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DF NOTÍCIAS

Brasília, 1 de novembro de 2011 3

Política – O deputado Dr. Charles (PTB) na volta à Câmara como suplente já aprovou em primeiro turno

projetos que foram apresentados na legislatura passada quando era titular. Promete trabalhar em várias áreas

Dr. Charles volta à Câmara Legislativa com disposição

S

uplente do deputado Cristiano Araújo (PTB) que deixou a Câmara para assumir a Secretaria de Ciência e Tecnologia, Dr. Charles retorna à Casa Legislativa demonstrando muita disposição para o trabalho e vai defender várias bandeiras, além da saúde. Anunciou que lançou mão do 14º e 15º salários como fez no mandato passado, aliás foi o primeiro deputado do Distrito Federal a não receber esses benefícios. É titular da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar e da Comissão de Assuntos Fundiários. É suplente da Comissão de Assuntos Sociais e da Comissão de Segurança. Em entrevista ao DF Notícias dá mais detalhes do trabalho que desenvolve na Câmara e na cidade. Deputado, o senhor deixou vários projetos na Câmara. Quais projetos o senhor está dando andamento ou existem novos que o senhor pretende apresentar? Antes de começar com o novo, é preciso lembrar também o que nós fizemos. Estou entre os 5 deputados que mais aprovaram projetos na legislatura passada. Nós tivemos um projeto concorrendo com vários parlamentares brasileiros, eu ganhei o Prêmio Mérito Legislativo de 2008 com uma lei de acesso, a Lei de Libras. Todos os hospitais públicos devem ter um tradutor da linguagem brasileira de sinais para ajudar pessoas que adentram nesses hospitais e centros de saúde e tenham

necessidades dessa ajuda. Além de ter escrito na entrada dos hospitais, informações em braile. Temos um projeto que criou a Escola do Legislativo (Elegis) a fim de aperfeiçoar o processo legislativo e a formação dos servidores. A Escola do Legislativo propiciou que houvesse uma interface com a Câmara e a sociedade, possibilitando também parcerias, como por exemplo, com a Fundação Getúlio Vargas para atender os servidores e até em benefício dos parlamentares. Aprovamos em primeiro turno, na semana retrasada, um projeto que exige que em todas regionais de ensino tenha uma nutricionista, porque estamos vendo que nossas crianças estão mais gordas. Essas crianças estão comendo frituras nas cantinas, salgadinhos, verdadeiras bombas calóricas. Contar com nutricionistas nas escolas vai ser muito bom, pois deverão balancear a dieta dos alunos, para que possam ter uma alimentação saudável. Também consegui aprovar em primeiro turno que todos os estabelecimentos públicos e shoppings tenham cadeira de rodas à disposição, para os idosos e deficientes que de alguma maneira possam precisar delas. Qual o seu foco de trabalho? Pretendo trabalhar com a saúde da qual sou oriundo, para ajudar o secretário de saúde que é meu colega no Sindicato. Eu quero ajudá-lo a implantar mais equipes para a Família Saudável, com isso fazendo os procedimentos iniciais na ponta, as pessoas não precisam ir ao hospital. Ter uma dor de cabeça, a pessoa procura o hospital em vez

de procurar os centros de saúde antes. É preciso colocar equipes multiprofissionais, porque hoje só tem clínico e enfermeiro. Às vezes você precisa de um fonoaudiólogo não tem, precisa de um assistente social, não tem para fazer o atendimento. Isso vai ser um avanço para o Distrito Federal. E aumentar o número de equipes para dar cobertura. E os novos projetos? Eu trabalhei muito para a criação do Taguaparque. Quero também atuar na área do meio ambiente. Eu quero trabalhar para que as outras cidades satélites tenham espaços como o Taguaparque. Ceilândia com 600 mil habitantes não tem um parque onde as mães possam levar suas crianças, Samambaia, tem o Parque Três Meninas sem funcionar. Outra área que pretendo ver com carinho é a educação, pois se você quer um grande país, tem que investir na educação, principalmente a básica. Enquanto tivermos um brasiliense analfabeto, não temos democracia plena. Quero participar para definir as poligonais de Vicente Pires, pois não sabemos o que é Vicente Pires , Cana do Reino, 26 de Setembro. São coisas que devem ser feitas para ver a cidade crescer. Qual a impressão que o senhor tem da Câmara hoje? Está diferente? Eu pude perceber que os deputados estão muito participantes, colocando suas idéias com bastante propriedade e a oposição é pequena, mas ferrenha. Legítima, mas embasada. Lançaram muitas frentes. Os deputados estão com disposição.

Foto: Arquivo pessoal

do de vida. A vida não tem preço, não podemos esperar. A pessoa está doente e precisa do remédio naquela hora. A ideia que tenho é fazer voltar a antiga Fundação Hospitalar, porque uma coisa separa a outra, ela teria autonomia para gerenciar, comprar, porque senão vai ficar enrolado e você não trabalha e é preciso realmente desenrolar o problema da saúde e atender bem o paciente.

Considerações finais:

Dr. Charles pretende dá contribuição na área de saúde

O senhor achou estes deputados mais contestadores nesta legislatura? Os deputados estão aguerridos, reivindicadores. A pessoa está lá, foi eleita, tem que dizer a que veio. Muitos parlamentares jovens com vontade de atuar. O que o senhor acha do governo? O Distrito Federal vem de muitos problemas. Era preciso pegar o governo para valer. O Executivo tem que ver as demandas e executá-las para falar para que o governo veio. O governo do Distrito Federal tem muita boa intenção. O governador conversou

comigo sobre os projetos para Brasília. Ele quer cada vez melhorar a cidade. Ele tem muitas intenções, boa vontade, tem conhecimento do que é preciso fazer e está melhorando. O senhor não acha que há muita burocracia para as coisas andarem? Toda licitação tem sempre uma contestação por parte dos órgãos fiscalizadores. Agora podemos perceber que há um excesso de zelo por medo do que aconteceu no passado. Vamos falar da área da saúde. Nesta área não pode haver essa burocracia com os contratos, pois estamos tratan-

Nós tínhamos feito uns projetos que achamos interessantes. E veio uma frustração de não sermos reconduzidos como deputado. O nosso problema foi de coligação. Não tivemos votos suficientes. Mas pensamos e amadurecemos nossas ideias e isso nos deu ânimo para trabalhar. Estamos chamando várias demandas. Resolvemos trabalhar a favor das categorias que nos procuraram. Ainda tem as comissões, o gabinete, onde trabalhamos muito. Muita gente pensa que o trabalho parlamentar se resume somente ao Plenário, mas é muito mais. Tem as comunidades que atendemos, o gabinete. Estou sendo procurado por entidade de classe, pessoas e isso tem me animado muito, entusiasmado. Quero trabalhar também nas questões das creches. Temos que ter creches para as mães deixarem seus filhos para poderem trabalhar. Temos que construir creches e deixar o discurso de lado e partir para a prática. Outra questão fundamental é o emprego. Temos que dar condições para as pessoas trabalharem, gerenciarem a sua vida com dignidade.

Câmara recebe abertura da Construtoras criticam projeto 2ª Conferência da Juventude de lei dos resíduos sólidos A Câmara Legislativa recebeu sexta-feira (28) a abertura da 2ª Conferência Distrital da Juventude, no plenário, às 19h. A sessão solene foi proposta pelo deputado Prof. Israel Batista (PDT) e marca o primeiro passo do evento que definirá políticas públicas para os jovens do Distrito Federal nos dias 4 e 5 de novembro, no Centro Comunitário da Universidade de Brasília. Durante a sessão solene serão discutidos temas que deverão ser levados à Conferência, como por exemplo a melhoria da infraestrutura das escolas públicas, com a padronização das unidades, e a defesa de investimento mínimo de 7% do PIB em Educação. “Os jovens podem dizer como o dinheiro público deve ser investido e, com isso, mudar a realidade da cidade e de todo o País. Eles sabem quais políticas públicas realmente farão a diferença”, argumenta o parlamentar. As conferências distritais são preparatórias para a 2ª Conferência Nacional de Juventude, que acontece em dezembro deste ano. O tema da etapa nacional é

Foto: Silvio Abdon/CLDF

A Câmara Legislativa realizou na manhã de sexta-feira (28), audiência pública para debater o projeto que institui o Plano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos (PL nº 524/2011), encaminhado em setembro pelo Executivo. Representantes do setor da construção civil criticaram a quantidade de sanções e penalidades previstas. “A minuta conseguiu superar, em alguns pontos, a lei do narcotráfico. Pra ficar equivalente, só falta a lei proposta estabelecer prisão”, disse o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do DF (Sinduscon), Julio Peres. Segundo ele, praticamente

três quartos da proposta tratam de punições para os geradores, transportadores e receptores de resíduos. “E ao governo, só caber punir?”, questionou. “O esforço é trabalhar por convergência, considerando todas as partes”, argumentou Maria Ross, da Secretaria do Meio Ambiente. Ela lembrou, no entanto, que é preciso observar os marcos legais da área, como a legislação de crimes ambientais. De acordo com José Ricardo Fonseca, da Secretaria de Governo, o Distrito Federal produz 7,5 mil toneladas por dia de lixo, das quais aproximadamente 5 mil toneladas são constituídos por resíduos da consFoto: Rinaldo Morelli/CLDF

“Conquistar Direitos, Desenvolver o Brasil!”. O primeiro encontro aconteceu no início de outubro, e o segundo será nos dias 4 e 5 de novembro. As conferências estão sendo realizadas pela Secre-

taria de Juventude do GDF e contam com o apoio do deputado Prof. Israel. A intenção é eleger mais de mil delegados em todas as etapas regionais para representar a juventude do DF na fase nacional.

trução civil. “O destino desses resíduos é a primeira questão para começar a resolver a situação gravíssima do Lixão da Estrutural”, disse Fonseca. “Há excessos na proposta do governo, os erros precisam ser punidos, mas a lei tem que ser mais educativa que punitiva”, defendeu o presidente da Associação Brasiliense de Construtores”, Régiton Queiroz de Menezes. Necessidade de discussão “A gestão de resíduos sólidos é uma questão premente e que precisa ser cada vez mais discutida”, afirmou Rôney Nemer (PMDB), presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo. O deputado disse que a Câmara vai discutir o projeto com todos os segmentos envolvidos, para consolidar o melhor projeto possível. O vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Olair Francisco (PTdoB), garantiu que todos os questionamentos serão considerados e discutidos na comissão. “A lei não é para prejudicar ninguém, sua função é ser a mais justa possível”, concluiu.


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