“Buscamos a síntese das principais “Buscamos a síntese das principais lições que aprendi ao longo da minha lições que aprendi ao longo da minha carreira, com uma cultura estabelecida carreira, com uma cultura estabelecida de metamorfose evolutiva.” de metamorfose evolutiva.”
Fernando Gonçalves
Sócio e Head de Ações Globais
Fernando Gonçalves
Sócio e Head de Ações Globais
“If you build it, he will come” (Field of Dreams, 1989)
Abro a carta agradecendo a oportunidade de relatar os principais eventos e aprendizados
da minha carreira e compartilhar o que eu e meu time fazemos dentro da área de Global Equities.
Antes mesmo que eu me desse conta, meu interesse pelo mercado financeiro já estava claro quando, ainda adolescente, participava de longas conversas à mesa de jantar. Meu
pai nos trazia diariamente uma análise detalhada dos eventos econômicos e políticos das décadas de 80 e 90, e de sua influência nas decisões econômicas das pessoas e das empresas. Vivenciamos juntos, sempre com muita esperança, a primeira eleição presidencial democrática do país após o regime militar; a conturbada e fracassada execução do Plano Collor, que nos afetou diretamente em virtude do confisco da nossa poupança; o impeachment do Presidente Collor; e a implementação do, inicialmente desacreditado, mas depois bem-sucedido, Plano Real. A relação entre
os eventos, a economia e os ativos financeiros sempre me atraíram, mas não era claro como poderia participar profissionalmente nesta interação.
O primeiro passo da minha carreira foi a escolha do caminho acadêmico Aos 17 anos, depois de passar por uma rica experiência de intercâmbio nos Estados Unidos, meu pai me presenteou com livros que me ajudariam a consolidar a decisão de buscar uma carreira no mercado financeiro – Liars Poker, Predators Ball e Barbarians at the Gate (recomendo a leitura). Decidi cursar administração na Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, que me daria uma formação básica para trabalhar em um banco ou gestora de investimentos Ao longo da faculdade e após me formar, busquei adicionar ao currículo diversas experiências que me ensinaram importantes lições para a minha carreira.
Lição #1: Nenhuma tarefa é simples ou básica demais. Na Empresa Júnior FGV, tive o primeiro contato com a área financeira, participando de projetos de consultoria supervisionados pelos professores. Um desses projetos se relacionava a pesquisas de mercado nas ruas de São Paulo, para análise de viabilidade de mercado de um novo produto de uma indústria farmacêutica. Uma tarefa aparentemente simples e de baixo valor agregado, que era, na verdade, o pilar para a conclusão de uma tarefa complexa: a tomada de decisão estratégica da empresa
No terceiro ano da faculdade, fui contratado no programa de estágio da área de ações do Banco Merrill Lynch, na época a maior corretora de valores mobiliários do mundo e com a maior equipe de assessores financeiros dos Estados Unidos. Queria aprender com os melhores como ser um operador, profissão que até então só conhecia por meio dos livros que meu pai me presenteara
Lição #3: Esteja pronto para aproveitar oportunidades. Ocupei diversas posições na Merrill Lynch (estagiário do middle-office, analista júnior de ações, operador de mesa de renda variável e derivativos), nas quais me destaquei pela agilidade na tomada de decisões e pela capacidade analítica Em 2004, fui transferido para Nova Iorque pela Merrill Lynch, expandindo minha cobertura para América Latina e mercados emergentes. Em 2007, retornei ao Brasil, para assumir, como diretor, a liderança da mesa de trading e sales trading da Merrill Lynch no país. Era, talvez, o período mais pujante da história do mercado de capitais brasileiro, com várias operações primárias e secundárias acontecendo semanalmente. A Merrill Lynch no Brasil competia para atingir a liderança local do Credit Suisse First Boston e do Banco Pactual. A liderança da Merrill nos Estados Unidos e a ambição saudável da nossa equipe nos permitia ser agressivos em transações nas quais a utilização do balanço era mais intensiva e na qual minha equipe realmente conseguia se destacar
Lição #2: Aprenda com os melhores.
Lição #4: Adversidades virão. Veio como
uma surpresa dentro de alguns meses a minha maior adversidade profissional: a crise econômica de 2008. Como bem retratado no livro e filme “Too Big To Fail”, a Merrill Lynch foi absorvida pelo Bank of America, na época um dos maiores bancos comerciais dos Estados Unidos Nós, uma área pequena dentro de um dos maiores bancos americanos, teríamos menos ferramentas e menos espaço para competir no mercado brasileiro. O foco dos seis principais diretores da operação brasileira, entre eles eu, foi o de garantir a transição mais suave possível para um novo modelo de negócios, impactado tanto pela mudança de cultura corporativa, como pelo novo ambiente regulatório pós-crise. Durante períodos adversos, muitas vezes, a melhor estratégia é dar um passo para trás, focar em consolidar os principais pilares do negócio, para depois se lançar a novas oportunidades. Tenho confiança que nos meus últimos dois anos no Bank of America Merrill Lynch consegui contribuir para criar as condições necessárias para a continuidade do negócio no Brasil
Lição #5: Mire alto. Após 10 anos de carreira, aceitei um novo desafio O JP Morgan Chase me contratou para reestruturar a área de renda variável no Brasil, sendo também parte do conselho administrativo e estratégico no Brasil e América Latina, e diretor estatutário Reformulamos a mesa de operações e conseguimos melhorar relevantemente nossa participação de mercado, o que me permitiu ser promovido para Managing Director responsável pela área de Trading de
Equities para América Latina, supervisionando a mesa de Nova Iorque, México, Chile e Brasil.
Lição #6: Carreiras não são lineares. Durante esse período, o JPM Asset Management adquiriu o Gávea Investimentos, fundado em 2003 pelo expresidente do Banco Central Armínio Fraga. Esse passou a ser um dos mais importantes projetos do banco no Brasil. E logo veio uma oferta irrecusável: o Armínio me convidou para ajudar a montar a mesa de renda variável global para o fundo Gávea Macro. Seria a oportunidade de migrar do Sell Side para o Buy Side de forma orgânica Apesar da posição favorável que tinha como diretor do banco, vi ali uma oportunidade, ainda que arriscada, de reposicionar minha carreira e buscar de forma mais objetiva a tão sonhada posição de gestor de renda variável.
Lição #7: Esteja disposto a recomeçar. Iniciava no Gávea Investimentos a minha carreira no Buy Side O mandato era atraente pela sua abrangência, mas também sensível a erros comuns cometidos por gestores. Logo entendi que precisava construir um processo de investimentos robusto para analisar e operar o mercado global de ações, baseado em (1) uma análise fundamental profunda da relação de risco-retorno esperado; (2) um balanceamento dos fundamentos macroeconômicos com os microeconômicos; (3) decisões concentradas em áreas mas quais tínhamos uma maior vantagem competitiva após longas horas de estudo. A inspiração é resultado de muito
suor.
No Gávea, concentrei meus esforços em mercados emergentes, dado o longo histórico do fundo na análise dessa região Fui muito ativo em China, Hong Kong, Singapura, Coréia do Sul, Rússia, África do Sul e Brasil. Ao longo do tempo, percebi que, para ganhar escala, teria que redirecionar meus esforços para mercados desenvolvidos. Foi nesse momento que surgiu a oportunidade de integrar o time da Adam Capital, cujo objetivo primário era construir um processo de investimentos em grande parte focado nos Estados Unidos. Passei a replicar o processo desenvolvido ao longo dos anos para os mercados emergentes para desenvolvidos Durante esta transição, ficou ainda mais evidente a oportunidade de geração de alfa na interação da análise dos ciclos econômicos e dos ciclos de cada setor e empresa.
Lição #8: Filtre o barulho e confie no processo; resultados seguirão. Em 2019, fui convidado para integrar o time da SPX, como sócio. O projeto apresentado era diferente de tudo que tinha visto nas gestoras brasileiras A internacionalização das equipes de gestão e análise com o objetivo de garantir a capacidade de atingir escala na alocação de recursos me parecia muito precisa. A agressividade em empreender em outros países era surpreendente. Ao mesmo tempo, a cultura meritocrática era o que buscava para seguir minha carreira Juntei-me ao time de Leonardo Linhares, inicialmente compartilhando a gestão. Após alguns
meses de conhecimento mútuo, me foi passado o bastão de gestão da estratégia de Global Equities.
Quando cheguei à SPX, não havia uma estratégia consolidada de Global Equities. Tínhamos uma página praticamente em branco à nossa frente. Ao longo dos últimos cinco anos, construímos a equipe, definimos o foco, refinamos o processo E continuamos incessantemente nesse ciclo, a despeito de adversidades, que sempre aparecem
Temos uma equipe de seis pessoas com experiências e responsabilidades diferentes e complementares: análise fundamental macro, micro, quantitativa e trading Entre nós, cobrimos os principais países e setores; nenhuma tarefa é muito pequena, nem pouco complexa Buscamos sempre aprender com os melhores ao desenvolver uma tese de investimento, realizando nossa diligência de investimento de forma sóbria e responsável.
Temos um mandato amplo, porém sabemos quais são nossas vantagens competitivas e em que devemos focar Investir em Bolsa, no contexto de um fundo macro, significa utilizar ações como instrumentos de expressão do ciclo econômico Aquela fascinante interação entre os eventos, a economia e as empresas, que me é familiar desde a adolescência, se manifesta criando oportunidades de investimento todos os dias Quando começamos em 2019, poucos fundos de investimento tinham uma estratégia como a nossa, de alocar em ações
com parâmetros macroeconômicos e com uma sobreposição da análise fundamentalista de empresas e setores. Cinco anos depois, em face dos choques da pandemia, guerras e inflação nos mercados desenvolvidos, essa estratégia se tornou cada vez mais relevante dentro dos principais fundos macro globais.
Nosso processo de investimentos começou a ser construído em 2014, e vem sendo aperfeiçoado continuamente. Ao longo dessa jornada, muitas adversidades se apresentaram. Mas, munidos da convicção de que carreiras não são lineares, buscamos constantemente aprender com nossos erros e acertos; sempre mirando alto e dispostos a recriar o processo quando necessário, um passo atrás, para dar dois passos à frente. Buscamos a síntese das principais lições que aprendi ao longo da minha carreira, todos os dias, com uma cultura estabelecida de metamorfose evolutiva.
William Bethlem, Sócio e Head de Desenvolvimento de Negócios na Ásia, participou nesta terça-feira (19/3), do Fórum Financeiro Brasil-China, em Pequim, organizado pelo Ministério da Fazenda da China, em conjunto com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês), em parceria com o Ministério da Fazenda do Brasil e apoio da Embaixada do Brasil na China
Com o tema “Consolidando novo apoio para cooperação financeira e promovendo o desenvolvimento sustentável da cooperação
econômica, comercial e de investimento Brasil-China”, o encontro contou com a participação expressiva de instituições financeiras e empresas brasileiras e chinesas, que reforçaram a importância dos avanços na cooperação financeira para os operadores do mercado
Durante o evento, William foi também entrevistado pela CGTN, o canal internacional de notícias da CCTV (a maior e mais influente emissora de televisão da China).
No mês de março, organizamos um evento de integração durante uma noite de minigolfe, oferecendo um ambiente descontraído para os funcionários se reunirem.
Os participantes foram divididos em quatro grupos para a competição, desfrutando de comidas e bebidas ao longo do evento No final, Rogério Xavier destacou-se como o campeão, ao completar o desafio com o menor número de tacadas
Durante uma visita ao escritório de Londres, Paula Ronchi, Head of Administrative & HR & Marketing, foi anfitriã de mais uma edição do “Encontro com os Sócios”. O evento foi realizado no escritório da SPX, durante uma reunião com café da manhã.
Paula, que assumiu as áreas de Recursos
Humanos e Administrativo em Janeiro de 2024, teve a oportunidade de compartilhar alguns de seus planos e aspirações para o futuro da SPX. Este momento foi importante para partilhar insights sobre a empresa e estimular a troca de ideias entre os participantes, promovendo um ambiente de colaboração e crescimento mútuo
No mesmo mês, tivemos o prazer de conduzir mais uma edição do "Encontro com os Sócios", com Leonardo Linhares como anfitrião de um almoço no nosso escritório do Rio de Janeiro
O evento proporcionou uma excelente oportunidade para os participantes compartilharem suas percepções sobre a empresa e discutirem ideias de forma colaborativa
Em março, os alunos da Liga de Mercado Financeiro da UFRJ foram recebidos em nosso escritório no Rio de Janeiro.
A visita foi conduzida por Karina Mendes, da área de RI, por João Torres, da área de Ações, e por Federico Favero, da área de Risco.
Além de proporcionar aos alunos uma visão mais aprofundada da SPX, esses encontros ofereceram momentos significativos para esclarecer dúvidas sobre o mercado de trabalho e explorar possíveis oportunidades de carreira
Durante o programa, os participantes terão a oportunidade de atuar em projetos específicos das áreas para as quais forem designados, além de participar de apresentações para conhecerem mais sobre a SPX. O objetivo principal é tornar a SPX mais conhecida entre os alunos dos EUA, contribuindo significativamente para o fortalecimento de nossa marca empregadora por RH por RH
Iniciamos, em março, as divulgações do Summer Job, voltado a estudantes brasileiros que vivem nos EUA e desejam estagiar no Brasil, com vagas para áreas diversas da empresa O programa será realizado no período de julho a setembro de 2024
Em entrevista ao Valor Econômico, Bruno Maueler, Diretor e Head de Soluções de Investimentos, destaca o diferencial da área, com foco na compreensão profunda das necessidades e metas individuais de nossos clientes, permitindo uma colaboração mais eficaz na criação de portfólios sólidos e estratégicos.
Clique aqui para acessar a entrevista completa.
Assista aqui o conteúdo completo. por
Pedro Daltro, Diretor e Head de Real Estate e Felipe Sousa, analista de fundos imobiliários da Levante Corp. compartilharam suas análises sobre as tendências mais recentes, insights e oportunidades do setor num bate-papo diretamente do estúdio da SPX.
O FII SPXS11 foi destaque no ranking do Money Times como um dos fundos com melhor retorno de dividendos acima da Selic O fundo distribuiu dividendos no valor de
R$0,094/cota referente a fevereiro/24 (Dividend Yield: 0,97% a.m. ou 12,28% a.a. – DY calculado com o preço de fechamento de 29/02). Segundo o último Relatório Gerencial divulgado, um dos destaques do mês foi o aumento da alocação no CRI Helbor, com taxa de aquisição de CDI + 2,4%a.a. Na carteira de ações, o fundo apresentou uma valorização de 3,75% no mês, contra 1,3% do IMOB e 1% do IBOV. Clique aqui para acessar o Relatório.
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