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Economia
Retomada econômica em Goiás ainda é incerta
Dados estatísticos mostram cenários diversos, mas expectativa do mercado e do setor empresarial goiano é positiva para a recuperação da atividade econômica do estado.
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“O Estado da vez é Goiás” . Foi com essa afirmação que o governador Ronaldo Caiado se dirigiu ao setor empresarial no lançamento do guia “Planejamento Estratégico: Caminho para a Retomada da Economia” , elaborado pela Federação das Associações Comerciais, Industriais, Empresariais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg), no final do mês de julho. Caiado destacou na oportunidade as iniciativas do governo estadual para fomentar a economia goiana, principalmente na melhoria da infraestrutura. Segundo ele, Goiás está investindo no que existe de mais promissor, como a logística, além da recuperação da parte fiscal do Estado. O evento aconteceu um ano depois que o governo de Goiás oficializou a criação da Secretaria da Retomada, no início de agosto de 2020, com o objetivo de planejar e executar ações que alavanquem a economia goiana com o arrefecimento da crise sanitária. A iniciativa, contudo, não parece ter sido suficiente para produzir os efeitos esperados pela administração estadual. A última estimativa sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás divulgada pelo Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), mostram que a economia goiana registrou variação de - 1,1% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado negativo estimado pelo IMB vem depois de um crescimento de apenas 0,3% no quarto trimestre de 2020, que por sua vez sucedeu outros dois resultados negativos: de -0,3% no terceiro trimestre e de -2,4% no segundo trimestre. Dados setoriais mais recentes são mais animadores. A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativa a maio mostra que o volume de vendas no comércio varejista goiano cresceu 4,3% no acumulado deste ano (janeiro a maio), comparado com igual período de 2020. A base de comparação, no entanto, é fraca, já que de janeiro a maio do ano passado o volume de vendas do varejo tinha registrado uma retração de 6,8% sobre o mesmo período de 2019. O que significa que as vendas estão em patamares menores do que o pré-pandemia. Já a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), também do IBGE, aponta um crescimento de 11,9% no volume de contratação de serviços no acumulado de janeiro a maio de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado. Porém, assim como no comércio varejista, no setor de serviços houve queda no volume de contratação (-8,2%) no período de janeiro a maio de 2020, ante o mesmo período do ano anterior. Os dados do PIB goiano do segundo e terceiro trimestre, assim como os resultados das pesquisas mensais do comércio e de serviços a partir de junho ainda não estão disponíveis, o que não permite aferir o comportamento do mercado goiano nos últimos meses. Mesmo assim, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) prevê que a economia goiana deve fechar 2021 com crescimento de 3,8%. A estimativa tem como base estudo da empresa MB Associados e, se confirmada, o avanço econômico de Goiás será superado apenas pelo de Mato Grosso (4,97%), do Amazonas (4,78%), do Rio Grande do Norte (4,37%) e do Piauí (3,99%). A expectativa positiva da Fieg se justifica, levando em consideração as projeções dos economistas do mercado financeiro para o PIB do País em 2021, que estão acima de 5%, segundo a pesquisa Focus, do Banco Central. O Fundo Monetário Internacional (FMI) também projeta crescimento de mais de 5% para a economia brasileira em 2021. Alguns obstáculos, no entanto, terão que ser transpostos para garantir a retomada econômica nos próximos meses: a vacinação lenta da população, a ameaça de um apagão do setor elétrico provocado pelos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas do país, a desvalorização cambial do Real frente a outras moedas e a instabilidade política por que atravessa o Brasil.

Assinatura digital nas bombas de combustíveis fabricadas no Brasil fica para julho de 2022
Prazo anterior era dia 17 de junho de 2021. De acordo com o Inmetro, a prorrogação se deve à necessidade de adequação dos fabricantes.
A Portaria nº 264/2021 estabeleceu o dia 1º de julho de 2022 como o novo prazo para que as bombas de combustíveis fabricadas no Brasil precisem obrigatoriamente de assinatura digital para as medições. Além de estender o prazo em um ano, a medida publicada no último dia 16 de junho também determinou alguns requisitos complementares de software e hardware que não estavam estabelecidos anteriormente. De acordo com o Inmetro, o novo prazo se deve à necessidade de adequação dos fabricantes. Além disso, o órgão passou a ser autoridade certificadora (AC) de primeiro nível, fazendo necessário alguns ajustes no regulamento e, por consequência, mais tempo para adequação. Essas alterações foram amplamente discutidas com os fabricantes de bombas de combustíveis, que são os principais afetados pelos novos requisitos, e os responsáveis pela comprovação da adequação. Com o Inmetro como AC de primeiro nível, ele irá estabelecer as regras que irão credenciar os certificadores de segundo nível. São eles os responsáveis por emitir os certificados que vão ser utilizados para as assinaturas digitais das bombas. Outro fator para a extensão do prazo é que a pandemia determinou medidas de restrições que tornaram mais difícil a aquisição de insumos, o que afetou vários setores da economia, incluindo a produção de bombas medidoras de combustíveis. Todos esses fatores mencionados, juntos, tornaram inevitável a prorrogação do prazo anteriormente previsto para dia 17 de junho de 2021. Com o novo prazo, fica estabelecido que o dia 30 de junho de 2022 é o último dia em que os fabricantes podem comercializar bombas que estejam de acordo com o regulamento anterior. Apesar disso, os fabricantes já podem começar a vender os modelos que estão de acordo com as novas diretrizes.

Diferenças entre carros elétricos, híbridos e a combustão
Na corrida para diminuir as emissões de gases de efeito estufa, a indústria automotiva promove avanços tecnológicos que diminuam os impactos sobre o meio ambiente
A questão da sustentabilidade está hoje no centro das atenções da indústria automobilística em meio aos esforços globais de redução nas emissões de gases resultantes da queima de combustíveis fósseis. O aumento da fabricação de carros elétricos ou híbridos, em detrimento dos tradicionais veículos movidos a combustão já é realidade. Algumas marcas, como a Volvo, por exemplo, pretendem eliminar utilitários movidos a gasolina ou a diesel de suas linhas de produção até 2030. Mas, qual a diferença entre carros híbridos, elétricos e de combustão?
Elétricos x combustão
Em um carro flex, o funcionamento do motor depende da energia gerada pela queima do combustível, que move os pistões e, por consequência, as rodas. Já no elétrico, a energia que alimenta o motor vem de uma bateria recarregável. Entre os dois sistemas, existe o carro híbrido, que combina um motor a combustão e outro elétrico. Ambos trabalham juntos para alimentar a tração e recarregar as baterias, com a energia gerada pelas frenagens, por exemplo. Em termos de desempenho, um carro movido a combustão leva 40% da energia primária para as rodas, enquanto os elétricos conseguem alcançar 90%, segundo estudo divulgado pela UCorp Mobilidade Corporativa. Essa diferença se reflete em economia, que pode chegar a 40%, comparando o consumo de um carro elétrico com um movido a combustão em um mesmo trajeto. Em relação à autonomia, porém, nos modelos movidos a eletricidade mais comuns ela gira em torno de 100 km, bastante inferior à de veículos convencionais, que podem rodar até 500 km com apenas um tanque. Além disso, enquanto os movidos a combustão precisam de 5 minutos para ser reabastecido, um carro elétrico pode levar até 1h para ter carga suficiente para percorrer 100 km.
Híbridos
Apesar de também emitir gases decorrentes da queima de combustíveis fósseis, os carros híbridos oferecem maior potência, eficiência e economia do que os convencionais. Em relação aos puramente elétricos, a vantagem é não depender unicamente de uma fonte de energia, o que garante maior autonomia. Há modelos que podem chegar a uma média de consumo de 25 km/l na cidade.
Meio ambiente
Em termos de sustentabilidade, o carro movido a combustão é o maior vilão para o aquecimento global. Em 20.000 km rodados, um veículo convencional produz 3.000 kg de C0² , enquanto que o elétrico emite apenas 70 kg, conforme dados da UCorp. Em resumo, as vantagens oferecidas pelo carro a combustão se limitam ao tempo de abastecimento e à autonomia, o que é uma questão de tempo uma vez que já existem modelos que rodam até 1.000 km sem necessitar de recarga. Trazendo para a realidade brasileira, entretanto, os carros a gasolina ou a diesel são mais competitivos em termos de preço, disponibilidade de assistência mecânica e abastecimento do que os elétricos. Mesmo assim, a produção desse tipo de carro tem crescido anualmente acima dos 20%. Nesse contexto, os modelos híbridos estão ganhando cada vez mais a preferência do público brasileiro nessa transição sustentável. É a aposta de empresas automotivas com políticas alinhadas com o esforço global de reduzir a emissão de gases e evitar um colapso.



