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Recebi um convite da Revista "Sentir Alhos Vedros”, para escrever a Rubrica “Na primeira Pessoa”, ao qual eu aceitei com bastante agrado.

Sou natural da Moita, mas em muito pequeno vim morar para as Arroteias.

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Nessa altura era o espaço compreendido entre a linha férrea e a vala real. Era um bairro pobre não havia eletricidade, não havia esgotos, nem água canalizada.

O Clube das Arroteias tinha luz através de um gerador, tinha várias cadeias em filas, onde as pessoas se reuniam à noite para ver televisão. Os homens tinham uma sala onde se entretinham a jogar as cartas.

Nunca mais me vou esquecer desse dia, um dia marcante para a nossa Liberdade. Em Março de 1969 foi inaugurado o Rancho das Arroteias com dois grupos infantis e adultos.

Foi um trabalho muito difícil de algumas pessoas que infelizmente já não estão entre nós. Eu só vou referir um nome pois seria injusto se me faltasse algum. João Marques era o ensaiador e foi durante longos anos.

Arroteias pertence à Freguesia de Alhos Vedros, esta inserida na zona "Caramela " , pois na sua origem estão também os chamados "Caramelos de Ir e Vir", gentes das atuais Beira Litoral e Beira Alta, que emigravam todos os anos para a Margem Sul do Tejo, procurando trabalho.

Arroteias era um lugar de predominância agrícola até ao início do Séc. XX. Os responsáveis pelo rancho fizeram uma enorme recolha do património cultural dos nossos antepassados tanto a nível de modas como de vestuário.

No dia 25 de abril de 1974, eu estava a estudar na escola industrial e comercial, Alfredo da Silva (Barreiro).

Nunca mais me vou esquecer desse dia, um dia marcante para a nossa Liberdade. O que me leva a dizer "25 de abril sempre, todos os dias, fascismo nunca MAIS”.

Não sei precisar quando, mas penso que em 1978, a Câmara Municipal da Moita, fez um grande investimento no bairro.

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