UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
ARQUITETURA E URBANISMO
INTRODUÇÃO AO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
DISCENTE:
THAIZ DOS SANTOS DE OLIVEIRA
ORIENTADOR:
MARCOS SARDÁ VIEIRA
ERECHIM-RS, FEVEREIRO DE 2023
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INTRODUÇÃO
Apresentação e justificativa do tema
Objetivos
Metodologia
REFERÊNCIAL TEÓRICO
Saúde e Deslocamento
Assistência Social Acolhimento O Acompanhante
ESTUDOS CORRELATOS
Centro Maggie
Lar de Repouso e Cuidados Especiais
Casas de Apoio no Brasil
Outras Casas de Apoio em Cidades Brasileiras
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CONTEXTUALIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO
A Cidade: Campina Grande do Sul Hospital Macro Meso Micro
Diretrizes urbanas
DIRETRIZES E PROPOSTA
Perfil do Usuário
Plano de Necessidades
Diretrizes Para a Proposta
Fluxograma e Organograma
Pré-dimensionamento
Acessibilidade, Conforto e Segurança
Zoneamento
Volumetria
Próximos Passos
REFERÊNCIAS
Lista de Figuras Referências bibliográficas
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introdução
ACOLHIMENTO
a·co·lhi·men·to (acolher+-mento)substantivomasculino
1.Atoouefeitodeacolher.=ACOLHIDA
2.Modocomoseacolheourecebealguémoualgo(ex.:onovoálbumtevebomacolhimentojunto doscríticos).=RECEPÇÃO
3.Localseguroqueofereceproteção(ex.:ainstituiçãodáacolhimentoacentenasdepessoaspor ano).=ABRIGO,REFÚGIO
4.Hospitalidade,hospedagem(ex.:conseguiuacolhimentoemcasadeunsamigos).
REFÚGIO
re·fu·gi·ar
(refúgio + -ar)
1. Dar abrigo. = ABRIGAR, ASILAR
2. [Figurado] Tornar mais suave (ex.: refugiar a dor).
3. Recolher-se num refúgio. = ABRIGAR-SE, ASILAR-SE
1
4. Retirar-se para lugar considerado seguro. = ABRIGAR-SE, RESGUARDAR-SE
5. Sair para um país estrangeiro por motivo de guerra, desastre natural, perseguição política, religiosa, étnica, etc. = ASILAR-SE, EXPATRIAR-SE
6. [Figurado] Buscar proteção ou conforto junto de (ex.: refugiar-se em casa; refugiar-se na leitura).
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Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Figura 01
Fonte: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO TEMA
Opresente trabalho da disciplina de ITFG, pretende abordar a necessidade da assistência social e acolhimento de pacientes e acompanhantes em situações hospitalares, tendo como viés o apoio à saúde, o bem-estar, o cuidado, e a estrutura assistencial. Desta forma, pretende-se discutir a função desses espaços, e o impacto que a ausência deles traz à cidade, instituição hospitalar, e aos pacientes e acompanhantes.
Através destas discussões, espacializar as funcionalidades em um centro que ofereça estrutura de hospedagem, alimentação, espaços de convivência e integração, e serviços de suporte psicológico, pois a hospitalização afeta paciente e acompanhante intensamente, e o acolhimento físico, social e psicológico busca favorecer o melhor enfrentamento nessas situações. Sendo assim, este trabalho tratará de um estudo para o projeto de implantação de um Centro de acolhimento, assistência social, no município de Campina Grande do Sul, cidade da região metropolitana de Curitiba, no estado do Paraná. Muitos são os desafios quando se lida com o direito à saúde e ao bem estar, muitos avanços podem ser observados em relação a tratamentos e a saúde dos pacientes, mas os acompanhantes e cuidadores muitas vezes não recebem a atenção necessária, além da dificuldade de dar continuidade ao tratamento do paciente, pela falta de recursos financeiros, o que culmina em muitos pacientes sem acompanhantes, e sem visitas hospitalares. Ao mesmo tempo, quando diz respeito, principalmente, de pacientes em tratamento de alta complexidade, o Ministério da Saúde detectou o fato de que muitos pacientes abandonam seus tratamentos, por não terem como
arcar com os custos de hospedagem e viagens, além do desgaste físico e mental ocasionados em suas rotinas hospitalares
O município de Campina Grande do Sul, recebe um grande número de visitantes para atendimentos por meio de encaminhamento de pacientes de todo o país, mas principalmente dos arredores e do interior do estado aguardando retorno do hospital Ao chegar na cidade, tendo a necessidade de permanência, ou mesmo de pernoite, surge a dificuldade, pois não existe nenhum hotel nas proximidades sendo necessário se deslocar até às cidades vizinhas Ou seja, num raio de 1,5 quilômetros são encontradas três possibilidades de pensões particulares, que são inviáveis financeiramente para a maioria dos pacientes e acompanhantes, além da falta de infraestrutura espacial para as instalações de apoio e a dificuldade de locomoção pelo transporte público. Aspectos estes que esperamos atender com este trabalho através de análise e apresentação de resoluções arquitetônicas.
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Desenvolver uma proposta de anteprojeto arquitetônico para um centro de acolhimento e assistência social de usuários de serviços hospitalares e seus acompanhantes, no município de Campina Grande do Sul/PR, buscando com esse equipamento criar um espaço capaz de acolher, amparar, e cuidar do bem-estar do público.
OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender e analisar as situações enfrentadas por pacientes e acompanhantes em situação hospitalar, e suas demandas socioespaciais relativas ao cuidado, repouso e acolhimento;
Compreender a arquitetura de espaços destinados ao acolhimento e assistência social;
Analisar criticamente estudos de caso, para entender o funcionamento e possibilidades destes espaços;
Elencar o local adequado para o desenvolvimento da proposta, compreendendo o contexto urbano e a paisagem do seu entorno próximo e condicionantes pré-existentes na cidade de Campina Grande do Sul;
Desenvolver um programa de necessidades com base nos estudos realizados, e a partir disso, propor diretrizes projetuais, para o lançamento da proposta arquitetônica
METODOLOGIA
A fim de atingir os objetivos aqui fundamentados, realiza-se uma pesquisa quantitativa e qualitativa, processo que ocorreu por meio de pesquisa bibliográfica e levantamento de campo, com a leitura de livros, artigos, e dissertações, referentes à temática do bem-estar, direitos e necessidades do paciente e seu acompanhante, incluindo também visita em equipamentos ligados a temática de investigação, assim como na análise da área urbana relativa à implantação da proposta arquitetônica.
Assim, foram selecionados estudos de casos correlatos de instituições de apoio e assistência, para analisar e compreender como funcionam estes espaços e, com isso, viabilizar a elaboração de um plano de necessidades Além disso, será feito um breve levantamento de instituições nacionais existentes que atuam na mesma linha da intenção de projeto.
Com o propósito de definir um terreno de implantação adequado para o centro de acolhimento, foram realizados estudos para a contextualização da região de Campina Grande do Sul, com imagens de satélites e ferramentas de georreferenciamento, na produção de diagnósticos do entorno do terreno, usando imagens feitas in loco.
Em síntese, o trabalho foi organizado da seguinte maneira: Introdução à temática; Referencial teórico relativo aos conceitos e definições da pesquisa; Apresentação de estudos referenciais com Estudo de Caso e Exemplos Correlatos; Contextualização e diagnóstico da área urbana de implantação da proposta do Centro de Acolhimento; Escolha do terreno de implantação; Lançamento da proposta, inicialmente, desenvolvendo o programa de necessidades, pré-dimensionamento e zoneamento, além de proposta volumétrica. Na segunda etapa do trabalho final de graduação (TFG) as resoluções do espaço arquitetônico serão consolidadas e aprofundadas através do desenho técnico.
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referêncial teórico
2
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02
Figura
SAÚDE E DESLOCAMENTO C
om mais da metade da população vivendo nas cidades, o mundo tem se tornado cada vez mais urbano, o que marca alterações no eixo evolutivo, na construção e na organização socioespacial das cidades No Brasil a proporção da população que vive em zonas urbanas que era de 31,3% em 1940, passou para 81,2% em 2000. (CAIAFFA, W. T. et al , 2008), e os números seguem aumentando, sendo cerca de 85% em zonas urbanas, segundo o
ores apresentam consequências sociais positivas e negativas, como a otimização de recursos e a presença de hospitais especializados
O que implica na necessidade de deslocamento dos indivíduos de áreas mais afastadas como as rurais, e também metropolitanas, além da necessidade de ir para outras regiões ou estados para ter acesso a tratamentos especializados, pois a maior parte da população trabalhadora, e em vulnerabilidade ainda vive afastadas dos polos industriais e de serviços (RIBEIRO; VARGAS, 2015), apesar do aumento das zonas urbanas no território brasileiro
Essa deficiência no sistema de saúde implica na criação como o Projeto de Lei 2898/20 prevendo que para atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com necessidade de deslocamento fora do domicílio, sejam consultas, exames ou tratamentos, o município deverá fornecer ajuda de custo e estada para paciente e acompanhante. Entretanto, desde 2020 o texto segue em análise pela Câmara de Deputados
Com a globalização mundial houve o aumento da população elevando também a exclusão social, cultural, econômica, e política, assim como a demanda de serviços sociais (IAMAMOTO, 2012, p 17) Um grande desafio da assistência social, nesse sentido, é decifrar a realidade para atender as necessidades e propostas a serem desenvolvidas
Com essa mudança demográfica contemporânea surgem mudanças e impactos nas dinâmicas socioespaciais. Segundo Caiaffa et al. (2008), o metabolismo complexo apresen implicam não só na agudizaç sociais, mas também na implicações reveladas nesse vulnerabilidade, seja de indivíd físicas e sociais
A concentração da população urbanos implica na oferta de m e serviços também estarem co áreas. De acordo com Ribeiro agregação de pessoas que ocorr
Para a inclusão e alcance da população que não vive nos grandes centros, com a necessidade de suprir as demandas principalmente relacionadas à saúde e tratamentos especializados, surge a necessidade de que políticas e sistemas de assistência social sejam implantados. Segundo o IBGE (2020) a média de deslocamentos dos municípios para tratamentos de baixa e média complexidade é de 72km, já para alta complexidade os números duplicam, e a média de deslocamento no país é de 155km.
Segundo Melo e Sampaio (2013), em atendimentos de alta complexidade como no tratamento do câncer, devido aos desgastes físico e mental causados por procedimentos dolorosos e agressivos, é comum a impossibilidade de viajar grandes distâncias após o tratamento, o que gera a necessidade de hospedagem temporária. Contudo, muitos enfermos chegam a abandonar o tratamento por não terem como arcar com tais custos na medida em que não dispõem de instituições de tratamento próximas de seu domicílio.
"Sempre existe um campo para a ação dos sujeitos, para a proposição de alternativas criadoras, inventivas, resultantes da apropriação das possibilidades e contradições presentes na própria dinâmica da vida social Essa compreensão é muito importante para se evitar uma atitude fatalista do processo histórico." (IAMAMOTO, 2012, p 20)
As políticas de assistência social são as que mais sofrem para se materializar dentro da política pública, devido a algumas características históricas, como a abrangência, tendo em vista que apenas cerca 15% e 25% da população, que deveria ter acesso aos direitos, são alcançadas por esses serviços e programas. (BEHRING, BOSCHETTI,
2017, p 223)
No Brasil está presente o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que tem o objetivo de dar apoio aos indivíduos e a comunidade no enfrentamento de dificuldades sociais, alcançando-os com serviços, benefícios, programas e projetos. Porém esta assistência age dentro de esferas limitadoras, não abrangendo diversas situações de vulnerabilidade que atingem os beneficiados.
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ASSISTÊNCIA SOCIAL
Figura 03
Figura 04
Mapa 01 Porcentagem da população em área urbana por região Fonte IBGE, 2015
A proteção social prevista na Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS NOB/RH se aplica em duas variáveis, sendo elas a proteção social básica, e a proteção social especial Dentro do âmbito da proteção social especial existem duas ramificações, sendo de média ou alta complexidade Se encaixando na alta complexidade assistências, estão: casa-lar, casa de passagem, abrigo institucional, família acolhedora, repúblicas e instituições de longa permanência. A norma apresenta a equipe de referência para cada instituição, assim como o órgão gestor em cada situação.
ACOLHIMENTO D
e acordo com o Dicionário Priberam (2008), o termo Acolhimento se refere ao modo como se recebe alguém, um local seguro que oferece proteção e refúgio, e a hospitalidade e hospedagem
"O acolhimento como um efeito de ‘sentir-se acolhido’ também provoca os mais variados sentimentos: alegria, confiança, tristeza, cansaço, impotência. Nesse fluxo de afetos, o acolhimento, portanto, é uma conquista, na árdua tarefa de construção do comum nos serviços de saúde e nos encontros" (ROMANINI et al., 2017, p. 05)
De acordo com Matumoto (1998) o acolhimento no âmbito da saúde é um processo que não se restringe ao espaço físico, mas sobretudo no que se refere à valorização do humano, com uma postura de solidariedade e respeito, onde até mesmo o acesso se torna uma abordagem do acolhimento. Trazendo relações de aproximação das pessoas, de forma a trazer o outro para dentro de si mesmo
“Acolher é um compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços de saúde.” (Ministério da Saúde, 2015, p. 01)
Acolher traz a noção de responsabilizar-se, criando vínculos, no âmbito da saúde. Assim, a ausência destes vínculos demonstra formas de desrespeito à saúde, mesmo que de forma velada Outra abordagem do acolhimento diz respeito a humanização do atendimento, no âmbito da saúde, alcançando paciente e acompanhante, de forma discreta, solidária, atenciosa, afável e com cortesia, agindo como um dispositivo de mudança. (MATUMOTO, 1998)
um deles a valorização e atenção ao acompanhante, ressaltando a importância do envolvimento deste nas situações de tratamento e apoio pessoal, apontando grande importância nas práticas, principalmente no que se refere a saúde mental dos envolvidos.
Acolher também se aplica a facilitação de acesso ao que se apresenta essencial para o bem estar, no sentido de alimentação, higiene, descanso, lazer, não se tratando apenas de hospedar ou abrigar. Por isso a observação e o reconhecimento das demandas se tornam tão necessários no processo particular de acolhimento, e não seguindo uma padronização de estruturas de cuidado.
O acolhimento é um complemento do atendimento hospitalar, e deve identificar as necessidades que se expressam de formas variadas, sempre prezando por melhorar e agregar nos processos de atendimento, recuperação e bemestar.
Matumoto (1998) ainda destaca que diversos cuidados são valiosos para o acolhimento, sendo
CASA-LAR CASA DE PASSAGEM
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ORP T E Ç ÃO SOCIALDE ALTACOMPLEX I D EDA
ABRIGO INSTITUCIONAL
ACOLHEDORA
FAMÍLIA
REPÚBLICA
Figura 05
Figura 06
O ACOMPANHANTE
“O acompanhante é todo e qualquer indivíduo que de forma voluntária ou remunerada permanece junto do paciente por um período de tempo consecutivo e sistemático, proporcionando companhia, suporte emocional e que, eventualmente, realiza cuidados em prol do paciente mediante orientação ou supervisão da equipe de saúde” (PROCHNOW et al, 2009, p.12)
ministério da Saúde por meio da portaria nº 1.820/2009 assegura o direito de o paciente ter um acompanhante de livre escolha nas consultas e exames, e em casos de internação previstos por lei quando a autonomia da pessoa estiver comprometida, ou em casos de idosos, crianças e adolescentes e gestantes
O Capítulo IV do Estatuto do Idoso (2007) no Art.16 assegura ao idoso internado ou em observação o direito de um acompanhante em tempo integral, cabendo ao profissional da saúde responsável, conceder a autorização ou justificar a impossibilidade O ECA
(Estatuto da Criança e do Adolescente), no 12 da Lei nº 8.069, assegura que toda criança (até 12 anos) e adolescente (dos 12 aos 18 anos) devem estar acompanhados do responsável em consultas e exames, e com acompanhamento integral no caso de internação. A Lei Federal nº 11 108 que, em seu artigo 19 assegura que parturientes têm direito a um acompanhante de livre escolha durante o período de trabalho de parto, o parto e pós-parto imediato.
É direito de todos acompanhantes durante uma internação, a oferta de acomodações adequadas e principais refeições diárias, porém como o sistema de saúde não possui muitas vezes nem leitos o suficiente para os pacientes, esse local adequado para os acompanhantes acaba sendo inexistente
De acordo com Shiotsu e Takahashi (2000) é necessário repensar e criar uma política de atendimento e acolhimento ao acompanhante hospitalar. O acompanhamento de um familiar ou pessoa de confiança, é benéfico para o paciente como suporte emocional, suporte este que não consegue ser oferecido pelos profissionais como médicos e enfermeiros que acompanham o processo. Observando, Shiotsu e Takahashi (2000) afirmam que mesmo com condições desfavoráveis, sem assistência, a presença dos acompanhantes se mantém contínuas, levando-os a dividir leito com pacientes, dormir no chão, se mantendo inadequadamente nos arredores do local para garantir o acompanhamento.
Um estudo de Franco (1988) observou que o paciente adulto internado, pode apresentar um quadro de regressão de sua idade cronológica devido ao estresse, situação que deve ser atendida por pessoas de sua confiança devido a necessidade do vínculo afetivo, uma vez que a interação com a equipe médica se dá de forma muito técnica Segundo o autor, essa presença transmite confiança e segurança, em contrapartida, permanecer com o paciente também manifesta emoções no acompanhante, como medo, ansiedades e preocupações, considerando a necessidade da atenção da equipe médica para a minimização destes sentimentos.
Romano (1997) afirma que em procedimento médico e internação são percebidos coletivamente, e que as demandas mais solicitadas pelas famílias e acompanhantes em frente a hospitalização, foram: receber informações honestas, necessidade de horários mais flexíveis, e apoio. Segundo Morais et. al. (2015) durante a permanência no hospital, os acompanhantes buscam meios para balancear o desconforto e as dificuldades, e, muitas vezes, a falta de redes de apoio dificulta sua função As autoras apresentam a neces-
sidade do apoio financeiro dos familiares, o revezamento como acompanhante e até mesmo a oferta de roupas limpas lavadas pela família como necessidades básicas relativas a essa situação. Porém, em grande parte dos casos, nenhuma destas necessidades são supridas adequadamente, principalmente, quando o atendimento acontece em locais distantes do domicílio.
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O
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Figura
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estudos correlatos
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Figura
ESTUDO CORRELATO
CENTRO MAGGIE NEWCASTLE, REINO UNIDO
Cullinan Studio 2013
300m²
Os centros Maggie são o legado de Margaret Keswick Jencks paciente de câncer terminal, que observou os impactos que os ambientem causam no tratamento, e o impacto que um bom projeto traz.(ArchDaily , 2014) Margaret em suas diversas experiências em espaços de tratamento, escreveu sobre como os ambientes impensados e negligenciados afetam os pacientes. E se a arquitetura tem o poder de abalar o paciente, também pode ser restauradora
Os centros Maggie estão espalhados pelo mundo, em Newcastle no Reino Unido encontra-se a unidade que da apoio ao Hospital Freeman, oferecendo apoio social e emocional para as pessoas com câncer, seus acompanhantes e familiares, proporcionando um ambiente reconfortante para quem precisa de apoio, assim como deve ser um lar. (ArchDaily, 2013)
ESTRATÉGIAS
O Centro Maggie's em Newcastle trata-se de um projeto de baixo gasto energético, apresentando estratégias de aquecimento solar passivo, isolamentos e estruturas capazes de armazenar a energia calórica incidentes no local, além da cobertura, projetada estrategicamente para coletar luz do sol transformando-a em energia
LAYOUT
Com layout em L, áreas com pé direito amplo e mezanino, o Centro apresenta muita integração do meio interno com o externo e tambem a interação entre os frequentadores, as conexões se apresentam bem livres o ambiente incentiva o fluxo da área interna para as áreas externas como o pátio, com conexões com a cozinha e salas de reunião.
O piso superior segue o mesmo padrão apresentando dois grandes terraços e um mezanino, que proporciona vista direta para a biblioteca.
MATERIALIDADE
Os materiais prezam pelo conforto e aconchego, por isso o uso de madeira e telhas de barro, com intenção de transmitir calma e tranquilidade é empregado o uso do concreto.
Plantas e flores perenes transformam o local fornecendo abrigo para a face sul, e transformando o local num refúgio
dropoffpont entrada obby esc tóro e epção bb oteca coznha aadereuniões 1 2 3 4 5 6 7 8 mezzanno pédretodabb oteca depósto erraço ardim 2 3 4
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9 saadeaconsehamento 0 banhei o depós o 2 apoo 3 páto 4 aces oaoter aço 5 passarea 6 barreravegetal acesso
A R Q U I T E T U R A R E P A R A D O R A
PAVIMENTO TÉRREO
PAVIMENTO SUPERIOR
IMPLANTAÇÃO E LAYOUT
LAYOUT
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Figura
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Figura 14
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ESTUDO CORRELATO
LAR DE REPOUSO E CUIDADOS ESPECIAIS LEOBEN, ÁUSTRIA.
Dietger Wissounig Architekten 2014 3024m²
OLar de Repouso e Cuidados Especiais de Leoben segundo o Archdaily (2016) trata-se de um residencial para pessoas com demência, projetado por Dietger, arquiteto que já atuou em várias áreas da arquitetura e tem a capacidade de imprimir a identidade do escritório nos projetos
O lar recebe idosos não só temporariamente, mas como inquilinos durante a terceira idade, devido a isso as dimensões dos ambientes e infraestrutura são mais completas que as instalações de uma casa de apoio temporária, o lar oferece toda a estrutura necessária para que os moradores exerçam as funções básicas do seu dia-a-dia.
O projeto tem capacidade para 49 moradores em dormitórios individuais.
ESTRATÉGIAS
O projeto apresenta a valorização da iluminação natural, além de proporcionar vistas panorâmicas, a luz natural está presente em todo o edifício, pelas janelas, terraços, circulações, varandas e também pelo jardim de inverno que se estende pelos três pavimentos
zonas pública e semi pública
jardim de inverno
áreas de convivência
dormitórios
O edifício conta com 3 pavimentos, e um porão semi enterrado, apresenta um layout linear bastante livre com grandes áreas de circulação, e portas de correr que permitem diversas configurações espaciais de acordo com a necessidade No térreo se encontram as áreas publicas e semi públicas, incluindo um café que da acesso ao jardim de inverno Nos outros dois pavimentos se encontram os quartos e áreas compartilhadas pelos moradores, além de terraços e varandas que dão leveza ao local
MATERIALIDADE
O edifício apresenta-se sólido, com uma estrutura de concreto, a leveza é trazida com grandes aberturas de vidro, uso de madeira em sua estrutura, pisos, esquadrias
O uso de cores claras, assim como madeiras claras em seu interior e exterior, cria um ar contemplativo do ambiente, favorecido também pela iluminação natural
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LAYOUT P L A N T A T É R R E O P L A N T A S E G U N D O P A V . P L A N T A P R I M E I R O P A V
Figura 18
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Figura 20
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Figura 23
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CASAS DE APOIO NO BRASIL CASA
MALICE CURITIBA - PR
ACasa Malice é uma casa de apoio do Instituto TMO, localizada no centro de Curitiba , a casa é uma organização sem fins lucrativos que recebe pessoas em situação de vulnerabilidade social, que estejam fora de seu domicílio em tratamento de doenças, principalmente nos casos de transplante de medula óssea
A casa acolhe cerca de 30 pessoas por mês, disponibilizando atendimento humanizado, gratuito, oferecendo ao paciente e acompanhante estadia por tempo indeterminado, alimentação, higiene, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade
O usuário recebe apoio assistencial e na compra de remédios, atendimento psicológico e orientação
nutricional.
A Casa Malice se encontra instalada em uma casa comum, adaptada as necessidades dos usuários, o imóvel localizado a duas quadras do Hospital de Clínicas foi cedido por 15 anos pelas famílias Baggio e Bizzinelli que se juntaram ao Instituto TMO.
O ambiente revitalizado possui 24 leitos, conta com cozinha equipada e banheiros adaptados para os usuários, lavanderia e sala de estar ampla, além do escritório que se encontra logo na entrada da casa.
CASA DE APOIO AMOR FRATERNO
PORTO UNIÃO- SC
ACasa de Apoio Amor Fraterno está localizada no município de Porto União, em Santa Catarina Foi fundada em 2008 como uma associação beneficente com caráter assistencial de pacientes e acompanhantes em tratamento de saúde vindos de outras regiões e que precisam permanecer em Porto União/SC e União da Vitória/PR (cidades gêmeas na fronteira entre os dois estados)
Atualmente a casa conta com uma sede própria construída em um terreno doado. A obra iniciou em 2016 e foi inaugurada em 2018.
A casa oferta alimentação e hospedagem provisória gratuitamente, além de contar com um bazar beneficente para arrecadar recursos para a manutenção da instituição.
A Casa de Apoio Amor Fraterno conta com sede própria com mais de 1.314 m² de área construída, com dois pavimentos, sendo nove apartamentos em cada andar, a casa oferece infraestrutura para cerca de 50 pessoas.
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CASAS DE APOIO
NO BRASIL
CASA DE APOIO PEQUENO PRÍNCIPE
CURITIBA- PR
CASA DE APOIO ALBEM
CURITIBA- PR
0 A
hospital Pediátrico Pequeno Príncipe, em Curitiba/PR, conta com uma casa de apoio para pacientes do Sistema Único de Saúde, recebendo gratuitamente mães, pais, ou responsáveis de crianças e adolescentes em tratamento na instituição, oferecendo hospedagem e alimentação. O espaço conta com 25 leitos, divididos em 6 quartos, sala de convivência e multiatividades (fisioterápicas e lúdicas), banheiros, cozinha e espaço de lazer e área administrativa. As famílias beneficiadas são provenientes principalmente do interior do Paraná, assim, como de todos os estados do país
A casa conta com ambiente lúdico, e com capacidade para 48 pessoas, oferece seis quartos com 25 leitos, além de recursos de higiene e alimentação. (BÜNDCHEN, 2018, p. 71)
Casa de Apoio ALBEM foi fundada em 2019. Está localizada no bairro Hauer em Curitiba/PR, próxima a três grandes hospitais da região, Erasto Gaertner, Pequeno Príncipe e Hospital de Clínicas. A Casa de Apoio acolhe usuários dos serviços de saúde e suas famílias carentes durante tratamento na cidade. O local possui 15 leitos, divididos entre masculino, feminino e familiares, salas de uso comum, sala de eventos, lavanderia e ainda conta com uma horta comunitária, mantendo também uma cozinha para que os usuários preparem suas próprias refeições
Figura 32
INSTITUIÇÃO
Casa de Apoio aos usuários de saúde TFD
Casa de apoio APAT
Casa de Maria
Casa de Apoio Lindamir Ribeiro
Casa De Apoio Padre Roberto Lettieri
Casa de Apoio Amigos do HU
Casa de Apoio do Hospital do Câncer Uopeccan
Casa de Apoio Madre Ana
Casa de Apoio São José
ESPECIALIDADE
geral
transplantados
geral
pediátrico
oncológico
geral
oncológico
pediátrico e adulto
geral
LOCAL
Betânia - PE
São Paulo - SP
Curitiba - PR
Campo Largo - PR
Barretos - SP
Londrina - PR
Cascavel - PR
Porto Alegre - RS
Florianópolis - SC
OUTRAS CASAS DE APOIO EM CIDADES BRASILEIRAS: 15
Figura 33
Figura 34
Figura 35
contextualização e diagnóstico
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16 Figura 36
este capítulo será contextualizada a cidade de Campina Grande do Sul, escolhida para a implantação da proposta arquitetônica do espaço de acolhimento para os usuários de serviços de saúde Na sequência será apresentado o diagnóstico da área urbana próxima do Hospital Angelina Caron e a delimitação e condicionantes do terreno escolhido.
A CIDADE:
CAMPINA GRANDE DO SUL
Campina Grande do Sul é um município localizado no estado do Paraná, no primeiro planalto, fazendo parte da região metropolitana de Curitiba, às margens da BR-116 O município faz limite com Bocaiúva do Sul, Colombo, Quatro Barras, Morretes, Antonina, Guaraqueçaba, e também com o estado de São Paulo.
Campina Grande do Sul surgiu em 1666 ainda como povoado, fazendo parte do município de Arraial Queimado. Em 1873 passou a ser uma freguesia, e em 1880 começou a ser chamada de Vila Glycerio, que mudou novamente de nome em 1880 após movimento dos moradores, que levou a ser chamada de Vila da Campina Grande Em 1939 se tornou um distrito do município de Piraquara, e o nome foi mudado para Timbú. Apenas em 1951 a região voltou a ser município, ainda com o mesmo nome (Timbú), e em 1956, por reivindicação popular, passou a ser chamado de Campina Grande do Sul.
De acordo com a Prefeitura Municipal de Campina Grande do Sul (2022), estima-se que a população atualmente seja de 45 354 habitantes, numa área total de 539.244 km².
Segundo a Secretaria de Saúde (2022), o município conta com 12 unidades básicas de saúde, um centro de especialidades médicas e uma unidade de apoio, sendo o Hospital Angelina Caron o único no município que oferece o pronto atendimento.
No âmbito do turismo o município conta com a maior arena coberta da América Latina, com três pavimentos, 11 mil m², e tem capacidade para 15 mil pessoas sentadas ou até 30 mil em pé. A rota de turismo se dá em parques, pesque-pague, e dezenas de rios e cachoeiras que abastecem as bacias hidrográficas do Rio Iguaçu, do Ribeira e a do Atlântico ou Litoral. Um dos principais cartões postais do município é o Pico Paraná, a montanha mais alta do sul do Brasil, com 1 877 metros de altitude (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE DO SUL, 2022).
PAISAGEM
Além de contar com o Pico Paraná em sua paisagem no planalto, devido a altitude de 903m do nível do mar, em grande parte do território do município é possível observar a paisagem composta pelo relevo das serras e montanhas dos municípios da região, proporcionando uma vista privilegiada do Morro do Anhangava, Pão de Ló, Morro do Canal, Serra Capivari Grande, Serra Ibitiraquire, Pico Caratuva, os últimos três que juntamente com o Pico Paraná fazem parte do sistema montanhoso da Serra do Mar (que vai do Espirito Santo até o sul de Santa Catarina) (AMBIENTE BRASIL, 2022)
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Figura 37
Figura 38
Figura 39
Mapa 02 Contextualização da região Fonte elaborado pela autora 2022
HOSPITAL A
Sociedade Hospitalar Angelina Caron, localizado na Rodovia do Caqui, nº 1150, no bairro Jardim Araçatuba, em Campina Grande do Sul, é uma instituição privada com caráter filantrópico fundado em 1982 Atualmente opera no fomento ao ensino, e na promoção da saúde, atuando em todas as especialidades médicas, sendo de média e alta complexidade (BALANÇO HAC, 2020) Contando com mais de 30.000 m² de área construída, e estrutura de ponta e equipamentos de alta tecnologia
ESPECIALIDADES
Cirurgia plástica
Cirurgia torácica
Cirurgia vascular e endovascular
Neurocirurgia e neurologia
Cirurgia cardíaca e pediátrica
Transplante
Urologia
Cirurgia bariátrica
Cardiologia e cirurgia cardíaca
Cirurgia geral
O hospital é um grande gerador de empregos na região, contando com mais de 2000 colaboradores, e realizando cerca de 400 mil atendimentos anuais. Segundo o balanço de 2020, 90% dos atendimentos foram provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS)
Em 2020 o hospital realizou 26.262 internações pelo SUS, e recebeu 78 263 pacientes dia, além de transplantesrealizados com uma média de 7 a cada 24 horas (BALANÇO HAC, 2020)
348 MÉDICOS 12 SALAS DE CIRURGIAS
1920 COLABORADORES
25000
CIRURGIAS
465 LEITOS
366 TRANSPLANTES
107 LEITOS DE UTI
914000 PROCEDIMENTOS AO ANO
Angelina Caron é um dos principais parceiros do SUS no Sul do país
O Hospital
18
Figura 40
Figura 41
42
Figura
SENTIDOSÃOPAULO
Mapa de infraestrutura da região (MACRO)
Legenda
19
al a o O de um des nder e o O m a e de m al a, de e a
SENTIDO CURITIBA
BARRAS HOSPITAL ANGELINA CARON POUSADA HOTEL PARADA DE ÔNIBUS/ TERMINAL PRAÇA POSTO DE COMBUSTÍVEL RESTAURANTE BR-116 RODOVIA DO CAQUI
PAULISTA E Mapa 03 Infraestrutura
QUATRO
JARDIM
da região Fonte: CTMGEO elaborado pela autora 2023
PARÂMETROS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
De acordo com o Plano Diretor de Campina Grande do Sul (2015), a ocupa solo na região do entorno do Hospital apresenta sete categorias de acordo mapa abaixo.
SECS-2--SetorEspecialdeComércioeServiço2
ANÁLISES (MESO) N
o mapa de cheios e vazios observa-se a predominância de vazios devido ao parcelamento industrial com grãos maiores à sul, e a norte A área mais densa em grãos representa a área hospitalar enquanto os grãos menores são residências.
O recorte possui diversos lotes sem uso, além de extensa área verde Essa falta de densidade de edificações e predominância de áreas vazias torna imperceptível os limites e a malha viária
Legenda
vazios cheios
Observando a malha viária e a hierarquia da mesma nota-se a presença de vias locais que partem da rodovia, que atravessa o município. As pequenas vias representadas são, basicamente, de acesso a alguma propriedade
Analisando o mapa de malha viária junto com o cheios e vazios constata-se que as edificações se concentram mais próximas a Rodovia do caqui, a principal rodovia da cidade, e vai se tornando menos densa ao se afastar dela.
Legenda
USO OCUPAÇÃO ALTURA MÁX MA (pavim entos RECUO M NIMO DO AL NHA MENTO PRED AL (m)
PERM T DO PERM SSÍVEL PRO B DO LOTE M N MO / TESTADA M NIMA (m²/m) COEFIC ENTE DE APROVE TA MENTO MÁX MO TAXA DE OCUPA ÇÃO MÁXIMA (%) TAXADE PERMEA B L DADE MÍN MA (%) LA RA
20 vias locais rodovia
Mapa 04 Parâmetros de Uso Ocupação o Solo Fonte CTMGEO, elaborado pela autora, 2023
Tabela 01: Zonas e setores Fonte elaborado pela autora com base no P ano Diretor de Campina Grande do Sul 2023
Mapa 05: Cheios e Vazios Fonte: elaborado pela autora, 2023
OMapa 06 Malha viária Fonte elaborado pela autora 2023
Legenda
sem uso área verde área da proposta rodovia vias locais
Em análise ao mapa de usos nota-se o uso principal sendo de comércio e serviços, apesar de na grande área de uso misto existirem poucas edificações deste tipo, ao mesmo tempo em que os lotes são de grande extensão.
ESCOLHA DO TERRENO (MICRO)
Após a pesquisa, sendo capaz de entender as dinâmicas da cidade de Campina Grande do Sul, assim como as necessidades de um centro de acolhimento de acordo com os estudos correlatos e as carências da região, se fez possível definir um terreno para a implantação.
Centros de acolhimento ou casas de apoio são comumente locados em zonas próximas a unidades básicas de saúde, hospitais, clínicas. Desta forma o terreno escolhido se encontra próximo ao hospital do município, o principal estabelecimento de saúde e único com atendimento de pronto socorro. Localizado numa área carente de infraestrutura para a comodidade dos frequentadores (pacientes, acompanhantes e funcionários) torna-se necessário um equipamento de rápida ligação com o Hospital. Desta forma o terreno escolhido se encontra a cerca de 300 metros da área hospitalar, priorizando a proximidade, para o fácil acesso e o bem-estar do público alvo.
Foram escolhidos dois terrenos, o 57/68A e o 067, que se encontram na zona SECS 2, onde é permitido a tipologia de habitação do projeto. 57/68A
uso residencial uso misto uso comercial/serviços uso industrial uso institucional
21 RODOVIA DO CAQUI RODOVIA DO CAQUI R.MARCOSNICOLAUSTRAPASSONI RODOVIA DO CAQUI R.ANTONIOBERO R. ANTONIO BERO
067
43
Figura
Mapa 0/ mapa de usos Fonte elaborado pela autora, 2023
Tabela 02: Dados cadastrais do terreno Fonte CTMGEO 2023
TERRENO
COMPONENTES DA PAISAGEM
VIAS REDE ELÉTRICA EDIFICAÇÕES
ÁREA TOTAL DOS LOTES:13.719 m²
Figura 46
1 2 1 2
923m 933m
ARBÓREO RELEVO DISTANTE ARBUSTIVO 22
Figura 47
Figura 45
Figura 44
CORTE ESQUEMATICO
VENTOS
TRAJETO SOLAR
CONDICIONANTES
Os lotes escolhidos (57/68-A e 067) para a locação do Centro de Acolhimento possuem declive total de cerca de 30 metros a partir da testada, contando com duas áreas onde o declive se apresenta de forma menos acentuada. Atualmente o terreno não conta com nenhuma forma direta de acesso, devido ao relevo mais íngreme próximo a via, ou seja, ambas as testadas não permitem o acesso direto da rua para o interior dos lotes
O terreno conta com uma área arborizada de cerca de 4.200m² dos 13.719m² de área total, contando com árvores de pequeno, médio e grande porte. Entre elas, estão espécies de flora ameaçada, como a Araucária, que tem proteção da Resolução do CONAMA nº 278, de 24 de maio de 2001(EMBRAPA, 2015).
A barreira vegetal contribui para diminuir o impacto dos ventos, além de gerar sombra em parte do terreno, mas não se torna uma barreira visual por se encontrar na parte mais baixa da topografia acidentada
Basicamente, os ruídos locais são provenientes da rodovia, por ser uma via de grande fluxo.
COMPONENTES DA PAISAGEM
ARBÓREO
RELEVO DISTANTE ARBUSTIVO
VIAS REDE ELÉTRICA
EDIFICAÇÕES
ÁREA TOTAL DOS LOTES:13.719 m²
4 5 3 4
23
R.MARCOSNICOLAUSTRAPASSONI
Figura 48
Figura 49
Figura 50
Figura 51
Mudanças no transporte público: aumento de ônibus com rotas que cheguem até a área facilitando a mobilidade no local, evitando baldeação e gerando integração; possibilidade de inserir o sistema de tubos presentes no transporte Público de Curitiba;
Acessibilidade e segurança para o pedestre com a inserção de calçadas ao longo da Rodovia do Caqui;
Paisagismo nas áreas de canteiro da rodovia;
Sinalização e comunicação visual adequadas para a área hospitalar;
Pavimentação da Rua Antônio Bero.com a troca de pedras para solo asfalto;
Buscar alternativas para melhorar a segurança e redução de velocidade da Rodovia no entorno da área hospitalar, com faixas elevadas e sinalização adequada;
Implantação de mobiliários urbanos e instalações de apoio, além de vegetação, criando áreas confortáveis e convidativas aos transeuntes;
Criação de desvio de acesso da rodovia para o terreno;
Valorização das áreas verdes presentes no local, como áreas externas de estar e lazer;
Acessibilidade dimensional e social para todas as pessoas no projeto;
Servir como equipamento público de apoio e referência;
DIRETRIZES GERAIS DE PROJETO URBANO M A C R O M E S O M I C R O 24
5
25
proposta
52
Figura
FUNCIONAMENTO E ATENDIMENTO
Pessoas que farão o uso dos serviços hospitalares e estão fora do domicilio que necessitam de apoio, acesso à infraestrutura, ou abrigo, sendo adultos, ou crianças
Pacientes aguardando consultas ou enquanto aguardam transporte para voltar a seus domicílios;
Pacientes em recuperação após realização de procedimento até que possam se locomover;
Pessoas aguardando transplante;
Pacientes em tratamentos de saúde de longa duração
Que tenham a necessidade de se manter no local durante internação;
Com paciente em tratamento de longa duração ou em recuperação;
Acompanhante de paciente aguardando transporte para retornarem ao domicílio
Aberto ao público de segunda a sexta-feira; das 06:00 às 19:00h
Aberto aos sábados e domingos apenas às pessoas hospedadas no local;
Modalidades de atendimento:
Apoio ao bem estar; Apoio e uso de equipamentos básicos; Alimentação; Loja colaborativa; Oficinas; Pernoite (curto prazo); Hospedagem (médio e longo prazo); Acompanhamento de assistência social; Acompanhamento psicológico; PICS (Práticas Integrativas e Complementares em Saúde)
·Voluntários selecionados, com disponibilidade de permanecer no local e dispostos a trabalhar local.
Hall área coberta para transição do exterior para interior 15m² 1 15m²
Recepção espaço de espera, informação e direcionamento (4) 18m² 1 18m²
Administração destinado ao controle geral do centro (3) 20m² 1 20m²
Profissionais capacitados que realizarão atendimento, assumirão funções técnicas, e de manutenção do Centro de Acolhimento.
Sala de Funcionários área de descanso/estar dos funcionários (8) 15m² 1 15m²
Banheiro/ vestiário fem
·Abrange visitantes, funcionários do hospital, fornecedores, e prestadores de serviços
Banheiro/ vestiário masc
2 sanitários, 2 chuveiros, armários para funcionárias (4) 7m² 1 7m²
2 sanitários, 2 chuveiros, armários para funcionários (4) 7m² 1 7m²
Banheiro/ vestiário acessível sanitário com equipamentos de acessibilidade, unissex 6m² 1 6m²
Copa área para breves refeições (4) 8m² 1 8m²
DML/depósito armazenamento de material de limpeza (1) 7m² 1 7m²
Área técnica lixo e reservatórios 35m² 1 35m²
Café comércio de alimentos, e local de alimentação (15) 45m² 1 45m²
Loja Colaborativa comércio de produtos (8) 20m² 1 20m²
26 AMBIENTE ATIVIDADES / USUÁRIOS ÁREA ESTIMADA QUANT. ÁREA TOTAL
1. 2 3. 4 1. 2 3.
PERFIL DOS USUÁRIOS
FAMILIAR
PÚBLICO GERAL
PACIENTES ACOMPANHANTE OU
VOLUNTÁRIOS FUNCIONÁRIOS
S E R V I Ç O
PLANO DE NECESSIDADES
Destinar espaços com dormitórios para pacientes e acompanhantes que são de outras cidades e que e se deslocam até Campina Grande do Sul para tratamentos, e atendimentos;
Criar um espaço que de espera e recuperação que não remeta a ambiente hospitalar, sendo acolhedor e agradável;
Propor espaços de apoio e estar, sanando as necessidades básicas em um só lugar e proporcionando conforto à quem se desloca até o hospital;
Planejar ambientes para oferecer suporte psicológico e terapêutico;
Conectar o interior da edificação com o exterior, propondo ambientes verdes visando promover conforto ambiental a edificação e bem-estar aos usuários;
Desenvolver espaços para a interação entre os pacientes, acompanhantes, proporcionando uma vivência amistosa durante o período no local;
Criar uma horta para cultivo de alimentos e ervas para que possam ser utilizados para alimentação e para tratamentos fitoterápicos;
Desenvolver estratégias projetuais que priorizem as condições bioclimáticas, se adaptando da melhor forma a conformação topográfica do terreno;
Guarda-volumes área com armários e cadeados (4) 8m² 1 8m²
Copa área para breves refeições (6) 20m² 1 20m²
Banheiro/ vestiário fem 2 sanitários, 2 chuveiros, armários visitantes (4) 7m² 2 14m²
Banheiro/ vestiário masc 2 sanitários, 2 chuveiros, armários para visitantes (4) 7m² 2 14m²
Banheiro/ vestiário acessível sanitário com equipamentos de acessibilidade, unissex 6m² 2 12m²
Espaço de convivência área de descanso, lazer (20) 65m² 1 65m²
Espaço Multiuso sala para oficinas, reuniões, palestras (20) 65m² 1 65m²
Área infantil área com brinquedos e atividades (10) 30m² 1 30m²
Banheiro família sanitário com equipamentos para criança acompanhada (3) 10m² 1 10m²
Espaço ecumênico local de comunhão, independente da religião (10) 30m² 1 30m²
Refeitório espaço para oferta e realização de refeições prontas (30) 45m² 1 45m²
Enfermaria
Sala com maca para atendimento de profissional da saúde pré deslocamento ao pronto socorro em caso de emergência 15m² 1 15m²
Espaço de convivência área de descanso, lazer (10) 50m² 1 50m²
Cozinha área para preparo de refeições pelos hospedes (5) 40m² 1 40m²
Lavanderia área com equipamentos e espaço de secagem (3) 20m² 1 20m²
Jardim externo área de convivência externa (10) 80m² 1 80m²
Alojamento dormitório com camas e armários (8) 55m² 2 110m²
Quarto Individual dormitório com uma cama, frigobar, bancada e sofá 9m² 3 27m²
Quarto família - básico dormitório com cama de casal, solteiro e auxiliar, armário, frigobar, banheiro e sofá (4) 33m² 2 66m²
Quarto família - completo
Valorizar a paisagem e visuais, principalmente no lado leste e sudeste do terreno, com a criação de espaços de contemplação das montanhas;
dormitório com cama de casal, solteiro e auxiliar, armários, mini cozinha, área de estar, alimentação e banheiro 45m² 2 90m²
Banheiro fem 4 sanitários, 4 chuveiros, banco para apoio (8) 14m² 1 14m²
Banheiro masc 4 sanitários, 4 chuveiros, banco para apoio (8) 14m² 1 14m²
Banheiro acessível sanitário com equipamentos de acessibilidade (1) 7m² 2 14m²
Sala de psicologia sala para atendimento de apoio psicológico (4) 9m² 1 9m²
Sala de PICS sala para realização de práticas terapêuticas (4) 12m² 1 12m²
ATIVIDADES / USUÁRIOS ÁREA ESTIMADA QUANT. ÁREA TOTAL
AMBIENTE
27 A P O I O A C O L H I M E N T O
DIRETRIZES PARA A PROPOSTA
LEGENDA
RECEPÇÃO
CIRCULAÇÃO
EXTERNA
SERVIÇOS
APOIO
FLUXOGRAMA E ORGANOGRAMA
Oorganograma e fluxograma abaixo visam compreender as conexões conexões dos serviços propostos no programa de necessidades
A partir disso é possível compreender os setores e os limites de cada modalidade de serviço ofertada de acordo com a permanência do usuário.
É possível observar as conexões externas e internas, além de conexões visuais importantes.
Playground área com brinquedos infantis ao ar livre (10) 80m² 1 80m²
Praça Praça com equipamentos de estar 400m² 2 800m²
Pomar área de cultivo de árvores frutíferas 200m² 1 200m²
Jardim sensorial área externa 100m² 1 100m²
Estacionamento 20 vagas veículos, 5 vagas motos e 1 vaga ambulância 400m² 1 400m²
Carga e descarga vaga para serviços 20m² 2 40m²
Horta área externa de cultivo 100m² 1 100m²
Circulação aproximadamente 10% da área total - - 300m²
3141m²
Tabela 03 Plano de necessidades
Fonte: elaborado pela autora, 2023 HALL
RECEPÇÃO
ACOLHIMENTO
ACESSO/FLUXO PRINCIPAL
ACESSO/FLUXO SECUNDÁRIO
ACESSO/FLUXO BAIXO
FLUXO ALTO
FLUXO MÉDIO
FLUXO BAIXO
CONEXÃO VISUAL
E X T E R N O AMBIENTE ATIVIDADES / USUÁRIOS ÁREA ESTIMADA QUANT. ÁREA TOTAL 28
ESPAÇO DE
JARDIM EXTERNO PRAÇA DEPÓSITO E DML
SALA DE TERAPIA SANITÁRIOS
TÉCNICA
CONVIVÊNCIA LOJA COLABORATIVA CONVIVÊNCIA
COZINHA
ÁREA
CIRCULAÇÃO BANHEIRO PNE CAFÉ COPA/COZINHA GUARDA VOLUMES ENFERMARIA/ EMERGENCIA SALA DOS FUNCIONÁRIOS ADMINISTRAÇÃO COPA LAVANDERIA HORTA SALA DE PICS C I R C U L A Ç Ã O VESTIÁRIOS BANHEIRO PNE BANHEIROS C I R C U L A Ç Ã O ÁREA INFANTIL REFEITÓRIO CIRCULAÇÃO ALOJAMENTO COMPARTILHADO ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA QUARTOS ESTACIONAMENTO CARGA E DESCARGA JARDIM SENSORIAL ESPAÇO ECUMÊNICO SALA MULTIUSO PLAYGROUND C I R C U L A Ç Ã O
PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Pré-dimensionamento necessários de algumas áreas de grande relevância para a proposta e que não contam com parâmetros prévios a serem seguidos.
ACESSIBILIDADADE, CONFORTO E SEGURANÇA
Tendo em vista os usos e dinâmicas do projeto, e a inexistência de legislação e normas específicas para esta área, houve a necessidade de buscar padrões a serem seguidos para questões de acessibilidade, conforto, e segurança
Se tratando de um projeto que preza pela saúde e bem estar do usuário os parâmetros seguidos estão descritos na Programação Arquitetônica de Unidades Funcionais de Saúde / (Ministério da Saúde, 2013), e nas Normas Para Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde - EAS (Ministério da Saúde, 1995)
Por se tratar de ambientes voltados para um público em situações especiais, além dos portadores de necessidades especiais é imprescindível o ambiente projetado seja dotado de condições de acessibilidade assim como as previstas pela Norma Brasileira 9050 –Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos (ABNT, 2004).
De acordo com as normas as portas devem ter um vão mínimo de 80cm permitindo a acessibilidade de cadeirantes;
Prevendo a possível necessidade do uso de macas, os corredores devem seguir as dimensões de 2 metros de largura para áreas comuns, e 1,20 metros de largura mínima para corredores de serviços;
áreas como enfermaria e seus acessos devem ter suas portas com um vão livre mínimo de 1,10 metros;
Devem ser levados em consideração fatores funcionais e estéticos para a especificação de materiais para um estabelecimento de assistência à saúde, sendo resistentes a impactos, além de propiciarem fácil limpeza e manutenção.
QUARTO FAMÍLIA COMPLETO QUARTO FAMÍLIA BÁSICO COZINHA COMPARTILHADA ALOJAMENTO ESC 1/75 ESC 1/75 ESC 1/75 ESC 1/75
Figura 53
ZONEAMENTO
Praças
Playground
Jardim sensorial Horta
PAVIMENTO A
Áreas semipúblicas
Hall e recepção
Vista privilegiada
Espaço ecumênico
Estacionamento
DIAGRAMA DE ACESSOS POR TEMPO DE PERMANÊNCIA
LONGO
Vegetação permanente
Serviços interno
QUARTOS
CONVIVÊNCIA
JARDIM EXTERNO
ALOJAMENTO COMPARTILHADO
LAVANDERIA
COZINHA
ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA
SALA DE TERAPIA
SALA DE PICS
ENFERMARIA/ EMERGENCIA
CURTO
PAVIMENTO B
dormitórios (posição solar privilegiada)
LOJA
COLABORATIVA
CAFÉ
GUARDA VOLUMES
COPA/COZINHA
SALA MULTIUSO
ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA
HALL RECEPÇÃO
HORTA
BANHEIROS ÁREA INFANTIL
REFEITÓRIO
ESPAÇO ECUMÊNICO
ESTACIONAMENTO
PLAYGROUND PRAÇA
JARDIM SENSORIAL
áreas de convivência
Jardim privado
áreas de saúde
30
ACOLHIMENTO APOIO
Figura 54
Figura 55
Diagrama 01 Tempo de permanência Fonte elaborado pela autora 2023
Figura 56
VOLUMETRIA PRÓXIMOS
PASSOS
O uso dos níveis do terreno colabora com a setorização, tendo os ambientes de apoio (curta permanência) todos localizados no mesmo pavimento, o controle do acesso e fluxo nas áreas de longa permanência se dá de forma mais natural.
Apartir dos estudos realizados na etapa do Trabalho Final de Graduação I, compreendemos a importância e necessidade do acolhimento e apoio ao usuário de serviços hospitalares.
Devido ao grande desnível do terreno a edificação pretende ser em níveis, variando entre meio subterrânea, e elevada por pilotis
Usando a topografia do local como ferramenta, evitando edificação em altura ou que destoe do ambiente, e aproveitando das visuais locais.
Os estudos, análises e diagnósticos realizados na presente etapa proporcionam o suporte para dar sequência ao trabalho e alcançar o desenvolvimento e finalização do projeto arquitetônico.
Dessa forma, para a próxima etapa do trabalho, pretende-se aprofundar os estudos relacionados ao dimensionamentos do Centro de Acolhimento Para Usuários de Serviços Hospitalares em Campina Grande do Sul, juntamente com um amadurecimento da proposta de zoneamento e volumetria propostos. Lançar uma proposta arquitetônica criando a espacialização dos ambientes e suas relações e atividades.
Por fim, a última etapa do trabalho termina com o alcance os objetivos traçados inicialmente, finalizando a proposta do projeto arquitetônico do Refúgio - Acolhimento Para Usuários de Serviços Hospitalares.
Jardim privado com baixa permeabilidade visual proporcionando segurança e conforto, criando um recanto externo
Uso de patamares para aproveitamento da topografia
31
Figura 57
Figura58
Figura60
59
Figura
referências
32 6 32
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 Pacientes em espera no hospital Disponível em: https://g1 globo com/df/distrito-federal/noticia/2019/06/14/superlotacaoimagens-mostram-pacientes-em-corredores-de-hospital-publico-do-df.ghtml Acesso em: 10 fev 2023 Manipulada pela autora
Figura 02 Fila de usuários do SUS à espera de senha para marcação de exames em hospital público do Rio Disponível em: https://www abrasco org br/site/noticias/opiniao/abrasquianos-comentam-projeto-lean-e-as-filas-nos-hospitais/43446/. Acesso em: 10 fev 2023 Manipulada pela autora
Figura 03 Sala de espera de hospital público. Disponível em: https://medicinasa com br/postos-de-saude-e-hospitais-publicos-devemdivulgar-fila-de-espera/ Acesso em: 10 jan 2023 Manipulada pela autora
Figura 04 Vans municipais estacionadas. Disponível em: https://gauchazh clicrbs com br/geral/noticia/2015/08/veiculos-destinados-asaude-publica-levam-passageiros-irregularmente-4836083.html. Acesso em: 10 jan. 2023. Manipulada pela autora
Figura 05 Logo do Sistema Único de Assistência Social. Disponível em: https://www correiodosmunicipios-al com.br/2021/06/conhecao-suas-o-sistema-unico-de-assistencia-social/ Acesso em: 22 dez. 2022
Figura 06 Idoso e profissional da saúde. Disponível em: https://www totvs com/blog/instituicoes-de-saude/humanizacao-na-saude/
Acesso em: 10 jan 2023 Manipulada pela autora
Figura 07 Idoso em cadeira de rodas. Disponível em: https://blog lojaortopedica com br/cadeira-de-rodas-para-idoso/ Acesso em: 10 jan 2023 Manipulada pela autora
Figura 08 Gestante. Disponível em: https://blog vhita com br/enjoo-na-gravidez/ Acesso em: 10 jan. 2023. Manipulada pela autora
Figura 09 Crianças. Disponível em: https://www tjpe jus br/-/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-completa-32-anos-nesta-terca-feira13-7- Acesso em: 10 jan 2023 Manipulada pela autora
Figura 10 Colagem pessoas em internação hospitalar. Disponível em: https://br freepik com/ Acesso em: 10 jan. 2023. Manipulada pela autora
Figura 11 Pacientes em longa fila de espera em hospital Disponível em: https://www metropoles com/distrito-federal/saude-df/doparanoa-a-ceilandia-pacientes-sofrem-em-longas-filas-nos-hospitais. Acesso em: 09 jan. 2023. Manipulada pela autora
Figura 12 Planta de implantação e layout do Centro Maggie de Newcastle. Disponível em: https://www archdaily com br/br/01142739/centro-de-tratamento-de-cancer-maggies-em-newcastle-slash-cullinan-studio. Acesso em: 22 jan. 2023. Adições e manipulações pela autora
Figura 13 Planta baixa do Centro Maggie de Newcastle. Disponível em: https://www archdaily com br/br/01-142739/centro-detratamento-de-cancer-maggies-em-newcastle-slash-cullinan-studio. Acesso em: 22 jan. 2023. Adições e manipulações pela autora
Figura 14 Centro Maggie de Newcastle. Disponível em: https://www archdaily com br/br/01-142739/centro-de-tratamento-de-cancermaggies-em-newcastle-slash-cullinan-studio. Acesso em: 22 jan. 2023.
Figura 15. Vista do Centro Maggie de Newcastle. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-142739/centro-de-tratamento-decancer-maggies-em-newcastle-slash-cullinan-studio. Acesso em: 22 jan. 2023. Adições e manipulações pela autora
Figura 16. Exterior do Centro Maggie de Newcastle. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-142739/centro-de-tratamentode-cancer-maggies-em-newcastle-slash-cullinan-studio. Acesso em: 22 jan. 2023.
Figura 17. Vista do mezanino do Centro Maggie de Newcastle. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-142739/centro-detratamento-de-cancer-maggies-em-newcastle-slash-cullinan-studio. Acesso em: 22 jan. 2023
Figuras 18, 19 e 20 Plantas baixas do Lar de repouso e cuidados especiais. Disponível em: https://www archdaily com br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten?ad medium=gallery. Acesso em: 30 jan 2023 Adições e manipulações pela autora
Figura 21 Lar de repouso e cuidados especiais Disponível em: https://www archdaily com br/br/788077/lar-de-repouso-e-cuidadosespeciais-dietger-wissounig-architekten?ad medium=gallery. Acesso em: 30 jan. 2023
Figura 22 Corte do Lar de repouso e cuidados especiais Disponível em: https://www archdaily com br/br/788077/lar-de-repouso-ecuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten?ad medium=gallery. Acesso em: 30 jan 2023. Adições e manipulações pela autora
Figura 23 Interior do Lar de repouso e cuidados especiais Disponível em: https://www archdaily com br/br/788077/lar-de-repouso-ecuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten?ad medium=gallery. Acesso em: 30 jan 2023
Figura 24 Varanda do Lar de repouso e cuidados especiais Disponível em: https://www archdaily com br/br/788077/lar-de-repouso-ecuidados-especiais-dietger-wissounig-architekten?ad medium=gallery. Acesso em: 30 jan 2023
Figura 25 Casa Malice. Disponível em: https://topview com br/self/comportamento/casa-malice-instituto-tmo-salvando-vidas-ha-34anos/ Acesso em: 16 jan 2023 Manipulada pela autora
Figura 26 Quarto compartilhado Casa Malice. Disponível em: https://institutotmo org br/casa-malice/ Acesso em: 16 jan. 2023
Figura 27 Sala de jantar Casa Malice. Disponível em: https://institutotmo org br/casa-malice/ Acesso em: 16 jan. 2023
Figura 28 Casa de Apoio Amor Fraterno Disponível em:Google Street View 2022 maio/ Acesso em: 15 jan 2023
Figura 29 Sala de TV Casa de Apoio Amor Fraterno Disponível em: https://casaamorfraterno org/quem-somos/ Acesso em: 15 jan 2023
Figura 30 Cozinha Casa de Apoio Amor Fraterno. Disponível em: https://casaamorfraterno org/quem-somos/ Acesso em: 15 jan 2023
Figura 31 Sala de espera Casa de Apoio Amor Fraterno. Disponível em: https://casaamorfraterno org/quem-somos/ Acesso em: 15 jan 2023
Figura 32 Casa de Apoio Pequeno Príncipe, por Bruna Bündchen. Disponível em: http://repositorio utfpr edu br/jspui/handle/1/7580 Acesso em: 10 fev 2023
Figura 33 Interior Casa de Apoio Pequeno Príncipe. Disponível em: https://pequenoprincipe org br/pacientes-efamiliares/humanizacao/casa-de-apoio/ Acesso em: 15 jan 2023
Figura 34 Casa de Apoio ALBEM. Disponível em: Google Street View 2021 dez Acesso em: 18 jan. 2023
Figura 35. Horta comunitária Casa de Apoio ALBEM Disponível em: https://www.google com/maps/place/ALBEM+Associa%C3%A7%C3%A3o+Lutando+pelo+Bem/@-25.485421,-49.256477,3a,77.5y,90t/ data=!3m8!1e2!3m6!1sAF1QipN hfa7zXUpVpIS1oTfLR4bxdJhjxdpOxyqfRd!2e10!3e12!6shttps:%2F%2Flh5.googleusercontent.com%2Fp%2FAF1QipN hfa7zXUpVpIS1oTfLR4bxdJhjxdpOxyqfRd%3Dw203-h152-kno!7i960!8i720!4m7!3m6!1s0x94dcfb33042a2ffb:0xd17e0eaae96f8cd7!8m2!3d-25.4853702!4d49 2563414!10e5!16s%2Fg%2F11h81s3z8n Acesso em: 12 fev 2023
Figura 36 Imagem gráfica de mapa de Campina Grande do Sul. Elaborado pela autora 2022
Figura 37. Vista aérea de Campina Grande do Sul. Disponível em: https://www youtube.com/watch? v=CCYghwUOS64&ab channel=Bronis%26Drones/ Acesso em: 28 jan. 2023. Corte da autora.
Figura 38. Maior arena coberta da América Latina. Disponível em: https://www.bemparana.com.br/noticias/parana/campina-grande-dosul-se-prepara-para-a-1a-expocamp/. Acesso em: 28 jan. 2023.
Figura 39. Panorâmica do Morro do Anhangava. Foto da autora, 2023
Figura 40 Hospital Angelina Caron. Disponível em: https://portalhospitaisbrasil com br/hospital-angelina-caron/ Acesso em: 20 jan 2023
Figura 41 Hospital Angelina Caron Disponível em: https://hospitalangelinacaron org br/ Acesso em: 22 jan. 2023. Manipulada pela autora
Figura 42 Números do Hospital Angelina Caron Disponível em: https://hospitalangelinacaron org br/estrutura/. Acesso em: 20 jan 2023 Manipulada pela autora
Figura 43 Imagem de satélite com recorte do terreno Disponível em: https://campinagrandedosul ctmgeo com br:10085/geoview/index ctm Edição da autora, 2023
Figura 44 Corte esquemático do terreno. Elaborado pela autora, 2023
Figura 45 Recorte área do terreno com topografia Elaborado pela autora, 2023
Figura 46 Panorâmica do terreno. Foto da autora, 2023
Figura 47 Panorâmica do terreno. Foto da autora, 2023
Figura 48 Esquema topográfico do recorte. Elaborado pela autora, 2023
Figura 49 Panorâmica do terreno. Foto da autora, 2023
Figura 50 Panorâmica do terreno. Foto da autora, 2023
Figura 51 Recorte área do terreno com topografia Elaborado pela autora, 2023
Figura 52. Pacientes madrugam em filas para marcar consultas médicas. Disponível em: https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/pacientes-madrugam-em-filas-para-marcar-consultas-medicas-no-maior-hospital-no-ap.ghtml. Acesso em: 12 fev. 2023.
Figura 53. Plantas baixas de pré dimensionamento. Elaborado pela autora 2023
Figura 55. Zoneamento pavimento 1 Elaborado pela autora, 2023
Figura 56 Zoneamento pavimento subsolo Elaborado pela autora, 2023
Figura 57 Perspectiva volumétrica Elaborado pela autora, 2023
Figura 58 Estudo de Volumetria. Elaborado pela autora, 2023
Figura 59 Perspectiva volumétrica Elaborado pela autora, 2023
Figura 60 Estudo de Volumetria. Elaborado pela autora, 2023
Figura 61 Camas de alojamento. Disponível em: https://www voluntariadohnp org/apoyos/albergue Acesso em: 12 fev. 2023
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