Jornal out2013

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Ceará em Brasília Jornal da Casa do Ceará

www.casadoceará.org.br

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

CORREIOS

Ano XXIV - 256 - Outubro de 2013

Os 50 anos da Casa do Ceará lembrados em grande estilo. Leia mais nas págs. 10 e 11

Fernando Cesar Mesquita, Ivens Dias Branco e Osmar Alves de Melo

Osmar Alves de Melo e Ivens Dias Branco

Inacio Arruda, Fagner e Osmar Alves de Melo

Ubiratan Aguiar, Osmar Alves de Melo, Moema São Thiago, Inacio Arruda e Dona Marizita

Leia nesta edição Editorial, pág. 2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá - Avenida Beira Mar, pág. 3 Ministro interino da Integração, é cearense de Palmácia, pág. 4 Ministra Miriam Belchior vistoriou obras do PAC2 no Ceará, pág. 4 Tauá ganha 26ª edição do Prêmio Melhores Prefeitos do Ceará, pág. 4 Anúncio de José Lírio, pág. 4 Em visita ao Cariri, Cid mostrou o Cinturão das Águas, pág. 5 Cid assinou em Israel convênio para fazenda modelo em Quixeramobim, pág. 5 Empossados os novos juízes eleitorais do TRE do Ceará, pág. 5 Anúncio da Marquise, pág.5 Leituras I - artigo de Edmilson Caminha, A Senhora do não me deixes, pág. 6 Ceará é autorizado a realizar novo método de transplante, pág 6 Analfabetismo cai 34% no Ceará em 11 anos, pág. 6 Leituras II - artigo de Wilson Ibiapina, Ivanildo Sax de Ouro, pág. 7 17 municípios cearenses no Programa Cidades Digitais, pág. 7 Anúncio do Uniceub, pág. 7 Leituras III - artigo de Macário Batista, Chega de omissões pág. 8 Assembléia Legislativa do CE comemorou o centenário de Parsifal Barroso, pág. 8 Momentos marcantes na vida do prof. Albery Mariano, pág.9 Leituras IV - artigo de João Soares Neto, Dez notas sobre Cultura, Bisbilhotice, Papa Francisco e outros, pág. 12 Vaqueiros ganham reconhecimento, pág. 12 Leituras V - artigo de JB Serra e Gurgel, Tia Neném, uma guerreira entre os Guilherme. pág.13 Maiores e Melhores, da Revista Exame, posiciona empresas e grupos empresariais do Ceará, pág.13 Leituras VI - a poesia de Marcondes Sampaio, Pequenas mágoas de um grande megalomaníaco, pág. 14 Artes plásticas - Estrigas comemora suas noventa e três aquarelas, pág. 14 Leituras VII - artigo de Jarbas Junior, Ouçam poetas do Ceará, filhos do sol! pág.15 Cultura Popular - Quintino Cunha, Pai do Canelau, pág. 15 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Cumprimentos pelos 50 anos da Casa do Ceará, pág. 17 Mauro Benevides: 50 anos da Casa do Ceará, pág 17 Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág.17 Página da Mulher, artigo de Regina Stella, Acenos de Esperança, pág. 18 Endereços da Cozinha Cearense em Brasília, pág.18 Nova descoberta pode levar a cura de Alzheimer, pág. 18 Leituras VIII - Humor Negro e Branco Humor, Pérolas do Tribunal, pág. 19 Sete cearenses foram finalistas do 55º Prêmio Jabuti, pág.19 Baixo Jaguaribe quer polo de desenvolvimento industrial, pág. 19 Anúncio do Beach Park, pág.20

Clarissa Andriola, Fagner, Áurea Magalhães.

Visão panorâmica do Jantar dos 50 anos da Casa

familiares de Ivens Dias Branco

Ivens Dias Branco

Ivens com Diretores da Casa

Ivens Dias Branco discursando

Ivens Dias Branco, Moema São Thiago e Fernando Cesar Mesquita

Myrlla Muniz cantando o Hino Nacional

Valda Machado Portela e Fagner

Gonçalo Gonçalves Bezerra e Fagner

Carlos Veras, Fagner e d. Graça

Casa do Ceará quer convênio de cooperação e estagiários do Uniceub. Leia mais na pág. 16 Câmara Legislativa do DF lembrou os 50 anos da Casa do Ceará. Leia mais na pág. 20


Editorial

A Festa dos 50 anos da Casa do Ceará, sem a presença de autoridades, não havia mesa principal, foi um acontecimento de cearensidade, que reverencia a sociedade em detrimento do poder. As autoridades foram convidadas mas não tiveram tempo de comparecer. As de Brasília e do Ceará. Nada que mude a história da Casa: uma instituição que não vive de verbas federais, do Distrito Federal e do Ceará. Caminha com as próprias pernas, seguindo o ideário dos fundadores e da cearensidade. Foram 50 anos de lutas diárias, empreendidas pelas poucas diretorias que se revezaram no mando da Casa. Tivemos momentos críticos, quando a Casa quase fechou, por sua condição pre-falimentar. Muitos dos órgãos do Distrito Federal tentaram fechar a Casa, impondo-lhe multas pesadas e impagáveis. Mas nem por isso a Casa do Ceará seguiu que aconteceu com as outras casas dos estados que aqui se instalaram e aqui fecharam as portas. A Festa foi magnifica. Cerca de 750 pessoas. Pessoas comuns, convidadas ou não, homenageadas por nós por suas trajetórias de vida em Brasília. Ex-deputadas Moema São Thiago e Maria Laura, deputada Erika Kokay e senador Inácio Arruda. Muitos médicos, advogados, empresários, jornalistas, escritores. Muitas famílias, inclusive de fundadores, homenageados in memoriam. Um acontecimento marcante na vida da Casa e de Brasília. Manifestamos nossos agradecimentos, como fizeram os nossos lideres Fernando César Mesquita e Osmar Alves de Melo, ao mega empresário cearense, Ivens Dias Branco, que fez questão de comparecer pessoalmente com sua família e seu diretor, Geraldo Luciano, para prestigiar o evento que teve o lançamento do livro 50 anos da Casa do Ceará, financiado por seu grupo empresarial M.Dias Branco, que tem prestigiado os grandes eventos da Casa do Ceará. Vamos agora construir mais 50 anos. Inacio de Almeida (Baturité) Diretor

Expediente

Fundada em 15 de outubro de 1963 Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca) Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), 1º vice; Luiz Honzaga de Assis, (Limoeiro do Norte) 2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança Edivaldo Ximenes Ferreira (Fortaleza), Planejamento e Orçamento; Fernando Gurgel Filho (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, general Nilton Pessoa Cavalcante (Iracema) Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico. Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá) Conselho Editorial Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras), Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides (Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza), Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama), Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza). Diretor Inacio de Almeida (Baturité) Editores JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina) Gurgel@cruiser.com.br / wilsonibiapina@globo.com Editoração Eletrônica Casa do Ceará Distribuição Antonia Lúcia Guimarães Circulação O jornal não se responsabiliza por textos assinados. Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800 casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br

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Espaço Luciano Barreira A Internet nunca substituirá o Jornal

Trata-se de uma discussão interessante. De um lado, os moderninhos com seus tablets. Do outro, os tradicionais. Mas, conforme poderá ser visto adiante, o jornal impresso, como sempre o conhecemos, realmente não poderá ser substituído pela internet. O debate está nas redes sociais. Desgraçadamente, cada vez mais os donos de jornais fazem jornais para seus leitores. Os jornais se dirigem as curriolas. Não´é a toa que no Rio de Janeiro resta um jornal,O Globo.Os demais morreram. O Globo atrelado a grupos espúrios que o financiam.vem perdendo cada vez mais leitores.Já vendeu 500mil exemplares no Rio, hoje não vende 100 mil. Em Brasilia vendeu 5 mil hoje não vende 50. A seguir alguns dos importantes usos do jornal:

– Bater no focinho do cachorro quando ele faz xixi dentro de casa.. – Fazer barquinhos de papel. – Arrancar um pedacinho em branco para anotar número de telefone.

Uso comercial – Alargar os sapatos. – Rechear as bolsas de mulher para conservar a forma. – Embrulhar peixes. – Embrulhar pregos na loja de material de construção. – Fazer um chapeuzinho para o pintor ou para o pedreiro. – Cortar moldes para o alfaiate ou para a costureira. – Embrulhar quadros.. – Embrulhar flores.

Uso festivo

Uso doméstico – Amadurecer banana, abacate, etc... – Recolher o lixo. – Limpar os vidros. – Dobradinho, serve para nivelar os pés de móveis. – Embrulhar as louças na mudança. – Recolher a sujeira do cachorro. – Forrar a gaiola do passarinho. – Cobrir os móveis e o piso antes de pintar a casa. – Evitar que entre água por baixo da porta. – Proteger o piso da garagem quando o carro está vazando óleo. – Matar moscas, baratas e demais insetos. – Para Eleitores do LULA e da Dilma limparem a bunda!

Uso educativo

– Acender a churrasqueira. – Rechear a caixa de presente-surpresa.

Outros Usos – Para os sequestradores usarem suas letras nas cartas. – Fazer bolinhas para jogar nos companheiros de classe. – Fazer uma capinha para o machado ou foice. – Fazer proteção na cabeça para não estragar a chapinha quando estiver garoando. – Nos filmes, para os bandidos esconderem a arma. – Para esconder-se atrás dele quando não quiser que te vejam. Ah, e por último... para ler as notícias!!! Vai me dizer que você consegue fazer tudo isto com o computador?

Conversando com o Leitor

+ Em setembro, fechamos com 185.424 mil visitas ao nosso site www.casadoceara.org.br

+ Também em setembro nosso site adicional www. brasília5oanosdeceara.com.br alcançou 38.296. + O Google Analytics mostra que 4.583 pessoas acessaram nosso site www.casadoceara.org.br com 5.453 visitas e 11.663 visualizações de página. + No Brasil fomos vistos e Brasília, São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia, Manaus, Curitiba, Natal, Sobral, São Luís, João Pessoa, Porto Alegre, Salvador, Jundiaí, Vitória, Recife, Aracajú, Santos, Crateús, Formosa, Iguatu e Teresina. + No exterior, fomos vistos nos Estados Unidos, Portugal, Argentina, Grã-Bretanha, França, Angola. Argentina e Colombia. + Os homenageados que não puderam comparecer ao Jantar do lançamento do Livro 50 anos da Casa do Ceará receberam em casa os seus exemplares. Mesmo os residentes em Fortaleza. + A Casa mandou o livro para os deputados federais do Ceará e de Brasília, os deputados estaduais do Ceará e do Distrito Federal, os senadores e deputados federais, cearenses, eleitos por outros estados. + O livro também foi enviado às Bibliotecas da

rede pública de Brasília, com distribuição centralizada, bem como será enviado as bibliotecas públicas do Ceará, através da Biblioteca Governador Menezes Pimentel, que foi fundador da Casa. + O livro já está nas principais bibliotecas de Brasília, da UnB, do Uniceub, do IESB, da Católica, da Câmara, do Senado, dos Tribunais Superiores. +A Casa não vende o livro, por restrição legal, mas coloca a disposição dos interesses mediante uma contribuição, de qualquer valor, para manutenção de suas atividades. + Recebemos o Binóculo, de Dias da Silva, edição de Setembro, com textos dele sobre a absolvição de Marica Lessa, de Batista de Lima, das academias Cearense e Lavense de Letras, Oficina de palavras, de Sânzio de Aevedim da Academia Cearense de Letras Nelson Hoffman e dr. Landbult e José Aldro Luiz de Oliveira, Coisa de Leitor, além de poesias de Dimas Macedo, José Edson, Francisco Carvalho, Waldir Rodrigues, Aía Sampaio, Horácio Dídimo e Edésio Batista. Grato pelas referências ao nosso Ceará em Brasília. + Recebmos o Jornal do Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará, editado por Angelo Osmiro Barreto, edição de Setembro, ano I, nº 1. Com muitas matérias. Voltaremos ao assunto na edição de novembro do Ceará em Brasília.

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Ceará em Brasília


SAMBURÁ - Avenida Beira Mar Neto do Jarbas Eis os nomes pela ordem, da direita para a esquerda: José Jarbas Studart Gurgel Neto (estudante de Direito), Benjamin Studart Gurgel (5 meses de idade), Eduardo Amorim Studart Gurgel (funcionário do Tribunal de Contas da União e Técnico em Administração) e José Jarbas Studart Gurgel. Briga “Nunca brigue com um porco; os dois se sujam e só porco gosta”. Uniceub O secretário de Fiscalização de Tecnologia da Informação do Tribunal de Contas da União, Marcelo Eira, apresentou os trabalhos do TCU relativos à governança de TI a alunos do Centro Universitário de Brasília (UniCeub). O secretário explicou, a alunos de graduação e pós-graduação da área, a missão do TCU apresentou as áreas de atuação da secretaria, Eira falou de auditorias, como as realizadas no Cadastro Único – Bolsa Família, em 2009; no portal de compras do governo federal (Comprasnet), em 2011; e no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv). A palestra ocorreu por intermédio do professor Paulo Foina, coordenador dos cursos de tecnologia da informação da universidade. Del Rio recebe homenagem o Sindicato da Indústria de Confecções (Sindconfecções) e o Sindicato da Indústria de Roupas de Homem (Sindroupas) entregaram no La Maison a Medalha Beni Veras ao industrial Carlos Pereira, sócio majoritário da Del Rio, e a Régis Dias, secretário da Executivo Regional do Centro de Fortaleza. É pelos relevantes serviços prestados pelos dois à indústria de confecções do Ceará. Companhia Siderúrgica do Pecém O Governador Cid Gomes visitou o canteiro de obras da Companhia Siderurgica do Pecém (CSP), no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), em São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana de. Fortaleza (RMF), acompanhado do CEO da Dongkuk, Sae-Joo Chang. Também presentes na visita o Presidente da Assembleia do Ceará (AL-CE), José Albuquerque, o presidente do Conselho de Administração, Sérgio Leite, o presidente da CSP, Marcos Chiorbolli, além de representantes da Posco, técnicos e engenheiros responsáveis pela execução do empreendimento. A obra está com 15% de execução e incluem cercamento, terraplenagem e concretagem das bases dos principais equipamentos. Trabalham hoje na obra 3.978 pessoas. Jaguatirica Este é o apelido de Marina Silva lá pras bandas do Acre. Esperta, silenciosa, felina, sabida que só. Mais: que parece, parece.

Ceará em Brasília

Prefeito inaugura heliponto do IJF O Prefeito de Fortaleza inaugurou o heliponto do Instituto Dr. José Frota (IJF). O equipamento, que começou a ser construído ainda em 2008, vai permitir que o maior hospital de urgência e emergência em traumas do Estado do Ceará possa receber, simultaneamente, até três helicópteros. O heliponto custou R$ 3,9 milhões e tem 784 metros quadrados. Prof.Cearense na Academia Mundial de Ciências O Prof. Luiz Drude de Lacerda, do Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará, foi um dos 11 pesquisadores brasileiros eleitos para integrar a Academia Mundial de Ciências (TWAS, sigla em inglês), associação que promove o avanço da ciência em países em desenvolvimento. A escolha feita na 24ª Reunião Geral da TWAS, ocorrida em Buenos Aires. O Brasil foi o segundo país com o maior número de membros eleitos em 2013, atrás apenas da Índia. Luiz Drude possui mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É pesquisador 1A do CNPQ e professor titular da UFF. Remanso da Paz “Infelizmente temos um gestor que não tem palavra. Não honra seus compromissos”. Diante desta realidade, ou seja, da falta de compromisso do prefeito de Quixadá, João Hudson, em não honrando com a sua palavra, de melhorar o acesso ao Remanso da Paz, o Bispo Emérito de Quixadá, Dom Adélio Tomasin está sendo obrigado a fechar a Casa de Acolhida Remanso da Paz, um complexo que tem capacidade para acolher homens e mulheres, com idade mínima de 60 anos, e, funciona como semi-internato de assistência social para dezena de idosos.

Uma festa bem a Sobral Zezinho Albuquerque, Roberto Claudio, Candido Couto Filho e Waldir Silva. Aboletados à Mesa da Câmara Municipal de Sobral, cercados de carinhos e rapapés ao nosso melhor estilo de receber, os aí citados foram protagonistas que receberem seus títulos de cidadania do município de Sobral. AQQBSDF O padre José Linhares colocou nos anais da Câmara a posse da primeira diretoria da AQQBSDF. Associação dos que querem bem a Sobral e ao DF, entidade que objetiva prestar assistência tanto aos filhos da cidade cearense e aos seus descendentes, quanto aos residentes em Brasília, “em uma visão cosmopolita, voltada igualmente para dois públicos, o que estabelece um link dinâmico entre as duas cidades com múltiplas possibilidades de interação e resultados”, presidida por Antonio Carlos Aguiar. Arquivo Público em desgraça. O Orçamento destinado para a recuperação do Arquivo Público do Ceará é de R$ 2.697.981,93. A previsão é que a fase de licitação termine até o final deste ano. Arquivos históricos do Ceará, principalmente os mais antigos, estão correndo riscos de decomposição devido à falta de condições adequadas de preservação. Para uma melhor eficiência na preservação dos materiais históricos, Márcio ressalta a necessidade da contratação de arquivistas. O Ceará não dispõe de um curso de Arquivologia. A Universidade Estadual do Ceará (UECE) poderia ministrar um curso de especialização. Ou vamos importar de Cuba...

Embaixador da Palestina O Embaixador do Estado da Palestina no Brasil, Ibrahin Alzeben, foi recebido, no Palácio da Abolição, pelo vice-governador Domingos Filho. O Embaixador veio acompanhado do deputado federal Chico Lopes e do deputado estadual Lula Morais. O assessor especial de Assuntos Internacionais do Governo do Estado, Hélio Leitão, também participou da audiência.

Danações do Edilmar Negócio dele é bulir da tal da ACERT que ele preside com tanto zelo e carinho. O danado do Edilmar Norões vai promover em novembro o Fala Nordeste, feira que terá tudo sobre rádio e televisão. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, confirma presença no Fala Nordeste 2013, de 27 a 30 de novembro, no Hotel Praia Centro. A organização é da Associação Cearense de Emissoras de Radiodifusão (Acert). Norões é o presidente da ACERT.

Cearense Tricampeã mundial A cearense Isabela Sousa, com seus 23 anos, desembarcou em Fortaleza como tricampeã mundial de bodyboarding,. Isabela foi recepcionada por familiares, amigos, técnicos e patrocinadores. O tricampeonato foi concretizado, após vencer a etapa da Venezuela do Circuito Mundial, batendo na semifinal a australiana Emma Cobb que até então, era sua adversária direta na corrida pelo título. Isabela foi levada no caminhão do Corpo de Bombeiros, que seguiu em carreata até Caucaia.

Andrea Coelho O governador Cid Ferreira Gomes confirmou a permanência de Andréa Maria Alves Coelho no cargo de Defensora Pública Geral para o biênio 2014/2015. Andréa Coelho foi a primeira colocada na lista tríplice pela votação de defensores públicos. A posse ocorrerá nos primeiros dias de dezembro. Na Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará, foi secretária e, posteriormente, presidente. Foi vice-presidência da Associação Nacional dos Defensores Públicos (Anadep), na gestão 1998/2000.

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Obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) em andamento no Ceará foram vistoriadas) pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela sobrevoou o projeto de urbanização integrada da bacia do Maranguapinho e visitou o Anel Viário de Fortaleza, onde acontecem obras de duplicação da BR-020. Imagem do sobrevoo nas obras de duplicação da BR-020 do Ceará (Anel Viário de Fortaleza) Antes de visitar os empreendimentos do PAC, a ministra se reuniu com o governador do Ceará, Cid Gomes, para discutir os projetos que estão sendo executados no estado. Ele mostrou como é feito o monitoramento das obras, que são filmadas uma vez por semana e depois discutidas, caso seja necessário resolver problemas de andamento. “Temos aqui um conjunto de obra em parceria do governo federal com o governo do estado, algumas delas fundamentais para o desenvolvimento do Ceará”, disse Miriam Belchior. A ministra destacou que, na duplicação da BR-020, “o governo federal acertou em delegar a obra para o governador, porque com isso foi possível acelerar a solução de todas as interferências urbanas”. De acordo com Miriam, um trecho da duplicação será entregue até dezembro, um segundo até o meio do ano vem e o último durante o segundo semestre de 2014. Cid Gomes garante que “essa obra vai dar um grande desafogo à região metropolitana de Fortaleza”. A ministra disse ainda que combinou reuniões mensais entre a Petrobras e o governo do estado do Ceará para aferir o andamento da refinaria e que o Ministério do Planejamento acompanhará os encontros.

Tauá ganha 26ª edição do Prêmio Melhores Prefeitos do Ceará Realizada, no Complexo de Comissões Técnicas da Assembleia Legislativa, a contagem dos votos da 26ª edição da escolha dos Melhores Prefeitos do Ceará, uma promoção da Publicidade, Promoções e Eventos (PPE). O município vencedor, com 25 votos, foi Tauá. Logo em seguida vem Maranguape, Brejo Santo e Sobral, cada um com 23 votos. Fortaleza aparece em terceiro lugar, com 20 votos. Palhano e São Gonçalo do Amarante registram 17 votos; Ocara, Camocim e Caucaia 16; Maracanaú 14; Aracati, Mombaça e Iguatu 13; Redenção e Milagres 12; Aracoiaba, Uruburetama, Eusébio e Limoeiro do Norte 11; e com 10 votos os municípios de Parambu, Acaraú, Cedro, Fortim, Horizonte, Massapé, Santa Quitéria e Viçosa do Ceará, totalizando 28 municípios. Os quatro restantes, Russas, Tururu, Potiretama e Pacatuba, receberam nove votos cada. A contagem foi presidida pelo jornalista Antônio Vianna, um dos membros da comissão julgadora. Segundo ele, a comissão foi formada por 34 votantes e aproximadamente 10 mil votos por meio da internet. “Como jornalista municipalista há quase 40 anos, a gente fica muito feliz em saber que os municípios, pelo menos a cada ano, têm uma entidade que estimula o prefeito, a prefeita, a se enquadrar nas leis de responsabilidade fiscal, na probidade administrativa, na questão de melhorar os índices da saúde, da educação e da área social”, considerou. De acordo com o presidente do PPE, Roberto Farias, o júri contou com nomes como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Albuquerque (Pros); do vice-governador do Estado, Domingos Filho, e dos três senadores cearenses, Eunício Oliveira (PMDB), Inácio Arruda (PCdoB) e José Pimentel (PT).

Há 41 anos

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Ceará em Brasília

Foto: Máximo Moura

Para surpresa do PMDB, que já havia fechado acordo em torno do nome do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para o cargo de ministro da Integração Nacional, e estava dando como certa a sua indicação, tomou posse em Brasília, como ministro interino, o engenheiro cearense Francisco Teixeira (Palmácia). A cerimônia de transmissão de cargo ocorreu, na sede do ministério, em Brasília. Nota divulgada pela Pasta cita que Teixeira foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff (PT) “para dar continuidade aos trabalhos do Ministério da Integração Nacional”. O engenheiro é servidor da Cogerh e já esteve à frente do órgão como presidente. O engenheiro civil é mestre em Recursos Hídricos e havia integrado a equipe técnica da pasta, entre 2005 e 2007, como assessor especial. Ele é servidor público da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) e já esteve à frente do órgão como presidente. Ocupava, desde fevereiro de 2012, o cargo de secretário de Infraestrutura Hídrica no governo Dilma. Em seu discurso de posse, Teixeira ressaltou o importante trabalho desenvolvido por Fernando Bezerra (PSB), que o antecedeu e foi obrigado a entregar o cargo por solicitação de seu partido, o PSB. Ele ressaltou a importância de projetos como o da Integração do Rio São Francisco e lembrou que mais de 60% do orçamento Pasta é destinado às ações para oferta hídrica no País. Sobre a saída de Bezerra, o Palácio do Planalto divulgou nota oficial, na qual a presidente afirma que “saiu o ministro, mas ficou o amigo”. A nota classifica o trabalho de Bezerra como “extraordinário” e afirma que ele prestou “relevante contribuição ao governo e ao país”. Ane Furtado, Repórter, Diario do Nordeste.

Fotos: Gioconda Bretas/Ascom MPOG

Ministra Miriam Belchior vistoriou obras do PAC2 no Ceará Foto: Alex Costa

Ministro interino da Integração, é cearense de Palmácia


Em visita ao Cariri, Cid Mostrou o Cinturão das Águas

Cid assinou em Israel convênio para fazenda modelo em Quixeramobim

Empossados os novos juízes eleitorais do TRE do Ceará

“O Cinturão das águas do Ceará não é apenas um canal onde e as pessoas vão ficar vendo. Ele é um instrumento que permitirá atividades de abastecimento humano, uso industrial e para agricultura”. Com essa afirmação, o governador Cid Gomes apresentou, em Barbalha, no Cariri, o projeto do Cinturão das Águas do Ceará (CAC). “O CAC é um projeto para algumas gerações. Ele tem 1.300 km de extensão e está orçado em R$7 bilhões”, destacou o Governador durante a assinatura da ordem de serviço dos cinco trechos do cinturão das águas do Ceará. Cid Gomes enfatizou ainda sobre a economia que o Estado teve com as licitações gerando uma economia de R$ 46 milhões para os cofres do Tesouro Estadual. Ele ressaltou que a primeira etapa está em execução e a previsão é que ela seja concluída até o fim de 2014. “O primeiro trecho de 150km começa em Jati, numa barragem que vai receber as águas da transposição do rio São Francisco, que passa pelos municípios de Brejo Santo, Porteiras, Abaiara, Missão Velha, Barbalha, Crato, chegando até Nova Olinda e lá numa primeira grande descarga que é no rio Cariús, que vai banhar os municípios de Farias Brito, Cariús, Jucás, Iguatu, Quixelô, chegando até Orós. Na barragem do Orós, que vai trabalhar sempre na sua vazão de acumulação máxima, para que a gente possa passar por períodos de seca tendo água necessária pra que a gente não passe por privações”, explicou Cid Gomes. Essa primeira etapa tem investimento total de R$ 1,5 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão de recursos federais e R$ 393,5 milhões de contrapartida do Governo Estadual. O Trecho autorizado beneficiará os municípios de Jati, Porteiras, Brejo Santo, Abaiara, Mauriti, Barbalha, Crato, Milagres, Nova Olinda, Farias Brito, Lavras da Mangabeira, Aurora, Cariús, Iguatu, Quixelô, Icó e Orós.

O governador Cid Gomes e o ministro da Economia do Estado de Israel, Naftali Bennet, assinaram em Teleaviv, Israel, o convênio para instalação de uma fazenda modelo em Quixeramobim, no Sertão Central. O objetivo é transferir tecnologia para produtores rurais cearenses, pois Israel é um país referência na convivência com a seca e com tecnologia para tratamento de água, captação e acúmulo. Há lugares em Israel onde chove menos de 100 mm por ano, o que é inferior `a média do semiárido nordestino No dia 21.10, em Jerusalém, o Governador esteve com o cientista e diretor de saúde pública, Dr. Inom Schenker, da Teva Pharmaceutical Industries Ltda. (do hebraico “natureza”). A Teva é uma empresa multinacional farmacêutica especializada no desenvolvimento, produção e marketing de medicamentos genéricos e é a maior empresa de Israel. Durante a audiência, o Governador expôs o interesse do Estado em formar uma parceria com a empresa israelense, já que o Ceará está implantando um polo farmacêutico em Eusébio, da Região Metropolitana de Fortaleza, e que terá a segunda unidade da Fiocruz no Brasil, para a fabricação de vacinas. A Teva está entre as 20 maiores companhias farmacêuticas do mundo, com vendas anuais da ordem de US$ 4,276 bilhões (em 2004), empregando cerca de 40.000 trabalhadores, não só em Israel, mas em todo o mundo. Valor de mercado de US$ 34,75 bilhões e faturamento de US$ 18,3 bilhões (2011). A viagem de Cid Gomes a Israel atende ao convite feito no último mês de agosto pelo Governo daquele país. A programação compreende ainda reuniões com o ministro da Economia de Israel e de Assuntos Internacionais, assinatura de memorando de intenção para a instalação de uma fazenda modelo no Ceará, visita a centros de tratamento de saúde, kibutz e à usinas de dessalinização

O presidente da OAB-CE, Valdetário Monteiro, compôs a mesa de autoridades no ato de posse dos dois novos juízes do Tribunal Regional Eleitoral-TRE, Francisco Mauro Ferreira Liberato e Joriza Magalhães Pinheiro. A solenidade foi realizada em 21.10), na sala de sessões, e dirigida pela desembargadora-presidente do TRE, Iracema do Vale. O juiz da 21ª Vara Cível Mauro Liberato substitui Raimundo Nonato Silva Santos, elevado ao cargo de desembargador, enquanto a juíza da 9ª Vara da Fazenda Pública Joriza Pinheiro passa a ocupar o lugar do juiz-diretor do Fórum Clóvis Beviláqua, Francisco Luciano Lima Rodrigues, que encerrou seu segundo biênio como juiz eleitoral no último dia 5. O vice-presidente da OAB-CE, Ricardo Bacelar, também participou da cerimônia. Valdetário Monteiro saudou os novos membros do TRE num discurso em que ressaltou o trabalho desempenhado por eles na 1ª Instância e em que condenou a conduta do políticos no uso da máquina pública. “Nem os políticos aguentam mais a política posta”, afirmou. Mauro Liberato lembrou sua trajetória de juiz de quatro comarcas do interior e se declarou honrado por ter sido escolhido para representar a magistratura naquela Corte. Ele se emocionou ao agradecer ao pai, Cid Paracampos. Joriza Pinheiro agradeceu a mãe, a desembargadora aposentada Mariza Pinheiro, presente ao ato. Disse que assumia a nova missão com a “coragem para enfrentar as pressões internas e externas”, e que o faria com prudência. Ser “consequente e responsável é indispensável ao julgador”, afirmou.

Ceará em Brasília

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Leituras I

A Senhora do não me deixes Edmílson Caminha (*) “Pouco sei falar em coisas delicadas, em coisas amáveis. Sou uma mulher rústica, muito pegada à terra, muito perto dos bichos, dos negros, dos caboclos, das coisas elementares do chão e do céu.” Assim apresentava-se em 1945, aos leitores da revista O Cruzeiro, Rachel de Queiroz, que por 30 anos assinaria a “Última Página”, com um público tão fiel que muitos só começavam a folhear a publicação de trás para frente, para começar por ela... Romancista famosa, aos 19 anos escrevera O Quinze, em que conta a tragédia de uma das piores secas havidas no Ceará. O romance é de tal maneira vigoroso que Graciliano Ramos admitiria, mais tarde, que o nome da autora lhe parecera um pseudônimo – não de mulher, mas de homem, tal a dureza humana e a experiência de vida com que a obra impressiona quem a lê. Para alguns cearenses, o verdadeiro autor era o pai da mocinha, Daniel de Queiroz, juiz de direito e homem de cultura. O tempo cuidou de desfazer os equívocos, com os romances e crônicas que a confirmaram como uma das maiores expressões da literatura brasileira contemporânea. Família de grandes proprietários de terra, os Queiroz eram donos de várias fazendas nos sertões de Quixadá, a 180 quilômetros de Fortaleza. À escritora caberia, por herança paterna, o quinhão denominado Não Me Deixes, que assume com o marido Oyama. Foi lá que Ana Maria e eu estivemos com ela em 1986, na prazerosa companhia dos compadres Maria Lima (Lula, como os amigos a chamamos) e Olavo Colares. No alpendre da casa de pouco luxo, fomos recebidos por uma acolhedora e risonha fazendeira, tão singelamente vestida quanto as mulheres que a ajudavam na cozinha. Lá, gostava de passar com o marido a primeira metade do ano (“inverno”, para o sertanejo, quando chove na região), entre caminhadas pelos arredores e conversas com os moradores. Quando lhe pergunto sobre a adaptação que a TV Globo fizera do romance As Três Marias, em 1980, declara que sinceramente não gostou: — Eles transformaram o livro em uma novela policial, com um caso de antissemitismo que não há na minha história! Isso me constrangeu bastante, pois tenho muitos amigos judeus e sempre me relacionei bem com o Estado de Israel. Pensei em entrar na justiça contra a Globo, mas teria de depositar em juízo o que eles me pagaram. E eu já havia gastado tudo, com o tratamento médico do Oyama. No dia 4 de novembro de 2003 – exatamente 26 anos depois de empossada na Academia Brasileira de Letras, e a duas semanas do aniversário de 93 anos –, Rachel de Queiroz foi encontrada morta no apartamento em que vivia no bairro carioca do Leblon, após sofrer um infarto durante o sono. Embora vítima de derrame em 1999, e de uma isquemia no ano seguinte, até sete meses antes de morrer ditava para a irmã, Maria Luíza, as crônicas publicadas semanalmente pelos jornais O Estado de S. Paulo e O Povo, de Fortaleza. Essa, a conterrânea ilustre que nos recebeu tão cordialmente na Fazenda Não Me Deixes, a Velha Senhora que se dizia “melhor cozinheira do que escritora”. A mulher simples, a sertaneja autêntica, para quem, mais do que a glória acadêmica ou a consagração literária, fazer a sesta em um alpendre, balançar-se em uma rede e repousar os olhos em um açude eram, como escreveu em uma bela crônica, a expressão maior da felicidade humana. (*) Edmilson Caminha (Fortaleza), escritor, membro da Academia Brasiliense de Letras e consultor legislativo.

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Ceará é autorizado a realizar novo método de transplante Está se tornando cada vez mais frequente a busca de doadores de medula óssea em todo o País. São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Salvador, Natal e Recife eram considerados estados bastante procurados para a prática. Mas agora a boa notícia é que os pacientes que precisam do transplante de medula óssea alogênico (quando recebe células sadias de outra pessoa) não necessitarão se deslocar para outros centros. O Ceará é o mais novo Estado autorizado pelo Ministério da Saúde a realizar esse procedimento. O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), em parceria com o Hospital Universitário Walter Cantídio, implantará a nova técnica O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), em parceria com o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), implantará a nova técnica de transplante de medula óssea alogênico. A previsão para se iniciarem os procedimentos é no primeiro semestre de 2014, quando não haverá mais a necessidade de encaminhar pacientes para Atendimento Fora de Domicílio (AFD), em outros estados brasileiros. “Isso vai proporcionar comodidade a quem está nessa situação. Os pacientes tratados aqui não precisarão buscar tratamento em outros estados”, afirma Jacques Kaufman, médico especialista em transplante de medula do HUWC. No Ceará, há cinco anos já se realizava transplantes

autólogos - aquele em que as células progenitoras vêm do próprio paciente. De 2008 pra cá, somam mais de 100 pacientes assistidos em todo o Estado. E, a cada ano, a busca pelo procedimento se torna mais corriqueira. Coleta Em 2008, foram dois transplantados, sete em 2009, 14 em 2010, 17 em 2011, 26 em 2012 e, neste ano, 34 transplantes. Desde o ano passado, o Hemoce e o Hospital das Clínicas já realizavam a coleta em doadores para transplante de medula óssea alogênico, não aparentado. No Nordeste, o procedimento era realizado apenas em Natal e Recife. A partir de 2014, o Ceará contará não só com a coleta, mas também com o transplante. Segundo a diretora do Hemocentro, Luciana Carlos, trata-se de uma grande conquista para o Ceará, embora traga muitos desafios. “O Hemoce tem se destacado no contexto nacional quanto ao seu serviço de hemoterapia e, com este reconhecimento do Ministério da Saúde, estamos empenhados em alinhar todos os nossos processos para prestar suporte adequado a este novo serviço”, relata. O cuidado é redobrado com esses pacientes, pois correm mais riscos que aqueles que recebem suas próprias células, já sadias. “Há um alto risco de rejeição, tanto à medula doada, quanto ao receptor. Quanto menor a compatibilidade, maior esse risco”, explica doutor Jacques.

Analfabetismo cai 34% no Ceará em 11 anos A taxa de analfabetismo no Ceará decresceu 34,4% entre 2001 e 2012, revela o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPCE). Esse desempenho é 4,4% superior à redução de analfabetismo no Brasil e 6,1% superior à redução da taxa dos que não sabem ler nem escrever no Nordeste. Estes e outros números constam no IPECE/Informe nº 65 – Perfil do Analfabetismo da População de 15 anos ou mais no Ceará, estudo concluído este mês e cujos detalhes serão divulgados hoje, às 10 horas, no sítio eletrônico www.ipece.ce.gov.br, órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado. Com relação à distribuição espacial, a região Nordeste detém 54% dos analfabetos do Brasil, o que equivale a um contingente de mais de sete milhões de pessoas. Embora os níveis atuais sejam ainda expressivos, na última década a taxa de analfabetismo no Brasil e, analogamente, na região Nordeste e no Ceará, seguiu uma trajetória de queda. O trabalho do Ipece analisa o perfil do analfabetismo com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo revela que 75% dos analfabetos do Estado moravam, em 2012, em municípios localizados no interior. Os economistas do Instituto Luciana de Oliveira Rodrigues, Carlos Alberto Manso, Raquel da Silva Sales e Vitor Hugo Miro Couto elaboraram o trabalho, sob a coordenação do professor Flávio Ataliba, diretor Geral

do Ipece. Aumento inédito Pela primeira vez em 15 anos, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade aumentou no País, interrompendo uma tendência de queda contínua que se acelerou principalmente desde o fim dos anos 90. Esses dados foram divulgados há um mês pelo IBGE e foram produzidos a partir de dados da Pnad. O percentual foi de 8,6% para 8,7% entre 2011 e 2012, com um contingente de 13,2 milhões de analfabetos no país. Por região, a Nordeste lidera historicamente esse indicador e concentrava em 2012 mais da metade do total de analfabetos de 15 anos ou mais de idade. A taxa chega a 17,4%, ante os 4,4% do Sul e os 4,8% do Sudeste, que têm os menores percentuais. A pesquisa mostra também que outros indicadores de educação melhoraram. A média de anos de estudo entre a população com 10 anos ou mais subiu de 7,3 para 7,5 de 2011 para 2012. As mulheres dedicam mais anos ao aprendizado na escola: são 7,7 anos ante 7,3 anos dos homens. Além disso, a presença de crianças de 4 ou 5 anos nas escolas aumentou de 77,4% para 78,2% no período. Nas faixas de 6 a 14 anos e de 7 a 14 anos ficou estável em 98,2% e 98,5%, respectivamente, mas já num nível elevado. Em outras faixas houve alta, exceto no de 25 anos ou mais, em que ocorreu uma queda de 4,5% para 4,1%.

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Leituras II

Ivanildo Sax de Ouro

a moçada pelos arranjos que fazia das músicas, todas Wilson Ibiapina (*) O saxofonista Ivanildo foi a grande atração do jantar gravadas em cds e na memória dos que se divertiam ao que a Casa do Ceará promoveu para fazer a entrega som do seu sax. Ivanildo é tão querido no Ceará e no Rio Grande do do diploma de sócio benemérito ao advogado Estenio Campelo. Na presença de ministros, parlamentares e da Norte que se viu obrigado a tirar certidão como natural colonia cearense, Ivanildo mostrou mais uma vez porque dos dois estados. Ninguém admite que ele não seja cearense, como os potiguares o querem também conterrâneo. merece o título de Sax de Ouro. Quando ele tocava saxmania, música do maestro Na verdade ele é pernambucano. Ivanildo José da Silva paraibano Severino Araújo, que escolheu para prefixo chegou a Fortaleza para servir na Base Aérea. Suboficial, foi maestro da banda de música por musical de seu conjunto, ninguém muitos anos tanto em Fortaleza, ficava sentado. Em seguida, enchia como em Natal. Quando chamou o salão com um repertório que ia alguns colegas da banda militar do maxixe ao mambo, passando e formou o conjunto para alegrar pelo bolero, valsa, blue, samba, até as festas, nunca imaginou que iria xote maracatu e baião.Todo mundo fazer tanto sucesso. Seu sopro é balançava o esqueleto. inconfundível. Começou a estudar Quem foi adolescente em Formúsica ainda criança no colégio taleza nos anos 60 não esquece. As Salesiano. Fã de Charlie Parker, tertúlias do Maguari, aos dominguarda até hoje os discos do ídolo gos, eram animadas por Ivanildo americano. Graças a essa paixão, e seu conjunto. Saci, no baixo; Ivanildo contrariou o pai dele, não Marshal ao piano, Barbosa na tirou o diploma de bacharel em bateria, dando um show à parte. Ivanildo e o repórter. Foto de Paulo Lima direito. Foi ser doutor em música Outros músicos tocaram com ele: o pianista Caruaru, os pistonistas, ou trumpetistas Paulo para felicidade geral da nação. Hoje, aos 80 anos de idade, mora na cidade potiguar e Waldemar, Odilon, guitarra. Animava, também, as festas de outros clubes de de Parnamirim. Lá, o sossego da terceira idade só é queFortaleza.Tocava em todo o Nordeste numa época que a brado quando chegam os convites para que se apresente concorrência não era mole. Estavam lá os conjuntos do pelo país. Feito vinho, está cada vez melhor. O sopro paraense Alberto Mota e dos cearenses Canhoto, Moreira parece mais suave e os arranjos que saem de sua partitura Filho e Paulo de Tarso. Cada qual melhor do que o outro. transformam velhas canções em melodias imortais. (*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista Mas nenhum com o carisma do Ivanildo. Ele pegava

17 municípios cearenses no Programa Cidades Digitais O Ministério das Comunicações publicou a lista dos municípios que foram selecionados para receber investimentos do Programa Cidades Digitais. No Ceará, serão beneficiados 17 municípios. Segundo a portaria, os municípios serão convocados “oportunamente” pelo Ministério para assinatura de acordo de cooperação e recebimento de instruções básicas sobre os próximos passos do programa. Pelo programa, são construídas redes de fibras ópticas que fazem a conexão entre os órgãos públicos, o acesso da população a serviços de governo eletrônico e a espaços de uso de internet. O projeto inclui a implantação de aplicativos de e-gov nas áreas financeira, de tributação, educação e saúde, além da capacitação dos servidores municipais para uso e gestão da rede. Outra ação do programa é a oferta de pontos de acesso à internet para uso livre e gratuito em espaços públicos de grande circulação, como praças, parques e rodoviárias. As cidades que recebem essa estrutura são selecionadas por meio de edital. Em 2012, 80 cidades foram escolhidas em caráter piloto. Neste ano, o Cidades Digitais foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que - segundo o Ministério das Comunicações - assegurou um reforço de R$ 100 milhões no orçamento do programa em 2013. No Ceará, serão beneficiadas as seguintes cidades: - Aiuaba, - Amontada, - Caririaçu, - Ibaretama, - Irauçuba, - Itatira, - Jardim, - Jucás, - Mauriti, - Missão Velha, - Ocara, - Orós - Redenção, - Santana do Acaraú, - Santa Quitéria, - São Benedito e -Tururu.

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Leituras III Chega de omissões

Por Macário Batista (*) Esta coluna, (O blog do Macário) em sua caixa postal, recebe centenas de e-mails, os mais diversos, todo santo dia que Deus dá. Por quais cargas d’água, não sei, mas chegam aqui, num volume expressivo e majoritário, e-mails com press releases partidos dos Ministérios Públicos, sejam federais e estaduais, com foco nos locais, cearenses. A gente vê o Ministério Público, ambos, por sinal, tratando de cachorro abandonado a pé-de-pau derrubado, passando por Prefeito ladrão, ex-secretário ladrão, gente sendo cobrada pra devolver dinheiro, etc. e coisa e tal. Tenho, nas minhas relações pessoais, que por sinal são de pequena monta, carinhosos amigos do judiciário, mas não tenho coragem de abordá-los sobre os misteres de suas obrigações funcionais quando os encontro. Prefiro abraçá-los a cuidar de ações. Aí, faço-o aqui, porque aqui é a tribuna na qual subo pra falar aos meus amigos em suas funções e ao meu outro único leitor, como obrigação pela qual o patrão paga e, mesmo velada e educadamente, cobra que seja de excelência, o que nem sempre o é. Pois bem; acompanho de perto, e você aí sabe disso, a luta de Senador Pompeu para ver-se livre dos grilhões da roubalheira que foi instituida no município, resultando em investigações, fugas e prisões e, na ultima hora tiraram um cara da cadeia, deram a ele a faca e o queijo, mais a chave da cadeia e com extrema competência elegeu o sucessor, que já foi acusado das mesmas traquinagens de todos os passageiros do Bonde do Tonhão, aquele ônibus de ladrões procurado por um mês pela polícia. Pois bem; a Prefeitura de Senador Pompeu acaba de fazer com que em 64 anos de existencia o Hospital Maternidade Santa Izabel, criado por um homem de bem, o dr. Adonias Mano e hoje presidido por seu filho, o médico Márcio Barreto (um homem dificil porque não cede às pressões), fechasse ao atendimento por uma greve funcional. A Prefeitura deixou de pagar ao hospital o que deve e não assina novos convênios porque o tal do dr. Márcio não paga toco. A coisa está no Ministério Público, formalmente. Se esses Ministérios Públicos que me mandam dezenas de notícias em press releases diários agisse com um pouco mais de sabedoria e entendesse as necessidades do povo no presente, não apenas no passado, daríamos notícias e manchetes bem melhores de suas ações. O assunto é muito grave. O documento que tenho em mãos é verdadeiro e muito grave porque eu conheço o problema gerado a partir de ladrões do dinheiro público que merecem olhar mais acurado da Justiça e da Policia do Ceará. É seria a crise. Eu não gostaria de comentar aqui outra omissão. Data venia. Reabilitação Diz que todo mundo tem direito a uma segunda chance. Seria um olhar, não de perdão, mas de oferecer oportunidade àquele que de alguma forma tenha pisado na bola, escorregado no tomate, viajado na maionese, ou até sido injustiçado. E isso ocorre em qualquer atividade neste mundão de meu Deus. Padre Cícero, a pedido de interessados, poderá ter sua reabilitação assinada pelo Papa Francisco, fruto da realidade de seus milagres, da paixão do povo, dos benefícios que isso traria ao Nordeste e ao Brasil. Santo do povo, sentado ao lado do Pai, velando pelos pobres e perdoando os pecadores, Meu Padim, tendo seu ministério reabilitado, não mudará nada no coração de seus romeiros e afilhados, mas poderá ajudar na reabilitação de outros, caídos na descrença de fiéis da Igreja dele. O bispo do Crato, afogueado por um vendaval de denuncias e processos judiciais, seria um deles. Por isso mesmo, botou cartas e documentos debaixo do braço e diz que foi a Roma. Quem vai a Roma geralmente vê o Papa. Ele voltou dizendo que viu duas vezes. Entregou carta pedindo a reabilitação do Padre Cícero e diz ter ouvido do Papa Francisco que conhecia o problema e que iria tocar o processo pra frente. Disse tambem que o Papa sabia dos problemas dele, Panico, com a Justiça brasileira e que perdoasse as “agressões” de que estaria sendo vítima. (*) Macário Batista (Sobral), jornalista, multimídia, blogueiro

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Assembleia Legislativa do CE comemorou o centenário de Parsifal Barroso

Solenidade lembrou a trajetória de vida do governador do Ceará, na década de 1960, e suas contribuições ao Estado. A Assembleia Legislativa do Ceará realizou, em 09.10, sessão solene para homenagear o centenário do governador do Estado na década de 1960, José Parsifal Barroso. O político, que completaria 100 anos no último dia 5 de julho, também foi senador, ministro, deputado federal e estadual. O presidente da Assembleia Legislativa, José Albuquerque, entregou comenda em homenagem ao centenário de Parsifal Barroso aos seus filhos Roberto Parsifal Barroso e Régis Monte Barroso, e neto Igor Queiroz Barroso Foto: Kléber A. Gonçalves O presidente da Assembleia Legislativa e autor do requerimento da homenagem, deputado José Albuquerque, ressaltou que todos os que fazem parte daquela Casa se sentem honrados ao realizar a congratulação ao governador. “Parsifal Barroso trabalhou muito pelo nosso Estado e, por isso, o fez crescer. Desta forma, ele é reconhecido em todo o Brasil pelo seu trabalho”. José Albuquerque explicou que gosta de estudar a história da política no Estado e foi assim que descobriu o centenário de Parsifal Barroso. “No momento em que eu soube do centenário, não tive dúvidas de que essa homenagem seria justa”, comentou o presidente da Assembleia. O autor do requerimento ainda lembrou que o agraciado foi redator, sócio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro e também membro da Associação Cearense de Imprensa (ACI). “É inevitável que voltemos no tempo, para discorrer sobre a sua trajetória de vida e também sobre as contribuições que ofereceu para este Estado”, frisou. História Para o diretor do Centro de Serviços Compartilhados do Grupo Edson Queiroz e neto de Parsifal Barroso, Igor Queiroz Barroso, o homenageado fez parte tanto da história do Ceará, quanto do Brasil. “Além dos vários cargos políticos, ele também foi professor e teólogo”, acrescentou. Igor Queiroz Barroso destacou que o agraciado foi levado para a política pela família de sua avó e, mesmo sem grandes pretensões, fez jus à ética e alcançou grandes resultados. “É uma honra ver esta Casa prestando esta homenagem”, afirmou. O empresário e filho de Parsifal Barroso, Roberto Parsifal Barroso, destacou que foi naquela Casa Legislativa onde seu pai teve a oportunidade de aprender o que é o estado democrático e também como é o funcionamento da Assembleia. Todo esse aprendizado ajudou no desem-

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penho dos cargos de ministro, senador e governador. “Como governador do Estado, ele não esqueceu esta Casa e teve uma grande relação de respeito. Com isso, ele tratou aqueles que eram da situação e os da oposição da mesma forma”, comentou o empresário. Roberto Parsifal Barroso destacou que, quando o seu pai se tornou governador, acabou voltando a ser professor. Desta forma, teve a oportunidade de assistir a uma das aulas de Parsifal, algo que jamais esqueceu. “Fiquei impressionado como ali não estava o governador e, sim, o professor”, lembra. Além disso, ele ressaltou que o homenageado não tentava se mostrar melhor do que nenhum dos seus alunos. Na verdade, ele procurava ficar no mesmo nível que todos para que fosse possível existir o diálogo. Durante a solenidade, os familiares do governador: Igor Queiroz Barroso, Roberto Parsifal Barroso e Regis Monte Barroso receberam das mãos do deputado José Albuquerque a comenda em homenagem ao centenário de nascimento.

Fique Por Dentro Político também foi ministro do Trabalho José Parsifal Barroso nasceu no dia 5 de julho de 1913, em Fortaleza. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Ceará, foi eleito deputado classista à Assembleia Legislativa do Ceará, em 1936. No ano de 1945, elegeu-se deputado constituinte. Em seguida, foi eleito deputado federal. Um ano antes de concluir o seu mandato, em 1955, se elegeu senador. Depois, foi nomeado ministro do Trabalho, Indústria e Comércio por Juscelino Kubitschek. Em 1958, foi eleito governador do Estado, e nomeado ministro conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal em 1977. Barroso faleceu em 21 de abril de 1986. O que eles pensam Professor e homem de cultura “A Assembleia fez bem, na figura do seu presidente, ao realizar essa homenagem. Parsifal Barroso foi importante na figura de político, professor e homem de cultura. Homens como ele precisam ser lembrados para que a juventude possa saber o que ele significou para o Ceará” Lúcio Alcântara, Ex-governador “Além de ser o seu centenário de nascimento, Parsifal Barroso mereceu essa homenagem da Assembleia Legislativa porque era um homem conhecido pela sua ética, pelo seu profundo conhecimento do Estado do Ceará e também pela sua luta em defesa da sociedade” Sérgio Aguiar, Deputado estadual

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Pr Esp ojeto eci s ais

Momentos marcantes da vida do prof. Albery Mariano

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- Foi agraciado como o Diploma e Medalha da Ordem dos Nobres Cabaleiros da Abach em São Paulo. Uma das mais altas condecorações recebidas pelo Dr. Albery Mariano foi o ‘‘Barrete’’ Contendo Cinco no Conselho Nacional de Honrárias e Méritos, a qual, ostenta em seu Smoking nas festas de gala; 1ª) Comenda José Bonifácio de Andrada e Silva – O Patriarca da Independência do Brasil. 2ª) Comenda ‘‘Honra ao Mérito de Pioneiro’’ – Como líder na Consolidação de Brasília. 3ª) Comenda ‘‘Mérito Profissional em Ciências Jurídicas’’ – Pelos relevantes serviços prestados à Justiça do Distrito 4ª) Comenda Marechal Deodoro da Fonseca – Fundador da. República e 1° Presidente do Brasil. 5ª) Comenda Dom Pedro I – Família Imperial Brasileira. Recentemente, com muita honra, recebeu a 6ª Comenda ‘‘Tiradentes’’ – Joaquim José da Silva Xavier, o Mártir da Inconfidência Mineira. Este destemido Poeta Cearense, Temente a Deus, fez o Curso Superior de Teologia no DF, com habilitação lecionar Ensino Religioso. Aposentado como Diretor do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal e como Professor da Secretaria do Estado de Educação do DF, reside no Lago Sul, em Brasília, cercado de muito verde e em Caldas Novas onde fixou sua segunda residência. O Com. Dr. Albery Mariano se considera um homem realizado, viajado e de muitos amigos. Ao lado de sua esposa Mineira , Profª Cleuza Luiza Mariano, sua musa inspiradora, não se cansa de elogiar Patos de Minas, onde ela morou, estudou e passam temporadas. Fotos: Albino Oliveira

Comendador Dr.Albery Mariano - Natural de Santana de Acaraú – Ceará - Advogado, Professor, Escritor e Poeta - Conselheiro da Academia Brasileira de Arte, Cultura e História – SP - Ex – Presidente da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas- GO - Acadêmico Suplente da Academia de Letras do Distrito Federal - Pioneiro de Brasília, desde 1960 - Cidadão Caldasnovense - Assessor Jurídico (8 anos) na Câmara dos Deputados. - Diploma e Medalha Pioneiro pelo Centenário de JK; - Lançamento do livro ‘‘Deixe cair o manto de sua vida’’ na Casa do Ceará em Brasília; - Personalidade do livro ‘‘Brasília – 50 anos’’ sua História e seus Monumentos, recebendo o Diploma e a Medalha Comemorativa. - Em 2008, como Acadêmico de Letras, ocupou a cadeira n° 6 do imortal Prof, Genesco Ferreira Bretãs na Academia de Letras e Artes de Caldas Novas – Goiás e dois anos depois assumiu a presidência. - Neste ano tomou posse como ‘‘Conselheiro Consultivo’’ da Academia Brasileira de Artes, Cultura e História, com sede em São Paulo. - Agraciado com o título de ‘‘Cidadão Honorífico Caldasnovense’’ pela Câmara Municipal, é grande investidor do ramo imobiliário, Benfeitor do ‘‘Museu Casarão de Caldas Novas e co – autor da Letra do Hino do Colégio Educador recebendo a placa e troféu. Como ‘‘Patrono do Jovem Brasileiro’’ na área de Arte e Cultura foi agraciado com a coleção de Livros Diploma e Medalha; - Destaque no Centenário de Caldas Novas como ‘‘Escritor Pioneiro’’. - Recebeu Troféu ‘‘Poeta Escritor’’ do Munícipio de Caldas Novas.

Eis uma das estrofes de sa Poesia: (entitula Vida Laboriosa) ‘‘Ao bom Deus eu agradeço, A vida que Ele me deu. Sou simples, pouco mereço, Apenas sou servo seu’’. Esta é a vida de nosso homenageado. Caldas Novas, 22 de Setembro de 2011

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50 anos da Casa do Ceará reuniu 750 pessoas. Uma grande comemoração. Foi uma festa de cearenses em grande estilo. Uma baita comemoração dos 50 anos da Casa do Ceará em Brasília, nas suas dependências da 909/910 Norte, quando o jantar de confraternização reuniu cerca de 750 pessoas, para uma expectativa inicial de 450, participando familiares dos 150 homenageados, de 55 municípios cearenses, que estão no livro “50 Anos da Casa do Ceará em Brasília”, elaborado para marcar a data, e financiado pelo grupo empresarial M. Dias Branco. Ivens Dias Branco compareceu com a esposa Consuelo Dias Branco, as filhas Graça Dias Branco, Gisela Maria Dias Branco, Ivens Dias Branco Neto, Aloisio Neto e Geraldo Luciano, este Executivo do Grupo. Foram lembrados os 28 fundadores, cujos nomes foram nominados, e lido os nomes dos 150 homenageados. Coube ao ex-presidente e fundador da Casa, jornalista Fernando César Mesquita, saudar Ivens Dias Branco e lhe entregar o 1º livro, assinalando a forte ligação entre a Casa e o grupo M. Dias Branco, que financiara e, 2010 o livro que marcou os 50 anos de Brasília, quando foram homenageados outros 150 cearenses. Ivens agradeceu lembrando o espirito empreendedor dos cearenses, sua disposição para enfrentar e superar desafios, a presença deles na construção e consolidação de Brasília e assinalando a alegria de participar dos esforços da Casa do Ceará em Brasília para

se consolidar como instituição símbolo dos cearenses. Já o presidente da Casa, Osmar Alves de Melo, discorreu sobre a fundação da Casa do Ceará, seus antecessores, Crisantho Moreira da Rocha, Alvaro Lins, Mary Pessoa, José Jezer e Fernando César Mesquita, lembrou o esforço de todo para consolidar as unidades de serviços da Casa, como Pousada, Policlínica, Odontoclínica, Museus, Bibliotecas, Academia, Cursos de línguas e profissionalizantes, citando números e dados das realizações. Comunicou que a Casa deverá prosseguir no seu crescimento, inclusive com a construção da nova sede, com 12 mil metros de área construida, numa área total de 15 mil metros, o que assegurará pelo menos mais 50 anos de presença da Casa nos cenários da assistência social, assistência à saúde, educação, cultura e atividades de recreação e lazer O vice presidente de Investimentos e Controladoria do grupo Geraldo Luciano Matos Junior participou do evento que foi aberto pela homenageada, Myrlla Muniz, que cantou o Hino Nacional. Também foi tocado o Hino do Estado do Ceará. Presentes, além dos familiares e amigos dos 150 homenageados, os diretores e membros dos conselhos da Casa, o ex-procurador geral da República, Roberto Gurgel Monteiro dos Santos e sra, o ex-ministro da Advocacia

Geral da República, Alvaro Ribeiro da Costa Santos e sra, o ex-ministro do Tribunal de Contas da União Ubiratan Aguiar e sra, o Administrador de Brasília - Messias de Souza, e o cantor Raimundo Fagner, desta vez na Casa como homenageado no Perfil O Pessoal do Ceará, que registra a presença dele, Ednardo, Belchior, Rodger, Fausto Nilo em Brasília. O governador Cid Gomes, presidente de honra da Casa, várias vezes citado pela decisão de apoiar o projeto Fausto Nilo, da nova Casa a ser implantada, mandou mensagem, justificando sua ausência, o mesmo fazendo o ex-governador Gonzaga Mota. Na oportunidade, a Casa do Ceará apresentou um vídeo sobre os 50 anos, elaborado pelo cineasta e prof. Pedro Jorge de Castro, com depoimentos dos jornalistas Fernando César Mesquita fundador e ex-presidente, e José Jezer de Oliveira, ex-presidente, advogado Osmar Alves de Melo, presidente, arquiteto Fausto Nilo, autor do novo projeto da Casa do Ceará, que será implantada no mesmo local, e do jornalista José Wilson Ibiapina. Durante o evento, um telão mostrou as fotos dos 150 homenageados no livro e de suas famílias. Igualmente foi anunciado a criação de um site especial www.casadoceará50anos.com.br onde poderão ser lidos os perfis de cada homenageado e vistas as fotos de seus familiares ou de suas criações e iniciativas.

“A mensagem do Presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo” Em 15 de outubro de 1963, reuniu-se, sob o comando de Chrisantho Moreira da Rocha, um seleto grupo de cearenses, a maioria de nascimento e alguns por adoção. Eram 26 homens, isto mesmo, homens, e até hoje não se sabe porque não havia mulheres, mas certamente isto não tinha nada a ver com a Confraria de Cearenses que se reúne nesta cidade da qual também não participam mulheres. Eles eram Senadores, Deputados Federais, jornalistas, profissionais liberais, ou seja, uma boa amostra da elite do meu Ceará. Reuniram-se e fundaram a Casa do Ceará, um lugar para encontro dos saudosistas que vieram construir a Nova Capital do Brasil, e que tinha por objetivo maior prestar assistência e solidariedade aos pedreiros, carpinteiros, marceneiros, motoristas, fiscais de obras, serventes, servidores da NOVACAP, que trocaram os rincões adustos da terra-mãe pelo Planalto Central dos sonhos visionários do presidente Juscelino Kubitscheck. Chrisantho Moreira da Rocha sabia o que estava fazendo, pois, enquanto a Capital da República era no Rio de Janeiro, ele fundou e presidiu a Casa do Ceará instalada no centro nobre da Cidade Maravilhosa, que tive o prazer de frequentar muitas vezes quando estudante da Faculdade de Direito da Universidade do Distrito Federal, depois Estado de Guanabara e hoje Rio de Janeiro - UERJ. Aqueles homens, dos quais só resta vivo hoje Fernando César Mesquita, plantaram boa semente em terreno fértil, onde nasceu esta árvore frondosa que produz bons frutos ao longo desses 50 anos. Esta Casa é uma extensão do Ceará. Esta Casa cultiva as tradições cearenses. Esta Casa mantém viva a cultura cearense e nordestina em Brasília. Esta Casa continua sua obra de solidariedade e assistência aos que mais necessitam, atendendo anualmente a milhares de pessoas de Brasília, das cidades do Distrito Federal e do entorno, na sua unidade de saúde, na sua odontoclínica, nos seus cursos profissionalizantes e, sobretudo, no seu abrigo de idosos, a pousada Chrisantho Moreira da Rocha. Por todas essas razões, esta instituição permanentemente de braços abertos, abre suas portas, engalana-se, recebe seus filiados, seus amigos, seus benfeitores e seu único fundador Fernando César Mesquita, que, como o velho carvalho solitário na capoeira, resiste incólume à erosão do tempo. Abre seus umbrais para celebrar, para comemorar

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seus 50 anos bem vividos, 50 anos de sucesso, 50 anos de construção de um indiscutível e invejável patrimônio material e moral, que engrandece ás melhores tradições de empreendedorismo e de gestão segura e honrada, ao lado do desprendimento e da generosidade do grande povo cearense. Esta venerável instituição foi presidida, ao longo desse meio século, por pessoas do quilate de Chrisantho Moreira da Rocha, Álvaro Lins Cavalcanti, Meire Calmon Porto, José Jéser de Oliveira, Fernando César Mesquita e o modesto orador que abusa do uso da palavra. Nesse meio século de historia, além de prestar assistência e solidariedade aos que necessitam sem indagar de sua origem, de sua cor, de sua condição social, a Casa do Ceará cultivou as melhores tradições culturais do Ceará e do Nordeste, mantendo viva a cultura regional nessa babel de ritmos, cores e sabores de todos as regiões e unidades da Federação que compõe o mapa demográfico de Brasília. Atingindo o apogeu de suas iniciativas culturais, para celebrar os 50 anos de Brasília, lançou o livro Brasília 50 anos de Ceará com a biografia de 150 cearenses que contribuíram para a construção e consolidação da nova Capital da República e hoje entrega ao público o livro Brasília 50 anos, com a biografia de outros 150 cearenses que, pioneiros ou não, trocaram o distante e sempre perto e nunca esquecido Ceará pela aventura de Brasília, o marco indelével da conquista dos grandes espaços vazios do Norte e do Centro Oeste, da consolidação da nação brasileira e da unidade nacional, marco indiscutível de uma nação que se desenvolve a olhos visto e se integra no conserto das nações. Nessa obra, ao lado das biografias de governadores, senadores, deputados federais, magistrados, sacerdotes, militares, diplomatas, servidores público, empresários, profissionais liberais, ou seja, de pessoas da elite cearense, estão biografias de modestos cearenses que aqui chegaram tangidos pelas necessidades, pelas escassez de chuvas do semiárido nordestino, pelas carências das escolas, dos serviços de saúde pública, pela falta de moradia digna e movidos pela esperança de dias melhores, o que finalmente alcançaram e que servem de exemplo de trabalho, de honradez, de obstinação e dedicação aos projetos de seus sonhos. São homens e mulheres que saíram do nada, partiram da estaca zero para construir riquezas, consolidar

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profissões, constituir famílias estruturadas dignamente, onde se sobressai a educação dos filhos, na maioria com cursos superiores. São verdadeiros heróis que superaram os obstáculos, atravessaram as fronteiras, avançaram e conquistaram novos patamares e que servem de exemplo em um mundo, onde a apatia, a indiferença, a falta de fé e esperança destroçam vidas preciosas. Povo de fé, as esperanças e os sonhos dos cearenses se transformam em realidade. Eis o que encerram essas 150 biografias. Para reuni-las houve a inestimável colaboração espontânea e voluntária de notáveis companheiros como JB Serra e Gurgel, Wilson Ibiapina, Fernando César Mesquita, José Jézer de Oliveira, José Colombo de Souza Filho, Adirson Vasconcelos, Fernando Gurgel Filho, José Sampaio de Lacerda Júnior, Francisco Machado da Silva e Hermínio de Oliveira, assim como o patrocínio do grupo empresarial M. Dias Branco, presidido por Ivens Dias Branco, e o apoio do Ministério da Cultura que aprovou o projeto do livro nos termos da lei Roaunet. A todos eles os sinceros agradecimentos da Casa do Ceará. Agradeço, também, em nome desta venerável instituição filantrópica de assistência social, aos membros da Diretoria Executiva, do Conselho Consultivo e do Conselho Fiscal o apoio indispensável que deram à realização deste evento. Agradeço, ainda, ao Pedro Jorge de Castro, que fez o vídeo, à senhora Carmem Abreu que se desincumbiu da decoração e da organização da festa e aos dedicados servidores da Casa comandados pela superintendente Antônia Lúcia Guimarães, que se desdobraram com desvelo e dedicação para que tudo desse certo. Agradeço, por fim, a presença das autoridades, dos sócios, amigos e benfeitores desta instituição, que aqui compareceram abrilhantando este evento único que comemora o transcurso das bodas de ouro da Casa do Ceará. Convido a todos os presentes, independentemente da unidade da federação de origem, a se filiarem à Casa do Ceará e participarem do seu esforço de prestar assistência e solidariedade às pessoas que necessitam A todos meu muito obrigado. Osmar Alves de Melo, Presidente

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Imagens da Festa de 50 anos da Casa do Ceará

Osmar Alves de Melo fazendo seu pronunciamento

Antonio Gomes Leitão e Osmar Alves de Melo

José Jezer de Oliveira, Luiz Gonzaga, Kleiton Aguiar, Messsias de Souza, João Rodrigues, Marili e Berilo Luscena

ministro Alvaro Augusto, Calela, Messias de Souza e Luiz Gonzaga

Fernando Cesar Mesquita e Ivens Dias Branco

D. Marizita, Evandro Pedro Pinto e Rangel Cavalcante com suas Sras

Francisco Inácio de Almeida e Flavio Gondim Beleza

Truman, Tarcisio Macedo, desembargador Cruz Macedo e Pedro Lucena

Pedro Jorge de Castro e Sra.

Conselheiro Francisco Hermógenes de Paula e familiares

Familiares de Sandra Maria Alves de Oliveira

Embaixador Francisco Mauro Brasil Holana e Mercedes

Familiares de Francisco Alves Lobo

Familiares de Evandro Osterne Vidal

Familiares de Otamar Carvalho

Familiares de Raul Cabral

Carmen Abreu com sua equipe de Recepcionistas.

Familiares Elmano Rodrigues Pinheiro

Ceará em Brasília

José Colombo, Célia Cals de Vasconcelos, Silvia Furtado Holanda, D. Fraci e Francildes

Familiares de Luiz Martins da Silva

Pedrinho Aguiar e João Rodrigues Neto

Familiares de Antonio Carlos Aguiar

Edivaldo Ximenes, gal. Newton Pessoa e familiares

Familiares de Maria da Glória Nascimento de Lima

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Leituras IV Dez notas sobre Cultura, Bisbilhotice, Papa Francisco e outros Por João Soares Neto (*) “Assim também é demais! -queixou-se o anãozinho Tanto Fez ao astronominho Tanto Faz”. Horácio Dídimo, O Afinador de Palavras Semana foi corrida. Jornal tem que ser fechado e estou atrasado. Vou, então, atacar no varejo. 1. A TV Cultura, de São Paulo, acaba com o programa “É tudo verdade”, do jornalista e documentarista Amir Labaki. Alega falta de verbas. De fato, há muita verba para noticiar mentira. A veracidade nunca incomodou tanto quanto neste 21, o século da bisbilhotice eletrônica. 2. O Papa Francisco, acolitado por Ratzinger, o papa que renunciou para denunciar o caos da gestão do Estado do Vaticano, resolve dizer o que já se sabia, mas a Igreja negava. A cúpula do Vaticano é constituída de vaidosos, acobertadores de delitos dos clérigos e desviadores do dinheiro recebidos de todas as paróquias e dioceses do mundo, coletados nos “ofertórios” e dos dizimistas.E enviam religiosa e obedientemente, para Roma. Esta semana, o jornal italiano La Repubblica, cita Franscisco sobre a cúria romana: “ é a lepra do papado”. “É introspectiva e Vaticanocêntrica”. No que vai dar isso? 3. As cidades brasileiras estão com os bancos em greve. Cartões de créditos, dos bancos, são usados e pagam juros aos ditos. A maioria da população está revoltada contra os transportes públicos, a insegurança das ruas, a precariedade de postos de saúde, de hospitais e o alto preço dos ingressos dos estádios “padrões-Fifa”, frequentado por torcedores de bermudas e torcidas organizadas que matam e morrem. 4.O BNDES, o banco nacional do desenvolvimento econômico e social, está comprometido com quase todos os projetos do Grupo X. Este é o x do problema. Esse mesmo grupo conseguiu eleger, sabe Deus como, o seu líder como o “homem mais rico do mundo”. Agora, há choro e ranger de dentes. Os que pegavam carona nos aviões e helicópteros das empresas X, fingem-se de mortos; 5. A moda agora é escrever em “modernês”. Vejam o que Rafael Souto, auto intitulado de sócio-fundador e CEO da Produtive Carreira e Conexões com o Mundo (modesto, o rapaz), diz: “Na minha trajetória em aconselhamento observo que 70% das pessoas pensam em sua trajetória(repetindo, grifo meu) profissional em múltiplos empregos. Elas estão pouco abertas para entender a “carreira em nuvem”(sic) e a trabalhidade”. Que tal? Vocês entenderam? 6. Marina Silva, que teve 20 milhões de votos na última eleição presidencial, não consegue viabilizar 600 mil assinaturas para fundar o seu ex-futuro-ex Rede-Sustentabilidade. Enquanto isso, outros dois partidos são liberados. Eles têm a força. 7. Acidentes de trânsito com mortos e feridos aumentam todos os dias em cruzamentos tido como fatais. Cidades continuam impedidas de fazer viadutos. E por falar em trânsito, as vendas de veículos aumentaram, neste ano, em torno de 80%. Já superaram as do ano passado e apenas estamos comemorando o Dia de São Francisco, no começo de outubro. 8. A propósito, onze carretas trouxeram de Codó, no Maranhão, 2.500 romeiros para a festa de “São Francisco do Canindé”. Engraçado, como foi que essas 11 carretas passaram por polícias rodoviárias federais e estaduais e federais em três estados? Ao que se sabe, pessoas não devem – e não podem – ser transportadas em carrocerias. É a tal “vida de gado”. 9. A mentira está em alta no mundo da política mundial. Nunca se mentiu tanto para negar ou reafirmar procedimentos e ameaças. A última Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, foi um festival de discursos em que a essência da verdade esteve longe. Nada foi resolvido. 10. Que São Francisco, o protetor dos pobres, o santo do dia, nos ajude a viver neste mundo em que a vaidade e a leviandade parecem ser o “abre-alas” e a “comissão de frente”. Nós, o povo, somos meros passistas figurantes. (* ) João Soares Neto (Fortaleza), escritor , membro da Academia Cearense de Letras, e empresário.

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Vaqueiros ganham reconhecimento

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s vaqueiros do Nordeste que compareceram à sessão do Senado de 24 de setembro em que foi aprovada a regulamentação da profissão representam apenas parte do contingente dos profissionais que vivem em todo o Brasil. Responsáveis pelo trato, manejo e condução de animais como bois, búfalos, cavalos, mulas, cabras e ovelhas, conforme define o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 83/2011, aprovado pelos senadores e enviado à sanção, esses trabalhadores rurais agora têm regras para exercer as atividades. A proposta define que a contratação dos serviços de vaqueiro é de responsabilidade do administrador — proprietário ou não — do estabelecimento agropecuário de exploração de animais de grande e médio porte, de pecuária de leite, de corte e de criação. Entre as atribuições do vaqueiro enumeradas na nova lei, estão a ordenha, a alimentação e os cuidados da saúde dos animais, além do treino e do preparo para eventos culturais e esportivos, garantindo que não sejam submetidos a atos de violência. Outros cuidados são a manutenção das instalações dos animais e o cultivo para produção das rações que eles consomem. Uma emenda ao projeto feita na Câmara, onde foi apresentado em 2007 pelos ex-deputados Edigar Mão Branca e Edson Duarte, tornou obrigatória a inclusão de seguro de vida e de acidentes em favor do vaqueiro nos contratos de serviço ou de emprego. De acordo com Paulo Davim (PV-RN), que relatou o projeto no Plenário do Senado, a medida desagradava tanto vaqueiros — por representar um prejuízo para a categoria na medida em que dificultava as contratações — quanto pequenos e médios produtores. Para que a proposta não voltasse à análise dos deputados após os senadores suprimirem a emenda, Davim sugeriu que os líderes pedissem à presidente da República o veto à exigência. Correção histórica Davim observou que a regulamentação da profissão de vaqueiro é uma correção histórica a uma categoria que nos últimos séculos apenas consolidou a riqueza dos pecuaristas e serviu de inspiração para música e literatura. As regras claras que agora regem o trabalho com animais em propriedades rurais contemplam até mesmo a necessidade de proteger os trabalhadores contra acidentes e (ou) doenças ocupacionais, como salientou Cyro Miranda (PSDB-GO) na aprovação do projeto de lei pelo Senado. Lídice da Matta (PSB-BA) ressaltou que, segundo o antropólogo Washington Queiroz, data de 1549 o primeiro registro oficial de pagamento pela lida com gado. Segundo ela, a aprovação da proposta está atrasada 464 anos e é um reconhecimento indispensável à figura do vaqueiro. A senadora também mencionou a importância dos vaqueiros em momentos históricos da vida nacional, como a Guerra de Canudos e o 2 de Julho na Bahia, e na expansão das fronteiras do país. Profissão se moderniza sem perder importância A importância dos vaqueiros e peões de boiadeiro para a economia nacional fica evidente na análise dos números dos rebanhos brasileiros (veja quadro). São esses personagens os principais responsáveis pelo manejo direto dos animais,

que fazem do Brasil o líder mundial em exportações de carne bovina, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, conforme informa o volume 38, de 2010, da pesquisa Produção da Pecuária Municipal, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A participação da agropecuária em 2010 no produto interno bruno (PIB) do Brasil foi de 5,8%, movimentando R$ 180 bilhões na economia nacional. O país exportou cerca de 17% da carne bovina e 26% da carne de frango produzidas em 2010 e é o quarto maior exportador mundial de carne suína. O documento do IBGE também revela que, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil é o segundo maior produtor mundial de carne bovina (atrás somente dos Estados Unidos), o terceiro produtor de carne de frango, o quinto produtor de carne de porco e tem a sexta maior produção de leite de vaca. Um novo panorama na discussão da regulamentação da profissão de vaqueiro é ainda despertado na análise feita pelo consultor legislativo do Senado Humberto Formiga. Referindo-se ao universo nordestino, Formiga afirmou que, hoje, a figura tradicional do vaqueiro está descaracterizada devido à evolução dos mecanismos de condução dos rebanhos e a uma nova configuração latifundiária, com a subdivisão das propriedades rurais. Segundo ele, a realidade do sertão é hoje de homens motorizados tangendo rebanhos, que são criados em pequenas propriedades. — A figura do boi fujão sendo dominada pelo vaqueiro típico atualmente cedeu lugar a administradores de rebanhos que usam as motos em pequenas extensões de terra. Essa configuração moderna, no entanto, não deixa de nos remeter aos trabalhadores, que precisam de regulamentação e regras claras para suas atividades — observou o consultor. Atividade tradicional inspira compositores e sonhos O termo “vaqueiro”, no Nordeste, designa não só o profissional que cuida de rebanho de gado, mas também o representante de uma cultura riquíssima, marcada pela indumentária de couro, o berrante e o aboio, indispensáveis a quem se dedica a essa arriscada atividade. O mais ilustre vaqueiro é Raimundo Jacó, primo de Luiz Gonzaga, que morreu em Serrita (PE) durante uma briga de foice com um companheiro que invejava sua competência e coragem, segundo a lenda. O Rei do Baião, além de compor a canção A Morte do Vaqueiro, também criou, com o padre João Câncio, a popular Missa do Vaqueiro, que reúne milhares de pessoas desde 1971. O local da celebração é o Sítio Lages, onde o corpo de Jacó foi encontrado em 18 de julho. Desde então, anualmente, no terceiro domingo de julho, vaqueiros de todo o Nordeste se encontram em romaria para renovar a fé. A celebração se assemelha a rituais católicos, com toques especiais: no lugar da hóstia, vaqueiros comungam com farinha de mandioca, rapadura e queijo, montados a cavalo. Mais de 1.500 vaqueiros participam da liturgia. Janaina Araújo e Pedro Pincer, Jornal do Senado, 08.10. 13

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Leituras V

Acopiara – Tia Nenem uma guerreira entre os Guilherme

Por J.B. Serra e Gurgel (*) Almerinda Gurgel Valente, rebatizada por Nenem por seu irmão Francisco, nasceu em 10 de outubro de 1894, na cidade de Quixeramobim/CE. Filha de Henrique Gurgel do Amaral Valente e Joana Gondim Valente. Almerinda era irmã de Francisco Gurgel Valente, Minervina, Antonia, Lidia, Dionisia, Mariinha, Perpétua, Henrique e Raimundo. Acompanharam até Lages os seus pais, ele, Henrique, fornecedor de mantimentos para os trabalhadores da Estrada de Ferro de Baturité, que se implantava de Fortaleza ao Crato. Chico Guilherme veio de Quixeramobim para Lages, filho de Chico Guilherme, de Tauá de uma família de 22 irmãos: Pedro, Francisco, Almerindo, Antonio, José, Nô, Elvira, Noca, Guilhermina, Francisca, Maria, Espirito Santo, Magdala,Teodolina, Julia e Donana, do 1º casamento e Francisco, Luiz, Geraldo, Deuzinha, Alice e Odete, do 2º. Alguns deles foram para Lages: Pedro que vendia garapa perto da estação, Almerindo que casou com sua prima Felicia, José (Zeca) retratista que ficava em Lages e Senador Pompeu, Marica, mãe de d. Urcezina, casada com José Marques Filho, Noca que casou com o veio Joca, morador de Chico Guilherme. As duas famílias Gurgel do Amaral Valente e Guilherme Holanda Lima ocuparam os espaços foram deixados pelos Lages, que deram nome ao lugar. Almerinda casou-se em 23.09.1911, com Francisco Guilherme Holanda Lima, mais conhecido por Chico Guilherme, comerciante, pecuarista, agricultor, empresário. Casamento oficializado pelo Padre José Coelho de Figueiredo Rocha, na Capela de Nossa Senhora do Pérpetuo Socorro, de Lages, então distrito de Telha,

hoje Iguatu, sendo testemunhas Antonio Castro e Antonio Henrique da Silva. Dizia-se que Henrique e Chico Guilherme dividiram mapa de Lages ao meio, e que sem, se imiscuirem na política, entregaram o poder político a outras famílias que foram chegando. Também consta que Henrique, menos atirado aos negócios, fora certa vez vereador em Telha,hoje Iguatu, representando a comunidade de Lages. Dessa união nasceram 14 filhos: Teodelina, Antônio Guilherme, Pedro Guilherme, Adelaide, José Guilherme, Maria, Rosmarie, Madalena, Terezinha, Luiz Guilherme, Francisco Guilherme (I), Francisco Guilherme (II), Raimundo Guilherme e Joana Gurgel Holanda (Janete). Como 14 filhos eram poucos, adotou como filho o jovem Alcebíades da Silva Jácome, que acabaria casando com a filha mais velha, Teodolina (Teó). Chico Guilherme abriu a primeira loja de tecidos com o nome Casa São Francisco, que ficava na Rua Manoel Ferreira Lima, lado sul do atual Mercado Central, depois abriu a primeira indústria de compra, venda e beneficiamento de algodão, a Usina São Francisco, localizada na Rua Santos Dumont. Ele e Nenem tornaram-se proprietários de várias fazendas de gado e plantio de algodão, caprinos, ovinos, eqüinos e gado de leite e abate, em Catanduva, segunda residência do casal para descanso nos fins de semana, recepção dos familiares e amigos para festas, almoços, confraternizações e reuniões de negócios. Chico Guilherme e Almerinda construíram a mais bonita casa de Acopiara, no estilo “art nouveau” na sua Santos Dumont, com forro e ventilação por baixo do assoalho, com muito espelho, cristais e água encanada, movimentada por um catavento que ficava no muro (quintal). A casa mais tarde foi alugada ao juiz de Direito, Candido Couto, e tia

Nenem foi morar na casa de sua filha Janete. No inventário ficou para a sua filha Adelaide, que foi casada com o prefeito Alfredo Nunes de Melo, e depois para seus herdeiros. No local, hoje, está o supermercado Albuquerque. Devota de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e de São Francisco, Almerinda o terreno para a construção da Casa Associação das Filhas de Maria, apedido de sua irmã, Lídia, para retiros espirituais onde as jovens solteiras se tornavam Filhas de Maria, usavam uma fita azul no pescoço com uma medalha de Nossa Senhora e outra fita mais larga na cintura igual as que tem na imagem de Nossa das Graças. Casadas, passariam para a Associação das Mães Cristãs, que existe até hoje. Almerinda gestionou para que Chico Guilherme doasse terrenos para a Igreja matriz, casa paroquial, praça, hospital,escola, correios, cemitério, o que feito com desprendimento. Janete lembra que Nenem foi Mãe de Leite de várias crianças, inclusive de seu sobrinho Agamenon Gurgel Pinheiro alimentando-o por um bom tempo e este passou a chamá-la de Mãe. Almerinda era muito querida pelos irmãos e sobrinhos, a que socorria nas suas necessidades. Não foi sem razão que emprestou dinheiro, sem juros,para que seu sobrinho, Nertan ,pudesse abrir uma casa comercial, a Casa dom Bosco. Em 29 de novembro de 1981, no Hospital e Maternidade Júlia Barreto, Nenem nos deixou, morrendo de morte natural aos 87 anos, na presença do médico Dr. Barbosa, de seus filhos Joana Gurgel Holanda e Luiz Gurgel Guilherme. (*) JB Serra e Gurgel, (Acopiara), jornalista e escritor, com Joana Gurgel Holanda (Janete, filha) e Idalmi Pinho Guilherme (neto) de Almerinda.

Maiores e Melhores, da Revista Exame, posiciona empresas e grupos empresariais do Ceará A edição especial de Exame Maiores e Melhores de 2013, que marca dos 40 anos da Revista e apresentou dados das 1000 maiores empresas brasileiras, mostrando vários dados sobre as empesas e grupos empresariais cearenses ou de cearenses. Análise/Grupos O Bic Banco aparece em 7º lugar entre os dez grupos que mais perderam em receitaentre 2012/2011 com variação de -13,9%. A Jereissati Participações entre os dez que mais perderam em lucro: - 76.7% A Grendene é a 4ª. entre as 20 menos endividadas com 11.2%, Está também em 18º entre as 20 maiores empregadoras, com 25.736 empregados É a 1ª, empresa entre as 20 maiores por liquidez geral com índice de 7,.70 É a 83ª. empresa entre as 100 maiores de capital aberto, com valor de mercado de R$ 4.959 milhões (US$ 2.427 milhões) As 500 Maiores em vendas A Pague Menos, de Fortaleza, (varejo) está entre as 500 maiores empesas em vendas do Brasil , no 154º lugar (160º em 2011), com R$ 3.236,6 milhões, 15.414 empregados No Nordeste, à frente da Pague Menos estão duas empesas privadas: Ale, de Natal/RN (atacado), com R$ 9.245,.6 milhões, 1.159 empregados,2 e a Suzano, Salvador/BA (papel e celulose) com R$ 5.142,7 milhões , 6.232 empregados. A Pague Menos está em 33º lugar entre as 50 maiores empresas do comercio, por vendas.Em 2011, fora a 34ª. A Coelce. de Fortaleza, (energia) está em 166º lugar, (172º em 2011) com R$ 2.985,0 milhões, 1.254 empregados. A Coelce tam bém aparece em 48º lugar entre as 50 maiores empresas de serviços.

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Figura ainda como a 37 ª empesa entre as 50 mais Produtivas. M. Dias Branco , do Eusébio, (bens de consumo) em 190º (270º em 2011), com R$ 2.630,6 milhões, 12.622 empregados. A M.Dias Branco aparece como a 44ª; empresa entre as 100 maiores de Capital Aberto (63ª. em 2011), .com o valor de venda de mercado de R$ 8.859 milhões, US$ 4;335 milhões A Grendene, de Sobral, (têxteis) em 279º (319º em 2011), com R$ 1.885,3 milhões, 25.736 empregados. A Norsa, de Fortaleza, (bens de consumo) em 355º (371º em 2011) com R$ 1.462,6 milhões, 5.507 empregados. J. Macedo, de Fortaleza, (bens de consumo) em 395º (369º em 2011) com R$ 1.255,0 milhões, 4.068 empregados RM Telecom, de Fortaleza, (telecomunicações) em 413º (em 2011 estava fora do ranking) com R$ 1.175,6 milhões Três Corações, do Eusébio, (bens de consumo), está em 458º (em 2011 estava fora do ranking) com R$ 983,5 milhões. Vicunha . de Maracanaú, (têxteis), está em 459º ( 450º em 2011). com R$ 983,1 milhões, 6.704 empregados. As mil maiores empresas em vendas Cagece, de Fortaleza) (serviços) está em 522º (523º em 2011) com 849,9 milhões, 1.210 empregados. A Cagece aparece também como a 48ª empresa estatal por vendas Esmaltec, de Maracanaú, (eletroeletrônico), em 539º (595º em 2011) com R$ 810,4 milhões, 3.721 empregados. Newland, Fortaleza, ( varejo) em 556º (não estava no ranking de 2011) com R$ 785,6 milhões, 683 empregados. Vulcabras/Azaleia, Horizonte, (Texteis), em 692º (609º em 2011), com R$ 602,9 milhões, 12.138 empregados. Endesa (Caucaia), (energia), em 751º (819º em 2012),

com R$ 541,1 milhões Nufarm, de Maracnaú (química e petroquímica) em 804º (829º em 2012), com R$ 496.4 milhões. Dass Nordeste, Itapipoca, (têxteis) em 875º (não estava no ranking em 2012) com R$ 438,7 milhões, 8.825 empregados. Moinho Cearense, Fortaleza, ( bens de consumo), 965º ( 919º em 212), com R$388,9 milhões, com 259 empregados. Entre os 200 maiores grupos empresarias aparecem Jereissati Participaçõs Em 73º lugar (69º em 2011) empresas controladas Jereiassati Telecom, Iguatemi Empesa de Shopping Centers e OI., com vendas líquidas em R$ 5.304.991 mil reais, 146 mil empregados e 114 empresas de telecomunicações e serviços: Bic Banco em 132º lugar (106º em 2011) empresas controladas BIC Arrendamento Mercantil, DTVM., Informática, Administração de Cartão de Crédito, Sul Financeira, com vendas líquidas de R$ 2.810.222 mil reais Grendene, de Sobral, em 170º lugar (185º em 2011) empresas controladas Grendene, MHL LCalçados, Grendene Argentina e Grendene/USA,com vendas líquidas de E$ 1,941.678 mil reais e 25.962 empregados. Tres Corações, de Eusébio, em 175º lugar ( 177º em 2011), grupo brasileiro-holandes, empresas controladas Café Três Corações, Principal Comércio e Indústria de Café, e coligadas: Três Corações Imóveis Armazens Gerais e Serviços, com vendas líquidas de R$ 1.870.740 mil reais e 4.038 empregados. Aço Cearense, de Fortaleza, em 185º lugar ( 183} em 2011), empresas controladas : Aço Cearense Comercial, Aço Cear4ense Industrial, Sinobrás, Samara Participaççoes e Empreendimentos, AC Serviços. WMA Trade Importação e Exportação ,com vendas líquidas de R$ 1.756.825 mil reais e 446 empregados.

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Leituras VI

Pequenas mágoas de um grande megalomaníaco Por Marcondes Sampaio (*) Eu, que já dei nó em pingo d’agua Escalei o tenebroso Himalaia Cruzei o cosmo em disco-voador E desvendei segredos incas e maias Hoje ainda guardo pequenas mágoas Como não ter encarado o Aconcágua Em asa-delta ou no dorso de um condor Não ter explorado o planeta zaia E, na intensa militância revolucionária Tem rompido com Fidel, Chê e La Passionária Na música, sem o aval baiano e até boicotado Por certa crítica agregada – mais amargor Deixei, injustamente de ser consagrado O que de fato sempre fui – genial compositor. Pai, nos livrai da depressão Pai nosso que estás no céu Perdoai minha pretensão E não lhe pareça infiel Mas sugiro que na bela oração Substitua-se o não cair em tentação Por nos livrai da depressão Que, como metástese cruel E terrível mal, insidioso fel Da nossa decadente civilização. O Bis...Horas depois Já sob a pena eterna No alto da serra No meio do caminho Havia a bela Eva Deitada da relva Cabelos em desalinho Sorriso que enleva Em voz suave, terna Provocaca o baixinho Vem de novo adãozinho Aproveita a primavera Que o paraiso aqui já era Poda Desde a infância até os sessenta Acumulei alguns mins em mim Agora, já a beira dos setenta Procuro o Eu comigo mais afim Tirando máscaras postas em mim Dores indolores Minhas tantas dores São no âmago diluídas Exangues, incolores Reprimidas, contidas Dores indolores No corpo/alma enrustidas. (*) Marcondes Sampaio (Uruburetama), jornalista e poeta.

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Artes Plásticas

Estrigas comemora suas noventa e três aquarelas

A exposição que será inaugurada nesta quarta-feira, no Museu de Arte da UFC, marca o aniversário do artista No sítio que ladeia uma linha férrea, em meio à confusão de moradias e ao trânsito desordenado do Mondubim, ao longo de mais de 50 anos no local, Estrigas cultiva junto a sua companheira, Nice, o isolamento necessário à leveza e serenidade de suas criações. Lá, instalou também a antena que desde então capta e registra em artigos, livros e no acervo de seu Mini-Museu Firmeza a trajetória da produção das artes plásticas cearense. Aos 93 anos, a serem completados nesta quarta-feira, dia 19, Nilo de Brito Firmeza, como é formalmente batizado, traz ao público um número correspondente à idade em aquarelas. Centelhas da maturidade e criatividade de um artista que segue atento e atuante em sua dedicação à arte. Obra inédita que Estrigas expõe, a partir de hoje, no Museu da UFC fotos: Francisco Sousa A festa de aniversário - e abertura da mostra - será de 18 às 21h no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC), com apresentação das aquarelas. A mostra tem curadoria do pesquisador, jornalista e escritor Gilmar de Carvalho. As obras pertencem a uma leva recente de suas criações e trazem as marcas estilísticas de um artista que segue recriando e apurando sua arte. À moda antiga. A paisagem, ao contrário do que se pensa, lhe serve apenas de morada e molde ao espírito tranquilo e introspectivo que lhe cabe. Na hora de criar, é dentro de uma pequeno quarto, que ele denomina “Cadeia”, em alusão a porta de grade pesada que dá acesso ao local, onde ele busca inspiração. “Pintura é toda interior, sai espontaneamente. Muita coisa eu tinha um começo e, do começar, a criatividade tomava conta”, revela sobre o processo criativo em suas horas de isolamento na Cadeia. Nilo Firmeza, o Estrigas, durante seu processo criativo: à técnica, explica, associa criatividade e intuição de forma a atualizá-las com valores e elementos contemporâneos em seus quadros As aquarelas, explica Estrigas, lhe dão a comodidade de trabalhar sem muito operacional, sem o espaço e luz que exige, por exemplo, a pintura à óleo. Nos quadros, alusões a paisagens, elementos da natureza e silhuetas humanas são como pontos de intercessão entre o figurativo e o abstrato que servem a Estrigas como libertadores da imaginação do público. “Coloco elementos que quem olha pode fazer qualquer associação com o que está dentro da sua cabeça, chega um vê uma coisa, chega outro vê outra coisa. Vai se associando a maneira de cada um ser. Faço uma forma humana, mas não é o Zé, nem o Pedro, nem o Antônio. Então pode ser o amigo de quem está olhando”, ilustra, com clareza simplicidade. Contemporâneo Iniciado nas artes, na década de 1950, na escola livre de artes plásticas da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP), Estrigas guarda em sua técnica o conhecimento estético das escolas e vanguardas do século XX, o cubismo, o abstracionismo, o concretismo. Para

ele, estudos essenciais à formação de todo artista. À técnica, explica, associa criatividade e intuição de forma a atualizá-las com valores e elementos contemporâneos em seus quadros. “Eu procurei colocar valores do momento. Levando em conta que sejam valores artísticos. Eu pego, dentro de uma forma mais livre, mais criativa, e coloco qualquer outro valor. Um valor formal, um valor estético”, pontua. Afeito às discussões sobre artes visuais e com um trabalho que se confunde à própria história das artes plásticas cearenses, constantemente faz ponte entre seu trabalho e o que se fez ao longo da segunda metade do século XX, no Estado. Estrigas lembra propostas como a de Mário Barata, de uma Arte Ceará, característica do Estado, “coisa que é muito difícil”, questiona. Contribuições de seus contemporâneos, que, já nos anos 1950, ensaiavam estéticas pós-modernistas. Da geração que sucedeu a sua, com nomes como Odécio Medeiros, Roberto Galvão e Cléber Ventura, “que se interessou pelo profissionalismo na arte, enquanto a nossa geração era totalmente desligada”. “Você deve aprender, ter os conhecimentos necessários para fazer, de técnica, de cor, de forma, de tudo”, recomenda, e continua, “mas na hora que for fazer, esqueça e deixe a coisa sair como se fosse intuitivamente. Eu sempre faço dessa maneira. Deixo sair. Tem uma criatividade nesses trabalhos que não são criatividades preconcebidas. É a criatividade da intuição”, revela. Alfinetadas Desafeito ao oba-oba que se faz atualmente diante da chamada arte contemporânea, Estrigas exercita seu lado crítico e atualiza seu olhar sobre as artes plásticas cearenses. Para ele, um terreno fértil, com centenas de artistas produzindo e repleto de facilidades, para se pintar, para se expor, para se divulgar a arte. Na contramão disto, questiona, é também um terreno fértil para a falta de talento e conhecimento de artistas acomodados. “Tem coisas que se faz hoje em nome de uma arte de vanguarda que já foi superado na época do Centro de Artes Visuais, da Casa de Raimundo Cela”, diz. O artista dirige suas críticas mais vorazes ao Salão de Abril, mostra que teve sua 60ª edição realizada este ano homenageando o próprio Estrigas. “A primeira exposição que fiz foi no Salão de Abril. Eu expus como aluno de desenho e pintura da SCAP. Um ano ou dois depois, eu estava expondo concorrendo ao Salão. Participei concorrendo muitas vezes, participei em sala especial, participei também como parte do júri, como presidente da SCAP e acabei escrevendo um livro sobre o Salão de Abril”, destaca, sobre sua relação com a mostra. Para ele, no entanto, o Salão de Abril vem incorrendo em dois erros primordiais: primeiro, pelo pequeno número de participantes por edição e, dentre eles, uma parcela ainda menor de cearenses. “Fortaleza tem centenas de pintores e participa com dois, porque o resto é convidado de fora. Só para dizerem que é um salão nacional”, questiona. Fabio Marques, Reporter do Diário do Nordeste

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Leituras VII

Ouçam, poetas do Ceará, filhos do sol!

Jarbas Junior (*) Sempre fiz esta experiência desde que me sei poeta. Pegava Camões, Castro Alves, Vinícius de Moraes, Olavo Bilac e lia para o povo na rodoviária de Fortaleza, no mercado, no Centro Cultural Dragão do Mar, na fila de ônibus, na praia de Iracema em pleno domingo, lia não, declamava na alma estereotipada das garotas de programa de auditório, de ouvido no celular, de pregar pôster de galã de telenovela na porta do guarda-roupa, moças de mentalidade sonhadora, moças de coração profundamente piegas e tão românticas, as meigas moreninhas e Lucíolas do Brasil, declamava o que há de mais amor passional, lírica confissão entre lágrimas e suspiros apaixonados, do poeta das estrelas e das pedras de Quixadá, “ora direis ouvir estrelas”, inania verba ou o soneto da fidelidade ou adormecida. E amor é fogo que arde sem se ver; elas gostavam, sorriam enternecidas. Pois os poemas combinavam com o estado de espírito delas; almas desprovidas de leituras, de refinamento intelectual; tão rasas como a maré baixa da praia do Futuro... A química da poesia é vinho de lágrimas que embriaga a alma. O povo, o mundo, a vida de relação somente têm sentido porque a poesia existe no violão, no livro, no ouvido gentil da musa inspiradora. Pois sem poesia nada nós somos de essencial. Uma paixão inútil, cérebros rústicos. Estômagos respirando. Sobrevivência apenas. Pedras que vivem em prédios aglomeradas em cidades. Ávidos instintos imediatistas. A poesia revela a linguagem da nossa imortalidade. Quando me detenho sobre o Romantismo literário, a falange luminosa, aquela festa de estrelas-cadentes nos céus do Século XIX, fico perplexo e admirado, tantos gênios da poesia ao mesmo tempo coexistindo, sementes da Parábola do Semeador em profusão, tão poucos somente conseguiram germinar em solo fértil, quantas floresceram entre espinheiros do próprio egoísmo narcisista ou cresceram sufocadas pelas vaidades e modas literárias. Poetas siderais que desceram à floresta escura da incerteza e da dúvida, muitos perdendo a esperança, vinham para falar do reino dos céus em discursos de rara sensibilidade psíquica e só fizeram aumentar o dilúvio de lágrimas, mágoas, aflições e amargura. Praticaram a poesia de Judas, trocaram por trinta dinheiros, os ditames de Jesus. Decepcionaram as mais belas esperanças do mundo. Preferiram a ignorância petulante, o obscurantismo da ironia hipócrita e descrente. Cinzelaram poemas comovedores, mas em forma de Bezerros de Ouro. Cultivaram flores pérfidas de beleza assombrosa e de perfume letal. Emocionaram, sensibilizaram, fascinaram multidões como cegos guiando cegos para o abismo voraz da incredulidade. Renegaram o que é bom e belo, cantaram a escuridão quando tudo era luz. Tinham vindo para suspender o Véu de Ísis, elucidar os Mistérios de Delfos e faliram iludidos por troféus e aplausos dos inimigos do Evangelho. Eram poetas intérpretes celestiais das vozes dos arcanjos e desperdiçaram a oportunidade. Todos dotados de grande capacidade mediúnica, apóstolos do sol, oragos de Elêusis, a maioria perdida para a poesia Divina, seduzidos pelo mal do Século, pelo complexo de Lúcifer, nostálgicos do mórbido Paraíso Perdido, angustiados pela própria grandeza, ofuscados pelos relâmpagos transcendentes da própria luminosa inspiração intuitiva. Que desperdício dantesco! Preparariam através da legítima poesia, terreno propício à semeadura das luzes eternas do Evangelho redivivo. Mas choraram demais suas próprias lágrimas introspectivos e egocêntricos. Fico atônito, às vezes, relendo esses arautos da poesia romântica. Trocaram a mais bela e providencial chance de fazer poesia eterna em grau maior, por ecos de Sodoma e De Gomorra, abafaram o som das trombetas de Jericó que derrubariam para sempre as muralhas do materialismo agnóstico. Optaram por poemas doentios e melodramáticos de falso aplauso à época. Vozes de trovão afetadas de melindres íntimos, débeis e tímidos, que avalanche de talento e ímpeto descendo inútil a montanha mágica. (*) Jarbas Junior (Fortaleza) poeta e escritor

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Cultura Popular

Quintino Cunha, o Pai do Canelau

José Quintino da Cunha * Itapajé, 24 de julho de 1875 ; + Fortaleza, 1º de junho de 1943 Foi advogado, escritor e poeta cearense. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Ceará em 1909, e a partir de então começou a exercer a profissão de advogado criminalista. Foi deputado estadual na década de 1910, mas logo desistiu da carreira de político e encabeçou a campanha do Bode Ioiô para Vereador de Fortaleza, fazendo o animal tirar votos suficientes para ser eleito, caso possível fosse. Ficou bastante conhecido por seu estilo irreverente e carismático, também lembrado pelas anedotas que contava. É tido como o mais lendário de nossos humoristas literários, o maior de nossos poetas cults. Excêntrico sem ser snob. Feio mas cativante. Eternamente esquecido, sempre resgatado, figura ao lado dos grandes mestres do improviso literário ferino, como Bernard Shaw, Quevedo e Swift, sendo considerado pelo crítico Agripino Grieco “o maior humorista brasileiro de todos os tempos”. Menino ainda, Quintino Cunha foi convidado a passar uns dias das suas férias na casa de dois coleguinhas de colégio. Convite aceito, viajou até a casa combinada onde deveria hospedar-se por alguns dias, com os convidantes anfitriões. Lá chegando, não encontrou os colegas que haviam viajado para outro destino, sem deixar recado. As tias idosas dos meninos, donas da casa, convidaram-no a ficar e aguardar a chegada dos seus sobrinhos. Quintino não se fez de rogado e ficou, aceitando o convite! À noite não lhe ofereceram jantar e nem café, ou almoço no dia seguinte. Ele matou a fome com as fruteiras do quintal. Resolveu ir embora dali e o fez, deixando um bilhete sobre a mesa: “Adeus casinha da fome, Nunca mais me verás tu Criei ferrugem nos dentes E teia de aranha no cu.” Já célebre advogado, a fama de Quintino Cunha era grande no Nordeste. Tinha havido um crime no interior da Paraíba, onde pai e filho assassinaram um adversário político. Para defendê-los, convidaram o célebre causídico. Este fez a defesa com muita propriedade conseguindo a absolvição dos réus. A cidade fez festa de comemoração pela semana, hospedando Dr. Quintino no melhor hotel. Sua fama correu rápida por todo o município e o feito atingiu proporções. Eis que surge no hotel um humilde casal dos sítios afastados. O marido dirigiu-se ao advogado expondo-lhe o desejo de um desquite, em face dos desentendimentos do casal. Dr Quintino então pergunta-lhe se este possui algum bem, alguma propriedade. - Não doutor, eu nada “pissuo” e trabalho alugado, em sítios alheios. Vira-se para a esposa e faz-lhe idêntica pergunta, vindo a resposta: - Doutor, pra que a verdade lhe seja dita eu ainda tenho menos que ele. Dr. Quintino respondeu-lhes em versos: “A questão é muito tola!

Aqui mesmo, eu os desquito. Fique ele com sua rola E ela com o seu priquito.” Conhecido e até hoje contado pelos frequentadores da Praça do Ferreira, o causo da defesa do deficiente físico conhecido apenas como Francisco, apelidado de “Chico Mêi Cu”, foi uma das mais famosas proezas de Quintino Cunha. Conta-se que nos idos anos 20, um pobre deficiente físico, sem pai nem mãe, sem eira nem beira, mancava pelas ruas do Centro da pequena Fortaleza, onde fazia os biscates que lhe davam o pouco para o sustento. Encabulado, quieto e calado, aparentava não dar importância ao canelau que mangava à sua passagem: “Chico Mêi Cu!”, “Chico Mêi Cu!”, “Chico Mêi Cu!”. Foram anos de chacotas. Certa feita, num ato de cólera, Francisco fez uso de uma peça perfil-cortante que transportava, e ceifou a vida de um de seus mais ferrenhos mangadores. Foi detido e de imediato levado à cadeia pública, onde ficou por um tempo aguardando julgamento. No dia do juízo, atendendo às súplicas dos que rogavam pela libertação de Francisco, em defesa deste, fez-se presente diante do Júri o renomado advogado Quintino Cunha. Após as interlocuções vigorosas da promotoria, que pedia condenação com pena máxima para o réu, o Juiz deu a vez da defesa, à qual Quintino deu início: - Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu tenho a dizer que... (Pausa). Após alguns segundos de pausa, ele repete: - Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu tenho a declarar que... (Nova pausa). Após os novos segundos de pausa, ele torna: - Meritíssimo Juiz, Ilustríssimo Doutor Promotor, Respeitabilíssimos Jurados. Em defesa de Francisco eu poderia falar que... De imediato o Juiz esbraveja: - MAS QUANTA DEMORA! O SENHOR IRÁ OU NÃO DAR INÍCIO À DEFESA? Ao que Quintino replica: - Repare só, Meritíssimo: Não faz sequer um minuto que eu só me dirijo a vós de forma respeitosa, e já provoquei vossa inquietação. Agora imagine Vossa Excelência, o que deve ter passado pelas idéias do pobre Francisco, após todos esses anos de achincalhamento e mangoça pública. Seguindo, Quintino Cunha deu continuidade ao discurso de defesa. E com toda a eloquência e poder de convencimento que lhes eram peculiares, conseguiu a absorvição do réu. Saiu do tribunal carregado nos braços por seus amigos, rumo ao botequim mais próximo. Hoje, a maioria dos cearenses não sabe que foi Quintino Cunha. Nem mesmo os moradores do bairro que leva o seu nome o conhecem. Por isso é importante o repasse deste e-mail, para que a memória do precursor da molecagem cearense não caia no esquecimento. Viva a irreverência cearense! Viva Quintino Cunha!

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Casa do Ceará quer convenio de cooperação e estagiários do Uniceub

Em 28 de agosto de 2013, o presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, acompanhado da Superintendente, Antonia Lucia Guimarães e da Assistente Social, Ivete Simonette do Amaral, foi até o UNICEUB para uma reunião com o Reitor Getúlio Lopes, quando foi recebido e lhe entregou pedido de Convênio de Cooperação Técnica e Científica entre a Casa do Ceará e o UNICEUB, para que estagiários da Universidade nas áreas de Nutrição e Enfermagem possam atuar na Casa do Ceará, possibilitando apoio ao trabalho social da instituição. Osmar destacou o elevado nível de entendimento entre a Casa e o Uniceub, mensalmente expressso pelo apoio da instituição à produção deste jornal. Assinalou que por ocasião da entrega de titulo ao Reitor Getulio Lopes, este mesmo recordou a ação social desenvolvida por sua mãe na Casa do Ceará. Mais recentemente, em 8.10, o Reitor Getúlio Lopes encaminhou uma equipe de profissionais acadêmicos da universidade para uma visita à Casa do Ceará para avaliar o pedido da entidade e a possibilidade da firmação do convenio, quando foram recebidos pelo Presidente Osmar

Alves de Melo e pelo diretor de Administrativo - Financeiro, Evandro Pedro Pinto, e que apresentaram a todos as necessidades e carências da Casa que, em parte, poderiam ser supridas através de estagiários do Uniceub. Estiveram presentes na visita à Casa do Ceará: Diretor Acadêmico: Carlos Alberto da Cruz, Professora Dalva Guimarães dos Reis, Dr. Mário Lúcio, Coordenadora do Curso de Biomedicina - Professora Fernanda Vinhaes, Coordenador do Curso de Ciências Biológicas Professor Cláudio Cerri,

Presidente da Casa do Ceará e o Diretor Acadêmico do Uniceub

Coordenador do Curso de Educação Física - Professor Marcelo Boia, Coordenadora do Curso de Enfermagem Professora Rosângela Jaramillo, Coordenadora do Curso de Fisioterapia - Professora Renata Rebouças, Coordenadora do Curso de Geografia - Professora Satsuqui Wada, Coordenador do Curso História - Professor Deusdedith Junior, Coordenadora do Curso Letras - Professora Cátia Regina Martins, Coordenador do Curso Medicina - Professor Luzitano Ferreira, Coordenadora do Curso Nutrição - Professora Karina Aragão, Coordenadora do Curso de Psicologia - Professora Simone Roballo Osmar Alves de Melo assinalou que a Casa deseja o convênio com o Uniceub para reforçar o atendimento na Pousada Chrisantho Moreira da Rocha que é razão de existência da própria Casa, há 50 anos, e que tem se empenhado em oferecer atendimento de elevado padrão, mesmo em condições modestas de suas instalações. A cooperação prepararia a Casa para o futuro quando, na nova sede, disponibilizará de instalações de primeiro mundo e terá capacidade para receber 64 idosos. “Estamos voltados para o futuro”, disse.

mkt.nacionalgás

Energia que faz parte da nossa vida.

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Cumprimentos pelos 50 Mauro Benevides: anos da Casa do Ceará 50 anos da Casa do Ceará

Do Governador do Ceará, Cid Ferreira Gomes: “Agradeço a gentileza do convite para participar da solenidade de 15 de outubro de 2013, que marcará os 50 anos de fundação da Casa do Ceará em Brasília, obra referência da cearensidade no Distrito Federal, à qual, infelizmente não foi possível comparece, em razão de compromissos previamente agendados para a mesma data. Atenciosamente”. Do ex-Governador Lúcio Alcântara: “Caro Osmar, recebi seu convite para receber homenagem da Casa do Ceará por ocasião da celebração dos 50 anos de fundação. Ao tempo emque era Deputado Federal consegui junto ao meu amigo, então ministro da Educação, JOrge Bornhausen, o ginásio esportivo que tenho certeza tem prestado excelentes serviços a comunidade atendida pela Casa. Foi uma reivindicação de nossa saudosa presidente Mary Calmon. Gostaria muito de comparecer à festa para participar desse importante momento da vida da instituição. Infelizmente4 no momento não será possível Estarei representado por minha irã Lília Alcântara França que reside em Brasília. Parabenizando a todo diretoria, e lembrando a memória dos fundadores, auguro um contínuo sucesso para essa organização que eleva bem alto o nome do nosso Estado. Cordialmente”. Do ex-Governador Gonzaga Mota: “Estimado dr Osmar: Fiquei muito honrado em receber da diretoria da Casa do Ceará, convite para participar da solenidade de lançamento do livro 50 Anos da Casa do Ceará em Brasília, oportunidade em que serão também, com justiça, homenageados os seus 26 fundadores. A Casa do Ceará, exemplo de pioneirismo, faz parte da história do nosso Estado, vez que muitas decisões político-administrativas lá foram tomadas, bem como vários benefícios continuam sendo prestados aos cearenses e aos irmãos de outros Estados. Nesse momento de alegria, externo à Diretoria da Casa do Ceará e ao grupo empresarial M. Dias Branco, na pessoa de seu presidente Ivens Dias Branco, meus sinceros cumprimentos pela iniciativa cultural de publicar o mencionado livro. Por sua vez, pelo desculpas, de todo coração, em não poder comparecer ao grande evento por motivos de saúde, desejando pleno sucesso. Abraços do cearense” Do ex-deputado Humberto Bezerra “Sensibilizado, agradeço de coração a honrosa distinção em fazer parte da história desta tão significativa instituição, tendo o meu nome laureado no livro dos fundadores. Lamentando não poder comparecer por motivos superiores, aceite meu forte abraço”.

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“Desde ontem, a CASA DO CEARÁ, sediada em Brasília, vem promovendo eventos para registrar o transcurso de meio século de existência, com relevantes serviços prestados aos conterrâneos aqui radicados, bem assim todos os demais que demandam os apoios essenciais daquela modelar entidade, hoje exemplarmente presidida pelo procurador OSMAR ALVES DE MELO, que, ali, empreende dinâmica gestão, timbrada por importantes iniciativas, com o apoio de seu vasto quadro social. Ontém, por exemplo, num jantar festivo foi homenageado o industrial IVENS DIAS BRANCO, que há generosamente contribuído para que os encargos assistenciais e o Departamento Cultural sejam mais presentes ainda, no amparo aos que buscam ajuda de tão prestigiosa entidade. Hoje, às 10 horas, a Câmara Distrital promoveu Sessão Solene, sob a presidência do deputado Chico Leite, para realçar a efeméride, com a presença dos legisladores, dos dirigentes do Sodalício, além de mim próprio, Sócio Benemérito, com vinculo tradicional à Capital da República, já que, aqui, cheguei em 1975, por força de Mandato Senatorial, que me foi outorgado pelos meus conterrâneos na batalha de 15 de novembro do ano anterior, formando, com mais quinze colegas, a legião dos escolhidos para lutar, acima de tudo, pela normalidade institucional do País. Ressalte-se, por oportuno, que na condição de Presidente da Comissão do Distrito Federal fiz a entrega, sob aplausos, a 1º de Janeiro de 1991, da CHAVE simbólica daquele Legislativo, ao menos jovem dos eleitos, deputado JOSÉ ORNELAS, em sessão levada a efeito no Auditório Petrônio Portela, nas dependências do Senado Federal, com a presença do governador eleito, Joaquim Roriz. Posteriormente, como Vice-Presidente da Assembleia, na Constituinte, coube-me proclamar, após brilhante votação, a AUTONOMIA do DISTRITO FEDERAL, o que me tornou – segundo alegado – merecedor do titulo honorifico de Cidadão Brasiliense, galardão que laureará sempre a minha vida pública, compelindo-me a permanente identificação com a comunidade local. Parabéns, pois, à Casa do Ceará, a quem os brasilienses passaram a dever inestimáveis benefícios no campo social cultural e esportivo. Mauro Benevides Deputado Federal Pronunciamento feito em 16,10.2013

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Página da Mulher Regina Stella (*) Guardo, nítida, na memória, a visita a Panmujon, há alguns anos. Linha divisória entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul, vivia a península asiática em permanente tensão, na expectativa de um confronto iminente. Cheia de medo, o coração batendo acelerado, assinei, na zona desmilitarizada, um.documento de que ninguém assumiria a responsabilidade por qualquer ato,qualquer fato que pudesse ameaçar a minha integridade.Estava ali, por livre e espontânea vontade. Atenta ao menor ruído, os olhos percorrendo, rápido de um lado a outro a estrada, aguçada a visão, buscando possíveis vultos se esgueirando por entre o arvoredo, custava-me acreditar na paisagem que eu via, fios de arame farpado enrolados ao lado do caminho, formando barreiras, e pilhas de saco de areia, como trincheiras em tempo de guerra.Em Panmunjon, separando as duas Coréias, apenas um meio fio de concreto correndo no chão, aparentemente, mas era conhecimento do mundo inteiro que uma fronteira fortemente militarizada dividia o país em dois, impedindo todo e qualquer contato, toda e qualquer comunicação entre norte e sul. Eu podia ver algumas edificações um pouco distante, mais no alto, onde pelas minúsculas janelas, de prontidão, vigias montavam guarda, ostensivamente armados.Á minha frente, a poucos metros, lembro-me da fisionomia do soldado norte-coreano, visivelmente hostil a nos fitar, de metralhadora em punho, atento a um gesto nosso que pudesse ser considerado agressivo. Tínhamos sido prevenidos de que não devíamos sorrir, nem acenar, não expressar nenhum gesto que demonstrasse rancor ou simpatia. Para evitar qualquer animosidade deveríamos ignorar, por completo, a sua existência, a sua presença, a sua atitude hostil e a sua arma voltada para nós, como se fôssemos um provável alvo. A cena parecia de ficção, um país dividido, inimigos se olhando

Bar dos Cunhados Pedro Prado e Paulo Prado Donos (Hidrolândia). Garçons: Raimundo Vieira(Viçosa do Ceará), Edmilson Bezerra,(Poranga), Johnson de Souza e Raimundo Pacheco (Santa Quitéria). CLN 115 BL B lj 21- Asa Norte - 70772520 - Tel (61) 3274-7805. Coco Bambu – Frutos do Mar Gerente Geral Eilson Studart (Fortaleza) SCES Trecho 02, Conjunto 36, Parte CÍcone Parque/ 70200-002 - Tel. 3224-5585 Brasília Shopping SCN Qd 05 BL.A , 70715-900 - Tel 3038.1818 Baby Beef Rubaiyat - Brasília Maitres: José Itamar Ferreira Gomes (Acaraú) . Manuel Adilson Rodrigues (Jijoca) e Silva (Ubajara) garçons Luis Neto Alves Sobrinho (Acopiara), Antenor Neto Rodrigues (Ibiapina), bar-men; Donizetti Ferreira Chaves (Ibiapina), Hernandes Freitas (Jijoca), Gleison Ferreira da Silva (São Benedito) . Recepcionista Viviane Bezerra da Silva (Ipueiras). SCES – Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 1, lote 1 A - Asa Sul - Tel 61. 3443.5000 Bela Cintra Maitre Luciano Rodrigues (São Benedito) Chefe deCozi-

Acenos de esperança acintosamente, e nós, do Ocidente, simplesmente presenciando a cena. Se eu desse um passo à frente, estaria invadindo o território inimigo, a Coréia do Norte, com todas as implicações que o gesto poderia acarretar. Alguns meses antes, na zona desmilitarizada, norte-coreanos tinham assassinado a pauladas, ali perto, dois oficiais americanos que comandavam uma patrulha da força de paz da ONU e que cumpriam ordens de podar os galhos de uma árvore, em lugar estratégico. Olhando o local da tragédia, medrosa, eu supunha estar sendo observada por mil olhos, invisíveis, que à distância me espreitavam. Convencera-me de que, embora a poucos quilômetros de Seul, a capital, eu pisava um dos pontos mais perigosos do mundo! Quando a guerra entre a Coréia do Norte e a Coréia do Sul que durou tres anos, de 1950 a 1953, acabou, dividindo definitivamente o país, e Panmunjon se tornou a zona desmilitarizada, a luta teve fim, mas a tragédia persistiu,com a dolorosa separação de pais, filhos, irmãos, amigos, famílias inteiras proibidas de se encontrarem, de se visitarem, de se corresponderem, inteiramente destroçadas. Convivi com os sul-coreanos, afáveis, cordiais, vi pais, mães, numa manhã de domingo, num parque muito arborizado, lindo, cercados de crianças, comprando sorvete, guloseimas, em grande euforia, adolescentes, jovens usufruindo de um dia luminoso de outono . O universitário com quem conversei, tão bem falando um português que me surpreendeu, sabia cantar várias músicas de Roberto Carlos, também romântico e apaixonado. E numa escalada ao Mont Sorak, belíssimo, cheio de templos milenares e lugares históricos, vi dezenas de jovens caminhando de braços dados , cheios de entusiasmo, cantando linda melodia.Curiosa, indaguei do sentido dos versos, e emocionada, soube que exaltavam a esperança , de num dia no futuro que certamente haveria de chegar, poderiam como amigos e irmãos, coreanos do norte, coreanos do sul se darem as mãos, num tempo de

Os Cearenses na Cozinha de Brasília nha - Francisco Alves (Acaraú) SHCS Quadra 105, Bloco D Conjunto 35 0 Asa Sul - Tel. 3242-4005 Beirute Sul Proprietário Francisco Martins (Ipu) SCLS109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717 Beirute Norte Maitre Bartolomeu Martins (f.cearense, Brasilia) Fred SCLS 405 Bloco “B” Loja 10 – Asa Sul/ 3443 1450 Gero Gerente Celio Freitas (Hidrolândia) SHIN C04 Lote A Loja 22 Térreo Iguatemi 3577 5522 8110 0209 Galeteria Beira Lago Proprietário João Miranda Lima (Ipueiras) SCES Trecho. 02 conjunto 33, ao lado do PIER 213223 7700 Carneiro e Picanha MaitreZequiha Boto Ordonez (Reriutaba) cozinheiro, Francisco das Chagas (Sobral), garçon, William Chaves (Pedra Branca), SCLN 216 bloco “D”, lojas 34/46 - Asa NorteTel3340 9900 Ki Filé Maitre – Maitre,Roberto Cavalcante (f.Cearense), Chefe

paz, sem tensão e sem medo. Tantos anos de separação, de dor e ansiedade, muitos devem ter morrido sem realizar o sonho de rever e abraçar os eleitos do coração. Mas no Dia da Libertação, num 13 de agosto que já vai longe, para alguns teve vez o esperado futuro.Foi permitido que duzentos coreanos, cem de cada Coréia, pudessem atravessar a fronteira e tentar rever seus familiares durante alguns dias ! Depois de anos de saudade, as cenas foram culminantes, tamanha a emoção.Entre momentos de tensão, de medo e pranto, a alegria do encontro. A expectativa buscando nos rostos marcados, alguns já cheios de rugas, envelhecidos, o filho que era pequenino, a mãe que conhecera tão jovem! O abraço era uma contorção de amor, uma explosão de ternura, e entre a felicidade e o receio nem sabiam se riam ou se choravam!Soluçavam, crispando as mãos, apertando o rosto amado, entre palavras de amor, proferidas desordenadamente. Neste conturbado mundo de sofrimento e dor, tantas as ameaças, tantas as tragédias, permita Deus ainda seja possível um reencontro. Milagres existem, e, quem sabe, possam alguns ainda ganhar, não apenas instantes de felicidade, mas que sejam agraciados com a liberdade, com o direito de ir e vir, e de rever pessoas amadas.O impossível não existe. Guardo da Coréia do Sul as lembranças mais doces.Nunca vou esquecer Bulgug- Sá, o templo. Um dos mais antigos santuários budistas que existem na Coréia.Por aquelas imensas galerias o silêncio exige que se pise leve, de manso,em respeito aos quinze séculos que assistem a nossa passagem. Foi ali, tenho certeza, em Bulgug-Sá, pisando aquele chão, relutando em partir, que provei um pouco da eternidade. Agora, outros os tempos, aos ventos perdure, para sempre, uma bandeira de paz. (*) Regina Stella, jornalista e escritora

de Cozinha, Raimundo Cavalcante (Sobral). Gerente Eduardo Vasconcelos (f.Cearense), garçons: Francisco Souza (Sobral) e Raimundo Mourão (Nova Russas), cozinheiros Alessandro Loyola (Sobral) e Francisco Ferrreira (Granja) - 405 Norte, bloco A - lojas 55/65/69 - (61) 3274-6363 Libanus Proprietário Narciso Martins (Ipu) - SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795 Moranguim Chefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó) - SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte/21947641 Em frente a loja do Pão de Açucar. Dona Graça Maitre – Carlos Angelo Veras (Viçosa do Ceará) Vila Planalto, Acampamento Pacheco Fernandes Rua 07 casa15 Vila PlanaltoTel 3032 1062 - 70804-270 Taperas Restaurante Maitre – Francisco Tadeu de Oliveira (Iguatu) Sobreloja do Garvey Palace HotelTel 33 28 4265 Verde Perto Proprietário Carlos Pontes (Nova Russas) EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao lado do Posto de Polícia) 3567 8217

Nova descoberta pode levar a cura de Alzheimer

A descoberta da primeira substância química capaz de prevenir a morte do tecido cerebral em uma doença que causa degeneração dos neurônios foi aclamada como um momento histórico e empolgante para o esforço científico. Ainda é necessário maior investigação para desenvolver uma droga que possa ser usada por doentes. Mas os cientistas dizem que um medicamento feito a partir da substância poderia tratar doenças como Alzheimer, Mal de Parkinson, Doença de Huntington, entre outras. Em testes feitos com camundongos, a Universidade de Leicester, na Grã-Bretanha, mostrou que a substância pode prevenir a morte das células cerebrais causada por doenças priônicas, que podem atingir o sistema nervoso tanto de humanos como de animais. A equipe do Conselho de Pesquisa Médica da Unidade de Toxicologia da universidade focou nos mecanismos naturais de defesa formados em células cerebrais. Quando um vírus atinge uma célula do cérebro o resultado é um acúmulo de proteínas virais. As células reagem fechando toda a produção de proteínas, a fim de deter a disseminação do vírus. No entanto, muitas doenças neurodegenerativas implicam na produção de proteínas defeituosas ou “deformadas”. Estas

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ativam as mesmas defesas, mas com consequências mais graves. As proteínas deformadas permanecem por um longo tempo, resultando no desligamento total da produção de proteína pelas células do cérebro, levando a morte destas. Este processo, que acontece repetidamente em neurônios por todo o cérebro, pode destruir o movimento ou a memória, ou até mesmo matar, dependendo da doença. “Extraordinário” Acredita-se que este processo aconteça em muitas formas de neurodegeneração, por isso, interferir este processo de modo seguro pode resultar no tratamento de muitas doenças. Os pesquisadores usaram um composto que impediu os mecanismos de defesa de se manifestarem, e por sua vez interrompeu o processo de degeneração dos neurônios. O estudo, divulgado na publicação científica Science Translational Medicine, mostrou que camundongos com doença de príon desenvolveram problemas graves de memória e de movimento. Eles morreram em um período de 12 semanas.

No entanto, aqueles que receberam o composto não mostraram qualquer sinal de tecido cerebral sendo destruído. A coordenadora da pesquisa, Giovanna Mallucci, disse à BBC: “Eles estavam muito bem, foi extraordinário.” “O que é realmente animador é que pela primeira vez um composto impediu completamente a degeneração dos neurônios.” “Este não é o composto que você usaria em pessoas , mas isso significa que podemos fazê-lo, e já é um começo”, disse Mallucci. Ela disse que o composto oferece um “novo caminho que pode muito bem resultar em drogas de proteção” e o próximo passo seria empresas farmacêuticas desenvolverem um medicamento para uso em seres humanos. O laboratório de Mallucci também está testando o composto em outras formas de neurodegeneração em camundongos, mas os resultados ainda não foram publicados. Os efeitos colaterais são um problema. O composto também atuou no pâncreas, ou seja, os camundongos desenvolveram uma forma leve de diabetes e perda de peso. Qualquer medicamento humano precisará agir apenas sobre o cérebro. No entanto, o composto dá aos cientistas e empresas farmacêuticas um ponto de partida. Com BBC Brasil

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Leituras VIII

Humor Negro e Branco Humor Pérolas do Tribunal

Por mais absurdo que pareça, isso aconteceu... Estas são piadas retiradas do livro ‘Desordem no tribunal’. São coisas que as pessoas disseram, e que foram transcritas textualmente pelos taquígrafos que tiveram que permanecer calmos enquanto estes diálogos realmente aconteciam à sua frente. Advogado : Qual é a data do seu aniversário? Testemunha: 15 de julho. Advogado : Que ano? Testemunha: Todo ano. ____________________________________________ Advogado : Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória? Testemunha: Sim. Advogado : E de que modo ela afeta sua memória? Testemunha: Eu esqueço das coisas. Advogado : Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido? ____________________________________________ Advogado : Que idade tem seu filho? Testemunha: 38 ou 35, não me lembro. Advogado : Há quanto tempo ele mora com você? Testemunha: Há 45 anos. ____________________________________________ Advogado : Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou aquela manhã? Testemunha: Ele disse, ‘Onde estou, Bete?’ Advogado : E por que você se aborreceu? Testemunha: Meu nome é Célia. ____________________________________________ Advogado : Seu filho mais novo, o de 20 anos.... Testemunha: Sim. dvogado : Que idade ele tem? ____________________________________________ Advogado : Sobre esta foto sua... o senhor estava presente quando ela foi tirada? ____________________________________________ Advogado : Então, a data de concepção do seu bebê foi 08 de agosto? Testemunha: Sim, foi. Advogado : E o que você estava fazendo nesse dia? ____________________________________________ Advogado : Ela tinha 3 filhos, certo? Testemunha: Certo. Advogado : Quantos meninos? Testemunha: Nenhum Advogado : E quantas eram meninas? ____________________________________________ Advogado : Sr. Marcos, por que acabou seu primeiro casamento? Testemunha: Por morte do cônjuge. Advogado : E por morte de que cônjuge ele acabou? ____________________________________________ Advogado : Poderia descrever o suspeito? Testemunha: Ele tinha estatura mediana e usava barba. Advogado : E era um homem ou uma mulher? ____________________________________________ Advogado : Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas? Testemunha: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas... ___________________________________________ Advogado : Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, Ok? Que escola você freqüenta? Testemunha: Oral. ____________________________________________ Advogado : Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vitima? Testemunha: Sim, a autópsia começou às 20:30 h. Advogado : E o sr. Décio já estava morto a essa hora? Testemunha: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando porque eu estava fazendo aquela autópsia nele...

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Sete cearenses foram finalistas do 55º Prêmio Jabuti

Livro de reportagens do Diário do Nordeste, “Mãos que fazem história” também está entre os indicados O livro-reportagem “Mãos que fazem história - A vida e a obra de artesãs cearenses”, projeto das jornalistas Cristina Pioner e Germana Cabral, do Diário do Nordeste, é um dos finalistas da 55ª edição do Prêmio Jabuti, um dos mais importantes do cenário literário do Brasil. A obra originou-se da série de reportagens homônima publicada ao longo de 2010 pelo Diário do Nordeste. Tércia Montenegro e Socorro Acioli; o veterano Lira Neto; e o livro-reportagem “Mãos que fazem história” O primeiro passo do projeto, no entanto, concretizou-se a partir de uma matéria com as crocheteiras de Jericoacoara, publicada em 2008. O resultado levou a equipe a expandir a proposta e, assim, percorrer cerca de 11 mil quilômetros, visitando 71 cidades cearenses para traçar um perfil de artesãs atuantes em diferentes tipologias - barro, rendas, linhas, fibras, tecidos, miscelânea, indígena e redes. “Acima de tudo, é um reconhecimento ao trabalho de nossas artesãs cearenses, avaliado como tema relevante para um livro de reportagem pelo mais tradicional prêmio da literatura brasileira”, afirma Germana Cabral. O resultado do Jabuti foi divulgado na noite da última quarta-feira. A comissão organizadora, reunida um dia antes, definiu a lista dos finalistas de cada uma das 27 categorias. No dia 17 de outubro, serão revelados os vencedores. Os primeiros lugares de cada categoria levam para casa R$ 3,5 mil. Destes, são selecionados ainda o “Livro do Ano” de ficção e de não ficção, anunciados em cerimônia no dia 13 de novembro. Os autores destas obras ganham R$ 35 mil cada. Cearenses Além de “Mãos que fazem história”, selecionado na 22ª categoria - “Reportagem”, outros seis trabalhos de autores ceaenses constam entre os finalistas. Socorro Acioli concorre em “Infantil” com o belo “Ela tem olhos de céu”, ilustrado por Mateus Rios; Tino Freitas, cearense radicado em Brasília há quase 15 anos, é também finalista nesta categoria, com “Primeira Palavra”, da editora Abacatte. Em poesia, o cearense Samarone Lima, radicado em Pernambuco, é indicado com “A praça azul e Tempo de vidro”, dois títulos que saem juntos em uma caixa, publicada pela Editora Paés. Tércia Montenegro, concorre em “Contos/Crônica” com “O tempo em estado sólido”, lançado pela editora Grua. Com ele, a autora também figurou entre os finalistas do

prêmio Portugal Telecom de Literatura, um dos principais concursos literários da língua portuguesa. Na mesma categoria, Natércia Pontes está listada com seu “Copacabana Dreams”, editado pela Cosac Naif. Já o veterano Lira Neto volta ao páreo, desta vez com seu “Getúlio: dos anos de formação à conquista do poder, 18821930”, editado pela Companhia das Letras. Em 2010, Lira levou o segundo lugar da mesma categoria deste ano, “Biografia”, com “Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão”. Batalha “Pra ser honesta, acho que essa quantidade de cearenses em um mesmo Jabuti é uma grata coincidência. Mas é coincidência”, dispara Socorro Acioli. O que a escritora quer dizer é que, apesar de ser uma grande conquista, ela não é necessariamente sinônimo de uma cena literária local fortalecida, com incentivo do Estado, e sim um conjunto de lutas individuais em busca de uma profissionalização. Como exemplo contrário, Socorro cita o Rio Grande do Sul (representado, aliás, nesta edição do prêmio, por nove autores). Segundo a autora, os escritores gaúchos têm à disposição cursos de escrita criativa e recebem do Estado para promover palestras em escolas. “Dessa lista, eu e Lira vivemos de literatura. Natércia se não vive, está bem perto. Foi para São Paulo, para o Rio. Tércia, Tino também estão todos ralando muito, por si mesmos... Existe nessa indicação uma possibilidade de ilusão, de achar que o Estado do Ceará está investindo em literatura. E não acho que isso seja verdade”, reforça. Fique por dentro Premiando a cadeia criativa há cinco décadas O Prêmio Jabuti é realizado anualmente pela Câmara Brasileira do Livro. Sua primeira edição ocorre ao fim do ano de 1959, quando foram laureados autores como Jorge Amado, na categoria “Romance”, pela obra “Gabriela, cravo e canela”. Em 55 anos, o Jabuti passou por transformações. No início, a cerimônia era feita na antiga sede da entidade, na Avenida Ipiranga, depois passou a ser realizada durante as Bienais do Livro. Mas o Jabuti ganhou vida própria, e, em 2004, teve sua primeira grande cerimônia de entrega das estatuetas, realizada no Memorial da América Latina. Atualmente, são contempladas todas as esferas envolvidas na criação e produção de um livro, em um total de 29 categorias. No primeiro regulamento do prêmio constavam apenas sete. Mayara de araújo, repórter

Baixo Jaguaribe quer polo de Desevolvimento industrial Pelo menos 30 pessoas, entre empresários, políticos, representantes de institutos tecnológicos e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), participaram da reunião que definiu, para o próximo dia 31, a formação do conselho consultivo para instalação do polo de desenvolvimento industrial no Baixo Jaguaribe. No mesmo dia será inaugurada a Casa da Indústria, do Sistema Fiec, em Limoeiro do Norte, e será iniciada a primeira turma do curso de qualificação profissional na região. De acordo com o diretor corporativo do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), Carlos Matos, atualmente a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) concentra 40,9% da população; 70,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e 73,4% do emprego formal no Ceará. Já na região jaguaribana, Russas detém 50,9% do emprego formal industrial, seguido por Morada Nova (13,5%) e Limoeiro do Norte (13,4%). Apesar disso,

o principal problema está no uso insuficiente de inovações e pouco estímulo às potencialidades econômicas regionais. “Os gargalos são múltiplos e em diferentes setores”, afirmou. O deputado federal Antônio Balhmann afirmou que é preciso suprir a região jaguaribana com fornecimento de gás natural, essencial para empresas que podem ser instaladas ali, como um polo ceramista. “No Vale do Jaguaribe há muitas fábricas de tijolos e telhas, produtos de baixo valor agregado. Podemos ter fabricantes de revestimentos e porcelanato, de alto valor comercial. Precisamos combater o isolamento logístico da região, que apesar de ficar às margens da BR-116, não dispõe de infraestrutura ferroviária e aeroportuária. O fornecimento de energia também é importante, tanto que deveremos ter um projeto de 100 megawatts, em Russas, de energia solar, e na Chapada do Apodi há um grande potencial eólico”, destacou

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Câmara Legislativa do DF lembrou os 50 anos da Casa do Ceará

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Deputado Chico Leite realizou em 16.10, no Plenário da Câmara Legislativa do DF (CLDF), Audiência Pública para discussão das relevantes ações sociais da Casa do Ceará, ano em que se comemora os “50 Anos da Casa do Ceará”, com a participação do deputado Mauro Benevides e dos diretores da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo (Iguatu), José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Edivaldo Ximenes Ferreira (Fortaleza), Maria Aurea de Assunção Magalhães (Fortaleza) e JB Serra e Gurgel (Acopiara) e o presidente da Associação dos que querem bem a Sobral e ao DF, Antonio Carlos Aguiar (Sobral). O cantor Beto Alencar (Juazeiro do Norte) participou cantando clássicos da MPC, Música Popular Cearense. Na Audiência, marcou presença o deputado Agaciel Maia, da Mesa Diretora da Câmara. Fundada em 15 de outubro de 1963, a Casa do Ceará está completando 50 anos, com forte reconhecimento público

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do nobre papel que desenvolve na área social, com atuação na área cultural, saúde, cursos profissionalizantes, além de manter a Pousada Chrysanto M. Rocha e organizar inúmeras atividades de esportes, recreação e lazer. Chico Leite mostrou a presença da Casa no DF sendo o Ceará o único Estado que implantou a sua “embaixada”. Todos os estados receberam terrenos para fazer o mesmo, mas não foram adiante. Mauro Benevides recordou a “instituição modelar” que é a Casa, lembrou que se elegeu deputado em 1974 com os votos dos cearenses de Brasília e que lhe coube como vice presidente do Congresso proclamar a autonomia política de Brasília, e que como último presidente da Comissão do Distrito Federal, do Senado, que aprovava o orçamento do DF, passar simbolicamente esta competência ao então presidente da Camara, deputado José Ornelas, que fora governador. Mauro assinalou os relevantes serviços prestados pela Casa desde Chrisantho Moreira da Rocha.

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Antonio Carlos Aguiar assinalou o serviço assistencial da Casa para com os mais humildes do DF, não importando onde tenham nascido, destacando que “quem não nasceu para servir não serve para viver”. Evandro Pedro Pinto revelou que a penúria da Casa, ao longo dos anos, levou seus fundadores a recorrer a materiais como latas para construir unidades e que isto pode ser observado numa parede da pinacoteca. Destacou que, embora não tendo muitas fontes de receitas, a Casa tem se empenhado em administrar bem os recursos disponíveis, fruto da prestação de serviços, e que a situação financeira da Casa que já foi pre-falimentar hoje está estável. Osmar lembrou que tudo vem sendo feito para a construção da nova Casa para mais 50 anos, com a duplicação de sua área de serviços de 6 para 12 mil metros quadrados, mas que está igualmente se empenhando para que a Casa se envolva nas ações de atendimentos as crianças, através de creches, e dos jovens e adolescentes.

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