Via Saúde (J3News edição nº 335)

Foto: Silvana Rust

Cooperativa Norte Saúde destaca o desempenho dos profissionais de enfermagem

Atendimento domiciliar promove manutenção e reabilitação da saúde de pacientes

Ocinei Trindade

A enfermeira Bianca Vivaqua preside a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais na Área da Saúde, sediada em Campos. Conhecida como Cooperativa Norte Saúde, a empresa foi criada em 2011. Atualmente, possui mais de dois mil cooperados cadastrados. São cerca de 600 profissionais que atuam em home care e hospitais. O desempenho de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem é fundamental para o serviço de atendimento domiciliar. Outros profissionais também fazem parte da equipe da Norte Saúde.

“A Norte Saúde visa à promoção, manutenção e a reabilitação da saúde; maximizando o nível de independência dos clientes; promovendo a total adaptação em seus lares, para que se sintam seguros e estáveis em suas casas”, destaca Bianca. São oferecidos pela Norte Saúde serviços profissionais de enfermeiro, técnico de enfermagem, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, assistente social, psicólogo, cuidador de idosos, cuidador de crianças especiais. Para atender de forma mais completa e garantir a adaptação ao atendimento domiciliar, a cooperativa oferece o serviço de aluguel e venda de diversos equipamentos e materiais hospitalares, como aspirador, cilindro de oxigênio, cadeira de rodas e higiênica, cama, colchões, oxímetro, termômetros, entre outros.

“Hoje, atuando pelos principais planos de

saúde de Campos, atendemos mais de 150 pacientes na modalidade de assistência domiciliar. Ainda, temos profissionais atuando diariamente em alguns hospitais privados. A Norte Saúde tem equipe preparada para atender em todas as cidades do Rio de Janeiro, demandas de intercâmbio dos planos de saúde ou contratos diretos com a família”, explica.

Mês da Enfermagem

O mês de maio é dedicado aos enfermeiros. No dia 12, celebra-se o Dia Internacional

da Enfermagem. Formada há 22 anos como enfermeira, Bianca Vivaqua há 10 anos é presidente da Norte Saúde. “Me especializei em dermatologia, ozonioterapia e laserterapia, e hoje, além de gerir a cooperativa, atuo realizando procedimentos de curativos, que é minha especialidade. Hoje, dos 600 cooperados atuantes, temos 400 entre técnicos e auxiliares e 40 enfermeiros trabalhando”, revela.

Bianca considera a categoria de enfermagem como a maior categoria profissional e mais atuante no campo

da saúde brasileira. “Percebemos a enfermagem empenhada a cumprir o seu papel de acordo com o Código do Conselho Profissional, mesmo com as limitações existentes, principalmente no setor público. No setor privado, conseguimos atender de forma mais personalizada a cada paciente, gerando ainda mais confiança no atendimento e na relação entre família e prestador de serviços”, diz.

Há dois ramos principais de atuação da enfermagem na Norte Saúde: a assistência domiciliar, em que a enfermagem executa cuidados de maior complexidade técnica; e no ambiente hospitalar, além da execução dos procedimentos, a enfermagem atua de forma administrativa, gerenciando as unidades de cuidado e liderando equipes multidisciplinares. Em tempos de pandemia, a valorização do trabalho dos profissionais da saúde ganhou nova perspectiva e crescimento da busca por cursos na área da saúde, segundo Bianca Vivaqua.

Para ser um bom enfermeiro ou enfermeira, a presidente da Norte Saúde destaca a necessidade de amor e cuidado com as pessoas. “O enfermeiro deve se especializar tecnicamente, buscar novos conhecimentos, mas sem esquecer de que está lidando com vidas, com o amor de alguém. Ser empático e prezar pelo cuidado humanizado refletem a qualidade e excelência do profissional da saúde”, conclui.

Fotos: Silvana Rust

Atualização | Busca por cursos na área de saúde cresceu nos últimos anos com a pandemia

Enfermeira | Bianca Vivaqua

Trombose: doença é responsável por mais de 100 internações diárias

Adote medidas de prevenção e conheça mais sobre os ricos e os sintomas da doença

Uma em cada quatro pessoas morre no mundo por doenças relacionadas à trombose, a informação é da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH). Considerada silenciosa, a trombose venosa é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas que bloqueia o fluxo de sangue causando inchaço e dor na região. Segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), a doença é responsável por 113 internações diárias no Brasil.

Um problema apontado por especialistas é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, no processo chamado de embolia. Uma trombose pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves. Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 5 a 15% de indivíduos não tratados da trombose venosa profunda podem morrer de embolia pulmonar.

Além do elevado número de internações diárias, o levantamento do SBACV também revelou que entre janeiro de 2012 e maio de 2022, mais de 425 mil brasileiros foram internados para tratamento de tromboses venosas, sendo que 92% desses casos precisaram de atendimento urgente.

Segundo o Ministério da Saúde, algumas das causas para o desenvolvimento da doença são: o uso de anticoncepcional ou tratamento hormonal, tabagismo,

considerações genéticas, obesidade, ficar sentado ou deitado por muito tempo, varizes, gravidez, câncer, idade avançada, pacientes com insuficiência cardíaca, entre outros. A trombose venosa pode ser completamente assintomática. Quando há presença de sintomas, além de dor no local e inchaço, são comuns: calor, vermelhidão e rigidez da musculatura na região em que se forma o trombo.

Pacientes que passaram por cirurgias no joelho, quadril e trauma são os principais grupos de risco, nesse caso, o desenvolvimento da doença pode acontecer depois da cirurgia ortopédica, geralmente localizada nas pernas, provocando entupimento da veia. Apesar de a trombose venosa atingir homens e mulheres com incidência semelhante, quando há a avaliação dos casos por idade, como, por exemplo, entre 20 e 40 anos, o índice feminino tende a ser maior, devido à maior exposição que as mulheres têm aos fatores de risco.

Para o diagnóstico, deve ser realizado um exame clínico a partir dos sintomas apresentados pelo paciente. Mas a confirmação se dá através de exames de sangue, ultrassom, venografia, Eco Color Doppler (ultrassom vascular), tomografia e ressonância magnética. Tão logo seja identificada a trombose, o tratamento deve ser iniciado imediatamente, para evitar o crescimento do coágulo no sangue e em outras partes do corpo, evitando possíveis complicações, além de diminuir chances de recorrência da doença.

Exercícios ajudam a prevenir

Algumas medidas devem ser adotadas para a rotina de prevenção, como por exemplo: praticar exercícios físicos ou fazer caminhadas com frequência, manter uma alimentação saudável, evitar o cigarro, não ficar deitado ou sentado por longos períodos, ingerir bastante água para prevenir a desidratação, usar meias elásticas, realizar movimentos de flexão com os pés para contrair as panturrilhas, se movimentar precocemente após procedimentos cirúrgicos (se possível), busque sempre

orientações médicas para obter melhores resultados.

O Ministério da Saúde faz um alerta para pessoas que realizam viagens longas, pois também estão sujeitas ao desenvolvimento da trombose. Nestes casos, é recomendado que se faça o uso de roupas confortáveis e largas; uso de meias elásticas medicinais, prescritas por um médico e adequadamente calçadas, para ajudar no retorno venoso; tomar bastante líquido para hidratar e evitar ficar mais de duas horas parado na mesma posição.

RISCO | Doença, geralmente localizada nas pernas, provoca entupimento de veias

Fotos: Divulgação

Alimentos ultraprocessados tendem a exceder calorias

A alimentação adequada e saudável é um dos principais fatores que contribuem para uma saúde eficiente. No entanto, os tempos modernos nos levam ao consumo excessivo de alimentos processados. A constatação tem levado à defesa, por especialistas, de que uma boa alimentação deve ser baseada em alimentos in natura e minimamente processados. Além disso, alimentos ultraprocessados costumam ser nutricionalmente desbalanceados e hipercalóricos.

Alimentos ultraprocessados são formulações industriais prontas para consumo, cujo preparo envolve diversas etapas de processos industriais e são feitos com ingredientes com nomes pouco familiares e não usados em casa (carboximetilcelulose, açúcar invertido, maltodextrina, frutose, xarope de milho, aromatizantes, emulsificantes, espessantes,

adoçantes, entre outros). Esses alimentos destacam-se, também, por serem ricos em gorduras, açúcares e sódio. Além disso, na maioria dos casos, contam com pouca quantidade de fibras.

Especialistas contra o consumo de ultraprocessados costumam destacar o fato de que as formulações industriais possuem uma lista de ingredientes que a população não tem acesso em nível doméstico. Seria impossível reproduzir a lista em casa. Basta observar o rótulo de um alimento ultraprocessado no supermercado e perceber o quanto daquilo ali você reconhece ou já teve a oportunidade de ver pessoalmente.

Devido a seus ingredientes, alimentos ultraprocessados – como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, refrigerantes e macarrão instantâneo – também são nutricionalmente desbalanceados. Por conta de sua formulação e apresentação, tendem

a ser consumidos em excesso e a substituir alimentos in natura ou minimamente processados. E esse consumo exagerado gera também um alto consumo de calorias.

Os alimentos ultraprocessados “enganam” os dispositivos d o organismo que regulam o balanço de calorias. Em essência, esses dispositivos do sistema digestivo e, no cérebro, são os responsáveis por fazer com que as calorias ingeridas igualem as calorias gastas com o funcionamento do organismo e com a atividade física. Ao consumir ultraprocessados, os dispositivos tendem a subestimar as calorias que provêm de alimentos e, nesta medida, a sinalização de saciedade após a ingestão dos produtos não ocorre ou ocorre tardiamente, fazendo com que calorias ingeridas e não gastas inevitavelmente acabem estocadas em nosso corpo na forma de gordura, aumentando o risco de obesidade.

Consumo excessivo de calorias aumenta o risco de obesidade

Outros atributos comuns aos ultraprocessados, que podem comprometer os mecanismos que sinalizam a saciedade e controlam o apetite são a adição de açúcares, gorduras, sal e vários aditivos promovendo compostos extremamente saborosos, induzindo ao hábito ou mesmo para criar dependência. A maioria dos alimentos ultraprocessados é formulada para ser consumida em qualquer lugar e sem a necessidade de pratos, talheres e mesas. É comum o seu consumo em casa enquanto se assiste a programas de tv, na mesa de trabalho ou andando na rua. O que dificulta o organismo de registrar o quê e o quanto está sendo ingerido.

Devido ao baixo custo dos seus ingredientes, é comum que muitos alimentos ultraprocessados sejam comercializados em recipientes ou embalagens grandes e a preço parecidos ao de produtos em tamanho regular. No caso de refrigerantes, refrescos e outros produtos prontos para beber, o aumento do risco de obesidade é em função da comprovada menor capacidade que o organismo humano tem de registrar calorias provenientes de bebidas adoçadas.

Eles conseguem “enganar” o organismo e induzir um consumo de calorias além do necessário

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Síndrome de Burnout atinge 32% da população

Distúrbio emocional apresenta sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico

No Brasil, uma a cada quatro pessoas sofre da Síndrome de Burnout também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, que é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultado de situações de trabalho desgastantes, que demandam muita competitividade e responsabilidade. Pesquisas indicam que até 32% da população economicamente ativa no país sofre das complicações patológicas decorrentes do trabalho, uma vez que a principal causa da doença é o excesso de tarefas. Os sintomas tendem a aparecer de forma suave, mas com o passar do tempo tende a piorar. Por isso, muitas pessoas pensam que pode ser algo passageiro. Para evitar problemas mais sérios e complicações da doença, é fundamental buscar apoio profissional assim que notar qualquer sinal.

O estresse e a falta de vontade de sair da cama ou de casa, quando frequentes, podem indicar o início da doença. Os principais sinais são: cansaço excessivo, físico e mental; dor de cabeça frequente; insônia; dificuldades de concentração; negatividade constante; isolamento; sentimentos de fracasso e desesperança. Essa síndrome é muito comum em profissionais que atuam sob pressão, com responsabilidades constantes e horários divergentes, como médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, entre outros.

A síndrome pode se desenvolver quando o profissional planeja ou é destinado para objetivos de trabalho muito difíceis, situações em que a pessoa pode pensar, por algum motivo, não ter capacidades suficientes para cumprir. Essa

síndrome pode resultar em estado de depressão profunda e por isso é essencial procurar apoio profissional no surgimento dos primeiros sintomas. O diagnóstico da síndrome de burnot é realizado por um psiquiatra ou psicólogo, que são os profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma do tratamento, após análise clínica do paciente. Muitas pessoas acabam não buscando ajuda médica por não saber ou não conseguir identificar todos os sintomas e, por muitas vezes, acabam negligenciando a situação sem saber que algo mais sério pode estar acontecendo.

Amigos próximos e familiares podem ser bons pilares no início, ajudando a pessoa a reconhecer sinais de que precisa de ajuda. Após o diagnóstico médico, é fortemente recomendado que a pessoa tire férias e desenvolva atividades de lazer.

O tratamento é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos como antidepressivos e/ou ansiolíticos. Também fazem parte mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida. Normalmente, surte efeito entre um e três meses, mas pode permanecer por mais tempo.

Os sinais de piora da Síndrome de Burnout surgem quando a pessoa não segue o tratamento adequado, e com isso, os sintomas se agravam incluindo perda total da motivação e distúrbios gastrointestinais. Nos casos mais graves, a pessoa pode desenvolver uma depressão, que muitas vezes pode ser indicativo de internação para avaliação detalhada e possíveis intervenções médicas.

PREVENÇÃO !

Conhecer as formas de prevenção é importante para ajudar a entender os sinais e sintomas para tratar da Síndrome de Burnot logo no começo. A recomendação é que estratégias saudáveis sejam adotadas para diminuir o estresse e pressão no trabalho, como: traçar pequenos objetivos na vida profissional e pessoal, participar de atividades de lazer com família e amigos; fugir da rotina, realizar alguma atividade diferente das estabelecidas na rotina, como passear, ir ao restaurante ou ao cinema; evitar contato com pessoas negativas; o consumo de bebidas alcoólicas e

tabaco ou outras drogas, porque vai piorar a confusão mental; realização de atividades físicas como: academia, corrida, caminhada, entre outros; não se automedicar nem tomar remédios sem prescrição médica. Outra prática importante para prevenir a síndrome é o descanso adequado, com ótima noite de sono, por pelo menos 8 horas. Também é recomendado manter o equilíbrio entre trabalho, lazer, família, vida social e atividades físicas. Esses hábitos são fundamentais para manter o equilíbrio entre o trabalho, o lazer, a família, a vida social e as atividades físicas.

Realidade | Uma em cada quatro pessoas no Brasil sofre de esgotamento profissional

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PODdr na J3News TV

Boa semana meus queridos.

Estamos trazendo mais um canal de informação para vocês, na próxima terça-feira dia 02/05 estrearemos nosso podcast o PODdr, será um espaço especial onde falaremos de medicina e saúde de um modo geral, receberemos grandes profissionais da área da saúde de Campos e toda região, serão médicos de diversas especialidades, educadores físicos, enfermeiros,psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas entre outros.

Estamos preparando com muito amor e dedicação um programa para ajudar a sanar as suas dúvidas caro telespectador, nosso objetivo é contribuir positivamente na sua qualidade de vida.

Contamos com sua participação, mande suas dúvidas, sugestões, nosso espaço estará sempre aberto. Entendemos que saúde vai muito além de um diag-

nóstico, por isso também falaremos sobre o indivíduo como um todo, uma visão holística,pois no cenário atual as pessoas a cada dia que passa estão adoecendo mais e estão tendo sua saúde mental devastada com a pressão imposta pela sociedade e até mesmo as redes sociais.

Então em um mundo onde tudo acontece muito rápido, estamos deixando as coisas “simples” de lado, porém as pequenas coisas são as grandes coisas, então o assuntos como autocuidado, a saúde mental, mudanças de hábitos estarão presentes em nossos programas. Até breve e conte com a gente.

Dr. Diego Motta Médico Nutricionista

Julyana Valentim

Karla Bairral

Ingrid Coutinho

Fabrício Bastos, educador físico que participará do primeiro PODdr

Nicolas Crespo

Fotos: Divulgação