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Ano 82|nº 17|15 de setembro de 2015
NÃO VAMOS PAGAR PELA CRISE Jailton Garcia/Contraf-CUT
Esta semana, na terça e quarta-feira, 15 e 16 de setembro, a nossa Campanha Salarial Nacional 2015 entra em uma fase decisiva. O Comando Nacional dos Bancários vai para a mesa de negociação com a Fenaban em São Paulo debater remuneração. Nunca é demais lembrar que este ano decidimos juntos, em um grande congresso nacional, que o índice de reajuste pelo qual estamos lutando é de 16%. Os banqueiros costumam, neste momento, dizer que não têm dinheiro, que a crise isso e a crise aquilo. Mas nós sabemos que os bancos, todos eles, têm condições de atender toda a nossa pauta. Para os bancos não tem crise, e os números confirmam. A soma dos lucros líquidos de seis dos principais bancos do país (Itaú, Banrisul, Santander, Banco do Brasil, Bradesco e Caixa) no primeiro semestre de 2015, segundo o Dieese, foi de R$ 36,3 bilhões. No mesmo período de 2014, ou seja, janeiro a junho, o lucro líquido foi de R$ 28,7 bilhões. O aumento foi de 27,4%. E 7.279 bancários foram demitidos nesse período. O mesmo ocorreu com a arrecadação das tarifas e o quanto esse volume de dinheiro cobre o pagamento dos salários. Esses seis bancos citados acima, com o que ganharam com as tarifas bancárias, cobriram os 100% do pagamento dos nossos salários e ainda sobrou 33,1%. No primeiro semestre de 2015, essa cobertura foi 28,2% superior do que nos primeiros seis meses de 2014. Porém, dizer que há dinheiro e que os banqueiros podem pagar não é suficiente. É preciso muita mobilização e participação. Porque nós, bancários, sabemos que não conquistamos nada sem irmos às ruas e defender os nossos direitos. Tem sido assim desde 2002 em nossas Convenções Coletivas Nacionais de Trabalho. Os bancários são a única categoria de trabalhadores com um acordo coletivo nacional. As negociações são pegadas com a Fenaban. Neste período, o nosso piso salarial mais do que duplicou. E sabe por quê? Porque tivemos 13 greves consecutivas. Só de aumento real, tivemos 20,7% nas verbas salariais. Como podemos ver, é só com pressão. É hora de lutarmos por mais avanços. Não conseguimos nada de graça. Chegou a hora da verdade. Banqueiros, escutem o aviso. Sem proposta decente, vamos para a greve. Esta é a nossa melhor ferramenta de lutas e conquistas! Não aceitaremos arrocho. O trabalhador não pode e não vai pagar pela crise.
Negociações nacionais com a Fenaban, em São Paulo, entram em semana decisiva, debatendo os temas Saúde e Remuneração
Saiba quais são os AUMENTOS que queremos a Reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real).a PLR: três salários mais R$ 7.246,82 de parcela fixa adicional.a Piso: R$ 3.299,66 (salário m mínimo do Dieese)a Vales alimentação, 13ª Cesta e auxílio-creche/babá: R$ 788 cada (salário mínimo nacional).a Vale-refeição: R$ 34,26 ao dia.a 14º salárioa Garantia de emprego e ampliação das contratações.a Fim das metas abusivas e do assédio moral.