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especial paranagua
Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • Agosto de 2012 • R. Mal. Deodoro, 314, cj 801, CEP 80.010-010, Curitiba-PR
Servidores do HRL descansam no chão Quem faz plantão, se vira como pode Quem faz plantão no Hospital Regional do Litoral tem um empecilho a mais para enfrentar. Além da rotina conturbada típica de um hospital como o HRL, na hora do merecido descanso, a maioria dos servidores não conta sequer com uma cama para repousar. Segundo relatos de servidores da enfermagem, no verão o pessoal até que não sofre tanto. No período do descanso eles posicionam colchonetes em locais arejados como corredores e rampas de acesso. No inverno é que a coisa pega. O pessoal tem de procurar um cantinho para fugir do frio.
Leitos – Os pacientes do HRL não
dormem no chão, mas nem de longe contam com instalações apropriadas. Os quartos não têm televisores. O arcondicionado, quando não está quebrado, na maioria das vezes está em péssimas condições de higiene, o que pode expor pacientes e trabalhadores a diversas doenças respiratórias. Quando há manutenção no equipamento, são os próprios funcionários
que fazem. O detalhe é que eles não são preparados e não recebem para fazer esse tipo de trabalho.
Contraste – A realidade vivida pela maioria dos trabalhadores é bem diferente da realidade dos médicos. Estes possuem uma sala de descanso própria, com camas, TV via satélite e ar-condicionado em perfeito estado. E aí? – Se o problema da falta de alojamento não é geral, por que não criar áreas de descanso comuns a todos os trabalhadores? Afinal, médicos e toda a equipe do hospital já compartilham o minúsculo
refeitório, o trabalho e os cuidados com os pacientes. A medida poderia trazer inclusive um maior entrosamento de todos. Não somos contra os médicos terem uma sala de descanso, mas o que é inadmissível é se calar diante dessa situação: trabalhadores dormindo no chão e o tratamento diferenciado entre os trabalhadores. A rotina dos servidores da saúde já é dura por natureza. Quem faz plantão encara uma longa jornada. O horário de descanso é imprescindível, mas nas condições atuais, tornam a jornada ainda mais desgastante.