Nº 19 • Julho de 2007
Funcionários da saúde definem as mobilizações de mais um semestre de lutas Uma importante assembléia da categoria foi realizada em 10 de julho. Os presentes avaliaram que nossa mobilização tem sido boa. Precisamos manter as manifestações, pois com elas estamos denunciando à população e às autoridades nossa indignação sobre o desrespeito do governo com servidores da saúde. A assembléia definiu a pauta de lutas; aprovou medidas de apoio aos servidores que sofreram descontos e denunciou a atitude anti-sindical do governo. O projeto de lei que regulamenta as jornadas e o andamento das ações na Justiça também estiveram em discussão.
Apoio aos servidores com descontos
Assembléia dos servidores demonstra que a disposição para a luta permanece
A assembléia aprovou um meio de compensar os servidores que tiveram descontos salariais na luta pela manutenção da jornada de trabalho. A categoria autorizou a direção sindical a realizar adiantamentos, dentro de certas condições e conforme as possibilidades financeiras da entidade, para compensar os valores subtraídos dos salários. As condições para o servidor obter o adiantamento são: • Ser sindicalizado. • Ter recebido descontos por
falta injustificada em junho (contracheque de 1º de julho). • O adiantamento será no valor do desconto ou no máximo R$ 500. • Assinar contrato em que o servidor se compromete a devolver o dinheiro adiantado quando reouver os valores descontados. A assembléia também decidiu pela abertura de conta corrente e por campanha para arrecadar fundos em solidariedade aos servidores punidos pelos descontos. Também será organizada uma rifa com este objetivo.
Conheça a pauta de lutas dos servidores da saúde - Manutenção das jornadas de trabalho de 20 e 30 horas. Vamos resistir na defesa deste direito legítimo da categoria. - Projeto de Lei da Saúde do Trabalhador. Essa proposta es-
tava sendo negociada no ano passado entre deputados estaduais e os servidores das diferentes categorias. Sua aprovação é importante para a implantação de medidas que reduzam a noci-
Atitude anti-sindical do governo é denunciada Foi denunciada na assembléia a tentativa do governo de interferir no SindSaúde. Pela lei, todo o sindicato tem o direito de ter dirigentes sindicais liberados. Eles deixam o local de trabalho e passam a atuar na entidade. São os trabalhadores quem elegem seus dirigentes e escolhem os liberados. Ao patrão cabe apenas acatar a decisão. Desde 2005 o governo resiste em oficializar a liberação de José Carlos (Sassá) Nogueira e Elaine Rodella. Primeiro, usava uma lei estadual que limitava as liberações. A lei foi revogada em outubro e não há mais justificativa para que não sejam emitidas as portarias de liberação. Esta atitude anti-sindical está sendo denunciada na OIT (Organização Internacional do Trabalho). O fato mosta que o governo não aceita o SindSaúde soberano na defesa dos trabalhadores. O governo quer o sindicato atrelado aos seus interesses.
vidade dos ambientes e processos de trabalho, diminuindo ou eliminando os danos à saúde. - Perícia médica. É preciso investimento para que os trabalhadores tenham melhor acesso
à perícia médica. Hoje faltam funcionários e é preciso investir na formação desses profissionais. - PCCS do SUS. Nós precisamos de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários que atenda
Por negociações
Em reunião com servidores, em de de julho, o presidente da Assembléia Legislativa Nelson Justus comprometeu-se a atuar por uma solução negociada para a jornada
as necessidades e especificidades dos servidores do SUS. As diretrizes nacionais já estão definidas e conquistar o PCCS é um meio de fortalecer o SUS. - Contra as terceirizações. Os governos Requião e Lula querem resgatar a proposta neoliberal ao defenderem a criação fundações estatais de direito privado para gerenciar unidades de saúde e contratar servidores. É a velha terceirização que FHC e Lerner defendia e a gente sempre combateu. A assembléia decidiu realizar seminário para discutir a questão e definir formas de lutas. - Aposentados. Este segmento da categoria tem suas especificidades e tem sempre seus vencimentos ameaçados. É preciso investir na união dos aposentados na defesa dos seus direitos.