Revista SOBED 2013 - Edição nº 20

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revista SOBED

janeiro/marรงo 2013


índice

Revista SOBED

Edição 20

janeiro-março 2013 5

Radar SOBED Acompanhe os programas, ações e eventos realizados pela Sociedade

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DNA

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In loco

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COBERTURA

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Especial

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INFO

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Hobby

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Ética

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AMB

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Por Dentro

Aloisio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM)

As vantagens e desvantagens da técnica da dissecção submucosa

Todos os detalhes de como foi o Projeto Ambassador, que aconteceu em dezembro do ano passado, em Manaus (AM)

Para celebrar os cinco anos da Revista SOBED, reportagem relembra matérias e entrevistas importantes, além de números e curiosidades

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Saiba quais são as principais publicações científicas na área de endoscopia digestiva

Ex-presidente da SOBED Estadual Goiás pesca pelo menos quatro vezes ao ano, além de pilotar carros de corrida

Projeto de regulamentação da medicina deve ser votado no Plenário do Senado ainda nesse semestre

A piora da saúde pública no Brasil

Destaque para notícias sobre o aparelho digestivo. Agenda de eventos nacionais e internacionais de endoscopia digestiva e gastroenterologia. Composição da diretoria nacional, comissões e estaduais da SOBED

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editorial

Palavra do Presidente

5 anos de Revista SOBED ISSN 2179-7285 Revista SOBED é uma publicação trimestral da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva distribuída gratuitamente para médicos. O conteúdo dos artigos é de inteira responsabilidade de seus autores e não representa necessariamente a opinião da SOBED.

Jornalista Responsável Roberto Souza (Mtb 11.408)

Como escrevo pela primeira vez esse editorial, quero aproveitar a oportunidade para agradecer a todos os associados da nossa querida SOBED pela confiança depositada em minha figura ao me elegerem para estar à frente da Sociedade nos próximos dois anos. Garanto-lhes que vamos trabalhar firmes pelas causas da nossa especialidade! Uma das ferramentas mais importantes para isso nos últimos anos tem sido a Revista

SOBED, que em 2013 comemora cinco anos de existência. Para celebrar essa data, preparamos uma matéria especial que conta detalhes de como surgiu a publicação, as reformu-

Editor-chefe Fábio Berklian

lações de projetos gráficos e editoriais pelos quais a revista passou, coberturas de eventos

Editor Rodrigo Moraes

importantes, grandes reportagens e entrevistas realizadas nesse tempo, além de números e

Subeditora Tatiana Piva Reportagem Anderson Dias Marina Panham Samantha Cerquetani Projeto Editorial Fábio Berklian

curiosidades que envolvem o universo da publicação. Falando de cobertura de eventos, nessa primeira edição da Revista em nossa gestão, você confere na matéria de capa, a cobertura completa do Projeto Ambassador, que aconteceu entre os dias 2 e 7 de dezembro do ano passado, em Manaus, capital do estado do Amazonas, feita in loco pelo editor da nossa revista, Rodrigo Moraes. Fruto de uma parceria entre a nossa instituição e a American Society for Gastrointestinal

Projeto Gráfico RS Press Luiz Fernando Almeida

Endoscopy (ASGE), o projeto que visa formar embaixadores da endoscopia digestiva em regiões

Produção Editorial Priscila Hernandez

de difícil acesso e também oferece atendimento de qualidade para populações carentes, che-

Editor de Arte Daniel Canton

gou pela primeira vez no Brasil e contou com a participação 30 endoscopistas das regiões norte,

Designers Elaine Casseano Felipe Santiago Leonardo Fial Luiz Fernando Almeida Tiragem 3.000 exemplares Impressão Grass Foto de Capa RS Press / Divulgação

centro-oeste e nordeste do País; e 14 médicos preceptores dos grandes centros de endoscopia, que ensinaram e realizaram 120 procedimentos endoscópicos durante uma semana de evento. O entrevistado da editoria DNA é Aloisio Tibiriçá Miranda, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), que comenta a nova realidade dos contratos entre operadoras de saúde, médicos e pacientes. E confira ainda, matéria sobre dissecção submucosa (ESD), e outra sobre as principais publicações científicas existentes em nossa área. Tenham todos uma ótima leitura e nos encontramos nas próximas edições!

Rua Cayowaá, 228, Perdizes São Paulo - SP CEP: 05018-000 11 3875-6296 rspress@rspress.com.br www.rspress.com.br

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João Carlos Andreoli Presidente da SOBED Nacional

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sobed.org.br

notícias

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cursos

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oficinas

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atualização

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cna

SOBED lança novo programa de educação continuada à distância Focada em oferecer as melhores condições e mecanismos de atualização para os endoscopistas brasileiros, a SOBED acaba de lançar seu novo programa de educação continuada à distância. O Webcast SOBED, que substitui os tradicionais – SOBED em Casa, Rede SOBED e SOBED Digital – tem por objetivo apresentar as principais aulas e palestras captadas nos cursos e eventos ministrados pela Sociedade. Gratuito para todos os associados quites com a anuidade, os participantes terão quatro meses para assistir cada módulo, contados a partir da data de sua publicação. Para ter acesso, é necessário apenas entrar no site da SOBED, utilizando login e senha associativa e se direcionar ao ícone do programa que estará disponível na área de ‘espaço científico’, na barra lateral do site. Além dos tradicionais computadores, as aulas podem ser assistidas MÓDULO 1

MÓDULO 2

MESA-REDONDA Neoplasia colorretal: Papel do endoscopista Presidente: Jeanne Monique Guimarães Pimentel (AM) Moderador: Giovani Antonio Bemvenuti (RS)

MESA-REDONDA Pancreatites e coleções pancreáticas Presidente: Flávia Emilia Lima de Oliveira (ES) Moderador: Fauze Maluf Filho (SP)

Rastreamento: como realizar? Eduardo Fenocchi (URU) Recursos endoscópicos para o diagnóstico Thierry Ponchon (FRA)

Fotos: © Reprodução

em dispositivos móveis e tablets. De acordo com a administração da SOBED, essa forma de visualização vem aumentando consideravelmente nos últimos anos, com base nos relatórios de acesso e visitação ao site da Sociedade e demais programas. Todos os módulos estão registrados na Comissão Nacional de Acreditação (CNA). A pontuação de cada módulo será encaminhada à comissão após o encerramento do período de veiculação – de quatro meses. Fruto da parceria com a Infservice, empresa especializada em soluções de webcasting, a SOBED conta ainda com o apoio da RS Press na divulgação nos meios de comunicação da SOBED e da Nação Interativa no suporte do site da entidade. Confira a seguir os dois primeiros módulos do programa, que estarão disponíveis no site. Em breve serão divulgados o restante da programação dos módulos para esse ano.

Conferência Nacional da SOBED Presidente: Sérgio Luiz Bizinelli (PR) Palestrante: Vera Helena de Aguiar Freire Mello (SP)

Estado atual do diagnóstico da pancreatite crônica Pierre Deprez (BEG) Como e quando realizar a drenagem endoscópica Klaus Monkemüller (Ger) MESA-REDONDA Novas Tecnologias no diagnóstico das doenças do TGI Presidente: Augusto José Araújo Lima (CE) Moderador: Gustavo Andrade de Paulo (SP) NBI Cláudio Hashimoto (SP) Cápsula colonica Horácio Gutierrez Galiana (URU)

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Anais da 11ª SBAD Os anais da 11ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) estão disponíveis no Volume 31 – Suplemento nº 1 – Out/Dez – 2012 da Revista GED – Gastroenterologia Endoscopia Digestiva, acesse: http://ow.ly/hetil Em uma editoração suplementar, a Revista GED contribui com a SBAD ao publicar os Temas Livres (Orais e Pôsteres) aprovados pelas comissões avaliadoras.

Divulgue seu evento A SOBED terá o maior prazer em divulgar o seu evento no site desde que nossos associados tenham desconto de, no mínimo, 20% do valor da inscrição. Essa informação deverá constar em todo o material de divulgação. Para que o seu evento seja divulgado, acesse o canal Divulgue seu Evento, no portal da SOBED, e preencha o formulário. O cadastro será enviado para a nossa comissão e analisado.

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Notas

Sociedade oferece desconto em livro

SOBED tem nova diretoria A nova diretoria da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) para o biênio 2012 – 2014 tomou posse na Assembleia Geral Ordinária, realizada durante a 11ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD). O novo presidente é o endoscopista João Carlos Andreoli. Segundo ele, a importância da SOBED é nortear o desenvolvimento da endoscopia digestiva nacional e ainda há muitos desafios a serem enfrentados pelos profissionais brasileiros. Intensificar a comunicação entre as unidades estaduais da SOBED e a sede é uma das propostas da nova gestão. Além disso, o presidente pretende estabelecer contato com sociedades médicas internacionais e lançar uma publicação científica da SOBED,

Sócios da SOBED terão desconto na aquisição do livro Endoscopia Digestiva – Diagnóstico e Tratamento, de R$ 798,00 por R$ 595,00. Publicada pela Editora Revinter, a publicação foi lançada durante a 11ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) e aborda temas gerais da endoscopia digestiva como esôfago, estômago, duodeno, delgado, cólon, reto, hemorragia digestiva, vias biliares, técnicas e equipamentos. A obra é de autoria de Marcelo Averbach, com apoio de Adriana Vaz Safatle Ribeiro, Angelo Paulo Ferrari Jr., Carlos Alberto Cappellanes, Flavio Hayato Ejima Huang Ling Fang, Jairo Silva Alves, Ricardo Anuar Dib e Sérgio Luiz Bizinelli. Interessados no livro devem encaminhar pedido para o e-mail livraria@revinter. com.br ou revintersp@revinter. com.br, ou entrar em contato pelos telefones: (21) 25639700 ou (11) 3222-1114.

eletrônica e aberta para todos os interessados. Confira a diretoria da SOBED para o biênio 2012 – 2014 Presidente: João Carlos Andreoli (SP) Vice-Presidente: Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas (BA) 1° Secretário: Jairo Silva Alves (MG) 2° Secretário: Silvana Dagostin (SC) 1º Tesoureiro: Dalton Marques Chaves (SP) 2º Tesoureiro: Luis Fernando Tullio (PR)

O livro Endoscopia Digestiva – Diagnóstico e Tratamento foi lançado durante

O valor da anuidade 2013 será de R$495,00, conforme aprovação na Assembleia Geral Ordinária da SOBED, realizada no dia 27 de novembro de 2012. O vencimento será em 30 de junho e o associado que desejar efetuar a quitação anterior ao prazo de vencimento, poderá emitir boleto de pagamento por meio do site da entidade. Serão associados remidos, os membros titulares e aspirantes que integram os quadros da SOBED e que possuem idade igual ou superior a 70 anos, desde que quites com suas contribuições nos últimos cinco anos.

a XI SBAD

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© Shutterstock

ANUIDADE 2013

Fotos: © Editora Revinter / Divulgação

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Congresso Brasil Central do Aparelho Digestivo

Simpósio de Endoscopia Digestiva reunirá especialistas nacionais e internacionais na capital baiana

Salvador sediará Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva da SOBED Entre os dias 2 e 3 de maio, o 7º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva reunirá especialistas nacionais e internacionais na capital baiana. Promovido pela SOBED, o encontro terá transmissão ao vivo do California Pacific Medical Center (EUA). Tratamento da acalásia, diverticulectomia de zencker, adenocarcinoma no esôfago de Barrett, pseudocisto de pâncreas, tratamento paliativo do câncer de pâncreas, neoplasias subepiteliais, DRGE, câncer gástrico precoce, doença inflamatória intestinal, câncer colorretal e hemorragia digestiva, são os temas de destaque da programação científica do simpósio. Os convidados internacionais confirmados até o momento são: Horst Neuhaus, Jacques Devière, Kenneth

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Binmoeller, Marc Giovannini, Rene Lambert e Shinji Tanaka. Além disso, durante semana do Simpósio, acontecem ainda no dia 1º de maio o Curso Teste Seus Conhecimentos, e no dia 4, o Curso Suporte Avançado de Vida em Endoscopia (SAVE) e a Prova de Título de Especialista em Endoscopia e/ou Certificado de Área de Atuação em Endoscopia Digestiva. Até o dia 25 de março, há descontos para associados e não associados. Após este período e nas datas dos eventos, os valores serão um pouco maiores. Para aqueles que se inscreverem no Curso Teste Seus Conhecimentos e na Prova de Título de Especialista, haverá 50% de desconto na inscrição do Simpósio (válido até o dia 1º de abril). Inscrições pelo site www.sobed.org.br.

Proporcionar atualização profissional e divulgar o conhecimento científico produzido na região centro-oeste é o compromisso do 2º Congresso Brasil Central do Aparelho Digestivo que, entre os dias 20 e 22 de junho de 2013, será realizado em Brasília (DF). Organizado pela Sociedade de Gastroenterologia de Brasília (SGB), em parceria com a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), o encontro contará com o apoio da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva – Distrito Federal, Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva – Distrito Federal e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

Nota de Falecimento A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) lamenta o falecimento do colega e membro titular da entidade, Eduardo Carlos Grecco. O especialista era graduado em medicina pela Fundação do ABC, pós-graduado em cirurgia do aparelho digestivo pela Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência e pós-graduado em endoscopia gastrointestinal e broncoesofagoscopia pela Universidade de São Paulo (USP).

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Notas

Instituto Sírio Libanês recebe evento sobre coloproctologia

Curso Hands On em Colonoscopia Diagnóstica e Terapêutica no Sírio Libanês

Colono 2013 Entre os dias 1º e 3 de agosto de 2013, o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa promoverá o Colono 2013. Durante o evento, será realizado o 2º Curso Hands On em Colonoscopia Diagnóstica e Terapêutica, no dia 1º de agosto, e o 17º Curso Inter-

nacional de Colonoscopia, nos dias 2 e 3. Os cursos serão coordenados pelos seguintes especialistas: Giulio Rossini, João Elias Calache, José Luiz Paccos, Lucio G. B. Rossini, Marcelo Averbach, Paulo Alberto Falco Pires Corrêa, Raul Cutait e Sergio Carlos Nahas.

Em comemoração ao centenário de nascimento do médico e professor Daher Cutait, será realizado no Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, em São Paulo (SP), entre os dias 11 e 13 de abril, o Simpósio Internacional de Coloproctologia. A programação científica preliminar está composta por temas como câncer de reto, cirurgia no câncer hereditário, cirurgia das metástases, cirurgia robótica, cirurgia anorretal, doenças inflamatórias, cirurgia das doenças funcionais do assoalho pélvico, condutas em urgências colorretais e colectomia laparoscópica passo a passo. E, no dia 10 de abril, serão oferecidos três cursos pré-simpósio: Colonoscopia, Fisiologia Anorretal e Imagens em Coloproctologia.

DDW 2013 Orlando, na Flórida (EUA), se prepara para receber a Digestive Disease Week entre os dias 18 e 21 de maio de 2013. Especialistas em gastroenterologia, hepatologia, endoscopia e cirurgia gastrointestinal do mundo

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inteiro poderão conferir mais de 5 mil resumos e centenas de palestras sobre os mais recentes avanços das especialidades do aparelho digestivo. Confira novidades sobre o DDW 2013 no site www.ddw.org/press.

Mais de mil pessoas curtem o Facebook da SOBED (facebook.com/sobednacional) e acompanham as atualizações da entidade. A marca foi atingida em outubro de 2012, período em que várias informações sobre cursos e eventos foram publicadas.

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Foto: © Shutterstock

Redes sociais


Médicos divulgam nota de esclarecimento sobre a Intermédica Houve uma negociação entre as entidades médicas de São Paulo e a Intermédica, em 2012, assim como com a maior parte dos planos de saúde. O movimento médico havia decidido que denunciaria à opinião pública os nomes das empresas que não estivessem pagando honorários considerados dignos pela classe. A Intermédica, então, mandou uma proposta de consulta a R$ 50 a partir de janeiro de 2013 para todos os prestadores de serviços médicos no Estado de São Paulo. No entanto, a operadora condicionou este reajuste a não ter seu nome divulgado entre aquelas que deixaram de atender plenamente as reivindicações dos médicos. Contudo, a maior parte das empresas, após negociação, chegou a R$ 60 pela consulta, considerado um valor mínimo e ético naquele contexto. Por isso, para manter nossa credibilidade enquanto negociadores e reconhecer o avanço relativo a esses planos, decidimos divulgar que a Intermédica, apesar de ter negociado com os médicos, não atingiu o patamar mínimo definido. Para nossa surpresa e indignação, em represália, a Intermédica decidiu não aplicar a proposta de reajuste apresentada com base em suas próprias planilhas de custo e manteve, neste mês de janeiro, o valor de R$ 25 pela consulta. Vale lembrar que os honorários pagos por esta empresa estão entre os mais defasados, fato este que permite a prática de concorrência predatória em relação aos demais planos de saúde.

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Ao tomar esta atitude, a Intermédica desrespeita claramente os médicos credenciados, toda a classe médica e principalmente os usuários que contratam seus serviços na expectativa de receber assistência de qualidade à saúde de sua família. Trata-se de uma grave situação, por isso recomendamos a todos que trabalham com essa empresa que tenham cautela e busquem alternativas de prestação de serviços onde seja mais ética a relação com nossa classe profissional. Por fim, ressaltamos que a Associação Paulista de Medicina, o Cremesp, o Simesp e a Academia estão abertos a retomar a negociação com a Intermédica para que esta aplique o valor de R$ 50 a consulta e possa melhorar ainda mais a remuneração em 2013. Neste sentido, esperamos uma postura de bom senso e respeito por parte dos dirigentes da empresa. Florisval Meinão Presidente da Associação Paulista de Medicina Renato Azevedo Júnior Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo Cid Célio Jayme Carvalhaes Presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo Affonso Renato Meira Presidente da Academia de Medicina de São Paulo

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DNA

Aloisio Tibiriçá

Direitos, deveres e

conquistas Aloisio Tibiriçá, do CFM, comenta a nova realidade dos contratos entre operadoras de saúde, médicos e pacientes Por Anderson Dias

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ma das marcas do ano de 2012 no que se refere ao setor da saúde foi a união de médicos e profissionais em geral, em busca de melhores condições de trabalho, remuneração justa e maior proteção a novos clientes das operadoras. Com apoio das instituições médicas de todo o País, algumas conquistas foram alcançadas. Exemplos disso são as proibições de vendas de determinados planos, como a anunciada pela Agência Nacional de Saúde (ANS) em janeiro, punindo 28 operadoras. A presença das instituições médicas representativas nos debates da ANS é outra marca alcançada pela organização dessa classe. A Resolução 49 prevê o debate obrigatório com a classe médica antes da tomada de importantes decisões. No entanto, o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloisio Tibiriçá Miranda, em entrevista exclusiva à Revista SOBED, diz que ainda há muito a progredir nessa área. O cardiologista, graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem longo histórico de militância por instituições médicas.

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Foto: © Márcio Arruda / CFM

Tibiriçá foi presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) e, desde 2004, atua como conselheiro do CFM. Foi responsável por iniciar a atuação nas Comissões Nacionais de Defesa do Ato Médico e Pró-SUS, além de ser vice-presidente da instituição. Especificamente pela SOBED, quem acompanha e representa a instituição nesses assuntos é a Dra. Vera Mello. A endoscopista confirmou e valorizou as recentes conquistas, mas disse que a fiscalização às operadoras carece de transparência.

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Vera se baseou em um fato atual para justificar sua crítica. “A Instrução normativa 49 da ANS tinha vencimento no dia 12 de novembro de 2012. Após isso, não sabíamos exatamente o que iria acontecer, mas esperávamos por uma renovação. Soubemos da continuação até maio desse ano através de uma ata de reunião da agência. Ninguém havia sido comunicado”, destacou. Confira a seguir, entrevista com o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloisio Tibiriçá Miranda, que aborda esses e outros importantes assuntos:

Tibiriçá valoriza participação das organizações representativas dos médicos no debate

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DNA

Aloisio Tibiriçá

As operadoras negam procedimentos e consultas para conter gastos e aumentar seus já significativos lucros

Como o senhor avalia a legislação atual para operadoras de saúde, no que diz respeito a punições, direitos e deveres? Aloisio Tibiriçá: Existe muito a progredir nessa área. A legislação de direitos e deveres está guiada pela Agência Nacional de Saúde (ANS), tanto para os médicos, quanto clínicas e complementares. No entanto, essa legislação não é aplicada na prática. A maioria dos médicos trabalha sem contrato formal com as operadoras. Com esse cenário de insegurança jurídica, as operadoras praticamente fazem o que querem no mercado. Como esse cenário prejudica o cotidiano de profissionais da saúde e pacientes? Tibiriçá: Um exemplo claro é que nós médicos não temos garantias de reajustes anuais, o que acontece em qualquer categoria profissional, direito previsto em legislação. Vale lembrar que ultimamente temos alcançado algumas vitórias, tudo graças à mobilização da classe médica, através de seus sindicatos, sociedades, organizações e demais instituições. A SOBED, por exemplo, tem participado ativamente de todas as discussões, reuniões e tem papel decisivo em nossas recentes conquistas. O Conselho de Saúde Suplementar (Consu) exige negociação com as instituições

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coletivas e data-base. Nada disso teria sido possível sem a participação intensa de toda a classe. Após as negociações e discussões, já houve algum avanço? Tibiriçá: A ANS já coloca em pauta, antes de qualquer decisão, a discussão com as instituições coletivas dos médicos e profissionais de saúde em geral. É o que prevê a Instrução Normativa 49 da instituição, ou seja, negociar a pauta dos médicos em torno dessa agenda regulatória. Ali também ficou estabelecida a hierarquização dos procedimentos médicos. Também entrou nesse mesmo veio a contratualização. Essas são as principais conquistas até o momento e nós do CFM devemos ser um dos principais fiscais dos cumprimentos dessas normas, que até aqui, eram ‘letra morta’. Pelo lado dos pacientes, quais os principais problemas enfrentados até aqui? Tibiriçá: Esse é um tema que passa justamente pela contratualização, que, com regras mais definidas, protege o paciente. As operadoras têm uma tendência a fazer o que bem entendem no cenário atual. Por exemplo, é público o alto número de reclamações dos usuários de diversas operadoras. Muitas

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Foto: © Márcio Arruda / CFM

dizem respeito ao descredenciamento de serviços, negativas de coberturas de exames e procedimentos sem justificativa. É preciso uma renegociação de política de governo com relação à saúde suplementar. Se houvesse uma fiscalização forte, esse tipo de recusa por parte das operadoras não existiria. A que se deve essa estratégia de vetos das operadoras? Tibiriçá: Basicamente por economia. Mesmo com um crescimento médio de 5% ao ano no mercado de saúde suplementar, faturamento em saltos e remuneração médica avançando, ainda que timidamente, as operadoras não investem. Ou seja, mantém as mesmas estruturas apesar do crescimento. Com isso, aproveitam-se para negar procedimentos e determinadas consultas e contém custos. Claro, eticamente a questão também é preocupante e os médicos podem denunciar esse tipo de situação. Até porque, é realizada uma ação de marketing tão intensa que o paciente se sente extremamente protegido pela lei, o que, muitas vezes, é apenas ilusão. As operadoras se aproveitam de algumas brechas na legislação e acabam por lesar os pacientes? O senhor conhece casos com essas características?

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Tibiriçá: Uma tática utilizada por alguns corretores é fazer com que o cliente adira a um plano coletivo empresarial, quando na verdade é solicitado um plano para pessoa física. Com isso, a operadora não precisa seguir os percentuais de aumentos estabelecidos pela ANS. É preciso que os clientes tenham cuidado, leiam atentamente todas as cláusulas do contrato antes de assinar e busquem informação. Nesse e em outros casos, o cliente deve procurar a ANS e o Procon de seu estado.

Orientação em caso de dúvidas e reclamações é procurar a ANS ou até o Procon

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in loco

ESD

Procedimento

restrito Conheça os desafios da Dissecção Submucosa Endoscópica (ESD) e o que pode ser feito para aperfeiçoar a prática Por Marina Panham

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écnica de ressecção endoscópica das lesões do tubo digestivo com finalidade diagnóstica e terapêutica, a Dissecção Submucosa Endoscópica (ESD, sigla em inglês) surgiu a partir do aprimoramento de um outro procedimento, que consistia na infiltração submucosa com solução salina hipertônica com adrenalina, seguida de incisão das margens com needle knife e ressecção com alça diatérmica. A ESD, como é realizada hoje (foto 1), foi executada pela primeira vez no National Cancer Center Hospital (Japão), em 1999, com a finalidade de ressecar uma neoplasia gástrica precoce. Inicialmente, a taxa de complicações da dissecção submucosa era tão elevada que o procedimento foi muito contestado e quase abandonado, revela Nelson Tomio Miyajima, endoscopista do Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Entretanto, o desenvolvimento de vários tipos de acessórios para dissecção (knifes), e o uso de soluções mais eficientes para a infiltração da submucosa, contribuíram para o aumento da taxa de

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ressecções curativas e, inversamente, reduzindo a taxa de complicações. O Hospital das Clínicas foi um dos pioneiros desta técnica no Brasil. A primeira ressecção de lesão em ceco do País foi realizada em 2007. Posteriormente, a maioria dos casos tratados foram lesões localizadas no estômago, depois no esôfago e, finalmente, no cólon. Segundo Dalton Marques Chaves, que também é endoscopista do Serviço de Endoscopia Digestiva do HC-FMUSP, a oportunidade de

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A expectativa é aprimorar e difundir esse método elegante e eficaz, aumentar a possibilidade de cura e, se possível, oferecer tratamentos minimamente invasivos Nelson Tomio Miyajima

Foto: © Shutterstock

intercâmbio com centros japoneses foi de grande importância para a introdução da dissecção submucosa no País. Como a ESD é empregada principalmente no tratamento de neoplasias precoces de esôfago e estômago, o endoscopista enfatiza ainda a importância do incremento da taxa de detecção dessas lesões. “A expectativa é aprimorar e difundir esse método elegante e eficaz, aumentar a possibilidade de cura e, se possível, oferecer tratamentos minimamente

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invasivos.” (foto 1) Na opinião de Miyajima, o aperfeiçoamento do método se deve a realização de workshops, cursos Hands On, grupos de discussões, sistematização do procedimento e aumento da casuística e experiência individual. Ainda de acordo com ele, é fundamental realizar treinamento para adquirir o conhecimento básico com o intuito de ganhar proficiência e experiência. “O primeiro passo é a habilitação técnica”, observa. Chaves reitera que o endoscopista que pretende realizar o procedimento deve submeter-se a treinamento experimental prévio, assistido por especialista que já domina a prática. Controle e domínio do aparelho por tempo prolongado é outro desafio da ESD, enfatiza Miyajima, pois exige um posicionamento adequado para a realização da incisão e dissecção de modo preciso. Segundo ele, qualquer manobra ou movimentação intempestiva pode resultar em perfuração ou sangramento, já que o trabalho é realizado na estreita faixa da submucosa e muito próximo de vasos e da musculatura própria (foto 2). “Acreditamos que o requisito para a iniciação nessa técnica seja estar familiarizado em conduzir situações críticas como perfuração e sangramento.” Além disso, uma dissecção muito superficial pode comprometer o diagnóstico e, principalmente, a finalidade curativa do procedimento. Miyajima adverte ainda que os endoscopistas

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ESD

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devem estar atentos a questões como o conhecimento técnico dos acessórios; particularidades dos diversos tipos de knifes; manejo e princípios físicos do poder de corte e coagulação; e manobras e ajustes do bisturi elétrico, que devem ser realizados constantemente para obter os melhores resultados, minimizando os riscos de complicações. “O flush knife, por exemplo, tem sido bastante utilizado nos últimos anos”, revela Chaves. Segundo ele, esse estilete é dotado de um pequeno canal que possibilita injetar soro fisiológico na sua extremidade, o que dispensa a agulha de esclerose para injetar solução salina na submucosa durante a dissecção. Além da dificuldade técnica que requer treinamento específico, a disponibilidade da sala de exame e dos aparelhos por um período prolongado — pois o procedimento pode se estender mais do que o planejado — e o custo elevado dos acessórios tornam restrita a realização da ESD. “A dissecção submucosa ainda é bastante onerosa na Endoscopia Digestiva”, observa o especialista, entretanto se comparada à cirurgia, é mais barata e minimamente invasiva para o paciente. Outro desafio, talvez o maior de todos na opinião de Miyajima, é estabelecer a estratégia e condução mais adequada para cada caso, considerando o órgão, as características da lesão como extensão, a presença de componente cicatricial e a localização peculiar sobre pregas, cárdia, canal pilórico, válvula ileocecal, óstio apendicular e diverticular. “A dificuldade é que, em geral, não temos um segundo acessório que auxilie na apresentação e isso deve ser obtido com a estratégia adequada ou, eventualmente, com a aplicação de um fio para exercer tração para apresentação.” As complicações pós-ESD, explica Miyajima, podem ser precoces como sangramento ou perfuração, ou tardias, como a estenose. Lesões mais extensas tem maior risco de complicações. No cólon, a perfuração é mais comum, por apresentar uma parede mais fina, e tecnicamente mais difícil. Para minimizar essas complicações, o endoscopista sugere alguns cuidados técnicos. Na prevenção do sangramento tardio, por exemplo, é necessário identificar os vasos e

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realizar a hemostasia adequada (foto 5), durante a dissecção da submucosa e, ao final do procedimento, realizar a coagulação dos vasos visíveis. “A coagulação não deve ser exagerada, pois está relacionada com o incremento do risco da perfuração tardia.” Outro cuidado necessário para previnir esse tipo de perfuração, é evitar algum dano à camada muscular própria com o knife ou outros acessórios. “Ao final do procedimento, podemos aplicar clipes nos locais em que julgamos ter algum risco de sangramento ou perfuração”.

Fotos: © Nelson Tomio Miyajima / Arquivo pessoal

ESD versus EMR Enquanto as mucosectomias (EMR) em múltiplos fragmentos dificultam uma análise histológica acurada da peça ressecada em relação às margens laterais e profundas da lesão, assim como da invasão de vasos linfáticos e venosos, a ESD permite grandes ressecções em um só bloco, contribuindo para uma melhor avaliação da peça ressecada e, consequentemente, uma menor recidiva local da neoplasia, segundo artigo Câncer Gástrico Precoce, publicado por Dalton Marques Chaves. Na opinião de Miyajima, a ESD permite a ressecção de lesões mesmo em localizações desfavoráveis, com controle das margens e a obtenção de material com ótima preservação (foto 3). Isto possibilita o exame anatomopatológico preciso quanto ao grau de invasão e presença de invasão vascular, e estabelece com segurança se a ressecção endoscópica foi curativa ou não (foto 4). Segundo o estudo Endoscopic Submucosal Dissection of Early Gastric Cancer, publicado pelo Journal of Gastroenterology em 2006, a incidência de recidiva local pós EMR varia de 2,3% a 36,5%, enquanto que na ESD, estudos iniciais tem demonstrado uma incidência de 0 a 1%. Na ressecção em monobloco das neoplasias gástricas, o sucesso das duas técnicas se equivalem para as lesões inferiores a 1 cm de diâmetro, sendo acima de 90%. Para lesões maiores de 1 cm, a dissecção submucosa permanece com sucesso acima de 90%, porém nas mucosectomias cai para a metade.

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5 1 1. Antro gástrico com dupla lesão (setas) 2. Delimitação das lesões em conjunto 3. Infiltração submucosa com solução de manitol 4. Incisão na parte externa à marcação 5. Dissecção parcial 6. Aspecto após finalização da ressecção; 2 Após a dissecção cuidadosa, nota-se exposição da muscular própria e vaso calibroso; 3 1. Neoplasia precoce tipo 0-IIa+IIc de margens mal definidas em incisura angular 2. Delimitação inicial (setas) e ampliada (pontos) 3. Aspecto após ressecção completa 4. Peça ressecada em monobloco com margens macroscopicamente livres; 4 1. Aspecto final após ressecção 2. Lesão gástrica tipo 0-IIa ressecada em monobloco 3 e 4. Face posterior com vasos submucosos; 5 1. Identificação e dissecção do vaso 2. Pré-coagulação com flush knife 3. Vaso coagulado 4. Ressecção do vaso, sem sangramento

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cobertura

Projeto Ambassador

Momento Treinamento técnico e prático foi sucesso em projeto social realizado pela ASGE e SOBED na região norte do País Por Rodrigo Moraes

120 procedimentos endoscópicos realizados. 30 endoscopistas selecionados das regiões norte, centro-oeste e nordeste do País. 14 médicos preceptores dos grandes centros de endoscopia brasileiros. 7 dias de atividades teóricas e práticas, com a presença de 2 convidados internacionais da American Association of Gastrointestinal Endoscopy (ASGE). Esses são números que falariam por si para dar uma dimensão de como foi o Projeto Ambassador, da ASGE, realizado no Brasil entre os dias 2 e 7 de dezembro, na capital amazonense. Entretanto, o mais importante ainda estava por vir. Todos os participantes reunidos tinham um objetivo: levar conhecimento prático aos profissionais que atuam em um raio de 500 km (partindo de Manaus) e atendimento a uma parcela da população que vive em regiões de difícil acesso.

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ร nico

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cobertura

Projeto Ambassador

Depois de passar por países como Egito, Vietnã, Equador e Ilhas Salomão, o Projeto aportou no Brasil a partir de uma parceria com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e que esteve sob a coordenação dos endoscopistas Ricardo Anuar Dib e Thiago Secchi. De acordo com Holly Becker, diretora-assistente de Programas Internacionais da ASGE, o “Ambassador Brasileiro” foi o maior programa já realizado tanto pela quantidade de médicos participantes selecionados, quanto na quantidade de pacientes atendidos durante o evento. Dividido em duas partes (teórica e a prática), os três primeiros dias do projeto foram realizados na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e a parte prática – últimos três dias –, na Fundação Hospital Adriano Jorge, ambas em Manaus (AM). Além das duas entidades, o encontro teve o apoio da Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (SUSAM) e do Núcleo de Telessaúde do Amazonas. O objetivo foi formar ‘embaixadores da endoscopia’ com o mais alto nível de conhecimento em regiões de difícil acesso e que pudessem oferecer atendimento de qualidade para populações carentes. “A ideia foi fazer com que esses especialistas revalidassem os conceitos para determinados procedimentos endoscópicos pouco usuais, ou as vezes que nem são realizados, em suas respectivas cidades”, explicou o coordenador do Projeto, Ricardo Dib. Para o outro coordenador nacional do encontro, Thiago Secchi, a realização do evento no País é fruto de um esforço de quase 18 meses de trabalho desde a primeira conversa informal dos dois endoscopistas com representantes da sociedade americana durante a Digestive Disease Week (DDW), de 2011, realizada em Chicago (EUA). “Depois de muitas tratativas com a ASGE, visitamos várias cidades da região Norte. Escolhemos Manaus, pois tivemos boa receptividade e retaguarda, além do importante apoio institucional e o engajamento dos médicos do Amazonas”, lembrou Secchi. A comissão local foi composta por Alinne Maia, Thiago Paiva, Maurissathler Abreu,

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Marcelo Monteiro e a atual presidente da SOBED-AM, Jeanne M. G. Pimentel.Para ela, além do aspecto social e técnico de um evento internacional desse porte, a iniciativa pôde sensibilizar a diretoria dos hospitais e os secretários de saúde da região para a necessidade de ampliar a estrutura dos serviços. O agora ex-presidente da SOBED, Sérgio Bizinelli, por sinal em sua última atividade da agenda à frente da entidade, ressaltou que mais até do que os médicos participantes, os maiores beneficiados são os pacientes que receberam tratamentos e procedimentos de profissionais altamente qualificados. “Particularmente é uma satisfação encerrar a gestão participando de um Projeto como esse. Espero que traga bons frutos.” Para Thiago Paiva, endoscopista do Hospital Adriano Jorge, o programa foi de fundamental

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importância para os profissionais e pacientes da região amazônica. “Esperamos dar continuidade e que todos levem consigo essa experiência e os ensinamentos para colocar em prática nas suas regiões”, diz. Ao comentar a realidade e a importância da região norte do Brasil, o preceptor e também ex-presidente da SOBED, Carlos Alberto Cappellanes lembrou que alguns desses profissionais são verdadeiros heróis. “São médicos dedicados. Empenhados em oferecer o melhor aos seus pacientes. Com uma oportunidade como essa de aprender, treinar e se desenvolver, espero que eles possam se unir e que, juntos, pulverizem esse conhecimento.”

Treinamento e mãos à obra Na opinião do endoscopista de Matupá, no Mato Grosso (MT), Bolivar Novoa Almeida,

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Depois de passar por países como Egito, Vietnã, Equador e Ilhas Salomão, Projeto Ambassador aportou no Brasil por meio de uma parceria entre a ASGE e SOBED

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Fotos: © RS Press / Divulgação

Da esquerda para a direita, aula teórica foi ministrada na UEA. Enquanto a parte prática do Projeto aconteceu na Fundação Hospital Adriano Jorge


cobertura

Projeto Ambassador

Àcima a parte prática na qual foram realizados procedimentos de gastrostomia, ligadura elástica e mucosectomia. Abaixo à esquerda, os 14 preceptores do Projeto e ao lado Sérgio Bizinelli, Alinne Maia e Ricardo Dib

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o sucesso de qualquer trabalho está no treinamento. “Um médico habilitado e bem treinado pode fazer a diferença.” Opinião compartilhada também pela organização que dividiu o início das aulas teóricas com os treinamentos práticos em bonecos com estômagos de suínos, no Curso Hands On. Foram feitos procedimentos de gastrostomia, ligadura elástica, mucosectomia, dilatações endoscópicas, retirada de corpos estranhos, colocação de clips/endoloops e argônio. “Esse modelo é um dos melhores para se ensinar uma nova tecnologia, ou treinar um procedimento que não se tenha domínio e experiência”, opina Angelo Ferrari Jr., um dos 14 preceptores do Ambassador. E completa: “o principal complemento disso é justamente a possibilidade desses profissionais realizarem, depois de treinados e orientados no Hands On, os mesmos procedimentos nos pacientes.A capacidade de absorção apenas assistindo é muito menor do que quando você está executando as ações”. No dia 4, todos tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre as técnicas de salvamento do Curso de Suporte Avançado de Vida em Endoscopia (SAVE®). Já tradicional nos eventos da SOBED, esse curso oferece

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treinamento de como lidar com complicações durante alguns procedimentos endoscópicos mais avançados, por exemplo, paradas cardiorrespiratórias e arritmias. Depois de instruídos e treinados nos três primeiros dias, 120 procedimentos endoscópicos foram realizados no Hospital Adriano Jorge, com uma média de 40 por dia. Entre eles: polipectomia, ligadura elástica, colonoscopia, gastrostomia, colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), a colocação de um balão intragástrico, um exame com cápsula endoscópica, além da retirada de um corpo estranho, fruto de uma emergência recebida no hospital. Em sua maioria os procedimentos foram conduzidos pelos próprios participantes, com o acompanhamento dos 14 preceptores envolvidos. Se comparado aos demais ‘Ambassadors’ já realizados, para Holly Becker, essa foi justamente a diferença crucial brasileira. Houve uma efetiva participação dos selecionados nos procedimentos. “É claro que cada programa, cada país acaba tendo as suas particularidades. Entretanto, a concepção e as diretrizes são as mesmas. Conforme observamos, a realização dos procedimentos pelos participantes foi realmente diferente do usual, mas pudemos avaliar que foram muito bem executados”, ressalta a diretora-assistente de Programas Internacionais da ASGE.

Balanço positivo Ser líder na assistência à saúde digestiva do paciente pela promoção da excelência e inovação na endoscopia. Essa é a premissa estatutária da ASGE. Se esse conceito for trazido e comparado aos resultados do Projeto Ambassador no Brasil, tanto a entidade americana, quanto a SOBED, os preceptores e participantes concordam em um aspecto: os objetivos foram 100% alcançados. “Aquilo que nos propusemos a fazer foi tudo absolutamente realizado. Como coordenador, foi uma satisfação pessoal ter contribuído para que colegas endoscopistas pudessem revalidar ou adquirir novos conceitos de procedimentos terapêuticos endoscópicos básicos”, externa Ricardo Dib e completa: “Além, claro,

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Projeto Ambassador

de ter conseguido, em nome da SOBED, proporcionar a oportunidade de um atendimento com qualidade a alguns pacientes”. Para a representante da ASGE, o Projeto foi muito bem organizado pela Sociedade Brasileira. “O resultado foi muito bom. Inclusive, soubemos de casos de pessoas que viajaram mais de 12 horas de barco para serem atendidas pelo programa”. Em resumo, ela enfatiza a intensa e positiva participação dos médicos preceptores da SOBED e da ASGE e dos médicos selecionados. “Sem dúvida, essa edição foi um grande sucesso.” Para um dos convidados internacionais, o endoscopista da Emory University School of Medicine, em Atlanta (EUA), Quian Cai, a experiência foi muito interessante, em função não apenas da oportunidade de ensinar realizando os treinamentos. “Observei e aprendi muito com a técnica, com a simpatia, a cordialidade e o comprometimento com que os médicos brasileiros se dedicaram e se interessaram por um Projeto desse molde.” Na mesma linha, o outro convidado, Seng-Ian Gan, da Universidade de British Columbia, em Seattle (EUA), também destacou a oportunidade de interação. “Pude ter uma importante visão e compartilhamento

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com os participantes e, principalmente, com os preceptores. Fiquei muito impressionado com o nível técnico deles. Em muitos momentos nós fomos apenas observadores”, finaliza. Vários dos especialistas ouvidos foram enfáticos ao dizer que o evento certamente irá gerar um grande impacto na vida profissional e até pessoal dos médicos selecionados. “Foi realmente um diferencial. Pra mim, assim como creio que para a maioria dos participantes”, descreve Fábio de Souza Feltrin, endoscopista de Rio Branco, no Acre. “Vivemos muitas vezes em realidades semelhantes e tivemos essa oportunidade de convívio e troca de experiências. Isso tudo nos engrandece muito”, complementa, Clelma Pires Batista, endoscopista de São Luís (MA) durante discurso no jantar de encerramento. Feltrin também já dá um exemplo prático dessa mudança. “Eu vinha fazendo os procedimentos de ligadura elástica. Agora eu volto para continuar fazendo esse tipo de procedimento com outra visão. Consegui tirar várias dúvidas e vi que estava no caminho certo. Volto muito mais seguro e confiante. Em suma, está sendo realmente um marco divisório. A bagagem e essa imersão que fizemos aqui vai fazer com que nos tornemos profissionais muito melhores”, finaliza.

Todos os participantes do programa reunidos em jantar de encerramento

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Fotos: © RS Press / Divulgação

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Preceptores Relação dos médicos preceptores nacionais e internacionais:

Médicos selecionados Confira a seguir a lista dos médicos participantes: Fabiano de Souza Feltrin (AC) Alinne Lais Bessa Maia (AM) Ana Maria de Mendonça Oliveira (AM) Daniele Nahmias Melo Rodrigues (AM) Celia Regina Marques Ferreira (AM) Everton Ricardo de Abreu Netto (AM) Fabio Alexandre de Sousa (AM) Jeanne Monique Guimaraes Pimentel (AM) Jorge Luiz Bastos Arana (AM) Leonardo Soares da Silva (AM) Marcelo de Souza Silva (AM) Marcelo Rezende Monteiro (AM) Maurissathler Abreu Nery (AM) Ricardo Paes Barreto Ferreira (AM) Thiago Silveira Paiva (AM) Pedromar Valadares Melo (AP) Clelma Pires Batista (MA) Bolivar Alejandro Novoa Almeida (MT) Daniel Moura Parente (RO) Cezar Augusto Roeder (RO) Francisco Eduardo Morais de Oliveira (RO) Marcelo Pereira da Silva (RO) Spencer Vaiciunas (RO) Silvio Fernandes dos Reis (RR) Denise Moreth de Santana (RR) Harley Pandolfi Junior (TO) Jorge Luiz de Mattos Zeve (TO) Jose Augusto Menezes Freitas de Campos (TO) Mery Tossa Nakamura (TO) Nadja Duarte O.S.Chiavini (TO)

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Admar Borges (PE) Angelo Ferrari Jr. (SP) Carlos Alberto Cappellanes (SP) Daniel Moribe (SP) Fabio Segal (RS) Flavio Hayato Ejima (DF) Marco Aurélio D’Assunção (SP) Nelson Yuji Takahashi (SP) Otávio Micelli Neto (SP) Quian Cai (EUA) Ricardo Anuar Dib (SP) Seng-Ian Gan (EUA) Sergio Luiz Bizinelli (PR) Thiago Festa Secchi (SP) Tomazo Franzine (SP) Leonardo Vanzato (SP)* Samir Lisak (SP)* * Curso SAVE®

Empresas apoiadoras O evento contou com o apoio das empresas do segmento: Allergan, Boston Scientific, Cook, Endoclear, Fujinon, Gflex, Medi-Globe, Olympus, Pentax, US Endoscopy e WEM.

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especial

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Revista SOBED comemora cinco anos de existência e se consolida como principal publicação jornalística da especialidade

Por Tatiana Piva Colaborou Samantha Cerquetani

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20 edições publicadas, 11 produtos especiais derivados da revista, 100 reportagens, aproximadamente 500 notas escritas e mais de 1092 páginas. Esses são só alguns números alcançados pela Revista SOBED nos seus cinco anos de existência. E para celebrar essa data especial, a equipe de reportagem preparou uma matéria para relembrar os momentos mais importantes da publicação. Antes do ano de 2008 quando, oficialmente a revista recebeu esse nome e tornou-se periódica, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) já possuía diversas outras formas de comunicação com seus associados como o SOBED online (newsletters), seu site — que nesse meio tempo também passou por reformulações — e informativos impressos, com o objetivo de divulgar os principais eventos da área. Além de uma revista científica (GED – Gastroenterologia Endoscopia Digestiva), fruto de uma parceria com a Sociedade de Gastroenterologia e Nutrição de São Paulo, e hoje órgão oficial da SOBED, Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva (SBMD).

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especial

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Artur Parada, endoscopista e ex-presidente da SOBED (gestão 2006-2008) foi um dos principais responsáveis por incentivar a criação da revista como ela é hoje. E lembra que esse viés científico existia por meio da GED, mas havia uma necessidade maior de comunicação social com os associados. “O número de sócios da SOBED crescia a cada dia e precisávamos estimular a divulgação de assuntos do interesse da Sociedade.” A escolha do nome da revista também foi feita pela diretoria da gestão de Artur Parada. Assim que saiu da presidência, o endoscopista foi substituído por Carlos Capellanes. Em 2009, os médicos Thiago Secchi e Horus Brasil foram convidados pelo novo presidente para compor a comissão da revista. Na gestão seguinte, de Sérgio Bizinelli, mais dois endoscopistas passaram a integrar esse grupo:

Artur Parada, ex-presidente da SOBED (2006-2008) foi um dos principais incentivadores da Revista

Gustavo Andrade de Paulo e Jimi Scarparo. “Foram praticamente cinco anos fazendo a publicação, o que considero uma experiência muito agradável e na qual aprendemos muito”, afirma Thiago Secchi. Ele lembra que também foi no início de 2009 que foi feita a primeira reformulação gráfica e editorial da publicação. Outra mudança ocorreu dois anos depois. E, desde então, se tenta manter a revista o mais atualizada possível, fazendo mudanças sempre que necessário. Para Gustavo Andrade de Paulo, atual coordenador de comunicação da SOBED, ao crescer, a Sociedade passou a necessitar de uma ferramenta de divulgação de suas atividades. “Então, a revista surgiu para sanar essa deficiência.” Com o objetivo de integrar endoscopistas de todo o Brasil, a publicação serve como veículo de informação profissional, atualização, reciclagem e entretenimento. Além de ajudar a fortalecer o papel da SOBED como sociedade representativa dos endoscopistas brasileiros. Portanto, todos esses profissionais concordam em relação à grande importância da revista. Segundo Parada, na gestão dele foi muito usado o viés político, para manifestar a opinião da diretoria naquele momento. Ele recorda o grande espaço que se dava para falar sobre a luta médica por melhores honorários médicos e direitos dos pacientes.

Nesses cinco anos de existência, a Revista SOBED alcançou conquistas muito relevantes. Em 20 edições foram divulgados diversos assuntos de interesse da especialidade. Entre eles, a luta constante dos médicos endoscopistas por melhores negociações com planos de saúde, encabeçada pela Comissão de Ética e Defesa Profissional da SOBED. E que, inclusive, resultou na criação de novos eventos como o Fórum Nacional de

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Foto: © RS Press / Divulgação

Histórico


História em números

Produtos derivados Alguns outros produtos de comunicação ‘derivaram’ da Revista SOBED. Em 2009 foram produzidos um jornal mural, uma revista em formato pocket e um hotsite do Congresso Brasileiro de Endoscopia Digestiva, que naquele ano aconteceu em Salvador, na Bahia. No ano seguinte, para o mesmo evento ocorrido em Florianópolis (Santa Catarina), foi produzido um jornal especial distribuído no primeiro dia do encontro e novamente o hotsite do congresso. Em 2011, já com a SOBED fazendo parte da Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD), a opção foi continuar com a ferramenta do hotsite sobre o evento. Nesse mesmo ano, foi feito o Jornal da SOBED que contou com a cobertura do 5º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, que aconteceu em Goiânia (GO). No ano passado o Jornal da SOBED voltou a ser uma ferramenta de comunicação e cobertura de evento, mas dessa vez para trazer as principais notícias da SBAD 2012, ocorrida em Fortaleza (CE), além do já tradicional hotsite do congresso.

20 11 100 25 500 1092 edições (contando com essa revista)

11 edições/produtos especiais

reportagens

entrevistas

Jornal Mural - 2009

Hotsite - 2009 a 2012

notas (somadas as seções Radar e Por dentro)

páginas

Jornal da SOBED - 2010 a 2012

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Revista SOBED Formato pocket - 2009

2.080.000 caracteres

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especial

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Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva e 11ª Semana Brasileira do Aparelho Digestivo, ambos ocorridos no ano passado. Falando em eventos, os principais congressos de endoscopia e até de áreas correlatas também fazem parte da pauta da revista com frequência. Entre eles os Simpósios Internacionais de Endoscopia Digestiva, as Semanas Brasileiras do Aparelho Digestivo e, mais recentemente, projetos internacionais que chegaram ao País, como o Ambassador (acompanhe cobertura completa do evento nas páginas 20 a 27 dessa edição). Matérias sobre curiosidades a respeito de médicos endoscopistas que tem como hobby a montaria em cavalos, a prática de motociclismo, e até a criação de projetos sociais que ficaram conhecidos no Brasil inteiro, são alguns exemplos retratados nas últimas edições da publicação.

Gustavo Andrade de Paulo, atual coordenador de comunicação da SOBED

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Honorários Médicos e Cooperativismo. Reportagens especiais produzidas com o objetivo de oferecer atualização profissional como, os avanços para a técnica da cápsula endoscópica e as adaptações necessárias aos endoscopistas com as novas resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de uma matéria especial abordando os 35 anos da SOBED, publicada em 2010. O panorama da endoscopia em alguns estados e cidades que receberam importantes eventos nos últimos anos como Minas Gerais, Ceará e Goiás, também receberam devido espaço na revista. Além de entrevistas com grandes experts da área como Marcelo Averbach, um dos autores do Atlas de Endoscopia Digestiva da SOBED, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Ciência e Saúde, em 2011, e com o endoscopista venezuelano Leonardo Sosa Valencia, que esteve presente em importantes eventos brasileiros como o 6º

Além da reformulação do projeto gráfico e editorial em 2009, a publicação passou por uma nova e significativa mudança em 2011. “Após a reformulação, a revista ficou mais interessante, dinâmica e mais próxima dos endoscopistas. Mudou o foco para o interesse dos associados, com apresentação mais clean e matérias de alto nível”, opinou o atual coordenador de comunicação da SOBED. “Para isso, sempre contamos com a importante colaboração da RS Press”, conta Secchi. A empresa é a responsável pela produção da revista e pela assessoria de imprensa da SOBED e, na ocasião apresentou à Sociedade uma nova ideia de projeto editorial, que diz respeito à parte de conteúdo, e gráfico, ou seja, os quesitos visuais da publicação. “Acho importante manter a revista sempre atualizada. Isso a torna mais legível, com aspectos visuais mais leves e modernos, algo muito importante se formos pensar nas inúmeras possibilidades de informações em tempo real hoje”, diz.

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Novas mudanças


Ainda na opinião do endoscopista, todas as sociedades devem manter seus associados informados de todas as novidades, atualizações, novas regulamentações geradas pelas agências reguladoras do governo, e que interferem diretamente na vida dos médicos. “A revista ainda serve como instrumento para divulgação do que a diretoria faz para a sociedade, pois temos várias comissões que trabalham em várias frentes e de forma intermitente”, completa.

Futuro Mas as mudanças e adaptações não podem parar e isso, segundo os especialistas que já estiveram ou estão envolvidos com a produção da revista, é o segredo para que a publicação esteja sempre atualizada e consiga atender aos seus principais objetivos. Para Andrade, uma das formas de aumentar o interesse pela Revista SOBED foi a inclusão de matérias científicas de atualização, afinal, os endoscopistas gostam de aliar ciência e entretenimento em um único veículo. O que ocorreu graças às sugestões dos próprios associados. Ele informa que a comissão editorial está totalmente aberta para comentários, sugestões e críticas dos endoscopistas. Afinal, a satisfação dos associados é a principal meta da SOBED. Segundo ele, a coordenação de comunicação da Sociedade quer estimular cada vez mais a participação dos especialistas na revista. “Gostaríamos de ouvir mais as opiniões, críticas e sugestões, no intuito de buscar sempre o melhor para a publicação. Acreditamos que ela deve ser feita pelos associados e para os associados.” Principal incentivador da publicação, Artur Parada sugere que a revista sempre seja feita ‘de baixo para cima’. “A Sociedade tem de criar um canal de debates e comunicação direta com seus associados e fazer com que essa participação sempre seja efetiva.”

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Acho importante manter a revista sempre atualizada. Isso a torna mais legível, com aspectos visuais mais leves e modernos, algo muito importante se formos pensar nas inúmeras possibilidades de informações em tempo real hoje Thiago Secchi (foto)

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Publicações científicas

Distribuição de

conhecimento Publicações científicas disseminam novas tendências e técnicas. Crescimento do Brasil é iminente 32

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Por Anderson Dias

Foto: © Shutterstock

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ublicações científicas têm importância estratégica dentro de diversos segmentos profissionais e quando se trata do universo médico, essa relevância é aumentada. Afinal, são por meio dessas revistas que os especialistas têm acesso ao que há de mais avançado em suas áreas, o que lhes proporciona atualização científica, além de serem incentivados à produção de pesquisas quando submetem seus artigos nessas publicações. Na área de Endoscopia Digestiva há importantes

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veículos que contam com um vasto material desenvolvido por especialistas do setor. Alguns exemplos de publicações são a Arquivos de Gastroenterologia e a Revista GED, ambas brasileiras; a Gastrointestinal Endoscopy, vinculada a Sociedade Americana de Endoscopia Digestiva (ASGE, sigla em inglês), produzida nos Estados Unidos e a Endoscopy, da Sociedade Europeia de Endoscopia Digestiva (ESGE, sigla em inglês), editada na cidade de Munique, na Alemanha. As revistas norte-americana e europeia possuem fator de impacto (leia box na página 34) avaliado em cinco, sendo de 5,300 para a Gastrointestinal Endoscopy e 4,750 para Endoscopy. Os dados correspondem aos últimos cinco anos, de acordo com o membro da comissão científica e editorial da SOBED, Marcelo Averbach. No caso específico do Brasil, a Arquivos de Gastroenterologia, indexada no LILACS (mais abrangente índice de literatura científica e técnica da América Latina e Caribe) e na MEDLINE (Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica que pertence à Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos), tem fator de impacto de 0,1591. Já a Revista GED também exerce um papel importante como órgão oficial das principais entidades da área, como a SOBED. Se comparado às principais publicações europeias e norte-americanas, o número brasileiro é baixo. No entanto, o especialista Marcelo Averbach, que também é médico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, diz que houve um crescimento de artigos e trabalhos publicados nos últimos anos. “Houve um aumento no número de publicações brasileiras, sendo que trabalhos muito bons foram produzidos nos principais serviços de endoscopia do País. Alguns foram muito citados e contribuem para o avanço da especialidade”, avaliou. Como as publicações europeias e norte-americanas têm algumas décadas a mais que as brasileiras, o especialista acredita que o País tenha potencial para crescer nesse segmento, com qualidade e contribuições importantes para a endoscopia digestiva de todo o mundo.

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Publicações científicas

E para alcançar esse objetivo, de ao menos se aproximar dos níveis internacionais, Averbach sugere mais divulgação e incentivo à realização de artigos nas universidades. “Acho importante que os médicos, principalmente os que trabalham em instituições de ensino, tenham a preocupação de desenvolver linhas de pesquisa e estimulem os mais novos a se engajarem”, disse, preocupado com a qualidade das publicações que, em última instância, promovem o desenvolvimento da especialidade. Também integrante da comissão científica e editorial da SOBED, o médico gastroenterologista Julio Cesar Pisani, de Curitiba (capital paranaense), exalta o papel das publicações científicas. “O médico necessita constantemente de atualização e reciclagem e as publicações é que embasam esse conhecimento. Em resumo, é através delas que todos nós, temos oportunidade de melhorar e aprimorar nossas técnicas”, analisou.

Cálculo de FI Fator de Impacto (FI) é uma medida que reflete o número médio de citações de artigos científicos publicados em periódicos específicos. É através desse número que os especialistas avaliam a importância de cada veículo. Quanto maior o fator de impacto, mais repercussão e relevância tem aquela publicação junto aos especialistas. No que se refere à matemática, em um determinado ano o FI de uma publicação é calculado de acordo com o número médio de citações dos artigos publicados no biênio anterior. Por exemplo, o FI de uma publicação periódica em 2009 pode ser calculado da seguinte maneira: • A = o número de vezes em que os artigos publicados em 2007 e 2008 foram citados por periódicos indexados durante 2009; • B = o número total de “itens citáveis” publicados em 2007 e 2008 (“itens citáveis” são artigos, revisões, resumos de congressos ou notas, não sendo computados editoriais ou cartas ao editor); • O fator de impacto de 2009 será o resultado de A dividido por B. Tendo essa equação, se no periódico em questão foram publicados 320 artigos científicos, no biênio 2007/2008, e no ano seguinte foram 920 citações, seu FI em 2009 será 920/320, que totaliza 2,875.

Fonte: Garfield, Eugene. “The use of journal impact factors and citation analysis for evaluation of science”.

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Pisani, no entanto, diz que para chegar ao nível de publicações europeias e norte-americanas, é preciso restaurar o padrão científico das universidades, principalmente das públicas. “Temos de deixar a cultura de comprar a pesquisa já feita e adaptá-la às nossas condições. Nos últimos anos, nossos hospitais (eminentemente) universitários entraram num processo de degradação no qual a pesquisa foi praticamente abandonada”, opinou. Doutora Adriana Vaz Safatle-Ribeiro, médica do Hospital das Clínicas de São Paulo, também exaltou a importância das publicações. Para ela, a publicação científica representa a divulgação de uma novidade ou contribuição para o conhecimento científico em nível nacional e internacional. “Todo nosso conhecimento de hoje se deve a esse instrumento”, esclareceu. Adriana acredita que um investimento alto, planejado, realizado de maneira séria e honesta, tem retornos garantidos nessa área. Segundo ela, o investimento em pesquisa precisa ser incrementado, pois certamente haverá retorno tanto do ponto de vista científico quanto econômico. “Publicações em revistas de alto impacto exigem novos avanços e estratégias que possam beneficiar ou facilitar o diagnóstico e a terapêutica ao paciente”, disse.

Atualidades A endoscopia digestiva é uma das mais jovens especialidades e tem muito espaço para crescimento. A tecnologia traz progressos consideráveis e as mudanças são constantes nessa área. Essas e outras características formam um cenário interessante para quem quiser publicar artigos científicos, de acordo com o editor da Revista GED e professor da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Roberto Arruda Alves. A GED está entre as principais publicações da área e abrange as áreas endoscópica, clínica, cirúrgica e de investigação funcional do aparelho digestivo. Desde 1982, foram publicados mais de 3.200 artigos, trabalhos que envolvem mais de 15 mil autores. “Em geral os trabalhos publicados na GED são clínicos

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4. © GED / Divulgação 3. © Arquivos de Gastroenterologia / Divulgação 2. © Endoscopy / Divulgação Fotos: 1. © Gastrointestinal Endoscopy / Divulgação

e não se pretende atrair trabalhos de tecnologia de ponta”, explicou Alves. As possibilidades de pesquisas são vastas, já que o Brasil não é produtor de pesquisa tecnológica em endoscopia. “Novos equipamentos são empregados, novas técnicas de utilização são testadas em diferentes situações clínicas e tudo gera informação, que deve ser apresentada em forma de publicações”, lembrou o editor, que reafirmou em diversos momentos que há muito espaço para crescimento na área de publicações científicas em endoscopia digestiva no País. Vale lembrar que a GED, de acordo com o editor, é reconhecida como voz dos especialistas das sociedades que a tem como órgão oficial, portanto, sua pauta é representativa no que diz respeito aos interesses da comunidade. “Todas as contribuições, quer trabalhos originais, quer relatos de casos ou imagens em foto, são bem vindas”, incentivou ele. Os números do Brasil na área de publicação científica não são dos mais altos. De acordo com a Digital Science (especializada em números e softwares para ciência), o País ocupa o 24º lugar, com 1,2 ponto, em uma escala de 100 pontos correspondentes à produção dos Estados Unidos. No entanto, quando olhamos a quantidade de doutorados produzidos por especialistas brasileiros, o País é o sétimo do mundo, o que reflete, de acordo com Alves, “um esforço para avançar no ensino superior e na pesquisa”.

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1- Gastrointestinal Endoscopy, editada nos Estados Unidos, é uma das referências da especialidade em todo o mundo 2- Endoscopy é a revista oficial da Sociedade Europeia de Endoscopia Digestiva 3- Arquivos de Gastroenterologia tem participação importante no Brasil 4- GED é a revista considerada oficial pelas sociedades da área

Como publicar? Os especialistas que tiverem teses, estudos, novos tratamentos ou qualquer outro tipo de material e queiram publicá-los, devem seguir alguns processos. Primeiro, o conteúdo deve ser bem planejado e obedecer a princípios científicos básicos. Marcelo Averbach aproveitou para deixar mais dicas de requisitos básicos para evitar respostas negativas das instituições que editam os artigos. “O próximo passo é escolher onde publicar e adequar o formato ao exigido pela revista escolhida. Atualmente, os artigos são submetidos de forma eletrônica. A resposta é rápida, seja para aceitar, pedir alterações ou recusar a publicação”, disse. Mesmo que o trabalho seja recusado, o especialista lembra que é possível submeter o mesmo estudo a outra revista, com possibilidades de aprovação. Outro detalhe lembrado por Averbach é a necessidade de o trabalho ser escrito de forma clara, ou seja, com boa pontuação, de maneira que os leitores consigam compreender adequadamente, sem dúvidas. Vale lembrar que a maioria dos procedimentos adotados em cirurgias, exames, medicamentos e diversas outras áreas da medicina em geral foram divulgadas e ampliadas até para o mundo todo, a partir de publicações em revistas e jornais desse tipo.

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pescador Fascinado pelo esporte desde a infância, o ex-presidente da SOBED Estadual Goiás consegue realizar seu hobby pelo menos quatro vezes ao ano, além de pilotar carros de corrida Por Samantha Cerquetani

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e enfrentou problemas financeiros para concluir a graduação. “Tive a sorte de morar com meus pais durante a faculdade, pois assim não precisei gastar com moradia. Entretanto, tive bastante dificuldade para comprar livros e materiais necessários e exigidos durante as aulas”, lembra. O especialista se formou no ano de 1980, aos 27 anos. Após a formatura, escolheu o Hospital Geral de Jacarepaguá (RJ) para realizar a sua residência em cirurgia-geral. Em 1984, fez um estágio durante seis meses no Hammersmith Hospital, em Londres. Entre 1996 e 1997, realizou um treinamento em endoscopia bíliopancreática e ecoendoscopia com o professor Claude Liguory, em Paris. “Fiquei na cidade por um ano e meio e essa experiência mudou completamente a minha vida em todas as áreas. Seguramente sou uma pessoa antes e outra completamente diferente depois de retornar da França”, afirma. O especialista declara ter ficado apaixonado pela área de endoscopia por gostar de analisar imagens, devido às constantes mudanças na tecnologia e por desejar

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o relembrar a infância na cidade de Goiânia (GO), o endoscopista e ex-presidente da SOBED Estadual Goiás (gestão 2010-2012), Marcus Vinicius Silva Ney, 59 anos, afirma ter realizado atividades comuns para uma criança nascida em uma cidade pequena: futebol em campo de terra, brincadeiras com estilingues, convivência com animais na mata e até mesmo nadar em cachoeiras da região. Mas ele confessa que pescar com o pai nesse período de sua vida foi bastante marcante e divertido, o que foi determinante para que essa atividade se tornasse um hobby que o acompanha até os dias de hoje. Logo na adolescência, ele conta que já queria seguir a carreira de médico, pois o desejo de atuar nessa área surgiu quando ainda era muito pequeno. Ney não teve influência alguma da família na escolha da profissão, mas recebeu apoio total de seus parentes que o incentivaram a realizar esse sonho. Sendo assim, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFGO) na década de 1970

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você

Pesca

Enquanto se divide entre a rotina no consultório e procedimentos endoscópicos, o especialista consegue arranjar um tempo extra para pescar peixes grandes. O profissional costuma levar seu filho (abaixo, à esq.) nas pescarias desde muito pequeno, e o garoto segue a tradição da família

sempre ter mais conhecimento. Com a viagem à Paris, ele relata ter percebido que estava na direção certa e a experiência foi gratificante e decisiva em sua carreira. “Tive a oportunidade de acompanhar o trabalho de verdadeiros gênios da área de endoscopia. Aprendi muito com o Dr. Claude Liguory na Clinique Médicale de l’Alma e mudei pouquíssimos procedimentos que vivenciei nessa fase. Conheci também Dr. Cyrille Pauphilet, formidável profissional que me ensinou tudo em ecoendoscopia.” Ele explica que colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) e ecoendoscopia correspondem hoje a mais de 90% do seu trabalho no consultório médico. Ney também realizou mestrado na Universidade de São Paulo (USP) e foi professor do departamento de cirurgia da Faculdade de Medicina da UFGO. Durante sua gestão como presidente da SOBED Estadual Goiás, Marcus Vinicius lutou pelos honorários médicos e organizou eventos como o 5º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva, que aconteceu em 2011 e contou com a presença de convidados internacionais e grandes nomes nacionais da especialidade. De acordo com ele, desde 1996, Goiânia não recebia um encontro de grande porte na área e foi uma grande conquista. “Cumprimos nosso papel, pois a endoscopia da região precisava desse estímulo e o evento serviu para aumentar o interesse na especialidade”, afirma. Ele ressalta que a experiência foi positiva e os objetivos alcançados, uma vez que a Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) de 2013 também acontecerá no segundo semestre em Goiânia.

Paixão por pescarias e carros de corrida Enquanto se divide entre a rotina no consultório e procedimentos endoscópicos, o especialista consegue arranjar um tempo extra para fazer o que mais gosta: pescar peixes grandes. Desde os quatro anos de idade, o médico acompanhava o pai nessa atividade e atualmente, pelo menos quatro vezes ao ano, se dedica à pescaria. E ainda conseguiu pas-

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sar essa tradição para os filhos. “Gosto muito de rios de natureza mais selvagem e vario bastante, mas o rio Araguaia é onde pesco com mais frequência. Meu filho de 18 anos, Marcus Vinicius Brill, me acompanha sempre que possível. É uma tradição familiar”, conta com orgulho. O endoscopista já pescou também nos seguintes locais: Ilha do Bananal (entre os rios Araguaia e Javaés, no estado do Tocantis), Bandeirantes (interior de Goiás), Rio Tapajós (entre Mato Grosso e Pará), Rio Negro (Amazonas), Lago Mata Coral (Rio Araguaia), Barra Grande (litoral sul da Bahia) e Rio Teles Pires (Mato Grosso). Para o profissional, não existe nada que o deixe mais relaxado, longe dos problemas, realizado e feliz. Ele acredita que pescar, se reunir com os amigos, ter contato com a natureza é a melhor forma de se desligar da cidade e ter paz, por isso, mesmo com a agenda lotada de compromissos durante todo o ano, não abre mão desse hobby. Atualmente Ney tem um grupo de amigos que pescam juntos, em diversas regiões. Seus colegas de pescaria exercem as mais diferentes atividades profissionais, mas os médicos, os advogados e os empresários estão em maior número. Durante a adolescência, além da pescaria, o endoscopista se interessou também por automobilismo. Assim, começou a acompanhar a carreira de astros de carros de corrida, como Ayrton Senna, Nelson Piquet e Emerson Fittipaldi e se inspirou quando teve a chance. “Corri entre 1989 e 1996 com alguns profissionais em Goiânia, que têm uma grande tradição automobilística, diga-se de passagem. Tive momentos muito prazerosos, mas sempre levei na brincadeira, apesar de ter conquistado alguns troféus”, relembra. Em um futuro não muito distante, o profissional pretende se aposentar, conseguindo assim, pescar pelo menos uma vez por mês e se dedicar à família. Os filhos gêmeos Julia e Marcus Vinicius, de 18 anos, e a caçula Gabriela, 16, estão fazendo um intercâmbio nos Estados Unidos por um ano. “Meu garoto me acompanha nas pescarias grandes desde muito pequeno. As meninas costumam ir a pescarias menores, mas não têm muito

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Gosto muito de rios de natureza mais selvagem e o Araguaia é onde pesco mais

interesse nessa atividade. Já participaram em algumas ocasiões, porém mais por curiosidade.” E tudo indica que a tradição de pescar da família permanecerá por mais uma geração. Marcus Vinicius Brill contou para a Revista SOBED que pretende continuar com a atividade pesqueira. “Meu pai é o meu ídolo, ele me ensinou tudo o que eu sei hoje em dia. Eu amo pescar e aprendi com ele que a pesca deve ser encarada como um esporte. Brincamos com o peixe e depois o devolvemos à água, pois muitas espécies já estão em extinção.” Além de pescar com o pai, Marcus Vinicius costuma realizar a atividade com os amigos e almeja um dia ser tão eficiente quanto Ney. “Acredito que meu pai é o melhor pescador do mundo, meus amigos também ficam admirados com sua atuação. Adoro acordar cedo, me preparar para pescar e voltar somente à noite. Um dos meus objetivos na vida é um dia superá-lo nas pescarias”, confessa.

PESCA NO BRASIL A pesca amadora (praticada por hobby ou esporte) atrai turistas de todos os cantos do mundo, já que o Brasil possui bacias hidrográficas com lagos, lagoas e aproximadamente oito mil quilômetros de costa, além de ampla diversidade de espécies existentes, proporcionando diversas opções para a prática da atividade pesqueira. A partir de 1998, a pesca esportiva passou a ser considerada oficialmente como um segmento turístico, com incentivo do Programa Nacional de Desenvolvimento da Pesca Amadora (PNDPA). Depois, a prática começou a contar com apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). As cidades brasileiras que se destacam na pesca oceânica são: Vitória (ES), Ilha Mexiana (PA), Arraial do Cabo (RJ), Guaíra (PR), Angra dos Reis (RJ). Para a prática da pesca em rios, dentre os destinos mais famosos destacam-se: Barcelos (AM), Bragança Paulista (SP), Corumbá (MS), Paranaguá (PR), Rio Iriri (PA), Pantanal (MT/MS), além dos rios Araguaia, São Francisco e do Paraná. Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura

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ética

Vera Mello

Projeto de regulamentação da medicina deve ser votado no Plenário do Senado ainda neste semestre

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espera de um acordo para a definição do texto final, o projeto de lei que regulamenta o exercício da medicina e estabelece as atividades privativas dos médicos deve ser votado no Plenário do Senado Federal ainda neste semestre. O substitutivo ao projeto (PLS 268/2002), de autoria da senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO), foi aprovado em dezembro pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O Projeto de Lei que estabelece quais são as atividades privativas dos médicos também obteve parecer favorável da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). Nas duas Comissões, a aprovação ocorreu por unanimidade. “A regulamentação da medicina foi aprovada garantindo o direito das profissões da área da saúde, não impondo restrições às atividades dos demais. Vamos continuar trabalhando em equipe para oferecer à população brasileira uma assistência de qualidade, seja nos postos de saúde ou nas unidades hospitalares”, avaliou Salomão Rodrigues, coordenador da Comissão Nacional de Regulamentação da Medicina do Conselho Federal de Medicina (CFM). Na análise da relatora Lúcia Vânia, o texto responde à demanda legítima da ca-

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tegoria médica de ter o campo de sua atuação definido legalmente e, ao mesmo tempo, não conflita com a área de atuação das demais categorias profissionais de saúde já regulamentadas. Outros parlamentares manifestaram apoio à matéria: o senador Cyro Miranda (PSDB-GO) recordou que o tema vem sendo debatido há mais de 10 anos no Congresso Nacional. Da mesma forma, o senador Paulo Davim (PV-RN) considerou falsa a ideia de que existiria uma “guerra santa” entre os diversos profissionais de saúde. Das 14 profissões de saúde no País, a medicina é a única que ainda não tem o seu campo de atuação delimitado e regulamentado em documento legal. Apesar de ser uma profissão muito antiga, as leis que tratam de seu exercício não cuidam de determinar qual a área de atuação do médico nem quais as atividades que devem ser exercidas exclusivamente por médicos. O texto aprovado lista procedimentos que só poderão ser realizados por médicos, como a aplicação de anestesia geral, cirurgias, internações e altas. Também ficam restritos aos médicos diagnósticos de doenças e decisões sobre o tratamento do paciente. Fonte: Conselho Federal de Medicina (CFM)

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Titulação em Especialidade Obrigatória Prezados colegas endoscopistas, enfim uma atitude do Conselho Federal de Medicina (CFM) que valoriza a titulação em especialidades. A Resolução que trata do assunto entrou em vigor dia 08/02/2013, data da publicação no DOU. A íntegra da mesma encontra-se a seguir: CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA RESOLUÇÃO CFM Nº 2.007, DE 10 DE JANEIRO DE 2013 Diário Oficial da União; Poder Executivo, Brasília, DF, 8 fev. 2013. Seção I, p.200 Dispõe sobre a exigência de título de especialista para ocupar o cargo de diretor técnico, supervisor, coordenador, chefe ou responsável médico dos serviços assistenciais especializados. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (CFM), no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, alterada pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e pelo Decreto nº 6.821, de 14 de abril de 2009, e CONSIDERANDO especificamente o disposto no artigo 17 da Lei nº 3.268/57; CONSIDERANDO que o art. 21 do Código de Ética Médica veda ao médico deixar de colaborar com as autoridades sanitárias ou infringir a legislação pertinente; CONSIDERANDO o Parecer nº 18/12, aprovado na sessão plenária do dia 15 de julho de 2012; CONSIDERANDO que é dever do médico manter suas informações atualizadas perante os Conselhos de Medicina;

CONSIDERANDO os artigos 28 e 29 do Decreto nº 20.931/32, resolve: Art. 1º Para o médico exercer o cargo de diretor técnico ou de supervisão, coordenação, chefia ou responsabilidade médica pelos serviços assistenciais especializados é obrigatória a titulação em especialidade médica, registrada no Conselho Regional de Medicina (CRM), conforme os parâmetros instituídos pela Resolução CFM nº 2.005/12. §1º Em instituição destinada ao exercício de uma única especialidade, o diretor técnico deverá ter título de especialista registrado no CRM. § 2º O supervisor, coordenador, chefe ou responsável pelos serviços assistenciais especializados de que fala o caput deste artigo somente pode assumir a responsabilidade técnica pelo serviço especializado em até duas unidades de serviços assistenciais. Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. ROBERTO LUIZ D’AVILA Presidente do Conselho HENRIQUE BATISTA E SILVA Secretário-Geral Vera Mello, Comissão de Ética e Defesa Profissional da SOBED

A próxima Prova de Título de Especialista em Endoscopia Digestiva da SOBED acontece no dia 4 de maio em Salvador (BA). Até o dia 25 de março há descontos nas inscrições para associados ou não. Informações no site www.sobed.org.br

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Associação Médica Brasileira

O médico e a saúde no Brasil

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onsiderando a voz do povo, a saúde pública no Brasil tem piorado. Seguidas pesquisas de opinião têm identificado que a saúde possui a pior avaliação do Governo Federal e essa insatisfação cresce. Depois da casa própria, o segundo “objeto” de desejo da população é um plano de saúde. Também é um forte indicador que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai mal. Aumentam as filas de espera para consultas, exames e cirurgias. As emergências estão cada vez mais superlotadas e muitos pacientes estão em corredores, sendo tratados de maneira inadequada. Falar que essas mazelas ocorrem porque faltam médicos é esconder a verdade e não encarar de frente o que deve ser feito. Sabemos que a saúde pública brasileira

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é subfinanciada, que a gestão carece de mais profissionalismo e que os desvios continuam. Até quando? Todavia, demonstra-se cada vez mais que o maior impacto no custo da assistência à saúde é acesso e qualidade. Entende-se que os pacientes quando necessitarem deverão ter rápido acesso aos serviços de saúde e com qualidade. Para ter qualidade é fundamental termos profissionais competentes, dedicados e bem remunerados. Nesse momento, temos exatamente o oposto: o acesso é tardio (pacientes peregrinam em busca de atendimento) e em muitas situações falta qualidade no atendimento. A atenção básica deveria solucionar de 80 a 85% dos problemas de saúde dos pacientes que atende, mas isso não acontece. Vamos buscar as soluções que existem juntos, pois os médicos sempre se colocam à disposição para se empenharem no que for melhor para os pacientes porque é o que mais nos importa. Seguiremos adiante, pois mortes evitáveis estão acontecendo devido à demora no atendimento ou pelo atendimento inadequado.

Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB)

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Por dentro

Aparelho digestivo e saúde em destaque

MS investe em hospitais universitários

Nova câmera 3D diagnostica câncer Pesquisadores do Massachusetts General Hospital, em Boston (EUA), desenvolveram uma câmera 3D, do tamanho de um comprimido, capaz de detectar os primeiros sinais de câncer no esôfago. Depois de engolido, o dispositivo emite um feixe de luz infravermelho na parede do esôfago. Sensores gravam os reflexos e produzem imagens microscópicas capazes de revelar mudanças celulares associadas à síndrome de Barrett. Durante os testes, a equipe de pesquisadores examinou 13 voluntários e, desse total, seis foram diagnosticados com a síndrome. As imagens foram transmitidas em menos de um minuto e todo o procedimento demorou seis minutos.

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Pâncreas artificial supera bomba de insulina Estudo realizado por pesquisadores do Institut de Recherches Cliniques de Montréal, no Canadá, envolvendo 15 adultos com diabetes tipo 1, revelou que o pâncreas artificial melhorou o controle da glicose em 15% e reduziu significativamente o risco de hipoglicemia quando comparado à terapia convencional com bomba de insulina. Além disso, o órgão artificial reduziu o risco de hipoglicemia em oito vezes e de hipoglicemia noturna em 20 vezes. Os resultados do teste Glucose-responsive insulin and glucagon delivery (dual-hormone artificial pancreas) in adults with type 1 diabetes: a randomized crossover controlled trial foram publicados no Canadian Medical Association Journal (CMAJ), no dia 28 de janeiro de 2013.

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Foto: © IRCM / Divulgação © Reprodução

O Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários (REHUF) recebeu investimento de R$ 1,39 bilhão do Ministério da Saúde (MS), em parceria com o Ministério da Educação (MEC). O repasse será destinado ao custeio de atividades assistenciais e de ensino, obras, reformas e compra de equipamentos para aperfeiçoar a estrutura dos hospitais universitários. Criado em 2010, o REHUF visa melhorar a gestão hospitalar no campo da assistência e do ensino, bem como a gestão administrativa e financeira. Os recursos do programa beneficiam 45 hospitais, diretamente, e outras duas unidades de saúde ligadas às universidades, indiretamente. Essas instituições de ensino estão situadas em 32 cidades do País, sendo 22 capitais. Em 2013, o hospital universitário da Universidade Federal do Piauí (UFPI) também será incluído no REHUF.


Ministério da Saúde lança portal do cidadão Por meio do Portal Saúde do Cidadão (portaldocidadao.saude.gov.br), lançado pelo Ministério da Saúde no dia 5 de fevereiro, o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) poderá ter acesso ao seu histórico na rede pública de saúde e conferir informações sobre suas internações hospitalares, com dados sobre atendimento ambulatorial de média e alta complexidade, e aquisição de medicamentos no programa Farmácia Popular. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o portal será uma ferramenta para melhorar o acompanhamento de fluxo do tratamento e do risco de cada paciente, desde o ingresso

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na Unidade Básica de Saúde (UBS). Além disso, a expectativa é agilizar o tempo de espera para atendimento, informatizar as consultas, otimizar o uso dos recursos financeiros e flexibilizar o atendimento, de acordo com o perfil dos diferentes municípios. Na mesma ocasião, foi lançado o software E-SUS para os profissionais de saúde nas UBSs. Por meio desse sistema, será possível fazer prontuários eletrônicos, armazenar e acessar dados sobre os pacientes e sobre a rede pública de saúde. O programa poderá ser usado em versões online e off-line – em municípios onde as unidades de saúde ainda não estão conectadas à internet.

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Por dentro

Aparelho digestivo e saúde em destaque

Ministério da Saúde cria Cadastro Nacional de

Brasil anuncia produção de insulina Utilizada no tratamento da diabetes e fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a insulina humana começará a ser produzida no Brasil. A produção nacional, anunciada pelo Ministério da Saúde no dia 23 de janeiro, é fruto de Parceria Público-Privada (PPP) entre o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) e o laboratório ucraniano Indar. O acordo também amplia a oferta de insulina aos pacientes assistidos pelo SUS, pois o MS adquiriu mais 3,5 milhões de frascos do medica-

mento, que será entregue ao País em abril, podendo chegar a 10 milhões de frascos até dezembro, se necessário. Em 2016, após um processo de transferência de tecnologia, o MS prevê que o Brasil esteja preparado para a fabricação em escala industrial da insulina. Em nota oficial, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou que a expectativa é reduzir a vulnerabilidade do País no mercado internacional de medicamentos, incentivando a produção nacional de ciência e tecnologia, e fortalecendo a indústria farmacêutica.

Anvisa divulga normas para pesquisas Documento com esclarecimentos sobre os direitos de pessoas que participam de pesquisas clínicas no País foi divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 2 de janeiro de 2013. Elaborado pela Coordenação de Pesquisa e Ensaios Clínicos da Gerência Geral de Medicamentos da

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Anvisa, o texto aborda assuntos como a proibição de pagamento para participação em estudos e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – formulário escrito, datado e assinado, no qual o indivíduo manifesta o consentimento livre e esclarecido de que irá participar de uma pesquisa clínica.

Identificar o perfil e a atuação médica em todo o território nacional é o objetivo do Cadastro Nacional de Especialistas, que está sendo elaborado pelo MS e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Durante reunião realizada na ANS, no dia 23 de janeiro, o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mozart Salles, ressaltou que a criação do Cadastro é o ponto de partida para a formulação de uma política de formação de especialistas no País para entre 10 e 15 anos. Na mesma ocasião, o diretor-presidente da ANS, André Longo, reiterou que para que o cadastro cumpra o seu papel é fundamental a integração de esforços entre as instituições parceiras para que haja o compromisso com a atualização periódica dos dados, facilitando o acesso às informações pelos beneficiários de planos de saúde, gestores e sociedade em geral sobre a atuação dos profissionais do setor de saúde no País.

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Especialistas


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Diretorias nacionais

• diretoria nacional Presidente: João Carlos Andreoli (SP) Vice-Presidente: Ramiro Robson F. Mascarenhas (BA) 1º secretário: Jairo Silva Alves (MG) 2º sesoureiro: Silvana Dagostin (SC) 1º tesoureiro: Dalton Marques Chaves (SP) 2º tesoureiro: Luis Fernando Tullio (PR)

• comissões estatutárias Eleitoral, de Estatutos, Regimentos e Regulamentos Presidente: Carlos Marcelo Dotti (MS) Carlos Eugenio Gantois (PE) Eli Kahan Foigel (SP) Geraldo Ferreira Lima Junior (MG) Laercio Tenório Ribeiro (AL) Admissão e Sindicância Presidente: Antonio Gentil Neto José Olympio Meirelles dos Santos (SP) Juarez Alves Sampaio (CE) Científica e Editorial Presidente: Igelmar Barreto Paes (BA) Adriana Vaz Safatle-Ribeiro (SP) Angelo Paulo Ferrari Junior (SP) Claudio Rolim Teixeira (RS) Dalton Marques Chaves (SP) Edivaldo Fraga Moreira (MG) Fauze Maluf Filho (SP) Gilberto Reynaldo Mansur (RJ) José Celso Ardengh (SP) Lucio Giovanni Battista Rossini (SP) Marcelo Averbach (SP) Marcos Clarencio Batista Silva (BA) Vitor Nunes Arantes (MG) Walton Albuquerque (MG) Simpósio Internacional Presidente: Adriana Vaz Safatle Ribeiro (SP) Angelo Paulo Ferrari Junior (SP) Claudio Rolim Teixeira (RS) Dalton Marques Chaves (SP) Fauze Maluf Filho (SP) Vitor Nunes Arantes (MG) Consultor internacional: René Lambert (França) Curso ao Vivo Presidente: Marcos Bastos da Silva (ES) Coordenador Geral: Gustavo Andrade de Paulo (SP) Esteban Sadovsky (ES) Herbeth José Toledo Silva (AL) Luiz Fernando Ferreira Campos (ES) Viriato João Leal da Cunha (SC) SBAD

Presidente: João Carlos Andreoli (SP) Carlos Alberto Cappellanes (SP) Dalton Marques Chaves (SP) Jairo Silva Alves (MG) Luis Fernando Tullio (PR) Ramiro Robson Fernandes Mascarenhas (BA) Sérgio Luiz Bizinelli (PR) Silvana Dagostin (SC)

Ética e Defesa Profissional Presidente: Vera Helena A. F. de Mello (SP) Tomazo Antonio Prince Franzini (SP) Lincoln Eduardo V. V.de C. Ferreira (MG) Adriane Graicer Pelosof (SP) Claudia Zitron (SP) Oswaldo Luiz Pavan Junior (ES) Avaliação e Credenciamentos de Centros de Ensino e Treinamento Presidente: Admar Borges da Costa Junior (PE) Afonso Celso da Silva Paredes (RJ) Daniel Moribe (SP) Eduardo G. Houneaux de Moura (SP) Eloá Marussi Morsoletto Machado (PR) Fabio Marioni (SP) Giovani Antonio Bemvenuti (RS) José Eduardo Brunaldi (SP)

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José Flávio Ernesto Coelho (RJ) Ismael Maguilnik (RS) José Flávio Ernesto Coelho Julio Carlos Pereira Lima (RS) Luciana Rodrigues Leal da Silva (BA) Luis Masuo Maruta (SP) Luiz Cláudio Miranda da Rocha (MG) Luiz Sérgio Emery Ferreira (ES) TÍTULO DE ESPECIALISTA E SUA ATUALIZAÇÃO Presidente: Flavio Hayato Ejima (DF) Afonso Celso da Silva Paredes (RJ) Antonio Carlos Coelho Conrado (PE) Beatriz Monica Sugai (SP) Daniela Medeiros Milhomem Cardoso (GO) Fabio Marioni (SP) Guilherme Becker Sander (RS) Jimi Izaques Bifi Scarparo (SP) José Luiz Sebba de Souza (SP) Marco Aurélio D’Assunção (SP) Luis Fernando Túlio (PR) Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG) Ricardo Anuar Dib (SP) Ricardo Rangel de Paula Pessoa (CE) Rodrigo José Felipe (BA) Sérgio Eiji Matuguma (SP) Fabio Segal (RS) Júlio César Souza Lobo (PR) Gerônimo Franco de Almeida (PB) Thiago Festa Secchi (SP) Thiago Andrade Tatagiba (RJ) Sede SOBED Ricardo Anuar Dib (SP) Thiago Festa Secchi (SP)

• comissões não estatutárias formação e Treinamento em Técnicas Endoscópicas – Centro de Treinamento Coordenador: Carlos Alberto Cappellanes (SP) Ricardo Anuar Dib (SP) Rodrigo Roda Rodrigues da Silva (MG) Ciro Garcia Montes (SP) Relações Internacionais Coordenação Geral: Glaciomar Machado (RJ) Coord. América do Sul: Everson Luiz de A. Artifon (SP) José Celso Ardengh (SP) Julio Carlos Pereira Lima (RS) Paulo Sakai (SP) Coord. Europa: Adriana Vaz Safatle (SP) René Lambert (FRANÇA) Sérgio Luiz Bizinelli (PR) Walton Albuquerque (MG) Coord. EUA: Angelo Paulo Ferrari Junior (SP) Dalton Marques Chaves (MG) Eduardo G. Houneaux de Moura (SP) Luiz Leite Luna (RJ) Ricardo Anuar Dib (SP) Coord. Japão: Cláudio Rolim Teixeira (RS) Paulo Sakai (SP) Vitor Nunes Arantes (MG) ASSESSORIA À PRESIDÊNCIA Artur Adolfo Parada (SP) Igelmar Barreto Paes (BA) Luiz Felipe Paula Soares (PR) COMUNICAÇãO (Revista SOBED + site + rede SOBED + SOBED em Casa) Coordenador: Gustavo Andrade de Paulo (SP) Alexandre de Souza Carlos (SP) Atanagildo Cortes Junior (MG) Flávio Braguim (SP) José Luiz Paccos (SP) Marcelo Simas de Lima (SP) Ricardo Leite Ganc (SP) DIRETRIZES E PROTOCOLOS Claudio Lyioiti Hashimoto Lix Alfredo Reis de Oliveira (SP) Luiza Maria Filomena Romanello (SP) Paulo Roberto Alves de Pinho (RJ) Tadayoshi Akiba (SP)

REPRESENTANTE NAS REVISTAS: GED e Arquivos Brasileiros de Gastroenterologia Alexandre de Souza Carlos (SP) Marcelo Simas de Lima (SP) Paulo Roberto Arruda Alves (SP) REPRESENTANTES EM INSTITUIÇÕES CFM E CNRM Coordernador: Flavio Hayato Ejima (DF) Zuleica Barrio Bortoli (DF) anvisa Coordenador: Vera Helena A. F. de Mello (SP) Carlos Alberto da Silva Barros (MG) Flávio Hayato Ejima (DF) Francisco José Medina Pereira Caldas (RJ) Tadayoshi Akiba (SP) AMB

Coordenador: Maria das Graças Pimenta Sanna (MG) Carlos Alberto Cappellanes (SP) Rodrigo José Felipe (BA) Órteses e Próteses: Wagner Colaiacovo (SP)

COMISSÃO NACIONAL DE ACREDITAÇÃO (CNA) Coordenador: Renato Baracat (SP) Carlos Alberto da Silva Barros (MG)

• núcleos Ecoendoscopia Coordenador: Simone Guaraldi da Silva (RJ) Fauze Maluf Filho (SP) José Celso Ardengh (SP) Lucio Giovanni Batista Rossini (SP) Marco Aurélio D’Assunção (SP) Vitor Nunes Arantes (MG) Walton Albuquerque (MG) Pediatria Coordenador: Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG) Cristina Helena Targa Ferreira (RS) Paula Bechara Poletti (SP) Silvia Regina Cardoso (SP) NOTES Ângelo Paulo Ferrari Junior (SP) Marco Aurélio D’Assunção (SP) Pablo Rodrigo de Siqueira (SP) Paulo Sakai (SP) Núcleo de Tabagismo Everton Ricardo de Abreu Netto (AM) patologia endoscópica Coordenador: Filadelfio Euclides Venco (SP) Elisa Ryoka Baba (SP) COMISSÃO DE IMPLANTAÇÃO DE HONORÁRIOS MÉDICOS E COOPERATIVAS NAS UNIDADES ESTADUAIS Coordenação: Lincoln Eduardo V. V. de Castro Ferreira (MG) Artur Adolfo Parada (SP) Edson Luiz Doncatto (RS) Francisco das Chagas Gonçalves de Oliveira (CE) Francisco Paulo Ponte Prado Júnior (CE) José Edmilson Ferreira da Silva (RJ) Julio César Souza Lobo (PR) Julio Pereira Lima (RS) Luiz Fernando Tullio (PR) Luiz Paulo Reis Galvão (PE) Marcus Valerius Saboia Rattacaso (CE) Paulo Fernando Souto Bittencourt (MG) Sandra Teixeira (PR) Sérgio Luiz Bizinelli (PR) Vera Helena de Aguiar Freire de Mello (SP) Viriato João Leal da Cunha (SC) CONSELHO EDITORIAL (LIVROS) Artur Adolfo Parada (SP) João Carlos Andreoli (SP) Luiz Leite Luna (RJ) Marcelo Averbach (SP)

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Por dentro

Diretorias estaduais

• ALAGOAS Rua Carlos Povina Cavalcanti, 49 - Apto 302 – Maceió CEP 57036-411 | (82)9631-2000 Presidente: Herbeth Jose Toledo Silva Vice-Presidente: Carlos Henrique Barros Amaral 1º Secretário: Laercio Tenório Ribeiro 1º Tesoureiro: Francisco Milton Mel

• AMAZONAS Rua do Congresso, 90 – Manaus CEP: 69010-970 | (92) 9152-9119 Presidente: Jeanne Monique Guimarães Pimentel Vice-presidente: Déborah Nadir Cruz Ferreira 1º Secretário: Ricardo Paes Barreto Ferreira 2º Secretário: Alinne Lais Bessa Maia 1º Tesoureiro: Jorge Luis Bastos Arana 2º Tesoureiro: Lourenço Candido Neves

• BAHIA R. Baependi, 162, sala 3 - Ondina – Salvador CEP: 40170-070 | (71) 9338-0220 Presidente: Sylon Ribeiro de Britto Junior Vice-presidente: Luciano Magalhães Oliveira 1º Secretário: Durval Gonçalves Rosa Neto 2º Secretário: Wladimir Campos de Araújo 1º Tesoureiro: Alcione Prates Leite 2º Tesoureiro: Luciana Rodrigues Leal da Silva

• CEARÁ Avenida Santos Dumont, 1168 – Sala 301 – Centro – Fortaleza CEP: 60150-160 | (85) 9996-0281 Presidente: José Rúver Lima Herculano Junior Vice-Presidente: Luiz Helder de Alencar Moreno 1° Secretário: Ricardo Rangel de Paula Pessoa 2° Secretário: Marcellus Henrique Loiola P. de Souza 1º Tesoureiro: Raphael Felipe Bezerra de Aragão 2º Tesoureiro: João Paulo Aguiar Ribeiro

• DISTRITO FEDERAL SGAS, 910, Bloco A, sala 224, Asa Sul – Brasília CEP: 70390-100 | (61) 3242-9203 sobedbrasilia@gmail.com Presidente: Eduardo Aires Coelho Marques Vice-presidente: Francisco Machado da Silva 1º Secretário: Luciana Machado Nonino 2º Secretário: Carmem Alves Pereira 1º Tesoureiro: Fabio Santana Bolinja Rodrigues 2º Tesoureiro: Hermes Gonçalves Aguiar Junior

• espírito santo R. Francisco Rubim, 395 - Bento Ferreira – Vitória CEP: 29050-680 | (27) 3324-1333 sobedestadual.es@gmail.com Presidente: Flavia Emília Lima de Oliveirao Vice-presidente: Roseane Valeria Bicalho Ferreira Assis 1º Secretário: Giovana Pereira Nogueira da Gama 2º Secretário: Edorio de Souza Ribeiro 1º Tesoureiro: Márcio Demoner Brandão 2º Tesoureiro: Luiz Fernando Ferreira Campos

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• goiás Avenida Portugal, 1052 – Setor Marista – Goiânia CEP: 74150-030 | (62) 3251-7208 sobedgoias@hotmail.com Presidente: Marcelo Barbosa Silva Vice-Presidente: Fernando Henrique Porto Barbosa Ramos 1º Secretário: Daniela Medeiros Milhomem Cardoso 2º Secretário: Marcus Vinicius da Silva Ney 1º Tesoureiro: Américo de Oliveira Silvério 2º Tesoureiro: Eduardo Aguiar Silva Neto

• maranhão R. Carutapera 2, Quadra 37 B - Jd. Renascença – São Luís CEP: 65075-690 | (98) 8141-1116 Presidente: Milko Abrantes de Oliveira Vice-presidente: Selma Santos Maluf 1º Secretário: Elian Oliveira Barros 2º Secretário: Clelma Pires Batista 1º Tesoureiro: Djalma dos Santos 2º Tesoureiro: Nailton Jorge Ferreira Lyra

• mato grosso Rua 25 de Agosto, 33 - Apto 1801 - Edificio Maison Du Park – Cuiabá CEP: 78043-382 | (65) 9983-1701 | ronama@terra.com.br Presidente: Roberto Carlos Fraife Barreto Vice-presidente: Carlos Eduardo Miranda de Barros 1º Secretário: José Geraldo Favalesso 2º Secretário: José Carlos Comar 1º Tesoureiro: Ubirajarbas Miranda Vinagre 2º Tesoureiro: Elton Hugo Maia Teixeira

• mato grosso do sul Rua Goiás, 405 - sala 01 - Jd. dos Estados – Campo Grande CEP - 79020-101 | (67) 3325-6040 | sobed.ms@gmail.com Presidente: Rogerio Nascimento Martins Vice-presidente: Marcelo de Souza Cury 1º Secretário: Geraldo Vinicius Ferreira Hemerly Elias 2º Secretário: Adriano Fernandes da Silva 1º Tesoureiro: Eduarda Nassar Tebet Ajeje 2º Tesoureiro: Thiago Alonso

• minas gerais Av. João Pinheiro, 161 - Centro – Belo Horizonte CEP: 30130-180 | (31) 3247-1647 | sobedmg@ammg.org.br Presidente: José Celso Cunha Guerra Pinto Coelho Vice-presidente: Vitor Nunes Arantes 1º Secretário: Roberta Nogueira de Sá 2º Secretário: Ricardo Castejon Nascimento 1º Tesoureiro: Rodrigo Roda Rodrigues da Silva 2º Tesoureiro: Gustavo Miranda Martins

• pará Cidade Nova -VI Travessa WE 69, nº302 – Belém CEP: 67140-120 | (91) 3223-8464 | maués@uol.com.br Presidente: Erivaldo de Araujo Maues Vice Presidente: Zacarias Pereira de Almeida Neto 1º Secretario: Monica Barauna Assunção 2º Secretario: Lilian Costa de Almeida 1º Tesoureiro: Marcos Moreno Domingues 2º Tesoureiro: Aida Lopes Sirotheau Correa

janeiro/março 2013


• PARAÍBA Rua Sílvio Almeida, 620 - Expedicionários – João Pessoa CEP: 58041-020 | (83) 3244-8080 Presidente: Pedro Duques de Amorim Vice-Presidente: Francisco de Sales Moreira Pinto 1º Secretario: Paulo Duques de Amorim 2º Secretario: Tarcisio Carneiro da Costa 1º Tesoureiro: Fábio da Silva Delgado 2º Tesoureiro: Daniel Chaves Mendes

• PARANÁ R. Candido Xavier, 575 - São Rafael – Curitiba CEP: 80240-280 | (41) 3342-3282 sobed@onda.com.br Presidente: Maria Cristina Sartor Vice-Presidente: Flávio Heuta Ivano 1º Secretario: Wanderlei da Rocha Carneiro Junior 2º Secretario: Rafael Nastas Acras 1º Tesoureiro: Silvia Maria da Rosa 2º Tesoureiro: Sandra Beatriz Marion Valarini

• PERNAMBUCO R. Sen. José Henrique, 141, 1º andar, Ilha do Leite – Recife CEP: 52050-020 | (81) 3221-6959 Presidente: Júlia Corrêa de Araújo Vice-Presidente: Admar Borges da Costa Junior 1º Tesoureiro: Antônio Carlos Coelho Conrado 2º Tesoureiro: José Julio Viana 1º Secretario: Carlos Eugênio Gantois 2º Secretario: Eduardo Carvalho Gonçalves de Azevedo

• PIAUÍ Rua Aviador Irapuan Rocha, 1430, Ed. Medical Leste (3º andar) Jóquei – Teresina (sede provisória) CEP: 64049-518 | (86) 3221-5968 moreira-filho@uol.com.br Presidente: Antonio Moreira Mendes Filho Vice-presidente: Carlos Dimas Carvalho Souza 1º Secretário: Valdeci Ribeiro de Carvalho 2º Secretário: Adelmar Neiva de Sousa Sobrinho 1º Tesoureiro: Wilson Ferreira Almino de Lima 2º Tesoureiro: Artur Pereira e Silva

• RIO DE JANEIRO R. da Lapa, 120, sl. 309 - Centro – Rio de Janeiro CEP: 20021-180 | (21) 2507-1243 sobedrj@infolink.com.br Presidente: Ana Maria Zuccaro Vice-presidente: Afonso Celso da Silva Paredes 1º Secretário: Evandro de Oliveira Sá 2º Secretário: Lílian Machado Silva 1º Tesoureiro: Maria Elizabeth Cardoso de Castro 2º Tesoureiro: Mariceli Santos Costa

• RIO GRANDE DO NORTE R. Maria Auxiliadora, 804 - Tirol – Natal CEP: 59014-500 | (84) 3198-1900 liciavbmoura@uol.com.br Presidente: Licia Vilas Boas Moura Vice-presidente: Carlos dos Santos Fonsêca 1º Tesoureiro: Mara Lúcia Lauria de Souza Presidente Comissão de Honorários e Defesa Profissional: Verônica de Souza Vale

janeiro/março 2013

• RIO GRANDE DO SUL Av. Ipiranga, 5.311, sl. 207 - Azenha – Porto Alegre CEP: 90610-001 | (51) 3014-2072 Presidente: Claudio Rolim Teixeira Vice - presidente: Carlos Eduardo Oliveira dos Santos 1º Secretario: Luciana Filchtiner Figueiredo 1º Tesoureiro: César Vivian Lopes

• RONDÔNIA Rua Campos Salles, 2245 - Nova União 03 – Porto Velho CEP: 76801-081 | (69) 9981-5375 Presidente: Adriana Silva Assis Vice-Presidente: Marcelo Pereira da Silva 1° Secretário: Edson Aleotti 2° Secretário: Márcia Coelho de Mello Bach 1° Tesoureiro: Victor Hugo Pereira Marques 2° Tesoureiro: Domingos Montaldi Lopes

• SANTA CATARINA Rodovia SC 401, nº 3854, Km 04 - Saco Grande – Florianópolis CEP: 88032-005 | (48) 3231-0324 sobedsc@acm.org.br Presidente: Eduardo Nobuyuki Usuy Jr Vice-presidente: Hoiti Okamoto 1º Secretário: Lothar Stange 2º Secretário: Waldir Savi Junior 1º Tesoureiro: Luiz Locks Junior 2º Tesoureiro: Felipe Paludo Salles

• SÃO PAULO R. Itapeva, 202, sl. 98 - Bela Vista – São Paulo CEP: 01332-000 | Fone: (11) 3288-6883 sobedsp@uol.com.br Presidente: Thiago Festa Secchi Vice-presidente: Dalton Marques Chaves 1º Secretário: Gustavo Andrade de Paulo 2º Secretário: Fábio Marioni 1º Tesoureiro: Francisco Susumu Correa Koyama 2º Tesoureiro: Marcel Langer

• SERGIPE R. Guilhermino Rezende, 462, São José – Aracaju CEP: 49020-270 | (79) 3246-2763 Presidente: Simone Déda Lima Barreto Vice - Presidente: Kelly Menezio Oliveira Giardina 1º Secretário: Jilvan Pinto Monteiro 2º Secretário: Raul Andrade Mendonça Filho 1º Tesoureiro: Miraldo Nascimento da Silva Filho 2º Tesoureiro: Patricia Santos Rodrigues Costa

• TOCANTINS Rua Engenheiro Bernardo Sayão, 770, Gurupi CEP: 77402-060 | (63) 3312-0013 ou (63)8446-0113 Presidente: Zoroastro Henrique de Santana Vice Presidente: Mery Tossa Nakamura 1º Secretario: Jorge Luiz de Matos Zeve 2º Secretario: Sebastião Geraldo de Melo 1º Tesoureiro: Eduardo Komka Filho 2º Tesoureiro: Haley Pandolfi Junior

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Por dentro

Agenda

Confira na relação abaixo os principais eventos ligados à gastroenterologia e à endoscopia digestiva dos próximos meses

abril 11 a 13 de abril Simpósio Internacional de Coloproctologia São Paulo (SP) www.sicp2013.com.br

maio 1º de maio Curso Teste Seus Conhecimentos da SOBED Salvador (BA) www.sobed.org.br 2 e 3 de maio 7º Simpósio Internacional de Endoscopia Digestiva Salvador (BA) www.sobed.org.br 3 e 4 de maio 8º Simpósio Brasileiro de Motilidade Digestiva e 10º Encontro Multidisciplinar de Deglutição e Desfagia São Paulo (SP) www.sbmd.org.br

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4 de maio Curso Suporte Avançado de Vida em Endoscopia (SAVE) e Prova de Título de Especialista em Endoscopia Digestiva da SOBED Salvador (BA) www.sobed.org.br 15 a 18 de maio 13º Congresso Regional de Videocirurgia – Sobracil Búzios (RJ) www.sobracilrj.com.br/congresso 24 e 25 de maio Intergastro & Trauma (IG&T 2013) Campinas (SP) www.intergastro.com.br

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