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O meu nome é Vitalina da Silva Cercas Cotovio, tenho 76 anos, nasci em Alhos Vedros no antigo Hospital Concelhio da Santa Casa da Misericórdia.

A minha mãe nasceu há 103 anos no Largo do Cais no primeiro andar, tendo falecido aos 94 anos, o meu pai trabalhava na cortiça em Alhos Vedros.

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A vida dele foi Alhos Vedros, a cortiça e a Sociedade Filarmónica Recreio e União, que é hoje a Velhinha (SFRUA). Naquela altura era a Sociedade Filarmónica Recreio e União.

O meu pai veio aos 18 anos para a Velhinha aprender a música. Tínhamos uma banda muito boa, uma grande banda aqui em Alhos Vedros. Era chamada para ir às Caldas da Rainha tocar e à Tercena, coisa que eu me lembro de ouvir sempre o meu pai falar.

Portanto, ele agora se fosse vivo tinha 105 anos, nasceu em 1918 e a minha mãe em 1921. Aqui se conheceram em miúdos, aqui casaram na Igreja de São Lourenço.

O meu pai andava aqui nos ensaios na música quando a minha irmã nasceu, tem agora 81 anos.

A minha irmã Maria Helena Cercas Almeida, com mais de 5 anos do que eu, lembra-se de estar a assistir ao meu pai tocar saxofone, aqui no Coreto.

A minha irmã também nasceu no Hospital Concelhio.

A banda de Alhos Vedros tocava no Coreto, uma vez por mês.

O meu pai tocava também no conjunto de baile, que eram os bailes ali no quintal da Velinha, era assim que chamava antigamente.

Aí faziam os bailes, o meu pai tocava também no baile. Onde essas pessoas que têm agora 80 / 90 anos, lembram-se de dançar ali, o toque da banda e de tudo. Quando passou aqui uma vez o rei D. Carlos, a banda de Alhos Vedros veio aqui tocar, quando o D. Carlos passou e foi uma honra.

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