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Ano 83 | Nº 21 | 13 de dezembro de 2016
Reforma da Previdência
Trabalhe até morrer A malfadada Proposta de Emenda Constitucional 287 – que pretende “reformar” a Previdência Social, alegando que o sistema hoje dá prejuízo aos cofres federais – na verdade embute um monte de medidas prejudiciais aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros. Em grande parte do país, a expectativa de vida é ainda inferior a 70 anos de idade. Ao puxar a idade mínima para aposentadoria integral para 65 anos de idade e 49 anos de contribuição, o governo ilegítimo de Temer praticamente condena grande parte da população a morrer sem poder se aposentar.
Semelhança com a escravidão
E mais: se a manobra de Temer for aprovada, só quem poderá se aposentar de modo integral aos 65 anos de idade serão os adolescentes que começarem a trabalhar – e contribuir – aos 16 anos de idade. O que também joga no lixo os avanços sociais do país. Agora, corremos o risco de voltar a uma situação parecida com a escravidão.
Proposta baseada numa mentira A CUT e demais centrais sindicais, movimentos sociais e organizações populares vêm denunciando que este novo golpe que está sendo dado sobre as conquistas históricas dos trabalhadores, baseia-se numa mentira. O governo Temer e governos neoliberias como o dele querem que o tal “ajuste fiscal” seja pago pela maioria da população brasileira, com a desculpa esfarrapada - sempre repetida pela grande mídia - de que a Previdência está falida.
Previdência é questão social É um equívoco perverso dizer que a Previdência Social é apenas uma questão financeira. Na verdade, é um benefício social que garante dignidade a milhares de pessoas que contribuem e têm direito a uma aposentadoria decente. Não podemos aceitar este ataque e este discurso que desinforma sobre as nossas aposentadorias. O governo federal que cumpra a sua parte.
Os três pilares da previdência Pelo seu celular ou tablet, leia as mudanças propostas na PEC 287 que deve ser votada ainda este ano. Saiba o que vamos perder.
O nosso modelo de Previdência Social é estruturado em três pilares – contribuição dos trabalhadores, contribuição das empresas e impostos recolhidos para a União para este fim. O problema é que o governo não cumpre a sua parte, desviando recursos destinados à previdência para outros fins. Se cumprisse, teria superávit. O total de recursos para custear toda a seguridade social é superior aos gastos. Só em 2014, sobraram no caixa R$ 54 bilhões. Em 2015, sobraram mais R$ 11 bilhões. Os recursos têm sido empregados para outros fins, como o pagamento da dívida pública. O país deve pagar R$ 500 bilhões de dívida pública em 2017. Tem é que reduzir o juro da dívida e parar de botar a culpa nos aposentados e pensionistas.
Bancário não quer trabalhar até morrer nem viver para trabalhar. Bancário luta para viver bem do seu trabalho.