PLANTÃO INFORMATIVO DO SINDSAÚDE-PR
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EDIÇÃO 0 • Julho de 2020
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Até o fechamento desta primeira edição do Jornal do SindSaúde-PR, o Paraná apresentou 23.965 casos notificados de COVID-19 e 650 óbitos (1/7), numa semana em que chegamos a ter em um único dia 1.536 novos casos notificados. As trabalhadoras e os trabalhadores da saúde tiveram 1.770 casos confirmados e 6 óbitos notificados como COVID-19 (período de 1 de março a 23 de junho). No primeiro vídeo que gravamos sobre a situação da pandemia no nosso estado, alertamos que o governo Ratinho Jr. não estava pronto para fazer o enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus. Este fato foi verdadeiro pois dentre as suas prioridades está o atendimento das necessidades do setor privado e não da população, afinal foi eleito com o financiamento do latifúndio e de grandes empresários. Os acontecimentos comprovaram mais uma que estávamos no caminho certo pois com estes números e o processo de ação civil pública pedido pelo Ministério Público (MP-PR), Ratinho não teve outra saída senão adotar medida restritivas com o fechamento de várias atividades não essenciais em Curitiba e Região Metropolitana, Cascavel, Londrina, Foz do Iguaçu, Cianorte Cornélio Procópio e Toledo. Estas medidas deveriam ter sido adotadas desde
março, mas não atendiam às necessidades de lucratividade do capital da turma do governador. Além disto, mentiu quando ainda era deputado, ao afirmar que reconhecia ser necessário o diálogo com o conjunto das entidades que representam as servidoras e os servidores. Depois de se tornar governador, não quis negociar desde o início. Não pagou a nossa reposição salarial: são 36 meses sem reajuste e nossas perdas se encontram na ordem de 17,50%. Após várias mobilizações, recebemos em janeiro de 2020 reajuste de apenas 2%, o que sequer cobre o aumento de alíquota previdenciária, que passou para 14%, agravada pela diminuição do teto de isenção e pela defasagem de 29,20% do valor da GAS, afetando o orçamento familiar das servidoras e dos servidores da SESA. O Ratinho Jr. é, dentre os governadores, aquele que possui maior ligação com o governo Bolsonaro que tem as servidoras públicas e os servidores públicos como principais inimigas e inimigos. Bolsonaro foi eleito presidente ancorado em uma verdadeira indústria de notícias falsas, de acordo com as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso Nacional e pelo inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Polícia Federal (PF). O esquema foi comprovado por milhares de mensagens disparadas de forma ilegal e pagas com dinheiro de alguns empresários e de esquema irregular de captação de salários de comissionados
do gabinete de um dos filhos de Bolsonaro. O projeto ultraliberal conduzido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mergulhou o país em uma crise financeira sem precedentes na história, com previsão de redução do Produto Interno Bruto na ordem de 13% no segundo trimestre deste ano, e na crise sanitária que ultrapassa um milhão e quatrocentos mil casos notificados de contaminados e 60.713 mortos, mostrando o total descaso com a saúde e com a vida da população, sem a condução de uma política de Saúde coordenando as ações, orientando o isolamento social e sem utilizar seu poder de compra para gerar economia de escala aos cofres públicos e normalizar e regular preços, centralizar inclusive a distribuição de equipamentos, insumos e medicamentos para salvar vidas durante a pandemia Lamentavelmente Rato implementou no Paraná medidas contra o funcionalismo antes mesmo que o Governo Federal implementasse contra os seus próprios servidores, como o congelamento das carreiras e quer agora retirar o anuênio e o quinquênio, além da licença prêmio. Foi neste cenário que a nossa gestão Reconstrução assumiu a direção do SindSaúde Paraná, no dia 1 de fevereiro. Mesmo diante destas dificuldades estamos implantando as propostas da nossa plataforma como o enfrentamento contra as privatizações e terceirizações na SESA, a ampliação da participa-
SINDSAÚDE-PR ENTRA COM AÇÃO CONTRA MEDIDAS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA
NOVA ASSESSORIA JURÍDICA RENOVA ATENDIMENTOS DO SINDSAÚDE-PR
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ção no controle social, para que o SUS se transforme em sistema totalmente público e estatal; a luta contra o assédio moral abrindo espaços de acolhimento e encaminhamentos efetivos para que barrar com estes processos que causam sofrimento e adoecimento da categoria; a união das categorias de trabalhadoras e trabalhadores da Saúde, pondo fim ao isolamento do SindSaúde-PR integrando o sindicato à plenária estadual de entidades de trabalhadoras e trabalhadores da Saúde; a pressão para o chamamento das concursadas e dos concursados; a reformulação da comunicação, com o projeto voltado diretamente para a categoria. Você deve ter notado esta diferença. Hoje a nossa categoria é mais ouvida e considerada, inclusive nas redes sociais. Nenhuma questão deixa de ser respondida, em uma atitude de respeito individual e coletivo. Neste curto espaço de tempo, retomamos as nossas relações com a ASSEF, porque a interrupção de uma parceria histórica trouxe muitos prejuízos à categoria e uma divisão que interessava aos patrões, não à classe trabalhadora! Junto com o Fórum das Entidades Sindicais abrimos canal de negociação com a Perícia do estado, no sentido de lutar pela interiorização dos atendimentos, para que os médicos peritos acolham os atestados dos médicos assistentes e que o atendimento seja humanizado. O SindSaúde-PR está ficando mais forte! O SindSaúde-PR é de lutas!
SINDSAÚDE-PR IMPLEMENTA AÇÕES DE SAÚDE DA TRABALHADORA E DO TRABALHADOR PÁGINA 4