Família Sportinguista uniu-se para prestar homenagem a Aurélio Pereira. Cortejo fúnebre passou pela Praça Centenário PÁGS. 4-5
PÁGS. 6-7
NATAÇÃO
“Foi muito melhor do que qualquer sonho que alguma vez possa ter tido”: aos 30 anos de idade Francisco Quintas diz adeus à natação PÁGS. 16-18
ANDEBOL
Leões vencem FC Porto no Dragão Arena por 32-35 no regresso de Kiko Costa e dão passo de gigante rumo ao objectivo do Bicampeonato PÁG. 20
BARBOSA
ADN E LEGADO QUE PERDURAM
“OS JOGADORES DO SPORTING TÊM DE TER TRÊS QUALIDADES. PAIXÃO PELO TREINO, PELO JOGO
A Família Sportinguista despediu-se de “um dos seus”.
Um momento de extrema emoção, com muitas memórias e muitos aplausos em nome do principal impulsionador do ADN formador do Clube.
“Os jogadores do Sporting têm de ter três qualidades. Paixão pelo treino, pelo jogo e pela profissão”, defendia o Sr. Formação.
Aurélio Pereira deixou-nos, mas o seu legado jamais será esquecido.
E PELA PROFISSÃO”.
Muitas foram as homenagens dentro e fora de campo e das quadras.
Muitos foram os actuais e ex-jogadores e atletas que dedicaram as vitórias do passado fim-de-semana a uma pessoa tão inspiradora com Aurélio Pereira.
Que muitas mais vitórias se sigam nos próximos desafios que temos pela frente.
E que Aurélio Pereira nunca deixe de nos inspirar, tanto no desporto como na vida. Obrigada.
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MAFALDA
O INÍCIO DE UMA HISTÓRIA MEMORÁVEL
HÁ 93 ANOS E ALGUNS DIAS, O SPORTING CP COMEÇAVA A SUA LONGA E BEM-SUCEDIDA CAMINHADA NO ANDEBOL, MAS NA VERTENTE DE 11.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação
Em grande forma na actualidade do Sporting Clube de Portugal, o andebol verde e branco teve o seu início a 10 de Abril de 1932, há 93 anos. Nesse dia, ainda na vertente de 11 jogadores, foi realizado o primeiro jogo com o emblema de Alvalade, com a secção a arrancar para uma história de grande relevância.
De acordo com o site da Federação de Andebol de Portugal, a modalidade chegou ao nosso país em 1929, na cidade do Porto, através do desportista suíço Armando Tschopp. Dois anos depois, formou-se a Associação de Andebol de Lisboa e, em 1949, surgiu em Portugal o andebol de sete – o mesmo número de atletas de hoje –, o que levou à eventual e gradual extinção da vertente de 11. Pioneiro, como aconteceu em tantas modalidades, o Sporting CP juntou-se ao andebol logo em 1932. O primeiro jogo, a 10 de Abril, teve como adversário o Centro de Armas, com os Leões a vencerem por 1-0 com uma equipa composta, na sua maioria, por atletas oriundos de secções como o atletismo, o rugby, o basquetebol ou até o futebol: Manuel Nunes Henriques, Rui de Oliveira, Vasco Cayola, António Sousa Almeida, Joaquim Filipe Santos, Cecílio Costa, Joaquim Alvarez, José Salazar Carreira, Cipriano Nunes dos Santos, Castro Freire e Epaminondas Gomes.
Cerca de um mês depois, a 15 de Maio, o Sporting CP realizou o seu primeiro encontro oficial da modalidade, a contar para o Campeonato Regional de Lisboa – a primeira competição de andebol de 11 em Portugal. Em cinco jogos da série A, cinco vitórias da turma verde e branca e apuramento para a final – que teve lugar na famosa Estância de Madeira –, onde foi superado o Lisbonense por 1-0 com um golo de Epaminondas Gomes. Eis que se conquistava do primeiro título do longo palmarés do Sporting CP no andebol. Muito semelhante ao futebol, o andebol de 11 conseguiu conquistar o seu público,
mas acabou por não resistir ao aparecimento da vertente de sete, que atingiu diferentes e maiores dimensões. Assim, e também com a ajuda de algumas decisões federativas contestadas, o Sporting CP terminou a vertente de 11 em 1967, após mais de 30 anos de existência. No total, no andebol de 11, o Sporting CP conquistou três Campeonatos Nacionais (1960/ 1961, 1964/1965 e 1965/1966) e 24 Campeonatos Regionais, assumindo-se como um dos principais clubes do país. A escolha pela vertente de sete, que viria a conquistar uma dimensão internacional, revelou-se a mais correcta, uma vez que o Sporting CP já soma duas EHF Challenge Cup, 22 Campeonatos Nacionais, 18 Taças de Portugal e cinco Supertaças, sendo hoje uma referência até a nível europeu. No entanto, o sucesso que a secção de andebol do Clube teve e continua a ter deve-se, em grande parte, à iniciativa no andebol de 11 quando este estava longe de ser popular.
De pé: Acácio, Benigno, Manuel Henriques, Filipe, Ildo e Cipriano e o director da secção Jorge Simões. De joelhos: Alvarez, Barros, Castro Freire; Epaminondas e Cayola
O andebol de 11, jogado num campo e balizas muito maiores, abriu as portas para o actual andebol de sete
ÚLTIMO ADEUS A AURÉLIO PEREIRA PASSOU POR ALVALADE
FAMÍLIA SPORTINGUISTA UNIU-SE PARA PRESTAR A DERRADEIRA HOMENAGEM A AURÉLIO PEREIRA COM UMA ‘GUARDA DE HONRA’ AO CORTEJO FÚNEBRE QUE PASSOU PELA PRAÇA CENTENÁRIO. TARDE DE MUITA EMOÇÃO,
MEMÓRIAS E MUITOS APLAUSOS EM NOME DE UMA FIGURA E DE UM LEGADO QUE VÃO PERDURAR.
Texto: Xavier Costa Fotografia: João Pedro Morais
Até sempre, ‘Senhor Formação’. O Sporting Clube de Portugal despediu-se de Aurélio Pereira numa sentida cerimónia na Praça Centenário, no Estádio José Alvalade. Depois da missa que decorreu ao início da tarde de quinta-feira na Igreja de São João Baptista, no Lumiar, o cortejo fúnebre passou por Alvalade para que a família Sportinguista prestasse a derradeira homenagem ao principal impulsionador do ADN formador do Clube. À chegada, em marcha lenta, a viatura funerária – acompanhada pelos familiares e entes queridos de Aurélio Pereira – foi recebida por um numeroso cordão humano que se estendeu desde a entrada da Praça Centenário até à entrada do Hall VIP. Numa prova de grande união a verde e branco, neste dia de profunda consternação, esta ‘guarda de honra’ foi formada por staff, treinadores e jovens jogadores de todos os escalões da Academia Cristiano Ronaldo, bem como por elementos da equipa principal de futebol e da equipa técnica de Rui Borges, representantes das várias modalidades do Sporting CP e nomes do passado do Clube e do futebol nacional, que com ele privaram, além dos Órgãos Sociais do emblema Leonino.
Além do lote de jogadores da equipa principal do Sporting CP, entre os quais o capitão Morten Hjulmand, Daniel Bragança, Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio e os jovens Geovany Quenda, João Simões e Diego Callai, e do treinador Rui Borges, com vários elementos da sua equipa técnica, foram muitas as personalidades do Universo Sportinguista presentes nesta despedida. Nomes do passado como os ex-presidentes Leoninos José Eduardo Bettencourt e Sousa Cinta, Hilário, José Couceiro e diversos ex-jogadores que Aurélio Pereira ora descobriu, ora marcou ao longo da formação, como Nani, Carlos Xavier, Daniel Carriço, Luís Boa-Morte e David Caiado. No momento solene da cerimónia, o presidente Frederico Varandas e João Palma, presidente da Mesa da Assembleia Geral, depositaram uma coroa de flores no memorial dedicado a Aurélio Pereira, junto à estátua do Leão, sendo secundados por Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Cumprido um minuto de silêncio, romperam os aplausos de todos os presentes na Praça Centenário e endereçaram-se as condolências aos familiares de Aurélio Pereira, visivelmente comovidos, que voltaram a reatar o cortejo em direcção ao cemitério dos Olivais para a cremação. Pela Cidade Sporting, com volta dada na rotunda do Leão, foram vários os adeptos que marcaram presença para também deixarem o seu último adeus ao ‘sr. Formação’.
Embora tenha sido uma cerimónia reservada, a Praça Centenário contou com um espaço de memorial aber-
to para que todos os Sportinguistas pudessem prestar, também, a sua homenagem a Aurélio Pereira, que deixa um legado eterno.
Além disso, o reconhecimento e o carinho pela sua figura
ficou bem patente ainda pela forma consensual como diversas personalidades do Universo Sportinguista se pronunciaram à margem da homenagem feita em Alvalade [ver caixas].
Órgãos Sociais e elementos do plantel principal de futebol na homenagem
Foram colocadas coroas de flores em honra de Aurélio Pereira no seu memorial
FREDERICO VARANDAS, PRESIDENTE DO CD DO SPORTING CP
"Aurélio Pereira é um dos grandes da História do Sporting CP. São dias difíceis para nós, Sportinguistas. Há mais de 40 anos, o Sporting CP foi pioneiro em desenvolver o jovem jogador, na formação, e Aurélio foi o cérebro. A partir daí, todo o futebol português se desenvolve de outra maneira, conseguindo dois Bolas de Ouro – um deles o melhor da História –, um Bola de Prata e inúmeros internacionais portugueses que falam pelo trabalho que o Aurélio deixa no Sporting CP e no desporto nacional. O sr. Aurélio era, não só, um grande olheiro muito bom nas relações humanas, mas também um grande Sportinguista que sempre tratou muito bem o Sporting CP. Vamos estar sempre agradecidos pelo que fez por nós, pelo nosso clube, e a melhor forma de honrar o seu nome é continuar a formar jogadores para equipa principal e para as selecções nacionais". (Nota: declarações feitas aos jornalistas presentes no velório de Aurélio Pereira)
DANIEL BRAGANÇA, JOGADOR DA EQUIPA PRINCIPAL DO SPORTING CP
“Tenho memórias muito boas. Fez parte da minha formação, e não só, porque continuou a acompanhar-me, mesmo quando fui emprestado, até aos dias de hoje. Ainda há três semanas ligou-me a perguntar como estava depois da operação. Era um senhor que nunca falhava. Na Academia, quando ele me elogiava, eu crescia dois palmos, porque era o sr. Aurélio, respeitado por gerações e gerações. É uma pessoa que vai ficar marcada no Sporting CP e no país inteiro, pelos seus valores como profissional e como pessoa. Vou recordá-lo sempre com máxima saudade e carinho”.
PAULO GOMES, CO-DIRECTOR GERAL DA ACADEMIA CRISTIANO RONALDO
“Têm sido dias difíceis. Era um amigo de toda a Academia, porque independentemente de não estar presente todos os dias, estava sempre preocupado com tudo o que estivesse a acontecer. Temos de trabalhar para que o seu legado seja cumprido. O estádio principal da Academia chama-se Aurélio Pereira com todo o significado, temos muitas frases que nos deixou expostas por toda a Academia, um mural com todos os jogadores que foram campeões da Europa. Era uma pessoa consensual. O seu sorriso era o grande cartão de visita e a forma como abordava toda a gente era de uma alegria contagiante. Nunca será esquecido, porque é uma das grandes figuras do Sporting CP. Compete-nos enriquecer o que ele fez e quem vier terá de continuar também. Ele era único”.
NANI, UM DOS ‘AURÉLIOS’ FORMADO NO SPORTING CP E CAMPEÃO EUROPEU
POR PORTUGAL
“Tive de esperar dois anos para ser inscrito pelo Sporting CP e o sr. Aurélio esteve sempre presente para me acalmar e dar os parabéns pelo meu comportamento. Premiaram-me com uma visita, com outros companheiros, aos EUA. Como todos os jovens, muitas vezes saíamos da rotina da Academia, facilitámos um bocado e ele teve de intervir. Pensávamos que íamos levar um raspanete e ele, com muita calma e serenidade, deixou-nos palavras muito importantes. Depois, sempre que regressei a Portugal, procurou-me, quis saber como estava a correr a minha vida, sempre me deu bons conselhos e fez questão de ter a minha camisola no seu escritório. É uma pessoa que vai deixar saudades e que foi muito importante nas nossas carreiras. Hoje é um dia triste, mas a sua memória vai estar sempre presente por tudo aquilo que proporcionou ao futebol português. Descobriu muitas estrelas e isso é de valorizar. Ele orgulhava-se muito dos ‘seus meninos’, como ele nos chamava”.
MANUEL MENDONÇA, CAPITÃO DA EQUIPA B DO SPORTING CP
“Foi uma pessoa muito importante para todos nós no Sporting CP. Mesmo não estando presente todos os dias, mandava-nos mensagens de força e acompanhava-nos, e víamos isso como uma conquista. Era uma pessoa que sabia muito de futebol, descobriu muitos jogadores e quando nos dava essa importância era um ânimo ainda maior para nós. Estamos muito gratos por tudo o que fez”.
JOÃO MATOS, CAPITÃO DA EQUIPA DE FUTSAL DO SPORTING CP
“Estamos aqui para homenagear, acima de tudo, um grande ser humano, com um coração gigante. É inevitável falar das suas capacidades na avaliação de potencial e características de jovens atletas, mas não só é uma figura do Sporting CP como também do futebol português. Estamos a falar de um senhor que respirava Sporting CP e que vai deixar saudades. Um carinho enorme para a família neste momento difícil, mas certamente sabe que a família Sportinguista o tem no coração. O seu legado vai estar eternamente gravado no Clube”.
TOMAZ MORAIS, CO-DIRECTOR GERAL DA ACADEMIA CRISTIANO RONALDO
“Era uma pessoa realmente extraordinária, que tinha um dom para observar e detectar o jogador, mas sobretudo tinha uma parte humana que o diferenciava. Tudo tinha de estar bem, de uma forma educada, defendendo os valores do Clube e pensar primeiro na pessoa do que no jogador. O sr. Aurélio marca-nos por tudo isso. Sabia acolher e a forma como ele passa o sentido de família e de ser Sporting CP é realmente extraordinária. É claramente o ‘sr. Formação’, assim ficará para sempre, e a nós compete-nos mantê-lo connosco na Academia”.
ANTÓNIO CRUZ, TREINADOR DOS SUB-15 DO SPORTING CP
“O agradecimento é enorme, porque o sr. Aurélio acabou por fazer da nossa formação a melhor do mundo. Eu, enquanto treinador, posso agradecer-lhe porque realmente trabalhamos com os melhores jogadores de Portugal, graças a ele e à rede de recrutamento que iniciou. O legado é eterno e está bem expresso na nossa Academia”.
SALVADOR SALVADOR, CAPITÃO DA EQUIPA DE ANDEBOL DO SPORTING CP
“É um momento de luto para o nosso clube. Não esteve ligado ao andebol, mas da maneira que nós representamos e sentimos o Sporting CP, fazia parte estarmos aqui. Hoje não se fala de secções, mas sim do Sporting CP em si e do sr. Aurélio. Não é um momento feliz, mas nós estamos cá para todos os momentos”.
Jovens da formação e não só uniram-se para fazer a ‘guarda de honra’ ao cortejo fúnebre
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
JOGADA DE GENY(O) DEVOLVE LIDERANÇA AO SPORTING CP
NO ESTÁDIO DE SÃO MIGUEL, UM SOLITÁRIO GOLO DE GENY CATAMO – DECISIVO UMA VEZ MAIS – FOI SUFICIENTE PARA OS VERDES E BRANCOS TRAZEREM TRÊS IMPORTANTES PONTOS NA BAGAGEM DE REGRESSO AO CONTINENTE.
Texto: Filipa Santos Lopes
Fotografia: José Lorvão
No último sábado, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu o CD Santa Clara (0-1) em jogo relativo à 29.ª jornada da Liga Portugal. No dia seguinte, após o empate do SL Benfica na recepção ao FC Arouca, os Leões recuperaram a liderança do campeonato, mostrando capacidade de resiliência numa semana difícil. No Estádio de São Miguel, Rui Borges apostou num onze titular com duas alterações relativamente ao último duelo com o SC Braga: Maxi Araújo e Iván Fresneda regressaram às opções iniciais por troca com Matheus Reis e Geovany Quenda.
Numa típica tarde de Primavera no arquipélago dos Açores, os protagonistas subiram ao relvado – debaixo de um sol radioso, já depois de um período intenso e inesperado de chuva – vestidos com uma camisola onde, eterno, surgia o rosto de Aurélio Pereira. E ainda antes do apito inicial, foi em sua homenagem que se cele-
12.04.2025
Liga Portugal – 29.ª jornada
Estádio de São Miguel, Açores CD SANTA CLARA SPORTING CP
0 1
0-0 ao intervalo
Geny Catamo (50’)
Sporting CP: Rui Silva [GR], Zeno Debast, Viktor Gyökeres, Francisco Trincão (Pedro Gonçalves, 87’), Maxi Araújo (Matheus Reis, 87’), Geny Catamo (Conrad Harder, 77’), Iván Fresneda (Geovany Quenda, 66’), Gonçalo Inácio, Ousmane Diomande, Morten Hjulmand [C] e Eduardo Quaresma (Jeremiah St. Juste, 66’). Treinador: Rui Borges. Disciplina: cartão amarelo para Eduardo Quaresma (56’) e Morten Hjulmand (82’). Cartão vermelho para Gonçalo Inácio após o apito final.
brou um minuto de silêncio.
Focado em regressar às vitórias, o Sporting CP assumiu uma maior posse logo no arranque do jogo, mas sem criar reais ocasiões de perigo. Tanto que o primeiro remate enquadrado do jogo acabou por ser dos anfitriões, que assustaram Rui Silva logo à passagem do minuto seis:
Daniel Borges ganhou uma segunda bola e rematou cruzado, já muito próximo da grande área, com a bola a sair ligeiramente ao lado.
Apostando na profundidade pelos flancos, os comandados de Rui Borges foram tentando ‘furar’ a organizada defensiva açoriana, com pouco sucesso,
e o jogo manteve-se sempre muito longe das balizas. Aos 21’, Trincão e Gyökeres mostraram bom entendimento no corredor central, mas chocaram contra a muralha insular. Já aos 24’, foi Geny Catamo quem surgiu pela esquerda sem conseguir cruzar. O cronómetro foi avançando sem lances de registo numa partida muito táctica, até que aos 37 minutos Zeno Debast apontou de forma exímia um livre directo, ainda bastante longe da baliza, obrigando Gabriel Batista a uma boa defesa.
O lance ‘despertou’ os Leões, que logo depois voltaram a beneficiar de um lance de bola parada. Desta feita, o belga bateu desde
a meia esquerda e Geny Catamo surgiu a cabecear, em esforço e sem direcção. Na sequência, Vinícius Lopes também obrigou
Rui Silva a uma intervenção difícil e, logo depois, Francisco Trincão ‘disparou’ a rasar o poste. Foram os cinco minutos mais dinâmicos do primeiro tempo, mas o jogo não iria para intervalo sem nova tentativa de Geny Catamo, que de frente para a baliza rematou para boa defesa, a dois tempos, do guardião açoriano. 45 minutos disputados e sem alterações no marcador, a equipa de arbitragem deu ordem de descanso.
Sem alterações para a segunda parte, o Sporting CP entrou
activo, mas foi o CD Santa Clara quem aos 48’ se aproximou com perigo da baliza verde e branca. MT surgiu solto ao segundo poste e cabeceou à peixinho, mas ao lado do alvo.
Quem acertou foi mesmo Geny Catamo, que aos 50’, após excelente desmarcação de Francisco Trincão, entrou disparado na direita da área e, com um remate rasteiro cruzado, desfez o nulo no marcador. Com sete golos esta temporada, o moçambicano ultrapassou o registo goleador da última época, somando mais um tento importantíssimo nas contas Leoninas.
Dez minutos depois, o camisola 21 voltou a arrancar pela direita,
Sporting CP homenageou Aurélio Pereira na subida ao relvado
deixou um adversário pelo caminho e cruzou tenso para a pequena área, mas não apareceu ninguém, senão Gabriel Batista, para responder ao ‘apelo’ do ala verde e branco.
Já aos 64’, depois de uma excelente desmarcação de Zeno Debast a lançar Iván Fresneda pela direita, o espanhol cruzou direitinho para o pé direito de Viktor Gyökeres, mas o forte remate do sueco embateu com estrondo no travessão da baliza anfitriã.
Logo após, Rui Borges lançou Geovany Quenda e Jeremiah St. Juste, e o Sporting CP, embalado pela sua melhor fase no encontro, esteve muito perto de fazer o segundo golo. Aos 68’, Zeno Debast, um dos jogadores mais influentes em campo, marcou um livre tenso, a bola cruzou toda a linha defensiva e Ousmane Diomande surgiu à boca da área para ampliar a vantagem. No entanto, o VAR interveio, assinalando posição irregular ao defesa costa-marfinense.
Neste segundo tempo, mais forte nos
duelos individuais e sem conceder espaços, o Sporting CP conseguiu estancar a pressão insular, e Rui Silva era um espectador mais do encontro quando, aos 77’, Conrad Harder saltou para o terreno de jogo. Um minuto depois, Geovany Quenda tentou desmarcar o dinamarquês, mas o cruzamento levou demasiada força e saiu directamente do terreno de jogo. Para os 87’ estava guardado um dos grandes momentos do jogo. É que se se estima que São Miguel tenha acolhido entre 850 a 950 mil turistas no último ano, em Abril de 2025, e após largos meses de ausência, Pedro Gonçalves somou-se às estatísticas e pisou na ilha, não em turismo, mas para um muito ansiado regresso à competição. Já no período de compensação, Gabriel Silva esteve próximo de fazer o golo da igualdade, mas o remate de longa distância saiu a rasar o poste Leonino. Bafejado pela sorte merecida, e depois de uma segunda parte onde soube corrigir processos e posicionamentos, o Sporting CP somaria mesmo uma suada, mas justa vitória.
RUI BORGES:
“MUITO FELIZ
PELA CAPACIDADE
DA EQUIPA”
Rui Borges esteve presente na sala de conferências do Estádio de São Miguel, onde analisou a vitória do Sporting CP no terreno do CD Santa Clara.
ANÁLISE AO JOGO
“O Sporting CP foi a única equipa que tentou ganhar. Uma primeira parte difícil, frente a uma equipa com bloco baixo. Não senti que estivessem à procura da vitória e sim do nosso erro. Tivemos de provocar a profundidade, as variações e podíamos ter rematado mais vezes. Na segunda parte entrámos muito bem, depois de ajustarmos alguns comportamentos. Entrámos muito mais dinâmicos e activos, à procura do golo, e chegámos a ele com mérito e naturalidade. Podíamos ter feito mais um golo, acho que merecíamos.
O CD Santa Clara cometeu muitas faltas, o que quebra o jogo e o raciocínio adversário, mas na segunda parte fomos mais competitivos nos duelos e isso notou-se. Estou muito feliz pela capacidade da equipa - eles são incríveis”.
MUDANÇAS AO INTERVALO
“Jogamos com dois médios, um adaptado, mais defensivo, e o Morten [Hjulmand], que acaba a ser um 6. O Pedro Gonçalves e o [Hidemasa] Morita são jogadores que pisam outros terrenos e que nos faziam falta.
Ao intervalo pedi ao Zeno [Debast], que não é um jogador ofensivo, para andar em espaços mais altos, e assim criámos mais anti-zona entre linhas, empurrámos o Geny [Catamo] para espaços interiores e foi assim que chegámos ao golo. Tomámos decisões mais à frente, mais limpas e com menos pressão, e fomos mais eficazes”.
EXIBIÇÃO MENOS CONSEGUIDA NA PRIMEIRA PARTE
“A exibição foi boa, num campo difícil, competitivo e frente a uma equipa a fazer um grande campeonato. O CD Santa Clara foi a única equipa que ganhou no Estádio José Alvalade, e a que menos remates enquadrados permite na Liga. Sabíamos que íamos ter poucas oportunidades e que as poucas que tivéssemos tínhamos de concretizar. Contra blocos baixos temos de ser competentes, não fazer grandes exibições. Estivemos cientes do que pede o jogo, mantivemos a baliza a zeros, ganhámos 1-0 e a vitória é mais do que merecida”.
ENTRADA DE MAXI ARAÚJO E IVÁN FRESNEDA NO ONZE INICIAL
“O Maxi Araújo e o Fresneda entraram para forçar a verticalidade, mas o vento condicionou-nos muito a estratégia inicial. A ideia era tentar accionar mais a largura, os cruzamentos, e tentámos por três ou quatro ocasiões fazer passes longos que saíram sempre demasiado fortes, apesar dos movimentos bem feitos.
Na segunda parte ajustámos com mais um homem perto da zona de finalização e criámos mais acelerações perto da área do adversário”.
O REGRESSO DE PEDRO GONÇALVES
“Estou feliz por ele, merece, trabalhou muito e esperou imenso por este regresso. É um regresso importantíssimo, por ser um jogador diferenciado, mas também para o grupo, pelo peso que tem para os colegas.
Numa equipa jovem é importante ter jogadores competitivos, que exigem dos colegas a toda a hora. É um jogador que quer mais e mais. Fico feliz por vê-lo voltar aos relvados e o nosso futebol também merece que ele esteja de volta às quatro linhas”.
Pedro Gonçalves somou os primeiros minutos após longa lesão
Leões celebraram efusivamente o golo de Geny Catamo
ACREDITAR ATÉ AO FIM PARA HONRAR O SR. FORMAÇÃO
UM GRANDE GOLO DE MAURO COUTO EM CIMA DOS 90 MINUTOS RESULTOU NA IMPORTANTE VITÓRIA SOBRE O ATLÉTICO CP POR 2-1 EM DIA DE HOMENAGEM A AURÉLIO PEREIRA.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Isabel Silva
A equipa B de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no último domingo, o Atlético CP por 2-1 na nona jornada da fase de apuramento de campeão da Liga 3.
Depois do excelente golo inaugural de Manuel Mendonça, ainda no primeiro tempo, o Atlético CP empatou a pouco mais de 15 minutos dos 90 e a garra Leonina resultou no melhor momento da manhã: um tremendo tento de Mauro Couto a garantir os três pontos. Com este resultado, o Sporting CP cimentou a segunda posição (15 pontos) e aproximou-se do líder Lusitânia de Lourosa FC.
Os dois conjuntos entraram em campo com camisolas de homenagem a Aurélio Pereira no estádio com o seu nome, tendo-se cumprido também um minuto de silêncio antes do início da partida. Começou melhor o Sporting CP, que dominou a primeira parte por completo. Com ritmo alto desde o primeiro minuto, os jovens Leões foram subindo no terreno e ameaçaram pela primeira
13.04.2025
Liga 3 – Ap. Campeão 9.ª jornada
Estádio Aurélio Pereira
SPORTING CP ATLÉTICO CP
2 1
1-0 ao intervalo
Manuel Mendonça (39’), Mauro Couto (89’)
Nicolas Souza (73’)
Sporting CP: Diego Calai [GR], David Moreira, João Muniz, Rodrigo Dias, José Silva (Flávio Gonçalves, 83’), Henrique Arreiol (Kauã Oliveira, 58’), Rafael Besugo, Lucas Anjos (Salvador Blopa, 83’), Mauro Couto, Manuel Mendonça [C] (Luís Gomes, 72’) e Afonso Moreira (Gabriel Silva, 72’).
Treinador: João Gião. Disciplina: cartão amarelo para Henrique Arreiol (23’) e David Moreira (90+5’).
vez aos 11 minutos, quando José Silva apareceu pela direita e tentou surpreender Luís Ribeiro, mas o antigo guarda-redes Leonino estava preparado.
De longe, Manuel Mendonça atirou para fora e, aos 20’, o Sporting CP ficou ainda mais perto de inaugurar o marcador quando Afonso Moreira rematou, Luís Ribeiro defendeu e Mauro Couto, na recarga e em excelente posição, falhou o alvo. Foi a melhor chance até então.
Depois de alguns minutos com menos aproximações à baliza dos visitantes, a formação de João Gião chegou mesmo ao golo aos 39’: cruzamento para a área para tanto Lucas Anjos como Afonso Moreira disputarem a bola e esta a sobrar para Manuel Mendonça, que, de primeira e sem deixar cair, atirou para o fundo das redes. Grande golo do capitão verde e branco.
Até ao intervalo, destaque para um remate de Mauro Couto a sair muito por cima.
A perder, o Atlético CP voltou
melhor para o segundo tempo e subiu bastante as linhas. Caleb ameaçou para defesa de Diego Calai para canto e, na resposta, Afonso Moreira não levou a melhor sobre Luís Ribeiro.
Já depois de nova investida de Caleb, agora para fora, Kauã Oliveira substituiu Henrique Arreiol no meio-campo do Sporting CP, que, mesmo perante o maior rendimento do adversário, não deixou de procurar o segundo, como se viu no tiro de Rafael Besugo para mais uma intervenção de Luís Ribeiro aos 59’. O guardião do Atlético CP voltou a trabalhar aos 68’, agora perante Afonso Moreira, e, pouco depois, Manuel Mendonça e Afonso Moreira deram lugar a Luís Gomes e Gabriel Silva. Ainda assim, o emblema da Tapadinha conseguiu o empate aos 73’ por intermédio de Nicolas Souza.
O Sporting CP voltou a procurar o golo e Lucas Anjos foi um dos protagonistas, rematando para fora, tendo mesmo saído pouco depois, assim como José Silva, para
as entradas de Flávio Gonçalves e Salvador Blopa. Para este último, de 17 anos, foram os primeiros minutos pela equipa B. O estreante tentou a sua sorte aos 88’ para defesa de Luís Ribeiro, mas o golo da vitória chegou pouco depois e em grande estilo: boa jogada colectiva e Mauro Couto, do meio da rua, tirou da cartola um fenomenal remate ao ângulo. Mais um golaço
no Estádio Aurélio Pereira, agora a garantir três pontos.
O Atlético CP carregou numa busca pelo empate até ao fim e só não o fez porque Diego Calai, aos 90+6’, impediu com uma grande defesa. No final, 2-1 para os Leões.
Na próxima jornada, o Sporting CP visita o CF “Os Belenenses” (domingo, 20 de Abril, 18h00, Estádio do Restelo).
JOÃO GIÃO: “VITÓRIA DE UM
COLECTIVO NUM DIA ESPECIAL DE HOMENAGEM”
No final, João Gião fez a análise ao desafio. “Como tínhamos previsto, foi um jogo muito competitivo com uma excelente equipa do Atlético CP. Entrámos muito bem no jogo e tivemos algumas oportunidades. Chegámos ao golo com todo o mérito numa primeira parte muito bem conseguida. Sofremos um pouco nos primeiros 15 minutos da segunda parte e tivemos algumas dificuldades. Tivemos de sofrer e foi uma vitória do colectivo. Só um colectivo é que passa por dificuldades, sofre o golo do empate e volta a crescer no jogo. A equipa uniu-se, quem veio do banco acrescentou muito e chegámos ao 2-1 com todo o mérito porque nos últimos 20 minutos estávamos a fazer por merecer”, disse aos meios de comunicação Leoninos. O treinador verde e branco admitiu que o grupo já “tem algumas coisas” com o seu dedo, mas que também “tem muito do trabalho que foi feito anteriormente e tem muito Sporting CP”.
“Foi uma vitória de um colectivo muito forte num dia especial de homenagem ao sr. Aurélio [Pereira] e com uma bancada muito bem composta. Houve muito Sportinguismo”, acrescentou. Por fim, João Gião destacou a estreia de Salvador Blopa, “mais um miúdo muito jovem”, e deixou uma nota a título pessoal: “Deixo uma palavra para o Atlético CP, que foi o clube que permitiu a minha estreia no futebol profissional enquanto treinador-adjunto. Também por isso foi um dia especial para mim”. Mauro Couto, autor do golo que garantiu os três pontos, também esteve na zona de entrevistas rápidas.
“A primeira parte foi melhor do que a segunda. Entrámos fortes, a querer ganhar e marcar e conseguimos. Na segunda, entrámos à procura de transições ou erros do adversário, o que não é o nosso estilo de jogo. Após o golo sofrido, mostrámos que queríamos ganhar o jogo e fomos para cima”, referiu.
O futebolista de 19 anos agradeceu ainda “a toda a gente que esteve presente no dia em que foi feita uma homenagem ao sr. Aurélio Pereira, uma pessoa muito importante para todos na formação”. “De certeza que ele está orgulhoso”, concluiu.
Manuel Mendonça e Mauro Couto apontaram os dois (vistosos) golos Leoninos
FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-23
REGRESSO ÀS VITÓRIAS VALEU SUBIDA NA TABELA
SPORTING CP VENCEU EM BARCELOS COM GOLOS DE GABRIEL MELO E DIOGO CARDOSO, NUM JOGO EQUILIBRADO. FASE DE APURAMENTO DE CAMPEÃO TERMINA EM DUAS JORNADAS E O OBJECTIVO LEONINO É SEGUIR DIRECTAMENTE PARA A TAÇA REVELAÇÃO.
Texto: Maria Gomes de Andrade
Fotografia: Isabel Silva
A equipa sub-23 de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu, na terça-feira, o Gil Vicente FC por 1-2 em jogo da 12.ª jornada da fase de apuramento de campeão da Liga Revelação, disputado em Barcelos. Os Leões entraram em campo com o objectivo de regressarem aos triunfos, sabendo de antemão que seria um jogo difícil frente a uma equipa também em crescimento e que na primeira volta empatou em Alcochete (1-1).
Ainda assim, apesar do equilíbrio, o Sporting CP conseguiu ser sempre ligeiramente melhor e abriu o marcador logo aos 24 minutos: canto na esquerda batido por Guilherme Santos com Gabriel Melo ao primeiro poste a desviar de cabeça para o 0-1. A turma verde e branca a colocar-se assim em vantagem e mais confortável, ainda antes da meia-hora de jogo.
Sem mais golos até ao final da primeira metade, apesar das oportunidades criadas, os Leões foram então para o intervalo a vencer pela margem mínima, um resultado que, já se sabe, deixa tudo em aberto e foi isso mesmo que aconteceu. O Gil Vicente FC entrou na segunda parte com vontade de empatar e conseguiu, mas só já no último quarto de hora da partida. Foi aos 77 minutos num lance de insistência em que Marlon Junior ainda tentou cortar
o esférico a André Neves no lado esquerdo da área, mas não conseguiu, com o jogador da equipa da casa a servir Gonçalo Maia que, à frente da baliza, fez o 1-1 num remate que passou entre as pernas de Guilherme Santos.
Dissabor para os jovens Leões que, mesmo assim, não desistiram e na recta final do encontro (85 minutos) voltaram a marcar e a dar maior justiça ao marcador: insistência Leonina na área com um mau alívio a ser aproveitado por Francisco Canário, que entregou para Frederico Gomes cruzar para o segundo poste onde surgiu sozinho Diogo Cardoso para fazer o 1-2.
15.04.2025
Liga Revelação – Ap. Campeão 12.ª jornada | Campo n.º 1 do Centro de Treinos de Barcelos GIL VICENTE
1 2
1-1 ao intervalo
André Neves (77’) Gabriel Melo (24’), Diogo Cardoso (85’)
Sporting CP: Guilherme Pires [GR], Ibrahim Diarra (Sérgio Matos, 77’), Marlon Junior [C], Rafael Mota (Afonso Lee, 71’), Rayhan Momade (Diogo Cardoso, 71), Guilherme Silva, Adam Arvelo, Amadu Balde, Gabriel Melo (Francisco Canário, 46’), Guilherme Santos e Paulo Iago (Frederico Gomes, 71’). Treinador: Filipe Neto. Disciplina: cartão amarelo para Rafael Mota (32’).
FILIPE NETO: “FOI UM JOGO IMPORTANTE E DE GRANDE ATITUDE”
Filipe Neto gostou da exibição na primeira parte e da reacção após o empate do Gil Vicente FC, que permitiu a vitória verde e branca (1-2). “Foi uma primeira parte muito bem conseguida da nossa parte. Tínhamos um plano bem definido, sabíamos como iria jogar o adversário e não fugiu muito ao que esperávamos. Conseguimos encontrar os espaços para criar oportunidades, tivemos algumas chances para marcar e acabámos por conseguir fazê-lo. O Gil Vicente FC, por seu lado, teve apenas um remate na primeira parte e poucas situações de criação por mérito nosso. Na segunda parte foi diferente, o adversário mudou a sua forma de jogar e tivemos mais dificuldades para ajustar a equipa a essa mudança, descemos um pouco as linhas e não fomos capazes de defender a vantagem, à semelhança do que já ocorreu noutras partidas. Eles chegaram ao empate com mérito, mas a equipa soube reagir, assumir o jogo e enfrentar a adversidade. Os jogadores que entraram, muitos com idade de júnior, ajudaram-nos a chegar ao golo perto do final”, começou por dizer o técnico Leonino, atirando: “Foi um jogo importante para nós e de grande atitude”.
Com esta vitória, mais do que merecida, o Sporting CP subiu ao sexto lugar da tabela e ficou em zona de qualificação directa para a Taça Revelação quando faltam dois jogos para a fase de apuramento de campeão terminar – na luta pelo título estão o SCU Torreense e o FC Famalicão. Na penúltima jornada, marcada para a próxima terça-feira, às 11h00, o Sporting CP volta a jogar fora de casa, desta feita no terreno do FC Vizela, e na última ronda recebe o CF Estrela Amadora.
SUB-19: SC FARENSE DEU A VOLTA AO SPORTING CP
A equipa sub-19 de futebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, no último sábado, em casa do SC Farense por 2-1 em jogo da nona jornada da fase de manutenção do Campeonato Nacional de juniores.
Depois do empate a zero ao intervalo, os Leões até se colocaram na frente na segunda metade com um golo de Erik Elias, aos 57 minutos, mas na recta final do encontro a equipa da casa deu a volta ao marcador.
O SC Farense empatou aos 75 minutos e dois minutos depois fez o 2-1 final.
Na próxima, e última, jornada o Sporting CP recebe o Casa Pia AC. A partida está marcada para sábado, dia 26 de Abril, às 16h00 e os Leões já sabem que vão terminar esta última fase da prova nos três primeiros lugares da tabela.
Neste momento, o Sporting CP é segundo classificado com 27 pontos, os mesmos que o líder CF “Os Belenenses”. Já em terceiro está o CD Mafra com 25 pontos, com o Casa Pia AC e SC Farense ainda de olho nesse lugar.
12.04.2025
Campeonato Nacional Manutenção – 9.ª jornada | Campo Desportivo da Penha, Faro SC FARENSE SPORTING CP
2 1
1-0 ao intervalo
Lenine Chantre (75’, 7’) Erik Elias (57’)
Sporting CP: Luka Petric [GR], Konstantin Nikitenko [C] (Luís Gustavo, 70’), Francisco Machado (Rodrigo Quintães, 70’), Cristiano Palamarchuk, Afonso Lee (Rodrigo Quintiães, 70’), Sandro Nascimento, Chris Grombahi, Rafael Camacho, Erik Elias (Miguel Almeida, 61’), Diogo Martins e Sérgio Matos (Rodrigo Viola, 90+2’). Treinador: Mauro Miguel. Disciplina: cartão amarelo para Rodrigo Viola (90+2’).
Leões estão agora em zona de qualificação directa para a Taça Revelação
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FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-17
CONTRATEMPOS NÃO IMPEDIRAM TRIUNFO
LEONINO
SPORTING CP ESTEVE SEMPRE EM VANTAGEM, MAS ACABOU A PARTIDA COM NOVE JOGADORES. VITÓRIA VALEU SUBIDA À LIDERANÇA ISOLADA, À CONDIÇÃO.
Texto: Maria Gomes de Andrade
A equipa sub-17 de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu, no passado domingo, o Casa Pia AC por 1-2 em jogo da décima jornada da fase de apuramento de campeão do Campeonato Nacional de juvenis.
Os Leões colocaram-se a vencer
logo aos sete minutos, com um golo de Sandro Gambôa, mas três minutos depois sofreram o primeiro contratempo da partida, com a lesão de Ansu Júnior, que foi substituto por Brandão Baptista.
Dez minutos depois, novo contratempo com a expulsão de José Garrafa e a formação verde
e branca a passar assim a jogar com dez jogadores numa fase muito prematura do encontro.
Ainda assim, o Sporting CP conseguiu chegar ao 0-2, por Simão Soares na marca de pontapé de penálti, em cima do intervalo e entrar na segunda parte com maior tranquilidade no marcador.
No entanto, essa tranquilidade voltou a ser colocada em causa, pouco depois da hora de jogo, com nova expulsão, desta feita de Sandro Gambôa.
Assim, com mais cerca de 30 minutos ainda para jogar, os Leões ficaram a jogar com apenas nove jogadores contra 11 e acabaram por sofrer o 1-2 logo a seguir.
Aos 73 minutos, e com ‘mais pernas’, o Casa Pia AC ainda teve a oportunidade de empatar a partida, na marca de 11 metros, mas William Lodmell levou a melhor e segurou o triunfo verde e branco.
O Sporting CP que, com mais estes três pontos, subiu à liderança isolada do campeonato, tendo agora mais dois pontos e mais um jogo do que o segundo classificado, o SL Benfica, volta a jogar este sábado em casa frente ao SC Braga.
SUB-15
JOVENS LEÕES HOMENAGEARAM AURÉLIO PEREIRA DA MELHOR MANEIRA
SPORTING CP VENCEU O SC FARENSE NUM JOGO EM QUE, ALÉM DO TRIUNFO, OS INICIADOS TINHAM O OBJECTIVO DE HOMENAGEAR O SENHOR FORMAÇÃO.
Texto: Maria Gomes de Andrade
A equipa sub-15 de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no passado sábado, o SC Farense por 4-0 em jogo da décima jornada da fase de apuramento de campeão do Campeonato Nacional de iniciados.
A partida foi antecedida de um minuto de silêncio em homenagem a Aurélio Pereira, o Senhor Formação, que tanto deu ao futebol do Sporting CP e ao futebol português e que partiu na última terça-feira.
A jogar em casa, e com o objectivo de homenagear Aurélio Pereira da melhor maneira, os Leões até viram
a equipa visitante entrar melhor, mas depressa deram a volta ao ‘texto’ e dominaram toda a primeira metade, conseguindo converter essa superioridade em golos.
Reisson Batista abriu o marcador logo aos 12 minutos de jogo, com Leonardo Damião a aumentar a vantagem Leonina dez minutos depois.
Aos 32 minutos, foi a vez de Martim Ribeiro também fazer o gosto ao pé, na cara do guarda-redes visitante, depois de cruzamento da direita e de amortecer a bola com o peito.
Assim, o Sporting CP foi para o intervalo a vencer por 3-0.
Na segunda metade, o SC Farense
deu melhor réplica e foi mais perigoso, mas os Leões voltaram a marcar, aos 52 minutos, por Yanick Filipe e com o 4-0 no marcador fo-
ram controlando e mandando no jogo.
Vitória justa do Sporting CP que, com este resultado, subiu ao se-
ANTÓNIO CRUZ: “OS JOGADORES DEDICARAM-SE AO QUE QUERÍAMOS”
António Cruz ficou satisfeito com o triunfo, referindo que o Sporting CP entrou em campo com o objectivo de homenagear Aurélio Pereira.
“Apesar do resultado ter sido algo volumoso, o SC Farense está de parabéns pela proposta de jogo que apresentou, muito ofensiva e a criar igualdade numérica no campo todo, criando-nos algumas dificuldades. Ainda assim, nós fomos claramente superiores, os jogadores dedicaram-se inteiramente àquilo que queríamos, uma vitória para homenagear também o senhor Aurélio, a quem agradecemos tudo o que nos deu e que nos permite ser a melhor formação do mundo”, começou por dizer o técnico Leonino, falando nas apostas que fez na segunda parte: “Temos um plantel muito vasto e, para além da meritocracia, tentamos que eles tenham todos muitos minutos, foi o que fizemos e eles deram uma boa resposta”.
13.04.2025
Campeonato Nacional Ap. Campeão – 10.ª jornada Estádio Pina Manique, Lisboa CASA
Sporting CP: William Lodmel [GR], André Machado, Duarte Correia (Daniel Ciesielski, 46’), Jakub Stasiak, Diego Coxi, Sandro Gamboa, Ansumane Junior (Brandão Baptista, 10’) (Leonardo Tavares, 65’), Cleusio Garrafa, Manuel Lamuria (José Mendes, 46’), Simão Soares [C] (Suleimane Balde, 46’) e José Garrafa. Treinador: Pedro Pontes. Disciplina: cartão vermelho para José Garrafa (21’) e Sandro Gambôa por acumulação de amarelos (50’ e 63’).
gundo lugar da tabela, tendo agora menos um ponto do que o líder FC Porto e os mesmos pontos do que o terceiro classificado, o SL Benfica. O próximo jogo dos Leões está marcado apenas para dia 26 de Abril (sábado) em casa do CF “Os Belenenses”.
Sporting CP: Guilherme Pinto [GR], Rodrigo Mendes (Lucas Francisco, 40’), Reisson Batista, Samuel Tavares, Eliabe Alves (Gonçalo Gaspar, 68’), Martim Baptista (Dinis Santos, 52’), Leonardo Damião (Mélvin Rosário, 68’), Victor Bastianele [C], Martim Ribeiro (Daniel Évora, 68’), Diego Farinha (Fernando Santos, 68’) e Yanick Filipe. Treinador: António Cruz. Disciplina: cartão amarelo para Martim Ribeiro (31’).
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL FEMININA
TRÊS AO INTERVALO, MEIA-DÚZIA NO FIM
GOLEADA CLARA DAS LEOAS NUM JOGO DE SENTIDO ÚNICO EM CASA DO CLUBE DE ALBERGARIA.
Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: FPF
A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou e goleou, no último sábado, o Clube de Albergaria por 0-6 na 20.ª jornada da Liga.
O jogo, que foi de sentido único, não começou antes de um minuto de silêncio em homenagem a Aurélio Pereira. A partir daí, só deu verde e branco no Estádio do Mergulhão.
As Leoas entraram bem e Ana Capeta foi a primeira a ameaçar. Já depois de ver um golo ser invalidado, o Sporting CP chegou mesmo ao 0-1 aos nove minutos: bom trabalho de Beatriz
Fonseca pela direita antes de assistir Madison Haugen, que fez o primeiro golo com a camisola do emblema de Alvalade na estreia a titular.
Pouco depois, Ana Capeta transformou mesmo as ameaças em golo com um bom remate para o 0-2. 12.º golo na temporada para a avançada.
O Sporting CP continuou por cima e foi ficando sempre perto de voltar a marcar. Maísa Correia, que já tinha tentado, fez o 0-3 aos 27’: excelente assistência de Cláudia Neto e a jovem de 18 anos, na cara de Amber Lockwood, não falhou. Até ao intervalo, destaque para as oportunidades de Madison
Haugen (muito perto do bis) e de Beatriz Fonseca (atirou ao poste) e para uma rara investida das visitadas quando Laura Luís rematou, mas Hannah Seabert respondeu com uma defesa segura. No segundo tempo, mais do mesmo e com o Sporting CP a voltar a marcar logo aos 49’, com o bis de Ana Capeta.
Micael Sequeira lançou, de seguida, Fátima Pinto (de regresso após lesão) e Iara Gonçalves (jogadora de 19 anos em estreia pela equipa principal) para os lugares de Ana Borges e Cláudia Neto. Quatro minutos depois, Maísa Correia também bisou para o 0-5.
Já com Matilde Nave e Miri
O’Donnell em campo (saíram Andrea Norheim e Maísa Correia, que foi considerada a melhor em campo), o Clube de Albergaria colocou mesmo uma bola no fundo das redes Leoninas, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo após revisão do VAR.
A última substituição Sportinguista aconteceu aos 82’, com a troca de Brenda Pérez por Jeneva Gray, e as visitantes não pararam de procurar mais um golo. Ana Capeta e Joana Martins estiveram perto, mas foi Beatriz Fonseca, aos 88’, a fechar as contas em 0-6.
Na próxima jornada, marcada para o início de Maio, o Sporting CP recebe o SC Braga.
12.04.2025
0-3 ao intervalo
Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Ana Borges [C] (Fátima Pinto, 58’), Andrea Norheim (Matilde Nave, 69’), Érica Cancelinha, Madison Haugen, Joana Martins, Brenda Pérez (Jeneva Gray, 82’), Maísa Correia (Miri O’Donnell, 69’), Beatriz Fonseca, Cláudia Neto (Iara Gonçalves, 58’) e Ana Capeta. Treinador: Micael Sequeira. Disciplina: cartão amarelo para Andrea Norheim (38’).
Madison Haugen, aqui a celebrar com Beatriz Fonseca, marcou o primeiro golo de Leão ao peito
Liga – 20.ª jornada Estádio do Mergulhão, Oliveira de Azeméis CLUBE DE ALBERGARIA SPORTING CP
Madison Haugen (9’), Ana Capeta (18’, 49’), Maísa Correia (27’, 62’), Beatriz Fonseca (88’)
FRANCISCO QUINTAS
“FOI MUITO MELHOR DO QUE QUALQUER SONHO QUE
ALGUMA VEZ
POSSA TER TIDO”
DEPOIS DE UMA VIDA INTEIRA DENTRO DAS PISCINAS, CULMINADA COM CERCA DE CINCO ANOS DE RELEVO NO SPORTING CP, FRANCISCO QUINTAS DISSE ADEUS À NATAÇÃO, AOS 30 ANOS, E SEM DÚVIDAS DE QUE SAI REALIZADO. “FIZ A MAIOR PARTE DAS COISAS QUE QUERIA NA MODALIDADE”, AFIRMOU EM ENTREVISTA AO JORNAL SPORTING. DA IMPORTÂNCIA QUE TEVE NA SUA EVOLUÇÃO INTEGRAR, EM 2019, “A MELHOR EQUIPA EM PORTUGAL” ATÉ À “DESILUSÃO GIGANTE” POR FALHAR O SONHO OLÍMPICO POR 17 CENTÉSIMOS, O ESPECIALISTA EM BRUÇOS FEZ A RETROSPECTIVA DE UMA CARREIRA QUE, ENTRE MUITAS MEDALHAS NACIONAIS, PASSOU POR PALCOS EUROPEUS E MUNDIAIS. AGORA, FRANCISCO QUINTAS DEIXA A VIDA DE ATLETA E AS ÁGUAS PARA SE AVENTURAR NO AR, COMO PILOTO.
Portugal sabendo que, efectivamente, era o ponto final?
Este é o momento certo para dizer adeus à natação e encerrar a carreira?
Falei com o meu treinador em Agosto e praticamente ficou delineado. Inicialmente propus uma data, ele outra e decidimos que seria agora em Abril. Veio na sequência de ter deixado de ter objectivos concretos que me motivassem a continuar. Além desse sentimento de já não me sentir como há uns anos e da questão da idade, também fiz a maior parte das coisas que queria na modalidade.
Então, teve algum tempo para se mentalizar até à chegada do dia, mas como foi participar no Open de
As últimas semanas foram normalíssimas, estava muito tranquilo a treinar, mas sabia perfeitamente que ia ser muito emotivo. Não há como escapar. Tenho 30 anos e comecei dentro de água aos seis meses, por isso não sei o que é a minha vida sem estar na natação. É a única coisa que não mudou na minha vida. Sentir o apoio de muita gente foi especial. Não acabei exactamente como queria, mas também já vinha nessa expectativa, e não mudava nada.
Apesar de ter encerrado este capítulo recentemente, já sabe o que lhe vai deixar mais saudades desta vida de atleta?
Sei, sei, foi algo que eu falei logo na nossa reunião de equipa. Do que se sente mais falta é a ligação às pessoas, o dia-a-dia, e não propriamente este tempo que fiz ou esta final. No dia anterior à minha última prova, estava deitado a tentar dormir e o que estava na minha cabeça não eram resultados ou medalhas. Pensava nas coisas que tinha vivido, nas pessoas com quem estive ao longo destes 30 anos... Mas isso de certa forma continua, não da mesma maneira, e é o que me vai fazer mais falta.
“FIZ A MAIOR PARTE DAS COISAS QUE QUERIA NA MODALIDADE”
E é isso que leva, em particular, do Sporting CP,
Texto: Xavier Costa Fotografia: Isabel Silva
também?
Claro. A ligação ao treinador, aos meus colegas, que embora sejam mais novos do que eu, trazem sempre algo de diferente. A diferença de idades tem piada nesse aspecto. Vai ser uma mudança um bocado abrupta, porque de um momento para o outro passei de estar todos os dias aqui a não estar mais. É uma adaptação, mas as ligações estão lá.
“NÃO SEI O QUE É A MINHA VIDA SEM ESTAR NA NATAÇÃO”
É uma vida inteira, praticamente, na natação. O que é que a vivência de crescer sempre como atleta ofereceu à sua vida?
É uma pergunta difícil... Acho que o desporto dá-nos um bocado de mundo. Temos contacto com pessoas de backgrounds, famílias e experiências de vida muito diferentes. A questão das idades também, porque passei de ter 20 anos e ser colega de equipa de pessoas com 30 e tal e, depois, sou eu que tenho 30 e colegas de 20 e pouco. Esse contacto com perspectivas e fases de vida diferentes é algo que acrescenta sempre, e valorizo-o.
Quando chega ao Sporting CP, em finais de 2019, que expectativas trazia?
Na altura, era, de longe, a melhor equipa em Portugal, com o melhor grupo de treino. Na minha opinião, o melhor que alguma vez uma equipa teve, sendo sincero, embora um bocadinho biased [parcial] (risos). Isso foi importante na minha decisão. Tinha aqui amigos, também, e a perspectiva de nadar pelo meu clube, o Sporting CP, também teve relevo. A minha expectativa, na altura, ao ter acesso a esse grupo de treino, era eventualmente ir a uns Jogos Olímpicos.
Sentiu, por isso, que foi muito importante para dar um passo em frente na sua evolução?
Sim. O que eu achava que eram bons tempos em treino mudou completamente. Estar no treino, perceber as dinâmicas e as tarefas que faziam ajudou-me brutalmente. É algo que eu digo aos mais novos: o grupo de treino é fundamental. Estar no nosso limite, quando temos de o estar, ajuda a elevar toda a gente e, depois, é como uma bola de neve. O grupo de treino faz, depois, os resultados na competição.
Neste momento, quando olha em retrospectiva para o seu percurso, quais são as primeiras coisas que lhe sur gem na mente?
As presenças em Campeonatos da Europa e do Mundo foram, claro, muito importantes, os momentos altos, mas os Campeonatos Nacionais de clubes são sempre uma experiência diferente, e a minha prova preferida, mesmo assim. Convido as pessoas, ainda que não gostem muito de natação, a assistirem um Campeonato Nacional de clubes, porque o ambiente é mesmo especial. Depois, é o dia-a-dia, os estágios, sofrer em conjunto nos treinos.
“SENTIR O APOIO DE MUITA GENTE FOI ESPECIAL”
Com as cores do Sporting CP, conseguiu variadíssimas medalhas, bons resultados em Campeonatos Nacionais e até fez parte da primeira e, até agora, única ‘dobra‑ dinha’ – títulos nacionais simultâneos em masculino e feminino – do Clube. Foi particularmente marcante? Na verdade, nesse ano [2021/2022], estive bastante tempo lesionado e não foi propriamente uma boa memória, porque gostava de ter tido um papel mais activo na con-
quista desse título. Ainda assim, são coisas assim, como a superação de maus momentos, que fazem com que certos momentos sejam ainda melhores.
Fazendo um balanço final, acredita que as expectativas iniciais que tinha na vinda para o Sporting CP foram quase todas cumpridas?
Pronto, a participação nos Jogos Olímpicos ficou pelo caminho, mas acho que, no geral, sinto-me realizado com a carreira que tive. Não saio frustrado. Claro que gostava de ter feito mais, não é? Acho que é algo inevitável quando se acaba uma carreira. O Alexis [Santos] diria a mesma coisa. Podia ter feito um bocadinho mais. Podia ter feito alguma coisa diferente. Isso fica sempre, mas isso é a característica de alguém que é competitivo, como qualquer atleta.
No seu caso, para lá dos Jogos Olímpicos, o que ficou por atingir?
Claramente isso, mas em termos colectivos, como houve dois anos sem Nacionais de clubes devido ao COVID-19, podíamos ter feito 11 [títulos] seguidos em vez de nove. Gostava de ter tido mais participações em Nacionais de clubes para ganhar, digamos assim. Ainda assim, acho que a nível nacional fiz tudo o que queria fazer.
“DO QUE SE SENTE MAIS FALTA É A LIGAÇÃO ÀS PESSOAS E O DIA-A-DIA”
Já a nível internacional, por Portugal, chegou a alguns dos maiores palcos da modalidade, com participações em Europeus e Mundiais. Alguma vez imaginou que po dia chegar a esse nível?
Não, impossível. Por exemplo, a minha primeira participação em Campeonato Nacional já foi como sénior. Por isso, se no meu último ano de júnior me tivessem dito que ia ficar a um décimo de participar em Jogos Olímpicos, achava que era impossível. Se falasse com o Francisco de 17 ou 18 anos e lhe contasse a carreira que iria ter, ele assinaria por baixo. Foi muito melhor do que qualquer sonho que alguma vez possa ter tido.
E que, um dia, iria fazer o segundo melhor tempo na cional de sempre nos 100 metros bruços (58”73)?
Não faz sentido na minha cabeça (risos). Eu era muito pequeno quando era júnior, só cresci em sénior. De cerca de 1,60 metros passei, de um momento para o outro, para mais 20 centímetros e essa foi, basicamente, a diferença. Eu não aprendi a nadar aos 17 anos (risos). Lembro-me que quando tinha dez, 11 ou 12 anos, o meu pai ia comigo às competições e dizia sempre uma coisa: ‘Deixa-os pousar’ (risos). Pronto, estive até aos 17 anos à espera que eles pousassem e eu crescesse. Quando dei o ‘salto’, comecei a achar que podia ser possível fazer algo mais e cheguei onde cheguei.
“[NA SUA CHEGADA AO SPORTING CP] ERA, DE LONGE, A MELHOR EQUIPA EM PORTUGAL”
Já no ano passado, no Mundial de Doha, integrou a es tafeta de 4x100 estilos que igualou o recorde nacional e ficou a apenas 17 centésimos desse sonho olímpico. Foi o grande feito da sua carreira ou a maior desilusão que viveu?
As duas, talvez. O Campeonato do Mundo é a segunda maior competição que existe e foi um recorde nacional por selecções, que é muito importante. Foi uma desilusão gigante, na altura. Lembro-me que, depois, fui para o antidoping, estive lá uma hora, sozinho, a tentar digerir a
ideia de que não ia aos Jogos. Foi terrível, mesmo. Agora, removido da situação, penso que fomos top-10 mundial, igualamos o recorde nacional e pude participar numa competição como o Campeonato do Mundo. Claro que se pudesse voltar atrás e emendar um tempo da minha carreira, seria esse. Não podendo, estou contente com o que fiz, com pena de não ter nadado 17 centésimos mais rápido, mas foi incrível na mesma.
“O GRUPO DE TREINO FAZ, DEPOIS, OS RESULTADOS NA COMPETIÇÃO”
Não só pelo nível a que chegou na disciplina de bruços, mas até pelo percurso peculiar que teve, que conselhos deixaria para os jovens nadadores que estejam agora a começar?
Sobretudo, criar dinâmicas de grupo positivas. Tentei sempre passar aos mais novos aquilo que me foi passado dos mais velhos, e o legado é mais isso do que propriamente os tempos e os recordes. Isso é fundamental, claro. Ter os meus nomes em recordes do Sporting CP é uma coisa que me orgulha. Mas o meu legado acho que é a marca que, eventualmente, deixei nos que estão agora com 18 e 19 anos e vão ser as próximas caras da natação do Sporting CP.
Pode dizer se que, actualmente, a equipa masculina do Sporting CP é jovem e está em reconstrução. Porque aquilo que viveu e conhece, acredita que o futuro pode ser risonho?
Acho que sim, porque o Sporting CP é sempre o Sporting CP e acho que temos excelentes nadadores em potência. Ainda não são propriamente atletas de relevo internacional, nem campeões nacionais, ainda, de seniores, mas podem andar ali perto e chegar lá. Acredito mesmo nisto. São um grupo muito coeso e, se continuarem a evoluir, vão atrair mais talento e criar uma cultura de Sporting CP. >>
“Ter os meus nomes em recordes do Sporting CP é uma coisa que me orgulha”, sublinhou o nadador
E, para si, estes primeiros tempos vão ser sempre longe das piscinas?
Sim, sim. Nos próximos tempos não vou querer nadar (risos), só daqui a uns meses, um ano, não sei. Não tenho esse planeamento. Daqui a uns meses apareço aí para ver a malta. Agora vou afastar-me da vida de atleta.
“SINTO-ME REALIZADO COM A CARREIRA QUE TIVE”
Então, o que se segue?
Desportivamente vai ser de descompressão completa. Vou jogar basquetebol, futebol de vez em quando... Até já tenho um jogo marcado com os miúdos (risos). Em termos profissionais é a transição para o mercado de trabalho. Nos próximos meses vou acabar a última licença de piloto e vou definir a minha carreira profissional fora do desporto.
“SE PUDESSE EMENDAR UM TEMPO DA MINHA CARREIRA, SERIA
ESSE [APURAMENTO PARA OS JO FALHADO POR 17 CENTÉSIMOS]”
Para terminar, que mensagem gostaria de deixar à na tação do Sporting CP e a todo o universo Sportinguista, depois de ter representado tão bem este emblema? À equipa disse o que tinha a dizer na reunião de equipa. Que continuem como são, porque tenho a certeza
OPINIÃO
de que vão demonstrar a qualidade que têm, e para valorizarem o dia-a-dia. Quando somos novos não temos a perspectiva de isto estar quase a acabar, mas de um momento para o outro é a nossa última prova (risos).
Quanto aos Sportinguistas, espero que tenham acompanhado o meu percurso de alguma forma e que os tenha orgulhado do que fiz. E continuem a acompanhar a nossa natação.
LÍDER SPORTING CP (E “DESNORTES COMUNICACIONAIS”!)
CAMPEONATO NA
CIONAL – No último
sábado, na Ilha de S. Miguel, teve lugar o denominado “jogo grande” da 29.ª jornada: o CD Santa Clara (5.º classificado, na altura) contra o Sporting CP, a lutar pelo título! Jogo difícil, historicamente é sempre um jogo difícil, para as nossas cores. E assim foi, mais uma vez. Partida muito disputada, na qual tivemos as melhores ocasiões e que acabámos por vencer graças ao soberbo golo solitário de Geny Catamo, no início da segunda parte, a concluir primorosa assistência de trivela do inevitável Trincão! O objectivo principal estava consumado, isto é, os três pontos estavam no nosso bolso.
LIDERANÇA – No cômputo geral da jornada recuperámos, naturalmente, a liderança do Campeonato! É que, no domingo, no jogo na Luz, mais uma vez transmitido apenas só para alguns, em “circuito próprio” (até quando esta triste “originalidade”?), o desfalcado FC Arouca – mesmo ao cair do pano, já em período de descontos –tem a melhor jogada de todo o desafio, toda ela um portento de classe e de bom futebol, empatando a partida! Uns gostaram, eu gostei, outros – contudo – desenvolveram um ataque súbito de azia… e não só! Corolário desse resultado foi o Sporting CP retomar, apenas uma jornada depois, a liderança do Campeonato, ainda que em igualdade pontual com o segundo classificado. Certo é que temos o melhor ataque da prova, recuperámos a melhor
defesa e mantemos a melhor diferença entre golos marcados e sofridos! É importante e pode ser decisivo!
COMUNICADO SL BENFICA I – Pouco depois do final desse jogo da Luz chegou-nos a notícia de que haveria um comunicado do SL Benfica. Ainda pensámos que fosse para verberar de modo veemente a inenarrável e a todos os títulos reprovável atitude de parte dos seus apoiantes em que – no justo minuto de silêncio em homenagem a Aurélio Pereira decretado pela Federação e pela Liga –não só assobiarem, desrespeitando esse momento, mas sobretudo imitaram o silvar do célebre very light da claque encarnada que matou o nosso Rui Mendes em Maio de 1996, no Jamor. Contudo, triste e infelizmente, o comunicado não era para o SL Benfica tomar uma posição de princípio sobre uma causa nobre e de elementar cidadania! Confessamos, não foi nada que nos surpreendesse…, mas, ingenuamente, ainda tivemos esperança… porque estamos sempre à espera da redenção, ainda que tardia! De todos esse momento – e de positivo – ficou o gesto, sentido, que reconhecidos aplaudimos, da maioria dos adeptos presentes na Luz se terem levantado e aplaudido Aurélio, desse modo abafando também o bárbaro silvo que outros, uma minoria, de modo insano, imitava!
COMUNICADO SL BENFICA II – O comunicado em causa era, afinal, para criticar a arbitragem e atacar o Sporting CP… desculpem… como? Porquê? Foi, contudo, um acto completamente falhado! É que dizer-se, como o comunicado em causa patenteia, que o SL Benfica é o “prejudicado” e o Sporting CP o “beneficiado” pelas arbitragens é uma enorme falácia! Um embuste mesmo! Bem andaram, pois, logo nos dias seguintes, os jornais Record e A Bola, decanos da comunicação social desportiva portuguesa, a demonstrar a total falta de razão do ar-
gumentário do peregrino comunicado benfiquista. Foi um verdadeiro arraso na pretensa razão benfiquista! Na versão de A Bola, fundada nas análises do ex-árbitro Duarte Gomes (que pode ser acusado de tudo, menos de alguma vez ter defendido ou beneficiado o Sporting CP!), resulta – por exemplo – que o Sporting CP tem sete penáltis não assinalados a seu favor, cinco expulsões não efectuadas de jogadores adversários e sofreu duas expulsões de seus jogadores mal assinaladas! Em todos estes itens o SL Benfica ou tem, “grosso modo”, metade dessas incidências ou até nenhuma! No Record, por seu turno, na sua famosa classificação “Liga da Verdade –Pontos de Verdade / Deve e Haver”, fundada nas análises semanais dos seus especialistas em arbitragem (Jorge Faustino, Marco Ferreira e o espanhol Iturralde González), o Sporting CP aparece com 72 pontos (mais três do que os 69 que hoje tem) e o SL Benfica com apenas 70 (mais um do que os seus actuais 69), ou seja, o Sporting CP surge aqui isolado na liderança do Campeonato, com dois pontos de avanço sobre o segundo classificado. Em ambos os casos… elucidativo! E elucidativo que o SL Benfica devia era ficar calado, bem calado, em vez de surgir na praça pública clamando por uma verdade desportiva que manifestamente não quer.
POTE/REGRESSO – Uma palavra ainda para o regresso do nosso Pote! Que bom! Foram poucos minutos em jogo, mas – cinco meses depois – já regressou! Agora, já na próxima partida, com o Moreirense FC, na 6.ª feira, em nossa casa, teremos com certeza mais minutos… e assim se vai fazendo e completando o caminho de Pote, ainda a tempo de ajudar o Sporting CP neste final de época! Força, Pedro Gonçalves! Ânimo, Pote!
Viva o Sporting Clube de Portugal!
TITO ARANTES FONTES
Francisco Quintas encerrou a carreira no último Open de Portugal
MODALIDADES ANDEBOL
PASSO DE GIGANTE NO DRAGÃO ARENA
NA
SEMPRE DIFÍCIL CASA DO FC PORTO, LEÕES DO ANDEBOL GANHARAM POR 32-35 E CONSEGUIRAM UMA VITÓRIA
CRUCIAL RUMO AO OBJECTIVO DO BICAMPEONATO.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Peter Spark/Kapta+
A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal venceu, no último sábado, por 32-35 na deslocação ao recinto do FC Porto para a terceira jornada da fase final do Campeonato Nacional, dando assim um passo muito importante para o objectivo de revalidar o título.
Num clássico entre os dois primeiros classificados da prova, os Leões entraram com André Kristensen, Pedro Portela, João Gomes, Natán Suárez, Martim Costa, Orri Þorkelsson e Edy Silva. Foi o FC Porto a inaugurar o marcador, com a primeira parte a ser pautada pelo esperado equilíbrio. Com muito poucas defesas dos dois guarda-redes no quarto de hora inicial, Edy Silva, Orri Þorkelsson, Pedro Portela e Natán Suárez começaram de mão quente.
Aos sete minutos, Martim Costa deu a primeira vantagem ao Sporting CP com um belo golo (4-5) e, mais tarde, começou a
aparecer André Kristensen com várias intervenções de qualidade.
Motivados pela exibição do guardião norueguês, os colegas continuaram a ser eficazes no ataque e estabeleceram um fosso de três golos quando Salvador Salvador, de muito longe, apontou o 9-12.
O FC Porto, no entanto, reagiu e não deixou o Sporting CP fugir. Mesmo com o regresso do Sportinguista Kiko Costa ao activo depois de lesão, tendo entrado a cerca de dez minutos do intervalo, os dragões foram recuperando e só não conseguiram empatar a 15 golos graças a uma tremenda defesa de André Kristensen.
Ainda assim, o empate registou-se mesmo a cerca de um minuto e meio dos 30, quando o Sporting CP estava com menos um (17-17).
Ao intervalo, a divisão do marcador continuava a prevalecer, mas com 18-18.
André Kristensen voltou a aparecer no início do segundo tempo e tanto Orri Þorkelsson como Martim Costa, João Gomes, William Höghielm ou Mamadou Gassama alimentaram o equilíbrio no resultado.
Aos 42’, Daymaro Salina viu o cartão vermelho e enfraqueceu o FC Porto, que, ainda assim, esteve na frente – com uma vantagem curta – durante alguns minutos. Contudo, e novamente com um papel relevante de André Kristensen, o Sporting CP empa-
12.04.2025
Campeonato Nacional – Fase final 3.ª jornada Dragão Arena, Porto FC PORTO SPORTING CP 32 35
18-18 ao intervalo
Sporting CP: Edy Silva (4), Pedro Portela (3), Kiko Costa (4), Natán Suárez (1), Jan Gurri (1), Pedro Martínez, William Höghielm (2), Salvador Salvador [C] (5), Orri Þorkelsson (4), Mamadou Gassama (1), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho, João Gomes (2), Christian Moga, Martim Costa (8) e Mohamed Ali [GR]. Treinador: Ricardo Costa. Disciplina: exclusão de dois minutos para Jan Gurri, William Höghielm e Mamadou Gassama.
tou e passou para a frente com dois golos consecutivos de Edy Silva (28-29).
A partir daí e até ao fim, só deu verde e branco no Dragão Arena, que contou com um grande apoio por parte dos Sportinguistas.
Martim Costa e Kiko Costa aumentaram a diferença para três golos (28-31) e o FC Porto não conseguiu voltar a entrar na discussão pela vitória.
Salvador Salvador apontou mais dois golos, Mohamed Ali entrou para defender um livre de sete
metros e, aí, já não havia dúvidas em relação ao vencedor. Os dois últimos tentos visitantes foram apontados por Kiko Costa e Martim Costa - melhor marcador do Sporting CP com oito golos. O conjunto de Ricardo Costa passa a liderar a tabela classificativa de forma isolada e vai, na próxima jornada, visitar o SL Benfica. Contudo, o compromisso que se segue é em casa da AA Águas Santas para os quartos-de-final da Taça de Portugal (amanhã, sexta-feira, 17h00).
RICARDO COSTA: “DEDICO ESTA VITÓRIA A AURÉLIO PEREIRA”
No final, Ricardo Costa começou por lembrar Aurélio Pereira. “Primeiro, dedico esta vitória a Aurélio Pereira, alguém muito importante para o desporto português e para a família Sportinguista. As condolências para a família”, disse aos meios de comunicação Leoninos, analisando depois o clássico. “Fizemos um grande jogo. O segredo para ganhar no Dragão Arena é mantermo-nos fiéis, olharmos para o nosso plano de jogo e sermos consistentes sabendo que os jogos se decidem nos últimos minutos. Nesses minutos, fomos ainda mais agressivos e melhorámos muito na defesa com a ajuda do André [Kristensen] e do [Mohamed] Ali. Chegámos melhor à parte final do jogo, com mais energia, e isso acabou por fazer a diferença”, explicou. O treinador verde e branco reforçou a “grande primeira parte” dos seus atletas, com “o FC Porto sempre com capacidade de igualar o marcador” e até a ser “muito melhor” do que o Sporting CP no início da segunda metade, “mas a energia, as ideias e o risco do FC Porto no 7x6 fizeram a diferença nos últimos 15 minutos”.
Ricardo Costa parabenizou “todos os jogadores sem excepção” e dirigiu-se ainda aos muitos Sportinguistas presentes no Dragão Arena: “Não é qualquer equipa que vence aqui e demos um passo importante. Uma palavra para tantos adeptos do Sporting CP que nos acompanharam e para os que nos viram em casa. Há que continuar, temos muitas lutas abertas pela frente na Taça de Portugal e na EHF Champions League. Não faltam motivos para estarem connosco”.
Pedro Portela também esteve na zona de entrevistas rápidas para as reacções: “[O Dragão Arena] é um palco muito difícil e sabíamos que ia ser um jogo complicado. São jogos renhidos entre duas equipas que querem ser Campeãs. Dedico esta vitória ao sr. Aurélio Pereira e agradeço o oitavo jogador. Parecia que estávamos no Pavilhão João Rocha, [os Sportinguistas] apoiaram-nos do início ao fim. Demos um passo grande nos objectivos da época e há que continuar a fazer o nosso trabalho. Ainda não acabou, mas estamos contentes. Temos de estar confiantes no Bicampeonato, vamos atrás dele”.
Kiko Costa voltou ao activo e apontou quatro golos no clássico
MODALIDADES BASQUETEBOL
TRIUNFO INCONTESTÁVEL NO TERRENO DO VITÓRIA SC
SPORTING CP MERECEU A VITÓRIA NUM JOGO RENHIDO E EM QUE GANHOU UMA VANTAGEM CONFORTÁVEL LOGO NO PRIMEIRO PERÍODO. JEREMIAH BAILEY FOI O MVP DO ENCONTRO. ESTE SÁBADO HÁ DÉRBI NO JOÃO ROCHA.
Texto: Maria Gomes de Andrade
A equipa principal masculina de basquetebol do Sporting Clube de Portugal venceu, no último sábado, o Vitória SC por 89-97 em jogo da 20.ª jornada da fase regular do Campeonato Nacional. Os Leões a fazerem o que lhes competia e a manterem assim o terceiro lugar na tabela, quando faltam duas rondas nesta fase da prova, seguindo-se depois os quartos-de final que contarão
com os oito primeiros classificados da fase regular. Em Guimarães, apesar de o encontro ter sido disputado, os comandados de Luís Magalhães foram donos e senhores, começando cedo a ‘cavar’ uma boa diferença no primeiro período –a meio os Leões já venciam por 7-14. O Sporting CP a apresentar-se bem defensivamente e a ser eficaz nos lançamentos livres e de dois pontos, fechando depois em 13-31.
Quase 20 pontos de diferença num período em que Jeremiah Bailey esteve em destaque, mas no segundo quarto o Vitória SC respondeu à altura. A equipa da casa foi melhorando e aproveitando alguma passividade Leonina, assim como algumas mudanças, e a um minuto do final a diferença era de apenas três pontos (43-46).
Ainda assim, e com o capitão Diogo Ventura a dar conta da eficácia a nível individual, o Sporting
CP conseguiu chegar ao intervalo com 45-50 e, apesar de tudo, nunca colocou em causa o ‘embalo’ para a vitória. No entanto, não foi de todo o melhor período dos Leões, com o Vitória SC a superiorizar-se de forma expressiva: 32-19.
No terceiro quarto, a formação Leonina voltou a dominar com Jeremiah Bailey e Nick Ward em destaque e voltou a abrir distâncias para a equipa da casa, que não conseguiu manter a performance do segundo período por mérito do Sporting CP e das opções na quadra.
Os Leões fecharam em 61-76, 16-26 no período, e entraram no derradeiro quarto com o jogo na mão. Ainda assim, apesar da quebra de ritmo de ambas as equipas, a equipa da casa superiorizou-se no marcador, mas o triunfo não escapou ao Sporting CP, que só já teve de controlar as incidências.
28-21 no último período com
Jeremiah Bailey a ser o MVP do encontro – 27 pontos, oito ressaltos, quatro assistências e um roubo de bola – e com o Sporting CP a ser um justo e incontestável vencedor.
Na próxima jornada, marcada para este sábado, às 15h00, há dérbi com o SL Benfica no Pavilhão João Rocha.
12.04.2025
Campeonato Nacional – Fase regular – 20.ª jornada | Pav. Desp. Uni. Vimaranense, Guimarães
VITÓRIA
89 97
13 31, 32 19, 16 26 e 28 21
Sporting CP: Keonté Kennedy (9), Diogo Ventura [C] (21), Cat Barber (13), Jeremiah Bailey (27) e Nick Ward (20); Tim Guers (7), Sérgio Silva, Uwais Razaque, Arnette Hallman e Ludgy Debaut. Treinador: Luís Magalhães.
MODALIDADES VOLEIBOL
SPORTING CP NA FINAL DA LIGA PARA SÉRIE FRENTE AO SL BENFICA
TRIUNFO DOS LEÕES DE JOÃO COELHO FRENTE À AA ESPINHO POR 3-1 NO TERCEIRO JOGO DA MEIA-FINAL.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: João Pedro Morais
A equipa principal masculina de voleibol do Sporting Clube de Portugal apurou-se para a final da Liga, após vencer no terceiro jogo da série da meia-final a Associação
Académica de Espinho por 3-1.
Três vitórias em três jogos, sobre a equipa da Costa Verde, valeram o passaporte para a decisão da prova que apura o Campeão Nacional, com o Sporting CP a ter agora pela frente o SL Benfica numa série que será decidida ao mínimo de três jogos e ao máximo de cinco. A primeira equipa a somar três vitórias vai sagrar-se Campeã Nacional. O primeiro jogo da série da final vai acontecer amanhã, 18 de Abril, às 17h30, no Pavilhão da Luz.
Voltemos ao encontro frente à AA Espinho. Antes do início do jogo, foi cumprido um minuto de silêncio em memória de Aurélio Pereira, que faleceu aos 77 anos. Uma sentida homenagem no Pavilhão João Rocha a uma grande figura do Sporting Clube de Portugal, expoente máximo nas áreas do recrutamento e da formação.
Quanto ao jogo, a AA Espinho iniciou melhor, com três pontos consecutivos, após fechar bem os caminhos no bloco a ataques de Edson Valencia. Foi a 3-1, por Kelton Tavares que o Sporting CP pontuou pela primeira vez, com a equipa visitante e responder por essa altura com cinco pontos.
Aos poucos, a equipa Leonina foi recuperando pontos, com boas ligações entre o
09.04.2025
Liga – Play-off – Meias-finais
Jogo 3 | Pavilhão João Rocha
SPORTING
19 25, 25 20, 30 28 e 25 18
Sporting CP:
distribuidor Yurii Synytsia e o central Kelton Tavares.
Mas alguns ataques falhados do lado Leonino abriram uma vantagem de 9-14 para a equipa orientada por Miguel Maia. A AA Espinho estava melhor, mais certeira no ataque e com isso aos 13-20, a missão estava mais difícil, apesar de um bom remate de Breno Silva.
O Sporting CP ainda conseguiu uma recuperação de 14-22 para 17-22, com Kelton Tavares a fazer diferenças no serviço, mas regressado do desconto de tempo, Jonadabe Santos fez um ponto importante para a equipa forasteira, que fechou o parcial nos 19-25.
No final do primeiro set, foi homenageada a equipa de iniciados de voleibol masculino do Sporting CP pelo título de Campeã Regional,
No segundo set, o Sporting CP começou melhor, com vários capítulos de jogo a saírem melhor aos Leões, desde o serviço, aos ataques de Valencia e aos blocos de Kelton Tavares. Por isso, aos 4-1, a AA Espinho pediu desconto de tempo e regressou para um parcial de 4-5.
Os empates foram acontecendo, com Valencia a melhorar muito o nível do primeiro para o segundo set e o bloco começou a carburar melhor. O Sporting CP ‘sentia’ cada vez mais o jogo, numa corrente cada vez mais intensa e com Jonas
Aguenier a entrar bem no bloco, a vantagem de 20-16 a anteceder uma pausa técnica já deixava o segundo parcial bem encaminhado para o lado Leonino. Aguenier fez novo bloco a 21-16 e Valencia continuava intratável no remate, para o set ficar fechado nos 25-20, em remate de Licek, após notável defesa de Gonçalo Sousa.
No terceiro set, o Sporting CP não entrou bem e esteve abaixo a 6-10, mas Valencia fez um bom serviço directo que aproximou a formação verde e branca. Valencia continuou a facturar e fez o 14-15, antes de Aguenier conseguir um grande serviço para o 15-15.
O efeito de serviço do central francês ajudou para o 16-15 e logo a seguir aconteceu o 17-15, a partir de novo serviço de
Aguenier. Mas as igualdades voltaram a acontecer até aos 20 pontos, a anteceder dois muito bons serviços de Jonadabe Santos, que resultaram em dois pontos consecutivos da AA Espinho.
Aos 22-24, com Gustavo Brito a fechar pontos, o Sporting CP tinha de anular dois set points: conseguiu fazê-lo por Valencia para o 23-24 e fez o 24-14 com uma falta na rede. Depois, um ataque para fora dos visitantes fez o 25-24 para o Sporting CP.
O jogo foi para vantagens a partir dos 25 pontos e os empates repetiram-se aos 26, 27 e 28 pontos, com Kelton Tavares a fazer o 30-28, num grande ‘ás’, após um ponto anterior de grande nível em remate de Edson Valencia.
No quarto set, o Sporting CP começou a criar vantagem a 5-2, alavancado pela potência de serviço de Edson Valencia. Contudo os visitantes reagiram para empatarem a cinco pontos.
O equilíbrio foi-se mantendo, com o 1010 no marcador a ser disso bom exemplo. Mas os Leões começaram a distanciar-se a 14-11 e depois a 18-12, com Valencia muito efectivo no serviço e Vinicíus Lersch a somar um grande bloco.
A vantagem conseguida foi bem administrada na ponta final pelo Sporting CP, com Licek no bloco e Kelton Tavares com um serviço directo a levarem o Sporting CP a uma vantagem de 21-14 e o set a fechar nos 25-18.
JOÃO COELHO: “FELIZ PELO APURAMENTO”
No final da partida o treinador Leonino fez a análise à partida. “Se não tivéssemos dificuldades contra o terceiro classificado, mal seria. Isso não invalida um primeiro set desastroso, em que só tenho de assumir total responsabilidade porque não foi nada do que queríamos fazer. Muitos erros de ataque, erros não forçados, portanto fomos precipitados num jogo que devíamos ter abordado com a pressão como se estivesse 0-0 e não foi isso que evidenciámos no primeiro parcial”, salientou.
João Coelho destacou ainda o valor da equipa orientada por Miguel Maia: “Depois, a AA Espinho não é uma equipa qualquer. Sabe jogar, sabe servir, foi inteligente a gerir o risco e o erro de serviço e nós, com más opções, arrastávamos um pouco o jogo. Mas era imperioso vencer, chegar à final, temos uma semana completa de descanso e de trabalho. Feliz pelo apuramento, estamos na decisão principal e há que lutar pela conquista do título”.
João Coelho deixou já o mote para a série das finais. “Unir o Clube em torno desta equipa e em torno de todas as equipas que estão a lutar por objectivos ambiciosos, é esse o nosso dia-a-dia. É uma final, um cariz completamente distinto, à melhor de cinco jogos. Vamos querer jogar um jogo de cada vez, para ganhar, não pode ser de outra forma, é isso que temos feito em todos os jogos”, finalizou.
Leões seguem em frente para a final da Liga
Tiago Pereira [C], Jan Galabov (3), Vinícius Lersch (4), Kelton Tavares (21), Edson Valencia (29), Yurii Synytsia (2), Martin Licek (11), Gonçalo Sousa [L], Tiago Barth, Jonas Aguenier (9), Breno Silva (1), Armando Velásquez, Nicolas Perren [L], Alejandro Vigil. Treinador: João Coelho.
MODALIDADES VOLEIBOL EQUIPA PRINCIPAL FEMININA
FANTÁSTICA RESPOSTA EM BRAGA LEVA DECISÃO PARA O PAVILHÃO JOÃO ROCHA
DEPOIS DE UM ARRANQUE PERFEITO NO JOGO E UMA RECUPERAÇÃO DECISIVA NO QUARTO SET, AS LEOAS CONQUISTARAM A NECESSÁRIA VITÓRIA E FORÇARAM A ‘NEGRA’ PARA DISCUTIR UM LUGAR NA FINAL DOS PLAY-OFFS DA LIGA. HOJE, ÀS 20H00, TODOS OS CAMINHOS LEVAM À CASA DAS MODALIDADES LEONINAS.
Texto: Xavier Costa Fotografia: José Lorvão
Por força das Leoas, vai ser até ao fim. A equipa feminina de voleibol do Sporting Clube de Portugal deslocou-se, no domingo, à AMCO Arena e venceu o SC Braga por 1-3 no quarto jogo das meias-finais dos play-offs da Liga. Um triunfo obrigatório – e muito meritório – para voltar a empatar a eliminatória e manter viva a esperança do apuramento para a final. Assim, tudo se decidirá num quinto e último jogo, hoje, quinta-feira (20h00), no Pavilhão João Rocha.
Em Braga, depois de um arranque muito equilibrado no set inaugural, as comandadas de Rui
Pedro Silva mostraram-se a um grande nível, assumiram a liderança com o 7-9 e, de imediato, ‘dispararam’ para uma vantagem de cinco pontos (9-14) que souberam preservar.
A potência de Leslie Tagle e Saška Durović apareceu, a seguir, para confirmar a determinada entrada Leonina (15-21), que não podia ter sido melhor. Feito o 21-25, novamente por Leslie Tagle, o Sporting CP adiantou-se no marcador e, pela primeira vez nesta meia-final, conquistou um parcial na AMCO Arena.
E as Leoas continuaram a causar muitos estragos no serviço, o bloco emergiu também – com Özge Kinasts em destaque – e, assim, entraram a mandar com autori-
dade no segundo set (4-12). Um domínio que se acentuou até atingir uma precoce diferença de dez pontos (6-16) que se tornou irreversível. Com muita solidez, o Sporting CP fez o 2-0 no jogo ao chegar, sem sobressaltos, a um claro 14-25, assinado por Jéssica Miranda.
Numa hora de voleibol de muita qualidade e, sobretudo, eficácia, as Leoas colocaram-se na melhor posição não só para adiar a passagem imediata do SC Braga como, também, para forçar um quinto – e último – jogo em Lisboa. E foi isso que conseguiram, mas não foi logo à primeira oportunidade, porque as minhotas ainda reagiram e obrigaram as Leoas a mostrar a sua face mais resiliente.
Desta vez, no terceiro set, a equipa da casa começou melhor (13-7) e conseguiu responder à altura, superiorizando-se de forma clara até aos 17-8. As Leoas, por seu turno, não atiraram a toalha ao chão e até recuperaram com mérito para 23-19, mas já não conseguiram ir mais além. O SC Braga fez o 25-20 e relançou a partida. Novamente, as arsenalistas –mais certeiras – entraram por cima (13-7) também no quarto parcial, mas Irene Verásio assumiu o protagonismo do lado verde e branco e ajudou a recuperar de 16-10 para 16-15. Foi o suficiente para que o Sporting CP se reencontrasse no jogo.
De imediato, Saška Durović e Leslie Tagle emergiram na melhor altura e completaram a reviravolta (17-19) que tudo mudou. As Leoas já não cederam na liderança, subindo com muito critério à rede para alargar a vantagem na recta final até ao 19-25, sentenciado por um ataque falhado do
SC Braga.
‘Vingada’ a derrota caseira anterior, tudo se vai decidir num quinto e último jogo no Pavilhão João Rocha – vantagem fruto do primeiro lugar garantido na primeira fase pelas Leoas. Depois da Taça de Portugal conquistada, o Sporting CP tem a hipótese de marcar presença, também, na decisão da Liga.
13.04.2025
Liga – Play-offs – Meias-finais Jogo 4 | AMCO Arena, Braga SC BRAGA SPORTING CP
1 3
21 25, 14 25, 25 20 e 19 25
Sporting CP: Maria Carlos Marques, Jéssica Miranda (5), Vanessa Paquete (2), Amanda Cavalcanti (13), Melany Detzel, Leslie Tagle (20), Maria Galacho [L], Özge Kinasts (4), Sara Dias, Angie Hinestroza, Irene Verásio (15), Mimosa Faria, Daniela Loureiro [C] [L], Saška Durović (9). Treinador: Rui Pedro Silva.
RUI PEDRO SILVA: “ORGULHO ENORME NAS MINHAS LEOAS”
Após a vitória em Braga, o treinador da equipa feminina de voleibol do Sporting CP destacou o compromisso das suas jogadoras num jogo que era determinante.
“Orgulho enorme nas minhas Leoas, porque não é fácil perder um quinto set em casa e recuperar animicamente para vir com muita alma para Braga. Foi muito importante a atitude, o equilíbrio emocional e a paciência para agarrar as oportunidades”, começou por dizer à A Bola TV, responsável pela transmissão do encontro.
De seguida, o técnico verde e branco apontou as baterias ao duelo que vai decidir a passagem à final da Liga. “Temos de recuperar fisicamente para estar a cem por cento com os nossos adeptos, que já marcaram presença no último jogo. Queremos fazer um quinto jogo digno do grande espectáculo que as duas equipas têm proporcionado”, destacou.
“Queremos dar uma resposta aos nossos adeptos para estarmos nos momentos decisões das principais competições, neste caso do Campeonato, depois da Taça de Portugal [conquistada]”, traçou, por fim.
Leoas querem contar com a força das bancadas para voltar à final do campeonato
MODALIDADES HÓQUEI EM PATINS
LEÕES À SOLTA REENCONTRAM CAMINHO PARA AS VITÓRIAS EM GRANDE
COM UMA SEGUNDA PARTE DE LUXO, QUE COMEÇOU POR DESCOMPLICAR O JOGO EM OLIVEIRA DE AZEMÉIS E ACABOU EM GOLEADA, O SPORTING CP BRILHOU NUMA PISTA ONDE NÃO VENCIA DESDE 2020 E CONTINUA NA LIDERANÇA EM PLENA RECTA FINAL DA FASE REGULAR.
Texto: Xavier Costa
Não podia ter sido melhor a resposta dos Leões após derrota em casa com o OC Barcelos (1-3). A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu a UD Oliveirense por 1-5, no último sábado, na partida da 23.ª jornada da fase regular do
OPINIÃO
Campeonato Nacional, disputada num preenchido Pavilhão Dr. Salvador Machado.
Com muita inteligência, os Leões saíram de Oliveira de Azeméis com uma demonstração de força e três pontos muito valiosos para continuar no primeiro lugar, agora com 58 pontos – mais um que SL Benfica e FC Porto – quando
O MEU AMIGO ZÉ... QUE LEÃO
Na edição de hoje, pese o momento desportivo do Sporting Clube de Portugal dentro dos relvados e dos pavilhões, estar ao rubro, decidi falar de Sporting CP fora deles, para falar de um amigo que também é Leão daqueles de antes quebrar do que torcer e que o ama e muito dele sabe desde tenra idade, o José Lorvão. O Zé é meu amigo há mais de três décadas, uma amizade que nasceu nos corredores do velhinho Estádio José Alvalade, mais concretamente na Nave, e foi daqueles – embora tenha acontecido com poucos mas bons – que me entrou no coração desde cedo. Era eu um “puto” que na altura era dirigente da equipa sénior de basquetebol do Sporting CP, e o Zé era outro “puto”, com toneladas de talento para a fotografia. Um fotojornalista que nasceu com especial jeito para a arte e que trabalhava então no jornal Record.
faltam apenas três jornadas para o fim da primeira fase. Neste regresso a uma casa que foi sua na temporada passada, Edo Bosch lançou um cinco inicial constituído por Ângelo Girão, Gonzalo Romero, Alessandro Verona, João Souto e Toni Pérez, e os Leões começaram determinados a atacar – com perigo – e também a defender, tendo resistido a uma inferioridade numérica precoce.
Depois, o equilíbrio de forças foi total, com as duas equipas a mostrarem porque são, a par, as duas menos batidas da prova – mérito também dos dois guarda-redes –, mas a dez minutos do intervalo uma desatenção Leonina bastou para que a equipa da casa – cimentada no quinto lugar – inaugurasse o marcador. Uma perda de bola acabou por lançar Diogo Abreu para o contra-ataque do 1-0.
Ainda assim, o Sporting CP cresceu e só não respondeu imediatamente porque, primeiro, Facundo Navarro e, a seguir, o guardião Xano Edo evitaram a hipótese do empate, ambas vezes a Facundo Bridge. No entanto, o 1-1 chegou mesmo, a cinco minutos do fim da primeira parte, graças uma excelente bola tensa de ‘Nolito’ para o desvio certeiro de Toni Pérez ao segundo poste. Agora claramente por cima no
jogo, os Leões aproveitaram o embalo ofensivo e podiam ter ido a vencer já para o intervalo, porém Bridge voltou a ser muito infeliz no momento da finalização: depois de já ter acertado no ferro, uma intercepção fortuita negou-lhe um golo de meia-distância que parecia certo. Uma tendência que, apesar da insistência verde e branca, parecia que se ia manter no início da segunda parte, onde o poste e Xano Edo voltaram a adiar a reviravolta no marcador. Adiar, mas não evitar, porque – tal como a UD Oliveirense no 1-0 – o Sporting CP soube aproveitar um erro adversário e, num contra-ataque a toda a velocidade, Roc Pujadas apontou o 1-2 que abriu o caminho para uma segunda parte de altíssimo nível.
Desta vez, o conjunto de Oliveira de Azeméis também entrou ameaçador no ataque, mas valeu Girão – em grande – ao Sporting CP sempre que foi chamado a intervir. Aliado a isso, a eficácia Leonina veio ao de cima pelo stick de Romero. Primeiro, o todo-o-terreno argentino castigou a décima falta local, de forma exímia no 1v1, para ampliar a vantagem, mas não se ficou por aqui e, a dez minutos da última buzina, fez o 1-4 com uma stickada que surpreendeu o guarda-redes adversário.
Enquanto a UD Oliveirense sentiu
Falávamos sempre muito de Sporting, apesar do seu profissionalismo e de ter amigos em todos os clubes para onde era chamado a prestar serviço, era um apaixonado pelo símbolo do Leão. O cumprimento entre ambos era sempre com um efusivo Saudações Leoninas seguido de um abraço.
Passaram no tempo mais de trinta anos e quis o destino que eu como colaborador e ele como profissional – e que profissional que agora acumula o trabalho ao prazer de servir o clube do seu coração, nos voltássemos a cruzar. Eu a escrever umas linhas semanalmente, sempre com emoção, sem ela não o sei fazer quando falo do nosso Clube, e ele a continuar a fazer “magia” com fotografias sensacionais. O Jornal Sporting juntou-nos de novo, numa amizade que perdurou no tempo e que nunca se apagou, mesmo que durante uns anos o nosso percurso de vida nos tenha afastado, e que o Zé tenha sido injustiçado profissionalmente noutro órgão de comunicação social. Hoje deu-me para falar do Zé. Aquele a quem um dia ofertei uma camisola de basquetebol do Sporting CP, ainda parece que lhe vejo o brilho nos olhos naquele momento e sei que ainda a preserva. Deu-me, pois, para falar de um Leão imenso que sabe de Sporting como poucos. Que tem inúmeras histórias deliciosas de uma vida de
o golpe, os Leões de Edo Bosch continuaram a interpretar o jogo na perfeição e mais um contra-ataque deu em mais um golo de Roc Pujadas, que também ‘bisou’. Estava dada a ‘machadada’ no encontro e confirmada uma vitória verde e branca muito importante. Por outro lado, foi o quinto jogo seguido sem vencer da formação de Oliveira de Azeméis.
O Sporting CP continua, assim, a liderar a corrida pelo primeiro lugar na fase regular e na próxima jornada – a antepenúltima – recebe o Riba d’ Ave HC no Pavilhão João Rocha.
12.04.2025
Campeonato Nacional Fase regular – 23.ª jornada Pavilhão Dr. Salvador Machado, Oliveira de Azeméis
UD
OLIVEIRENSE SPORTING CP
1 5
1-1 ao intervalo
Diogo Abreu (15’) Toni Pérez (20’), Roc Pujadas (32’, 48’), Gonzalo Romero (36’, 40’) Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Guilherme Caetano, Alessandro Verona, Roc Pujadas, João Souto, Toni Pérez, Facundo Bridge, Henrique Magalhães, Gonzalo Romero, Lourenço Soares [GR]. Treinador: Edo Bosch. Disciplina: cartão azul para Toni Pérez.
dedicação ao nosso símbolo.
Cada vez que vejo o seu Memória Fotográfica na Sporting TV, que começou no passado dia 10 de Abril a sua terceira temporada, rebobino no tempo aqueles momentos vividos na nossa vida de Leão ao peito. Aqueles programas são feitos com paixão, profissionalismo e sobretudo com pinceladas de génio. O génio que faz do Zé, agora no Jornal e Televisão do “seu” Sporting CP, alguém especial.
Hoje decidi falar do Zé. Não porque é meu amigo. Não porque este espaço seja para prestar tributos a alguém só porque gosto das pessoas, até porque isso está nos meus antípodas. Mas sim pela mais elementar justiça. A de falar de um grande profissional e de um grande Sportinguista. Falar do meu amigo Zé. O Leão José Lorvão!
P.S 1 – Depois da vitória nos Açores, já amanhã vamos a jogo com o Moreirense FC em Alvalade. Faltam cinco “finais” e estamos na liderança. Força, Leões!
P.S 2 – Morreu o meu amigo Marcelo Garcia. Sobre ele escrevi neste espaço, a 10 de Novembro de 2022. Uma vida como dirigente do nosso andebol. Uma dedicação sem paralelo ao nosso Clube. Até sempre, meu querido amigo.
JUVENAL CARVALHO
MODALIDADES HÓQUEI EM PATINS
DAS MÃOS QUE FAZEM OS STICKS ÀS MÃOS QUE OS PÕEM A JOGAR
NA VÉSPERA DO ENCONTRO EM CASA DA UD OLIVEIRENSE, A EQUIPA DE HÓQUEI EM PATINS DO SPORTING CP VISITOU AS INSTALAÇÕES DA AZEMAD E FICOU A CONHECER AO DETALHE O TRABALHO QUE ESTÁ POR TRÁS DO EQUIPAMENTO QUE USAM TODOS OS DIAS, EM ESPECIAL DOS STICKS. A MARCA NASCIDA E SEDIADA EM OLIVEIRA DE AZEMÉIS É PARCEIRA DO SPORTING CP E LIDERA A NÍVEL MUNDIAL NA PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE STICKS.
Texto: Xavier Costa
Fotografia: Hugo Monteiro/ Kapta+
Já com longa tradição e muito sucesso desportivo por cá, o hóquei em patins é um desporto muito português. E de há duas décadas para cá que a produção de um dos seus principais instrumentos, o stick, também se tornou algo muito português, com Oliveira de Azeméis como sua capital.
Tudo graças à AZEMAD, então especialista na produção de mobiliário em madeira, e por mera casualidade: a ideia nasceu com a construção de um stick gigante comemorativo para o Mundial da modalidade acolhido na cidade em 2003 [ver caixa]. Actualmente, a marca está ligada aos principais clubes do mundo e da sua fábrica
saem milhares de sticks todos os anos para as mãos dos melhores hoquistas: cerca de 37 mil produzidos no ano passado.
No entanto, para passar da arte em madeira para a arte nas pistas cada stick tem um longo e preciso percurso a percorrer – entre mãos humanas e braços robóticos – pelas várias salas e estações das instalações da AZEMAD. E foi esse processo, de A a Z, que a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal pôde acompanhar na visita feita à fábrica na passada sexta-feira, em véspera do encontro com a UD Oliveirense.
As duas primeiras salas mostradas por António Manuel Silva, gestor de clientes da parte de desporto da AZEMAD – a AZEMAD Sport – e hoje guia de
serviço, resumem bem a história da empresa. Contíguas, de um lado está um espaço dedicado ao mobiliário doméstico, ramo fundador da marca, e do outro um pequeno museu de hóquei em patins, com camisolas dos vários clubes parceiros, sticks, patins e todo o tipo de objectos ligados à modalidade.
DO PEDAÇO DE MADEIRA, PASSO A PASSO, ATÉ AO STICK
É, porém, na descida à fábrica que se desvendam os segredos que permitem que a magia aconteça nas pistas. Da sala de orçamentação e design passa-se imediatamente para o espaço onde a madeira começa a ganhar forma,
primeiro pelas mãos dos funcionários em plena acção e, depois, aperfeiçoada pelas diferentes salas de máquinas em funcionamento ininterrupto – e foi muita a atenção despertada no plantel a cada movimento.
No entanto, o trabalho até começa antes da chegada da matéria-prima. “Somos tão exigentes na madeira que a selecção já é feita praticamente no abate da árvore”, afirma António Manuel Silva em conversa com o Jornal Sporting durante a visita.
Para fazer as pás – a parte de contacto com a bola – de cada stick, corta-se a madeira “em pequenas lâminas e é dobrada para fazer a sua curvatura”, sendo depois montada junto ao cabo – zona da ‘pega’ dos jogadores – que é “uma peça única”. É en-
tão que as máquinas assumem o controlo do processo. “Antes era feito manualmente, mas agora a máquina com o braço robotizado retira toda a madeira que está a mais: vem buscar a peça, recorta, rectifica e pousa”, explica.
Segue-se a parte das resinas, onde cada stick “leva fibra de vidro” antes de passar à lixagem, onde um outro robô “dá uma grande ajuda, especialmente em alturas de grande produção”, assegura António Manuel Silva. Por fim, feitos os acabamentos e a impressão da marca, o stick é embalado e fica pronto para a expedição.
“Este ano pensamos que podemos chegar às 40 mil unidades produzidas”, traçou ainda o gestor, além de salientar como “ir ao encontro das necessidades dos jogadores” é uma preocupação constante. Algo que os próprios hoquistas corroboram, porque longe vão os tempos em que havia “apenas dois ou três modelos”, atentou Henrique Magalhães, experiente hoquista dos Leões, também ao Jornal Sporting. “Agora, é tanta a coisa que podemos melhorar através da produção do stick”.
DA TEORIA À PRÁTICA
Por isso, o defesa/médio realçou que estas visitas à AZEMAD, além de interessantes, são muito úteis.
“É incrível ver o trabalho que fazem e a evolução que têm tido na maquinaria. A diferenciação de sticks e o leque de opções que oferecem aos jogadores é espectacular”, reconheceu.
E, chegados ao armazém, é o momento de deixar a teoria e as dúvidas que foram sendo respondidas ao longo do processo para
Plantel conheceu todos os passos na produção de sticks e não só
passar à prática já com o produto final ali à mão. Ora, como crianças numa loja de brinquedos, todos os jogadores vão agarrando e testando diferentes modelos e trocando impressões, não fosse esta “a ‘arma’ e o melhor amigo de todos os dias” dos hoquistas, como sublinhou Henrique Magalhães.
“Chegamos aqui e temos tanta coisa, queremos experimentar tudo e, depois, nem sabemos ao certo como queremos (risos)”, graceja, embora tenha bem definidas as suas prioridades no que toca às características que pre-
fere: “Gosto do stick mais leve e não muito duro. A pá não pode ser revestida de fibra, a grossura é intermédia, mais redondo... Eu sou um bocado chato nisso (risos), mas neste nível acho que todos somos exigentes. O stick e os patins são as coisas que mais diferença fazem para o atleta, por isso têm de ser à medida de cada um”.
Tudo se resume “a sensações”, sentenciou, e há gostos para tudo. “Jogadores que rematam mais, à partida gostam de sticks mais duros, como o ‘Nolito’, o Ale [Verona], o Facu [Bridge]. Outros
gostam dele mais leve, como o Roc [Pujadas], eu, o Mati [Platero], o Souto”, explicou Magalhães. Já quanto ao colega que parte mais sticks por temporada, não tem grandes dúvidas: “É capaz de ser o ‘Nolito’, também é o mais bruto (risos). Aliás, o melhor cliente da AZEMAD deve ser o Girão, porque está sempre a partir os sticks nas balizas (risos)”.
Além disso, com a inovação como bandeira, a marca sediada em Oliveira de Azeméis já tem outras novidades em preparação que mostrou ao plantel verde e branco. “Temos evoluído muito nos
outros equipamentos também. Aqui na sapataria temos a nossa última novidade: as botas de hóquei”, atirou António Manuel Silva, que aqui deu a palavra a Diogo Martins, filho do CEO, para explicar as novas dinâmicas que estão para vir nas bases das novas botas. Por fim, feita a habitual foto de família, o administrador Paulo Martins não escondeu que estes dias de visitas “são sempre diferentes” também para quem aqui trabalha e destacou a longa parceria de sucesso que tem ligado a AZEMAD ao Sporting CP. “Estarmos associados às melhores equipas do mundo é uma mais-valia para nós e, a isso, temos de conjugar o produto com a satisfação dos atletas. Penso que, felizmente, temo-lo conseguido e, por isso, é uma parceria benéfica para ambas as partes”, sentenciou.
PAIXÃO DE FAMÍLIA TORNOU-SE NEGÓCIO DE FAMÍLIA
A AZEMAD foi fundada em 1966 por António dos Santos Martins – cujo busto dá as boas-vindas na entrada – para a produção de mobiliário com o tratamento da madeira como principal matéria-prima, e ainda hoje se mantém no ramo, mas é em 2003 que se conjuga um novo caminho com a entrada no mundo do hóquei em patins. “Por uma mera casualidade”, contou Paulo Martins, filho do fundador e actual CEO da marca portuguesa. “Tudo começou por um convite da Câmara Municipal para promover o Mundial de hóquei em patins em Oliveira de Azeméis [de 2003], quando fizemos aquele que, acho, continua a ser o maior stick do mundo. Além disso, como o meu pai, que ainda era vivo, jogou hóquei, eu e o meu filho mais velho também jogamos, e tínhamos muito know-how com madeira, questionamo-nos por que razão tínhamos de importar os sticks. Vimos isso como uma oportunidade de negócio”, recordou, frisando, porém, que “não foi chegar, ver e vencer”.
Nos primeiros dez anos, a linha desportiva da AZEMAD – a AZEMAD Sport – “não chegava aos 10% do volume de negócio”, e, actualmente, além de ser a marca líder mundial na produção de sticks, também alargou o negócio para os restantes equipamentos da modalidade, como patins, protecções e outros acessórios. E a facturação cresceu exponencialmente. “Hoje, cerca de 37% do nosso volume de negócio é material ligado ao desporto”, admitiu Paulo Martins.
O segredo? O administrador acredita que tem sido “a relação com os jogadores”. “Não é por acaso que temos todo o interesse em que os jogadores visitem a fábrica e dêem as suas opiniões. Torna tudo mais fácil”, concluiu.
Jogadores não perderam a oportunidade de experimentar os vários modelos criados pela AZEMAD
AZEMAD é a marca líder mundial no ramo
BREVES
RENUMERAÇÃO DE SÓCIOS 2025: NOVOS NÚMEROS DE SÓCIO VÃO
SER CONHECIDOS EM MAIO
A Renumeração de Sócios realiza-se em 2025 e tem como objectivo a actualização do número dos Associados do Sporting Clube de Portugal, tal como previsto no artigo 19.º dos estatutos do Clube.
Serão renumerados todos os Sócios do Sporting CP, excepto aqueles que tenham sido alvo de expulsão, de suspensão e/ou de exclusão, bem como os Sócios falecidos, cujos familiares e/ou amigos não tenham, por interesse moral, requerido a sua manutenção como Sócio, e ainda os Sócios que solicitaram a sua exoneração nos últimos cinco anos, nos termos dos estatutos do Clube.
Os novos números de Sócio vão ser conhecidos até ao próximo dia 31 de Maio, altura em que os Sócios receberão o cartão em formato wallet e PDF, via email. Os cartões físicos chegarão no início da época 2025/2026. Os Sócios com quotas em atraso devem regularizar a sua situação de quotas para fortalecer a sua ligação com o Sporting CP.
GRUPO “OS CINQUENTENÁRIOS”:
MAIS DE MEIA CENTENA DE PARTICIPANTES
Realizou-se no passado dia 13 de Abril o 304.º almoço-convívio do grupo “Os Cinquentenários”. O Grupo prestou ainda homenagem ao sócio n.º 1 do Sporting CP, Mário Alberto Torres Pereira, a quem foi oferecida uma placa comemorativa dos mais de 90 anos de filiação ao Clube. Na parte da manhã, “Os Cinquentenários” fizeram uma visita-guiada à exposição “Deriva Atlântica – As Artes do século XXI”, no Centro Cultural de Belém, um interessante espólio com obras que cruzam décadas e geografias: de 1909 até à década de 70, estão representados artistas como Andy Warhol, Picasso, Amadeo de Souza Cardoso, Maria Helena Vieira da Silva e Lourdes de Castro.
Conhecidos como “Os Senadores do Clube”, os mais de cinquenta Associados viveram um dia onde a cultura e o salutar convívio entre Sportinguistas –que dedicaram grande parte da sua vida aos ideais Leoninos – foi nota de destaque.
PADEL: VENCEDORES NO DUBAI
No passado domingo, a dupla do padel do Sporting Clube de Portugal, os irmãos Miguel e Nuno Deus, venceram o FIP Silver Damac, no Dubai. Na grande final, frente à dupla espanhola Gonzalo Rubio e Pablo Lijo, os Leões impuseram-se em dois sets, por 6-3 e 6-2, conquistando assim o primeiro torneio de 2025.
MINI-HÓQUEI EM PATINS: TORNEIO
REUNIU CERCA DE 70 PARTICIPANTES
No âmbito dos Jogos da União, uma iniciativa da Câmara Municipal de Loures, realizou-se no passado dia 12 de Abril a segunda edição do Torneio de mini-hóquei em patins, com dinamização e organização da responsabilidade do Sporting Clube de Portugal. Dedicada aos mais pequeninos, a edição, que teve o Pavilhão do SG Sacavenense como palco, contou com a participação de cerca de 70 atletas do Escalão Bambis, ou seja, crianças entre os três e os cinco anos de idade.
NATAÇÃO ADAPTADA:
VICENTE
PEREIRA
BATE RECORDE DO MUNDO
Vicente Pereira bateu no último domingo o recorde do mundo de 50 metros livres da classe S21 para nadadores com síndrome de Down. Com a marca de 28,93 segundos, o Leão melhorou um máximo mundial que já lhe pertencia (29,46’’) desde Junho de 2024. O jovem Leão, que alcançou assim mais um enorme feito na carreira, brilhou na terceira edição do Troféu Batista Pereira de natação adaptada, onde, na sua categoria etária, venceu também os 100 metros livres e os 50 metros mariposa.
RESULTADOS
4.º Lurdes Oliveira 11’’89
5.º Olímpia Barbosa 12’’01
6.º Patrícia Rodrigues 12’’02
7.º Ana Alves 12’’22
8.º Matilde Mateus 12’’70
9.º Sílvia Trindade 12’’91
10.º Maria Mendes 13’’09
11.º Beatriz Guerreiro 13’’19
14.º Paloma Castelbranco
13’’76
15.º Sofia Fernandes 13’’78
16.º Malika Anacleto 13’’80
17.º Maria Frazão 13’’90
18.º Beatriz Mota 14’’45
19.º Inês Sousa 15’’13
200 m 1.º Lurdes Oliveira 24’’33
2.º Diana Indeque 25’’26
3.º Maria Mendes 27’’26
5.º Beatriz Mota 30’’08
7.º Inês Sousa 32’’29
400 m
1.º Luísa Coelho 1’10’’40
800 m
1.º Luísa Coelho 2’35’’70
Sub-18 - F. Reg. Atleta Completo
Heptatlo
2.º Madalena Moura 3210 pts
3.º Nádia Mata 3030 pts
5.º Filipa Roussado 2281 pts
6.º Sofia Tigeleiro 2161 pts
7.º Inês Amaral 1844 pts
8.º Ariane Benoliel 1143 pts
Sub-16 - F. Reg. Atleta Completo
Heptatlo
1.º Joana Silva 3868 pts
2.º Daniela Dantas 3830 pts
4.º Inês Gomes 3259 pts
5.º Carlota Aguiar 3201 pts
6.º Carolina Veríssimo 3093
pts
8.º Mariana Paço 2696 pts
12.º Matilde Proença 2358 pts
16.º Mariana Saldanha 1795
pts Sofia Santos DSQ Joana Wever DSQ Sofia Ribeiro DSQ
Sub 16 P. extra F. Reg. Atleta Completo
80 m 1.º Lara Nunes 10’’28
2.º Catarina Marta 10’’86
3.º Leonor Franco 11’’22
4.º Leonor Rosa 11’’22
5.º Maria Guerra 11’’38
8.º Maya Soares 11’’67
9.º Jocelina Cabral 11’’70
9.º Sofia Bragança 11’’70
11.º Noa Lázaro 11’’73
13.º Joana Furtado 12’’13
80 m barr.
1.º Leonor Franco 14’’86
2.º Sofia Bragança 16’’13
3.º Leonor Rosa 16’’89
Sub-14 - F. Reg. Atleta Completo Pentatlo
1.º Teresa Paixão 2495 pts
4.º Catarina Lima 1873 pts
6.º Márcia Canelhas 1675 pts Leonor Jorge DSQ
Infantis - GP Int. Marcha Rio Maior
2 km
9.º Emma Esik 15’01’’
Benjamins B - GP Int. Marcha Rio Maior
2 km 2.º Nicole Tristão 12’09’’
MISTO
Sub-18 - F. Reg. Atleta Completo Equipas
1.º Sporting CP 39352 pts
Sub-16 - F. Reg. Atleta Completo Equipas
1.º Sporting CP 44487 pts
Sub-14 - F. Reg. Atleta Completo
Equipas
1.º Sporting CP 18423 pts BASQUETEBOL
Seniores Taça Hugo dos Santos FC Porto 82-72 Sporting CP
Sub 21 Camp. Dist.
Sporting CP 100-47 GDEMAM
BILHAR
MASCULINO
Carambola Camp. Reg. 1.ª
Div.
SL Benfica B 0-8 Sporting CP
CB Amadora B 4-4 Sporting CP B
Carambola Camp. Reg. 2.ª
Div.
Sporting CP C 6-2 AG-Ginásio
Carambola Taça Rui Lopes
Sporting CP D 6-2 UD Leiria B
Carambola Taça Portugal Ind. 4.ª elim.
Joaquim Alves 2-0 Mário
Chaves
Rui Gil 2-1 António Saramago
Jorge Pinto 1-2 Fernando Maia
Carlos Fraga 0-2 Luís Santos
Carambola 4.º Open Reg. Ind. 2.ª div.
Fase final 1.º Joaquim Alves (4 V / 1 D)VENCEDOR 3.º José Pedro Barroca (3 V / 1 D) 8.º Fernando Bairradas (2 V / 1 D) Rui Gil não class. (1 V / 1 D) Bruno Pereira não class. (1 V / 1 D) João Pedro Rodrigues não class. (1 V / 1 D)
Carlos Fraga não class. (2 D)
Pool Camp. Dist. 1.ª div.
Sporting CP 3-1 GCE Amadora
Pool PT Camp. Dist. 3.ª Div.
Sporting CP 9-4 Almargense
ESGRIMA
MASCULINO
Sub 23 Circ. Europeu / Mem.
Vladimir Mazuranic
Espada
45.º Diogo Onofre (2 V / 4 D)
Juniores Camp. Mundo
Espada
205.º Rafael Sousa (6 D)
FEMININO
M14 Circ. Europeu / Fencing
Cup Quijote
Sabre 17.º Leonor Cunha (7 V / 6 D)
ESPORTS
FC25 eLiga Portugal Quartos de final
FC Famalicão 1-2 Sporting CP/IGW
Meias finais FC Arouca 3-2 Sporting CP/ IGW
FUTEBOL MASCULINO
Seniores Liga CD Santa Clara 0-1 Sporting CP
Equipa B Liga 3 Sporting CP B 2-1 Atlético CP
Sub 23 Liga Revelação
Seniores Camp. Nac. 1.ª div. Rítmica All around 3.º Bruna Tavares 85.250