Colômbia. Suspenso, o volante vai desfalcar o time, e as opções para sua vaga são Hernanes, Ramires e Paulinho. O ideal seria a entrada de Hernanes, com Fernandinho atuando como primeiro volante, como é no Manchester City, e Hernanes como o segundo volante. Os dois têm qualidade para defender, armar e chegar ao ataque. Além disso, a en-

trada de Willian no lugar de Hulk também pode ser uma boa aposta, principalmente porque os três dariam mais criatividade à Seleção. Com Willian se aproximando de Oscar, como faz no Chelsea, e os dois trocando de posição, combinando jogadas com Neymar, o Brasil pode ter mais movimentação no meio-campo, aproximando os setores e jogando de forma mais compacta. Contudo, a tendência é que Felipão não faça tantas mudanças na equipe para enfrentar a Colômbia, na próxima sexta-feira (4).


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Copa do mundo

País do futebol rumo ao hexa

MC Guimê compõe música que brasileiros adotam como hino da Copa, superando canção oficial da Fifa foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

Guilherme Guimarães

V

ersos de cantores emergentes, artistas brasileiros ainda pouco conhecidos no cenário internacional, ofuscam, pelo menos em solo verde e amarelo, a canção oficial da Copa do Mundo. “País do Futebol”, dos paulistas MC Guimê e Emicida, supera em gosto popular “We are one” ou “Nós somos um”, tradução literal para o nome dado ao cântico criado pela Fifa, exclusivamente para o Mundial no Brasil. Mesmo sendo interpretado por gigantes da indústria fonográfica, os norte-americanos Pitbull e Jennifer Lopez, além da brasileira Cláudia Leitte, “We are one” sucumbe ao som da periferia, música que carrega em sua letra a verdadeira história daquele que nasce na favela e vislumbra subir na vida. Do cidadão que busca melhorar sua condição com a tão sonhada ascensão social. “Por onde a gente passa é show; e olha onde a gente chegou. Eu sou, país do futebol, nego. Até gringo sambou, tocou Neymar é gol” é o refrão que está na boca do povo e deixa um dos autores feliz da vida pelo reconhecimento. “Para mim, com toda certeza é uma vitória. Mesmo a minha música não sendo a oficial da Copa do Mundo, saber e ver que a canção caiu no gosto do povo, não tem como descrever. É muito gratificante. Saber que seu trabalho foi eleito pelo público como o hino da Copa, sinceramente, não tem como nem descrever a emoção”, disse MC Guimê, um dos ícones do rótulo funk ostentação, em entrevista exclusiva ao BolanoBarbante. Participação ilustre Citado na música, Neymar, maior expoente do futebol brasileiro na atualidade, se tornou grande amigo de Guimê. Inclusive, o camisa 10 da seleção Canarinho tem participação efetiva no clipe da música. “Já tinha em mente fazer uma música que falasse mais sobre a história de vida de muitos brasileiros e homenageasse o Neymar. Mostrei a música pronta para ele, que topou na hora participar do clipe. Para mim foi o trabalho que mais me emocionou quando vi o conteúdo pronto”, comentou Guimê. Em uma das partes do clipe oficial de “País do Futebol”, o rapper Emicida ressalta o fato de os cida-

dãos da periferia serem tratados como “invisíveis na sociedade”. E que para mudar esse cenário é preciso que cada um se mostre para o mundo. “Sempre acreditei nisso, só não sabia a ferramenta necessária. A música foi essa ferramenta que encontrei para mostrar minha verdade ao mundo. Muito parecido com o esporte. A grande maioria dos atletas, os melhores, vem da periferia. Os músicos melhores, também”, comenta. MC Guimê lamenta que os campos de várzea, espaços muito comuns nas favelas e de onde saíram vários craques, tenham diminuído consideravelmente por todo o Brasil. “Esses lugares, normalmente, são os únicos para a diversão do povo da periferia. É onde também aparecem os grandes talentos. Não acredito que teremos uma diminuição dos nossos craques por isso. Quem gosta de futebol sempre vai achar um outro lugar para jogar e mostrar o seu dom”, opinou. Torcendo pelo Brasil Guimê também viveu o sonho de ser jogador de futebol. Tanto é que usou muito o campo do Vila Isabel, na cidade de Osasco, interior paulista, em seus tempos de criança e adolescente. Com a agenda de shows lotada e sem tanto tempo para jogar bola, uma de suas diversões, além de cantar, tem sido assistir ao Brasil na Copa do Mundo. “Conheci o Neymar e comecei a admirá-lo mais ainda, não só como jogador, mas como pessoa. Somos amigos e nos falamos sempre que possível. Conheço outros jogadores de futebol da Seleção Brasileira. Claro, pelo meu contato com o Neymar, mas, também, pela força do meu trabalho”, comentou, falando da sua expectativa por mais um título mundial do Brasil e das manifestações país afora. “Acho que temos um time para conquistar o hexa. Além disso, estamos jogando em casa e, por isso, temos que fazer bonito dentro e fora de campo. Digo isso pelo movimento que vemos com as manifestações. O direito de reivindicar sempre é correto, desde que não atrase o lado de ninguém, não cause transtorno e nem destruam as coisas. Acho que o maior protesto tem que ser feito nas urnas. Nas eleições de outubro é que nós precisamos mostrar nossa insatisfação”, concluiu.

A canção “País do futebol” caiu no gosto do povo e superou “We are one”

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história

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O mais velho das Copas foto: divulgação

Goleiro Faryd Mondrágon bateu o recorde do camaronês Roger Milla na partida contra o Japão no dia 24 da redação

N

a partida em que a Colômbia venceu o Japão por 4 a 1, na Arena Pantanal, a goleada ficou em segundo plano, pois apesar dos cinco gols do confronto, outro fato chamou muito mais atenção. Faryd Mondrágon, goleiro colombiano de 43 anos, se tornou o jogador mais velho a disputar uma Copa do Mundo, batendo o recorde de Roger Milla. O camaronês tinha 41 anos quando disputou o Mundial nos Estados Unidos, no ano do tetracampeonato da Seleção Brasileira. “Eu não esperava. Foi um momento muito lindo para o fim da minha carreira. Me emociona muito. Gostaria de agradecer ao Pekerman [técnico da Colômbia], a meus companheiros, aos jornalistas e a todo o país”, comentou Mondragon logo após o jogo contra o Japão. Depois dos elogios ao treinador, Pekerman mostrou ao público o respeito ao experiente goleiro, retribuindo a gentileza. “Faryd [Mondrágon] é muito importante para nós. Desde que ele se juntou ao grupo ele tem desempenhado um papel importante como líder e como um grande jogador. Ele tem experiência, já jogou Copa do Mundo, e outros jogadores são muito jovens. É bom que ele possa dividir a experiência com eles. Hoje pudemos dar a ele a chance de jogar alguns minutos e atingir um recorde”. Início da Carreira Mondrágon começou a sua carreira no Deportivo Cali no ano de 1991, tradicional equipe da Colômbia, onde ele está jogando atualmente. Com bom posicionamento, o arqueiro se destacou no futebol colombiano, jogando em outros clubes, como o Independiente Santa Fé, Cerro Porteño, do Paraguai, além do Argentinos Juniors e Independiente. Na Europa, o goleiro jogou no ano de 1999 no Real Zaragoza, da Espanha, além do Metz, da França e o Colônia, da Alemanha. Além disso, o arqueiro também jogou pelo Galatasaray, um dos principais clubes da Turquia. Mondrágon chegou à seleção da Colômbia na Copa de 1994, onde foi reserva do

folclórico goleiro Córdoba, em uma das gerações que mais frustraram os colombianos. No Mundial dos Estados Unidos, a esperança era grande, em um time que possuía Asprilla, Valderrama, Mendoza e Herrera. Porém, no campo, o time dirigido por Maturana não passou da primeira fase. Em 1998, na França, novamente Mondrágon esteve na seleção da Colômbia. Desta vez, como titular absoluto do gol. Porém, nesse Mundial, novamente os colombianos saíram na primeira fase do torneio. Outros personagens Entre os mais experientes das histórias das Copas, Pet Jenning atuou com 41 anos, na derrota da Irlanda do Norte para o Brasil por 3 a 0, na edição que ocorreu no ano de 1986. Inclusive, o ex-atleta sustentou o título até o Mundial dos Estados Unidos, em 1994. Além de Jennung, vale ressaltar o goleiro in-

glês Peter Shilton, que disputou seu último jogo no torneio com 40 anos, 9 meses e 19 dias, em julho de 1990. Na ocasião, a Inglaterra ficou no empate por 1 a 1 contra a forte seleção da Alemanha. Apesar da idade, Shilton ficou marcado naquela Copa não por ser um dos mais velhos a entrar em campo, mas sim pelo gol de mão sofrido do atacante Maradona, no episódio que ficou conhecido como “A mão de Deus”. Ainda entre os experientes, não poderíamos deixar de lembrar do italiano Dino Zoff. O lendário goleiro é o mais velho jogador a ser campeão de uma Copa do Mundo, no título da Azzurra no Mundial de 1982, sobre a Alemanha Ocidental, por 3 a 1. À época, o goleiro tinha 40 anos, quatro meses e 13 dias. Foi nesta edição do torneio, a 12ª, que os Italianos derrotaram o Brasil por 3 a 2, com três gols de Rossi, no episódio que ficou conhecido como tragédia do Sarriá, na semifinal da Copa do Mundo. foto: divulgação

O ex-goleiro italiano Dino Zoff é o atleta mais velho a conquistar o título da Copa do Mundo


Bate bola com o torcedor

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Quer ver sua opinião publicada aqui? A seção está aberta a críticas e sugestões, sempre bem-vindas. Envie e-mail para redacao@bolanobarbante.com, assunto “Carta do leitor”, ou correspondência para Rua Ministro Orozimbo Nonato, 102, Sala 2204, Torre A - Vila da Serra - Nova Lima/MG - CEP:34.000-000

As pessoas julgam sem saber o que está acontecendo! Para quem falou que

eu estava derrotado nessa imagem aí sentado na bola! Estava muito enganado, sou brasileiro e não desisto nunca... Apenas queria um momento meu para fazer minha oração

Hulk, reclamando equivocadamente da arbitragem de Howard Webb

minei no ombro. Foi, claramente, gol. Achei que ele tinha dado impedimento, porque na mão não foi. Mas impedido eu também não estava

Pekerman, na entrevista coletiva após o duelo contra o Uruguai

to potencial. E o que mais surpreende é que, na sua idade, ele não tem dificuldade nenhuma de assumir responsabilidades

Teve o pênalti não marcado. E, no gol, foi nítido que dominei no peito. Do-

Sempre apostei muito no James porque vi mui-

(?) Ribeiro, comentarista esportivo (TV)

(?) as bolas: confundir-se Estúpida

(?) Stewart, cantor britânico Pomada "God (?) War", jogo Medo; receio

Elemento abundante no leite (símbolo)

Item da área de trabalho (Inform.)

Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica (Geol.) O de sódio no alimento congelado é alto

"A (?) de Ferro", filme britânico (2011)

Maneira Condição atribuída à ferradura

BANCO

Título de esposa de marajá A 20a letra Sal, em francês 81

Solução

T R I G O

Thiago Silva, explicando o isolamento antes das cobranças de pênaltis contra o Chile

Comprime Alergia que provoca forte coceira (Med.) Parabólica e digital (Eletrôn.)

Tipo de cerveja Tempo, em inglês

O produto oriundo de outro país

P R I M E I R O D E A B R I L

Entre aspas

Tony (?), ator brasileiro 504, em romanos Beneficiário do Sesc

Peça de Millôr Fernandes (Teat.)

D O P S A O C O CA R I R O E R I C E O A N S E

Gostei muito coluna da edição 53 do BolanoBarbante. Como colocou o autor, a impre-

visibilidade do futebol é o que carrega a emoção do esporte. E o Brasil está cada vez mais imprevisível, pésimo futebol

Extensão de endereços não comerciais na internet

(?) Neill, ator dos EUA Rígida

R

Rosângela Bueno

” ”” ” ” ”

Acudir Estou (red.) Voltar a encontrar

J O C U RA T A D O R I R N A D U E LA V T R E RC I A R E ME T P I C A N A S A T M A T E

Eu sinceramente não entendo o que o Fred faz na Seleção Brasileira. Depois de uma ótima participação na Copa das Confederações, o atacante ain-

da não conseguiu apresentar um bom futebol na Copa. Além disso, as bolas quando lançadas, estão batendo nele e voltando, sem que o nosso camisa 9 consiga prende-la no ataque

3,1416 (Mat.)

T E M O R

Marcone F. de Almeida

também das fabricantes de camisas mostrarem inovações nos desenhos e também na tecnologia com a qual os mantos das são fabricados. Ao contrário da opinião de alguns, acho muito bacana a camisa da Croácia

I M P O R T A D O

Sou colecionador de camisa de futebol e gostei muito da matéria veiculada na semana passada. Na Copa do Mundo, além de ser uma grande oportunidade para os craques mostrarem serviço, é tempo

Dia da Mentira "(?) de Mim", can- Medida da Capa ção de Zeca roda da usada por Pagodinho bicicleta religiosos

Deve ser O desejo separado relaciodo joio, se- nado ao sexo gundo dito

Canal de humor do YouTube que tem entre seus criadores o ator Fábio Porchat Membro do Ministério Público Mísero

P C O O R T A D C O E S F U A N D M O S

“ “ “ “ “ “

Alcides de Carvalho

© Revistas COQUETEL

2/of. 3/opa — sam — sel. 4/time. 6/marani. 7/cretina. 9/urticária.

Carta do leitor

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

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Nacional

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Intertemporada Da redação

Minas Gerais

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pós mais uma vitória na intertemporada realizada nos Estados Unidos, goleando o América, do México, por 5 a 3, o técnico da Raposa, Marcelo Oliveira, gostou da postura ofensiva da equipe, mas mesmo assim, não deixou de cobrar o melhor posicionamento da retaguarda durante as partidas. “O olhar crítico do treinador vai cobrar. Sofremos um gol relâmpago, com dois minutos. A gente precisa ficar mais atento, porque às vezes um gol desses pode mudar o rumo de uma partida, mas achei que o time reagiu bem, não se desesperou, encaixou melhor a marcação. Eles vieram com três zagueiros, trouxeram problemas para nós, mas nós encaixamos depois dos 10 minutos, marcamos melhor”, avaliou Marcelo Oliveira. “No segundo tempo, depois que fizemos o quarto gol, era para tocarmos mais a bola. Em descuido, eles fizeram gols em situações que poderiam ser evitadas, mas foi muito bom, tivemos

bom toque de bola contra uma grande equipe. Fiquei satisfeito”, completa o técnico da Raposa. Na próxima quinta-feira (3), a Raposa enfrenta o Tigres. Contudo, Marcelo Oliveira ainda não decidiu qual time vai a campo. “Vamos esperar a reação do Dedé, a resposta nesses dias do próprio Dagoberto, vamos ver. A base é essa aí, os jogadores que entraram jogaram muito bem. O Alisson foi muito bem, o Manoel também, a gente vai encaixando de acordo com a volta dos jogadores, com a necessidade e também com a minha convicção”, finalizou Marcelo Oliveira. Atlético Marcos Rocha aos poucos recupera de uma lesão na coxa, tanto que, nos últimos jogos, voltou a campo. Na vitória sobre o Guangzhou Evergrande, por 4 a 3, nesse sábado (28), o lateral-direito retornou ao time titular e comemorou o fato. “A previsão era de jogar os 90 minutos, mas

o desgaste foi maior. Foi de bom proveito. Os jogos foram bons para ganhar condicionamento físico”, disse à Rádio Itatiaia. Nesta segunda-feira (30) a delegação atleticana retorna da intertemporada e deve chegar em Belo Horizonte, já pensando no compromisso da decisão da Recopa, diante do Lanús, no próximo dia 16. A preparação final do Atlético para a Recopa deve ser feita no Centro de Treinamentos da Seleção Argentina, em Ezeiza, na Grande Buenos Aires. Coelho Já no América, o time tem dois jogos-treinos programados para a semana. Os jogadores do Coelho voltam aos treinos nesta segunda-feira (30). O primeiro jogo-treino já tem adversário definido: o Siderúrgica, na quarta-feira (2). O adversário do teste do próximo jogo será confirmado nesta segunda.

Rio de Janeiro

N

o domingo (29), o Flamengo perdeu para o Tupi-MG, por 4 a 2, em jogo treino realizado no Ninho do Urubu. O duelo valeu como preparação para a sequência da temporada, já que o Rubro-Negro precisa reagir no Campeonato Brasileiro, onde aparece apenas na penúltima posição, na zona de rebaixamento, à frente somente do Figueirense. Depois de duas semanas de férias, de uma série de exercícios físicos e de algumas atividades táticas, o elenco comemora a “volta” aos gramados. “Realmente é muito bom poder participar de uma atividade dessas depois de algumas semanas sem jogos. Temos que aproveitar esse jogo-treino para iniciarmos bem a nossa caminhada para termos um segundo semestre melhor. Pegar um adversário de fora é muito melhor do que um coletivo, pois podemos ter lances de jogo, contato e ensaiar algumas coisas para quando estiver valendo três pontos”, disse o la-

teral esquerdo André Santos. O goleiro Paulo Victor pensa de maneira parecida. “A possibilidade de um jogo-treino é algo muito importante neste momento da preparação, pois estamos há algumas semanas sem jogar e precisamos saber como estamos, o que precisamos consertar. Além disso, não tenho a menor dúvida de que o Ney Franco vai aproveitar a atividade para corrigir algumas coisas que ele entende que não estão indo bem e que não ficam tão visíveis em coletivos ou em atividades táticas. Enfrentar um adversário de fora é bom porque o ritmo acaba ficando mais semelhante ao de jogo”, disse Paulo Victor. Tricolor das Laranjeiras O Fluminense pôs fim à sequência de seis dias treinando em Macaé, no Rio de Janeiro. O último treinamento foi realizado na Praia dos Cavaleiros, logo cedo, às 8 horas (de Brasília). Em clima de

total descontração, o elenco fez algumas disputas de futevôlei, além de outras atividades com bola. O jogador mais animado era o atacante Walter, que chegou a formar um trio com os goleiros Felipe Garcia e Diego Cavalieri. Em dupla, os auxiliares técnicos Cassiano de Jesus e Marcão participaram da disputa e chegaram a vencer alguns jogadores nos duelos. Ao todo, foram dez treinamentos realizados em Macaé, dois na praia, dois na academia e seis no gramado do Moacyrzão. O Tricolor se reapresenta na manhã de terça-feira (1) nas Laranjeiras. Botafogo No Glorioso, a diretoria solicitou ao ABC-RN o retorno do meia Octávio, de apenas 20 anos, que estava emprestado ao clube potiguar até o fim deste ano. Isso, porque o Genoa, da Itália, teria feito uma proposta para contratar o atleta. Como o time vive uma crise financeira, a venda seria ótima opção.

São Paulo

U

ma das revelações que mais orgulham o são-paulino está de volta ao clube. O vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro anunciou o acerto com todas as partes envolvidas para que Kaká, de saída do Milan, defenda o Tricolor por empréstimo até o final deste ano. “Depois de 60 dias de negociação, estamos acertados. Em termos de valores e negociação, está tudo acertado, entre todas as partes envolvidas, que são o Milan, a Liga Norte-americana, o Orlando, o Kaká e o São Paulo Futebol Clube”, disse o dirigente ao Sportv neste domingo (29). A conclusão total da transação depende somente de detalhes burocráticos, a começar pelo desligamento do jogador do Milan, que ocorrerá nesta segunda-feira (30). “Não existe nada ainda formalizado. Existem algumas etapas ainda a serem corridas”, afirmou Ataíde Gil Guerreiro, explicando os caminhos que ainda faltam para o anúncio oficial.

“Ele tem uma cláusula contratual na qual, se o Milan não fosse para a Liga dos Campeões, ele se desligaria sem nenhum custo, e vai se desligar nesta segunda-feira. Nos Estados Unidos, quem contrata é a Liga, e os clubes têm o direito de escolher três jogadores, o Orlando escolheu o Kaká. Após ele assinar com a Liga, fará exames médicos na semana que vem, a Liga o passa ao Orlando e ele fará um contrato conosco de empréstimo por seis meses até 31 de dezembro”, detalhou. Corinthians A diretoria da Chapecoense tem utilizado o recesso do Campeonato Brasileiro para debater sobre a situação de seus jogadores antes de tomar algumas decisões para reduzir os riscos de erros e os prejuízos ao clube. Assim, foi confirmada a liberação do volante William Arão de volta ao Corinthians.

Pouco aproveitado, o volante foi devolvido e já não treina mais com o grupo catarinense. De acordo com o gerente de futebol do clube, Cadu Gaúcho, a situação foi resolvida nesta semana. Verdão No Palmeiras, Pablo Mouche foi anunciado oficialmente como jogador na sexta-feira e, no dia seguinte, já marcou o gol da vitória por 2 a 1 em jogo-treino diante do Juventus. Mas, na concentração em Atibaia, o atacante ainda não atendeu a um pedido dos novos colegas: cantar no jantar. O argentino e seu compatriota, o também recém-contratado zagueiro Fernando Tobio, não aceitaram a imposição bem-humorada do elenco na apresentação de ambos ao grupo. “Nos apresentamos e eles teriam que cantar uma música na janta, mas ficaram tímidos e não quiseram cantar”, contou Diogo, aos risos.


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Notasno

Barbante Moto GP

Márquez Federer festeja vence a oitava vaga nas oitavas

M

arc Márquez viveu uma situação atípica nesta temporada ao não conseguir ser o mais rápido nos treinos livres e no classificatório. Na corrida deste sábado (28), no entanto, o espanhol reestabeleceu o domínio na Moto GP e foi campeão do GP de Assen, na Holanda, mantendo a invencibilidade em 2014. Campeão do Mundial de 2013, Márquez segue como o nome a ser batido na categoria. A chuva, que o prejudicou nas

Basquete

Brasil perde para o Canadá

A

primeira fase da preparação da Seleção Brasileira Feminina de Basquete não foi boa. A equipe foi novamente derrotada, desta vez por 68 a 63, no terceiro e último amistoso contra o Canadá, em Edmonton, na casa das adversárias. Uma das melhores jogadoras da partida, a pivô brasileira foi a cestinha do jogo além de ter anotado um duplo-duplo, com 18 pontos, 12 rebotes e quatro assistências. Enquanto isso, pelas canadenses,

Vôlei de praia

A

primeiras atividades em Assen, voltou a aparecer neste sábado, mas não conseguiu tirar o papel de protagonista do piloto espanhol, que chegou à oitava vitória na oitava corrida da temporada, algo que não é feito desde 1971, quando Giacomo Agostini venceu as primeiras oito corridas do ano. Neste final de semana, ele garantiu a ponta ao completar o percurso em 42min26s954. Dovizioso e Dani Pedrosa completaram o pódio.

a principal jogadora foi Lizanne Murphy, que marcou 13 pontos. O Brasil perdeu os três amistosos realizados contra o Canadá. A série de confrontos serve como preparação da equipe comandada pelo técnico Luiz Augusto Zanon para o Campeonato Sul-americano do Equador, que será realizado de 14 e 18 de agosto. Membro do Grupo B do Sul-americano, o Brasil brigará por uma vaga na segunda fase contra Venezuela, Uruguai e Equador.

Ricardo e Álvaro em 2º

pós passarem pela semifinal, neste domingo (29), Ricardo e Álvaro Filho não conseguiram manter o mesmo desempenho na decisão e acabaram com a medalha de prata do Grand Slam de Stavanger, na Noruega. Apesar de terem perdido o último jogo, a dupla comemora o resultado por subir ao pódio pela primeira vez nesta temporada do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. No primeiro jogo do dia,

Ricardo e Álvaro superaram os cazaques Sidorenko e Dyachenko, em dois sets, com parciais de 23/21 e 21/19. Até então invictos, os brasileiros chegaram à final e foram superados pelos norte-americanos Dalhausser e Rosenthal, também por 2 sets a 0, com um duplo 21/16. O bronze ficou com os suíços Gabathuler e Gerson, que venceram os cazaques, de virada, por 28/30, 21/19, 15/9.

E

liminado na segunda rodada de Wimbledon no ano passado, Roger Federer vive em melhor fase atualmente e está classificado para as oitavas de final da competição. Com ótimas atuações, o suíço comemorou ter passado pela primeira semana do Grand Slam após o fracasso precoce de 2013 e garantiu que se sente bem para continuar em busca do título. “Estou totalmente satisfeito. Foi uma boa primeira semana para mim, tenho jogado bem, me sentindo bem. Não perdi sets e não corri perigo real em qualquer partida”, afirmou Federer, que venceu todas suas partidas em sets diretos. Quarto mais cotado ao título, o

Tênis

suíço terá pela frente o espanhol Tommy Robredo, cabeça de chave número 23, que, ao contrário dele, teve trabalho para avançar e precisou de cinco sets para superar o polonês Jerzy Janowicz. Com a experiência de ter sido eliminado cedo em 2014, Federer diz que reconhece as dificuldades e comentou o que deve ser feito para ele continuar com bons resultados no torneio. “No ano passado, perdi logo na segunda e estou atento sobre a dificuldade da chave. Tirei informações importantes desta primeira semana de como preciso jogar para continuar avançando. Preciso, é claro, manter o mesmo nível, ser agressivo e sacar bem”, concluiu Federer.


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