Jornal Sinpol-DF - Ed. 16 - Jan./20

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Ano IV - Edição 16 Janeiro de 2020

PUBLICAÇÃO DO SINDICATO DOS POLICIAIS CIVIS DO DISTRITO FEDERAL

FOTO: COMUNICAÇÃO SINPOL-DF

Distribuição grauita www.sinpoldf.com.br

JORNAL SINPOL-DF

Assembleia reuniu cerca de mil policiais em frente ao Complexo da PCDF

Categoria ameaça parar Serviço Voluntário e entregar chefias Policiais civis do DF discutiram a adoção de medidas mais duras para pressionar os governos distrital e federal a publicar, de imediato, a Medida Provisória (MP) com a recomposição nos moldes anunciados pelo GDF no início deste ano. Entre elas está a suspensão do Serviço Voluntário Gratificado (medida que, hoje, mantém as delegacias funcionando 24 horas) e a entrega dos cargos de chefia das unidades. O assunto foi levantado durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE) do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF) no dia 30 dezembro em frente ao Complexo da PCDF. A AGE foi convocada depois que o presidente Jair Bolsonaro anunciou que o reajuste previsto para a categoria só deverá ser concedido em 2020, por meio de um Projeto de Lei (PL), recuando da Medida Provisória assinada por ele mesmo no dia 24 do mesmo mês. Cerca de mil policiais civis compareceram à assembleia. O presidente do Sinpol, Rodrigo Franco “Gaúcho”, criticou a maneira como a proposta foi conduzida nos últimos meses. “Durante um ano nós ficamos negociando, aguardando o cumprimento das promessas feitas pelo governo, mas, na prática, não houve avanços. Está claro que precisamos mudar o posicionamento”, disse. Gaúcho lamentou, ainda, que a categoria não tenha sido incluída nas

negociações para aquela MP, uma vez que ela saiu com índices diferentes dos acordados com o GDF. “Ninguém nunca perguntou se queremos 8%. O que queremos é 37%”, afirmou. Na proposta anunciada por Ibaneis, seriam duas parcelas por ano até 2021. “Dia 24 foi anunciado um presente de Natal, mas não tinha nada dentro”, pontuou o presidente do Sinpol.

OUTRAS MEDIDAS Uma nova assembleia deve ser convocada, ainda para o mês de janeiro. De imediato, o jurídico do Sinpol vai pedir a suspensão da alíquota de contribuição previdenciária que, com a Reforma da Previdência, aumentará para cerca de 14% em março - o que tende a piorar ainda mais a defasagem salarial dos policiais civis (hoje, os salários estão corroídos em mais de 50%). Também será protocolada na Advocacia-Geral da União (AGU) uma solicitação para que o órgão apresente o parecer que garante a paridade e integralidade aos policiais da União, medida já acordada entre o governo federal e os parlamentares, mas ainda não cumprida. A decisão de questionar o auxílio-moradia dos militares do DF também está mantida. O Sinpol enviará a ação aos órgãos de controle tão logo acabe o recesso do poder Judiciário. •

Luta, apreensão e reviravolta Ibaneis prometeu ainda em campanha que enviaria a mensagem ao governo federal no primeiro dia de mandato. Isso, no entanto, só ocorreu em fevereiro. A proposta trazia os 37% (idem à Polícia Federal) divididos em seis parcelas. Em 2019, seriam duas: 5% em abril e 5% em setembro. Já no governo federal, a mensagem passou meses sem avanços e com algumas condições: a primeira, a aprovação da Reforma da Previdência; depois, a falta de previsão orçamentária. Ambas foram sanadas - no caso da última, foram aprovados dois Projetos de Lei do Congresso Nacional (PLNs) 01/2019 e 02/2019 após um intenso trabalho de articulação do sindicato. Mesmo assim, o reajuste continuou estagnado. Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro, ao ser abordado pelo presidente do Sinpol, Rodrigo Franco “Gaúcho”, condicionou qualquer avanço a uma proposta também pros policiais e bombeiros militares do DF – ainda que, conforme já reiterado diversas vezes pelo sindicato, não exista paridade entre a PCDF e a PM e o CBMDF. O Sinpol continuou trabalhando na Câmara e no Senado Federal para o avanço do pleito, independentemente de uma proposta para as demais Forças de Segurança - ambas recusaram os índices apresentados pelo GDF após aquele posicionamento de Bolsonaro. Após uma série de informações desencontradas, Ibaneis chegou a anunciar, em frente ao Palácio do Planalto, dia 24 de dezembro, que Bolsonaro havia assinado uma Medida Provisória com 8% imediatos e uma PEC para transferir a gestão do Fundo Constitucional para o Governo do DF – o que, segundo o governador, possibilitaria a concessão das demais parcelas. No dia 28, contudo, o presidente da República recuou da MP e anunciou que as propostas de todas as Forças de Segurança Pública devem tramitar como Projeto de Lei a partir de fevereiro, com o retorno do ano legislativo. O PL foi assinado por Bolsonaro no dia 31.


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JURÍDICO

DIRETORIA EXECUTIVA Rodrigo Franco “Gaúcho” Presidente / Paulo Roberto Vice-presidente / Rodrigo Meneses Secretário-geral-adjunto / Elcimar Nunes Tesoureira / Fernandão diretor Jurídico / Bruno Cançado diretor Jurídico-adjunto / Thallys Passos diretor de Comunicação-adjunto / Marcele Alcântara diretora de Assuntos Sindicais / Jackson Dantas diretora de Assuntos Sindicais-adjunto / Marcão diretor de Planejamento, Administração e Informática / Lidenberg Melo dir. de Planejamento, Administração e Informática-adjunto / Renato Santos dir. de Benefícios, Cultura, Esportes e Políticas Sociais / Alex Galvão dir. de Benefícios, Cultura, Esportes e Políticas Sociais-adjunto / José Carlos Saraiva diretor de Assuntos de Aposentados e Pensionistas / Sueli de Barros diretora de Assuntos de Aposentados e Pensionistas-adjunta.

TJ proíbe escala de agentes de polícia para escolta de menores FOTO: LUCAS C. RIBEIRO/ ARQUIVO SINPOL-DF

EXPEDIENTE

CONSELHO FISCAL Sônia Christiansen Presidente Cesias Alves Conselheiro fiscal Keila Patrícia Conselheira fiscal Ernandes Sousa Conselheiro fiscal Danny Nunes Conselheiro fiscal Anelita Maria 1ª suplente Rosi Santos 2ª Suplente. PRODUÇÃO: CONVERSA COLETIVO DE COMUNICAÇÃO CRIATIVA | Coord. de Comunicação Diógenes Santos (DRT 1585/SE) / Ass. de Comunicação Iuri Max Silva (DRT 1982/SE)/ Revisão Kadydja Albuquerque / Repórter Fotográfico Arnon Gonçalves/ Criação Publicitária (estagiária) Isabella S. Monteiro / Jornalismo (estagiário) Gabriela Campos Projeto Gráfico Everton Pinheiro Diagramação Dudu Lessa Tiragem: 7.500 exemplares.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou, no fim do último mês de novembro, que os agentes de polícia da Polícia Civil do DF (PCDF) não sejam escalados para realizar escoltas hospitalares de menores apreendidos. Provocado pelo Sinpol-DF, o processo questionava a Ordem de Serviço (OS) 12/2019, que estabeleceu escala de trabalho, em regime de plantão, para a realização de escolta hospitalar de adolescentes apreendidos que fossem internados na rede hospitalar. Segundo o sindicato, a escala de sobreaviso de agentes de polícia para atuarem com essa finalidade era uma conduta generalizada na PCDF. Para a entidade, no entanto, a situação é ilegal, uma vez que não existe qualquer legislação que tenha atribuído tal função ao cargo. Por meio da Procuradoria do Distrito Federal, a PCDF, por sua vez, argumentou que determinadas atribuições exercidas pelos agentes policiais de custódia poderiam ser desempenhadas pelos agentes de polícia e vice-versa – defendendo que são carreiras análogas, com atribuições “muito semelhantes”. Já a juíza Sandra Cristina de Lira, da 6ª Vara da Fazenda Pública do DF, teve um entendimento diferente. Ela ressaltou que “a designação de agente de polícia civil para o exercício de escolta de preso […] configura desvio de função independentemente da natureza da prisão e do local em que é cumprida”. A magistrada recomendou, ainda, a suspensão de sindicância administrativa instaurada contra policiais que tenham se recusado a cumprir “ordem ilegal para a escolta de preso”.

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Apesar de considerar positiva a determinação para que não ocorra mais esse tipo de indicação, o Sinpol-DF entende que a medida deve ser ampliada aos agentes policiais de custódia. Por meio de sua Diretoria Jurídica, a entidade estuda uma forma de questionar judicialmente as escoltas de menores apreendidos. Para o sindicato, ainda que “executar a escolta de presos em ambientes hospitalares” seja uma das atribuições do cargo, ela não se estende aos menores infratores. Nesses casos, a atribuição recai sobre os agentes do Sistema Socioeducativo. • Após processo movido pelo Sinpol-DF, o TJDFT, em decisão colegiada, ainda em setembro de 2018, declarou como nula a determinação da OS 20/2017 que instituía escala de plantão de agentes de polícia para a escolta hospitalar de presos.De forma unânime, os desembargadores da 5ª Turma Cível entenderam o ato como ilegal e o DF foi notificado nesse sentido.


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JURÍDICO

FOTO: LUCAS C. RIBEIRO/ARQUIVO SINPOL-DF

STF assegura condição de perito oficial a papiloscopistas

Decisão do STF tem repercussão em todo o país No dia 19 de dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou como constitucional a transformação do cargo de papiloscopista em perito papiloscopista. A decisão foi referente a uma ação da Procuradoria Geral da República (PGR) questionando normas legais do Estado de Pernambuco que colocaram essa mudança em vigor naquela unidade federativa. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5182 foi ajuizada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no fim de 2014. Em sessão realizada em fevereiro deste ano, no entanto, o ministro Luiz Fux, relator da ação na Corte, votou pela sua improcedência. Em razão de pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes, o julgamento foi suspenso na ocasião. Com o retorno à pauta, o magis-

trado apresentou voto-vista acompanhando o relator, assim como fez a maioria dos demais ministros. O ministro relator destacou que a função do perito é auxiliar o magistrado em matérias que demandem seu conhecimento especializado, e, nesse sentido, é possível aventar um rol bem mais amplo de agentes que atuam como peritos criminais além dos que constam da legislação federal. Em seu entendimento, a norma geral também não veda a equiparação, em lei específica, entre peritos e papiloscopistas.

RECONHECIMENTO Ao julgar a ADI 5182 improcedente, o Supremo entende que a mudança de nomenclatura

que ocorreu em Pernambuco é constitucional e estabelece jurisprudência para que a medida – sem ter a legalidade questionada – possa ser replicada nas demais polícias civis do país. Os ministros colocaram a mudança do nome do cargo como uma mera formalidade, reconhecendo que os papiloscopistas, na prática, já são peritos. Segundo Fux, “independentemente da nomenclatura, esses profissionais exercem atividades específicas condizentes com o cargo de perito oficial”. Para o Sinpol-DF, o julgamento foi uma importante vitória para toda a categoria, pois trouxe da maior corte do país o reconhecimento de que o papiloscopista é um perito oficial – encerrando uma longa batalha nesse sentido. •

PLEITOS

Sinpol-DF apoia portaria com regras para comparação facial FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Dia 12 de novembro, a Direção Geral da PCDF publicou uma portaria em que regra a realização de exames de comparação facial. Para o Sinpol-DF, a decisão foi acertada, uma vez que encerra mais de dez anos de indefinições acerca da atribuição. Por isso o sindicato parabenizou o diretor-geral da instituição, Robson Cândido da Silva, em nota emitida no dia 27 seguinte. O documento foi assinado em conjunto com a Federação Nacional dos Peritos Oficiais em Identificação (Fenappi) e a Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrapp). As entidades afirmam que a medida “é digna de aplausos e de profundo reconhecimento e respeito dos profissionais que atuam na Identificação Humana de nosso país”. Pontuam ainda “que os Papiloscopistas Policiais da PCDF são dedicados profissionais com qualificação acadêmica avançada, sendo verdadeiros experts em diversas áreas da Identificação Humana, incluindo o Exame de Comparação Facial”. Com a edição da portaria Nº 110/2019, a realização de perícia prosopográfica (comparação facial humana) dentro da PCDF passa a ser claramente atribuição do Instituto de Identificação (II). Até então, no entanto, ela estava envolta em incerteza – defendida pelos peritos criminais como uma atividade a ser desenvolvida pelo Instituto de Criminalística (IC).

Perícia prosopográfica agora é clara atribuição do II

“Estamos convictos de que a Portaria nº 110/2019 renderá importantes frutos e contribuirá profundamente para o sucesso das investigações policiais no Distrito Federal, mantendo o Instituto de Identificação na posição de vanguarda nacional que lhe é merecida”, finaliza a nota. •

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PLEITOS

FOTOS: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Sindicato comemora 31 anos com homenagem a aposentados No dia 6 de dezembro, centenas de policiais civis se reuniram para comemorar mais um aniversário do Sinpol-DF. Além dos 31 anos da entidade, o Dia do Escrivão de Polícia e o Dia do Agente de Polícia, celebrados respectivamente em 5 e 30 de novembro, também foram festejados no evento, realizado no clube da Associação Geral dos Servidores da Polícia Civil do Distrito Federal (Agepol). A programação foi iniciada ainda durante a manhã, com uma Sessão Solene da Câmara Legislativa do DF (CLDF). A solenidade foi promovida no local pelo gabinete do deputado distrital Claudio Abrantes (PDT) e homenageou os policiais civis que se aposentaram ao longo do ano. “Quero deixar aqui o meu reconhecimento aos agentes de polícia, que formam a carreira mais numerosa da Polícia Civil e contribuem e muito para a elucidação dos crimes de toda natureza”, parabenizou o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco “Gaúcho”, também integrante do cargo. “Eu sei bem a excelência do trabalho dos escrivães de polícia e tenho muito orgulho de parabenizar também esses colegas”, acrescentou. “Estamos aqui olhando para o nosso passado, para aqueles que construíram o sustentáculo da Polícia Civil do DF, tão respeitada país a fora”, afirmou Abrantes ao abrir o momento de homenagem aos aposentados. “O nosso olhar hoje deve se voltar àqueles que deixaram o seu legado. Temos que reverenciá-los, fazendo com que esses policiais se sintam abrigados por seus pares, mas também pelo poder público”, completou o distrital.

RECONHECIMENTO “Fico muito feliz de ver aqui tantos colegas alcançado o mérito de se aposentaram na gloriosa Polícia Civil do Distrito Federal”, resumiu José Carlos Saraiva, diretor de Assuntos de Aposentados e Pensionistas do Sinpol-DF. “Há os que questionam a realização desses momentos de homenagem, mas a importância é imensa”, garantiu Alex Galvão, diretor do sindicato e vice-presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol). A mesma opinião foi manifestada pela agente de polícia aposentada Elcimar Soares – uma das homenageadas na sessão solene. Ela atuou 24 anos na PCDF e conta que, ao longo desse período, não viu os policiais serem devidamente reconhecidos. “Se a instituição é considerada uma grande referência é por conta dos servidores”, ressaltou. “Os sacrifícios são diários e o nível de doação de cada policial à instituição e de entrega à comunidade é muito grande, mas, quando saímos, o sentimento é de que somos só um número”, lamentou. “Como a PCDF não tem esse cuidado, é muito bom que o sindicato tome as vezes. Isso mostra que alguém viu o que foi feito e, de alguma forma, materializa o reconhecimento para a posteridade”, afirmou a agente de polícia.

ANIVERSÁRIO O histórico de lutas do Sinpol-DF nessas mais de três décadas também ganhou destaque nos discursos. “Todos que conhecem a história do Sinpol sabem que, nesses 31 anos, sempre foi uma entidade de luta e isso é muito positivo, pois uma categoria se fortalece quando tem um sindicato forte”, destacou Claudio Abrantes.

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“O sindicato é cada um de nós, é cada um de vocês”, frisou o vice-presidente do Sinpol-DF, Paulo Roberto. “Independentemente desta ou das próximas diretorias, o sindicato permanece e nós precisamos, mais do que nunca, da união de toda a categoria para que possamos ter força frente a todos os ataques que as polícias judiciárias, inclusive a Polícia Civil do DF, têm sofrido”, conclamou. •


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CIDADANIA

Brinquedos doados na campanha “Natal Solidário” são entregues FOTOS: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Mais de 200 crianças da Cidade Estrutural receberam, no dia 19 de dezembro, os brinquedos arrecadados pela campanha “Natal Solidário”, organizada pela Diretoria de Assuntos de Aposentados e Pensionistas do Sinpol-DF. Parte dos brinquedos foi entregue aos meninos e meninas atendidos pela Creche Tia Tatá. A outra parte foi distribuída entre crianças que moram na vizinhança. A entidade é comandada há quase seis anos por Maria da Conceição Ferreira, a “Tia Tatá”, mantida exclusivamente por doações.

Creche da Tia Tatá é beneficiada por campanhas do Sinpol-DF há quatro anos – no Dia das Crianças ou Natal

Hoje, a creche tem 89 crianças com idade entre dois e oito anos. Todos são filhos de mãe solteira – principal condição para serem acolhidas por Tia Tatá. “As mães trabalhavam no lixão e, hoje, estão nas cooperativas. Elas mesmas me procuram, eu faço uma visita para avaliar a situação de cada uma e, a partir disso, aceito a criança aqui”, explica. As crianças atendidas pela creche recebem quatro refeições: café da manhã, almoço, lanche e jantar. “Não tenho convênio com ONG ou governo; tudo é doado por pessoas comuns”, informa Tia Tatá. Este é o quarto ano consecutivo em que o Sinpol arrecada brinquedos ou alimentos para serem doados à entidade, em diferentes ocasiões. “Só tenho a agradecer a boa vontade de cada um de vocês. Essa ação é a alegria dessas crianças. Vocês estão de parabéns por essa atitude nobre”, agradeceu. Para a diretora Sueli de Barros, ver o sorriso no olho de cada criança que recebeu o brinquedo é o maior retorno que uma ação como essa pode gerar. “Mais que uma boa ação, isso aqui representa o melhor da vida, que é ajudar o próximo”, afirma. “A Tia Tatá é uma mulher de fibra, que faz tudo sozinha, sem a ajuda de ninguém. É um trabalho que precisa não só de ajuda, mas de reconhecimento”, completa Sueli. Além de Sueli, o diretor José Carlos Saraiva, uma equipe de funcionários do sindicato e de voluntários que ajudaram na arrecadação dos brinquedos acompanharam a entrega.

OUTROS PROJETOS O trabalho social da Tia Tatá não se restringe à creche: no prédio ao lado, ela está finalizando a construção de um espaço que funcionará como lan house para toda a comunidade. “Nós vamos abrir para crianças que precisarem fazer os trabalhos da escola ou qualquer pessoa que precise usar a internet”, adianta. Os computadores foram doados por um banco. No local, uma turma de 25 pessoas – adultos com idades além de 60 anos – recebe aulas de alfabetização com uma professora voluntária que vive na própria comunidade. As aulas ocorrem de segunda à sexta, à noite. Ainda às sextas, Tia Tatá oferece um jantar para a comunidade e chega a servir até 200 pessoas de uma vez. Quem desejar fazer doações de alimentos ou roupas, pode entrar em contato pelo telefone (61) 99648-3772, por ligação ou WhatsApp. •

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APOSENTADOS

“Sinpol em Casa” revela história de Márcia Pimentel FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Foi no meio da tarde do dia 27 de novembro. A agente de polícia aposentada Márcia Pimentel vestiu uma roupa especial e caprichou na maquiagem. Já estava de saída para acompanhar a solenidade em que um familiar seria homenageado, quando vários policiais civis chegaram na sua porta. O primeiro momento foi de choque – pela expressão no rosto, ela não sabia o que estava acontecendo nem o que fazer. Demorou um pouco, mas então caiu a ficha de que a tal solenidade não existia; foi tudo combinado com a família. Era, na verdade, uma visita surpresa do “Sinpol em Casa”. Do choque à emoção, vieram, então, as lágrimas – afinal tinha ali uma dúzia de policiais para homenageá-la. Não foi por acaso que tantos colegas decidiram participar do momento: por onde passou, Pimentel, como era conhecida na instituição, sempre deixou sua marca de pessoa querida e policial exemplar. Entres os participantes da visita que tiveram a oportunidade de trabalhar com ela, o reconhecimento dessas características foi unânime. “Nós convidamos vários colegas e todos confirmavam. Isso só demonstra o quanto ela é querida e respeitada”, destacou Sueli de Barros, diretora do Sinpol-DF. “Foi muito bom trabalhar e aprender o tanto que aprendi com você. Em nome de todos os policiais civis, estamos aqui para dar o nosso muito obrigado pelo seu trabalho, que, com certeza, fez muita diferença na Polícia Civil”, acrescentou Sueli. Além dela, os diretores Marcos Campos e José Carlos Saraiva também estavam presentes. “Eu realmente fiquei muito surpresa, mas amei e nunca mais vou me esquecer. Daqui a anos, eu tenho certeza que vai me voltar a lembrança desse dia”, afirmou Pimentel. “Eu nunca fiz nada pensando em ser reconhecida, fazia porque era o meu trabalho, mas fico muito honrada em saber que as pessoas

Grupo fez visita surpresa a Márcia, conhecida como Pimentel no meio policial, ou “Pipi” entre os mais íntimos têm essa visão de mim”. Além de diversos familiares, ainda estavam na visita os ex-colegas Marlene Espíndola, Rosanita Nogueira, João Pedro Mendes e Tatiana de Albuquerque, além de Patrícia Azeredo, integrante da Capelania da PCDF; Conceição Lima, assistente social da Policlínica; e Alvino Oliveira, agente de polícia aposentado, presença frequente do projeto. O irmão de Márcia, também policial civil, Flávio Henrique Pimentel, resumiu o sentimento de orgulho de toda família. “Ficamos muito felizes em ver que o que nós achamos os outros também acham. Como irmã, ela é uma pessoa maravilhosa. Como mãe e esposa, ainda mais. Agora, ouvindo tudo o que os colegas enxergam dela como profissional, nós só podemos ficar orgulhosos”. •

APOSENTADOS

Último “Sinpol em Casa” do ano expõe amor à Polícia Civil

Torres, como era conhecido pelos colegas, trabalhou na PCDF por quase trinta anos – sempre com muito orgulho. Por isso, a inclusão do nome dele na lista de policiais a serem visitados foi uma decisão fácil. Para os diretores do Sinpol-DF José Carlos Saraiva e Sueli de Barros, a chance de homenagear alguém com tamanha história na instituição policial não poderia ser perdida. “Nós ficamos muito felizes com cada oportunidade de reconhecer o trabalho dos policiais que nos antecederam, afinal foram vocês que construíram a base da nossa Polícia”, afirmou Sueli. “É uma grande honra estarmos aqui hoje. Nós só temos a agradecer”, acrescentou Saraiva.

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“Vocês não fazem ideia do quanto eu estou honrado com essa visita porque eu fui e sou um policial muito orgulhoso daquilo que fazia”, afirmou o agente aposentado, acrescentando que ainda tem muitas saudades daquele período. “Se me chamassem mais uma vez, eu ia novamente e pode ter certeza que eu dava conta”, brinca Torres.

FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Depois de dezenas de policiais visitados, o último encontro do “Sinpol em Casa” de 2019 ocorreu dia 17 de dezembro. O homenageado da vez foi o agente de polícia aposentado Antônio Carlos Ribeiro Torres, que, junto com a família, recebeu a equipe do sindicato em seu apartamento em Águas Claras.

Como tomou posse ainda no início da década de 60, Antônio Carlos atuou na instituição desde quando ainda era Guarda Especial de Brasília (GEB). Passou pela alteração para o Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP), e, enfim, após a separação que deu origem à Polícia Federal, escolheu a Polícia Civil do DF, onde permaneceu até se aposentar em 1991. Nessas três décadas, Antônio Carlos atuou nas mais diversas áreas. Ele trabalhou diretamente com inúmeras autoridades e passou por várias unidades policiais, incluindo a 11ª Delegacia de Polícia (DP), no Núcleo Bandeirante; a 9ª, no Lago Norte; e a 15ª, em Ceilândia Centro. Os últimos anos antes de se aposentar foram na antiga

Torres recebeu um broche e um certificado do Sinpol-DF, além de um boné e uma miniatura de viatura Delegacia de Vigilância e Captura (DVC). “Durante esse tempo, eu sempre tive um relacionamento muito bom com meus colegas. Nós tínhamos uma união sem igual”, recorda Torres. “Foram muitas missões, muitas prisões. Mas apesar de muito trabalho, eu não posso reclamar. Trabalhar na Polícia só me deu prazer”, garante o agente de polícia aposentado. •


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BEM-ESTAR

Sinpolzinho firma parceria e passa a ter Estúdio de Pilates FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

Em uma parceria com a Vertical Pilates Treinamento Esportivo, a filial do Sinpol-DF em Taguatinga, o Sinpolzinho, passa a contar com um Estúdio de Pilates. Nessa modalidade, os aparelhos permitem uma variação maior no número de exercícios e, além disso, a turma tem uma menor quantidade de alunos, possibilitando um acompanhamento mais próximo pelo instrutor. As aulas ocorrerão nas instalações do Sinpolzinho, conduzidas pelo fisioterapeuta Felipe Barboza, às segunValor (Já com das, quartas e sextas, em Plano Frequência desconto) quatro horários: 10h às 11h, 11h às 12h, 17h às 18h e das 2x por semana R$ 250 Mensal 18h às 19h. 3x por semana R$ 350

É possível fazer uma aula experimental, gratuita, às terças ou às quintas, das 10h às 12h

Como condição para a parceria entre as duas organizações, os sindicalizados terão 50% de desconto nas mensalidades comumente oferecidas pela Vertical Pilates. Confira na tabela. •

Semestral

2x por semana 3x por semana

R$ 225 R$ 299,95

Anual

2x por semana 3x por semana

R$ 199,95 R$ 249,95

TALENTOS

Policial civil lança livro sobre balística IMAGEM: DIVULGAÇÃO

O agente de polícia Luiz Gaspar Mariz lançou, no dia 26 de dezembro, o livro “Anotações sobre a Doutrina Policial – Balística”, que integra uma série sobre diferentes aspectos da atividade policial. O conteúdo do livro foi produzido ao longo da carreira do policial civil – condensando a experiência que ele adquiriu em cursos e treinamentos realizados nos dez anos em que atua como atirador de precisão da Divisão de Operações Especiais (DOE) da PCDF. A obra produzida por Luiz Gaspar é o segundo volume da série “Anotações sobre a Doutrina Policial”. “Nesse volume são descritas as principais informações de balística, com foco na atividade policial e defesa pessoal”, explica o autor. Segundo ele, a proposta da obra é apresentar o mundo das armas de fogo de forma clara e objetiva, desde os processos de fabricação de armamentos e seus mecanismos, até os efeitos de disparos.

“Balística” é tema do segundo volume da série “Anotações Sobre a Doutrina Policial”

De acordo com o agente de polícia, os conhecimentos trazidos no livro são de interesse principalmente dos instrutores de tiro e operadores de armas de fogo em geral. “Ainda assim, são aprofundados temas a ponto de esclarecer questões obscuras da física até mesmo para os atiradores de precisão”, destaca. Leia a sinopse e adquira o livro digitando este endereço no navegados do seu telefone: bit.ly/bal1stica. •

TALENTOS

Delegado lança livro sobre leis penais especiais para concursos IMAGEM: DIVULGAÇÃO

Fernando Cocito, delegado de polícia da PCDF lançou, dia 11 de dezembro, seu primeiro livro – “Leis Penais Especiais Para Concursos”. Na obra, ele faz uma análise de legislações específicas cobradas em concursos públicos de todo o país. Cocito aborda de forma simples temas como o Estatuto do Desarmamento, as leis de Abuso de Autoridade, de Tortura e de Drogas, além da Interceptação Telefônica. Assim, tem como público-alvo os concurseiros, tanto de carreiras da Segurança Pública como de carreiras jurídicas. “Este é um primeiro volume que trata das cinco principais leis penais; no segundo, a abordagem será voltada às outras cinco leis penais especiais”, adianta o delegado. •

Com o lançamento do primeiro, Cocito já pensa no segundo livro

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TV SINPOL

“Policial Civil em Foco”: veja o que foi tema em dezembro O “Policial Civil em Foco” é produzido pelo sindicato e transmitido aos sábados, às 11h50, pela TV Brasília (RedeTV), o programa busca aproximar ainda mais a categoria da sociedade brasiliense. Abaixo, confira as edições que foram exibidas durante o mês de dezembro. FOTO: ARNON GONÇALVES/SINPOL-DF

7 DE DEZEMBRO

O programa mostrou como é o trabalho dos policiais civis nas Seções de Atendimento à Mulher (SAM) das delegacias do Distrito Federal. O assunto foi abordado com uma entrevista da diretora Sueli de Barros com as agentes de polícia Caroline Perche e Vivian Carvalho, atualmente lotadas na SAM da 9ª DP. Elas explicaram quais são os tipos de crime investigados na seção, como funciona o registro da ocorrência entre outros tópicos. FOTO: COMUNICAÇÃO/SINPOL-DF

14 DE DEZEMBRO

Nesta edição, o Policial Civil em Foco mostrou como é o trabalho desenvolvido pelos policiais civis da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). A unidade é uma das mais recentes criadas dentro da estrutura da PCDF e tem um escopo de atuação que se estende por toda a corporação.

28 DE DEZEMBRO

Na última edição de 2019, o programa trouxe um grande balanço sobre as operações realizadas pelos policiais civis do Distrito Federal nos segundo semestre do ano. Apesar do enorme déficit de pessoal – com 50% de cargos vagos na instituição – o empenho característico dos policiais civis, resultou em números expressivos quanto ao combate à criminalidade.

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Enquanto no primeiro semestre de 2019 ocorreram mais de 70 operações policiais, nos últimos seis meses foram cerca de 80. Com uma média de três operações a cada semana, a categoria mostrou toda a capacidade técnica e disposição no combate à criminalidade em Brasília. •

FOTO: RAFAEL A FELICCIANO/METRÓPOLES

O assunto foi discutido pelos agentes de polícia Magno Fonseca, chefe da Seção de Repressão a Crimes de Alta Tecnologia (SRCAT) e Ulisses Silva, chefe da Seção de Suporte Técnico à Investigação (SSTI), ambas na DRCC.

Confira todas as edições do Policial Civil em Foco e demais vídeos do Sinpol-DF em nosso canal no YouTube: youtube.com/ tvsinpoldf


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