JORN AL DO SiNDiMETRÔ/RS
PALAVRAS NÃO BASTAM, VAI TER LUTA PALAVRAS NÃO BASTAM, VAI TER LUTA
A greve de 8 de maio da categoria metroviária foi um momento histórico. Após o descumprimento do nosso acordo coletivo e muitas incertezas. Sabemos que a concessão significa o aumento da tarifa e a piora do serviço essencial à população gaúcha. Exigimos uma ação imediata do governo federal para a retirada da Trensurb da lista de privatizações. Seguimos com uma única certeza: vai ter luta!
Após nossa mobilização de greve, o PT finalmente se pronunciou ao lado dos(as) trabalhadores(as) e da Trensurb pública. Dia 23 de maio a FENAMETRO convocou atos em defesa do transporte público. Às 6h da manhã, realizamos o Café com Usuário(a) nas estações Mercado e Sapucaia. Às 17h, na estação terminal Mercado, um ato político com liberação de catraca abriu o caminho de que a tarfa zero é possível!
No fim do dia 23, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniu com parlamentares da bancada gaúcha em Brasília. O ministro Rui Costa garantiu na ocasião que a Trensurb será retirada do PND.
Mais do que palavras, precisamos de ações! Estamos há seis meses sem uma nova direção e seguimos alertas aos movimentos de Brasília. A portaria do dia 13 de junho do Diário Oficial da União mostra o contrário. No documento, o BNDES renovou por dois anos o contrato com a empresa responsável pelos estudos de privatização da Trensurb e outras empresas públicas de transporte no Brasil.
Seguiremos em mobilização na nossa categoria, em diálogo com os(as) usuários (as). Seguiremos cobrando e em contato direto do governo Lula e parlamentares para garantir o futuro da Trensurb pública!
NO SETOR DE TRANSPORTE um dia de muita movimentação e apoio de usuários(as), partidos, sindicatos, movimentos sociais e estudantis, gritamos: Vai ter luta!
Nº 166
PORTO ALEGRE, 26 DE JUNHO DE 2023
23/05: RUI COSTA GARANTE A RETIRADA DA TRENSURB DO PND
Parlamentares Fernanda Melchionna (PSOL), Bohn Gass (PT), Alexandre Lindernmeyer (PT), Daiana Santos (PC do B), Maria do Rosário (PT), Reginete Bispo (PT), Marcon (PT), Miguel Rossetto (PT), além do secretário geral do PT Henrique Fontana em reunião com o ministro da Casa Civil Rui Costa em Brasília
23/05: DIA NACIONAL DE LUTAS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO
Se não vai mais ter privatização, por que financiar estudos de modelo de venda da Trensurb?
8 DE MAIO: MOBILIZAÇÃO DE GREVE EM DEFESA DA TRENSURB PÚBLICA
A construção coletiva da greve do dia 8 de maio foi fruto de muito trabalho de base e do amadurecimento da politização da categoria metroviária. A greve é um recurso de poder da classe trabalhadora, e o apoio dos(as) metroviários(as) foi histórico. A decisão pela greve ocorreu em assembleia no dia 28 de abril, e desde lá, foram duas reuniões de mediação no SRTE e uma no TRT-4 na semana anterior ao dia da greve. A Trensurb se manteve irredutível.
No domingo, 7/05, cerca de 150 trabalhadores estavam presentes e reafirmaram a decisão coletiva e unânime pela paralisação total a partir da zero hora do dia 8 de maio. A concentração de representantes da juventude, movimetos sociais e sindicatos, além dos(as) metroviários aconteceu na noite de domingo na sede do Sindimetrô RS.
Pelas 3h da manhã, um piquete foi montado na entrada da empresa para dialogar com quem veio trabalhar e atrasar a saída dos trens no início da manhã. A madrugada foi longa, e a greve em defesa da Trensurb pública espantou o frio e a chuva. Membros do movimento sindical, social e estudantil estiveram presentes.
Respeitamos todas as determinações do Tribunal Regional do Trabalho, mas nosso barulho foi ouvido: o nosso futuro está em risco! Atrasamos a operação do início do dia, com um recado à população: o transtorno da greve é ruim, mas a Trensurb privatizada, é ainda pior.
Em mediação no TRT-4, ocorrida no dia 8 às 10h da manhã, deliberou que nosso movimento de greve era totalmente legal. O desembargador decidiu que a Trensurb voltasse a pagar o adicional de risco de vida à segurança.
Às 12h30, a categoria avaliou em assembleia para decidir sobre os próximos passos da mobilização daquele dia. A categoria decidiu por unanimidade manter a paralisação até a meia noite e o estado de greve.
Duas das nossas demandas foram atendidas, mas a principal, segue: a saída da Trensurb da lista de privatizações. Nosso acordo coletivo também foi prorrogado, assegurando nossos direitos até que a nova direção da empresa seja nomeada.
Saudamos a participação da categoria metroviária e também agradecemos o apoio do PSOL, UP, CSP-Conlutas, CUT, Sindisaúde, ASERGHC, Simpa, MRT, Juntos!, FNL e Faísca! A adesão foi massiva.
Destacamos as presenças de Fernanda Melchionna (Dep. Federal PSOL), Adão Pretto Filho (Dep. Estadual PT), Karen Santos (Vereadora de Porto Alegre RS), Amarildo Censi (Presidente da CUT-RS), Fran Rodrigues (PSOL), Arlindo Ritter (presidente ASERGHC), João Ezequiel (Coord. Simpa), Julio Jesien (Presidente do Sindisaúde), Rejane de Oliveira (Secretaria Executiva Nacional CSP - Conlutas), Aldiério Florêncio Pereira (Federação Sindical e Democrática dos Metalúrgicos/MG - CSP Conlutas), Bira Toledo (Metroviário aposentado / IACOREQ)
Tem muita luta pela frente! A nova diretoria da Trensurb deve assumir até o fim de junho. Agora, é começar as negociações do acordo coletivo e de escalas. Temos uma empresa para reconstruir, em meio a terceirizações e o sucateamento do patrimônio público. c A Trensurb ainda segue na lista de privatizações e seguiremos em mobilização para salvar a empresa.
ATRASOS NA TRENSURB:
ATRASOS NA TRENSURB:
CADÊ O TREM QUE
CADÊ O TREM QUE
ESTAVA AQUI?
ESTAVA AQUI?
Antes da pandemia do coronavírus, a Trensurb operava trens acoplados em horário de pico de 4 a 4 minutos. Nas últimas semanas, milhares de pessoas chegaram às estações de trem e enfrentaram atrasos de mais de 20 minutos.
As falhas dos trens estão cada vez mais comuns e afetam a população gaúcha. Em uma matéria do jornal Correio do Povo de 27 de abril, diversos(as) usuários(as) perceberam o atraso. O problema tem ficado cada vez mais recorrente e gerado transtorno para quem utiliza o serviço.
Segundo a Trensurb, a alteração da tabela horária vai seguir por tempo indeterminado. A justificativa são reparos para evitar furto de fios e cabos na linha, mas a situação segue mostrando o abandono do patrimônio público.
Durante a pandemia, a circulação de trens foi reduzida por medidas restritivas do lockdown. A categoria metroviária não parou de trabalhar e seguiu atendendo trabalhadores que tiveram que continuar trabalhando presencialmente com as medidas de distanciamento social.
A ONU decretou o fim da pandemia do coronavírus no início de maio deste ano, mas a Trensurb ainda opera em redução de tabela horária. E a situação só se agrava e é cada vez mais frequente.
O Sindimetrô RS irá tomar as medidas possíveis para cobrar da empresa uma resolução para a situação. A Trensurb é o principal meio de transporte que liga à região metropolitana de Porto Alegre. É urgente que a Trensurb atenda à demanda do povo gaúcho!
CURSINHO POPULAR INICIA AULAS NO SINDIMETRÔ RS
No sábado, 17 de junho, aconteceu a aula inaugural do Cursinho Popular Preparatório para o Concurso da Trensurb. Carla Zanella, representando a Dep. Estadual Luciana Genro, saudou a iniciativa pioneira do Sindimetrô RS. As aulas serão gratuitas e a primeira turma conta com 120 inscritos(as) e uma fila de espera.
Com o auditório lotado durante a aula inaugural, coordenadores do Emancipa dividiram suas experiências na política e educação. A direção do Sindimetrô RS recebeu a turma e conversou com os(as) presentes sobre a luta histórica contra a privatização da Trensurb e por mais direitos.
Após, a dupla de professores Fran e Julio, de Português e Matemática, deram uma aula inicial, reunindo o conteúdo das últimas provas do concurso da Trensurb. O projeto visa ampliar o acesso ao concurso da Trensurb, ainda sem data. A ideia é expandir o cursinho para estudos para o Enem e outros concursos futuramente.
A iniciativa é um parceria entre o Sindimetrô RS e o coletivo Emancipa. O acesso à educação e ao conhecimento libertam e são parte estratégica para a mudança social.
Jornal do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do RS
Rua Monsenhor Felipe Diehl, 48 - Humaitá, Porto Alegre/RS
Presidente: Luís Henrique Chagas
Jornalista responsável, Fotos e Diagramação: Nádia Alibio (MTB 0020462/RS)
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