Revista SOBED nº 03

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Ano XXIV - Número 03 - Out/Dez 2008

XXXV

Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva • VI Hepgastro • 2o Congresso Brasileiro de Endoscopia

24 a 28 de outubro de 2009

3o Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva 01 e 02 de maio de 2009 São Paulo, SP - FECOMERCIO


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á anos estamos “enfrentando” uma série de notas,normas, resoluções, recomendações, visitas, interdições ... Há anos fazemos reuniões, aulas, discussões, “fóruns”... Há anos, muitas vezes nos “engal­ finhamos”, na tentativa de resolvermos muitos dos problemas que enfren­ tamos com um tema: como devemos proceder a limpeza e a desinfecção dos nossos endoscópios. O endoscopista e seu endoscópio, a esse respeito, estão no centro de um verdadeiro “tiroteio” no qual, além deles, participam entidades, empresas, a sociedade, as várias mídias, associações, comissões hospitalares, enfermeiros, vírus, bactérias etc., cada um com suas justificativas, alguns tentando defender suas receitas, outros seus empregos, outros suas posições, outros seus cargos, contudo todos tem um valor maior, ou dizem ter, o paciente. A respeito do material endoscópico e e sua limpeza e desinfecção, esta­mos submetidos, há muitos anos, a regula­ mentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) onde são definidas normas, produtos, recomen­ dações, saneantes, conceitos do que é esterilização, do que é desinfecção, do que é limpeza,do que é reproces­samento, etc... Dentro ainda dessa regulamentação os endoscópios são caracterizados como produtos semi-críticos, sendo recomen­ dada assim sua desinfecção em alto nível. No Brasil, em detrimento ao que se informa na bula do fabricante, para realizar desinfecção de endoscópios, estes devem perma­necer imersos no

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saneante durante 30 minutos. Não se deve esquecer de que, em qualquer lugar do mundo, isto não é assim, sendo a bula do produto respeitada. Seriam os nossos vírus e bactérias mais “pode­ rosos”? Em que EVIDENCIA está baseada essa recomendação? Esta situação já se arrasta há muito tempo e é muito cômoda para alguém que certamente, você sobediano, sabe quem. Você também deve se perguntar: será que esta recomendação vem sendo obser­ vada? Certamente você tem a resposta. Estamos atualmente enfrentando uma epidemia de infecção por micobac­ térias de crescimento rápido, resistentes ao gluta­raldeído, infecções essas detec­ tadas em pacientes subme­tidos a proce­ dimentos vídeolaparos­cópicos. A ANVISA, de maneira incorreta ao nosso ver, ao avaliar a questão, juntou num mesmo pacote os produtos da cirurgia videolaparoscópica (críticos) com os nossos da endoscopia (que em seus docu­mentos se refere a esses procedi­mentos como videolaparoscó­picos e outras “scopias”), e orientou os Serviços de Saúde para que realizem a esterili­zação de artigos críticos com outros métodos disponíveis para esterilização, como medida cautelar, diante dos indicios de resistencia de micobacterías ao glutaral­deído a 2%. Com uma interpretação incorreta, vigilâncias sanitárias de estados e até municípios, por terem autoridade para tal, intempes­tivamente proibiram a utilização do gluta­raldeído também para produtos semicríticos que são os nossos endoscópios. Quando solicitamos escla­ recimentos de qual produto então utilizar, foi-nos orientada a utilização de

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Editorial

Dr. Carlos Alberto Cappellanes

subs­tância existente no mercado, contudo obedecendo aqueles trinta minutos. As empresas, fabricantes dos endoscópios, não garantem a integridade dos seus produtos após o processo de desinfecção assim realizado. Como ficamos então? É chegada a hora da ANVISA orientar, recomendar, normatizar, seja lá o que for. Deve existir um leque de saneantes cuja eficácia seja baseada em evidências e seja respeitada a bula desse produto como já é feito em todo o mundo. Só assim poderemos avançar com os fabri­cantes dos nossos equi­ pamentos, verifi­cando qual a sua vida útil, quantos ciclos de desinfecção eles suportam e tudo o que vem posterior­ mente, inclu­sive custos. A SOBED nacional trabalha na ANVISA nesse sentido. Diretoria Nacional da SOBED Gestão 2008-2010


Sumário

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AN O XXIV - 2008

Ano XXIV - Número 03 - Out/Dez 2008

Informática

XXXV

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Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva s 6) (EPGASTRO s o Congresso Brasileiro de Endoscopia

A DE OUTUBRO DE

3o SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA 01 e 02 de maio de 2008 São Paulo, SP - FECOMERCIO

SOBED - Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva Diretoria Executiva (2008-2010) Presidente: Carlos Alberto Cappellanes (SP) Vice-presidente: Carlos Alberto da Silva Barros (MG) Secretários:

Ricardo Anuar Dib (SP) Fabio Segal (RS)

Tesoureiros:

Pablo Rodrigo de Siqueira (SP) Ciro Garcia Montes (SP)

Diretor de Sede: Eli K. Foigel Secretaria:

Mônica Sgobbi Camila de Lima Celia Donnini

Sede: Rua Peixoto Gomide, 515 - cj. 44 CEP 01409-001 - São Paulo - SP Fone/Fax: (11) 3148-8200/3148- 8201 Site: www.sobed.org.br E-mail: contato@sobed.org.br Criação • Produção • Publicidade Lado a Lado Comunicação & Marketing Alameda Lorena, 800 - 14o andar - cj. 1408 e-mail: ladoalado@ladoalado.com.br

Produção Editorial Coordenação Marlene Oliveira Jornalista Responsável Luciana Palmeira (MTb. 46433/SP)

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Palavra do SO BED

Caros Sobedianos Este é o nosso primeiro con­tato desde a nossa posse em outubro passado e gostaria de apresentar nossas ações nesse período. Como já é de conhecimento de todos, fomos “atropelados” já na nossa posse em Brasília, com a ordem emitida pelas vigilâncias sanitárias de alguns estados e municípios brasileiros, proi­ bindo a utilização do glutaraldeído para desinfecção de endoscópios. A situação piorou muito após a palestra, ainda no congresso, a respeito das micobactérias de crescimento rápido, onde o colega Leandro Santi, da ANVISA, não nos deixou opção no que se refere a desin­ fecção, pois afirmou que o glutaraldeido estava proibido e que havia opções no mercado de um desinfetante que não é comercializado do Brasil e de outro que tem biossegurança aparentemente ade­quada. Contudo não se manifestou a respeito do tempo de imersão, de 30 minutos, que poderia comprometer nossos endoscópios. Já em Brasilia iniciamos gestões com elementos da ANVISA no sentido de fazê-los entender que os endoscópios são artigos semi críticos e que, incorretamente, foram arrolados com material de cirúrgica laparoscópica, que são artigos críticos. Efetivamente apenas dois estados tiveram proibição da utilização do glutaraldeído, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Os colegas desses estados, sempre liderados pelas regionais da SOBED, conseguiram, em gestões locais, que fosse dado um prazo de “adaptação”.

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No Rio foram 180 dias e em Santa Catarina 90 dias. Esta diretoria aproveita esta oportunidade para parabenizar os colegas das diretorias das regionais desses estados. Acreditamos que esse já seja fruto da autonomia das estaduais que o nosso novo estatuto proporcionou. São duas frentes de trabalho, a da regional e a da nacional. Certamente isso nos fortalece.Estivemos em Brasília na sede da ANVISA discutindo todas essas questões, quando então fomos convidados para participar de uma reunião no dia 10 passado. Nessa reunião, a SOBED, através de sua presidente da comissão de ética e defesa profissional posicionou-se fortemente e de maneira inconteste frente a esse assunto perante outras sociedades de especialidades envolvidas, demonstrando nosso profundo conhecimento a respeito dessa matéria. As Comissões começam a se movi­ mentar, principalmente a científica, já tendo organizado um programa preli­ minar do congresso de Salvador, que está apresentado nesta edição. Estamos realizando reuniões com todas as empresas visando o aporte de patrocínios para nossas atividades científicas, nossa revista, rede SOBED e SOBED em casa.Isso tem sido uma tarefa difícil, visto que as empresas já se preparam para um período economi­ camente “duro” no próximo ano. Fazemos gestões para realização do Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva que se realizará em São Paulo, provavelmente no mês de abril ou maio de 2009.Falta-nos apenas a definição do

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Presidente local(esta é a dificuldade atual) onde ocorrerá esse evento. Realiza-se em nossa sede nacional uma profunda reforma administrativa, principalmente a nível funcional. A Comissão do Título de Especialista já discute seus regimento e regulamento e também já trabalha para a prova que se realizará em Salvador.A programação do local e data das provas práticas dos aprovados em Brasília será apresentada oportunamente. Estamos preparando uma diretriz para exame do intestino delgado através da cápsula endoscópica, visto que esse procedimento já tem liberação para fazer parte da CBHPM. Fizemos contato com a Diretoria Executiva da SIED (Sociedade Interame­ ricana de Endoscopia Digestiva) no Congresso Panamericano realizado em novembro passado na cidade de Santiago do Chile. Acreditamos que a SOBED precisa estar mais próxima dessa entidade, principalmente para estreita­ mento dos nossos laços de amizade e científicos. Acreditamos que a SOBED deva ter maior participação nos con­ gressos panamericanos e nas delibe­ rações, da SIED. Vamos trabalhando, avançando, pro­ curando apagar os incêndios que surgem no dia a dia dos nossos associados, que nos procuram solicitando auxilio. É para isso que estamos aqui.

Carlos Alberto Cappellanes Presidente da SOBED Gestão 2008-2010


Secretaria

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Caso seja de seu interesse assinar ou renovar a assinatura da Revista Endoscopy para o ano de 2009, acesse o site www.sobed.org.br - Revistas - Revista Endoscopy e faça a solicitação. Será gerado um boleto para o pagamento e a revsita começará a ser enviada a partir de janeiro de 2009 para o endereço cadastrado em nosso site.

Associe-se à SOBED (veja os requisitos necessários:) Acesse o site www.sobed.org.br - quero ser associado, preencha a ficha de cadas­ tro e encaminhe a documentação para a sua estadual (endereço será informado ao final do preenchimento da ficha). Mais informações pelo site www.sobed.org.br ou pelo telefone: (11) 3148-8200 ASSOCIADO ASPIRANTE São associados aqueles que forem aceitos no quadro da SOBED, por satisfazerem todas e cada uma das seguintes condições:

a) ser médico filiado à Associação Médica de seu Estado, Território ou Distrito Federal e estar regularmente inscrito no Conselho Regional de Medicina (enviar fotocópia do comprovante); b) estar atuando ou exercendo ativi­ dade ligada à Endoscopia Digestiva (enviar declaração comprovando o exercício da função); c) obter aprovação, pela Comissão de Admissão e Sindicância, de seu pedido de admissão devidamente encaminhado pela Diretoria do Capítulo correspondente.

ASSOCIADO TITULAR São associados titulares aqueles que forem aceitos no quadro social da SOBED, por satisfazerem todas e cada uma das seguintes condições: a) possuir Título de Especialista em Endoscopia Digestiva da SOBED; b) ser médico filiado à Associação Médica do seu Estado, Território ou Distrito Federal e estar regu­ larmente inscrito no Conselho Regional de Medicina.

Diploma para Associados A SOBED está providenciando a elaboração de um diploma para os associados titulares. O documento será confeccionado em pergaminho, com molduras douradas, medindo aproximadamente 21 x 29 cm. Os interessados podem solicitar o diploma por meio do e-mail: contato@sobed.org.br, informando nome e endereço completo. O custo para aquisição é de R$ 180,00.

ao Dr.

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Secretaria

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Selo de Especialista da SOBED Para que serve o Selo de Especialista SOBED? Para valorizar o ato médico e sua especialidade. Terá direito de usá-lo o médico portador do Titulo de Especialista em Endoscopia Digestiva ou Endoscopia com área de atuação em Endoscopia Digestiva. Os selos apresentam uma numeração sequencial e será emitido somente para o médico Especialista, associado da SOBED e quite com a Sociedade. O pedido mínimo é de 200 selos e o máximo de 1000 selos. Veja na tabela ao lado o custo.

Recadastramento

Como adquirir os selos: Acesse o site www.sobed.org.br selos de especialista e faça a sua solici­ tação. Será gerado um boleto e após o pagamento do boleto, num prazo de 10 dias serão enviados os selos para o seu endereço cadastrado em nosso site. Qualquer dúvida, favor entrar em con­ tato com a Celia através do e-mail celia@ sobed.org.br 200 selos

R$ 0,20/unidade

de 201 a 500

R$ 0,17/unidade

de 501 a 1.000

R$ 0,15/unidade

Atualize seus dados cadastrais e informe seu e-mail para que possamos enviar os informativos SOBED. Esta é uma forma ágil, rápida e econômica de nos comunicarmos. Envie seus dados para o e-mail: contato@sobed.org.br.

3o Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva 1 e 2 de maio de 2009 São Paulo, SP FECOMERCIO

Realizaremos em São Paulo, nos dias 1 e 2 de Maio de 2009, o 3º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, onde esperamos cerca de 500 participantes e com cerca de 4 convidados estrangeiros e com mais de 20 convidados brasileiros.

Faça já sua inscrição com preços promocionais Categoria(*)

Até 31/01/2009

Até 28/02/2009

Até10/04/2009

Local

Associado SOBED

R$ 300,00

R$ 350,00

R$ 400,00

R$ 450,00

Não Associado SOBED

R$ 600,00

R$ 650,00

R$700,00

R$ 750,00

Inscrições através do Site:

www.sobed.org.br

LOCAL: Eventos Fecomércio Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 1o andar São Paulo - SP - 11 – 3254-1700

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Agência Oficial: Salt Lake 11 – 3758-5556 / 3758-4535 saltlakecem@uol.com.br


Diretorias e

Comissões

Diretoria Nacional Presidente Vice-presidente Secretários Tesoureiros

SO BED

Carlos Alberto Cappellanes (SP) Carlos Alberto da Silva Barros (PE) Ricardo Anuar Dib (MG) Fabio Segal (RJ) Pablo Rodrigo de Siqueira (SP) Ciro Garcia Montes (SC)

COMISSÕES ESTATUTÁRIAS COMISSÃO ELEITORAL, DE ESTATUTOS, REGIMENTOS E REGULAMENTOS Antonio Gentil Neto - Presidente Herbeth José Toledo Silva Lívia Maria Cunha Leite Nilza Maria Lopes Marques Luz Saverio Tadeu de Noce Armellini Sergio Luiz Bizinelli COMISSÃO DE ADMISSÃO E SINDICÃNCIA Ricardo de Sordi Sobreira - Presidente Antonio Henrique de Figueiredo Carlos Aristides Fleury Guedes Fabio Marioni Roberto Palmeira Tenório COMISSÃO CIENTÍFICA E EDITORIAL Marcelo Averbach - Presidente Adriana Vaz Safatle Ribeiro Carlos Eugenio Gantois Flavio Hayato Egima Huang Ling Fang Kleber Bianchetti de Farias Marcos Bastos da Silva Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas Walnei Fernandes Barbosa COMISSÃO DE ÉTICA E DEFESA PROFISSIONAL Vera Helena de Aguiar Freire de Mello - Presidente Arnaldo Motta Filho Francisco José Medina Pereira Caldas Oswaldo Luiz Pavan Junior Plinio Conte de Faria Junior Paulo Afonso Leandro COMISSÃO DE AVALIAÇÃO E CREDENCIAMENTO DE CENTROS DE ENSINO E TREINAMENTO Paulo Roberto Alves Pinho - Presidente Daniel Moribe Gildo Barreira Furtado Giovani Antonio Bemvenuti Walton Albuquerque

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COMISSÃO DE TÍTULO DE ESPECIALISTA E SUA ATUALIZAÇÃO Jairo Silva Alves - Presidente Dalton Marques Chaves Geraldo Ferreira Lima Junior Gilberto Reynaldo Mansur Luiz Felipe de Paula Soares Luiza Maria Filomena Romanello Marco Aurélio D’Assunção Marcos Clarencio Batista Silva Vitor Nunes Arantes

REPRESENTANTES NAS REVISTAS - GED ARQUIVOS BRASILEIROS DE GASTROENTEROLOGIA REPRESENTANTES EM INSTITUIÇÕES:

COMISSÕES NÃO ESTATUTÁRIAS

AGENCIA NACIONAL DE VIGILANCIA SANITÁRIA Vera Helena de Aguiar Freire de Mello

COMISSÃO DE ACREDITAÇÃO DE SERVIÇOS DE ENDOSCOPIA Eduardo Carlos Grecco - Presidente José Renato Guterres Hauck Paulo Cury Renato Luz Carvalho SITE Flavio Braguim - Presidente Horus Antony Brasil Jarbas Faraco M. Loureiro José Luiz Paccos Ricardo Leite Ganc DIRETRIZES E PROTOCOLOS Edivaldo Fraga Moreira _ Presidente Lix Alfredo Reis de Oliveira Mara Lucia Lauria Souza Carlos Eduardo Oliveira dos Santos Luis Cláudio Miranda da Rocha TRABALHOS MULTICENTRICOS Paulo Alberto Falco Pires Correa Walnei Fernandes Barbosa

COMISSÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO Renato Baracat Daniel Moribe CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA E COMISSÃO NACIONAL DE RESIDENCIA MEDICA Flavio Hayato Egima

ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA Maria das Graças Pimenta Sanna NÚCLEOS NÚCLEO DE ENDOSCOPIA PEDIÁTRICA Cristina Helena Targa Ferreira Eloá Marussi Morsoletto Machado Manoel Ernesto Peçanha Gonçalves Maria das Graças Dias da Silva NÚCLEO DE ULTRASONOGRAFIA ENDOSCÓPICA José Celso Ardengh Lucio Giovanni Battista Rossini Marco Aurélio D’Assunção Simone Guaraldi da Silva NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO DO NOTES Ângelo Paulo Ferrari Jr. Kiyoshi Hashiba Pablo Rodrigo de Siqueira Paulo Sakai NÚCLEO DE ESTUDOS DE EQUIPAMENTOS E ACESS. ENDOSCÓPICOS E SEU PROCESSAMENTO Alexandre Silluzio Ferreira Francisco José Medina Pereira Caldas Ligia Rocha de Luca Vera Helena de Aguiar Freire de Mello Tadayoshi Akiba

SOBED - REVISTA Paula B. Poletti Horus Antony Brasil Thiago Festa Secchi SEDE NACIONAL Eli Kahan Foigel REDE SOBED / SOBED EM CASA Horus Antony Brasil Thiago Festa Secchi

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NÚCLEO DE IMPLANTAÇÃO DAS UNIDADES REGIONAIS Antonio Carlos Coelho Conrado João Carlos Andreoli


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AMB

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CBHPM: referencial para a medicina brasileira

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m 2008, a Associação Médica Brasileira (AMB) lança a 5ª edi­ ção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Esta atualização é o resultado de mais de um ano de traba­ lho da entidade no sentido de compor o rol de procedimentos médicos que integrará a Terminologia Unificada em Saúde Suplementar (TUSS), a partir de 2009, será o novo referencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A CBHPM é uma referência básica dos procedimentos médicos e a ori­ gem de um eixo de ações da AMB na área técnico-científica. Sua aplicação é essencial para que haja transparência no sistema de saúde. A 1ª edição foi publicada em 2003 e, anualmente, é revista. O principal escopo do documento é listar os proce­ dimentos apropriados para uso clínico e, dessa forma, definir a integralidade da saúde. Existe uma Câmara Técnica que se debruça permanentemente sobre o assunto, analisando sugestões e revi­ sando a lista existente. A ciência oferece aos médicos novas possibilidades de diagnóstico e trata­ mento que devem ser, quando demons­ trados eficazes, incorporados à prática clínica, substituindo procedimentos que se tornaram obsoletos. Nessa complexa dinâmica está o grande valor da CBHPM.

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Ao lado da avaliação da efetividade dos procedimentos que compõem a CBHPM, existe um processo de hierarquização. Nesse processo são utilizados critérios como: tempo de execução, grau de res­ ponsabilidade e complexidade, refletindo o esforço necessário para sua realização. Para elaborar uma edição da CBHPM, é preciso reunir as 53 Sociedades de Especialidade reconhecidas no Brasil e solicitar que analisem quais são os pro­ cedimentos em suas áreas respectivas. Todos os procedimentos são colocados em rol único, em que a consulta é o fator de normatização e eventuais desvios são objeto de revisão individualizada. Quando surge uma proposta para incluir ou retirar algum procedimento médico, esta é encaminhada à equipe de medicina baseada em evidências, que analisa as justificativas. O projeto também é enviado à Câmara Técnica da CBHPM, composta por representantes da AMB, CFM, Fenam, Unidas, Unimed e Fenasaúde. A AMB propôs que a CBHPM fosse adotada como referencial para a remu­ neração médica dentro de um conjunto de regras fixado por lei. O deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) apresentou o projeto de lei 3466/2004, aprovado na Câmara dos Deputados e, desde junho de 2007, tramita no Senado Federal como PLC no. 39/2007.


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no Congresso

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VIII Semana Brasileira Do Aparelho Digestivo e XXXIV Congresso Brasileiro De Endoscopia Digestiva

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odas as sociedades envolvidas com a organização da VIII SBAD – SOBED, FBG, CBCD, Hepatologia e Motilidade Digestiva - se empenharam bastante para que tivessemos um con­ gresso de altíssimo nivel em Brasilia de 06 a 09 de outubro de 2008. A programação da SOBED já se iniciou no dia 04 de outubro com a realização do II Workshop OMED-SOBED e com o curso Teste os seus Conhecimentos. Ambos os eventos foram interativos e com ampla participação da platéia. No dia 05 de outubro (domingo) tivemos o II Curso ao Vivo da SOBED, que envolveu cerca de 500 endoscopistas, entre inscritos e professores e mais cerca de uma centena de pessoas que participaram ativamente na organização e desenvolvimento das atividades. Os casos foram brilhantemente selecio­nados e a programação de altíssimo nível. Assim como em Maceió, um tremendo sucesso.!!! Do dia 06 ao dia 08 de outubro se realizaram as atividades da SBAD, em conjunto com todas as sociedades envolvidas. Contamos com mais de 400 convidados nacionais e com 15.convidados estrangeiros. Só a SOBED viabilizou a participação de cerca de 200 convidados nacionais e de 15.estrangeiros. As mesas

Entrada do Centro de Convenções

Abertura do Congresso

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redondas, conferências, discussões interativas de casos clínicos, etc, foram sensacionais e muito proveitosas. No dia 06 de outubro tivemos a reunião de nosso Conselho Deliberativo com ampla participação de nossos ex-presidentes e de quase todas nossas estaduais e onde fizemos um balanço das atividades da SOBED em nossa gestão e discutimos várias propostas e o andamento de nossa luta para a recuperação de nosso Titulo de Especialista em Endoscopia Digestiva. Neste mesmo dia realizamos a nossa Assembléia Geral, com a participação de 250 membros titulares da SOBED quando foram finalizadas as eleições para a diretoria da SOBED, gestão 2010-2012, que será capitaneada por nosso colega Sergio Bizineli, de Curitiba. Pela terceira vez consecutiva a diretoria se elegeu com um programa de trabalho e com propostas políticas explícitas. As eleições representam sempre o ponto culminante de um processo democrático. Apesar de termos chapa única, a participação dos SOBEDIANOS foi altamente expressiva, com 252 votantes que fizeram questão de expressar o seu voto e assim documentar seu empenho participativo. Temos certeza de que esta futura diretoria da SOBED, assim como a que agora está assumindo, continuarão realizando um trabalho profundo de democratização de nossa Sociedade e a luta em defesa dos interesses dos médicos endoscopistas que é indissociável da luta por uma medicina de alta qualidade para toda a nossa população. Dia 07 tivemos a reunião da Comissão de Diretrizes da SOBED, que está finalizando várias diretrizes brasileiras de nossa especialidade, em um trabalho

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no Congresso

/solenidade de abertura do Congresso

Coquetel de abertura do Congresso

muito bem organizado e dentro de uma programação que envolve dezenas de colegas SOBEDIANOS. No dia 08 de outubro tivemos o III Forum Brasileiro de Estudos Estraté­gicos em Endoscopia Digestiva, indis­pensável para o avanço de nossa especialidade. E, especificamente neste congresso,

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extremamente importante, em virtude de problemas que ocorreram recentemente com as discussões sobre os desinfetantes utilizados em Endoscopia Digestiva. Nossa Comissão de Ética e Defesa Profissional teve um papel extremamente significativo na discussão desta questão com membros da ANVISA.


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no Congresso

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Reunião do Conselho Deliberativo

Assembléia Geral SOBED

Sérgio Bizinelli, Presidente eleito para a gestão 2010-2012

Posse no novo presidente da SOBED

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No dia 09 de outubro, o congresso propriamente dito já tinha terminado e tivemos ainda vários cursos da SOBED: Capsula Endoscópica e Ente­roscopia, Emergências Clínicas em Endoscopia Digestiva, Endoscopia Digestiva Pediátrica, Medicina Basea­da em Evidências, o III Curso de Patologia Aplicada a Endoscopia Digestiva e o Curso Hands-On, com treinamento prático em procedimentos endoscópicos terapêuticos. Todos com grande e estimulante participação dos endoscopistas brasileiros. Também realizamos, no dia 09 de outubro, com grande aceitação, o I Sim­ pósio Internacional de Ecoendoscopia da SOBED. A prova para Título de Especialista da SOBED - no dia 09 de outubro – foi, mais uma vez, extremamente concorrida e contamos com a participação de 180 candidatos, encerrando a nossa gestão com quase 800 provas realizadas em 2 anos, o que denota o crescimento e interesse dos médicos em realizar a Endoscopia Digestiva como especia­ lidade. Isto é irrefutável!!! Além de tudo isto tivemos ampla participação dos endoscopistas na apresentação de trabalhos científicos, com mais de 200 trabalhos aprovados. Tivemos durante o transcorrer do congresso inúmeras atividades sociais, como o coquetel de abertura, jantar dos professores e das sociedades, com as posses das diretorias eleitas, e a maravilhosa festa de encerramento do congresso. Para finalizar este breve resumo do que ocorreu na VIII SBAD e no XXXIV Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva gostaríamos de agradecer a todas as empresas que participaram


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conosco deste grande evento em que contamos com a participação de cerca de 4000 inscritos e com a participação de centenas de pessoas que propiciaram as condições para que tudo isto ocorresse. Gostariamos de reafirmar que os congressos constituem um momento culminante de atualização científica, de organização societária, de refle­ xões e, sobretudo, de uma intensa confraternização. Deixamos aqui um agradecimento especial a todos os participantes do congresso, a todos que se envolveram com a organização propriamente dita e, mais uma vez, a todos os SOBEDIANOS que, com suas participações ativas em todos os nossos eventos criam a oportunidade, o ambiente e a energia estimulante para o crescimento exponencial de nossa SOBED.

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no Congresso

Carlos Alberto Silva Barros (vice-presidente) e Carlos Cappellanes (presidente), gestão 2008-2010

Diretorias Nacionais da SOBED Gestões 2006-2008 e 2008-2010

Artur A. Parada, Glaciomar Machado (homenageado da SOBED), Columbano Junqueira Neto Artur A. Parada, Glaciomar Machado (homenageado da SOBED), Columbiano Junqueira Neto

Placa de Homenagem oferecida ao Dr. Artur A. Parada Alexandre Gomes Ferreira Neto, Artur A. Parada e Carlos A. Cappellanes

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no Congresso

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Homenagem ao Dr. Artur A. Parada de sua diretoria

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Jantar dos Professores

Placa de Homenagem oferecida ao Dr. Artur A. Parada

Stand SOBED Prova TĂ­tulo Especialista

Equipe Curso ao Vivo

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SOBED em SO BED

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Casa

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Palestras na Internet

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urante a VIII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo, realizada entre os dias 04 a 09 de outubro de 2008, em Brasilia, a SOBED gravou uma série de palestras que serão dispo­ nibilizadas através do programa SOBED em Casa. O usuário faz a assinatura do pacote, conta pontos para Revalidação do Título de Especialista, e assiste as aulas via internet, por até 6 meses Inscrição

Valor

Associados da SOBED

R$ 160,00

Não associados da SOBED R$ 460,00 Se você não é associado da SOBED apro­ veite esta oportunidade para filiar-se e fazer a adesão ao Sobed em Casa com preço de associado. Estes são alguns temas que estarão dis­ poníveis a partir de 2009 - Lesões sub-epiteliais do sistema digestório - Conferência: endoscopia do intestino delgado: vídeo-cápsula e enteroscopia com balões: uma visão geral - Conferência: utilidade clínica do NBI e auto-fluorescência no esôfago de Barrett - Notes: onde estamos e para onde vamos? - Conferência: tratamento endoscópico da obesidade

- Conferência: estado atual da terapêu­ tica ecoguiada - Doenças bílio-pancreáticas benignas papel da endoscopia - Exames de imagem nas doenças colorretais - Conferência: métodos de sutura da parede gástrica - Novas técnicas de imagem em endoscopia - Temas gerais em colangiopancreato­ grafia Endoscópica retrógrada

- Conferência: manejo das hemorragias gastrointestinais altas - Curso de endoscopia digestiva pediátrica

SOBED DIGITAL Após 6 meses da primeira exibição pelo programa Sobed em Casa, as aulas são retiradas da internet, gravadas em DVD e disponibilizadas para compra através de nosso site. Tenha você também em sua casa o nosso acervo digital !!!

Maiores informações e as programações completas podem ser obtidas em nosso site no link de cada programa www.sobed.org.br

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Acesse o nosso site: www.endoscopia2009.com.br

O prazo para envio de temas livres é 24 de julho de 2009. Veja o regulamento no site.

Convidados Estrangeiros Erwin Santo (Israel) Hans Gerd (USA) Hironori Yamamoto (Japão) Irving Waxman (USA) Marc Giovanini (França) Shinji Tanaka (Japão) Thierry Ponchon (França)

TEMÁRIO

Tema Central: Neoplasias Precoces do Sistema Digestório MESAS REDONDAS 1. Novas Tecnologias de Imagem 2. Endometriose - envolvimento intestinal 3. Aspectos endoscópicos / histológicos da Transição esôfago-gástrica 4. DRGE x Esôfago de Barrett 5. Doença Inflamatória Intestinal - Diagnóstico segmento e tratamento 6. Pólipos colorretais 7. Colonoscopia terapêutica (menos polipectomia) 8. "Screening" do Carcinoma colorretal 9. Colangiopancreatografia terapêutica em lesões benignas 10. Colangiopancreatografia terapêutica em lesões malignas 11. Colangiopancreatografia de urgência 12. Biologia molecular na Prática clínica 13. Obesidade mórbida 14. Cápsula endoscópica x enteroscopia 15. Ultrasonografia endoscópica 16. Endoscopia Pediátrica 17. Hemorragia digestiva alta varicosa 18. Hemorragia digestiva alta não varicosa 19. Hemorragia digestiva média 20. Hemorragia digestiva baixa 21. Neoplasia precoce do esôfago 22. Neoplasia precoce do estômago 23. Neoplasia precoce do cólon 24. Impacto das novas tecnologias no Carcinoma colorretal precoce 25. Desinfecção em Endoscopia 26. NOTES 27. Lesões subepitelais do trato digestório 28. Enteroscopia e cápsulas CONFERÊNCIAS 1. Impacto das novas tecnologias no diagnóstico precoce do Carcinoma do esôfago 2. Impacto das novas tecnologias no diagnóstico precoce do Carcinoma do estômago 3. Impacto das novas tecnologias no diagnóstico precoce do Carcinoma do cólon 4. Biologia molecular na prática clínica 5. Limites das ressecções endoscópicas ( mucosectomias x dissecção da submucosa ) 6. Aplicação prática do estudo das "pitts " através dos vasos submucosos do cólon 7. Esofagite eosinofílica 8. Cápsula endoscópica x enteroscopias 9. Tratamento endoscópico da Pancreatite crônica OFICINAS DE APRENDIZAGEM 1. Gastrostomia endoscópica 2. Dilatação do trato gastrointestinal 3. Polipectomias do Trato gastrointestinal inferior 4. Balão intragástrico - colocação e retirada 5. Próteses do Trato gastrointestinal 6. Hemorragia digestiva alta varicosa 7. Hemorragia digestiva alta não varicosa 8. Mucosectomias 9. Hemostasia em cólon 10. Técnicas em colonoscopia 11. Enteroscopia endoscpoica 12. Cromoscopia 13. Cápsula endoscópica 14. Papilotomia e colocação de prótese


PROGRAMAÇÃO DOS CURSOS PRÉ-CONGRESSOS

24/10/2009 - Sábado Manhã e Tarde: CURSO INTERATIVO DA SOBED e HANDS ON Manhã: TESTE SEUS CONHECIMENTOS CATEGORIAS

25/10/2009 - Domingo Manhã e Tarde: CURSO DA SOBED AO VIVO

Valores de Inscrição 450,00 750,00 250,00 250,00 300,00

De 01/04/09 até 31/07/09 600,00 900,00 300,00 300,00 350,00

De 01/08/09 até 30/09/09 700,00 1.000,00 350,00 350,00 400,00

NO LOCAL DO EVENTO 800,00 1.100,00 400,00 400,00 450,00

100,00 200,00 800,00 1.100,00 200,00 300,00

150,00 300,00 900,00 1.200,00 220,00 320,00

200,00 400,00 1.000,00 1.300,00 240,00 340,00

250,00 500,00 1.100,00 1.400,00 260,00 360,00

Até 31/03/09

Sócios* da SOBED* e FBG* Não-sócios Estudantes de Graduação* Residentes* Curso Interativo em Endoscopia Digestiva (GRATIS para os Sócios QUITES da SOBED) Curso Teste seus Conhecimentos (para Sócios quites da SOBED) Curso Teste seus Conhecimentos (Não Sócios) Curso HANDS-ON (para Sócios quites da SOBED) Curso HANDS-ON (Não Sócios) Curso ao Vivo (para Sócios quites da SOBED) Curso ao Vivo (Não Sócios)

Maiores informações, acesse o nosso site: www.endoscopia2009.com.br

Maiores informações, contate a Secretaria Executiva: Edf. Eventus Empresarial - Rua Lucaia, 209 - Rio Vermelho - 41940-660 - Salvador - Bahia - Brasil. Tel.: (55) (71) 2104-3477 - Fax: (55) (71) 2104-3434 E-mail: eventus@eventussystem.com.br


Rede

SOBED

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Rede SOBED

É

um programa exibido gratuita­ mente para os associados da SOBED quites com suas anuida­ des, no período de março à dezembro, na primeira quinta-feira de cada mês, no horário das 19 às 21:00 horas. O associado quite entra em nosso site e faz seu cadastro, em seguida rece­ be uma senha para poder acessar o pro­ grama na primeira quinta-feira de cada

mês ou a qualquer momento pelo perío­ do de 6 meses após a primeira exibição. O programa consta de aulas, mesas redondas e conferências sobre os mais diversos temas da Endoscopia Digestiva, onde o grande objetivo é a atualização e reciclagem de profissionais. O programa é credenciado pela CNA e conta pontos para revalidação do Título de Especialista ou Certificado de Atuação.

Maiores informações e as programações completas podem ser obtidas em nosso site no link de cada programa www.sobed.org.br

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Comissões

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Informes

Contribuindo para o Consentimento Livre e Esclarecido, pelo prisma ético e jurídico

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Termo de Consentimento Esclare­ cido refere-se ao documento assinado pelo paciente, ou res­ ponsável, autori­zando o médico e sua respectiva equipe, uma vez e expres­ samente indicada, a realização de deter­ minado procedimento diagnóstico ou terapêutico, após haver recebido informa­ ções indispensáveis para sua realização. Tem como finalidade garantir a autonomia da vontade do paciente, com os pertinentes esclarecimentos, e delimitar a responsabilidade do médico que realiza os procedimentos, sem que isto se constitua em verdadeiro “salvo conduto”, eximindo-o de qualquer responsabilidade futura. Em outras palavras, reveste-se em meio de prova que comprova a satisfação de um dever profissional, qual seja, o dever de informar, à luz do que preceitua o disposto no artigo 15 da Lei Civil, dentre outros ditames legais. Deve, ainda, o termo de consenti­ mento esclarecido contemplar o que preconiza o Código de Ética Médica no seu artigo 46, que dispõe ser vedado ao médico efetuar qualquer procedimento médico sem o esclarecimento e o consentimento prévio do paciente ou

seu responsável legal, salvo em iminência de perigo de vida. Em sentido análogo, tem-se o que estabelece o comando inserto no artigo 56 do Código de Ética Médica. Além disso, vale mencionar que é exi­ gido não só o consentimento puro e sim­ ples, mas o consentimen­to esclarecido. Entende-se como tal, o consenti­ mento obtido de um indivíduo capaz civilmente e apto para entender e consi­ derar uma conduta medica, isenta de coação, influência ou indução – uma verda­ deira e livre manifestação de vontade. Não pode ser obtido através de uma simples assinatura ou de uma leitura apressada em textos minúsculos de formulários a caminho das salas de procedimento, por exemplo. Mas, por meio de linguagem aces­sível ao seu nível de convencimento e compreensão (princípio da informação adequada, segundo Genival Veloso França). Deve-se levar em conta, por isso, o “homem médio” (de inteligência mediana), para àquele que a informação é capaz de ser entendida e que possa satisfazer às expectativas de outros pacientes nas mesmas condições sócioeconômicas e culturais.

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Não há necessidade que essas infor­ mações sejam tecnicamente detalhadas e minuciosas. Apenas que sejam corretas, compre­ ensíveis e legitimamente aproximadas da realidade que se quer informar. Se o paciente não pode falar por si ou é incapaz de entender o ato que se vai executar, estará o médico obrigado a conseguir o consentimento de seus respon­sáveis legais (consentimento substituto). Para tanto, deve-se conhecer seu representante legal, pois nem toda espécie de parentesco qualifica um indivíduo como tal. A título de ilustração, o esclareci­ mento não pode ter um caráter estritamente técnico em torno de detalhes de uma enfermidade ou de um procedimento. A linguagem própria dos técnicos deve ser traduzida para o leigo, sob pena de se ter interpretações duvidosas e imprecisas. É correto informar ao doente, não só os resultados normalmente esperados, como também os riscos que determinada intervenção pode trazer, sem, contudo, descer a minúcias, a detalhes mais


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excepcionais, a fim de não gerar desnecessários prejuízos à relação médico-paciente. Resumidamente, os modelos pro­ postos deveriam conter: - Identificação do paciente ou de seu responsável; - Nome do procedimento; - Descrição Técnica (em termos lei­ gos e claros); - Possíveis complicações e riscos; - Complicações “pré, per e pósprocedimento”; - Descrição do procedimento anes­ tésico, se necessário; - Explicação quanto à possibilidade de modificação de conduta durante o procedimento; - Declaração de que as explicações foram efetivamente entendidas; - Confirmação de autorização, com local e data da realização do procedimento; - Possibilidade de revogação do procedimento; - Assinatura de testemunhas, caso necessária. Contudo, é necessário frisar que o Termo de Consentimento Esclarecido deve ser praticado sempre segundo as normas emanadas do Código de Ética Médica, sem que se converta num compromisso de resultados. Registre-se ainda que o primeiro consentimento esclarecido (consenti­ mento primário) não exclui a necessidade de consentimentos secundários. Sempre que houver mudanças signi­ ficativas e previsíveis nas condutas tera­ pêuticas, deve-se obter o consentimento continuado (principio da temporalidade), porque ele foi dado em relação a

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determinadas circunstâncias de tempo e de condições. Por tais razões, certos termos de responsabilidade exigidos no momento da internação por alguns hospitais, onde o paciente ou seus familiares atestam anuência aos riscos dos procedimentos que venham a ser realizados durante sua permanência hospitalar, não tem nenhum valor ético ou legal, para muitos. E se tal documento foi exigido como condição imposta para a internação, por exemplo, numa hora tão grave e desesperada, até que se prove o contrário, poder-se-á considerar coação. Admite-se também que, em qualquer momento da relação profissional, o paciente tenha o direito de não mais consentir uma determinada prática ou conduta, mesmo já consentida por escrito, revogando assim a permissão outorgada (princípio da revogabilidade). O consentimento não é um ato irretratável e permanente! Por outro lado, há situações em que, mesmo existindo a permissão consciente, tácita ou expressa, não se justifica o ato permitido, pois a norma ética ou jurídica pode impor-se a essa vontade e a autori­ zação não outorgaria esse consenti­ mento, nos casos, a titulo de ilustração, em que se esteja diante de praticas não comprovadas cientificamente. Nesses casos, quem legitima o ato é a sua indiscutível necessidade e não a discutida permissão (princípio da nãomaleficência). O mesmo se diga quando o paciente nega autorização diante de imperiosa e inadiável necessidade do ato médico salvador, frente a um iminente perigo de vida.

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Diz o bom senso que, em situações dessa ordem, quando o tratamento é indispensável e o paciente se recusa a submetê-lo, estando seu próprio inte­ resse em risco, deve o médico realizar, por meios moderados, aquilo que aconselha sua consciência e o que é melhor para o paciente (princípio da beneficência). Quanto à legalidade do consen­ timento, deverá ser considerado válido quando acompanhado de informações sobre a evolução do caso e os riscos normalmente previsíveis, em função da experiência habitual e dos dados expostos pela melhor literatura médica. Existe a possibilidade de o médico pensar que, uma vez assinado o Termo, estaria isento de qualquer responsa­ bilidade, muito embora este se constitua numa peça importante em sua defesa. A este respeito, cumpre destacar que a existência do documento não o isenta de responder a uma ação judicial, mas certamente lhe servirá para compor o acervo probatório, que poderá ser manejado com sua respectiva defesa. Não resta dúvida que o exercício da Medicina, nos dias de hoje, oferece maior risco de contestações e questionamentos. É compreensível, nesse contexto, a preocupação do médico em defender-se, contudo, a melhor defesa é o exercício profissional realizado com conhecimento acurado e técnico; conduta respeitosa com aqueles que precisam de trata­ mento; o que resultará numa boa relação médico-paciente peça fundamental na prática médica. Contribuindo para o debate sobre este relevante tema, com a palavra os sobedianos!


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Informes

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Comitiva Brasileira na

III Conferência Mundial de Enteroscopia por Duplo Balão

R Gustavo F. Moraes, Afonso Paredes, Álvaro Freire, Ricardo Sobreira, Eloá Morsoletto, Carlos Cappelanes, Adriana Vaz Sofathe, Livia Leite

Afonso Paredes, Carlos Cappellanes, , Álvaro Freire, Gustavo F. Moraes

Rogério Kuga, Fábio Hondo

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ealizada em 22 a 24 de Agosto de 2008 em Chicago (EUA), contou com a participação de 12 Endoscopistas Brasileiros, assim como mais de 200 participantes de todo o mundo. Desde a primeira conferência realizada em Tókio (Japão) em 2006 e depois em Wiesbaden (Alemanha) em 2007, grandes progressos foram feitos e vários artigos científicos publicados com relação ao diagnóstico e tratamento das patologias do intes­ tino delgado baseado neste novo método endoscópico. Foram três dias intensos de palestras e discussões sobre o método que trouxe uma nova abordagem para a investigação do intestino delgado chamado de “Continente Obscuro”. Os objetivos principais da conferên­ cia foram as apresentações dos últimos avanços diagnósticos e terapêuticos da técnica de duplo balão, através de aulas e exames ao vivo, bem como a aplicação deste novo método em pacientes com diferentes indicações e contextos, demonstrando e confirmando o potencial desta nova tecnologia. De todas as regiões do Brasil, vários especialistas dos mais renomados hospi­ tais prestigiaram a conferência, como nosso presidente Dr. Carlos A. Cappellanes: “O método de enteroscopia de duplo balão é um procedimento seguro e de longo alcance no intestino delgado onde é possível o diagnóstico, e, se necessário, imediata ação terapêutica” comenta.


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Já para Dra. Adriana Vaz SafatleRibeiro, que foi moderadora da sessão de enteroscopia em pacientes com cirurgia prévia do trato gastrointestinal, “a conferência serviu para divulgar resultados alentadores para as diversas abordagens tanto diagnóstica quanto terapêutica; evitando-se assim, em muitos casos, a enteroscopia intraoperatória ou até mesmo o tratamento

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cirúrgico e beneficiando os pacientes com uma técnica minimamente invasiva”. Conforme o Dr. Rogério Kuga que tem se especializado na enteroscopia terapêutica a utilização vai além do intestino delgado “Logicamente, a maior indicação da enteroscopia pela técnica de duplo balão é o diagnóstico e terapêutica sobre as patologias do intestino delgado, no entanto, órgãos

cirurgicamente derivados, antes inaces­ síveis à endoscopia convencional, são passíveis de investigação e trata­mento por este método inovador.” As atividades científicas para o desenvolvimento da técnica continuam constantes, e em Novembro de 2008 foi realizada a II Conferência Latino Americana de Duplo Balão em Santiago no Chile, com a participação de cerca de trezentos inscritos e onde a Dra Adriana Vaz Safatle-Ribeiro ministrou a aula de enteroscopia de duplo balão em pacientes com Hemorragia Digestiva Obscura.

Atualmente existem renomados serviços de enteroscopia de duplo balão no Brasil: • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

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Hosp. das Clinicas da FMUSP UFMG – Belo Horizonte Hospital Universitário Juiz de Fora Santa Casa de São Paulo Hosp. Sírio Libanês – São Paulo Hosp. Albert Einstein – São Paulo Hosp. Oswaldo Cruz – São Paulo Hosp. Santa Cruz – São Paulo Hosp. São Luiz – São Paulo Hosp. Samaritano – São Paulo Benef. Portuguesa de São Paulo Hosp. Nove de Julho – São Paulo Diag. das Américas SA. –São Paulo Hosp. N. S. das Graças – Curitiba Hosp. São Vicente – Curitiba Hosp. Mãe de Deus – Porto Alegre Santa Casa de Porto Alegre CDB - São Paulo Hospital da Restauração - Recife Hospital São Mateus – Fortaleza Milenium Medical – Manaus Hospital São Rafael – Salvador Clin. Concon – Campinas Hosp. Naval – Rio de Janeiro Hosp. São Vicente de Paulo – Rio de Janeiro Biogastro - Belo Horizonte


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Informática

Tudo o que voce queria saber sobre megapixels

(mas tinha medo de perguntar)

V

ocê deve estar se perguntando que raio de assunto é este numa revista de Endoscopia?! Bom, eu explico: Além de Endos­ copista, também sou fã das maravilhas tecnológicas da informática, e há muito tempo venho passeando pelos caminhos nem sempre fáceis dos blogs, livros e feiras de informática da vida. Acabei entendendo muita coisa e aplicando na profissão e na vida prática. Como todos nós temos pouquíssimo tempo para ler alguma coisa, resolvi pinçar e fazer um apanhado, em lin­ guagem mais fácil, das coisas interes­ santes e que povoam alguns dos melhores sites da internet. Alguma coisa certamente deverá interessá-lo caro leitor!

Nem sempre ter mais é melhor... Logo quando as câmeras digitais começaram a aparecer no mercado o único parâmetro usado para comparálas era a quantidade de megapixels. Uma câmera de 3 Megapixels era melhor do que uma de 2 Megapixels que por sua vez era melhor do que uma de 1 Megapixel. Se você quisesse comprar uma boa câmera digital tudo o que tinha que fazer era entrar em uma loja e pedir a câmera com a maior quantidade de megapixels disponível. Este forma de determinar a qualidade de uma câmera

digital ficou impregnada na mente dos consumidores e tem sido alimentada pelos fabricantes até hoje. A quantidade de megapixels era importante quando as câmeras tinham apenas 1, 2 ou 3 Megapixels. Havia uma grande diferença entre uma câmera de 1 Megapixel e outra de 3 Megapixels. Atualmente, no entanto, a maioria das câmeras digitais tem pelo menos 5 Megapixels e a resolução que os megapixels oferecem já é muito boa. Na medida em que a quantidade de megapixel aumentou sua importância na verdade diminuiu. O Que é um Megapixel? A resolução de uma câmera digital, que é a quantidade de informação e detalhes que uma câmera consegue capturar, é medida em megapixels. Um megapixel é composto de 2^30 (1.048.576) pixels. Este número parece “quebrado”, mas na verdade é “redondo” porque os sistemas digitais são baseados em números binários que utilizam o sistema de numeração de base 2 (ou seja, 0 e 1) e não base 10 (o sistema de numeração usado por nós humanos). Algumas pessoas arredondam 1 Mega­ pixel para 1 milhão de pixels, o que está tecnicamente errado. Na verdade, alguns fabricantes mentem a respeito da verdadeira resolução de suas câmeras

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digitais assumindo que 1 megapixels é 1 milhão de pixels e não 1.048.576 pixels. Em imagens digitais, um pixel (abre­ viação de Picture Element ou Elemento de Imagem) é a unidade básica de uma imagem. Os pixels também são usados para expressar a resolução de telas digitais e páginas impressas em impressoras digitais. Você pode pensar nos pixels como sendo um conjunto de pontos coloridos que são combinados para formar imagens em uma câmera digital, na tela do computador ou em uma página impressa. Uma câmera digital captura a imagem com seu sensor e a grava internamente, na maioria das vezes em cartões de memória. Esta imagem é essencialmente constituída de pixels digitais. Os pixels são organizados em uma grade. Eles são contados na horizontal e vertical. Existem mais pixels na horizontal porque as imagens são mais largas do que altas. Por exemplo, uma imagem de 3 Megapixels é uma imagem de 2.048 x 1.536 pixels. Portanto existem duas maneiras para você representar a resolução de uma imagem: ou a quantidade de pixels no esquema eixo horizontal e vertical (por exemplo, 2.048 x 1.536) ou a quantidade total de pixels da imagem (por exemplo, 3 Megapixels). Em resumo, a quantidade de megapixel de uma imagem é o número de pixels (“pontos coloridos”) que ela tem.


Informática

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Quanto mais megapixels uma câmera pode tratar, maior a quantidade de informação que ela grava. Teoricamente, quanto mais pixels uma câmera tem, maior a resolução da imagem e conse­ qüentemente maior a qualidade e nitidez da imagem. É por isso que todo mundo acha que a quantidade de megapixels é tão importante. Mas como você verá mais adiante neste artigo, isso nem sempre é verdade. Tamanho Impresso e Resolução Os megapixels são importantes porque quanto maior a quantidade de megapixels, maior a foto pode ser impressa com bons resultados. A maioria das impressoras a jato de tinta pode imprimir boas imagens a 200 ou 300 ppi (pixels por polegada), o que é equivalente de 100 a 150 dpi (pontos por polegada). Existem mais pixels por polegada porque não há espaço entre eles. Em uma página impressa, no entanto, existe espaço entre dois pontos, portanto a quantidade de pontos por polegada é menor do que a quantidade

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de pixels por polegada. Muitas câmeras digitais encon­ tradas no mercado hoje têm pelo menos 6 Megapixels. Isto sig­ni­fica que você pode chegar perto da resolução perfeita quando for imprimir uma fotografia no tamanho 20 cm x 25 cm a 300 ppi ou 150 dpi. A mesma foto de 6 Megapixels dará a você excelentes resultados quando for impressa maior do que 25 cm x 38 cm em 200 ppi ou 100 dpi. Na maioria das vezes a resolução perfeita não é nem mesmo necessária porque a maioria das pessoas não consegue diferenciar uma imagem impressa em 4 Megapixels de outra em 6 Megapixels. A maioria das fotografias é impressa em 9 x 12 cm ou 10 x 15 cm e a maioria das impressoras a jato de tinta pode aceitar papel com tamanho máximo de 21.5 cm x 28 cm. Portanto uma câmera de 6 Megapixels atenderá muito bem a maioria dos usuários de computador. Se você quer apenas imprimir foto­ grafias de até 10 x 15 cm, uma câmera de 3 Megapixels seria suficiente. Haverá vezes em que você poderá querer dar

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um zoom em uma parte da fonte para imprimi-la. Neste caso você precisará de uma câmera com uma resolução maior para que quando você dar o zoom daquela área ela ainda ter resolução sufi­ ciente para uma boa impressão. Se você quer obter um detalhe de uma imagem, você precisa tirar a foto em uma resolução mais alta para poder cortar o detalhe da imagem (eu espero que você pegue a idéia lendo isto). Além disso, tome cuidado porque você não precisa de uma grande quanti­ dade de pixels para mostrar imagens em um monitor. A maioria dos monitores tem resolução de 1024 x 768 ou 1280 x 900. Como você pode ver da tabela acima, uma imagem de 3 Megapixels aparecerá boa na tela do monitor com essas resoluções. Portanto você não precisa de uma grande quanti­dade de megapixels para colocar imagens na Internet ou em uma tela de computador. Mais uma coisa que você deve se atentar. Quanto maior a resolução de uma imagem, maior o arquivo e mais espaço será ocupado no cartão de memória. A maioria das câmeras permite a você tirar fotos com qualidades diferentes. Os ajustes normalmente são baixo, médio ou alta qualidade. Algumas pessoas usam a menor qualidade para economizar espaço no cartão de memória. Acontece que depois elas descobrem que ao imprimir uma foto grande a mesma fica granulada e embaçada. Se você não sabe o tamanho que deseja imprimir suas fotos, é melhor comprar um cartão de memória com uma grande capacidade e tirar suas fotos em uma alta qualidade. Megapixels, Uma Observação (ou, porque minha câmera barata ou meu celular não tiram fotos boas?) Como comentamos anteriormente, você poderia pensar que quanto maior a quantidade de megapixels melhor será


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a qualidade da imagem, mas há um problema. Todos os megapixels devem caber no sensor da câmera. Câmeras SLR (Single Lens Reflex, isto é, você vê através da lente da câmera) topo de linha normalmente têm sensores maiores do que as câmeras do tipo “Point and Shoot” ou “Aponte e Fotografe” que cabem no seu bolso. Como os fabricantes de câmeras ainda acham que os consumidores compram câmeras levando em conside­ ração a quantidade de mega­pixels, eles continuam incluindo mais e mais megapixels para incentivar as vendas. Mas se o sensor é muito pequeno, os pixels precisam ser menores para que caibam no sensor. Pixels menores diminuem a quantidade de luz coletada por cada pixel

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e resulta em mais ruído na imagem. O ruído é a presença de granulados de cores que não pertencem à fotografia. Portanto uma grande quantidade de megapixel em um sensor pequeno pode na verdade resultar na degradação da qualidade da foto, fazendo com que a imagem fique pior em vez de melhor. Embora os megapixels sejam impor­ tantes, é óbvio que outras coisas também contribuem para a qualidade das fotos. O tamanho e a qualidade do sensor e a qualidade das lentes fazem um grande diferença. Uma câmera com 8 Megapixels com um sensor grande e lentes de boa qualidade produzirá fotos de melhor quali­ dade do que uma câmera de 8 Megapixels com um sensor pequeno e lentes baratas. Portanto não julgue a qualidade

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Informática de uma câmera digital apenas pela quantidade de megapixels. Você deve também observar o sensor, lentes, quali­ dade geral do equipamento, a interface, e os controles. Quando você estiver procurando por fotografia de boa qualidade, confira as fotos impressas por conta própria e/ou leia testes da câmera em publicações confiáveis. Originalmente em http://www. clubedohardware.com.br/artigos/1591 Informaçãoes do autor: Horus Antony Brasil, Médico Endoscopista , Doutor em Clínica Cirúrgica pela FMUSP Membro Titular da Sobed e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões


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Alagoas Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretario 2 Secretario Endereço Fone E-mail Amazonas Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretario 2 Secretario Endereço Fone E-mail Bahia Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretário 2 Secretario Endereço Fone E-mail Ceará Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretário 2 Secretario Endereço Fone E-mail

Nilza Marques Luz Henrique Malta Laercio Ribeiro

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2 Secretario Endereço Fone E-mail

Capítulos

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Aderbal Pagung Rua Francisco Rubim, 395 CEP 29050-680 - Vitória - ES (27) 3324-1333 eventos@ames.org.br

Secretario 2 Tesoureiro Tesoureiro 2 Secretario Endereço

Herbeth Toledo R. dos Coqueiros, 17 - Cind. Jardim do Horto CEP 57.052-156 - Gruta de Lourdes - Maceió - AL (81) 3338-2431 nilza.mluz@superig.com.br Lourenço Candido Neves Victor Mussa Dib Deborah Nadir Ferreira Edilson Sarkis Gonçalves Marcelo Tapajós Araujo Agostinho Paiva Masullo Av. Djalma Batista, 1661 - 2 andar sl. 206 / 207 Ed. Millenium Center - Torre Medical CEP 69050-010 - Manaus - AM (92) 3659-3762 endoscopia@endoscopiaamazonas.com.br Maria Cristina Barros Martins Livia Maria Cunha Leite Durval Gonçalves Rosa Neto Luciana Rodrigues Leal Da Silva Marcia Sacramento De Araujo Felipe Sylon Ribeiro De Britto Junior Rua Atino Serbeto de Barros, 241 CEP 41825-010 - Salvador - BA (71) 3350-6117 bcrismartins@terra.com.br Ricardo Rangel De Paula Pessoa

Goiás Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretário 2 Secretario Endereço Fone E-Mail Maranhão Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretário 2 Secretario Endereço Fone E-mail

José Cristiano Ferreira Resplande Marcus Vinicius Silva Ney Vágner José Ferreira Rennel Pires Marcelo Barbosa Silva Fernando Henrique Porto Av. Mutirão, 2653 - Setor Marista CEP 74115-914 - Goiânia - Go (62) 3285-6111 Jresplande@Terra.Com.Br

R. Cel. Alves Teixeira, 1578 - Joaquim Távora CEP 60130-001 - Fortaleza - CE (85) 3261-8085 ricardsopessoa@veloxmail.com.br

Distrito Federal Presidente Aloisio Fernando Soares Vice Presidente Sussumo Hirako Tesoureiro Calixto Abrão Neto 2 Tesoureiro Marcio Velloso Fontes Secretario Cícero Henriques Dantas Neto 2 Secretario Francisco Machado Da Silva 2 Tesoureiro Luis Fernando Campos Endereço SHLS 716, Bloco L - Centro Clinico Sul - Torre I sls.408 e 410 - CEP 70390-700 - Brasilia - DF Fone (61) 3345-7225 E-mail aloisio.fernando@gmail.com Espírito Santo Presidente José Joaquim De Almeida Figueiredo Vice Presidente Bruno De Souza Ribeiro Tesoureiro Esteban Sadovsky 2o Tesoureiro Luis Fernando Campos Secretario Aureo Paulielo

Paraíba Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretario Endereço Fone E-mail

Djalma Dos Santos Nailton J. F. Lyra Elian O. Barros Joaquim C. Lobato Filho Selma Santos Maluf Milko A. De Oliveira R. Jornalista Miecio Jorge, 4 - Edf. Carrara sls. 208 / 209 - CEP 65075-440 - São Luis - MA (98) 3235-1575 djsantos@wavemar.com.br

Mato Grosso Presidente Ubirajarbas Miranda Vinagres Vice Presidente Leo Gilson Perri Tesoureiro Roberto Carlos Fraife Barreto 2 Tesoureiro Elton Hugo Maia Teixeira Secretario José Sebasttião Metelo 2 Secretario José Carlos Comar Endereço Pça do Seminário, 141 - Centro - Gastrocentro CEP 78000-000 - Cuiabá - MT Fone (65) 3321-5318 E-mail qvinagre@terra.com.br

Adriano Cesar Costa Cunha Francisco Paulo Ponte Prado Junior

Fone E-mail

Mato Grosso do Sul Presidente Carlos Marcelo Dotti Silva Vice-Presidente Tesoureiro Marcelo Curi 2 Tesoureiro Secretário Rogerio Nascimento Martins 2 Secretario Endereço R. Pedro Celestino,2297 - CEP 79002-372 Campo Grande - MS Fone (67) 3042-4002 E-mail cmdotti@hotmail.com Minas Gerais Presidente Luiz Claudio Miranda Da Rocha Vice Presidente Paulo Fernando Souto Bittencourt Tesoureiro José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho 2 Tesoureiro Paulo Fernando Souto Bittencourt Secretário Atanagildo Cortes Junior 2 Secretario Adriana Athayde Lima Stehling Endereço Av. João Pinheiro, 161 - CEP 30130-180 - Belo Horizonte - MG Fone (31) 3247-1647 E-mail selmira@ammgmail.org.br Pará Presidente Abel Loureiro Vice Presidente

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Paraná Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretario 2 Secretario Endereço Fone E-mail

Edmundo Veloso Marcos Moreno Domingues Tv. Dom Romualda De Seixas, 1812 CEP 66055-200 - Belém - PA (91) 3223-0214 cruzloureiro@hotmail.com Eduardo Henrique Da Franca Pereira Fábio Da Silva Delgado Francisco Sales Pinto Fabio Kennedy Almeida Trigueiro Carlos Antonio Melo Feitosa Av. Camilo de Holanda, 280 - CEP 58013-360 João Pessoa - PB (83) 3222-6769 eduardofrancapb@ibest.com.br Luis Fernando Tullio Sandra Teixeira Julio César Souza Lobo Maria Cristina Sartor Rua Candido Xavier, 575 - CEP 80240-280 Curitiba - PR (41) 3342-3282 sobed@onda.com.br

Pernambuco Presidente Josemberg Marins Campos Vice Presidente Tesoureiro Mario Brito Ferreira 2 Tesoureiro Secretario Eduardo Carvalho Gonçalves De Azevedo 2 Secretario Endereço Avenida Conselheiro Rosa e Silva, 2063 CEP 52050-020 - Recife - PE Fone (81) 3441-4460 E-mail berg@elogica.com.br / mariobritoferreira@terra. com.br Piauí Presidente Vice - Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretario 2 Secretario Endereço Fone E-mail

Wilson Ferreira Almino de Lima Carlos Dimas de Carvalho Sousa Antonio Moreira Mendes Filho Teresinha Quirino V. de Assunção Conceição de Maria Sá e Rego Vasconcelos Adelmar Neiva Rua Olavo Bilac, 2490 - CEP 64001-280 Teresina - PI (86) 3221-4824 wilsonalmino@uol.com.br

Rio de Janeiro Presidente José Narciso De Carvalho Neto Vice - Presidente Edson Jurado Da Silva Tesoureiro Francisco José Medina Pereira Caldas 2 Tesoureiro José Carlos Cortes Barroso Secretario Marta De Fátima S. Pereira 2 Secretario Afonso Celso da Silva Paredes Endereço Rua da Lapa, 120 - sala 309 - CEP 20021-180 - Rio de Janeiro - RJ Fone (21) 2507-1243 E-mail sobedrj@infolink.com.br


Capítulos

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NO 3 - OUT_DEZ

Rio Grande do Norte Presidente Licia Villas-Bôas Moura Vice Presidente Tesoureiro Verônica De Souza Vale 2 Tesoureiro Secretario Conceição De Maria Lins Da C. Marinho 2 Secretario Endereço Rua Maria Auxiliadora, 804 - Tirol CEP 59014-500 - Natal - RN Fone (84) 3211-1313 E-mail liciavbmoura@uol.com.br

Santa Catarina Presidente Silvana D’agostin Vice - Presidente Ligia Rocha De Luca Tesoureiro Cintia Zimmermann De Meireles 2 Tesoureiro Lix Alfredo Reis De Oliveira Secretario 2 Secretario Endereço Rodovia SC 401 - Km 04 3854 CEP 88032-005 - Florianopolis - SC Fone (48) 3231-0324 E-mail sobedsc@acm.org.br

Sergipe Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretario 2 Secretario Endereço

Rio Grande do Sul Presidente Julio Carlos Pereira Lima Vice - Presidente Carlos Kupski Tesoureiro Cesar Vivian Lopes 2 Tesoureiro Secretario Carlos Eduardo Oliveira Dos Santos 2 Secretario Endereço Av. Ipiranga, 5311 - sala 207 - CEP 90610-001 - Porto Alegre - RS Fone (51) 3352-4951 E-mail sobed_rs@terra.com.br

São Paulo Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretario 2 Secretario Endereço

Tocantins Presidente Vice Presidente Tesoureiro 2 Tesoureiro Secretario 2 Secretario Endereço

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José Celso Ardengh Adriana Vaz Safatle Ribeiro Thiago Festa Secchi Luiza Maria Filomena Romanello Rua Itapeva, 202 - sala 98 - CEP 01332-000 São Paulo - SP (11) 3288-6883 sobedsp@uol.com.br

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Jilvan Pinto Monteiro Rogério Dos Santos Rodrigues Miiraldo Nascimento Da Silva Filho

Rua Guilhermino Rezende, 426 - Bairro São José - CEP 49020-270 - Aracaju - SE (79) 9979-8032 endoscopia.sergipe@yahoo.com.br Jorge Mattos Zeve Maria Augusta De Oliveira Matos José Augusto Menezes Freitas De Campos Quadra 401 Sul cj. 01 Lote 1 - Av. Teotonio Segurado Espaço Médico Empresarial CEP 77061-002 - Palmas - TO (63) 3228-6011 zeve@uol.com.br / maugusta.to@brturbo.com.br



Crônica

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NO 3 - OUT_DEZ

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Antenor, o Rei da oratória e do elogio LUIZ PAULO REIS GALVÃO

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ra uma cidade do interior, mas já era a segunda maior do estado. Um grupo de médicos jovens ligados a gastroenterologia e recém chegados de grandes centros de treinamento, decidiu fazer uma grande jornada gastroenterológica. A industria farmacêutica apoiou até com um convidado estrangeiro. Tempo de vacas gordas. Nascia a I Jornada Interiorana do Aparelho Digestivo. Na abertura, após a cerimônia oficial, haveria grupo folclórico e decidiuse intercalar um personagem da região conhecido como Antenor, o Rei da Oratória e do Elogio. Ex-feirante da cidade ficou famoso devido a sua habilidade com as palavras e sua impostação de voz de político de interior. Ganhava a vida fazendo discursos em velórios, inaugurações, eventos políticos e similares. Dizia-se que até o defunto se emocionava com o peso de suas palavras de elogio. - O senhor não morreu, coronel...!! - bradava com a voz entrecortada gesticulando e apontando para o falecido – O senhor está vivíssimo no coração de todos nós..! – gritava dando socos no peito. Era um ator nato. Antenor faria uma saudação” de sua própria autoria, feita especialmente para a ocasião.Tudo acertado, Antenor resolveu então se superar, e decidiu, por conta própria, usar termos médicos em sua fala, para se adequar a natureza do evento. Procurou um amigo que vendia livros usados e descobriu vários volumes de medicina, alguns de edições recentes. Passou uma semana em imersão entre os compêndios, a buscar palavras que se encaixassem no seu discurso. Homem pouco letrado ficou a deriva do significado de tantos nomes estrambóticos. Terminados

os discursos oficiais o apresentador anunciou: - Convidamos ao palco um personagem da terra que fará saudação. Com vocês, Antenor, o Rei da Oratória e do Elogio..! O poeta sacou o discurso do bolso e começou. “- É com a alma supurando e o coração dissecado que venho saudar essa belíssima platéia de psicóticos. Tenho que ser forte pra não deixar que a emoção contamine a minha exoftalmia. Sem mais co-morbidades quero saudar os ilustres professores convidados, aos quais desejo uma boa vicariância em nossa cidade. Gostaria de homenagear um grande homem presente nessa mesa ilustre, que é nosso querido prefeito. Um homem hiperplásico, honesto e adenomatoso. Um individuo criativo, cheio de metástases na cabeça, haja vista a construção do Parque Etiológico da Beirario. Um belo logradouro hiperbárico, com seus derrames pleurais límpidos onde os pássaros vem matar a sede no final das tardes.Nas manhãs centenas de pessoas se exercitam numa diapedese contínua pelas alamedas hepáticas aproveitando a sombra da arvore biliar. Vejo também aqui na mesa, S.Exa. o secretário da saúde, um homem firme, erosivo e edemaciado por todos nós. Um cidadão que apesar de político tem um elevado grau de acidez ao trabalho, cumprindo sempre os seus horários de forma miccional e sigmoideana. Sabemos que V. Exa.sempre foi avesso a defecografias, anastomoses e outras práticas abusivas. Certa feita fui atacado por um peixe Piranha e quase perco a minha instrumentalização viril não fosse a atuação actínica do doutor secretário, que tomou medidas neoplásicas e competentes para me tratar. Quero agradecer ao presidente dessa jornada tão jejunal pelo honroso convite a esse humilde menestrel de pouca

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cultura, porém com grande dilatação bilio-pancreática, e acima de tudo um sigmoideano de coração. O Sr. Presidente é o médico mais paquidérmico da cidade. Ou seja, um homem de paz. Sua protuberância mentoniana se sobressai no occipital onde trabalha, sempre com imunidade para com o próximo, e pronto para colaborar com os flatos dos amigos e dos inimigos também. Nunca o vi fazer discriminação extrínseca com ninguém. Um médico de visão esplênica e de muita claritromicina. Por fim e principalmente quero saldar o convidado estrangeiro que toma acento junto ao prefeito. Benvindo Dr. Helicobacter Pilory à nossa humilde cidade. Não falo a sua língua, mas o senhor vai me entender através da transudação espontânea. Apesar das poucas letras sei da importância glandular da dinastia dos Pylori em seu país. Quem haverá de negar a grandeza dos seus ancestrais amebianos nas figuras de um Charles W. Pylori, de um Ludwig van Pylori ou mesmo a eterna displasia de Catarina Pylori, a Grande ? Sua importância na gastroenterologia mundial é inoxidável e enantemática, haja vista a citação do seu nome em todos os compêndios que consultei. Pra terminar me congratulo com essa platéia magnificamente encefálica, dizendo que a minha comissura emocional se abre nesse momento. Agradeço a todos e quero confessar de publico que nessa altura da vida me sinto uma pessoa feliz, realizada, porque sou um homem que veio do nada, que começou do zero mesmo, e hoje continua sem ter pôrra nenhuma... Obrigado” Preocupado com repercussão nega­tiva o presidente consultou alguns amigos da platéia e relaxou. - Há tempos que não nos diver­ tíamos tanto....




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