Nº 11 - Janeiro/2006
Só teremos bom reajuste com mobilização Começando o último ano do governo, finalmente Requião anuncia aumento na tabela de vencimentos dos servidores que têm os mais baixos salários do Estado. Isto depois de 10 anos do último reajuste. A notícia deve ser recebida com cautela por todos nós, pois não se falou qual será o índice de reajuste e não ficou claro como serão incorporados os abonos. Lembramos que o secretário Xavier faz propaganda enganosa dizendo que a GAS foi incorporada aos salários, quando todos sabem que não é assim. Além disto, há diversos outros direitos que precisamos negociar. Depois de pagar a GAS, por exemplo, o governo fechou-se e não quis negociar jornada, o PCCS da saúde e todas as nossas reivindicações. O governo age como se os salários baixos fossem nosso único problema. Talvez por isto eles resistam tanto em corrigi-los. Para assegurarmos reajuste digno e a incorporação (de verdade) dos abonos, vamos ter que mostrar nossa força perante o governo.
Dia 15 de fevereiro às 14 horas Participe da mobilização na Assembléia Legislativa
Vamos cobrar do governador um bom índice de reajuste e negociações sobre as nossas demais reivindicações. Você encontra mais detalhes sobre pauta de reivindicações na página 2
Direitos de aposentados custam pouco à folha Desfrutar a aposentadoria depois de 30 ou 35 anos de serviços prestados à população não é mais o momento prazerosamente esperado pelos servidores da saúde. Ao contrário, é um pesadelo. O servidor sabe que de um dia para o outro seu salário se reduzirá a menos da metade. Para não viver à míngua, muita gente se obriga a adiar a aposentadoria, esperando um melhor momento, que só virá quando a tabela de vencimentos for corrigida e os abonos e a GAS forem verdadei-
ramente incorporados. Sabemos que o PCCS imposto pelo governo Lerner discriminou os aposentados. Não considerou todos os anos de serviço e os colocou em níveis iniciais da tabela de vencimentos. Para corrigir a distorção, o SindSaúde defende o reenquadramento. A pedido do sindicato, o Dieese elaborou estudos e concluiu que, se os aposentados fossem contemplados com as promoções e progressões pagas ao pessoal em atividade, a folha de pagamento aumentaria em ape-
nas 0,68%. Não chegaria sequer ao limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. O que seria muito pouco para o Estado seria de grande valor para o aposentado. Falta o governador olhar a essa gente com mais respeito e carinho. Para conseguir nosso objetivo, vamos reforçar a mobilização de aposentados realizada em 2005. Vamos promover mais atividades, convidar mais gente e mostrar mais garra para cobrar do governo uma posição definitiva. Chega de enrolação!
Neste ano, o que mobiliza o governo é o nosso voto O que mobiliza os trabalhadores é a luta por reajuste no salário. O governo esta noticiando que dará reajuste. As páginas de jornais estão cheias de boas notícias. Para que essas notícias se tornem realidade cada um precisa fazer a sua parte. A direção do SindSaúde convida aos interessados em garantir o reajuste que venham participar da mobilização que acontecerá no dia 15 de fevereiro, a partir das 13 horas, na Assembléia Legislativa. Temos grandes e variados motivos
para participar. Aqueles que estão para se aposentar ficam com os cabelos brancos só de pensar na perda de salários que acontece ao sair da ativa. Desesperados com a situação, os aposentados com certeza estarão presentes para lutar pela revisão dos seus proventos e para serem incluídos no PCCS. Vamos marcar o início dos trabalhos da AL levando nossas reivindicações. Nossa presença influenciará na tomada de decisão do governo, vamos sensibilizar os deputados. Somente a participação poderá garantir reais conquistas.
Salário mínimo regional
Preocupação maior do governo é a propaganda Quando o governo federal anunciou o salário mínimo nacional de R$ 350, o governador Requião não titumbeou para tentar ocupar espaço na imprensa e anunciou o salário mínimo paranaense de R$ 437. Ao saber da notícia, a direção do SindSaúde criticou na imprensa a postura do governo de manter 11 mil aposentados recebendo salários miseráveis, inferiores inclusive ao “salário social” do Es-
tado, de R$ 400. Portanto, menor que o salário mínimo regional que ele propõe. São 5.170 aposentados que recebem salário base de R$ 228. Mesmo com o abono de R$ 50, eles ainda precisam de valor complementar para ter o salário mínimo nacional atual, de R$ 300. Foi no dia seguinte à crítica que o governador Requião anunciou o reajuste ao QPPE, mesmo sem saber como, quando e quanto pagará.