Especial Bradesco & HSBC
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Ano 83 | Nº 12 | 5 de julho de 2016
Mobilização permanente pelo emprego Há mais de um ano, quando anunciou que ia comprar 100% do HSBC, a direção do Bradesco também se comprometeu em não fazer demissões em massa. Mas a palavra dos banqueiros do segundo maior banco privado do país parece não ser muito confiável. Isso porque nos primeiros três meses deste ano, o Bradesco já demitiu 1.466 colegas em todo o país. Em apenas um ano, de março de 2015 a março de 2016, foram 3.581 empregos a menos. O Bradesco não tem motivos para deixar os colegas com medo de perder o seu emprego. Nem os colegas do Bradesco nem os colegas do HSBC que estão chegando para ampliar o quadro e os lucros. E não tem motivos porque tem saúde financeira muito boa. O Bradesco teve lucro líquido ajustado de R$ 4,133 bilhões no primeiro trimestre de 2016. O lucro caiu. Mas sabe quanto? Menos de 4%. E caiu porque o banco provisionou, tirou do lucro, com medo da inadimplên-
cia. Mas a inadimplência nem subiu tanto assim. Se não fosse isso, o lucro teria crescido. O que os dirigentes sindicais querem dizer é que não há motivo algum para demissões. Em 22 de junho, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco cobrou da direção do banco a responsabilidade social sobre emprego, devido ao número de demissões. Durante a reunião da mesa de negociação sobre emprego, em São Paulo, o banco afirmou que não há um processo de demissões devido à reestruturação em decorrência da compra do HSBC, alegando que os cortes são de ordem natural, ou seja, por motivo de desempenho, pedidos de demissões e aposentadorias. A realidade é bem outra como mostram os números acima. Além do trauma das demissões, não houve reposição de trabalhadores. Sem a devida contratação para repor estes postos de trabalho, o banco oferece aos trabalhadores que ficam sobrecarga de trabalho.
DIA NACIONAL DE LUTAS
É tempo de empregos, não de demissões Na manhã da terça-feira, 21/6, o SindBancários realizou uma mobilização em frente à Superintendência Regional, o chamado Bradescão, no Centro de Porto Alegre, para mostrar que não está tudo de BRA pros bancários e para os clientes do Bradesco. O objetivo foi chamar a atenção para o efeito danoso que as demissões causam na vida dos trabalhadores e dos clientes. Desde o início da manhã, diretores do SindBancários enfrentaram o frio e começaram a povoar a sede da Superintendência Regional do Bradesco, na Praça Rui Barbosa, Centro de Porto Alegre. O motivo foi uma convocatória nacional para O Dia Nacional de Lutas contra as Demissões no Bradesco. Não há motivos para o Bradesco demitir colegas que se dedicam muito ao banco e há muito tempo. O Bradesco não deixou de lucrar nem com a crise financeira. Ao demitir,
está precarizando o atendimento ao público, pressionando os colegas bancários a trabalhar mais e empurrando clientes para o autoatendimento e para
O volume de demissões no segundo trimestre do ano, de abril até 20 de junho, cresceu 58,3%.
os correspondentes bancários. O número de adoecidos no Bradesco por conta do acúmulo de trabalho e da cobrança de metas só aumenta.
União é tudo nesta hora!
Dirigentes do SindBancários mobilizam colegas do Bradesco no Dia Nacional de Luta pelo Emprego
“A mobilização deve ser permanente, no sentido de que esses acordos sejam cumpridos na íntegra e estas conquistas de forma alguma tenham retrocesso. O SindBancários irá acompanhar de perto todas estas mudanças, de forma que os trabalhadores tenham seus direitos e empregos garantidos. Iremos cobrar do Bradesco todos os compromissos assumidos pelo HSBC. Durante esta transição, estaremos buscando sensibilizar o BRADESCO sobre estas questões importantes.” Everton Gimenis - Presidente do SindBancários.