4| Nossa Voz
Porto Alegre, 9 de junho de 2015
CONCURSO PÚBLICO
Temos vagas Os Banrisulenses sabem o que está acontecendo e percebem no seu dia a dia de trabalho. É cada vez mais trabalho e menos colegas. Mais metas no Banrisul e menos condições de ser produtivo. A verdade é que já estamos sentindo os efeitos da falta de escrúpulos que o governador Sartori prometeu que seria a gestão do banco no seu discurso de posse da nova diretoria em abril. O governador está é cumprindo as metas de maldades e uma delas é o fechamento de vagas pelo cancelamento de concursos públicos. Ou seja, deixa de criar, no mínimo, 2.600 empregos, para suprir as carências e atender de forma adequada os clientes. E os Banrisulen-
ses adoecem. É o velho discurso de crise que já ouvimos de governadores que enxergam o Banrisul e os Banrisulenses apenas como agentes de produção de lucros e dividendos para acionistas. Esse discurso se esfarelou na primeira semana de maio. O banco anunciou lucro líquido ajustado de R$ 147 milhões no primeiro trimestre de 2015. É um desempenho que superou o mesmo período de 2014 em 89,1%. Quer dizer, não há crise nem justificativas para o desmonte do banco. Ao contrário. Os gestores de bancos costumam dizer que o setor financeiro precisa abrir agências para atuar em igualdade de condições num mercado que está altamente competitivo. Pois o nosso escrúpulo, zelo e cuidado
com a instituição e com os banrisulenses demonstra que, para concorrer e ser um banco saudável, é preciso de bons operadores de negócio (ONs), plataformistas, caixas, escriturários, pessoal de TI, técnicos em geral, satisfeitos e confiantes de que o banco vai seguir em frente e respeitar as conquistas da nossa história de lutas. Mas não é isso que o atual governo quer fazer. Em vez de abrir concurso público para tornar o banco competitivo, o banco cancela, como fez em abril. Fecha postos de trabalho. A nova diretoria, alinhada com o governador Sartori, anuncia retrocesso. Em 12 meses, o banco abriu 16 novas agências e fechou 379 postos de trabalho no Estado. Portanto precisa de mais e não de menos gente.
Não aceitaremos a volta da cultura do estágio E a saída para crise que o governo propala e que não existe de fato? Já circulam boatos sobre a volta a cultura do estágio. Mesmo com um número reduzido de funcionários, distribuído em mais agências, os trabalhadores ajudaram muito a garantir o crescimento do lucro. O SindBancários não vai deixar por menos. Seremos firmes na cobrança por melhores condições de trabalho e atuaremos para proteger os direitos dos Banrisulenses. Se o governador não sabe, nós avisamos que isso cria um grande passivo. Durante os
13 anos (1988-2001) que não fez concurso público, o banco contratou irregularmente estagiários, além do número permitido do por lei, sem supervisão e executando trabalho de funcionários. E esta situação continuou, até que no início de 2013, o Ministério Público do Trabalho (MPT) firmou termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Banrisul, que obrigou a substituição do excesso de estagiários por funcionários e o pagamento do piso dos bancários. Quer dizer, o banco recorre a um ataque que já trouxe prejuízo ao banco e aos bancários. A cultu-
ra do estágio prejudica a carreira e o emprego dos Banrisulenses. O Banrisul precisa de trabalhadores concursados, com seus direitos garantidos, e não de precarização. O banco precisa valorizar mais o trabalho dos Banrisulenses, e se o Estado está em crise, é hora de criar empregos. CONCURSO PÚBLICO JÁ! Diretoria e governador Sartori, parem de desmontar o Banrisul. Nós já sabemos que cancelar concurso público é estratégia de precarização, para justificar a privatização. É a velha história se repetindo. Agora, como farsa.
SEM RESPOSTA
Dois meses de costas para os Banrisulenses Porto Alegre, 9 de junho de 2015
MOBILIZAÇÃO
Todos juntos em defesa do Banrisul Desde 7 de abril, a diretoria do SindBancários tenta uma reunião com a atual diretoria do banco para buscar explicações sobre as suspensões de investimentos em benefícios dos trabalhadores. A diretoria só fala em crise, que o Estado não tem dinheiro para investir e que o banco não estava bem das pernas. Temos a prova, com este crescimento do lucro, de que a tão falada crise não existe e que não passa de um discurso para justificar tesourada na saúde, na segurança e nos benefícios dos trabalhadores. É esta falta de respeito que ficou clara nestes primeiros momentos da gestão. Na quarta-feira, 27/5, chegamos a 50 dias sem que os diretores respondam um pedido de audiência feito em conjunto pela diretoria do SindBan-
cários e da Fetrafi-RS. É inadmissível em tempos de democracia que a diretoria de um banco público vire as costas para os trabalhadores. A atual gestão não quer ver, não quer ouvir, nem quer falar sobre o que os Banrisulenses têm a dizer sobre as dificuldades que passam no seu dia a dia. Para não esquecer desta data e da falta de respeito, elaboramos um contador de dias. Faça as contas, preencha com caneta, na tabela desta página, o número de dias que a nova diretoria não responde e mostre para os colegas de setor. Neste dia 9 de junho, data de fechamento desta edição do Nossa Voz, chegamos a dois meses e dois dias de silêncio. São 63 dias de costas para os Banrisulenses. É tempo de nos mobilizar para defender o banco público de todos os gaúchos.
Calendário dos encontros regionais Considerando a nova configuração política e administrativa do Estado, o Comando Nacional dos Banrisulenses decidiu mudar a dinâmica dos debates específicos para a Campanha Salarial 2015.
Depois de quase seis meses de indecisão e falta de clareza sobre seus objetivos, José Ivo Sartori, finalmente, começa a abrir o jogo sobre os rumos de seu governo.
Aos Banrisulenses, que já vêm discutindo a Campanha Salarial deste ano – e têm seu Encontro Nacional no dia 18 de julho – o recente “pacote de maldades” enviado pelo Gringo à Assembleia Legislativa traz uma ameaça a mais: a proposta de reestruturação do banco, através da abertura de capital do Banrisul Cartões. Para quem lembra do governo Yeda Crusius, que vendeu metade do Banrisul, as primeiras iniciativas do atual governador são semelhantes e muito preocupantes. Como já sabemos, o funcionalismo estadual vive hoje sob o corte e a ameaça de atraso nos salários e benefícios. É importante estarmos juntos e atentos ao chamado à mobilização. No dia 12 de junho, a sexta-feira, vamos ao Ato em defesa do Banrisul e pelo concurso público. A partir o meio-dia, na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, em frente à Agência Central, vamos defender o caráter público do banco. No dia 18 de julho, será a vez do Encontro Nacional dos Banrisulenses. Já é tempo de Campanha Salarial.
de Ato em defesa Sexta|12 junho|12h|Praça do Banrisul e pelo u da Alfândega, em à Agência concurso público frente Central
Encontro Nacional u Sábado, 18 de julho dos Banrisulenses
Durante reunião na Casa dos Bancários,na quarta-feira, 3/6, os dirigentes debateram alternativas para ampliar a participação dos trabalhadores nas discussões sobre a pauta específica. Até a próxima quarta-feira, 10/6, sindicatos devem informar à Fetrafi-RS as datas desses encontros regionais ou por sindicato. Os encontros irão abordar a conjuntura estadual, a defesa do banco público e a pauta específica dos Banrisulenses. Uma medida muito importante para todos os Banrisulenses é a consulta que os sindicatos vão promover em suas bases, a respeito das prioridades dos trabalhadores. Todos lembram que recentemente Sartori disse que, para ele, o Banrisul não devia “ter escrúpulos” para atuar no mercado financeiro. Mas o Sindicato representa uma categoria pautada pela ética e pelos escrúpulos, e vamos continuar defendo os direitos e conquistas dos Banrisulenses. Não aceitamos o discurso de crise do governador. No primeiro trimestre deste ano o lucro do Banrisul praticamente dobrou. É tempo de mobilização e defesa do Banrisul. Somos muitos. Na diretoria, tem poucos. É tempo de lembrar: unidos somos mais fortes.