Era o paraíso! Visto do lado do mar o panorama é maravilhoso: os rochedos em cutelo, fragas vivas, em alcantilados, cortados a pique, até às minúsculas praias, rendilhadas de enseadas. intercalam-se e sucedem-se, na harmonia de luz e sombra, no claro-escuro, na pausa e no vendaval, do sonho e do efémero, onde as grutas profundas penetram na preamar para esponsais com o oceano. As encostas, de corcovas bizarras, são verdes de luxuriosa vegetação silvestre. Por toda a parte arbustos, nascidos no vento, fazem-se árvores, aproveitando o orvalho e a geada que ficou da noite. Esconderam-se e erraram nas suas sombras, como noutros tempos os ermitãs e pensadores, homens acossados e animais feridos...