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Especial Bradesco

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Ano 83 | 23 de novembro de 2016

É lucro DEMAIS para EMPREGO DE MENOS O Bradesco lucrou, nos primeiros nove meses deste ano, R$ 12,376 bilhões. Apesar desse ótimo resultado, que já inclui a incorporação do HSBC (a partir de 7 de outubro), ser fruto do suor dos trabalhadores do banco, não há nenhum reconhecimento. O banco cortou 4.790 postos de trabalho no mesmo período. Essa é a lógica do sistemão. Em tempos de ataques a direitos, como a PEC 55, que congela salários e investimentos em saúde, educação e previdência social, por 20 anos, os bancos tratam de aumentar lucro. O Bradesco cresceu ao adquirir o HSBC, mas não para de demitir. A lógica é desestabilizar e impor medo aos colegas do Bradesco. Demitir significa que os colegas terão medo de perder o emprego. Quem tem medo de perder o emprego, aceita qualquer salário. Trabalha mais, aceita condições piores no ambiente de trabalho, como metas abusivas e pressão por todos os lados. O Bradesco segue a lógica de jogar nas costas dos bancários a culpa de uma crise que para os bancos não existe. Em vez de valorizar os bancários que produzem os resultados positivos do banco, demitem. É o emprego e não o desemprego a solução para crises, qualquer crise. Cortar postos de trabalho para ampliar a exploração só faz os bancários e bancárias adoecerem. Não podemos pagar a conta de uma crise que não criamos. Os bancos choram dizendo que o lucro caiu. Mas queda de lucro não é prejuízo. Bradesco, os bancários e as bancárias são agentes de combate à crise. Mas o banco quer continuar demitindo. O número de empregados da Holding em 30 de setembro foi de 109.922. Desses, 21.016 são empregados incorporados do HSBC. Após a fusão, o número de agências do Bradesco aumentou em 744 e de 406 postos de atendimento. Foram fechados também 8.290 correspondentes

Clientes pagam a conta Quando um cliente entra numa agência do Bradesco e quer ser atendido na mesma hora, ele não pode botar a culpa pela demora num bancário ou numa bancária. Também não deveria reclamar que tem muita fila. Tanto clientes como bancários estão no mesmo barco. Trabalhadores e clientes sofrem e pagam pela irresponsabilidade do banco. Os bancários, com a sua saúde. Os clientes sofrem com o aumento do preço das tarifas. Mas nada disso é necessário. Os bancos

não têm motivos para demitir. A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 10,4% em 12 meses, totalizando R$ 15,7 bilhões. As despesas de pessoal subiram 16,2%, totalizando R$ 12,4 bilhões. Faça as contas. Mesmo tendo pago muita indenização para demitir, sobrou dinheiro. O banco pagou todos os funcionários e ainda sobrou R$ 3,3 bilhões. É crise mesmo? Quem paga a conta são os bancários e os clientes.

Dia Nacional de Lutas por emprego e melhores condições de trabalho Quarta-feira, 23/11 :: Melhores condições no local de trabalho. :: Pelo fim das demissões e por mais contratações. :: Fim das metas abusivas. :: Contra o processo de incorporação do HSBC que gere sobrecarga de trabalho. :: Por mais investimentos em segurança. :: Valorização do trabalho dos bancários do Bradesco/HSBC.


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