
AURÉLIO PEREIRA 1947-2025
AURÉLIO PEREIRA 1947-2025
PARTIU AURÉLIO PEREIRA, O GRANDE RESPONSÁVEL PELO ADN FORMADOR DO SPORTING CP E PELO DESENVOLVIMENTO DO FUTEBOL JOVEM EM PORTUGAL. “A MENSAGEM É SEMPRE A MESMA: NÃO SÓ O TALENTO RESOLVE. A PAIXÃO PELA MODALIDADE, A PAIXÃO PELO TREINO, A PAIXÃO PELO JOGO SÃO DETERMINANTES”, DISSE EM 2012.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Arquivo Sporting CP, José Lorvão, Museu Sporting Centro de Documentação
Morreu, na terça-feira, Aurélio Pereira, nome maior do futebol de formação do Sporting Clube de Portugal, de Portugal e do Mundo. Aos 77 anos, partiu o Sócio 3.226-0 do emblema de Alvalade – e uma das principais figuras da sua longa e rica história – e deixou um legado inconfundível.
O trabalho do Senhor Formação [ver caixa], como ficou conhecido, coloca-o no patamar dos deuses Sportinguistas. Com ele, estão os maiores atletas, treinadores e dirigentes do Clube, até porque
se hoje o Sporting CP tem um ADN formador e é reconhecido internacionalmente por isso mesmo, em muito o deve a Aurélio Pereira, que revolucionou o futebol jovem e descobriu nomes como Cristiano Ronaldo, Luís Figo ou Paulo Futre.
Um pioneiro, comparável a lendas como, por exemplo, Mário Moniz Pereira, Aurélio Pereira era acarinhado por todos pela qualidade do trabalho desenvolvido, mas, também, por uma atitude e um profissionalismo acima da média. Tais características já eram bem visíveis há mais de 40 anos, como se lia no Jornal Sporting de 22 de Dezembro de 1982 à margem da entrega do Prémio Stromp na categoria ‘Técnico’: “Com uma obra muito válida no campo da iniciação desportiva e particularmente vocacionado para as grandes e sublimes tarefas de formação dos jovens que cada vez em maior
número diariamente demandam as nossas também cada vez mais acanhadas instalações, Aurélio Pereira viu justamente premiada a sua acção quase anónima, longe das grande parangonas”.
Ao nosso Jornal, mas em 2012, quando foi homenageado com a atribuição do seu nome ao estádio da Academia Cristiano Ronaldo - o seu grande sonho e projecto de vida, conseguido em 2002 -, Aurélio Pereira revelou humildade e não se esqueceu de todos os que consigo trabalharam para elevar o futebol de formação a níveis antes considerados impossíveis quando questionado sobre as Bolas de Ouro de Cristiano Ronaldo e Luís Figo. “Senti-me orgulhoso pelo Clube e orgulhoso também por conseguir repartir este feito por muitos amigos e muita gente que aqui trabalhou. Faz-me sentir muito mais vitorioso quando, ao meu
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lado, vejo as pessoas a comungarem no mesmo espírito e a sorrirem, conscientes do trabalho que produziram, todos em conjunto, porque o futebol é uma equipa”, frisou, antes de reforçar o conselho que sempre deixou aos seus atletas.
“A mensagem é sempre a mesma: não só o talento resolve. A paixão pela modalidade, a paixão pelo treino, a paixão pelo jogo são determinantes. Psicologicamente é o mais importante, porque o pé faz o que a cabeça manda”, explicou o antigo jogador, treinador,
olheiro e dirigente. Uma das figuras mais unânimes do universo Sporting CP e do mundo do desporto português, Aurélio Pereira ajudou, em vida, um sem-número de jovens atletas a atingir os seus objectivos e a evoluírem a nível pessoal e profissional, mas os seus feitos têm tudo para ecoar para todo o sempre e ajudar os que estão e vão estar nas camadas jovens Leoninas.
Na nota de condolências publicada pelo emblema de Alvalade no site oficial, foram mencionados os principais feitos conseguidos por Aurélio Pereira, que “será para sempre recordado como um dos maiores nomes da história do futebol nacional e, acima de tudo, da história do Sporting Clube de Portugal”.
Aos familiares e amigos, o
Sporting CP e o Jornal Sporting endereçam as mais sentidas condolências, não deixando de enal-
tecer e agradecer os anos de esforço, dedicação, devoção e glória de Leão ao peito.
TEXTO PUBLICADO NO JORNAL SPORTING A 1 DE OUTUBRO DE 2020
Esta quinta-feira, 1 de Outubro de 2020, é dia de aniversário para Aurélio da Silva Pereira. Aos 73 anos, tem uma vida de Esforço, Dedicação, Devoção e Glória ao serviço do Sporting Clube de Portugal, emblema mundialmente conhecido pela qualidade na formação de futebol. E muito desse reconhecimento deve-se, precisamente, ao Mestre Aurélio Pereira, o ‘Senhor Formação’. Famoso pelo trabalho realizado na vida adulta, Aurélio Pereira já servia oficialmente o Sporting CP em criança e adolescente, quando jogou futebol nas camadas jovens do Clube. Foi ainda jogador de equipas de menor dimensão antes de, já como treinador, ter algum sucesso no CF Benfica. Regressou então ao Sporting CP para orientar equipas da formação. Esteve cerca de 20 anos nesse papel, em que ajudou muitos jovens a atingir o sucesso. Em 1988, contudo, tudo mudou. Criou e passou a liderar o departamento de recrutamento e formação, revolucionando todo o processo com técnicas, até então, completamente inovadoras. Uma delas consistiu numa carta enviada por Aurélio Pereira aos Sócios onde pedia informações sobre jogadores das suas zonas com potencial para chegar longe, improvisando desta forma uma rede de ‘olheiros’.
Nos anos que se seguiram, o Sporting CP esteve sempre à frente dos adversários no que a recrutamento diz respeito, agarrando sempre os maiores talentos e, consequentemente, conseguindo bons resultados na formação. A boa reputação das camadas jovens Leoninas foi crescendo e tudo graças ao trabalho de Aurélio Pereira, que continuou a liderar um departamento de scouting que, como as restantes secções do Clube, se foi profissionalizando. Hoje, a formação do Sporting CP é a única do planeta que desenvolveu dois jogadores que ganharam a Bola de Ouro e foram considerados os melhores do Mundo: Cristiano Ronaldo e Luís Figo. A carreira de ambos teve o dedo de Aurélio Pereira, assim como as carreiras de Paulo Futre, Litos, Emílio Peixe, Ricardo Quaresma, Nani e tantos outros. Em sua homenagem, o Sporting CP deu em 2012 o nome de Aurélio Pereira ao principal estádio da Academia, em Alcochete. Aurélio Pereira recebeu ainda duas vezes o Prémio Stromp, primeiro na categoria ‘Técnico’ (1982) e depois na categoria ‘Dedicação’ (2002). Recebeu o Leão de Ouro em 2006 e a Medalha de Mérito Desportivo da Câmara Municipal de Lisboa em 2017. Das mãos da UEFA, organismo que gere o futebol europeu, recebeu a Ordem de Mérito em 2018, A influência de Aurélio Pereira no Sporting CP e no futebol português foi tanta que os jogadores que venceram o Campeonato da Europa de 2016 em França com a selecção nacional foram baptizados de ‘Os Aurélios’ devido ao grande número de atletas formados de Leão ao peito presentes. O Sportinguismo e a experiência de Leão ao peito na família não se resume a Aurélio Pereira. Carlos, irmão mais novo, formou-se de verde e branco e jogou alguns anos na equipa principal do Clube nos anos 70, chegando mesmo a vencer um Campeonato Nacional. Duas décadas depois, Carlos Pereira regressou ao Sporting CP para ser treinador de equipas das camadas jovens e, em 2005, integrou a equipa técnica da equipa principal, onde se manteve até 2009/2010.
AURÉLIO PEREIRA MARCOU VÁRIOS JOGADORES NAS ÚLTIMAS QUATRO DÉCADAS NO SPORTING CP. DESCOBRIU MUITOS DELES E FEZ TAMBÉM A DIFERENÇA EM TANTOS OUTROS COM OS SEUS CONSELHOS E PALAVRAS SÁBIAS, SEMPRE DADOS COM SINCERIDADE, UM SORRISO E SENTIDO DE HUMOR ÚNICO. O JORNAL SPORTING FALOU COM ALGUNS DESSES JOGADORES QUE O RECORDARÃO PARA SEMPRE COMO ALGUÉM QUE OS AJUDOU NO FUTEBOL, MAS NÃO SÓ.
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação
PAULO FUTRE
“Se não fosse ele, eu não seria o que sou. Eram outos tempos, descobriu-me com nove anos no torneio ‘Onda Verde’, que ele próprio organizou. Foi a minha oportunidade de me mostrar, se ele não tivesse criado o torneio teria sido muito difícil naqueles tempos eu dar-me a conhecer. Foi o meu pai desportivo e também o meu segundo pai entre os 11 e os 15 anos, ajudou-me muito em todos os aspectos. A mim e a muitos outros. Ele descobriu centenas de jogadores e acho que só um historiador poderia fazer o levantamento disso e do impacto que ele teve. Recordo-me de que quando Espanha foi campeã com a base do FC Barcelona, os meus amigos culés me terem dito que não havia melhor do que a formação do Barcelona e de eu lhes dizer ‘ok, mas a melhor do mundo de extremos é a do Sporting CP porque formou dois bolas de ouro e um de prata. E sabem porque é a melhor? Porque nem o Barcelona, nem outra equipa no mundo, tem um senhor chamado Aurélio Pereira’. Ele era um génio, um génio único, com um olho incrível e um dos exemplos disso é a forma como ele descobriu o Dani, um dos melhores pés esquerdos de sempre, numas férias. Era especial. Descobriu muitos jogadores que vingaram no Sporting CP, por Portugal e no mundo inteiro. Todos lhe devemos isso e, por isso, acho que estamos todos de luto, até as grandes equipas estrangeiras porque, sem ele, não teriam tido os jogadores que tiveram/têm. A importância dele vai além-fronteiras e eu tenho privilégio de ter sido o primeiro jogador que ele descobriu a ter êxito mundial. O primeiro de muitos que se seguiram.”
JORGE CADETE
“Foi uma pessoa fundamental na minha vida de desportista porque eu jogava nos iniciados da AA Santarém e um dos directores conseguiu agendar um treino no Sporting CP, na equipa sub-17 que era treinada por ele. Eu era sub-15, portanto, treinei no escalão acima, no pelado em frente à Porta 10A do antigo estádio e no final ele disse-me a mim e ao director para passarmos no departamento de futebol para assinar contrato. Isso não era usual, nem fácil. Um jogador vindo da distrital, ir treinar acima e dizerem-lhe para ir logo assinar contrato. Depois na época seguinte, transferi-me então para o Sporting CP e fiz lá toda a formação onde fui convivendo com ele. Foi sempre fundamental para nós, os jogadores mais novos, não só em termos desportivos, mas humanos também. Tinha um carisma e uma forma de nos aconselhar e motivar únicos. Ele fazia uma coisa muito engraçada no treino ou quando algo não corria bem: fazia com a mão como se estivesse a apertar um casquilho, assobiava e dizia ‘isto é muito fácil, não percebem?’ e fazia de novo. Para ele tudo era simples como o despertar de uma lâmpada. Sempre tornou o difícil fácil com a sua simplicidade e para nós não era complicado jogar na táctica que ele tinha, nem era complicado perceber e isso era fundamental para o nosso crescimento. Vou recordá-lo sempre com muito carinho, como sendo uma pessoa amiga e compreensiva. Foi como um segundo pai para muitos de nós mais novos e que chegávamos ao Sporting CP vindo de outras cidades para o centro de estágio. Um segundo pai e um bom conselheiro.”
HUGO VIANA
“Teve uma importância muito grande na minha carreira, tal como teve na de muitos jogadores. Foi graças a ele que fui para o Sporting CP, com apenas 14 anos. Era muito novo e foi difícil para os meus pais aceitarem a minha ida para Lisboa, mas ele soube transmitir a mensagem certa e convenceu-os de que era o passo certo para mim. Estoulhe muito grato por isso. Sempre mantivemos um contacto muito próximo, mesmo quando fui jogar para fora do país e depois de terminar a carreira de futebolista. Nos últimos anos fomo-nos vendo e falando algumas vezes. Foi sempre alguém que transmitiu a todos uma enorme confiança, com o seu jeito calmo, mas cativante, alguém muito competente e em quem era fácil confiar. Foi um senhor, um amigo, de quem terei muitas saudades e a quem estarei eternamente grato pela oportunidade que me deu quando era tão novo, pelos conselhos que sempre me deu e pela confiança que sempre me transmitiu, até nesta nova etapa da minha vida.”
“Tive o privilégio de o ter como treinador e como padrinho de casamento. Não é fácil para mim falar neste momento. Foi-me buscar com 15 anos a São João da Madeira e teve o cuidado de viajar com o senhor Dr. João Gaspar para convencer os meus pais a deixarem-me ir para Lisboa. Não era fácil naquela altura, e não era normal, mas os meus pais foram convencidos por ele primeiro para poder ver o centro de estágios e depois para ficar. Eu só já tinha esse desejo, convencido também por ele com aquilo que me disse em Aveiro num jogo da selecção de Aveiro contra Viana do Castelo. O senhor Aurélio foi sempre assim, foi sempre essa pessoa, de com as suas palavras e sinceridade convencer tudo e todos. Dizia sempre a verdade, tudo com a alma e era só a verdade que existia. Tenho a agradecer-lhe, eu como tantos, o poder tê-lo conhecido e ter trabalhado com ele. Nunca me esquecerei que ao longo dos anos, em que nos custava tanto estar longe da nossa família, era ele e a sua família que nos acolhiam. Não nos descobria só, dava-nos conforto. Tinha uma parte humana, tal como os pais e o irmão Carlos, extraordinária que nos ajudava a todos. Ele dava sempre aos atletas a parte humana dele para que nos sentíssemos em casa e em família. Era um homem fantástico.”
CARLOS XAVIER
“No meu caso, fui treinar ao Sporting CP por iniciativa própria e fiquei na equipa do míster César Nascimento, mas a partir daí fui tendo contacto com o senhor Aurélio e ele marcou-nos a todos. Sempre muito alegre, muito bem-disposto e sempre preocupado com todos os miúdos mesmo com aqueles que não viviam no centro de estágio, como era o meu caso. Quando alguém estava mais em baixo, ele sabia perfeitamente o que fazer para nos animar e para nos puxar para cima. Tinha um coração tremendo e era um contador de histórias fantástico. Muitas vezes contava a mesma história, mas nós nem nos importávamos, queríamos era ouvi-lo porque ele contava sempre com o seu jeito e com o coração. Foi um segundo pai para muitos de nós, sobretudo para que os que viviam no centro de estágio. Era um mentor, um conselheiro para todos. Só não chegou lá acima quem não quis porque ele dava todas as coordenadas e os conselhos certos para vingarmos. Vou sempre recordá-lo como um bom homem, um excelente ser humano, sem maldade nenhuma, uma pessoa de sorriso fácil e sempre bem-disposto. O Sporting CP e o futebol devem-lhe muito. Para mim, aquilo que hoje é a Academia, começou no pião junto ao antigo estádio onde os mais novos começavam e ele fazia a prospecção. Era aí que ele dava o treino e percebia o valor de cada um. Ele tinha um dom enorme e a Academia permitiu-lhe usufruir e tirar partido do seu ‘olhómetro’ único.”
DANI
“Conheci-o quando tinha oito anos e, por isso, foram 40 anos de amizade, amor, muito carinho e muitas histórias. O meu pai já tinha pensado em levar-me às captações do Sporting CP, mas como eram só a partir dos dez anos, não fui e no final de um dia em Tróia, enquanto os meus pais estavam a tomar café, ele viu-me a jogar e disse-me ‘dá aí uns toques na bola’ e a seguir pediu para falar com os meus pais e disse-lhes logo para me levarem ao Sporting CP. O meu pai disse-lhe que já tinha pensado nisso, mas que como ainda não tinha 10 anos não me tinha levado e ele disse logo que isso não importava e fiquei logo. Foi aí que começou a minha vida no futebol, mas a importância dele foi além daí. Dos 11 aos 18 anos via-o todos os dias e ele tinha sempre um sorriso fácil, um olhar ternurento e um amor único. Sempre foi muito atento à vida, ao crescimento e às vicissitudes de todos nós, tinha sempre uma palavra e uma piada para contar quando as coisas nos corriam bem e quando não corriam, fazendo-nos sempre ver o lado positivo das coisas. Transmitia-nos confiança com as palavras, mas também com o olhar e foi sempre assim. Estive com ele há uns dias em casa dele e não nos calámos um segundo. Se não tivesse ficado de noite continuaríamos a falar e ele sempre com o mesmo olhar, o mesmo sorriso ternurento, o humor incisivo e a amar a vida. Nunca estamos preparados para ver alguém partir, mas vou sempre recordá-lo com um sorriso. Agora estou muito triste, ele deixa mesmo um grande vazio em muitos de nós, mas recordá-lo-ei da melhor forma e posso dizer que muitos dos valores que tenho como Homem e pai vêm dele e da família dele, de quem gosto muito, em particular do irmão Carlos.”
NANI
“O senhor Aurélio foi uma pessoa muito importante na minha juventude, no tempo em que estive no Sporting CP. Teve um grande impacto em mim numa fase em que alguns de nós que não estávamos no contexto da Academia fazíamos coisas que não eram adequadas para a filosofia da Academia. Ele teve uma reunião connosco e para mim, o modo como ele actuou foi fantástico. A maneira como se expressão e o tom de voz foi excelente, não nos deu nenhum raspanete, nem falou de modo agressivo e nós ficámos surpreendidos com isso. Só teve palavras de incentivo e encorajamento para o nosso futuro e para a nossa vida. Disse-nos tudo aquilo que nos ia acontecer quando a fama e o sucesso chegassem no futebol profissional e, realmente, foi tudo isso que depois vim a presenciar quando saí para o Manchester United FC. Nessa altura, continuámos a manter contacto, nunca me esqueci dele e disse-lhe que várias das coisas que me tinha dito foram, de facto, acontecendo e eu, felizmente, por tê-lo ouvido soube lidar com elas e, muitas vezes, afastar-me do problema. Valorizo muito o facto de nunca nos termos desligado um do outro. Mantivemos sempre o contacto e, quando estava em Inglaterra, sempre que vinha a Portugal íamos almoçar ou falávamos. Nos últimos tempos não nos vimos tanto, mas cruzámo-nos no estádio do Sporting CP, a nossa paixão, e tivemos tempo para falar. Tenho um grande apreço por ele, admiro-o muito. Foi um excelente homem, um grande profissional, um dos melhores naquilo que lhe competia e vai ser recordado para sempre por tudo aquilo que deu ao Sporting CP e ao futebol português. Sempre foi muito sério e leal e sempre teve uma postura de vencedor e campeão, transmitindo-nos isso a todos nós de uma forma muito descontraída e alegre.”
ADRIEN SILVA
“O senhor Aurélio era um senhor com um dom para descobrir talentos, mas foi no quotidiano que teve um impacto tremendo em mim e em muitos de nós durante o nosso percurso. Sempre com uma palavra amiga, motivadora ou de puxão de orelhas. Nunca me esquecerei desta frase que me pediu para fixar no espelho para que pudesse ver todas as manhãs ao acordar ‘o futuro pertence-te’. Obrigado por tudo o que fez por nós e para o futebol. O seu legado nunca será esquecido. Escrevi isso nas minhas redes sociais e foi mesmo de coração e acredito que a importância e o impacto que ele teve para mim, teve para todos aqueles que passaram pelas suas mãos. Mostrou-se sempre com um sorriso, boa disposição e a puxar por nós, principalmente nos momentos menos bons, que era quando ele aparecia mais. Isso era muito característico nele. Apesar desta triste notícia, continuarei a pensar nele com um sorriso na cara e isso é bom sinal. Perdi um amigo muito grande e custa saber que não vou contar mais com as suas chamadas e conversas, mas ficarão para sempre memórias fantásticas do que vivemos juntos. Tenho a certeza de que ninguém deixará o seu legado desaparecer.”
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
SPORTING CP SOFREU GOLO DO EMPATE BEM PERTO DOS 90 MINUTOS DEPOIS DE TER CRIADO VÁRIAS OPORTUNIDADES PARA DOBRAR A VANTAGEM PERANTE UM SC BRAGA QUE DIVIDIU O MEIO-CAMPO, MAS SEM CRIAR PERIGO SUFICIENTE PARA MERECER PONTOS.
Texto: Luís Santos Castelo
Fotografia: Isabel Silva, José Lorvão
A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal empatou, na última segunda-feira, a um golo na recepção ao SC Braga na 28.ª jornada da Liga Portugal. De livre directo e ainda na primeira parte, Viktor Gyökeres fez o golo que colocou os Leões na frente, tendo os minhotos – que dividiram o jogo, mas quase sempre sem criar perigo real – empatado perto dos 90 minutos para criar um resultado injusto. Em mais um jogo com bilhetes esgotados e com uma coreografia que abrilhantou os minutos antes do apito inicial, Rui Borges operou três alterações nos titulares embate com o Rio Ave FC, saindo Jeremiah St. Juste, Iván Fresneda e Maxi Araújo (todos no banco de suplentes) para as entradas de Gonçalo Inácio, Geovany Quenda e Matheus Reis.
O Sporting CP entrou melhor e com vontade de passar para a frente. Chegou mesmo a colocar a bola no fundo das redes num dos primeiros ataques, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo. Seria (mais) um belo momento de
07.04.2025
Liga Portugal – 28.ª jornada Estádio José Alvalade
SPORTING CP SC BRAGA
1 1
1-0 ao intervalo
Viktor Gyökeres (15’) Afonso Patrão (87’)
Sporting CP: Rui Silva [GR], Eduardo Quaresma, Ousmane Diomande, Gonçalo inácio, Geovany Quenda, Morten Hjulmand [C], Zeno Debast (Eduardo Felicíssimo, 73’), Matheus Reis (Conrad Harder, 90’), Francisco Trincão, Geny Catamo (Maxi Araújo, 73’) e Viktor Gyökeres. Treinador: Rui Borges. Disciplina: cartão amarelo para Gonçalo Inácio (64’), Morten Hjulmand (85’) e Jeremiah St. Juste (90+5’).
Viktor Gyökeres, mas um adiantamento de três centímetros estragou a festa.
Geny Catamo deu continuidade ao ímpeto, atirando por cima, e Viktor Gyökeres voltou a tentar a sua sorte, mas Lukáš Horníček, guarda-redes do SC Braga, fez a primeira de várias defesas importantes. Do outro lado, de forma tímida, Amine El Ouazzani respondeu para defesa tranquila de Rui Silva.
Viktor Gyökeres já tinha avisado e conseguiu mesmo marcar à passagem do primeiro quarto de hora: livre directo em zona perigosa e remate forte, colocado e rasteiro do avançado a entrar pelo buraco da agulha entre o guardião e o poste. Mais um tremendo momento do sueco, que facturou pela 44.ª vez na temporada de Leão ao peito e 31.ª na Liga Portugal.
O SC Braga viu-se a perder e, naturalmente, subiu as linhas, mas não estava a ameaçar. De longe, Uroš Račić atirou para fora e, ainda no primeiro tempo, Rodrigo Zalazar obrigou Rui Silva a uma boa defesa, mas melhor ocasião voltou a pertencer ao emblema de Alvalade. Aos 37’, Viktor Gyökeres roubou a bola a um adversário, avançou para a área e só não marcou devido a uma intervenção milagrosa de Lukáš Horníček. O guardião dos minhotos utilizou a cabeça para evitar o bis do nórdico.
Os minhotos voltaram do intervalo com vontade de alterar o rumo dos acontecimentos, o que era visível, mas não fizeram mais do que uma tentativa de longe de Rodrigo Zalazar aos 52’. O Sporting CP, por outro lado, criou perigo várias vezes quando se aproximou da área oposta. Tal foi visível na enorme defesa de Lukáš Horníček perante Geovany Quenda, nas tentativas de Geny Catamo e Viktor Gyökeres ou no livre directo de Zeno Debast contra as malhas laterais.
O SC Braga aproximou-se também de livre, com a bola a ser colocada em zona perigosa, mas até aí, e mesmo depois de alguma confusão, a finalização em condições não foi uma realidade. De contra-ataque, o Sporting CP voltou a fazer soar os alarmes contrários quando Viktor Gyökeres, assistido por Geny Catamo, rematou por cima e, aos 73’, Rui Borges operou as duas
primeiras substituições – entraram Maxi Araújo e Eduardo Felicíssimo, saíram Geny Catamo e Zeno Debast.
Lukáš Horníček, o melhor elemento do SC Braga, voltou a brilhar ao negar o golo a Francisco Trincão, primeiro, e Maxi Araújo, depois e com ainda mais qualidade.
Mesmo assim, quem marcou mesmo foi o SC Braga aos 87’
graças a um cabeceamento de Afonso Patrão.
Até ao final, Conrad Harder entrou para o lugar de Matheus Reis e João Moutinho viu o cartão vermelho por segundo amarelo, mas o resultado não sofreu mais alterações.
Os Leões voltam a jogar este sábado, deslocando-se aos Açores para defrontar o CD Santa Clara (17h00 locais).
RUI BORGES: “NÃO FIZEMOS O 2-0 E FOMOS PENALIZADOS”
No final, Rui Borges marcou presença na conferência de imprensa no Auditório Artur Agostinho e respondeu às perguntas dos jornalistas.
ANÁLISE AO JOGO
“Não muda nada, a ambição é a mesma. Resultado que não queríamos nem esperávamos. Em alguns momentos, podíamos ter feito o 2-0. Não conseguimos e fomos penalizados. Entrámos muito bem, o SC Braga equilibrou o jogo sem criar perigo. Na segunda parte, entrámos muito mal, apáticos e reactivos. Deixámos o SC Braga ganhar confiança, mas depois fomos equilibrando até ao golo, que surge quando o jogo está completamente controlado. Tivemos várias situações para poder finalizar e aumentar o resultado e fomos penalizados com o jogo já a acabar.”
SUBSTITUIÇÕES
“[Entrada tardia de Conrad Harder] foi opção. (...) [Saída de Zeno Debast?] Estava muito cansado, de rastos. Tentámos aguentá-lo um pouco mais, mas já não dava.”
MUDANÇA DE POSIÇÃO NA TABELA
“Não é igual estar em primeiro ou em segundo, mas não muda o nosso discurso. Para sermos campeões, tínhamos de ganhar os jogos. A margem de erro diminui, mas continuamos a depender de nós e o nosso pensamento de ganhar o próximo jogo não muda. Olhamos para o CD Santa Clara e continuamos focados.”
REACÇÃO DOS ADEPTOS
“Faz parte. É sinal de exigência para mim e para todos nós. Compreendo que estejam frustrados, como nós. Queríamos muito ganhar, não conseguimos. A equipa tem estofo de campeão, porque se não tivesse não tinha estado em primeiro até agora.”
ESTRATÉGIA
“Nos primeiros 30 minutos fomos claramente superiores, a equipa estava ligada a 100 por cento. Sabíamos muito bem onde tínhamos de ir buscar os espaços para conseguirmos entrar no último terço. Quando começámos a sentir alguma dificuldade em termos físicos, deixámos o SC Braga crescer com bola e começámos a tomar más decisões. Teve muito a ver com o cansaço, porque a nível estratégico estávamos bem.”
CANSAÇO
“Houve três ou quatro jogadores em que se sentiu a quebra física, mas não serve de desculpa para o resultado. O cansaço faz parte e temos de saber lidar com ele. É natural não conseguirmos ser pressionantes durante 90 minutos.”
FUTEBOL EQUIPA PRINCIPAL
COM UMA EXIBIÇÃO DE SENTIDO ÚNICO SOBRE O RIO AVE FC NA PRIMEIRA MÃO DAS ‘MEIAS’, OS LEÕES PARTEM À FRENTE RUMO À FINAL DA TAÇA DE PORTUGAL, ONDE CHEGARAM NA ÉPOCA PASSADA, MAS A VITÓRIA E A VANTAGEM SÓ PECARAM POR ESCASSAS. TUDO SE COMEÇOU A ESCREVER, AINDA NA PRIMEIRA PARTE, COM G DE GENY – BELO PONTAPÉ PARA O 1-0 – E DE GYÖKERES – ASSINOU UM PENÁLTI ‘À PANENKA’ – E SÓ NÃO SE FEZ COM G DE GOLEADA PELO DESPERDÍCIO QUE SE SEGUIU NO SEGUNDO TEMPO.
Texto: Xavier Costa
Fotografia: Isabel Silva, José
De volta ao Estádio José Alvalade quase três semanas depois, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu o Rio Ave FC por 2-0, na quinta-feira da semana passada, em duelo da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal.
Os Leões de Rui Borges controlaram, carregaram e criaram muito, mas falharam… também muito. Sobretudo numa segunda parte de grande caudal ofensivo, onde, através de momentos de grande brilhantismo, Viktor Gyökeres foi omnipresente no ataque – a criar para si e para os colegas – mas, desta vez, não conseguiu ser omnipotente. Ainda assim, o sueco igualou aqui o seu impressionante registo goleador (43) da época passada, e o mesmo fez Geny Catamo, que chegou outra vez aos seis tentos.
03.04.2025
Taça de Portugal – Meias-finais
1.ª mão | Estádio José Alvalade
SPORTING CP RIO AVE FC
2 0
2-0 ao intervalo
Geny Catamo (12’), Viktor Gyökeres (45+1' GP)
Sporting CP: Rui Silva [GR], Iván Fresneda (Geovany Quenda, 64’), Eduardo Quaresma, Ousmane Diomande, Jeremiah St. Juste (Matheus Reis, 64’), Maxi Araújo, Morten Hjulmand [C] (Eduardo Felicíssimo, 64’), Zeno Debast, Francisco Trincão (Conrad Harder, 79’), Geny Catamo (Biel Teixeira, 88’), Viktor Gyökeres. Treinador: Rui Borges. Disciplina: cartão amarelo para Gyökeres (72’).
Para defrontar um conjunto vila-condense que vinha de três derrotas consecutivas na Liga, onde é 11.º classificado, o Sporting CP apresentou-se com quatro alterações relativamente ao ‘onze’ que entrou em cena para vencer em casa do CF Estrela da Amadora (03): os então suspensos Maxi Araújo e Morten Hjulmand regressaram e ‘saltaram’ directamente para a titularidade e também Jeremiah St. Juste e Geny Catamo foram opções iniciais – saíram Matheus Reis, Gonçalo Inácio, Geovany Quenda e Eduardo Felicíssimo. De fora continuaram Hidemasa Morita e Pedro Gonçalves, além dos lesionados Nuno Santos, Daniel Bragança e João Simões. Foi com paciência e muita bola que os Leões entraram para fazer frente ao bloco compacto dos visitantes, mas não seria preciso esperar muito pelo golo inaugural Leonino, depois de um remate ao lado de Debast e um par de cruza-
mentos venenosos de Maxi terem dado os primeiros sinais. À passagem dos 12 minutos, na sequência de um canto, a bola sobrou para a entrada da área e Geny Catamo não hesitou em encher o seu pé esquerdo e atirou a contar para dar ao Sporting CP o melhor início na eliminatória. Este seu primeiro golo nesta edição da prova-rainha fez do moçambicano o quarto melhor marcador do plantel, tendo superado ‘Pote’. Desbloqueado o marcador, o Rio Ave FC tentou responder através de remates de longe de Clayton e André Luiz, porém seria o Sporting CP, ao activar Viktor Gyökeres, a ficar cada vez mais perto do golo. Primeiro, uma ‘cavalgada’ do sueco, que já tinha trocado as voltas ao seu marcador directo, foi limpa à última hora e, a seguir, foi o guardião Cezary Miszta a levar a melhor sobre o 9 dos Leões, que não soube aproveitar uma oportunidade flagrante fruto de uma
recuperação em zona proibida. A defesa vila-condense funcionou na hora certa, de novo, para travar dois remates promissores – a Trincão e ainda a Gyökeres –, mas já em cima do intervalo o ‘timing’ do corte falhou e precipitou-se o 2-0 na melhor altura para o conjunto verde e branco. O árbitro considerou que Geny – novamente na jogada – foi rasteirado na área e, na conversão, Gyökeres não só não perdoou – como tem sido habitual – como ainda fez por brilhar: arrancou para a bola e, no último momento, limitou-se a picar, marcando ‘à Panenka’ em Alvalade, já na compensação do primeiro tempo.
Depois da homenagem aos Leões do futsal no intervalo [ver caixa], assim que a segunda parte começou – também com mais Sporting CP – podia ter chegado logo o terceiro dos Leões, mas Trincão não deu a melhor conclusão a uma jogada bem desenhada e
rematou por cima. Cerca de dez minutos depois, Geny também teve tudo para facturar, servido com categoria por Gyökeres, que ‘sentou’ mais um defesa na jogada, mas o canhoto acertou muito mal na bola. E este foi apenas o início de uma segunda parte de muito caudal ofensivo, mas sem qualquer recompensa.
Quem se sentiu confortável com cada vez mais espaço para jogar foi precisamente o matador sueco, que – imparável – em mais uma arrancada só não voltou a marcar porque o poste repeliu uma verdadeira ‘bomba’ saída do seu pé direito.
De imediato, Rui Borges fez uma tripla substituição e lançou Matheus Reis, Geovany Quenda e Eduardo Felicíssimo por St. Juste, Iván Fresneda e Hjulmand.
Do outro lado, numa das raras incursões visitantes no ataque neste segundo tempo, o entrado Tiago Morais atirou de longe e à figura de Rui Silva, que teve uma noite de pouco trabalho e somou o segundo jogo seguido sem sofrer. O melhor que o Rio Ave FC conseguiria foram alguns minutos perto da área Leonina, já nos derradeiros instantes, com alguns cantos seguidos, mas parco perigo. Até lá, os Leões continuaram à solta no ataque em busca de um terceiro golo cada vez mais merecido, mas quando não foi a falta de pontaria – Trincão atirou novamente por cima –, foi o VAR a evitá-lo: à entrada para os últimos dez minutos, Geny ‘bisou’, mas posteriormente foi detectado o fora-de-jogo e o 3-0 não se confirmou.
E o festival de golos falhados continuou praticamente até ao fim, sem que nada fizesse o marcador mexer outra vez. Harder entrou e atirou logo forte mas ao lado,
Maxi Araújo viu o seu desvio final bloqueado quando a bola se encaminhava para a baliza e, depois, foi Gyökeres a fazer tudo bem, pecando apenas na finalização, que saiu ligeiramente desviada, num remate cruzado que tentou em jeito.
Já com Biel Teixeira também em campo, Quenda teve a última ocasião verde e branca, mas o remate de fora da área acabou nas mãos de Miszta e o teimoso 2-0 revelou-se final. Foi a sexta vitória consecutiva dos Leões e confirmou que atravessa a melhor série de resultados desde que Rui Borges assumiu o comando técnico.
Ainda em data a definir, a segunda mão desta eliminatória, que vai decidir um dos dois lugares na final da prova-rainha, será dis-
putada em Paços de Ferreira, no Estádio Capital do Móvel, e não em Vila do Conde, devido aos
graves estragos causados pela depressão Martinho no Estádio dos Arcos.
Em dia de prova rainha em Alvalade, houve uma Taça de Portugal no relvado, mas foi a equipa de futsal a trazê-la. Durante o intervalo, os Leões de Nuno Dias brindaram os Sportinguistas – mais de 30 mil nas bancadas – com a sua mais recente conquista e foram muito aplaudidos por todo o estádio.
“CLARAMENTE
Após a vitória, o treinador do Sporting CP fez o rescaldo do encontro em conferência de imprensa, em Alvalade, no Auditório Artur Agostinho.
ANÁLISE AO JOGO E AO RESULTADO CONSEGUIDO
“Deixa-me satisfeito a demonstração de confiança e de compromisso da equipa do início ao fim. Era um jogo perigoso contra uma equipa que vinha para os momentos de transição. Não podíamos desconcentrar-nos nem um minuto e a equipa manteve-se ‘ligada’ até ao final. Deixou-me satisfeito a segunda parte, onde demonstramos uma ambição enorme. Queríamos mais. Claramente podíamos ter saído daqui com outro resultado e podíamos ter levado a eliminatória mais resolvida, mas é o que é. Feliz pela qualidade que a equipa teve ao longo de todo o jogo”.
OPÇÃO PELO SISTEMA DE TRÊS CENTRAIS
“O sistema inicial vale o que vale, porque dentro da estratégia vamos adaptando um ou outro movimento para dar mais conforto à equipa. A equipa está em crescendo, em termos de confiança e nalguns comportamentos, e isso vê-se no jogo. A ambição tem sido enorme desde que chegámos e, se calhar, por isso é que estamos na frente do campeonato”.
A EFICÁCIA TOTAL DE GYÖKERES NOS PENÁLTIS
“Treina como tudo o resto. É um jogador que, acima de tudo, é focado e olha para todos os pormenores. Quer melhorar em tudo, é competitivo e nunca descansa. Faltam-me os adjectivos para o Viktor. É diferenciado. É o melhor jogador do campeonato”.
A HIPÓTESE DE FAZER HISTÓRIA COM O BICAMPEONATO E A ‘DOBRADINHA’ EM MENTE
“Não é fácil, mas acima de tudo vejo os jogadores focados. Têm dado uma demonstração enorme de foco, ambição e desejo. Estamos na frente do campeonato e a um pequeno passo de estar na final da Taça. Mas mais do que pensar em daqui a um mês e meio temos de pensar no jogo de segunda-feira, que é o próximo. É assim que temos feito este caminho longo e acredito, desde o dia em que cheguei, que pode ser feliz e bonito no final”.
“Foi um bom jogo. Já fizemos um bom também em Vila do Conde, que foi dos melhores, mas se calhar nos 90 minutos, talvez, este tenha sido o mais consistente. Acredito que sim”.
FUTEBOL EQUIPA B
SPORTING CP PENALIZADO NOS MINUTOS INICIAIS DO JOGO COM UM GOLO MADRUGADOR. EQUIPA LEONINA BEM
CORREU ATRÁS DO RESULTADO, QUE DEPOIS FICOU MAIS DESFAVORÁVEL, MAS NÃO EVITOU A DERROTA EM CASA DO LÍDER DA FASE DE APURAMENTO DE CAMPEÃO DA LIGA 3.
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: FPF
A equipa B de futebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, no passado sábado, em casa do Lusitânia de Lourosa FC por 2-1 em jogo da oitava jornada da fase de apuramento de campeão da Liga 3.
Esperava-se um jogo renhido e dividido e foi o que aconteceu, mas desde cedo o resultado ficou favorável à equipa da casa. Foi ainda antes dos cinco minutos, na sequência de um canto, que o Lusitânia de Lourosa FC abriu o marcador e, assim, esteve praticamente o jogo todo em vantagem.
Diego Calai até começou por negar o golo a Renato, que cabeceou ao primeiro poste, mas o esférico ficou à mercê de Dylan Collard que não desperdiçou e encostou sem dificuldades para a baliza.
O Sporting CP teve, por isso, de correr atrás do prejuízo numa fase muito prematura do encontro, mas não se intimidou e foi fazendo o que lhe competia. Ainda assim, com a defesa mais recuada do Lusitânia de Lourosa FC des-
05.04.2025
Liga 3 – Ap. Campeão 8.ª jornada
Estádio Lusitânia Lourosa FC LUSITÂNIA DE LOUROSA FC SPORTING CP
2 1
2-0 ao intervalo
Dylan Collard (4’), Bruno Faria (39’) Afonso Moreira (71’)
Sporting CP: Diego Calai [GR], José Silva (Kauã Oliveira, 55’), Lucas Taibo (Lucas Anjos, 46’), João Muniz, David Moreira, Rodrigo Dias, Alexandre Brito (Rafael Besugo, 46’), Mauro Couto (Flávio Gonçalves, 83’), Manuel Mendonça [C], Afonso Moreira e Luís Gomes (Gabriel Silva, 55’). Treinador: João Gião.
Disciplina: cartão amarelo para Kauã Oliveira (87’) e Afonso Moreira (90’).
de o golo, foi mais difícil para os Leões chegarem com perigo à área visitante.
A defesa da equipa de Santa Maria da Feira ia anulando e resolvendo as investidas Leoninas e o Sporting CP ia respondendo da mesma forma às transições contrárias, mas a pouco mais de cinco minutos do intervalo sofreu o 2-0 e de novo de bola parada.
Mais um canto para o Lusitânia de Lourosa FC com Sérgio Ribeiro a colocar a bola ao primeiro poste e Dylan Collard ao segundo, com Bruno Faria depois, sem marca-
ção, a finalizar de cabeça. O tento ainda mereceu a intervenção do VAR, por possível fora-de-jogo, mas foi depois validado.
Assim, os jovens Leões foram para o intervalo a perder por 2-0 com João Gião a pensar em mexer e a fazer dupla substituição logo no reinício da partida: Alexandre Brito e Lucas Taibo saíram e deram a vez a Rafael Besugo e Lucas Anjos.
Pouco depois, e já após Mauro Couto ter feito a bola esbarrar contra um defesa no caminho da baliza, entraram Gabriel Silva e
Kauã Oliveira, que renderam Luís Gomes e José Silva.
Ainda assim, apesar de mandar na bola e no jogo, o Sporting CP continuou a ter algumas dificuldades para criar perigo e só após a hora de jogo conseguiu reduzir: passe longo de David Moreira, com Afonso Moreira a escapar à defesa e, só com Guilherme Cioletti pela frente, a rematar certeiro para o 2-1. Este lance também foi ao VAR, mas, depois de vários minutos de análise, foi validado.
Reduzida a desvantagem, os Leões foram à procura do empate e Afonso Moreira voltou a ganhar posição após passe longo, servindo depois Manuel Mendonça já na área, mas desta vez foi assinalado o fora-de-jogo ainda antes do remate.
Já no decorrer dos últimos dez minutos regulamentares, a última mexida na equipa Leonina com a entrada de Flávio Gonçalves e a saída de Mauro Couto, com o extremo a tentar logo levar perigo à baliza da formação da casa na se-
quência de um canto, mas o guardião saiu dos postes e segurou antes de a bola chegar a alguém. O mesmo aconteceu depois, num canto directo de Rodrigo Dias, em que Guilherme Cioletti voltou a levar a melhor sem dificuldades. A partida ainda teve mais oito minutos para jogar, que se prolongaram após nova intervenção do VAR numa falta na área do Lusitânia de Lourosa FC, com o Sporting CP à procura do 2-2, mas o resultado não voltou a mexer, apesar das oportunidades criadas e de João Muniz ter tido (quase) tudo para marcar aos 90+12’.
Com este resultado, a formação nortenha consolidou a liderança na prova e os Leões até poderiam ter perdido o segundo lugar, no final da ronda, mas todos os outros resultados estiveram a favor da equipa Leonina, apesar de agora ter mais adversários a dois pontos de distância. Na próxima jornada, marcada para este domingo, o Sporting CP recebe o Atlético CP.
JOÃO GIÃO: “NÃO VIVEMOS DE VITÓRIAS MORAIS, MAS A ATITUDE DEIXA-ME ORGULHOSO”
João Gião lamentou a derrota, admitindo que a entrada a perder penalizou os Leões, que mereciam mais neste jogo.
“Entrámos no jogo praticamente a perder e acabámos por sofrer dois golos na primeira parte em momentos para os quais estávamos precavidos. Sabíamos da percentagem de golos deles marcados de bola parada, mas não fomos fortes nesse momento e, apesar de o jogo ter sido dividido e termos tido mais bola, não fomos muito perigosos na primeira parte. Mudámos algumas coisas ao intervalo, fomos mais pressionantes e agressivos, a segunda parte foi toda nossa, conseguimos chegar ao golo ainda cedo e depois tivemos uma oportunidade clamorosa a acabar, mas não conseguimos empatar”, começou por dizer o técnico Leonino, elogiando, ainda assim, a atitude dos Leões na segunda parte: “Não vivemos de vitórias morais e eles sabem disso, a nossa mentalidade é entrar em todos os jogos para ganhar, mas a atitude que tiveram num ambiente adverso deixa-me orgulhoso”.
IGUALDADE A UM GOLO DOS SUB-23 FRENTE AO FC FAMALICÃO, EM DIA DE ENORME PESAR PELO FALECIMENTO DE AURÉLIO PEREIRA.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: Isabel Silva
A equipa sub-23 de futebol do Sporting Clube de Portugal empatou, na última terça-feira, a um golo frente ao FC Famalicão na 11.ª jornada da fase de apuramento de campeão da Liga Revelação. Antes do apito inicial, foi cumprido um minuto de silêncio em memória de Aurélio Pereira, o Senhor Formação que faleceu naquele dia aos 77 anos.
A primeira jogada de perigo foi do Famalicão FC, com Lourenço Teixeira a ser lançado na esquerda e a rematar para boa defesa de Guilherme Pires, que voltou a repetir uma boa intervenção aos dez minutos em remate na área de Pedro Paulo.
Num jogo inicialmente táctico e sem grandes aventureirismos ofensivos, aos 30’ o Sporting CP teve a primeira saída de bola com mais perigo e remate na meia esquerda que deu pontapé de canto. Pouco depois, Paulo Iago serviu Gabriel Silva, que encontrou espaço para remate por cima. No segundo tempo, logo aos 46’, um bom lance iniciado na esquerda terminou em cruzamento de Diarra na direita para Flávio Gonçalves cabecear ao lado.
Aos 49’, grande oportunidade para o Sporting CP, com Flávio Gonçalves a rematar de pé esquerdo para defesa de Pedro Cardoso, que quase a seguir voltou a negar o golo ao Sporting CP numa boa fase ofensiva da equipa de Filipe Neto.
Aos 60’, foi assinalada grande penalidade contra o Sporting CP, num lance em que não parece haver qualquer falta na área de um jogador Leonino. Chamado à marcação, Pedro Paulo atirou colocado e fez o 0-1.
Pouco depois, Denilson Santos foi admoestado com segundo amarelo e cartão vermelho e o que estava complicado ficou ainda mais difícil, mas, aos 74’, uma grande recuperação de bola de Kauã Oliveira, a ganhar a Martim
Almeida. foi concluída com um remate de pé esquerdo ao canto inferior para o empate. O jogo ganhou nova energia,
08.04.2025
Liga Revelação – Ap. Campeão 11.ª jornada Estádio Aurélio Pereira
1 1
0-0 ao intervalo
Kauã Oliveira (74’) Pedro Paulo (61’ GP)
Sporting CP: Guilherme Pires [GR], Ibrahim Diarra (Amadu Baldé, 83’), Marlon Júnior [C], Rafael Mota, Denilson Santos, Guilherme Silva, Paulo Iago (Rayhan Momade, 57’), Kauã Oliveira (João Assunção, 83’), Gabriel Silva (Francisco Canário, 57’), Guilherme Santos e Flávio Gonçalves (Gabriel Melo, 83’). Treinador: Filipe Neto. Disciplina: cartão amarelo para Gabriel Silva (8’), Denilson Santos (55’ e 65’), João Assunção (90+4’), cartão vermelho para Denilson Santos (65’).
com ambas as equipas a tentarem desfazer o empate num desafio com muito boa atitude competitiva dos Leões, que mesmo a jogar com menos um durante cerca de 20 minutos revelaram
entrega e empenho para não se notar a limitação numérica em campo. Empate justo, num jogo em ambiente difícil e de pesar pelo desaparecimento físico de Aurélio Pereira, um homem que deixa um legado muito valioso na história do Clube Leonino e que dá o nome ao estádio principal da Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete.
Após o jogo, Filipe Neto vincou a capacidade de Aurélio Pereira, em declarações aos meios do Clube. “Enviamos as condolências à família, amigos e a todos os Sportinguistas. Aurélio Pereira é uma figura incontornável do desporto nacional, mais propriamente no futebol e no Sporting CP. Foi uma pessoa que teve um percurso enorme dentro do Sporting CP, que marcou muita gente no Sporting CP, é uma pessoa eterna que vai ficar para toda a gente e para todos os Sportinguistas. Queremos continuar o legado dele, queremos honrar o que ele fez pelo nosso Clube e nada mais do que conseguir fazer uma boa exibição no Estádio Aurélio Pereira”. Filipe Neto abordou ainda o encontro e o crescimento verificado na equipa Leonina ao longo dos 90 minutos, mesmo quando o Sporting CP se viu a jogar com dez: “Foi um jogo com momentos distintos. Tivemos muita dificuldade no início do jogo, mas fomos encontrando o nosso espaço e os momentos para ‘agredir’ a equipa adversária e se formos a ver até tivemos mais oportunidades e uma chegada maior à baliza adversária com menos um. Houve um penálti, mas conseguimos reagir às adversidades como tem acontecido em muitos jogos anteriores. Estamos contentes pelo que fizemos hoje e coisas boas vão acontecer, de certeza”.
EQUIPA SUB-19 DO SPORTING CP VENCEU O SC LUSITÂNIA POR 2-0, COM UM GOLO EM CADA PARTE.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: Isabel Silva
A equipa sub-19 do Sporting CP venceu no último domingo o SC Lusitânia por 2-0, em partida a contar para a oitava jornada da segunda fase do Campeonato. Foi o regresso aos triunfos da equipa Leonina orientada por Mauro Miguel, que na jornada anterior havia perdido no dérbi diante do CF ‘Os Belenenses’ por 1-0. O Sporting CP dominou totalmente a primeira parte, com toda a iniciativa de jogo, mas sem conseguir furar a organização defensiva do SC Lusitânia durante mais de 40 minutos.
Aos 40’, Ingebrehtsen na área cabeceou por cima, após cruzamento na esquerda de Afonso Lee,
SUB-17
prenúncio do que viria a seguir.
Aos 44’, uma grande abertura para Ingebrehtsen na esquerda resultou em remate do ponta de lança para defesa incompleta de Tiago Barros e na recarga, Salvador Blopa aproveitou para marcar o primeiro golo.
Do meio-campo e praticamente no lance a seguir, Ingebrehtsen quase aproveitava um mau passe de um defesa da equipa açoriana e num remete um pouco à frente da linha intermediária, obrigou o guarda-redes da equipa da ilha Terceira a uma grande defesa a dois tempos.
Ao intervalo, o Sporting CP vencia SC Lusitânia por 1-0, resultado que traduzia uma equipa Leonina dominadora, mas à qual estava a faltar maior contundência no
ataque à baliza, pois o domínio de posse de bola era esmagador (69 contra 31 por cento), com a formação da casa orientada por Mauro Miguel a jogar quase sempre instalada no meio-campo da formação insular.
Na segunda parte, aos 50’, o recém-entrado Diogo Martins fugiu pela esquerda, mas quando ia cruzar, um corte retirou a oportunidade do 2-0. O mesmo protagonista, Diogo Martins, aos 59’, ganhou espaço na meia esquerda, mas o remate em chapéu foi
TRIUNFO POR 1-2 EM MATOSINHOS, COM GOLOS NOS INSTANTES FINAIS E REVIRAVOLTA NO MARCADOR.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: Isabel Silva
A equipa sub-17 do Sporting Clube de Portugal conseguiu uma preciosa e muito sofrida vitória, no passado sábado, em casa do Leixões SC, por 1-2 na nona jornada da fase de apuramento de campeão nacional do escalão.
Uma vitória feita de fibra e persistência dos jovens Leões, que nunca desistirem e viram o esforço recompensado mesmo nos instantes finais, com dois golos no espaço
pa açoriana reduzisse a diferença e logo no lance a seguir, Ingebrehtsen não chegou por um triz a bom cruzamento de Diogo Martins – entrou muito bem o ponta-de-lança do Sporting CP. A segunda parte foi mais animada, também por mérito do SC Lusitânia que foi bem mais audaz no ataque e obrigou Petric a três boas defesas, num triunfo incontestável do Sporting CP e que ainda poderia ter tido mais golos.
06.04.2025
Campeonato Nacional Manutenção e descida 8.ª jornada | Estádio Aurélio Pereira SPORTING
defendido pelo guarda-redes da equipa visitante.
O SC Lusitânia foi mais afoito na segunda parte e teve dois remates de relativo perigo à baliza do estreante Luka Petric.
Aos 65’, uma boa recuperação de bola de Frederico Gomes resultou no 2-0, com Diogo Martins a ter uma boa recepção orientada e a atirar colocado para novo golo Leonino, em muito bom pormenor técnico do ponta-de-lança.
Aos 76’, Luka Petric fez uma boa ‘mancha’ a evitar que a equi-
2 0
1-0 ao intervalo
Salvador Blopa (44’), Diogo Martins (65’)
Sporting CP: Luka Petric [GR], Salvador Blopa (Luís Gustavo, 74’), Francisco Machado (Rodrigo Quintiães, 56’), Cristiano Palamarchuk, Afonso Lee Sandro Gamboa (Diogo Martins, 46’), Frederico Gomes (Miguel Almeida, 86’), Rafael Camacho [C], Erik Ingebrehtsen, Sandro Nascimento (Bento Estrela, 74’), Sérgio Matos. Treinador: Mauro Miguel
de quatro minutos, o primeiro da autoria de Duarte Rosa, aos 90’ e o do triunfo, aos 90+4’, por José Mendes, que tal como na jornada anterior, diante do FC Porto, voltou a ter papel muito importante, ao ser lançado já com o decorrer do jogo.
Foi um excelente triunfo dos comandados de Pedro Pontes, que bem cedo tiveram de lidar com uma contrariedade, uma vez que aos 2’, o guarda-redes Leonino Alexandre Tverdohlebov foi expulso, com cartão vermelho directo.
O Sporting CP não abalou e o jogo foi para intervalo com empate a zero.
No segundo tempo, o Leixões SC colocou-se em vantagem, aos 64’, o que tornava ainda mais difícil a tarefa Leonina, mas o melhor da formação verde e branca ficou mesmo guardado para o fim, com os dois golos da reviravolta no espaço de quatro minutos – entre os
90’ e os 90+4’ – para triunfo por 1-2.
Com a vitória na casa do Leixões SC, o Sporting CP passa a somar 25 pontos, com dez jogos cumpridos.
05.04.2025
Campeonato Nacional Ap. Campeão – 9.ª jornada| Complexo Desportivo Óscar Marques, Senhora da Hora LEIXÕES SC SPORTING CP
1 2
0-0 ao intervalo
David Moreira (65’) Duarte Rosa (90’), José Mendes (90+4’)
Sporting CP: Alexandre Tverdohlebov [GR], André Machado, Diego Coxi, Jakub Stasiak, Suleimane Baldé, Leonardo Tavares [C], Ansumane Júnior, Cléusio Garrafa, Manuel Lamúria, Brandão Batista, Estefânio Rúben. Treinador: Pedro Pontes. Disciplina: cartão amarelo para Duarte Correia (82’) e José Mendes (90+4’) e cartão vermelho para Alexandre Tverdohlebov (2’).
BRAÇO-DIREITO DE NUNO DIAS NO COMANDO TÉCNICO DO FUTSAL DO SPORTING CP DESDE 2012, PAULO LUÍS, DE 51 ANOS, É JÁ UM DOS GRANDES NOMES DA MODALIDADE VERDE E BRANCA. EM ENTREVISTA AO JORNAL SPORTING APÓS A CONQUISTA DA TAÇA DE PORTUGAL, O TREINADOR-ADJUNTO DOS LEÕES FALOU DO PASSADO, PRESENTE E FUTURO, COM A CERTEZA DE QUE ESTÁ NO SÍTIO CERTO: “EM CASA É ONDE ESTAMOS BEM E SOMOS ACARINHADOS E É ASSIM QUE ME SINTO AQUI”.
Estamos na ‘ressaca’ da conquista da décima Taça de Portugal do palmarés do Sporting CP e a sétima do seu palmarés. Como reage a este feito?
É mais um, mas sabe como o primeiro. Sempre que ganhamos é como se fosse a primeira vez e, por isso, não nos cansamos. Era uma competição que já não ganhávamos desde 2021/2022 e tínhamos o objectivo de a recuperar.
É recorrente ouvir esse sentimento de que cada título é como o primeiro. Ainda têm essa fome toda de vitória?
Sim. É algo que sentimos e, acima de tudo, transmitimos. Transmitir esse sentimento a quem trabalha connosco e a quem chega, principalmente aos mais novos, faz com que rapidamente se apercebam dessa fome de títulos. Sentese mais no dia-a-dia, no treino, o que nos faz ter essas conquistas.
“CHEGÁMOS À FINAL [DA TAÇA DE PORTUGAL] MUITO BEM PREPARADOS”
Voltando à final eight da Taça de Portugal: que análise faz ao percurso do Sporting CP?
Respeitámos muito os adversários e os jogos foram bem conseguidos. Estivemos com os níveis de concentração em alta e chegámos à final muito bem preparados. O resultado final assim o indica.
Foi apresentado no Sporting CP com Nuno Dias e a restante equipa técnica da altura em Julho de 2012. Lembra se desse momento?
Lembro-me perfeitamente. O primeiro contacto com o universo Sporting CP foi no Auditório Artur Agostinho, onde fomos apresentados. Tinha menos rugas e mais cabelo. Recordo-me do primeiro treino aqui, no Multidesportivo, de nos apresentarmos no círculo central. Foi um sonho cumprido chegar ao clube com maior prestígio no futsal português. Era o patamar mais alto que podia ambicionar e isso marcou-me.
Que Sporting CP encontrou?
A nível nacional, já era a referência. Faltavam os títulos internacionais e conseguimos ser Campeões Europeus duas vezes nos últimos anos. Hoje, ir à final four da UEFA Futsal Champions League já é considerada uma obrigação e conquistámos essa responsabilidade por direito próprio. Conseguimos que o Sporting CP fosse respeitado além-fronteiras e que continuasse a somar títulos nacionais. O Clube e a estrutura mudaram muito nestes últimos 13 anos, a evolução assim o obriga. O staff e os jogadores também mudaram. Temos o Pavilhão João Rocha, que não tínhamos antes e que é um grande upgrade. Há muita coisa que foi alterada no bom sentido e para melhor.
be como uma grande massa adepta, mas faltava a nossa casa. Fomos sempre muito bem tratados em Loures ou Odivelas, mas passávamos a estar em casa no Pavilhão João Rocha e toda a envolvência mudou. No primeiro ano de Pavilhão João Rocha, o Sporting CP foi Campeão Nacional em futsal, andebol, voleibol e hóquei em patins. Só não foi no basquetebol porque ainda não tinha. Só por isso já dá para entender a mais-valia que é o Pavilhão João Rocha, a nossa fortaleza.
Se lhe dissessem que em 2025 continuaria de verde e branco e teria duas UEFA Futsal Champions Leagues, nove Ligas, sete Taças de Portugal, sete Supertaças, seis Taças da Liga e quatro Taças de Honra da AF Lisboa, acreditaria?
Impossível imaginar que teria essa quantidade de títulos. Quando cheguei, ainda exercia enquanto professor de educação física. Mais tarde, tive de optar e fi-lo quando entendi que este era o caminho. Felizmente, as coisas resultaram. Podiam não ter resultado porque estamos muito dependentes de resultados, muitas vezes imediatos. As coisas foram evoluindo e as pessoas foram acreditando cada vez mais em nós. No início, as pessoas desconfiavam um bocadinho da nossa capacidade até porque a pessoa que viemos substituir [Orlando Duarte] era, provavelmente, o treinador com mais títulos em Portugal nessa altura. Por tudo isso, dizer que 13 anos depois estaríamos aqui com todo este palmarés é um sonho.
“FUI VER O
NUNO A MOSCOVO E DISSE QUE UM DIA ÍAMOS SER UMA DUPLA TÉCNICA. PASSADOS ALGUNS MESES, RECEBEMOS O CONVITE. DEMOREI DOIS MINUTOS A ACEITAR”
De todas essas conquistas, qual seria aquela que mais gostaria de reviver?
A primeira UEFA Futsal Champions League, em 2018/2019. Foi algo que ambicionámos durante muito tempo. Tínhamos estado perto várias vezes e achávamos sempre que era difícil voltar a ter uma oportunidade. Quando vencemos a primeira, por tudo o que representou, passou a ser a mais marcante. Espero, daqui a um mês, reviver esse momento, mas com a terceira.
Qual foi o jogo mais memorável do qual fez parte?
A nível pessoal, tenho de dizer o jogo em que fomos Tricampeões Nacionais em 2017/2018. O Nuno não esteve no banco porque tinha sido expulso e fui eu a assumir a equipa durante os 40 minutos. Ambicionávamos muito ser Tricampeões e o jogo foi a penáltis.
comparação com outros países, mas os resultados dizem-nos que estamos a fazer alguma coisa bem. A qualidade do jogador é melhorada com a metodologia do treino, que é uma vertente onde temos sido pioneiros.
Jogou futebol e futsal. O que o fez continuar neste último?
Joguei futebol como quase todas as crianças da minha idade, até porque o futsal, na altura, não tinha escalões de formação. Depois, na minha terra [Benedita], formou-se uma equipa de futebol de cinco. Como o futebol tinha passado a ser incompatível quando entrei para a faculdade, fui para o futsal na equipa da minha terra com um conjunto de amigos. Desenvolvemos um projecto interessante que ainda existe. Ainda voltei ao futebol, mas quando acabei o curso optei pelo futsal.
A sua parceria com Nuno Dias com quem, curiosamen te, partilha o dia de aniversário é icónica na história do futsal Sportinguista, português e internacional. Como começou essa ligação pessoal e profissional?
Foi o destino [risos]. Conheci-o na faculdade, éramos da mesma turma da licenciatura de educação física da Escola Superior de Educação de Coimbra. Demo-nos bem e, com outros colegas, fomos morar juntos num apartamento. A amizade começou aí e, depois da licenciatura, cada um seguiu o seu caminho, mas a manter o contacto. Quando ele era treinador do Instituto D. João V, ia ver alguns jogos dele e trocávamos ideias. Ainda falámos que, um dia, íamos trabalhar juntos. Fui vê-lo a Moscovo quando ele estava na Rússia e, nessa viagem, disse que um dia íamos ser uma dupla técnica. Passados alguns meses, recebemos o convite. Quando ele me ligou, demorei dois minutos a aceitar.
“ORGULHA-NOS E DAMOS VALOR AO PESO DA NOSSA FORMAÇÃO
NO NOSSO PLANTEL”
BRASIL OU RÚSSIA”
“CONSEGUIMOS ENCURTAR MUITO A DISTÂNCIA QUE HAVIA PARA PAÍSES COMO ESPANHA,
É um apaixonado por desporto e vai, quando pode, a diferentes eventos de várias modalidades. Como é que um jogo no Pavilhão João Rocha se compara aos maio res palcos desportivos do planeta?
Sou um homem do desporto pela formação académica, mas não só. A minha vida esteve sempre ligada ao desporto e gosto de acompanhar, principalmente se for alta competição. Antes de chegar ao Sporting CP, pensava que um dia gostava de ser eu a estar no centro de uma modalidade. Tinha essa ambição e quando chegámos ao Sporting CP senti o que é estar num grande clu-
“O NUNO SABE DELEGAR E RODEAR-SE DE BONS SERES HUMANOS E BONS PROFISSIONAIS”
O futsal português evoluiu muito ao longo das últimas décadas, tanto a nível de clubes como de selecções. Considera que o Sporting CP teve e tem um papel rele vante nesse desenvolvimento?
Sim. O Sporting CP, assim como todo o futsal português, tem contribuído para esse desenvolvimento. Conseguimos encurtar muito a distância que havia para países como Espanha, Brasil ou Rússia, que estavam num patamar cima. Hoje, se calhar, invertemos isso. Somos referências pelos títulos, mas também pelo jogo apresentado dentro de campo. Procuramos constantemente inovar. Somos um país pequeno, com poucos praticantes em
Nuno Dias já o elogiou várias vezes, sendo que o con sidera alguém crucial para o sucesso que o futsal do Sporting CP tem tido. No sentido contrário, quais as maiores qualidades do treinador principal Leonino? Em que aspectos considera que o complementa? Todo o staff se complementa muito bem. Temos noção dos pontos fortes de cada um e a capacidade de entender que não sabemos tudo nem dominamos todas as áreas. O Nuno sabe delegar e rodear-se de bons seres humanos e bons profissionais. Para além da liderança que tem e da vontade enorme de ganhar, sabe distribuir. Todos nós, que trabalhamos perto dele, sentimos essa confiança. Sentimos que fazemos parte do processo. Não seria possível estarmos juntos todos estes anos se não fosse assim. Temos muita abertura, ainda que ele seja o líder e que a última palavra seja dele.
Tem orientado dezenas de jogadores de classe mundial ao longo dos anos. Se tivesse de escolher o melhor ‘cin co’ da carreira de treinador, qual seria? Essa pergunta é bem difícil. Escolher só cinco é muito difícil. Na baliza, o João Benedito foi uma referência do Clube e do futsal do Sporting CP, mas depois tivemos o Guitta, que era unanimemente considerado o melhor do mundo. À frente, tivemos tantos… Erick Mendonça, Caio Japa, Leo Jaraguá, Alex, Alex Merlim, Divanei, Dieguinho, Rodolfo Fortino, Fernando Cardinal, Tomás Paçó. Vou-me esquecer de alguns, de certeza. Dava para fazer várias equipas que chegariam à final da Liga.
Da equipa de 2012/2013, quando chegou ao Sporting >>
>> CP, continuam João Matos e Gonçalo Portugal. O que é que estes dois jogadores têm de tão especial?
O João representa a mística do Clube. É ele que faz o elo de ligação quando os jogadores chegam, é uma referência por todo o percurso que fez no Clube e na Selecção Nacional. O Gonçalo é uma pessoa espectacular. Trabalha e, apesar de nunca ter sido o guarda-redes número um assumido, cria sempre bom ambiente e deixa-nos sempre satisfeitos com a prestação dele. Quando é preciso assumir, já o fez, até em finais.
“O COMPROMISSO COM O JOGO
QUE GOSTAM DO SPORTING CP
IDENTIFICAM-SE MUITO”
Hoje, há quem fale sobre um eventual ‘fim de ciclo’, mas o Sporting CP continua a responder com títulos e todos os anos aparecem jovens jogadores a ocupar o espaço dos atletas que vão saindo. O futuro está assegurado? Sim, porque felizmente temos uma base na formação. Orgulha-nos e damos valor ao peso da nossa formação no nosso plantel. Antes, isso não era tão comum porque a modalidade não estava tão desenvolvida e o trabalho interno não era tão valorizado. Era mais fácil contratar jogadores estrangeiros com algum nome. Quisemos valorizar mais o trabalho da formação e premiar quem tem o mérito de chegar a este patamar. Temos vários exemplos de jogadores que fizeram a muito difícil transição de júnior para sénior, como o Diogo Santos, o Zicky Té, o Tomás Paçó, o Bernardo Paçó, o Erick Mendonça e outros. Isso vem do trabalho feito nos escalões de formação. Há ideias semelhantes de forma transversal, o que facilita a transição. Temos novas gerações a entrar e mais jovens com qualidade.
Tem contrato até 2027, o que significa que vai ficar pelo menos 15 anos no Sporting CP. É a sua segunda casa? Às vezes é a primeira [risos]. Sinto-me mesmo em casa. Em casa é onde estamos bem e somos acarinhados e é assim que me sinto aqui. É por isso que estou aqui há 13 anos e tenho mais dois de contrato. Ainda temos muitos títulos para conquistar. Continuamos com a mesma ambição e se continuarmos neste trajecto as pessoas vão ficar satisfeitas.
A equipa da qual faz parte é muito acarinhada pelos Sportinguistas, tanto nos bons como nos maus mo
mentos. Tem alguma mensagem para eles?
Os adeptos identificam-se com a nossa equipa na forma como entramos em campo, como jogamos, com a garra que temos independentemente de as coisas correrem bem ou mal. O compromisso com o jogo é inegociável e as pessoas que gostam do Sporting CP identificam-se muito. Por isso é que vêm ao pavilhão, que está sempre bem composto. Sentimo-nos sempre apoiados por eles e agradecemos imenso, porque torna-se mais fácil, principalmente quando as coisas não estão a correr como queremos. Lá dentro, se não conseguimos ganhar é porque não conseguimos mesmo fazer melhor.
(“Os jogadores do Sporting têm que ter três qualidades. Paixão pelo treino, pelo jogo e pela profissão”).
A notícia chegou-me assim, de forma indelevelmente fria, na passada terça-feira, dia 8 de Abril, através de um grupo de Sportinguistas no WhatsApp: “Morreu Aurélio Pereira”. Fui logo percorrer os media digitais como tendo ainda esperança que não fosse verdadeira a notícia que me chegava. Entretanto começaram a cair chamadas telefónicas e mensagens atrás de mensagens de amigos a confirmar o desenlace e era um facto. Tinha morrido mesmo o Senhor Aurélio, com 77 anos de idade.
Com ele chora o Sporting Clube de Portugal e parte da sua História. Uma História que tanto ajudou a escrever a letras de ouro. Com ele choram tantos talentos que hoje são estrelas do firmamento do futebol mundial made in Sporting, que com o seu cunho e chancela chegaram ao topo do Mundo. Jogadores que se referem a ele como se de um pai se tratasse. Era mesmo um “Deus” para tantos
deles.
Foram décadas as que viveu ao serviço do clube que amava. Um Leão a quem o Sporting CP e o futebol português tanto devem. Um Leão que estava onde estava o futebol jovem do nosso Clube. Fizesse sol ou chuva. Fosse nos piores pelados ou nos relvados topo de gama. Respirava futebol e tinha o dom de descobrir, com a equipa que com ele trabalhava, imensos talentos. Talentos atrás de talentos.
Recebeu os mais altos galardões do Sporting Clube de Portugal. Em 2016 ficou célebre o epíteto dos “Aurélios” pelos dez Leões que foram Campeões da Europa em França. Também as altas instâncias do futebol nacional e internacional reconheceram em vida – quando importa –o Senhor Aurélio Pereira.
Tive o privilégio de com ele ter trabalhado no futebol jovem do “nosso” Sporting CP, bem como com outros grandes nomes, menos mediáticos, mas também tão determinantes, que ajudaram a fazer da “escola do Leão” uma das melhores à escala mundial. Aprendi muito com o Senhor Aurélio Pereira, gostava de o ouvir a contar as suas histórias e tantas elas foram ao longo de todo o trajecto de uma vida... de uma vida repleta de sucesso.
Partiu assim uma figura incontornável do Clube. E partiu, deixando o seu/nosso Sporting Clube de Portugal muito mais pobre.
Deixo para o fim um episódio inesquecível com ele vivido e que tanto me honrou. Estive alguns anos sem ver o Senhor Aurélio, embora fosse sabendo por amigos comuns do seu já debilitado estado de saúde. Decorria, faz cerca de dois anos no tempo, a festa do Núcleo do Seixal do Sporting Clube de Portugal, onde ele foi um dos homenageados, e reencontrei-o. Confirmei que o seu estado de saúde estava longe de ser o melhor, mas logo que me viu abraçou-me dizendo-me: “Juvenal, sou um leitor de todas as tuas crónicas no Jornal Sporting, e gosto muito do que escreves”. Sim, assumo que fiquei feliz. Sim, vindo de um “monstro” do Sporting CP aquilo funcionou como uma espécie de Prémio Stromp pelo reconhecimento.
Descanse em paz, Senhor Aurélio Pereira e que agora onde estiver, olhe pelo Sporting Clube de Portugal e que festeje muitas conquistas connosco.
Vou guardar as minhas crónicas, quando voltar a estar consigo levo-as para as lermos juntos.
Obrigado, Senhor Aurélio Pereira.
P.S – Faço este post scriptum com um pedido aos rapazes do nosso futebol. Que no próximo sábado, nos Açores, e nos jogos que restam, façam História também pelo Senhor Aurélio Pereira.
QUARTETO VERDE E BRANCO EM FEMININOS BATEU DOIS RECORDES NACIONAIS. FRANCISCO QUINTAS DESPEDIUSE DA NATAÇÃO E O JUVENIL DIOGO REIS VENCEU SETE MEDALHAS, SEIS DELAS DE OURO. NO TOTAL, EM JUVENIS, JUNIORES E ABSOLUTOS, FORAM CONQUISTADOS 16 TÍTULOS NACIONAIS E 40 MEDALHAS PELOS ATLETAS LEONINOS.
Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Sporting CP
A natação do Sporting Clube de Portugal esteve em destaque nos Campeonatos Nacionais de Juvenis, Juniores e Absolutos em piscina longa - Open de Portugal 2025, que se realizaram entre a última quinta-feira e domingo, no Complexo de Piscinas do Jamor, em Lisboa. Entre vários pódios e bom resultados, em femininos, Maria Moura, Carolina Viana,
Laura Barbeito e Anna Fomina estiveram em destaque ao baterem o recorde nacional absoluto de estafeta de quatro por 100 metros livres, com a marca de 3.51,11 minutos. O anterior recorde nacional datava de há já 15 anos e pertencia a quatro atletas do FC Porto, que em 2010 fizeram a mesma prova em 3.52,07 minutos.
As mesmas Leoas bateram também o recorde nacional de estafeta de quatro por 200 metros, com o tempo de 8.21,65 minutos, que pertencia a um quarteto
do Sport Algés e Dafundo desde 2018 (8.25,04 minutos).
A prova em absolutos foi ainda importante para Anna Fomina que, para além das medalhas de prata alcançadas em 50, 100, 200 e 400 metros livres, atingiu os mínimos de participação para os Campeonatos Universitários.
Ao nível de pódios em absolutos, destaque maior também para Madalena Cerdeira que bateu toda a concorrência nos 200 metros bruços e para o quarteto acima descrito que venceu o ouro nos 4x100 metros estilos. Madalena Cerdeira conquistou ainda a prata nos 100 metros bruços. Por sua vez, Margarida Nunes venceu a medalha de bronze em 50 metros bruços e Maria Moura em 100 metros mariposa. Margarida Moura, em juvenis B, conquistou nove medalhas, sendo a atleta Leonina mais medalhada. A jovem Leoa venceu o ouro em 100 metros mariposa, 4x100 e 4x200 metros livres e 4x100 metros estilos, prata em 200 metros livres, 200 metros mariposa, 200 metros estilos e mistos 4x100 estilos e o bronze em 50 metros livres.
Em masculinos, a participação Leonina foi menos significativa, mas em absolutos o quarteto composto por António Vieira, Miguel Herrero, Francisco Quintas e Pedro Tigre venceu a prata em 4x100 metros estilos e Diogo Cardoso ficou no terceiro lugar
do pódio em 800 e 1500 metros livres. Francisco Quintas também esteve em destaque, mas por outra razão: o atleta Leonino despediu-se das piscinas aos 30 anos, depois de ao longo dos anos ter também marcado presença nas diferentes selecções de Portugal em Campeonatos da Europa e do Mundo.
Já em juvenis A, Diogo Reis foi o melhor Leão com a conquista de sete medalhas, seis delas de ouro e uma de bronze em 50, 100 e 200 metros bruços, 200 metros estilos, 4x100 e 4x200 metros livres e 400 estilos, respectivamente.
DUAS MEDALHAS NAS PROVAS DE 60 E 200 METROS NOS EUROPEUS VIRTUS EM PISTA CURTA.
Texto: Nuno Miguel Simas Fotografia: Sporting CP
Igor Oliveira tinha prometido em declarações aos meios do Sporting Clube de Portugal e cumpriu. Antes dos Europeus de atletismo Virtus em pista curta, na Finlândia, havia dito que ia procurar ganhar duas medalhas de ouro nas provas em que ia competir – 60 e 200 metros – na cidade de Espoo, atingindo o objectivo.
Nos 60 metros com o tempo de 6’’92 e nos 200 metros com 22’’20, venceu toda a concorrência e assim subiu ao lugar mais alto do pódio para receber duas medalhas de ouro, correspondentes às vitórias nas duas distâncias de velocidade pura.
Conquistados mais dois feitos, Igor Oliveira estava feliz pelos resultados, que encarou como consequência do bom trabalho face aos bons indicadores que já tinha deixa-
do na época de Inverno com tempos que faziam adivinhar-lhe bons resultados na Finlândia.
“Estou muito feliz pelo que consegui na Finlândia. Já ia confiante porque tinha boas marcas e isso era sinal do que estava a ser capaz. A prova de 60 metros correu-me muito bem, acho que tecnicamente estive ao nível pretendido, saí bem do bloco e conseguiu manter-me bem em toda a distância”, começou por descrever, analisando a seguir a prestação nos 200 metros: “Para mim foi mais difícil. Passei por algumas dificuldades de resistência, é uma prova que exige manter a velocidade mais tempo por ser uma distância maior, mas consegui alagar a passada e fiquei mesmo muito feliz pelo primeiro lugar”, referiu, deixando ainda uma palavra de agradecimento pelo trabalho da treinadora Anabela Leite. O atleta descreveu a sensação de subir ao
lugar mais alto do pódio como “muito emocionante” e já aponta à época de verão, em pista ao ar livre. “No final de Setembro há os Mundiais ao ar livre na Austrália, o que é um grande objectivo para mim e para procurar bater recordes pessoais”.
Anabela Leite, treinadora de Igor Oliveira, enalteceu a capacidade do atleta que orienta. “O Igor é muito competitivo e focado, gosta muito do que faz e faz justiça ao que vai trabalhando no dia a dia. Consegue sempre mostrar na pista o trabalho feito. Gosta mais de 100 e 60 metros, vamos trabalhando um pouco o resto, aplica-se muito no treino relacionado com isso. Temos tentado melhorar e ele tinha batido o recorde do mundo na pista coberta nos
60 metros, teve uma excelente prestação nos Campeonatos de Portugal, o trabalho estava a resultar bastante bem. Foi o culimar da época e já estamos a preparar o verão, com os Mundiais na Austrália e tentar ganhar a prova de 100 metros, bem como estar bem nos 200 metros”.
MODALIDADES BASQUETEBOL EQUIPA PRINCIPAL FEMININA
MISSÃO DADA, MISSÃO CUMPRIDA: A EQUIPA FEMININA DE BASQUETEBOL DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL ESCREVEU DO SEU PUNHO MAIS UMA BONITA PÁGINA NA HISTÓRIA VERDE E BRANCA. NO ÚLTIMO DOMINGO, AS LEOAS GARANTIRAM A SUBIDA À PRINCIPAL LIGA, ONDE ESTIVERAM PELA ÚLTIMA VEZ EM 2015/2016, ALCANÇANDO ASSIM, COM DUAS PROMOÇÕES CONSECUTIVAS, O PRIMEIRO DOS OBJECTIVOS TRAÇADOS PELO CLUBE DESDE O REGRESSO DA MODALIDADE.
Texto: Filipa Santos Lopes Fotografia: João Pedro Morais
O objectivo estava há muito traçado e como nunca próximo: para dar já – e de forma directa – o ‘salto’ rumo ao mais alto patamar competitivo, a equipa feminina de basquetebol do Sporting Clube de Portugal precisava de vencer o SC Coimbrões, o segundo classificado do Grupo de Promoção. E fê-lo de forma contundente, por 82-55.
No Pavilhão João Rocha, as comandadas de João Pedro Vieira desde cedo mostraram as garras, com Luana Serranho, Filipa Cruz e Sienna Durr a pontuar logo nos primeiros ataques. Contudo, o SC Coimbrões conseguiu igualar com dois triplos (6-6).
Tanto pela classificação quanto pelos anteriores confrontos, o equilíbrio era, de resto, a nota esperada; no entanto, uma inspirada Sienna Durr, muito forte também nos duelos, foi conquistando ressaltos e empurrando as verdes e brancas para uma margem mais confortável (20-8). O resultado ao final de dez minutos não abria espaço para dúvidas: 16 pontos de vantagem e a promessa de festa a instalar-se (29-13).
No arranque do segundo período, o SC Coimbrões esboçou uma reacção (29-17), mas o Sporting CP rapidamente ultrapassou a barreira dos 30 pontos (32-21).
Nesta fase, as Leoas mostraram-se bastante mais perdulárias, pontuando pouco, mas foram mantendo a consistência defensiva e gerindo a superioridade (34-23).
Um triplo de Cláudia Almeida a quatro minutos do intervalo ‘agitou’ as águas e logo depois Catarina Martins também
pontuou, devolvendo ao marcador a diferença registada no arranque do quarto (39-23). A partir daí, as Leoas voltaram a crescer, e chegaram ao descanso com mais 17 pontos do que as visitantes (47-30).
O domínio verde e branco foi também evidente no terceiro quarto; tanto Luana Serranho quanto Sienna Durr fizeram o ‘gosto à mão’ nos ataques iniciais, permitindo às Leoas superar assim a marca dos 50 pontos (5130). A três minutos do fim do ter-
ceiro período, as pupilas de João Pedro Vieira chegaram mesmo aos 28 pontos de vantagem (6436), numa inequívoca fome de vencer que ficou definitivamente confirmada no quarto parcial.
De forma simbólica, João Pedro Vieira promoveu então nova rotação, terminando o jogo com as cinco jogadoras que o ano passado ganharam a CN2 e subiram a esta divisão de que agora se despedem.
Alavancado por uma vitória construída com 27 pontos à maior
(82-55), o Sporting CP está de regresso ao patamar sonhado e merecido. “O teu lugar, grande Sporting CP, é aqui”, cantaram as bancadas do Pavilhão João Rocha, com as Leoas a festejarem em clima de enorme alegria a promoção garantida a duas jornadas do fim.
Na próxima ronda, agendada para 19 de Abril, as verdes e brancas visitam agora o SC Braga, com o olhar pousado já no segundo objectivo a curto prazo – a conquista do campeonato.
“As lágrimas que me escorrem são de felicidade, é um orgulho fazer parte desta equipa. Não quero dizer que as outras também não o façam, mas esta equipa dedica horas e horas a scouting, ao treino, à fisioterapia, à preparação física e a tudo e mais alguma coisa… A sorte acontece quando a oportunidade se encontra com o trabalho e foi isso que aconteceu. Estamos muito felizes.”
“Este era um objectivo desde que começámos o projecto, em 2023, e conseguimos cumpri-lo em tempo quase recorde. Não há palavras que consigam descrever este sentimento. Tudo aquilo que conseguimos foi devido ao nosso trabalho desde o início da época.”
“Orgulho imenso nas minhas colegas de equipa; este é um caminho que começámos desde que nos reunimos. Não tenho palavras, o trabalho tem sido muito árduo e estamos muito felizes.”
“É sempre bom ajudar uma equipa a subir à Liga, estou cá desde o início é um orgulho enorme fazer parte de uma história tão grande no Sporting CP.”
“Esta subida é para mim muito importante. O Sporting CP é o Clube do meu coração e estou a viver um sonho de criança. Fomos claramente superiores à equipa adversária. Vamos continuar a trabalhar arduamente para atingir o próximo objectivo.”
“Temos evoluído muito desde o início; foi um bom jogo e agora é continuar a lutar e a treinar para sermos campeãs nacionais.”
“É difícil pôr em palavras aquilo que conquistámos; sonhamos chegar aqui desde o ano passado. Esta vitória só mostra que somos um grupo muito unido, pronto para trabalhar. Enquanto Sportinguista estou muito feliz e orgulhosa por fazer parte deste grupo.”
“O objectivo principal está concluído, mas não damos por terminada a época, nem perto disso. Teremos um merecido tempo para celebrar, mas o objectivo é sermos campeãs nacionais e vamos trabalhar para isso.”
JOÃO PEDRO VIEIRA: “SENSAÇÃO DE DEVER CUMPRIDO”
Emoção, sensação de dever cumprido e uma enorme felicidade marcaram as palavras de João Pedro Vieira, técnico que conduziu as Leoas à principal divisão nacional após dez anos de ausência. “Em Setembro de 2023, quando começámos este projecto, o objectivo era colocar o mais rapidamente o Sporting CP na Liga feminina. Garantilo, a duas jornadas da final da fase regular, é para nós uma grande alegria. Foi a forma que tivemos de agradecer aos adeptos e à direcção que tanto apoiam este projecto. Estamos muito felizes”, começou por dizer aos microfones da Sporting TV “O Sporting CP é uma referência do desporto em Portugal e tem no seu ADN muitas modalidades, todas a competir ao mais alto nível. Por que não ter também o basquetebol feminino? É isso que acontecerá na próxima época e tentaremos ao máximo dignificar o Clube”, garantiu ainda.
Sobre o jogo, João Pedro Vieira mostrou-se satisfeito pelo sucesso da estratégia delineada por toda a equipa técnica.
“Fazemos um grande trabalho de scouting e entrámos com um ‘cinco’ diferente do habitual, numa tentativa de as surpreender que correu bem. Tudo aquilo que planeámos conseguimos concretizar… e finalizámos o jogo com as cinco jogadoras que o ano passado subiram à CN1», concluiu, visivelmente emocionado, afiançando ainda que Luana Serranho, lesionada no decorrer do encontro, «é rija e uma Leoa» e estará de regresso em poucos dias.
Texto: Nuno Miguel Simas
Fotografia: Sérgio Martins
A equipa principal masculina de basquetebol do Sporting Clube de Portugal venceu, no último sábado, a AD Galomar, na Madeira, por 82-94, em partida da 19.ª jornada da Liga.
Uma exibição com vários bons momentos de jogo culminou num triunfo sem discussão e que de alguma maneira ‘aguça o apetite’ para os próximos embates, tal o volume de bons apontamentos da equipa, desde os ressaltos à percentagem de triplos – 13 concretizados em 26 tentados e 50 por cento de sucesso na longa distância.
O jogo nem começou bem para
o Sporting CP, com cinco minutos iniciais pouco intensos e apenas Cat Barber a mostrar serviço no ataque. Por sua vez, a AD Galomar, a lutar pela permanência, ‘entrou com tudo’ e acertou os dois primeiros lançamentos de três pontos, além de ter beneficiado de desacerto do Sporting CP da linha de lance livre – chegou a ter dois em nove.
Mas com o tempo, o Sporting CP recompôs-se. Cada vez mais comprometido defensivamente, conseguiu alguns roubos de bola e concretizações mais fáceis. No final dos primeiros dez minutos o Sporting CP ainda estava atrás, por 20-16, mas um excelente segundo quarto Leonino começou a virar o jogo. A rotação Leonina
produziu excelentes efeitos, com jogadores saídos do banco a terem contributos muito relevantes
– Nick Ward, Sérgio Silva, Uwais Razaque, Keonté Kennedy e Tim Guers somaram pontos e boas acções – e esta maior amplitude de opções Leoninas também fez a diferença.
Ao intervalo, o Sporting CP estava já na frente por 35-44, com os triplos a sucederem-se, uma área de jogo em que também o base Keonté Kennedy também deu uma ‘mãozinha’.
No terceiro quarto, a equipa insular entrou determinada a reduzir as diferenças e ainda o conseguiu momentaneamente, aos 40-44. Mas um triplo de Tim Guers – excelente técnica de lançamento do
CAMPEONATO NA
CIONAL I – Recebemos, na passada segunda-feira, o SC Braga que – de algumas jornadas a esta parte – vem disputando o terceiro lugar da nossa Liga e que é indiscutivelmente uma das grandes equipas portuguesas, com rendimento exponencial desde o início deste ano, após a denominada “janela de Inverno”. Jogo grande, portanto, no Estádio José Alvalade, que estava engalanado, a condizer com a importância da partida, ou seja, cheio de convictos Leões e com uma coreografia inicial de grande impacto e beleza. A partida começou de modo trepidante, dando sequência adequada ao modo feérico como a equipa do Sporting CP foi recebida, sendo que logo no início do jogo o estratosférico Gyökeres puxou de todos os seus atributos para desenvolver uma extraordinária cavalgada pela esquerda do ataque Leonino, entrando na área e marcando um golo soberbo através de um pontapé cheio de classe, intencionalidade, força e colocação. Tudo portentoso. Contudo, infelizmente, e por escassos três centímetros (verdadeiramente imperceptíveis no campo), o golo foi anulado por fora-de-jogo. Foi pena. É a lei, neste caso indubitavelmente numa das formas de aplicação máxima do brocado latino dura lex, sed lex! Continuámos a porfiar e ainda antes do quarto de hora de jogo, novamente e sempre por Gyökeres (verdadeiramente endiabrado na primeira meia-hora de jogo!), abrimos o marcador através da conversão
base Leonino – voltou a distanciar o Sporting CP, que foi sempre dominando a partida e contou com dois momentos seguidos de inspiração de Sérgio Silva com dois triplos que passaram a vantagem Leonina de 43-49, para 43-55. Essa vantagem na casa dos dois dígitos foi-se mantendo, com o capitão Diogo Ventura a marcar mesmo no último segundo um triplo para o 60-71, na resposta a um triplo da equipa madeirense. O último quarto começou com três pontos seguidos de Cat Barber, todos da linha de lance livre, segmento de jogo no qual o Sporting CP foi melhorando com o decorrer do tempo, e quando Barber (terminou o jogo com 22 pontos), fez um triplo a 67-85, o Sporting CP
de um livre directo à entrada da área. Foi um chuto magnífico, pleno de força, determinação e colocação. Certo é que a parte final da primeira parte, bem como o início da segunda, não foram tão bem conseguidos pela nossa equipa, que foi dando a iniciativa e controlo do jogo ao nosso adversário. Corolário desse modo mais afoito do SC Braga acabou por ser o golo do empate que vieram a obter, a três minutos do final do tempo regulamentar. E isso pese embora tenhamos antes tido várias oportunidades para marcar o segundo golo e acabar – a tempo – com a indecisão sobre o resultado da partida. Foi pena!
CAMPEONATO NACIONAL II – Resulta que, da conjugação de resultados desta 28.ª jornada do Campeonato, perdemos a liderança do mesmo, ocupando agora o segundo posto, a escassos dois pontos (equivalente, por exemplo, ao que possa decorrer de um empate do nosso rival e mais directo competidor) do primeiro lugar. Resulta também que o que temos de fazer é objectivo e fácil de enunciar: recuperar esse lugar que já foi nosso e que – para ganhar a Liga e alcançarmos o desejado “Bi” – queremos que venha a ser outra vez ocupado por nós! Para tal “só” precisamos de ganhar todos os nossos jogos até ao final do Campeonato. São “só” seis jogos que temos de resolver com seis vitórias, três em casa e três em jogos fora de portas. Vamos, pois, a isso! Seis finais, Seis vitórias! Com garra! Com vontade! Com ganas! Entretanto, porque pode ser importante, porque pode fazer a diferença, sublinhamos que mantemos o melhor ataque da prova e também a melhor diferença de golos entre marcados e sofridos. Força, equipa! Força, Sporting CP!
PIROTECNIA – Este verdadeiro cancro do futebol nacional voltou a atacar! Com efeito, quase aos 80 minutos de jogo, de modo completamente estúpido e inapropriado, numa
tinha o jogo dominado e praticamente ganho. Essa evidência ficou consumada nos 82-94 finais, com um grande triplo de Nick Ward, poste Leonino eleito o MVP, que terminou com 18 pontos, 13 ressaltos e uma eficácia de ‘tiro’ de 72 por cento. Triunfo Leonino muito meritório e que cria boas expectativas para os jogos que se seguem, dado o crescimento do conjunto de Luís Magalhães em diversos ‘itens’ do jogo.
fase em que o Clube pressionava e encostava o SC Braga à sua baliza, com o propósito de tentar alcançar o seu segundo golo (o da tranquilidade!), esta manifestação pestilenta resolveu – pela mão de uns quantos – actuar e dar um triste sinal de vida, prejudicando de modo manifesto o nosso Clube! Teremos, assim, um prejuízo pecuniário pela multa que será aplicada ao Sporting, tanto mais que o jogo teve de ser interrompido por evidente falta de visibilidade e condições para a prática de qualquer desporto. Teremos além disso um prejuízo também desportivo pois que a fase de empolgamento atacante em que nos encontrávamos foi abruptamente cortada pela inenarrável actuação dessa gente, que – assim e objectivamente – foi em socorro do SC Braga, permitindo que o mesmo respirasse, tranquilizasse e recuperasse nos minutos de interrupção de jogo que o árbitro teve de conceder. Gente desta é mesmo gente da qual o Sporting CP não precisa! É gente que prejudica em vez de apoiar o Clube! Fica, assim, a pergunta… até quando teremos de suportar estes comportamentos manifestamente atentatórios dos verdadeiros interesses do Sporting CP?
AURÉLIO PEREIRA – Morreu o nosso Aurélio! Chega-me a triste notícia já depois de escrita esta coluna…, mas ainda a tempo de aqui lhe prestar a minha homenagem! Tive a sorte de o conhecer, de o cumprimentar, de beneficiar da sua gentileza e educação. Do seu fino trato. Um Senhor! E sim, Aurélio Pereira foi mesmo um Senhor! E não, não digo isso por dizer, como mera palavra, digo porque é mesmo conteúdo, do verdadeiro, do que faz sentido, do que tem substância! Curvo-me, pois, perante a sua figura nestes momentos tristes, em recolhido sentir, com a memória na sua obra e no seu legado. Paz à sua alma! Obrigado, Aurélio!
Viva o Sporting Clube de Portugal!
PRIMEIRA PARTE DE LUXO ENCAMINHOU TRIUNFO SOBRE O CS MARÍTIMO PARA COLOCAR LIDERANÇA PARTILHADA EM JOGO NO DRAGÃO ARENA. SALVADOR SALVADOR (11 GOLOS) VOLTOU A SER A ‘CHAVE’ PERANTE O 7V6 ADVERSÁRIO.
Texto: Xavier Costa
Fotografia: José Lorvão
Dois jogos feitos até ao momento, ambos em casa, e duas vitórias para começar da melhor maneira a fase decisiva do Campeonato Nacional. No Pavilhão João Rocha, a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e bateu o CS Marítimo por 35-24, no último sábado, em jogo da segunda jornada do grupo A da fase final. Lançados por um primeiro tempo implacável (20-9 ao intervalo), os Leões de Ricardo Costa voltaram a vencer e lideram com os mesmos 38 pontos que o FC
Porto – e, agora, mais seis que o SL Benfica. Os dragões, além disso, são o próximo adversário no horizonte.
Com André Kristensen, Natán Suárez, Pedro Martínez, Edy Silva, Salvador Salvador, William Höghielm e Orri Þorkelsson de início, o Sporting CP até começou a correr atrás do prejuízo (0-2), mas o capitão e Pedro Portela rapidamente indicaram o caminho para a liderança do marcador (5-2) ao terem encontrado o ‘antídoto’ para o 7v6 forçado pelos madeirenses – uma constante no jogo. Intransponível, Kristensen emergiu na baliza e, sempre que possível, Salvador atirou rapida-
“Acima de tudo, o importante foi a vitória”, começou por salientar o treinador do Sporting CP após o término da partida, embora tenha traçado algumas diferenças entre as duas partes.
“Gostei muito da nossa primeira parte. Tivemos algumas dificuldades nos primeiros minutos, mas a resposta foi excelente na defesa de 7v6. Marcámos muitos golos sem guarda-redes e esse é um dos factores que desequilibra o jogo”, considerou, antes de olhar para um segundo tempo em que “as duas equipas falharam demasiadas situações de finalização”.
“Nós, a ganhar por 11 ou 12, relaxámos um pouco e o CS Marítimo foi aproveitando, mas depois fomos mais sérios. Parabéns ao CS Marítimo pela luta, mas acho que foi uma vitória sem contestação da nossa parte”, resumiu.
Os Leões arrancaram de forma perfeita, com duas vitórias em dois jogos nesta fase final, ambos em casa, algo que era “imperioso” nas palavras de Ricardo Costa, sabendo que agora se seguem três jogos consecutivos fora (Porto, Luz e Madeira).
À margem da reacção ao encontro, o treinador verde e branco abordou também o próximo adversário do Sporting CP na EHF Champions League: os franceses do HBC Nantes.
“Não há equipas fáceis. É uma equipa que já esteve na final-four, tem essa experiência e a nós cabe-nos continuar a sonhar e sabendo que temos o factor casa”, realçou, apontando a uma eliminatória com “dois jogos de uma vida”. Ainda assim, “aconteça o que acontecer, muito orgulhosos do que fizemos”, concluiu Ricardo Costa.
mente e de qualquer lado para o golo – apontou oito só no primeiro tempo.
Cumprido o quarto de hora, fruto da exclusão de Pedro Martínez, os visitantes ainda tentaram reagir, sempre à boleia de Délcio Pina, embora nada mudasse na toada do encontro, por força da avassaladora resposta verde e branca.
Martim Costa, recém-entrado, Þorkelsson e Portela fizeram o marcador ‘disparar’, primeiro, até 15-6 e, a fechar a primeira parte, a velocidade e o critério nas saídas para o ataque fizeram o resto para ‘dinamitar’ de vez o adversário. O expressivo 20-9 ao intervalo foi a prova perfeita, também, da excelente lição defensiva dos Leões de Ricardo Costa perante um CS Marítimo, por vezes, algo perdulário.
Reatada a segunda parte, já com Mohamed Aly na baliza e Mamadou Gassama e Diogo Branquinho nas pontas, o Sporting CP começou a bom ritmo (23-10), mas quando a eficácia ofensiva caiu os insulares –mais expeditos – aproveitaram para reduzir diferenças pouco a
05.04.2025
Campeonato Nacional – Fase final Grupo A – 2.ª jornada Pavilhão João Rocha SPORTING CP CS MARÍTIMO
35 24
20-9 ao intervalo
Sporting CP: Edy Silva, Pedro Portela (6), Natán Suárez (2), Jan Gurri (2), Pedro Martínez, William Höghielm (3), Salvador Salvador [C] (11), Orri Þorkelsson (2), Mamadou Gassama (4), André Kristensen [GR], Diogo Branquinho (1), João Gomes (1), Christian Moga, Martim Costa (3), Mohamed Aly [GR], Rafael Vasconcelos. Treinador: Ricardo Costa. Disciplina: exclusão de dois minutos para Pedro Martínez (2).
Capitão indicou o caminho para a vitória numa primeira parte de grande
pouco (25-16 e 28-20).
Apesar disso, os Leões recompuseram-se na recta final e o emblema da Madeira não pôde chegar a sonhar com a reentrada na discussão pela vitória. Com Aly a brilhar entre os postes, Natán Suárez voltou a estabelecer os dez golos de diferença no marcador (33-23) e, já com um ritmo mais baixo em cada ataque, o Sporting
CP fechou as contas em 35-24. Avizinha-se, na próxima jornada, a deslocação a casa do FC Porto, o primeiro jogo fora dos Leões nesta fase final – e seguir-se-ão mais dois como visitante (Luz e Madeira) de forma consecutiva, mas apenas em Maio. Dragões e Leões têm encontro marcado para este sábado (18h30) com o primeiro lugar em jogo.
Terminado o encontro com o CS Marítimo, a equipa de andebol proporcionou um momento muito especial a dois grandes adeptos Leoninos. João e Maria são dois irmãos Sportinguistas que estão em processo de tratamentos no Instituto Português de Oncologia (IPO) e têm nos Leões do andebol a sua equipa preferida. Estiveram dentro das quatro linhas para confraternizar com os jogadores e ainda receberam uma camisola autografada, num momento muito aplaudido pelas bancadas.
MODALIDADES FUTSAL
A EXIBIÇÃO FOI DE SUPERAÇÃO CONSTANTE, FORÇADA PELAS RÉPLICAS DO SCU TORREENSE, MAS ACABOU POR REVELAR-SE MUITO PROVEITOSA: O SL BENFICA PERDEU EM CARCAVELOS E OS LEÕES AUMENTARAM PARA CINCO A VANTAGEM PONTUAL.
Texto: Xavier Costa Fotografia: José Lorvão
Depois da conquista da Taça de Portugal em Matosinhos, a equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal regressou à Liga, no passado sábado, com um triunfo por 6-3 na recepção ao SCU Torreense, relativa à 18.ª jornada da fase regular. E mais do que isso, esta 15.ª vitória consecutiva dos Leões de Nuno Dias, que tiveram de se aplicar a fundo, acabou por cimentar o primeiro lugar na tabela, porque o SL Benfica perdeu em casa do CRC Quinta dos Lombos (4-3).
A quatro jornadas do fim da primeira fase, o Sporting CP é líder (mais) isolado com 50 pontos, mais cinco que as águias.
No Pavilhão João Rocha, mesmo sem Henrique Rafagnin, Tomás Paçó e Rúben Freire nas opções da partida, além do suspenso João Matos e do lesionado Allan Guilherme, o Sporting CP entrou com tudo na quadra e antes
05.04.2025
Liga – Fase regular – 18.ª jornada Pavilhão João Rocha
SPORTING CP SCU TORREENSE
6 3
3-2 ao intervalo
Anton Sokolov (1’, 2’, 40’), Taynan (16’), Zicky Té (25’), Célio Coque (AG 28’)
Tiago Quintão (10’), Célio Coque (15’, 23’)
Sporting CP: Gonçalo Portugal [C], Leonildo Injai, Zicky Té, Diogo Santos, Wesley, Pauleta, Anton Sokolov, Bruno Dias, Bernardo Paçó [GR], Andriy Dzyalo, Renato Almeida, Alex Merlim [C], Taynan, Rocha. Treinador: Nuno Dias. Disciplina: cartão amarelo para Taynan (10’), Zicky (15’) e Merlim (27’).
de se cumprirem os primeiros dois minutos já vencia por 2-0. Decorridos apenas 11 segundos, quando ainda se entoava ‘O Mundo Sabe Que’ nas bancadas, Anton Sokolov fez o primeiro com classe ao picar a bola, de primeira, sobre Cristiano e, pouco depois, o russo trabalhou na área para voltar a ‘facturar’ – e não ficaria por aqui.
O início foi perfeito, mas tudo estava longe de estar decidido. Os Leões continuaram por cima e a ameaçar, especialmente a remates de Wesley e Pauleta – e mais tarde num cara-a-cara de Diogo Santos –, mas o SCU Torreense foi mais eficaz e através de Tiago Quintão reduziu para 2-1. Além disso, a quatro minutos do intervalo, o actual décimo e antepenúltimo classificado beneficiou da sexta falta Sportinguista para chegar ao empate – pelo meio,
o técnico Nuno Dias recebeu ordem de expulsão no banco de suplentes.
Ainda assim, os Tetracampeões Nacionais não sentiram o golpe e responderam da melhor maneira, com muito caudal ofensivo e insistência até ao 3-2. Depois de Vítor Xisto e o guardião Cristiano terem travado duas bolas com ‘selo’ de golo, Alex Merlim desequilibrou sobre a esquerda e serviu para o desvio, agora mortífero, de Taynan para levar os Leões em vantagem para o segundo tempo. Foi o golo 100 do Sporting CP nesta edição da Liga.
O conjunto verde e branco voltou a entrar melhor, mas desta vez sem a mesma pontaria: Wesley viu o remate colocado defendido e Merlim, em força num livre estudado, acertou no poste. Já ao SCU Torreense bastou aproveitar um canto para, com um forte
remate de Célio Coque, repor a igualdade no marcador e voltar a aumentar a ‘temperatura’ do encontro, que continuou a ser dominado pelos Leões.
E só os postes (duas vezes) e Cristiano foram adiando o golo, mas seria inevitável – e desta vez para decidir o animado duelo.
Zicky recebeu de costas para a baliza, rodou e marcou e, pouco depois, uma jogada de Taynan acabou em autogolo.
Feito o 5-3, o emblema de Torres Vedras apostou no guarda-redes avançado e conseguiu aproximar-se mais da baliza de Bernardo Paçó, mas os Leões, que até podiam ter ‘fechado’ o jogo nas várias transições conseguidas, es-
cudaram-se de forma sólida no momento defensivo.
Já com Nuno Miranda expulso nos visitantes, o marcador voltou a mexer pela última vez a escassos 17 segundos do fim, com Sokolov, em força, a apontar o sexto do Sporting CP e completar o hat-trick – leva 18 na Liga, onde se voltou a destacar como melhor marcador.
Missão cumprida e com prémio extra, que chegou minutos depois da última buzina no Pavilhão João Rocha, aquando do resultado do rival SL Benfica em Carcavelos. Na próxima jornada, o Sporting CP desloca-se aos Açores para enfrentar o SC Lusitânia, último classificado.
Terminada a partida, o treinador-adjunto dos Leões fez o rescaldo aos meios de comunicação Leoninos – o treinador Nuno Dias foi expulso no decorrer do jogo.
“Estávamos cientes das dificuldades, porque o SCU Torreense tem vindo a crescer e, até pelos reforços de Janeiro, ficou mais preparada”, começou por dizer, antes de recuperar o desenrolar da partida, atribulada sobretudo na primeira parte.
“Entrámos muito bem no jogo com dois golos e relaxámos de certa forma, permitindo que o adversário entrasse no jogo. A partir daí perdemos o controlo do jogo. Na segunda parte melhoramos acima de tudo na atitude e nos duelos, embora com um nível baixo de eficácia”, apontou o técnico, realçando, no entanto, que “a melhor equipa ganhou o jogo”.
Além disso, não escondeu que foi um jogo que obrigou os Leões a “ir ao ‘coração’ e à parte emocional”. “Mais uma vez estivemos muito limitados, mas a resiliência e a atitude vieram ao de cima, também com a ajuda do ‘sexto jogador’”, destacou ainda Paulo Luís.
APÓS MAIS DE UM MÊS DE PARAGEM, AS LEOAS VENCERAM NA CASA DA UA POVO ENSE (0-6) E VOLTARAM À COMPETIÇÃO DA MELHOR – E EM MELHOR – FORMA, COM UM TRIUNFO IMPORTANTÍSSIMO PARA AS CONTAS FINAIS DA PROVA.
Texto: Filipa Santos Lopes Fotografia: Isabel Silva
A equipa principal feminina de futsal do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu a UA Povoense por 0-6, em jogo da 20.ª jornada da fase regular do Campeonato Nacional.
Na Póvoa de Santa Iria, as co-
mandadas de Teresa Jordão começaram a construir o resultado à passagem dos sete minutos, por intermédio de Diana Silva – ela que, um minuto depois, avançou em velocidade pela direita e serviu Beatriz Santos para um mais confortável 2-0.
Aos 15’, foi a vez de Mariana Gandarez fazer o gosto ao pé,
finalizando de forma irrepreensível - com a canhota - uma boa jogada de combinação agora pela esquerda. A universal de 27 anos, reforço de Inverno do Clube, assinou, assim, o seu primeiro golo ao serviço do Sporting CP. Quatro minutos após o regresso dos balneários, Júlia Santos dilatou o resultado com um remate
indefensável e aos 28’ foi Sara Galhardo, na passada e sozinha à entrada da área, quem apontou o 5-0.
Uma mão cheia de golos para as Leoas, que não se ficariam por aí: aos 32’, aproveitando a baliza vazia na sequência de uma subida da guardiã da casa na quadra, Beatriz Fonseca fixou de muito
05.04.2025
Liga – Fase regular – 20.ª jornada Pavilhão Esc. Aristides Sousa Mendes, Póvoa de
0-3 ao intervalo
Sporting CP: Ana Lopes
Júlia
Mariana
Santos, Inês Lopes, Jéssica Almeida e Edna Peralta. Treinadora: Teresa Jordão. Disciplina: cartão amarelo para Diana Silva (15’), Beatriz Santos (26’) e Jéssica Almeida (39’).
longe o resultado num incontestável 0-6 final. Na próxima jornada, as Leoas recebem o GCR Nun’Álvares, numa partida agendada para as 15h00 de 13 de Abril.
NUM FINAL DE TARDE DESINSPIRADO E DE LARGA INEFICÁCIA, OS LEÕES DE EDO BOSCH CEDERAM PERANTE O OC BARCELOS (1-3). O RESULTADO MENOS POSITIVO NÃO BELISCA, CONTUDO, AS ASPIRAÇÕES VERDES E BRANCAS; A QUATRO JORNADAS DO FINAL DA FASE REGULAR, O SPORTING CP CONTINUA NA LIDERANÇA DA PROVA, COM MAIS UM PONTO DO QUE O SEGUNDO CLASSIFICADO.
Texto: Filipa Santos Lopes
Fotografia: João Pedro Morais
A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal perdeu no último domingo com o OC Barcelos (1-3), em jogo da 22.ª jornada da fase regular do Campeonato.
Para esta partida, o técnico verde e branco apostou num cinco inicial com Ângelo Girão, Henrique Magalhães, Alessandro Verona, Nolito Romero e Toni Pérez – e, ainda antes do apito inicial, os dois últimos foram ovacionados por todos os Sportinguistas presentes no Pavilhão João Rocha; o espanhol pelos 300 jogos disputados de Leão ao peito, o argentino por ter chegado às 250 partidas ao serviço do Clube.
Conforme esperado, os primeiros minutos foram de notório equilíbrio, com as equipas a encaixarem-se no rinque e a jogar maioritariamente longe das balizas. O primeiro sinal de perigo soou apenas aos 10’, mas tanto o remate quanto a recarga de João Souto foram facilmente travados por Constantino Acevedo.
Um minuto depois, também Roc Pujadas esteve muito próximo de inaugurar o marcador, mas o disparo do avançado Leonino embateu com estrondo no poste da baliza defendida pelos barcelenses.
Ambos os lances foram, contudo, uma miragem num deserto de ideias que só aos 18’ voltou a ser regado pelo stick do homenageado Gonzalo Romero, a conseguir fazer a bola passar pelo canto da agulha, entre o poste e o guardião.
06.04.2025
Campeonato Nacional Fase regular – 22.ª jornada Pavilhão João Rocha SPORTING CP OC BARCELOS 1 3
1-2 ao intervalo Gonzalo ‘Nolito’ Romero (18’) Pol Manrubia (21’), Miguel Rocha (23’), Vieirinha (43’)
Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], João Pina, Alessandro Verona, Roc Pujadas, João Souto, Toni Pérez, Facundo Bridge, Henrique Magalhães, Gonzalo ‘Nolito’ Romero e Lourenço Soares [GR]. Treinador: Edo Bosch. Disciplina: cartão azul para João Souto (23’).
O tento Leonino teve o condão de abanar um jogo até então morno. Reagindo quase de imediato, o OC Barcelos empatou aos 21’ por Pol Manrubia, na sequência de um ataque rápido pela esquerda.
Os visitantes consumariam mesmo a reviravolta dois minutos depois: após uma falta antidesportiva, João Souto viu um cartão azul e Ângelo Girão defendeu o livre directo a Miguel Rocha. Na recarga, contudo, o guardião verde e branco nada pôde fazer para evitar o golo adversário.
Após o intervalo, os Leões voltaram com fome de golo e determinados a empatar a partida, mas encontraram pela frente a muralha Constantino Acevedo, que conseguiu travar sempre a resposta do Sporting CP. Aos 34’, por seu turno, foi a vez de Ângelo Girão surgir em bom plano e evitar o 3-1 do OC Barcelos.
Os Leões foram tentando contrariar a óbvia desinspiração colectiva com um também ele visível esforço no rinque, mas nada parecia correr bem; aos 35’, após a décima falta do OC Barcelos, Nolito Romero não conseguiu transformar em golo o respectivo livre directo, e aos 43’ os visitan-
tes aumentaram mesmo a vantagem por Vieirinha.
A um minuto do fim da partida, Ângelo Girão voltou a encher a baliza e negou o bis a Miguel Rocha, que de livre directo não conseguiu enganar o guarda-redes do Sporting CP. Na sequência, também
Alessandro Verona não converteu uma bola parada, desta feita um penálti, e o resultado não mais sofreu alterações. Ilações tiradas e com este confronto já no passado, os Leões estão agora focados na visita à UD Oliveirense, agendada para o próximo sábado, 12 de Abril, às 18h00.
Edo Bosch, treinador da equipa de hóquei em patins do Sporting CP, considerou que os Leões “fizeram um bom jogo”, mas que pecaram na finalização. “Tivemos muitas ocasiões e não conseguimos concretizar. Começámos bem o jogo, passámos para a frente do marcador, mas antes do jogo dizia aos jogadores que o pormenor seria importante. Por algumas distracções nossas, até porque o OC Barcelos é uma grande equipa, permitimos que dessem a volta ao marcador”, analisou aos microfones da Sporting TV
“O 2-1 a favor deles complicou-nos a vida; precipitámo-nos no ataque e não fizemos boas escolhas na finalização. Não tenho, contudo, nada a apontar à atitude dos jogadores, que deram tudo, correram o mais que puderam e tentaram até ao fim. Hoje a bola não quis entrar”, acrescentou.
Edo Bosch considera que a equipa “precisa de aprender” com este desaire. “Faltam quatro jogos até ao final do campeonato e vamos jogar também uma final four da Taça onde temos de ser melhores do que hoje. Só quero agradecer ao público, que foi maravilhoso. Fico triste por não os termos brindado com uma vitória», disse ainda.
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MODALIDADES VOLEIBOL
A EQUIPA MASCULINA DE VOLEIBOL DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL VENCEU NO PASSADO SÁBADO O SEGUNDO JOGO DAS MEIAS-FINAIS DA LIGA FRENTE À AA ESPINHO (0-3). OS LEÕES RECEBERAM OS ESPINHENSES NUM TERCEIRO E POTENCIALMENTE DECISIVO ENCONTRO JOGADO ONTEM, QUARTA-FEIRA, JÁ DEPOIS DA HORA DE FECHO DO JORNAL SPORTING.
Texto: Filipa Santos Lopes Fotografia: João Pedro Morais
Em Espinho, a história do primeiro set foi semelhante àquela que se contou no último fim-de-semana, então no Pavilhão João Rocha.
Ao equilíbrio na fase inicial, o Sporting CP respondeu com Jan Galabov, que surgiu imparável desde a linha de serviço, desnivelando um parcial com uma diferença até então nunca superior a dois pontos (13-17).
Os espinhenses, a vender caro o jogo, ainda esboçaram uma reacção e superaram a marca máxima de 21 pontos registada em Lisboa (22-24), mas os Leões, muito con-
centrados, não cederam a liderança no parcial. Com justiça e um ‘soco’ de Martin Licek, o Sporting CP adiantou-se no marcador, fechando um 22-25 ao fim de 27 minutos.
O segundo set começou com um ponto para o Sporting CP, mas a AA Espinho, muito agressiva no serviço e na finalização, conseguiu virar o marcador (4-2). Nesta fase, os Leões demonstraram algumas dificuldades na recepção, cometendo também falhas no serviço (8-4).
Foi então que surgiu Edson Valência. Com os verdes e brancos em desvantagem, o oposto foi tentando ‘chamar’ os colegas para
jogo, com vários lances de ataque fortíssimos, à sua imagem. Aos poucos, o Sporting CP foi diluindo a desvantagem e, com pouca surpresa, saltou mesmo para a frente do marcador num novo ataque do venezuelano (8-9).
Num set muito emotivo e com várias interrupções para a actuação do video-check, enorme mérito para a reacção dos Leões, que foram consolidando a vantagem com bons blocos de Kelton Tavares na rede (12-17). Muito combativa, e com virtude também, a AA Espinho reequilibrou o parcial (21-23); contudo, a rotação cirúrgica de João Coelho surtiu efeitos e o Sporting CP fechou
VOLEIBOL EQUIPA PRINCIPAL FEMININA
EQUIPA DE RUI PEDRO SILVA NÃO CONSEGUIU IMPOR O SEU JOGO E ACABOU POR SER ‘MANIETADA’ PELO SC BRAGA. ELIMINATÓRIA VOLTA HOJE AO PAVILHÃO JOÃO ROCHA.
Texto: Xavier Costa
Tudo de volta à ‘estaca zero’. Depois da vitória em casa (3-2), a equipa feminina de voleibol do Sporting Clube de Portugal perdeu na visita ao SC Braga por 3-0, no domingo, no segundo jogo das meias-finais dos play-offs da Liga – decididas à melhor de
cinco. Desta forma, a eliminatória fica empatada (1-1) e garante, pelo menos, a existência de um quarto embate.
Em Braga, desde logo o início não foi o desejado (5-1 e 8-2). Assim que o bloco verde e branco começou a funcionar, o marcador até se reequilibrou (11-9), mas apenas por momentos (18-11) e as
o 0-2 com um 21-25 ao fim de 32 minutos, num ataque do inevitável Edson Valência. Algo desconcentrados no arranque do terceiro set (4-1), os Leões foram invadindo com superioridade o espaço adversário e cedo passaram para a frente do parcial (5-6). À boleia do serviço de Jonas Aguenier, o Sporting CP foi avolumando a vantagem (8-16), duplicando os pontos dos anfitriães. Apesar de alguns erros não forçados (16-19), que ainda permitiram à AA Espinho sonhar com um quarto set, foi com naturalidade que o Sporting CP fechou a partida (20-25) pela margem máxima.
05.04.2025
Liga – Play-offs – Meias-finais Jogo 2 | Pavilhão Arquitecto Jerónimo Reis, Espinho AA ESPINHO SPORTING CP
22 25, 21 25 e 20 25
Sporting CP: Tiago Pereira [C], Jan Galabov (8), Vinícius Lersch, Kelton Tavares (5), Edson Valência (20), Yurii Synytsia (2), Martin Licek (10), Gonçalo Sousa [L], Tiago Barth, Jonas Aguenier (10), Breno Silva, Armando Velásquez, Nicolas Perrén [L] e Alejandro Vigil. Treinador: João Coelho.
Já no terceiro set, o Sporting CP – sem margem de erro – sentiu muitas dificuldades na recepção e viu o conjunto bracarense virar e liderar o marcador na fase inicial (10-7).
E apesar do esforço das comandadas de Rui Pedro Silva em cada acção, a missão continuou a complicar-se (17-11) até ao fim. De novo, o SC Braga, mais regular, chegou por cima à recta final do parcial e não desperdiçou a vantagem construída, sentenciando a partida com o 25-19.
minhotas – menos erráticas – não cederam até ao fim do primeiro parcial, fechado em 25-19. Mais disputado foi o segundo set, que se fez inicialmente de lideranças alternadas (9-11 e 15-13) e marcador sempre apertado. No entanto, foi o SC Braga o primeiro a conseguir ‘descolar’ para lá dos três pontos de diferença (19-15), e logo num momento importante do parcial. As Leoas, obrigadas a reagir, voltaram a somar muitos erros tanto no serviço como no ataque e já não conseguiram evitar o 2-0 na partida, feito pelo 25-20.
14 vitórias consecutivas depois, as Leoas foram derrotadas, o que não acontecia desde meados de Janeiro.
Com a eliminatória das ‘meias’ empatada, há novo frente a frente marcado para hoje, quinta-feira (20h00), no Pavilhão João Rocha, para desequilibrar estas contas em busca de um lugar na final.
06.04.2025
Liga – Play-offs – Meia-final 2.º jogo | AMCO Arena, Braga SC BRAGA SPORTING CP
3 0
25 19, 25 20 e 25 19
Sporting CP: Maria Carlos Marques, Jéssica Miranda (8), Vanessa Paquete (6), Amanda Cavalcanti (8), Melany Detzel, Özge Kinasts (1), Sara Dias (3), Angie Hinestroza, Irene Verásio (4), Mimosa Faria, Daniela Loureiro [L], Saška Đurović (8). Treinador: Rui Pedro Silva. Disciplina: cartão amarelo para Daniela Loureiro.
tsf.pt
RODRIGO TAVARES
Professor catedrático convidado na NOVA SBE
TEM A PALAVRA, às segundas-feiras, antes das notícias das 18h
PAULA CORDEIRO
Especialista em comunicação
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ANTÓNIO GARCIA PEREIRA Advogado
TEM A PALAVRA, às sextas-feiras, antes das notícias das 18h
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SARA BARROS LEITÃO
Encenadora e atriz
TEM A PALAVRA, às terças-feiras, antes das notícias das 18h
PEDRO NETO
Especialista em direitos humanos e políticas públicas
TEM A PALAVRA, às quintas-feiras, antes das notícias das 18h
A Sporting TV apresenta, a partir desta quinta-feira, novidades na grelha de programação com duas estreias e o regresso de um formato já consagrado. Às 18h35 arranca a terceira temporada de Memória Fotográfica, em que o fotojornalista José Lorvão partilha fotografias icónicas de momentos
e protagonistas do Sporting CP, sempre com uma grande história à mistura. O primeiro episódio será dedicado à fotografia da “primeira máscara” de Viktor Gyökeres na Liga Portugal. Às 22h35 destaque para a estreia de O Mundo Sporting Sabe Que…, um programa conduzido por Sérgio Sousa que levará
A Margarida Pinheiro de Melo Santos Gomes é uma das mais recentes Sócias do Sporting Clube de Portugal, tendo ficado com o número 179.712.
Horácio de Sá Viana Rebelo, Associado 5.987, neto do presidente do Sporting CP – Horácio José de Sá Viana Rebelo – aquando da conquista da inigualável Taça das Taças em 1964, foi o responsável por tê-la tornado Sportinguista. À nova Leoa, assim como aos orgulhosos Sportinguistas da família, o Sporting CP e o Jornal Sporting desejam uma vida repleta de alegrias e muitas conquistas a verde e branco.
os telespectadores numa viagem pelas grandes histórias do Sporting CP. Curiosidades, momentos e figuras inesquecíveis, factos surpreendentes e imagens marcantes. Um olhar dinâmico sobre o legado Leonino numa série de cinco episódios. Logo a seguir, às 22h50, chega A Voz do Capitão, um novo
espaço dedicado ao papel dos capitães das modalidades do Sporting CP. As histórias de liderança, os desafios que enfrentam e o impacto que têm dentro e fora do terreno de jogo. O primeiro a entrar em cena no Pavilhão João Rocha é o capitão da equipa de basquetebol, Diogo Ventura, numa
conversa com a Cindy Santos. Além destas estreias, a Sporting TV avança também com novos episódios de Ginástica em Casa, dando assim aos telespectadores a oportunidade de treinarem à distância com professores de ginástica do Sporting CP, sempre às sextas-feiras, às 18h30.
O Sporting Clube de Portugal manifesta o seu pesar pela morte de António José Henriques dos Santos, Sócio número 379, que faleceu no passado mês de Março, aos 88 anos. Associado do Clube desde 1953, José Henriques dos Santos começou a jogar andebol no Sporting CP dois anos mais tarde, tendo participado na conquista de quatro Campeonatos Regionais e cinco Campeonatos de Lisboa e tendo feito parte da equipa Leonina que, em 1961, ganhou pela primeira vez o Campeonato Nacional de andebol de 11. Nessa época foi ainda Campeão Nacional na variante de sete.
Depois de se ter radicado em Angola, em 1965 esteve durante algumas semanas em Lisboa em trabalho e aproveitou para voltar a jogar de Leão ao peito, substituindo o seu irmão Aires, que estava lesionado, em alguns jogos do Campeonato Nacional.
Aos familiares e amigos, o Sporting CP e o Jornal Sporting endereçam endereça as mais sentidas condolências, não deixando de enaltecer e agradecer os anos de dedicação e devoção ao Clube.