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O ACOMPANHANTE
“O acompanhante é todo e qualquer indivíduo que de forma voluntária ou remunerada permanece junto do paciente por um período de tempo consecutivo e sistemático, proporcionando companhia, suporte emocional e que, eventualmente, realiza cuidados em prol do paciente mediante orientação ou supervisão da equipe de saúde” (PROCHNOW et al, 2009, p.12) ministério da Saúde por meio da portaria nº 1.820/2009 assegura o direito de o paciente ter um acompanhante de livre escolha nas consultas e exames, e em casos de internação previstos por lei quando a autonomia da pessoa estiver comprometida, ou em casos de idosos, crianças e adolescentes e gestantes
O Capítulo IV do Estatuto do Idoso (2007) no Art.16 assegura ao idoso internado ou em observação o direito de um acompanhante em tempo integral, cabendo ao profissional da saúde responsável, conceder a autorização ou justificar a impossibilidade O ECA
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(Estatuto da Criança e do Adolescente), no 12 da Lei nº 8.069, assegura que toda criança (até 12 anos) e adolescente (dos 12 aos 18 anos) devem estar acompanhados do responsável em consultas e exames, e com acompanhamento integral no caso de internação. A Lei Federal nº 11 108 que, em seu artigo 19 assegura que parturientes têm direito a um acompanhante de livre escolha durante o período de trabalho de parto, o parto e pós-parto imediato.
É direito de todos acompanhantes durante uma internação, a oferta de acomodações adequadas e principais refeições diárias, porém como o sistema de saúde não possui muitas vezes nem leitos o suficiente para os pacientes, esse local adequado para os acompanhantes acaba sendo inexistente



De acordo com Shiotsu e Takahashi (2000) é necessário repensar e criar uma política de atendimento e acolhimento ao acompanhante hospitalar. O acompanhamento de um familiar ou pessoa de confiança, é benéfico para o paciente como suporte emocional, suporte este que não consegue ser oferecido pelos profissionais como médicos e enfermeiros que acompanham o processo. Observando, Shiotsu e Takahashi (2000) afirmam que mesmo com condições desfavoráveis, sem assistência, a presença dos acompanhantes se mantém contínuas, levando-os a dividir leito com pacientes, dormir no chão, se mantendo inadequadamente nos arredores do local para garantir o acompanhamento.

Um estudo de Franco (1988) observou que o paciente adulto internado, pode apresentar um quadro de regressão de sua idade cronológica devido ao estresse, situação que deve ser atendida por pessoas de sua confiança devido a necessidade do vínculo afetivo, uma vez que a interação com a equipe médica se dá de forma muito técnica Segundo o autor, essa presença transmite confiança e segurança, em contrapartida, permanecer com o paciente também manifesta emoções no acompanhante, como medo, ansiedades e preocupações, considerando a necessidade da atenção da equipe médica para a minimização destes sentimentos.
Romano (1997) afirma que em procedimento médico e internação são percebidos coletivamente, e que as demandas mais solicitadas pelas famílias e acompanhantes em frente a hospitalização, foram: receber informações honestas, necessidade de horários mais flexíveis, e apoio. Segundo Morais et. al. (2015) durante a permanência no hospital, os acompanhantes buscam meios para balancear o desconforto e as dificuldades, e, muitas vezes, a falta de redes de apoio dificulta sua função As autoras apresentam a neces- sidade do apoio financeiro dos familiares, o revezamento como acompanhante e até mesmo a oferta de roupas limpas lavadas pela família como necessidades básicas relativas a essa situação. Porém, em grande parte dos casos, nenhuma destas necessidades são supridas adequadamente, principalmente, quando o atendimento acontece em locais distantes do domicílio.
