Diz Aí Comunidade 17

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DIZ AÍ COMUNIDADE A primeira revista da comunidade para a comunidade FEV 2022

EXPEDIENTE FUNDADA EM JULHO DE 2020 Editor Chefe- Sheila Castro

O carnaval está chegando, e este ano será um carnaval sem festas gigantes pela cidade, porém o espirito da alegria e da festividade podem sim permanecer na batida dos corações dos mineiros. E que tal aproveitar toda essa alegria e dividi-la com outros em forma de doações, aproveite este tempo para doar amor para família e amigos, e também fazer aquela limpa no guarda roupa e doar para instituições ou pessoas que necessitam. Aproveite aquela grana que vai economizar dos gastos das festas do carnaval e doe algumas cestas básicas, faça deste momento do carnaval um carnaval de alegrias para o próximo.

Revisão- Shirley Baptista Projeto gráfico, diagramação , comunicação Sheila Castro VEICULAÇÃO GRATUITA

PARA ANUNCIAR Tel zap (31) 991286092 Email-Sheiila.cjornalismo@gmail.com Facebook https://www.facebook.com/dizaicomunidade Revista Diz Aí Comunidade

Vamos fazer deste carnaval o

Rua touro, Ribeiro de Abreu /BH

carnaval do bem !

Apoio :

O editor.

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QUE PÁGINA ESTÁ ? Capa MENINAS DE SINHÁ GRUPO DE MULHERES QUE SE DESTACA NA CULTURA PRESERVANDO A TRADIÇÃO DA CANTIGA

Conexão Periferia GRUPO MÃES QUE CHORAM ACOLHEU MAIS DE 1000 MULHERES QUE PERDERAM SEUS FILHOS ASSASSINADOS PÁGINAS 

CONEXÃO PERIFERIA

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NOTÍCIAS DA CIDADE

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SAÚDE EM FOCO

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SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA

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TROCANDO UMAIDEIA ECONOMIA

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CULTURA E ARTE NA QUEBRADA

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DIZ AÍ COMUNIDADE

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RECEITAS / ARTESANATO SUSTÁVEL

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ESTILO DA QUEBRADA

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TÁ NA REDE

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PAPO DE

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ESPORTE

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O ano era 2012, o bairro é o Paulo VI que fica na zona norte de Belo Horizonte, lugar onde os índices de violência se destacam nos gráficos da cidade, uma mulher simples guerreira destas que trabalham arduamente durante todo o dia para levar o sustento para os filhos, recebeu a pior notícia que uma mãe poderia ouvir em sua existência, seu filho havia sido brutalmente assassinado. Naquele momento o coração da mãe guerreira da comunidade se desfez em pedaços, e ela sentiu a maior dor que uma mãe poderia sentir, o mundo para ela naquele momento perdeu o sentido, como se tivessem tirado o chão abaixo de seus pés. Ela se isolou em sua casa deitada na cama e se contorcia de dor, mas não era uma dor física e sim uma dor na alma .

Por Sheila Castro

que assim como ela passavam por aquele momento de dor e como era esperada ela achou várias mães nesta situação, com as mães da comunidade Elizete encontrou alento, um abraço amigo, e mulheres que entendiam sua dor. Naquele dia nasceu o grupo Mães que Choram, um grupo de mulheres que começaram a se encontrar inicialmente em uma escola da comunidade quinzenalmente para dividir a sua dor, de perder um filho através de para uma roda de terapia comunitária, a partir deste momento Elizete buscou parcerias com psicólogas para ajudar a ela e as outras mulheres. O pequeno grupo foi crescendo a cada dia , e assim também as ações do grupo mães que choram na comunidade .

O nome desta mãe que estava dilacerada é Elizete Marques, uma mulher de sorriso largo e coração bondoso, que agora estava inerte na cama sentindo o corpo dilacerado. Esse processo de dor consumiu Elizete por cinco dias, mas uma luz de sabedoria tomou conta de seu coração e pensou algo que também deveria ser feito para aliviar a dor das mães que tiveram seus filhos arrancados de suas da vida pelas brutalidades da violência . Neste dia Elizete levantou da cama e saiu a caminhar na comunidade em busca de outras mães 5


As mulheres começaram a realizar eventos que aproximassem mais todas como piqueniques , almoções e surgiu a ideia de fazer casamentos comunitários que fossem gratuitos para as mães que tinham encontrado novos parceiros.

Atualmente o grupo Mães que Choram conta com 10 voluntárias , e já atendeu mais de 1000 mulheres, o grupo realiza diversas ações eventos em datas especiais como dia das mulheres, dia das crianças, dia da paz e outros .

Os encontros do grupos de mulheres na escola começaram a incomodar alguns indivíduos do crime e bombas começaram a ser lançadas dentro da escola no durante as reuniões do grupo , por este motivo muitas mulheres deixaram de ir aos encontros com medo das represálias .

Em 2018 o grupo ganhou um reforço a jornalista moradora da comunidade Sheila Castro e assumiu o gerenciamento das redes sociais , também em 2018 o grupo Mães que choram se uniu a Rede Mães de luta que é uma rede que reúne mais de trinta coletivos de mulheres de todo Brasil, fortalecendo ainda mais as ações do grupo Mães que Choram .

Mas a solução veio através da Shirley Baptista, também moradora do bairro Paulo VI e proprietária de uma creche na comunidade, ela vendo a situação das mães resolveu abrir as portas da creche para que as reuniões voltassem a acontecer realizadas na escolinha.

Iniciou-se também a oferta para a comunidade de oficinas de empoderamento financeiro, oficina de bordado, diversos tipos de artesanato, e também aulas de capoeira , dança, judô .Entretanto o carro chefe do grupo Mães que Choram é as rodas de terapias comunitárias . 6


em 2019, a Voluntaria e jornalista Sheila Castro fez um documentário para contar a jornada destas mulheres que do grupo Chamado Mães que Choram Mulheres de Luto e Luta, disponível no Youtube no link XXXXXXXXXXX Com o advento da pandemia e a suspensão dos encontros presenciais , o grupo mães que choram começou um trabalho de atendimento mais individual e com a ajuda do Comunidade Viva Sem Fome, o grupo passou a atuar mais fortemente com doações de cestas básicas para as mulheres e outras famílias da comunidade. Atualmente o grupo possui uma sede própria na Rua Cannã Caiana no bairro Paulo VI ,onde acontece um bazar permanente além de varias atividades do grupo que estão sendo retomadas, como aulas de teologia, canto, capoeira, oficina de artesanato e a tradicional roda de terapia comunitária. “ Temos ainda uma longa trajetória , pois não temos apoio financeiro de nenhuma instituição e temos o sonho de regularizar os documentos do grupo para buscar verbas para o grupo sobreviver e ampliar a oferta de atendimento na comunidade... e quem sabe ampliar o trabalho para outras comunidades de Belo Horizonte, “Pois há Mães que Choram em todas as comunidades da cidade” afirma Elizete Marques.

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Foto internet.

PROGRAMA CAMINHAR RETOMA AGENDA EM MARÇO Fonte :prefeitura.pbh.gov.br/

Com programação de atendimento nas nove regionais de Belo Horizonte, o programa Caminhar iniciou terça-feira, dia 1º as atividades de março. Desenvolvido pela Prefeitura de Belo Horizonte por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, o Caminhar tem o objetivo de estimular a prática de atividades físicas e promover a saúde. Com o Caminhar nas Pistas, os praticantes de caminhada da capital podem ter acesso periodicamente a testes de aptidão física e a orientações sobre a forma mais segura e

adequada de praticar atividades físicas. Os usuários de uma mesma pista podem usufruir desse serviço a cada duas semanas. O serviço oferecido é composto de avaliação e orientação sobre atividade física. Os profissionais analisam os dados e fornecem orientações individualizadas sobre a forma mais segura e proveitosa de praticar a caminhada. Os dados dos testes e avaliações dos cadastrados são armazenados a fim de manter o histórico e poder realizar um monitoramento mais preciso e continuado dos participantes do programa. Para saber sobre a programação acesse pbh.org.br 8


Foto internet

SAÚDE EM FOCO CONSUMO DE ÁGUA MELHORA METABO-

OS PRINCIPAIS CUIDADOS PARA A SAÚDE DA MULHER Cada mulher tem necessidades específicas quanto à atenção com a saúde e o bem-estar. No entanto, algumas recomendações gerais são importantes para melhorar a qualidade de vida e aumentar a segurança.

Por Sheila Castro

Ao menos uma vez por ano, é preciso realizar exames importantes, como a mamografia ou o papanicolau.

A saúde da mulher não é representada apenas pela parte física. Também é necessário cuidar da saúde mental, especialEmbora seja uma recomenda- mente diante de problemas psicológicos. ção universal, a alimentação saudáDar atenção à sua região íntima é invel é parte fundamental da saúde fedispensável para evitar infecções comuns, minina. Como as mulheres têm maior tendência para acumular gordura como a candidíase. É crucial usar apenas produtos recomendados para a área (e peem certas partes do corpo, o cuidado lo médico), além de evitar uma limpeza com o cardápio diário faz a diferenagressiva. ça . Para mulheres com vida sexual ativa, Também é importante cuidar do é essencial eleger corretamente métodos seu bem-estar físico. Por isso, praticar atividades e exercícios é de prevenção de doenças e de contracepção. O uso de preservativo ainda é o méuma excelente medida. Não é precitodo mais eficaz para prevenir infecções so viver na academia, mas a recomendação da Organização Mundial sexualmente transmissíveis (ISTs de Saúde (OMS) é praticar 30 minutos diários de atividade moderada, por 5 vezes na semana . Fazer um check-up é indispensável para diagnosticar doenças de forma precoce e receber as orientações corretas. 9


SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA

Por Sheila Castro Foto - fonte internet

Alto Vera Cruz é um bairro situado na região leste do município de Belo Horizonte. Sua população em 2010 segundo o censo é de cerca de 23.000 pessoas Onde se localiza hoje o bairro Alto Vera Cruz, havia, no passado, fazendas pertencentes às famílias Necésio Tavares, marçola e Jonas Veiga. Partes dessas terras foram vendidas para a Comiteco e posteriormente para a Ferrobel (Cia Mineradora de Belo Horizonte), que deveria promover a urbanização do lugar. Como isso não ocorreu, a área ficou abandonada e degradada ambientalmente. Apesar disso, era bem servida pelas águas

limpas e abundantes do córrego Santa Teresinha, que nessa época era margeado por uma densa mata. Em 1950 iniciou-se a ocupação da área que não contava com nenhuma infra-estrutura ou saneamento básico. Porém, só na década de 60 é que o povoamento se intensifica com a chegada de trabalhadores provenientes da construção civil. Nessa época, o único meio de acesso ao local era o trem que vinha de Sabará, a “Maria Fumaça” e a “jardineira” que passava na rua Leopoldo Gomes com Caravelas. Os moradores costumavam andar a pé até o bairro Horto para pegar o bonde. 10


Fonte Internet

Hoje, com cerca de 90 mil moradores, o Bairro Alto Vera Cruz possui uma vida cultural muito rica e diversificada, O bairro possui uma vida cultural muito rica e diversificada, com locais como o Centro Cultural Alto Vera Cruz-CCAVC, Centros de Vivência Agroecológica–CEVAE, o Centro Integrado de Atendimento a Criança e ao Adolescente (CIAME), o Núcleo de Apoio à Família (NAF) que encaminha jovens para o mercado de trabalho e diversas outras associações comunitárias, algumas surgidas no início do processo de urbanização da área. No final da década de 80, a comunidade do Alto Vera Cruz já contava com sete associações, projetos e grupos de esporte e lazer. No bairro também há 3 escolas e uma creche comunitária, a Escola Municipal Israel Pinheiro, que atende crianças a partir de 6 anos de idade a idosos de até 85 anos de idade. A escola .

Fonte internet

também ministra vários cursos de qualificação profissional como cursos de culinária, artesanato, informática e cidadania. A Escola Estadual Necésio Tavares e a Escola Estadual Engenheiro Prado Lopes. A Creche Comunitária denominada Centro Educativo Comunitário Israel Pinheiro, aberta à comunidade para desenvolvimento de atividades sociais, eventos e reuniões. No espaço funciona o AA - Alcoólicos Anônimos, o Projeto Social Mais Cidadania e Solidariedade e oficinas do Projeto Artes e Saúde. Destacam-se grupos culturais além dos pioneiros: Evandro Emeci e Daniel do rap que formaram no final dos anos 80 o grupo Processo Hip Hop, temos o Grupo de Rap NUC, as Meninas de Sinhá,Grupo Netinhas de Sinhá e mais recentemente a ASSOCIAÇÃO CULTURAL DE CAPOEIRA ANGOLA – BHZ CONNECTION ou simplesmente ACCA BHZ[2]. O Rapper Flávio Renegado foi nascido e criado no bairro, onde começou sua carreira 11


Fonte internet -Foto vista da Sapucaí

Há ainda no bairro cerca de 40 casas e becos da comunidade, que segundo o Censo 2010 tinha aproximadamente 23 mil moradores, receberam em suas paredes cores, desenhos e formas, deixando o bairro colorido pela arte. A concepção da arte é da dupla Comic Boys, formada pelos grafiteiros Zeh Palito e Rimon Guimarães, que já visitaram várias cidades do mundo deixando suas marcas em projetos semelhantes. “As pinturas escolhidas representam um jogo no ponto de vista arquitetônico e urbanístico espontâneo e são improvisadas na paleta de cores da paisagem. A ideia é mudar o ambiente e mostrar que a arte pode ser cotidiana.

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Trocando uma ideia - ECONOMIA

Fotos da Internet

Tem jeito de se cuidar sem gastar rios de dinheiro. Com alguns truques caseiros, dicas para economizar e pequenas mudanças de hábito você vai ter mais dinheiro sobrando e vai se sentir bela (ou belo)! Alguns cuidados pessoais que são feitos por profissionais, podem ser feitos por você mesmo. Aprenda a fazer hidratação em casa sabemos bem que é possível fazer uma boa hidratação em casa. Garanto que com o preço de uma hidratação no salão você consegue investir em uma boa máscara capilar que irá durar muitas aplicações. Aprenda a fazer as unhas Hoje em dia, com tutorial em vídeo na Internet dá para aprender o que quiser! Por

Por - Sheila Castro

isso, invista em um bom kit manicure e mãos à obra! Depois de algumas tentativas você pega o jeito e economiza. Veja umas dicas simples :Hidratante natural. O óleo de coco é um poderoso hidratante e pode ser usado nos lábios, cabelos e pele. Para o cabelo, o óleo rico em vitamina D e E ajuda na reconstrução capilar dos fios seco e sem vida. Pode ser usado nas pontas do cabelo ou misturado ao seu creme capilar preferido. O óleo também pode ser usado como hidratante corporal ou hidratante labial. Busque na net tutoriais de receitas caseiras e baratas de beleza... A inúmeras coisas que vc pode faze em casa mesmo. Qualquer dica caseira ou produto importado só serão realmente efetivos se você estiver bem consigo mesma(o). Use as dicas para valorizar quem você é e como quer se sentir e não como acha que os outros querem que você seja, ou como a sociedade dita. 13


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Por Sheila Castro Desse resgate nasceu a vontade de preservar e divulgar cada vez mais essa cultura popular e tão saudosa ao coração. O perfil de luta e de força dessas mulheres caracteriza o grupo Meninas de Sinhá, que se destaca executando shows e oficinas que valorizam as reminiscências culturais e os saberes femininos. Quem foi Valdete da Silva Cordeiro? Fonte—internet—

O Grupo Cultural Meninas de Sinhá nasceu em 1996, com o propósito de entender os problemas do dia a dia de mulheres na maturidade, suas dificuldades, necessidades e angústias. Desde então, ele se tornou uma referência em Organização da Sociedade Civil (OSC) tendo como público-alvo as mulheres acima dos 50 anos de idade, em Belo Horizonte/MG, com forte atuação na comunidade do bairro Alto Vera Cruz. na Leste de Belo Horizonte. Movido, em grande parte, pela preocupação e pelo idealismo de uma de suas principais componentes, Dona Valdete, o projeto buscava entender os problemas comuns, carências e angústias das tantas mulheres que vivem na comunidade. Nos encontros semanais foi nascendo a vontade de cantar, dançar e relembrar antigas cantigas de roda, cirandas e brincadeiras infantis, o que se transformou no principal objeto artístico do grupo: a preservação da memória e a difusão da cultura popular.

Desde criança, Valdete nunca se rendeu ao preconceito, ao estigma e ao descaso. Não fosse seu jeito resiliente e inconformado, talvez a história teria sido outra. Valdete sempre foi ativista política e social. Se existem escolas, ruas asfaltadas, centro cultural, ruas abertas e posto de saúde no Alto Vera Cruz, tudo se deve, ao menos em parte, ao dedinho de Dona Valdete. Sendo assim, todos os dias, indo para o trabalho de faxina no Centro de Atendimento ao Menor em sua comunidade, ela via várias mulheres saindo com sacolas de remédios contra depressão e, numa conversa rápida, lhe pareceu que o que aquelas mulheres precisavam era de serem ouvidas, amparadas. Então, resolveu chamar uma a uma para uma conversa informal, mas, qual não foi seu espanto, todas rejeitaram o convite dizendo que tinham roupa pra lavar, filhos e marido para cuidar, casa para arrumar… Mas Valdete respondeu: “eu faço isso tudo, mas eu vou tirar um tempinho pra gente conversar, venha vai ser bom.” 16


No dia marcado vieram quatro mulheres. E depois das quatro, vieram mais e mais… Até que o grupo chegou a 50 mulheres! E aí, veio a dúvida… “O que vou fazer, meu Deus, com essas mulheres, eu preciso tirar o remédio delas!” Resolveu então, reservar um dia só para brincadeiras, pois já tinham um dia para artesanato e outro para ginástica corporal. Foi a partir desse dia de brincadeiras que nasceu o Grupo Meninas de Sinhá que originalmente se chamava grupo Lar Feliz. Quando se sentiram mais libertas e autoconfiantes resolveram inovar e se autodenominaram “meninas’. O “de Sinhá” é uma reposta à vida, que sempre nos prega algumas peripécias que não gostamos. Juntas elas têm o compromisso de levar alegria e cultura a quem delas necessite.

tem promovido diversas atividades em nossa comunidade e adjacências, e também na cidade e em outros municípios. Hoje, nos orgulhamos de termos feito shows e oficinas em mais de 30 cidades do Brasil. Participamos do Brave Festival em Wroclaw/ Polônia duas vezes. Nossa organização não pára: promovemos oficinas gratuitas para o público idoso em nossa sede, oficinas em Lares de Idosos e muitos shows. Procuramos valorizar nossas 20 integrantes atuais sempre construindo oportunidades que valorizem a ancestralidade feminina. Visitamos e realizamos palestras e shows em diversas escolas, hospitais, creches e penitenciárias. Possuem três cds já lançados Tá caindo fulô Uma releitura do universo das cantigas de roda, cantigas de versos e de trabalho, reminiscências culturais infantis das integrantes das mulheres do Grupo na época. Já alcançamos mais de 5 mil cópias vendidas 17


Na roda da vida Rodando a saia, batendo tambor, falando de emoção, de encontro, distribuindo sorrisos, gargalhadas, moedas correntes de quem decide ser feliz. É que na cartilha das meninas cd não é só cd. Daqui do Alto Idealizado por Valdete Cordeiro, reúne as principais cantigas que originaram o Meninas de Sinhá. O grupo ainda realizou projetos como Música que Transforma foi realizado pelo Grupo Cultural Meninas de Sinhá de 2018 a 2021. No período de 2018 a 2020 ofertamos, gratuitamente, atividades de recreação, formação musical e de artesanato para idosas e idosos Promoverão também o segundo encontro longe viver totalmente virtual e com ele alcançou um público de 2,4 mil espectadores pela internet. Ao longo desses anos, as Meninas de Sinhá vem se afirmando no cenário cultural de Belo Horizonte. Suas características são o perfil marcante de suas componentes, a qualidade e expressão artística nas apresentações, além de uma história de luta e grande potencial criador. Já se apresentaram em diversas cidades do estado e participam também de projetos educativos com cursos e oficinas. Desde 2004, participam da Rede Telemig Celular de Arte e Cidadania.

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Mande você também textos, fotos, declarações, desenhos e mais... Publicaremos aqui gratuitamente neste espaço da comunidade. 19


TORTA DE ABOBRINHA Modo de preparo Ingredientes 1 abobrinha grande ralada 1 cebola média picada 2 tomates grandes picadinhos

Misture tudo em uma tigela , Unte e enfarinhe uma fôrma média ).Asse no forno, preaquecido, a 200 °C durante 40 minutos ou até dourar.

Cheiro verde picado a vontade Sal a gosto 3 ovos inteiros 12 colheres (sopa) de farinha de trigo 1 xícara (chá) de óleo 2 xícaras (chá) de leite 1 colher (sopa) de fermento em pó

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MATERIAL Material necessário – Papel – Tesoura – Cola (de preferência bastão) – Palito (de churrasco por exemplo), ou qualquer outro material que você possa fazer uma ponta dupla fina, que permita enrolar papel;

Corte o papel em triângulos compridos com a base de pelo menos 2 centímetros. Passe cola no triângulo e depois, comece a enrolar ele com o seu palito dessa forma: Vá enrolando até o fim. Não deixe que a ponta do triângulo fique fora do meio da miçanga. Miçangas de papel reciclado prontas! Dicas importantes: – Pinte as miçangas de papel usando tinta guache; – Enrole as miçangas gentilmente com cola e glitter para dar um ar brilhoso; – Tente fazer contas de tecidos pesados usando a mesma técnica; – Para proteger a tinta guache, você pode usar vários tipos de vernizes, mas procure os que são a base d’àgua e os que podem ter contato com a pele sem produzir irritações. 21


Fonte foto internet

A moda é empoderadora. É muito mais do que se vestir, é colocar um ideal, uma atitude, mostrar sua própria personalidade em sua roupa. A moda tem o poder de manifestar o empoderamento feminino. A história da moda respira, se reinveta a cada coleção, a cada década, a cada revolução e tudo graças a personalidades e acontecimentos que mudaram a forma com que as mulheres se vestiam e portavam. A 1ª Guerra afetou a cultura mundial, om os homens nos campos de batalha, as mulheres os substituíram em diversos postos de trabalho, tendo que ter looks práticos que já estavam no guarda-roupa masculino, como coturnos, macacões, calças e até mesmo cintos.

Fo-

tos

Por - Sheila Castro

. Em 1919 Chanel abre sua primeira casa de costura, focada em criada roupas desportivas para ir à praia e montar a cavalo, criou as primeiras calças femininas. Atualmente as mulheres utilizam a moda como forma de representação, desconstruindo padrões impostos pela sociedade, fugindo da necessidade de se enquadrar, realizando o contrário, representando-se individualmente, deixando-se de se encaixar na sociedade, pois não é mais necessário. Alta, magra, gordas, baixas, não importa seu tamanho, sua cor, sua crença, a sociedade se abre a cada dia para mudanças. A dica é seja você sua moda. 22


Por Sheila Castro

Existem cada vez mais aplicativos criados por e para mulheres, Que lhe permitem melhorar o seu dia a dia ou denunciar esses comportamentos injustos onde você encontrará aplicações desenhadas exclusivamente para mulheres. An-nis é um aplicativo que oferece um serviço de táxi seguro que só pode ser usado por mulheres, E visa garantir que as mulheres possam voltar para casa sem medo ou problema, principalmente ao retornar de uma festa ou à noite. Hollaback é um aplicativo que funciona em todo o mundo para acabar com o assédio nas ruas e online em todo o mundo. Este aplicativo fornece um ponto de emergência acessível a qualquer pessoa afetada por uma situação de assédio. PenhaS possui diversas funcionalidades para quem quer denunciar alguma ocorrência. Dentro dele é possível encontrar informações sobre os direitos das mulheres, mapas das delegacias especializadas, botão de pânico, uma rede de acolhimento para conversa e até mesmo a possibilidade de produção de provas: no momento que a violência ocorre, é possível ativar uma gravação de áudio que capta o som ambiente.

Foto - fonte internet

Tina, uma plataforma cujo foco é o ambiente corporativo, que atua como um canal de acolhimento para atender e orientar funcionárias de empresas que sofrem qualquer tipo de violência: doméstica, sexual e moral no ambiente de trabalho. O acesso pode ser feito tanto pelo computador como pelo celular, em tinaajuda.me. A ONG Think Olga e o Google se juntaram para lançar uma função. Ao falar “OK Google, como reportar assédio sexual” para o Google Assistente, o celular traz os contatos da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (180) e da Polícia Militar (190), e também indica o site da Think Olga para mais informações e orientações sobre como prosseguir. 23


RENOMADA PROFESSORA DE TAEKWONDO QUE VIAJOU O MUNDO REPRESENTANDO A SELEÇÃO BRASILEIRA OFERTA OFICINA GRATUITA DE TAEKWONDO PARA CRIANÇAS E JOVENS . O Taekwondo é uma das mais antigas artes marciais coreanas, surgiu a a mais de 2000 anos a palavra Taekwondo significa “caminho dos pés e mãos através da mente” seu objetivo é, através do treinamento, possibilitar ao praticante adquirir corpo e mente fortes e saudáveis, além de respeito, disciplina e humildade. O esporte só foi trazido ao Brasil nos anos 70, e desde essa época têm se espalhado por outros países, se tornou um esporte Olímpico somente em 1988. O Grupo Mães que Choram retornou as suas atividades na sua sede na Rua Cana Caiana 160, no bairro Paulo VI , o mesmo local que atendeu a nossa comunidade por muitos anos antes de interromper suas

atividades devido a pandemia , e agora novamente retorna a suas atividades normais no local e o melhor trouxe novidades para a comunidade ! O grupo ofertará para a comunidade GRATUITAMENTE, aulas de Taekwondo para crianças e jovens da comunidade além de outros cursos e oficinas, como artesanato, capoeira, bordado e rodas de terapias e muito mais... A responsável pela condução da oficina de Taekwondo será a professora Valdirene Maria, 47 anos moradora do bairro Paulo VI desde de sua infância. Val como é conhecida pelos moradores da comunidade é uma atleta de peso dentro do mundo dos esportes, foi atleta da seleção brasileira de Taekwondo por 6 anos , e já viajou 15 países diferentes representando o Taekwondo brasileiro, 24


conquistou por 10 vezes o campeonato mineiro, por 5 vezes campeonato brasileiro e ainda disputou a Seletiva Olímpica e o Pam Americano. Com uma trajetória brilhante Val teve uma infância comum recheada de brincadeiras , segundo ela na sua época não havia movimento de carros e as ruas eram de terra , então os garotos brincavam de bola, bolinha de gude , rouba bandeira e todas as brincadeiras de rua, “Eu gostava de brincar de lutinha já desta época da infância” Afirma. Começou a praticar o Taekwondo quando aos 17 anos arrumou seu primeiro emprego, entretanto naquela época passou por momentos difíceis, conforme ela na década de 90 havia muito preconceito , porque Taekwondo não era um esporte muito praticado por meninas. “Minha mãe tinha esse preconceito e falava comigo que luta era coisa de homem”. A professora é a única de sua família que prática algum esporte. Mesmo diante de tanta dificuldade Valdirene seguiu sua caminhada e fez do esporte sua profissão sua vida, ela atuou como professora

dentro do projeto Escola Integrada da Prefeitura de Belo Horizonte por muitos anos ministrando aulas para jovens das comunidades que frequentavam a escola. Durante esse período a professora revela que grandes talentos nasceram de suas aulas “Tive alunos que se destacaram e hoje estão fora do país , e dão aulas pelo mundo multiplicando o conhecimento que passei para eles, sinto muito orgulho disto” comenta. Entre aulas em academias e treinos a professora que é voluntária do Grupo Mães que +Choram , resolveu iniciar um trabalho voltado para crianças e jovens no bairro Paulo VI, com o objetivo de ensinar as técnicas do Taekwondo é abrir uma oportunidade de mudar o futuro destes jovens e crianças através do esporte. A professora afirma “Tenho o objetivo de através do esporte realizar uma mudança na vida destes jovens que vou atender em nome do Grupo Mães que Choram , pois o esporte não transforma só o indivíduo,

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transforma também o seu meio social , sua rotina , seus hábitos , forma de pensar e ver a vida, creio que isso será muito desafiador pois está será minha primeira turma como voluntária” . A Professora acredita que o esporte revela o valor de cada indivíduo e que há talentos escondidos em nossa comunidade, ela promete trabalhar muito para revelar novos talentos “Hoje vemos na olimpíadas vários atletas que começaram sua trajetória em projetos sociais como o que o grupo Mães que Choram vai ofertar em nossa comunidade e acredito que isso pode acontecer aqui também se houver dedicação dos jovens nos treinos” Finaliza. Questionada sobre o grande desafio de ser professora e atleta ela revela, “Me voluntariei pelo amor ao esporte e a comunidade e também pela enorme admiração que tenho pelo trabalho que o Grupo Mães que Choram desenvolve na comunidade” Finaliza .

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FIM ... ATÉ A NOSSA PRÓXIMA EDIÇÃO

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