O Bambu como material alternativo e sustentável na Arquitetura

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Nathalia Cursi Pagliaro

O BAMBU COMO MATERIAL ALTERNATIVO E SUSTENTÁVEL NA ARQUITETURA

Trabalho final de graduação apresentado ao curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário SENAC - campus Santo Amaro.

SÃO PAULO 2016

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NATHALIA CURSI PAGLIARO

O BAMBU COMO MATERIAL ALTERNATIVO E SUSTENTÁVEL NA ARQUITETURA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário SENAC, como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo.

BANCA EXAMINADORA

Orientador:__________________________________ Prof. Dr. Gabriel Pedrosa Convidados:__________________________________

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Aos meus pais, que sempre estão presentes e me apoiando em tudo e a todos os amigos que me acompanharam durante essa etapa. Ao meu orientador pela paciência e disposição durante todo o ano, e a todos os professores que fizeram parte disto.

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RESUMO A ideia inicial do trabalho consistia em estudar materiais alternativos, que não fossem muito comuns no meio arquitetônico, mas após a análise das informações de tais materiais selecionados, a pesquisa se direcionou para o estudo aprofundado sobre o uso do bambu, devido ao interesse e curiosidade que surgiram durante essa primeira etapa. O resultado obtido após todas as etapas conseguiu abranger todas as características do material utilizado, começando pela questão da sustentabilidade, razão inicial para a escolha do bambu. Durante o processo de projeto do módulo todas as referências estudadas puderam ser exploradas, e com isso, foi possível ampliar e aprofundar o entendimento sobre as técnicas construtivas pesquisadas, e sobre as possibilidades formais deste material, que era um dos objetivos do trabalho. Outro objetivo era tornar o módulo capaz de se adaptar em diferentes parques, que foi a implantação escolhida, junto com todo esse desenvolvimento de projeto, com a junção dos módulos surgiu um composto de luz e sombra, que se tornou uma característica positiva para o projeto. O trabalho como um todo atingiu as expectativas, aumentando o repertório que foi obtido durante todo o curso, e permitindo ver que novas possibilidades sempre devem ser exploradas.

ABSTRACT The initial idea of ​​ the work was to study alternative materials, which were not very common in the architectural environment, but after analyzing the information of such selected materials, the research was directed to the in-depth study on the use of bamboo due to interest and curiosity That emerged during this first stage. The result obtained after all the steps was able to cover all the characteristics of the material used, starting with the question of sustainability, the initial reason for the choice of bamboo. During the design process of the module all the references studied could be explored, and with this, it was possible to broaden and deepen the understanding about the constructive techniques researched, and about the formal possibilities of this material, which was one of the objectives of the work. Another objective was to make the module able to adapt in different parks, which was the chosen deployment, along with all this project development, with the junction of the modules emerged a compound of light and shadow, which became a positive feature for the project . The work as a whole met expectations, increasing the repertoire that was obtained throughout the course, and allowing to see that new possibilities should always be explored. Key words: bamboo, sustainable architecture, alternative materials, sustainability.

Palavras-chave: bambu, arquitetura sustentável, materiais alternativos, sustentabilidade.

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SUMÁRIO 1. 2. 3.

4.

5.

6. 7. 8.

INTRODUÇÃO............................................................ 11 SUSTENTABILIDADE...................................................... 13 2.1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL..................................... 13 2.2. A RELAÇÃO DO BAMBU COM AS QUESTÕES SUSTENTÁVEIS................. 14 CARACTERÍSTICAS DO BAMBU.............................................. 16 3.1. ESTRUTURA DO BAMBU.............................................. 16 3.2. PLANTIO......................................................... 18 3.3. CULTIVO......................................................... 18 3.4. COLHEITA........................................................ 18 3.5. TRATAMENTOS PARA O USO INTERNO E EXTERNO........................ 20 3.6. USO DO BAMBU.................................................... 21 3.7. TÉCNICAS CONSTRUTIVAS........................................... 25 3.8. LAMINADO DE BAMBU............................................... 30 ESTUDOS DE CASO....................................................... 31 4.1. SIMON VÉLEZ..................................................... 31 4.2. VO TRONG NGHIA ARCHITECTS....................................... 37 4.3. MOBILIÁRIO...................................................... PROJETO............................................................... 43 5.1. REFERÊNCIAS..................................................... 47 5.2. ETAPAS DO PROJETO............................................... 47 5.3. PROJETO FINAL................................................... 55 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................. 65 LISTA DE FIGURAS...................................................... 66 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................. 71

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1.

INTRODUÇÃO

Este trabalho buscou explorar o uso do bambu na arquitetura, mostrando todas as possibilidades de suas aplicações, Mostrando todas as suas características fisícas quanto sustentáveis, Durante os estudos iniciais foram identificados diversos projetos em diferentes escalas utilizando o bambu. Foi possível identificar duranto o desenvolvimento do trabalho que o bambu é utilizado desde muito tempo atrás, mas mesmo sendo um material de fácil acesso a mão de obra qualificada para tal material não é ampla, fazendo com que haja uma certa resistência ao seu uso. O objetivo dessa pesquisa foi identificar técnicas construtivas e aplicá-las a uma estrutura que utiliza tanto técnicas de mobiliário quanto de arquitetura, para implantação em parques, se adaptando a todos os locais. Devido a essa premissa o projeto resultou em um módulo que garante a melhor ocupação do espaço no qual vai ser instalado. No item 2 é desenvolvido o tema da sustentabilidade, apontando desde os primeiros indícios dessa preocupação mundial com o meio ambiente e como a construção civil pode ser um agente causador de problemas relacionados a isso. Aqui também é explicado mais detalhadamente como o bambu pode contribuir para a diminuição dos problemas ambientais que existem. No item 3 o bambu é explorado para justificar todas as suas qualidades sustentáveis, começando pela explicação de como o material é

estruturado, a sua forma de plantio, cultivo e colheita, e os diferentes tipos de tratamento que garantem durabilidade e qualidade do material. São apresentados diversos tipos de uso que ele pode oferecer, desde bancos a pisos, as técnicas construtivas usadas para a criação de estruturas, das mais simples às mais complexas, e o laminado de bambu, que pode surgir como um substituto da madeira nos revestimentos. No item 4 são mostradas referências de projetos com bambu, usado em diversas formas, com destaque para projetos dos arquitetos Simon Vélez e Vo Trong Nghia. No item 5 são detalhadas as etapas de desenvolvimento do projeto final, com referências novas, além de estudos físicos, onde foi possível aperfeiçoar as escolhas das formas e técnicas construtivas, os modelos eletrônicos permitiram observar os módulos associados, onde identicou-se vazios que permitiam passagem de luz, dando opção ao usuário de permanecer na sombra feita pela cobertura,ou utilizar essas lacunas na junção dos módulos.

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2.

SUSTENTABILIDADE 2.1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O rápido e desenfreado desenvolvimento das cidades levou o planeta a grandes alterações

gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.” Essa preocupação busca evitar catástrofes naturais que seriam desencadeadas por um desenvolvimento descontrolado das cidades, afetando

climáticas e à aproximação do esgotamento dos recursos naturais, tendo como um dos grandes

diretamente o meio ambiente, a qualidade de vida das pessoas e as gerações futuras.

responsáveis por isso a emissão de CO2. Diante desse quadro mundial, a sustentabilidade vem

A construção civil aparece contribuindo para esses acontecimentos, os números são sig-

se tornando um tema cada vez mais presente na opinião pública. Em 1972, ocorreu a Conferência

nificativos e há a necessidade de uma alternativa que reduza isso.

de Estocolmo, na Suécia, a primeira Conferência mundial sobre o homem e o meio ambiente, onde

“Estima-se que mais de 50% dos resíduos

começou a ser discutido o conceito de desenvolvimento sustentável. Seguindo com os mesmos

sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. (...)

objetivos de discussão, aconteceu a Rio 92, no Rio de Janeiro, em 1992, quando foi criado

Os desafios para o setor da construção são

o documento Agenda 21: “A Agenda 21 pode ser definida como um instrumento de planejamento

diversos, porém, em síntese, consistem na redução e otimização do consumo de materiais e

para a construção de sociedades sustentáveis, em diferentes bases geográficas, que concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica.” (Ministério do Meio Ambiente). Em 2002 houve a Conferência de Joanesburgo, na África do Sul, e, mais recentemente, em 2012, a Conferência Rio+20, onde o foco principal foi o desenvolvimento sustentável. A definição de desenvolvimento sustentável, que surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pela ONU, é: “o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras

energia, na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído. Para tanto, recomenda-se: ● mudança dos conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições; ● busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias renováveis; ● gestão ecológica da água; 15


● redução do uso de materiais com alto impacto ambiental; ● redução dos resíduos da construção com modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a reutilização de materiais.

“Construções são importantes, mas são apenas um componente de um cenário muito maior.” (Norman Foster, 2007)

2.2

A RELAÇÃO DO BAMBU COM AS QUESTÕES

SUSTENTÁVEIS

Além disso, a construção e o gerenciamento do ambiente construído devem ser encarados dentro da perspectiva de ciclo de vida.” (Ministério

O bambu é uma gramínea já utilizada na construção e no mobiliário há séculos em paí-

do Meio Ambiente)

ses como China e Japão. No Brasil, surge como uma alternativa sustentável para a construção

Em uma palestra de 2007, Norman Foster fala sobre a Agenda Verde, que discute a tecnologia aliada à questão sustentável e como ela ajuda os edifícios a se tornarem menos “poluidores”, apresentando como ele aplica isso a seus projetos. Durante sua fala aparecem duas frases que deixam clara a relação da arquitetura com o futuro e com as questões ambientais. “Como arquiteto, você projeta para o presente, com consciência do passado, para um futuro que é essencialmente desconhecido.” Fica explícita a responsabilidade do arquiteto com o futuro. Mesmo que hoje em dia já seja possível fazer um panorama do futuro, baseado nas ações atuais e passadas, não há certeza exata dos dados. Com base nisso podemos entender que o arquiteto tem a função de praticar hoje o que vai permitir que o espaço projetado se mantenha em equilíbrio com o resto, e com outra frase essa ideia pode ser concluída: 16

civil, devido as suas facilidades de plantio e manejo, já que o seu crescimento é extremamente rápido - em média de 8 a 10 cm por dia, podendo em alguns casos ultrapassar essa média - e que não necessita ser replantado porque após o corte continua crescendo. O corte é feito com ferramentas simples e fáceis de manusear, o principal cuidado que se deve ter é a altura em que o corte será feito e, no caso da construção civil, a idade do colmo, que já deve ter alcançado sua máxima resistência (esse tempo pode variar de 2 a 4 anos). Para que isso seja feito no tempo certo, deve haver um acompanhamento da plantação. Por mais que o material tenha todas essas facilidades e qualidades, vemos como é importante que se tenha uma produção especializada e pessoas capacitadas para que a planta seja usada na construção no seu melhor modo. O bambu se desenvolve em diferentes climas e possui algumas espécies originárias daqui, descartando grandes deslocamentos ou importa-


ção, diminuindo custos com transporte e a poluição gerada por ele.

ízes e rizomas que formam uma malha subterrânea resistente. Na recuperação de áreas degradadas, o bambu faz a fitorremediação, que é quando a planta desempenha o papel de agente descontaminante do solo e da água, devolvendo a sua qualidade. Diferencia-se de outros materiais comumente usados na construção civil, como o cimento, o aço, o cal e o tijolo cerâmico, por não gerar CO2 durante seu processo de extração e preparação. Todos os aspectos positivos do bambu o tornam mais sustentável que a madeira, pois, com tempo de crescimento inferior, gera mais material em menos tempo, e, por não precisar ser replantado após o corte, faz com que não haja a necessidade de grandes extrações em áreas muito extensas, e não há o problema do desmatamento. Devido aos tipos de tratamento para o bambu,

Figura 1. Distribuição da espécie Guadua no Brasil, a mais utilizada na construção civil.

Os papéis que o bambu desempenha na natureza são: a sua grande capacidade de captação de CO2, contribuindo para a qualidade do ar, e sua atuação contra a erosão do solo, reduzindo o impacto da chuva com suas folhas que diminuem a quantidade de água e, sobretudo, com suas ra-

ele pode ser esteticamente tão diversificado e interessante quanto a madeira, tornando totalmente possível essa substituição. A construção sustentável com o bambu vai além dos “edifícios verdes” construídos nos dias atuais, que obtém diversos selos que caracterizam a edificação como sustentável, mesmo que nessas construções o processo da obra continue, na maioria dos casos, gerando diversos impactos no meio ambiente, especialmente pela produção de CO2 durante o processo de extração e preparação dos materiais usados. Mas é claro que os materiais não podem ser substituídos totalmente só pelo uso do bambu, 17


há lugares que não comportam tal material na construção, mas o seu uso parcial combinado com outros materiais, e quando possível total, gera uma diminuição nos impactos ambientais que são uma das principais preocupações mundiais, visto que eles prejudicam o planeta em todos os aspectos citados anteriormente. Figura 2. Rizoma do tipo Leptomorfo.

3.

CARACTERÍSTICAS DO BAMBU 3.1 ESTRUTURA DO BAMBU O bambu é uma planta que faz parte da famí-

lia das gramíneas e é subdividido em lenhosos, que são mais rígidos, e os herbáceos, que são mais maleáveis. A estrutura do bambu é composta pela parte subterrânea, raízes e rizomas, a

- Paquimorfo (Simpodial ou Entouceirantes): são rizomas curtos, diferente dos Leptomorfos ele não se espalha, crescem bem próximos um do outro. Algumas espécies dessa categoria são: Bambusa, Dendrocalamus e Guadua.

parte aérea, as folhas, os colmos e ramificações. O rizoma é responsável pela propagação da planta, sendo dividido em duas categorias: - Leptomorfo (Alastrante ou Monopodial): são rizomas longos que se espalham por diversas direções, com isso a plantação vai tomando conta do terreno, já que as novas plantas nascem bem longe do rizoma que a originou. Algumas espécies dessa categoria são: Phyllostachys, Arundinaria e Sasa.

Figura 3. Rizoma do tipo Paquimorfo.

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Dependendo da espécie, o bambu pode chegar a 30 metros de altura e 30 centímetros de diâmetro. O seu diâmetro é definido a partir do momento que o colmo se forma, na parte aérea da planta, ele designa o diâmetro que o bambu vai ter durante seu tempo de vida.

Figura 4. Exemplo de Leptomorfo (Bambu Mosso).

Figura 5. Exemplo de Paquimorfo (Bambu Guadua).

Figura 6. O bambu gigante pode chegar a 30 metros de altura e 30 centímetros de diâmetro.

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3.2

PLANTIO

É uma planta que se adapta a diferentes climas, podendo ser plantado em diferentes regiões, desenvolvendo-se melhor em zonas tropicais. Em relação ao solo, o bambu se desenvolve em todos, exceto nos encharcados. O plantio pode ser feito de duas maneiras: através das sementes ou por propagação vegetativa. Como a obtenção de sementes é difícil por causa do tempo que demora para florescer, é o método menos utilizado. Já a propagação vegetativa é mais comum e pode ocorrer das seguintes formas: transplante total, transplante parcial, pelo colmo, pelo rizoma e por ramos laterais. 3.3

CULTIVO

Uma das características positivas do bambu é que ele não precisa ser replantado, a cada corte que é feito ele continua crescendo, e para o seu rápido crescimento ele usa uma grande quantidade de CO2, por meio da absorção, contribuindo para a diminuição desse gás, que em excesso prejudica o clima e é responsável por diversos desequilíbrios ambientais.

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Figura 7. Bambu em diferentes etapas de crescimento.

3.4

COLHEITA

Para o uso na construção civil o bambu pode ser cortado após cerca de três anos do plantio, que é quando o colmo está no seu melhor estado para utilização, pois apresenta a máxima resistência física e mecânica. Deve-se estar atento para a colheita ser feita quando há menos concentração de água e amido no colmo, o que evita a propagação de insetos que podem inutilizá-lo.


Figura 8. Ilustração adaptada de Hidalgo López, mostrando o tempo ideal de crescimento para cada tipo de uso.

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3.5

TRATAMENTOS PARA USO INTERNO E EX-

O tratamento no bambu após a colheita é essencial para que a durabilidade dele seja garantida, caso ele não seja tratado sua vida

No caso da água parada, sua troca é importante para evitar a proliferação de larvas de insetos, e pelo cheiro desagradável que resulta do tratamento. O processo dura em média de 4 a 7 semanas.

útil diminui muito devido a ação do tempo e o ataque de insetos devido a presença de amido no

● Tratamento pelo fogo: O colmo é exposto ao fogo direto, eliminando a seiva por exsu-

interior dos colmos. Entre os métodos de tratamentos existen-

dação. Quando ocorre o aquecimento há o derretimento de uma cera presente na casca

tes existem os químicos e os tradicionais, ambos garantem uma vida útil mais longa ao bambu,

do bambu, deixando-o com um brilho e uma coloração mais intensa, esse tratamento é

no entanto os tratamentos químicos podem garantir uma maior durabilidade, como no caso de uso

mais utilizado no gênero Phyllostachys. ● Tratamento pela fumaça: O colmo é exposto

externo, onde o bambu fica exposto às ações do tempo.

à ação direta da fumaça a uma temperatura que varia entre 120° e 150°, causando

TERNO

TRADICIONAIS ● Cura na mata: O bambu cortado deve ser mantido na vertical, afastado do solo, podendo ser apoiado em alguma pedra. Quando suas folhas começarem a cair indica que o colmo já está pronto para ser utilizado, porque houve a diminuição do amido, porém esse método não é tão eficiente se o bambu voltar a ter contato com o solo. O processo dura em média 20 dias. ● Tratamento por imersão: Os colmos devem ser colocados, após o corte, na água, corrente ou parada, para a redução e eliminação do amido, eles devem ficar amarrados para garantir que permaneçam submersos, e deve-se atentar para o aparecimento de manchas e rachaduras durante o processo. 22

a degradação do amido. Um ponto negativo desse método é que podem ocorrer rachaduras durante o aquecimento. QUÍMICOS ● Tratamento químico com oleossolúveis: O colmo fica submerso no produto durante cerca de 7 dias. O produto é composto por solvente e aditivo, como aditivo pode-se colocar inseticidas. ● Tratamento químico com hidrossolúveis: Quando realizado em colmo seco deve ser realizada a imersão, e no caso do colmo verde ocorre a substituição da seiva. Esse processo utiliza uma associação de sais. ● Tratamento sob pressão: Há dois tipos, o autoclave e o boucherie. No método autoclave semelhante ao processo aplicado na


madeira, deve-se perfurar o diafragma do bambu para que não ocorram rachaduras no colmo, durante o processo de aplicação de vácuo. O Boucherie consiste em aplicar, sob pressão, uma solução hidrossolúvel que vai empurrando a seiva para a ponta oposta, de maneira acelerada. 3.6

USOS DO BAMBU

O bambu pode ser usado de diversas formas. Entre suas aplicações podemos citar seu uso por Alberto Santos-Dumont na construção do 14 BIS. Abaixo podemos ver alguns dos seus outros usos:

Figura 10. Banco em bambu com as peças parafusadas.

Figura 9. Broto de bambu comestível sendo preparado.

Figura 11. Revestimento em laminado de bambu embaixo da escada rolante do Shopping JK, em São Paulo.

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Figura 13. Mosaico de bambu para revestimentos.

Figura 12. Esquadria de bambu na Casa de IlhaBela, do arquiteto Marcio Kogan.

Figura 14. PĂŠrgola de bambu.

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Figura 17. Piso de bambu laminado.

Figura 15. Biombo flexĂ­vel de bambu.

Figura 16. Cobertura de bambu.

Figura 18. Casa com estrutura de bambu, em NiterĂłi, Rio de Janeiro, da arquiteta Celina Llerena.

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Figura 19. Green School, em Balí, construção toda feita em bambu, que é abundante na região. Figura 21. Centro Max Feffer em Pardinho, São Paulo, com cobertura de bambu, da arquiteta Leiko Hama Motomura.

Figura 20. Pavilhão Treeplets do escritório Impromptu Projects, na Universidade de Macau. As ligações entre as peças de bambu foram feitas por tiras de nylon.

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Figura 22. Fachada do estacionamento do zoológico de Leipzig, na Alemanha, do escritório Hentrich-Pets-

chnigg & Partner, varas de bambu são presas por cintas de aço, favorecendo a ventilação natural.


3.7

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

Existem diversos tipos de ligação entre as peças de bambu, de acordo com o seu uso. As peças de bambu, segundo Oscar Hidalgo López, podem ser cortadas de modo que se encaixem uma na outra criando essa ligação.

Figura 25. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando outro tipo de ligação entre as peças com pino, utilizando o corte boca de peixe no bambu.

Figura 23. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, para o Manual de Construção com Bambu.

Para a união de peças verticais e horizontais, podem ser usados esses encaixes acompanhados por âncoras e pinos. Como mostrado por Oscar Hidalgo López.

Figura 26. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando outro tipo de ligação com pino passando por uma peça interna vertical, utilizando o corte boca de peixe no bambu.

Figura 24. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a união de peças com pino, utilizando o corte boca de peixe no bambu.

Figura 27. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando um tipo de ligação com âncora metálica.

Para união e fixação de peças horizontais. 27


Figura 28. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando uma ligação de peças horizontais através de duas cunhas, que se conectam nas duas peças fazendo a sua união, e onde ficam as cunhas há uma amarra.

Figura 29. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a ligação através de pinos de bambu, e ajustadores nas amarrações, que ficam junto com os pinos.

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Figura 30. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López. mostrando a ligação em cruz com pino.

Figura 31. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a ligação lateral com pino ou cavilha, onde se passa uma amarra que liga uma peça na outra.


Figura 32. Ilustração de Oscar Hidalgo López, mostrando a ligação de esquina.

Para conexão de peças horizontais, Oscar Hidalgo López mostra alguns cortes, essas conexões não podem ser usadas em cargas de compressão e tração. Figuras 33,34,35 e 36. Ilustrações de Oscar Hidalgo López, mostrando respectivamente os tipos de conexões do tipo topo, do tipo bisel, do tipo viga e do tipo bambu médio.

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Figura 41. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López,mostrando a união em ângulo, através de um cilindro de madeira no interior do bambu. Figuras 37,38 e 39. Ilustração de Oscar Hidalgo López, mostrando conexões aplicadas em aquedutos, são elas respectivamente conexão do tipo união interna, do tipo união externa e do tipo telescópio.

Oscar Hidalgo López também apresenta algumas conexões usadas para a produção de móveis.

Figura 40. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando como fazer a conexão de dois bambus.

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Figura 42. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López,mostrando a união em T, através de um cilindro de madeira que fica dentro do bambu, e encaixa na peça vertical.


Para construções temporárias e andaimes, Oscar Hidalgo López sugere algumas amarras.

Existem outras técnicas onde são utilizados outros materiais.

Figura 43. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a amarra quadrada, que serve para unir peças verticais e horizontais.

Figura 45. Conexão feita com aço inox.

Figura 44. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a amarra diagonal, que serve para unir peças diagonais.

As técnicas construtivas de Oscar Hidalgo López utilizam o mínimo de peças possíveis, e, em sua maioria, são derivadas apenas do bambu.

Figura 46. Estudo de conexões metálicas feito pelo arquiteto Renzo Piano.

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No Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López ilustra o método de obtenção do laminado de bambu para confecção de pisos.

Figura 47. Conexão metálica de alumínio fundido desenvolvida pelo professor Jack Elliot, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Cornell, tem uma resistência contra sismos e furacões, a conexão se mostra eficaz na espécia Guadua, mais usada na construção civil, e é denominada “Triakonta”.

3.8

LAMINADO DE BAMBU

O bambu pode ser usado em seu formato natural, com os devidos tratamentos de conservação, normalmente nas construções e estruturas, e também pode ser usado na forma de laminados de bambu, em revestimentos e móveis.

Figura 50. Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López sobre a obtenção da lâmina de bambu.

Figura 48 e 49. Exemplos de laminados de bambu.

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4.

ESTUDOS DE CASO 4.1 SIMON VÉLEZ

PAVILHÃO ZERI

“Minha proposta como arquiteto é fazer uma arquitetura um pouco mais vegetariana, não tanto concreto, mas também não totalmente vegetariana. Tem que haver uma dieta equilibrada entre minerais e vegetais, e estamos muito minerais com a arquitetura” SIMON VÉLEZ

Simon Vélez é um arquiteto colombiano, nascido em Manizales, em 1949, e sua arquitetura se destaca pelo uso do bambu como elemento principal de seus projetos. O arquiteto desenvolveu a técnica que utiliza em suas obras, de aplicação

Em 2000, Simon Vélez participou da EXPO Hannover, na Alemanha, com o Pavilhão ZERI, uma estrutura de bambu com 2.000m², que ficou exposto durante 5 meses e recebeu 6,4 milhões de visitantes. Primeiro foi feita a construção do pavilhão na Colômbia, como um protótipo em escala real, para que fossem realizados os testes de força e resistência no projeto, nos quais o pavilhão resistiu aos mesmos testes que são aplicados nas construções em concreto. O pavilhão tem formato de decágono e tem uma planta livre, onde a circulação pode ser feita por todas as extremidades sem uma entrada ou saída definidas.

de concreto no interior do bambu, para torná-lo maciço, já que em sua forma natural é oco, com exceção de algumas espécies raras que nascem com o interior preenchido. Com isso, o material é reforçado para reagir melhor às cargas de compressão, que se direcionariam apenas para a “casca”, que, mesmo tendo uma espessura significativa, não atenderia às necessidades de uma obra arquitetônica, ao contrário do que acontece com as cargas de tração, onde o bambu tem resistência similar à do aço. Com essa técnica, as possibilidades de aplicação do bambu se expandem, fazendo com que grandes obras possam ser realizadas, como as que veremos a seguir. Todos os componentes em bambu são moldados e montados in loco, e a espécie de bambu que mais usa é a Guadua.

Figura 51. Pavilhão Zeri, na Alemanha

A fundação é composta por sapatas e vigas baldrame retangulares de concreto, que apoiam as colunas e o piso, as cargas verticais são 33


transmitidas para as colunas que as levam até a fundação através das 40 treliças existentes. O diâmetro da cobertura tem cerca de 40 metros, incluindo o beiral, que é de 7 metros, e que protege o bambu de possíveis chuvas. É composta por bambus com cimento, e acima existe uma malha metálica com uma camada de argamassa, seguida por uma manta asfáltica, que garante a impermeabilização, e uma camada de arame para que a telha seja fixada.

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Figuras 52,53,54,55 e 56. Detalhes construtivos do pavilhão.

As conexões entre as varas de bambu usadas para a construção do pavilhão estão ilustradas no desenho abaixo.

Figura 58. Detalhe da base do pavilhão.

Figura 57. Detalhes das conexões feitas em cada parte do pavilhão.

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PONTE EM GUANEZHOUA Em 2006, Vélez ganhou o Prêmio de Honra em Análise e Planejamento, da Sociedade Americana de Arquitetos Paisagistas (ASLA), pelo seu projeto Crosswaters Ecolodge, no Ecolodge Hotel em Guanezhoua, na China, que também é feito com bambu, sendo considerado um dos maiores projetos que fazem uso deste material.

Figura 60 e 61. Parte de concreto da ponte, e os andaimes de bambu.

Uma grande viga molda a ponte dando o formato de arco, apoiada diretamente nos extremos em duas colunas de concreto armado. Também neste caso foi injetado concreto no interior do bambu.

Figura 59. Ponte no Crosswaters Ecolodge.

A ponte, que cruza um rio de 38m de largura, é uma estrutura mista que contém concreto para o apoio e bambu para os fechamentos laterais, apoio da cobertura e nos andaimes.

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Figura 62. Cobertura da ponte e os andaimes de bambu.


IGREJA EM PEREIRA A Igreja localizada em Pereira, na Colômbia, buscou criar a sensação de monumentalidade que costumamos ver nas construções religiosas, e associá-la à natureza, sendo possível identificar uma semelhança entre seu interior e um bambuzal.

Figuras 64 e 65. Interior da Igreja e ao lado um bambuzal, onde podemos notar a semelhança entre a estrutura interna do projeto e o comportamento natural do bambu.

Figura 63. Vista da entrada da capela.

A planta se divide em três naves, uma central de 14,50m de largura por 60m de profundidade, e duas laterais menores, com 4,80m de largura por 60m de profundidade. As naves formam dois arcos que dão forma ao projeto, já a cobertura é de duas águas, com uma esteira de bambu embaixo das telhas de barro espanholas, comumente usadas nos projetos de Vélez. O projeto é feito em estrutura de pórtico, a fundação é formada por vigas e sapatas de concreto, e a união das varas de bambu na base é feita por conexão metálica interna. Os pórticos estão colocados a cada 4 metros, formados por cinco varas de bambu que fazem a união na base de concreto. O fechamento da fachada foi feito por tecido de bambu, e os fechamentos laterais foram feitos por alvenaria de tijolo comum com um reforço de colunas de bambu. 37


Figura 67. Interior da Igreja ainda vazia.

Figura 66. Ilustração de Simon Vélez da Igreja em Pereira, com detalhe da junção dos bambus e da base.

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4.2

VO TRONG NGHIA ARCHITECTS

“Atráves de expêriencias com luz, vento e água, e usando materiais naturais e locais, o Vo Trong Nghia Architects emprega um vocabulário de design contemporâneo para explorar novos meios de criar arquitetura verde para o século 21, mantendo a essência da expressão arquitetônica asiática.” VO TRONG NGHIA ARCHITECTS

Vo Trong Nghia Architects é um escritório do Vietnã, fundando por Vo Trong Nghia, que estudou em Tóquio e retornou ao Vietnã, fundando o escritório em 2006. Possuem diversos projetos onde empregam o uso do bambu, e outros em que, mesmo sem este material, empregam noções relativas à arquitetura verde. Algumas peças dos projetos são pré fabricadas, como as colunas por exemplo, em que o formato curvo dos bambus é obtido através de um processo onde a vara é aquecida e conformada. A maioria das suas obras são feitas a partir de uma espécie de bambu, o Tam Vong, que lida melhor com a flexibilidade, possibilitando as curvas, outra espécie também bastante utilizada é o Luong, que é usado na forma reta por sua resistência a essa função. As varas passam por processos tradicionais de tratamento, como a imersão em lama ou o tratamento por fumaça, onde adquirem a cor marrom escura.

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CAFÉ KONTUM INDOCHINE O café, que faz parte de um hotel localizado ao longo do rio Dakbla, em Kontum, no Vietnã, serve para os hóspedes realizarem as refeições e também como espaço para cerimônias de casamento. O projeto é composto por 15 “colunas” de bambu em formato de cone invertido, inspirado em uma cesta tradicional vietnamita para pesca.

Figura 69. Cobertura de painéis.

O café possui mais de 10.000 varas de bambu, e o formato em arco das colunas garante sua resistência. Cada coluna possui cerca de 400 varas, unidas por anéis de corda e por três anéis de tensão de aço em cada uma, colocados a 1,5m, 3m e 4,5m a partir do piso. Uma coluna reta e duas diagonais adicionadas no centro da coluna garantem um reforço para o apoio da cobertura. Figura 68. Vista do café, e sua relação com o rio.

A presença do rio e a cobertura alta, que se apoia nas colunas de bambu, garantem umidade e a circulação do ar, tornando totalmente dispensável o uso de ar condicionado, o que contribui para a questão sustentável. A cobertura é composta por painéis de PVC reforçados com fibra e palha. Figura 70. A ventilação natural no café.

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PAVILHÃO FLORESTA DE BAMBU O pavilhão foi construído em Tóquio, no Japão, em uma galeria de grande influência no ramo de arquitetura e design. A estrutura foi montada apenas utilizando pinos de bambu e cordas para a amarração das varas.

Figura 71. Secção da coluna ilustrando as ligações dos bambus.

Vo Trong Nghia diz que deve-se tomar cuidado com a forma em que o bambu é usado, pois, nesse caso por exemplo, ele diz que, se fossem usados pinos de aço, poderiam surgir rachaduras, devido às cargas pontuais geradas. Figura 72. Vista do pavilhão instalado no prédio da galeria.

O pavilhão é composto por 3 elementos, são eles: uma malha onde se tem duas grelhas que dão o volume à construção, 11 arcos que foram inseridos criando a passagem, e 31 caixas instaladas para solidificar a estrutura e plantar bambus, levando a ideia de arquitetura verde que o escritório usa. 41


As varas que criam os caminhos que compõe o pavilhão tem formato ogival, e são usados sequencialmente dando a impressão de realmente estar numa floresta de bambu, devido a direção de crescimento dele, que remete ao formato dos arcos. O uso de pinos de bambu e cordas para a amarração das varas como materiais de conexão fica quase imperceptível, por serem derivados do bambu, o único material usado para a construção do pavilhão.

Figura 73. Os arcos e caixas com mudas de bambu.

Figura 74. Detalhes da composição do pavilhão como mencionado acima, a malha criando o volume, os arcos definindo a área de passagem, as caixas solidificando a estrutura e acomodando as mudas de bambu.

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Figuras 75 e 76. Corte e planta do pavilhão onde podemos ver como a malha garante o volume do projeto e como os arcos funcionam como definidores de um espaço central.

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4.3

MOBILIÁRIO

O mobiliário de bambu pode ser feito utilizando sua forma natural ou laminados, explorando de diversos modos suas propriedades mecânicas e estéticas, mostrando como esse material pode ser versátil e criando, ainda, características visuais diferentes em cada projeto.

Figura 77. A amarração que quase não é percebida por se tratar do mesmo material usado no pavilhão.

Figura 78. Banco Pile Isle, em Amsterdã, pelos designers Elena Goray e Christoph Tonges. Neste exemplo os designer utilizam o bambu em sua forma natural e fazem a conexão das peças com tiras de aço nas extremidades do banco.

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Figura 79. Sofá de bambu, do fabricante Kul Bamboo. Nessa peça foi utilizado laminado de bambu, e foi recebido um tratamento para ser usado em áreas externas. Figuras 81,82 e 83. Mobiliário feito em bambu pelo arquiteto Michael McDonough. Todas as peças foram feitas com laminado de bambu.

Figura 80. Banco feito em bambu, pelo designer Gal Ben-Arav, tem o encosto removível podendo ser usado de dois jeitos. Foram usadas as varas inteiras de bambu, unidas pelo perfil metálico que também serve de apoio ao banco.

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Figura 84. Cadeira com anéis de bambu dos irmãos David e Samantha Stephenson.

Figura 86. Cadeira de bambu dos designers Tejo Remy e René Veenhuizen. Figura 85. Tea Harmony Chair, do designer Hiroki Takada.

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Figura 89. The Bow TieChair do designer Ching-ke Lin é uma cadeira feita de laminado de bambu, as partes curvas foram obtidas através do aquecimento do laminado. Um laminado na parte superior, inferior e nas laterais da cadeira pregados em cada vara laminada garantem a estabilidade.

Figura 87 e 88. Banco de bambu do designer Chen Min. Ele é feito de folhas de laminado de bambu, coladas nas extremidades, e uma vara que prende a peça, garantindo a sua estabilidade. O formato de arco das chapas garante sua flexibilidade e proporciona conforto ao usuário.

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Figura 90. Cadeira em bambu feita pelo Sangaru Design que faz parte da coleção “Truss Me”, uma família de mobiliários feitos artesanalmente com bambu. Foram exploradas a resistência à tração do bambu e a laminação, criando um sistema estrutural leve, que é aplicado nas outras peças da coleção.


5.

PROJETO

5.1

REFERÊNCIAS

O projeto surgiu de um partido cuja característica principal é a flexibilidade de uso: um elemento que pudesse se adequar a diferen-

Durante o desenvolvimento do TCC 1, foram estudadas diversas referências que se aplicaram ao projeto final, as principais foram projetos

tes implantações em diversos parques. A escolha de parques para a implantação aconteceu devido

do escritório Narchitects, de Vo Trong Nghia, de Simon Veléz e as diversas técnicas desen-

à natureza do material estudado, que está diretamente ligado à sustentabilidade e ao meio

volvidas por Oscar Hidalgo Lopéz no Manual de Construção com Bambu.

ambiente, e que, apesar de ser um material resistente, requer manutenção, mostrando-se mais

O projeto Forest Pavilion, em Taiwan, do escritório Narchitects, fica localizado dentro

viável em ambientes minimamente controlados. Porém, essa escolha não anula a possibilidade

de um Parque Ecológico, e um de seus objetivos é conscientizar o público sobre a ameaça

do projeto ser implantado em outros ambientes. A questão que deu início aos estudos e pro-

do desenvolvimento às florestas. O espaço foi destinado a servir como local de abertura e en-

postas foi a intenção de criar um módulo que funcionasse tanto sozinho como em conjunto,

cerramento de um festival de arte, mas também é usado como teatro ao ar livre. Seu formato foi

onde a repetição de tais módulos pudesse acontecer de maneira não apenas linear, formando

inspirado nos anéis de uma árvore. Como a ideia do projeto final do TCC foi uma estrutura onde

espaços de diversas dimensões e desenhos. Sendo assim, o projeto poderá ser desde um quiosque, quando usado sozinho, a uma grande área de exposições, como um pavilhão, quando associado a outros módulos. Outro objetivo do projeto foi o de utilizar as diversas técnicas estudadas durante o desenvolvimento da pesquisa sobre o material, selecionando as que melhor se aplicavam à tipologia definida para o projeto.

as varas de bambu formassem arcos, o projeto serviu como uma referência fundamental para verificar a possibilidade de criar arcos com

as varas, nas alturas, distâncias e diâmetros escolhidos. Em todas as fotos do projeto é possível ver os arcos que compõem o projeto e suas diferentes alturas.

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Figura 91. Forest Pavilion sendo usado a noite, criando um destaque pelas luzes que o tornam um ponto de luz no vale do parque onde ele está instalado.

Figura 92. Durante o dia sendo usado pelos visitantes do parque, o deck onde são fixadas as varas servem como um espaço de estar.

Outro projeto do Narchitects é a estrutura Figura 93. O pavilhão durante o dia.

50

que foi desenvolvida para o MoMa Ps1, nos Estados Unidos, onde há diversas varas de bambu formando uma malha que cria uma cobertura para o espaço. As varas também formam alguns arcos que serviram como referência para o projeto final.


O Forest Pavilion, mostrado anteriormente, foi uma extensão deste projeto onde foram aplicadas as mesmas técnicas construtivas.

Os projetos do escritório Vo Trong Nghia, analisados no capítulo 4, foram usados como referência para as coberturas usadas no projeto, que são feitas de sapê. Além da cobertura, também algumas de suas estruturas, que chegam quase ao formato de arco, e a utilização de amarras

serviram de referência para o trabalho. Mas a principal característica inspirada na obra deste arquiteto foi o método de construção utilizado, em que as varas de bambu são conformadas antes da montagem das estruturas, método escolhido para o projeto final do TCC.

Figura 94. Vista superior do projeto.

Figura 95. Vista dos arcos de bambu formando uma malha.

Figura 96. Bambus quase formando um arco projeto do The Signature SPA, no Vietnã.

usados no

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Figura 97. Estrutura do Centro Comunitário Diamond Island, no Vietnã, onde os bambus formam círculos e são conectados através de amarras.

Figura 98,99 e 100. Coberturas de sapê nos projetos, respectivamente, Centro Comunitário Diamond Island, Sala de Conferência Naman Retreat e Bar no Resort Naman, ambos no Vietnã.

Os estudos do arquiteto Renzo Piano e do professor Jack Eliot, citados no capítulo 3, deram forma à peça que faz a fixação do módulo 52


à um bloco de concreto que fica apoiado no chão, e que direciona as varas.

Figura 101,102 e 103. Testes feitos pelo arquiteto Renzo Piano, e pelo professor Jack Eliot.

O Manual de Construção com Bambu, de Oscar Hidalgo Lopéz, estudado nas técnicas construtivas (capítulo 3), sugere diversos cortes e amarras para serem usados em construções com bambu, a partir desses estudos foram selecionados alguns que apresentavam melhor solução para as características apresentadas no projeto final.

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5.2 ETAPAS DO PROJETO As etapas do projeto foram essenciais para o resultado final, durante os estudos iniciais foram testados diversos arcos e formas de junção das peças, em croquis e, sobretudo, em modelos físicos feitos a partir de varetas de bambu. Figura 104. O corte usado para o encontro das varas de bambu, nos arcos que cruzam o módulo na parte superior, e nas varas que ficam entre os arcos dando sustentação para as coberturas.

O primeiro estudo realizado foi feito somente com os arcos, e algumas peças que tinham a função de estabilizar o ângulo escolhido para cada um. Como não havia uma peça que fizesse a fixação no chão, as peças que foram colocadas para garantir estabilidade do módulo não obtiveram resultado. Após alguns testes foi detectada a necessidade de criar uma peça que mantivessem os arcos nos ângulos escolhidos e que fosse colocada nas quatro pontas do módulo, formando uma espécie de triângulo estrutural, que iria manter os arcos nas distâncias escolhidas. A

Figura 105. Amarra escolhida para garantir a junção das peça junto com o corte da vara.

Figura 106. Peça que vai na vara superior que passa por baixo da junção dos arcos no centro do módulo, para evitar o deslocamento da vara.

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altura dos arcos nessa primeira etapa foi colocada de uma maneira que dificultava a criação da cobertura: como os arcos externos eram maiores que os internos, o caimento da cobertura estava para dentro causando um conflito com o sentido da água, como podemos ver nos modelos abaixo:


Figura 107. Maquete de estudos inicial, com o desenvolvimento dos arcos. Figura 109. Primeiros testes com a peça lateral que tem o objetivo de deixar os arcos mais firmes.

Figura 108. Maquete de estudos inicial, onde foram usados só os arcos e as peças para que o ângulo fosse mantido.

Figura 110. Maquete de estudos.

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No segundo estudo, houve uma mudança no raciocínio estrutural e os arcos que antes eram formados por uma vara, passaram a ser formados por duas varas, passando para uma forma ogival, sendo fixados por amarras no encontro das pontas das varas, no topo da peça. Com isso os arcos internos, que anteriormente estavam paralelos, ficaram sobrepostos na vara que continuava após a amarra. Nessa etapa foram inseridas duas varas contínuas que vão de uma extremidade a outra, passando por cima dos arcos, nos dois sentidos, tanto nos arcos menores quanto nos arcos maiores, substituindo as duas peças que na primeira etapa ficavam entre a junção dos arcos internos e os arcos laterais menores. As alturas também foram ajustadas e, nesse estudo, ficaram com a mesma medida em todos os arcos, como podemos ver nos modelos abaixo:

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5.3 PROJETO FINAL

Na última etapa, quando foi definido o projeto final, os arcos voltaram a ser compostos por apenas uma vara, e foram mantidas as varas contínuas que ficam no topo do módulo (ver figuras 117 e 118). Na junção dos arcos internos, porém, onde anteriormente elas passavam por cima dos arcos, as três passaram a facear, fixadas através de amarração, e a vara que liga os arcos externos passa por baixo desse conjunto de três varas, sendo fixada também com amarra. Foi acrescentada uma peça que perfura as duas varas para garantir que a vara que passa por baixo não tenha movimentação (ver detalhe 2). A fixação no chão foi resolvida com uma peça metálica junto a uma peça de concreto, que será feita com os ângulos de cada vara, garantindo

Figuras 111,112,113 e 114. Maquete de estudo onde é possível ver as junções dos arcos através das amarras, e as varas contínuas que atravessam o módulo nos dois sentidos.

que eles fiquem estáveis (ver detalhe 1), na extremidade de cada vara que irá na se encaixar na peça metálica, será colocado um cilindro de mandeira maçiça que evita qualquer rachadura que possa aparecer durante o processo de perfuração da vara na peça (ver detalhe 1a), as alturas foram ajustadas, ficando decrescente dos internos para os externos até os laterais, respectivamente 4,5m, 4,0m e 3,8m (ver cortes AA e BB). Com isso, o caimento da cobertura faz com que a água não acumule em nenhuma parte, e para a instalação do telhado foram pensadas varas espaçadas a cada 30cm que estão fixadas entre os arcos (ver figura 120), onde será colocada a 57


cobertura de sapê, que é feita em cada vara se entendendo pelas que seguem abaixo. A cobertura escolhida é impermeável e garante o conforto dos usuários em dias de chuva. As extremidades dos módulos, onde as varas de juntam na peça metálica, têm uma distância de 5,5m e 3,7m, onde o lado menor acolhe os arcos mais baixos de 3,8m, e o lado maior os arcos de 4,0m e 4,5m, sendo, respectivamente, o externo e o interno. Como citado anteriormente, o módulo foi pensado para funcionar tanto sozinho como em conjunto, fazendo com que houvesse uma mudança nas peças da cobertura quando ele estivesse associado a outros: essa peça se entenderia até a metade do espaço entre os arcos e assim a do módulo seguinte também (ver detalhe 4), fazendo com que elas se encontrem e sejam fixadas por uma amarra, que está presente na junção dos arcos externos também, garantindo que eles fiquem paralelos sem o risco de criar um vão. O módulo apresenta uma variação possível que seria a inserção de um piso, que possibilitaria implantá-lo em áreas com pequenos desníveis sem que prejudique seu uso. Como proposta futura a peça metálica que fixa as varas teria um encaixe para uma estrutura que criaria uma malha onde o laminado de bambu seria colado, formando assim uma espécie de deck que ficaria sempre no nível do módulo por estar apoiado na sua própria peça.

Figura 115 e 116. Croqui de estudo dos arcos externos e internos.

Figura 117. Croqui de estudo dos arcos laterais.

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Figuras 118 e 119. Croqui de estudo das varas contínuas que cruzam o módulo nos dois sentidos. DETALHE 1 ESC 1:20

VISTA SUPERIOR DA PEÇA

DETALHE 1a

ESC 1:20

SEM ESCALA

Figura 120. Maquete de estudo do projeto final.

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DETALHE 2 ESC 1:20

DETALHE 3 ESC 1:20

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PLANTA BAIXA ESC 1:100

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CORTE AA. ESC 1:50

CORTE BB ESC 1:50

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ELEVAÇÃO 1 ESC 1:100

ELEVAÇÃO 2 ESC 1:100

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ARCO EXTERNO ESC 1:125

Figura 121. Maquete de estudo com as varas da cobertura.

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ARCO INTERNO ESC 1:125

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Figura 122. Maquete de estudo.

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ARCO LATERAL ESC 1:125


CORTES DOS MÓDULOS ASSOCIADOS ESC 1:125

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Figura 124. Módulos associados.

DETALHE 4 (vara da cobertura quando os módulos estão associados) ESC 1:20

ELEVAÇÃO ESC 1:125

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7.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ideia inicial do trabalho consistia em estudar materiais alternativos, que não fossem muito comuns no meio arquitetônico, mas após a análise das informações de tais materiais selecionados, a pesquisa se direcionou para o estudo aprofundado sobre o uso do bambu, devido ao interesse e curiosidade que surgiram durante essa primeira etapa. O resultado obtido após todas as etapas conseguiu abranger todas as características do material utilizado, começando pela questão da sustentabilidade, razão inicial para a escolha do bambu. Durante o processo de projeto do módulo todas as referências estudadas puderam ser exploradas, e com isso, foi possível ampliar e aprofundar o entendimento sobre as técnicas construtivas pesquisadas, e sobre as possibilidades formais deste material, que era um dos objetivos do trabalho. Outro objetivo era tornar o módulo capaz de se

Figuras 125 e 126. Os módulos associados criam vazios entre si, o que possibilita a entrada de luz.

adaptar em diferentes parques, que foi a implantação escolhida, junto com todo esse desenvolvimento de projeto, com a junção dos módulos surgiu um composto de luz e sombra, que se tornou uma característica positiva para o projeto. O trabalho como um todo atingiu as expectativas, aumentando o repertório que foi obtido durante todo o curso, e permitindo ver que novas possibilidades sempre devem ser exploradas.

67


8.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Distribuição da espécie Guadua no Brasil, a mais utilizada na construção civil. FONTE: http://www.guaduabamboo.com/guadua/what-is-guadua-angustifolia Figura 2 - Rizoma do tipo Leptomorfo. FONTE: http://bambus.rwth-aachen.de/eng/reports/buildingmaterial/buildingmaterial.html Figura 3 - Rizoma do tipo Paquimorfo. FONTE: http://bambus.rwth-aachen.de/eng/reports/buildingmaterial/buildingmaterial.html Figura 4 - Exemplo de Leptomorfo (Bambu Mosso). FONTE: http://www.sitiodamata.com.br/categoria-home/ bambu-mosso-p-edulis.html Figura 5 - Exemplo de Paquimorfo (Bambu Guadua). FONTE: http://www.sitiodamata.com.br/erosao/bambu-guadua-guadua-angustifolia.html Figura 6 - O bambu gigante pode chegar a 30 metros de altura e 30 centímetros de diâmetro. FONTE: http://www.sitiodamata.com.br/categoria-home/ bambu-gigante-d-giganteus.html Figura 7 - Bambu em diferentes etapas de crescimento. FONTE: http://ecoviladamontanha.org/introducao-ao-bambu/ Figura trando uso. FONTE: López,

8 - Ilustração adaptada de Hidalgo López, moso tempo ideal de crescimento para cada tipo de Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo pg. 1

Figura 9 - Broto de bambu comestível sendo preparado. FONTE: http://www.sitiodamata.com.br/bambu-para-alimentacao Figura 10 - Banco em bambu com as peças parafusadas. FONTE: http://cdn1.mundodastribos.com/373447-M%C3%B3veis-de-bambu-dicas-fotos-sugest%C3%B5es.jpg Figura 11 - Revestimento em laminado de bambu embaixo da escada rolante do Shopping JK, em São Paulo. FONTE: http://blogneobambu.com/2012/07/neobambu-no-iguatemi-jk-2/ Figura 12 - Esquadria de bambu na Casa de IlhaBela, do

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arquiteto Marcio Kogan. FONTE: http://au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/212/efeito-muxarabie-240745-1.aspx Figura 13 - Mosaico de bambu para revestimentos. FONTE: http://www.artcazza.com.br/mosaicos/mosaico-bambu-carbono-zero Figura 14 - Pérgola de bambu. FONTE: http://ecoeficientes.com.br/guia-de-empresas/ pergola-de-bambu/ Figura 15 - Biombo flexível de bambu. FONTE: http://www.tezukuri.com.br/produtos_categoria. php?id=15 Figura 16 - Cobertura de bambu. FONTE: http://revistacasaeconstrucao.uol.com.br/escc/ Edicoes/43/imprime128021.asp Figura 17 - Piso de bambu laminado. FONTE: http://www.neobambu.eco.br/galeria-interna/286/?1 Figura 18 - Casa com estrutura de bambu, em Niterói, Rio de Janeiro, da arquiteta Celina Llerena. FONTE: http://sustentarqui.com.br/noticias/uma-casa-de-bambu-em-parque-estadual/ Figura 19 - Green School, em Balí, construção toda feita em bambu, que é abundante na região. FONTE: https://tedcdnpi-a.akamaihd.net/r/tedcdnpe-a. akamaihd.net/images/ted/f0f1e53f628aa2b15d2ada0e48432f1e1e320ecc_2880x1620.jpg? Figura 20 - Pavilhão Treeplets do escritório Impromptu Projects, na Universidade de Macau. As ligações entre as peças de bambu foram feitas por tiras de nylon. FONTE: http://www.archdaily.com.br/br/778728/arte-e-arquitetura-treeplets-por-impromptu-projects/566d7925e58ece9c1a000115-arte-e-arquitetura-treeplets-por-impromptu-projects-foto Figura 21 - Centro Max Feffer em Pardinho, São Paulo, com cobertura de bambu, da arquiteta Leiko Hama Motomura. FONTE: http://www.centromaxfeffer.com.br/conheca.php Figura 22 - Fachada do estacionamento do zoológico de Leipzig, na Alemanha, do escritório Hentrich-Petschnigg & Partner, varas de bambu são presas por cintas de


aço, favorecendo a ventilação natural. FONTE: http://planetasustentavel.abril.com.br/album/ bambu-poder-simplicidade-735951.shtml?&foto=3

trando a ligação em cruz com pino. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.17

Figura 23 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, para o Manual de Construção com Bambu FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.13

Figura 31 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a ligação lateral com pino ou cavilha, onde se passa uma amarra que liga uma peça na outra. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.17

Figura 24 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a união de peças com pino, utilizando o corte boca de peixe no bambu. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.15 Figura 25 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando outro tipo de ligação entre as peças com pino, utilizando o corte boca de peixe no bambu. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.15 Figura 26 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando outro tipo de ligação com pino passando por uma peça interna vertical, utilizando o corte boca de peixe no bambu. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.15 Figura 27 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando um tipo de ligação com âncora metálica. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.15 Figura 28 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando uma ligação de peças horizontais através de duas cunhas, que se conectam nas duas peças fazendo a sua união, e onde ficam as cunhas há uma amarra. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.17 Figura 29 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a ligação através de pinos de bambu, e ajustadores nas amarrações, que ficam junto com os pinos. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.17 Figura 30 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López. mos

Figura trando FONTE: López,

32 - Ilustração de Oscar Hidalgo López, mosa ligação de esquina. Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo pg.17

Figura 33 a 36 - Ilustrações de Oscar Hidalgo López, mostrando respectivamente os tipos de conexões do tipo topo, do tipo bisel, do tipo viga e do tipo bambu médio. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.18 Figura 37 a 39 - Ilustração de Oscar Hidalgo López, mostrando conexões aplicadas em aquedutos, são elas respectivamente conexão do tipo união interna, do tipo união externa e do tipo telescópio. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.18 Figura 40 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando como fazer a conexão de dois bambus. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.19 Figura 41 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López,mostrando a união em ângulo, através de um cilindro de madeira no interior do bambu. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.19 Figura 42 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López,mostrando a união em T, através de um cilindro de madeira que fica dentro do bambu, e encaixa na peça vertical. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.19 Figura 43 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a amarra quadrada, que serve para unir peças verticais e horizontais. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg. 20

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trando a amarra quadrada, que serve para unir peças verticais e horizontais. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg. 20 Figura 44 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López, mostrando a amarra diagonal, que serve para unir peças diagonais. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg. 20 Figura 45 - Conexão feita com aço inox. FONTE: http://www.bambucarbonozero.com.br/construcoes-bcz/ecotenda/ Figura 46 - Estudo de conexões metálicas feito pelo arquiteto Renzo Piano. FONTE: http://forumdaconstrucao.com.br/conteudo. php?a=23&Cod=592 Figura 47 - Conexão metálica de alumínio fundido desenvolvida pelo professor Jack Elliot, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade de Cornell, tem uma resistência contra sismos e furacões, a conexão se mostra eficaz na espécia Guadua, mais usada na construção civil, e é denominada “Triakonta”. FONTE: http://www.engenhariacivil.com/engenheiro-civil-estruturas-bambu Figura 48 - Exemplos de laminados de bambu. FONTE: http://www.fibrasarte.com.br/images/laminados/ laminadosg.jpg Figura 49 - Exemplos de laminados de bambu FONTE: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/3f/ a0/89/3fa089c13fb6c721a3ddcc280f387269.jpg Figura 50 - Ilustração adaptada de Oscar Hidalgo López sobre a obtenção da lâmina de bambu. FONTE: Manual de Construção com Bambu, Oscar Hidalgo López, pg.10 Figura 51 - Pavilhão Zeri, na Alemanha. FONTE: http://ecologambiente.blogspot.com. br/2013/11/a-arquitetura-de-bambu-fantastica-do.html Figuras 52 a 56 - Detalhes construtivos do Pavilhão ZERI. FONTE: https://bambuterra.com.mx/2015/02/19/visita-a-pabellon-zeri/

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Figura 57 - Detalhe da base do pavilhão. FONTE: http://www.mandua.com.py/la-arquitectura-debe-ser-un-poco-mas-vegetariana-n138 Figura 58 - Detalhes das conexões feitas em cada parte do pavilhão. FONTE: http://www.bambooteam.com/bambustique/expo2000/ expo/27.html Figura 59 - Ponte no Crosswaters Ecolodge. FONTE: http://www.edsaplan.com/files/media-image/portfolio/crosswaters-ecolodge-reflection-pool-bamboo-bridge-244.jpg Figura 60 e 61 - Parte de concreto da ponte, e os andaimes de bambu. FONTE:http://www.fceia.unr.edu.ar/darquitectonico/darquitectonico/data/pdf/simon_velez.pdf Figura 62 - Cobertura da ponte e os andaimes de bambu. FONTE:http://www.fceia.unr.edu.ar/darquitectonico/darquitectonico/data/pdf/simon_velez.pdf Figura 63 - Vista da entrada da capela. FONTE: http://imageshack.com/f/83/catedralenguaduapereira02s3ej.jpg Figura 64 - Interior da Igreja e ao lado um bambuzal, onde podemos notar a semelhança entre a estrutura interna do projeto e o comportamento natural do bambu. FONTE: http://www.ecoeficientes.com.br/new/wp-content/ uploads/2013/10/simon-velez-bambu-sustentavel-05.jpg Figura 65 - Interior da Igreja e ao lado um bambuzal, onde podemos notar a semelhança entre a estrutura interna do projeto e o comportamento natural do bambu. FONTE: https://lh3.googleusercontent.com/-ktzShcj2yAE/ USt62_PYzKI/AAAAAAABBlg/irProBON5dQ/w506-h342/bambuzal.jpg Figura 66 - Interior da Igreja ainda vazia. FONTE: http://infomadera.net/uploads/articulos/archivo_5079_23484.pdf (pg. 18) Figura 67 - Ilustração de Simon Vélez da Igreja em Pereira, com detalhe da junção dos bambus e da base. FONTE: http://imageshack.com/f/83/catedralenguaduapereira06s4jc.jpg Figura 68 - Vista do café, e sua relação com o rio.


FONTE: http://archtendencias.com.br/arquitetura/ cafe-kontum-indochine-vo-trong-nghia-architects/attachment/cafe-kontum-indochine-vo-trong-nghia-architects-1/

http://www.archdaily.com.br/br/776882/floresta-de-bambu-vo -trong-nghia-architects/56395358e58ece27a9000193-bamboo-forest-vo-trong-nghia-architects-section

Figura 69 - Cobertura de painéis. FONTE: http://www.architectmagazine.com/technology/detail/an-open-air-cafe-built-from-thousands-of-bamboo-canes_o

Figura 77 - A amarração que quase não é percebida por se tratar do mesmo material usado no pavilhão. FONTE: http://www.archdaily.com.br/br/776882/floresta-de-bambu -vo-trong-nghia-architects/563952d9e58ece6e64000185-bamboo-forest-vo-trong-nghia-architects-photo

Figura 70 - Secção da coluna ilustrando as ligações dos bambus. FONTE: http://votrongnghia.com/projects/kontum-indochine-cafe/ Figura 71 - A ventilação natural no café. FONTE: http://votrongnghia.com/projects/kontum-indochine-cafe/ Figura 72 - Vista do pavilhão instalado no prédio da galeria. FONTE: http://www.archdaily.com.br/br/776882/floresta-de-bambu-vo-trong-nghia-architects/563952b1e58ece27a900018d-bamboo-forest-vo-trong-nghia-architects-photo Figura 73 - Os arcos e caixas com mudas de bambu. FONTE: http://www.archdaily.com.br/br/776882/floresta-de-bambu-vo -trong-nghia-architects/5639528be58ece6e64000182-bamboo-forest-vo-trong-nghia-architects-photo Figura 74 - Detalhes da composição do pavilhão como mencionado acima, a malha criando o volume, os arcos definindo a área de passagem, as caixas solidificando a estrutura e acomodando as mudas de bambu. FONTE: http://www.archdaily.com.br/br/776882/floresta-de-bambu -vo-trong-nghia-architects/5639532ae58ece27a9000191-bamboo-forest-vo-trong-nghia-architects-detail Figura 75 e 76 - Corte e planta do pavilhão onde podemos ver como a malha garante o volume do projeto e como os arcos funcionam como definidores de um espaço central. FONTE: http://www.archdaily.com.br/br/776882/floresta-de-bambu -vo-trong-nghia-architects/5639534ce58ece6e64000188-bamboo-forest-vo-trong-nghia-architects-floor-plan

Figura 78 - Banco Pile Isle, em Amsterdã, pelos designers Elena Goray e Christoph Tonges. Neste exemplo os designer utilizam o bambu em sua forma natural e fazem a conexão das peças com tiras de aço nas extremidades do banco. FONTE: http://www.elenagoray.com/Pile%20Isle.html Figura 79 - Sofá de bambu, do fabricante Kul Bamboo. Nessa peça foi utilizado o laminado de bambu, e foi recebido um tratamento para ser usado em áreas externas. FONTE: http://www.archiproducts.com/pt/produtos/200333 /mobiliario-de-jardim-sofa-2-lugares-em-bambu-para-jardim-kul-gar-06-sofa-2-lugares-kul-bamboo.html Figura 80 - Banco feito em bambu, pelo designer Gal Ben-Arav, tem o encosto removível podendo ser usado de dois jeitos. Foram usadas as varas inteiras de bambu, unidas pelo perfil metálico que também serve de apoio ao banco. FONTE: http://www.designboom.com/design/gal-ben-arav-bamboo-bench/ Figura 81 a 83 - Mobiliário feito em bambu pelo arquiteto Michael McDonough. Todas as peças foram feitas com laminado de bambu. FONTE: http://www.michaelmcdonough.com/projects/furn/ bamfurn.php4 Figura 84 - Cadeira com anéis de bambu dos irmãos David e Samantha Stephenson. FONTE: http://inhabitat.com/author/objektincorporated/ Figura 85 - Tea Harmony Chair, do designer Hiroki Takada. FONTE: http://www.takadadesign.com/

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Figura 86 - Cadeira de bambu dos designers Tejo Remy e René Veenhuizen. FONTE: http://www.remyveenhuizen.nl/work/furniture/ bamboo-chair Figura 87 e 88 - Banco de bambu do designer Chen Min. Ele é feito de folhas de laminado de bambu, coladas nas extremidades, e uma vara que prende a peça, garantindo a sua estabilidade. O formato de arco das chapas garante sua flexibilidade e proporciona conforto ao usuário. FONTE: http://chen-min.com/PROJECTS/products/201303/129.html Figura 89 - The Bow TieChair do designer Ching-ke Lin é uma cadeira feita de laminado de bambu, as partes curvas foram obtidas através do aquecimento do laminado. Um laminado na parte superior, inferior e nas laterais da cadeira pregados em cada vara laminada garantem a estabilidade. FONTE: http://www.design-flute.com/2010/07/06/truss-me/ Figura 90 - Cadeira em bambu feita pelo Sangaru Design que faz parte da coleção “Truss Me”, uma família de mobiliários feitos artesanalmente com bambu. Foram exploradas a resistência à tração do bambu e a laminação, criando um sistema estrutural leve, que é aplicado nas outras peças da coleção. FONTE: http://narchitects.com/work/forest-pavilion-2/ Figura 91 - Forest Pavilion sendo usado a noite, criando um destaque pelas luzes que o tornam um ponto de luz no vale do parque onde ele está instalado. FONTE: http://narchitects.com/work/forest-pavilion-2/ Figura 92 - Durante o dia sendo usado pelos visitantes do parque. FONTE:http://narchitects.com/work/forest-pavilion-2/ Figura 93 - O pavilhão durante o dia. FONTE: http://www.archdaily.com/165393/forest-pavilion-narchitects/50158b0228ba0d5a4b00019d-forest-pavilion-narchitects-photo Figura 94 - Vista superior do projeto. FONTE: http://narchitects.com/work/momap-s-1-canopy-3/

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Figura 95 - Vista dos arcos de bambu formando uma malha. FONTE: http://narchitects.com/work/momap-s-1-canopy-3/ Figura 96 - Bambus quase formando um arco usados no projeto do The Signature SPA, no Vietnã. FONTE: http://www.archdaily.com.br/br/796901/vo-trong-nghia-architects -divulga-projeto-de-spa-no-vietna/57a8861ee58ece752000013e-vo-trong-nghia-architects-design-signature-spa-in-vietnam-image Figura 97 - Estrutura do Centro Comunitário Diamond Island, no Vietnã, onde os bambus formam círculos e são conectados através de amarras. FONTE: http://www.archdaily.com.br/br/778272/centro-comunitario-ilha-do-diamante-vo-trong-nghia-architects/5660a121e58ece20b4000416-diamond-island-community-center-vo-trong-nghia-architects-photo Figuras 98,99 e 100 - Coberturas de sapê nos projetos, respectivamente, Centro Comunitário Diamond Island, Sala de Conferência Naman Retreat e Bar no Resort Naman, ambos no Vietnã. FONTE: http://www.archdaily.com.br/br/office/vo-trong-nghia-architects Figura 101,102 e 103 - Testes feitos pelo arquiteto Renzo Piano, e pelo professor Jack Eliot. Figura 104 - O corte usado para o encontro das varas de bambu, nos arcos que cruzam o módulo na parte superior, e nas varas que ficam entre os arcos dando sustentação para as coberturas. Figura 105 - Amarra escolhida para garantir a junção das peça junto com o corte da vara. Figura 106 - Peça que vai na vara superior que passa por baixo da junção dos arcos no centro do módulo, para evitar o deslocamento da vara. Figura 107 - Maquete de estudos inicial, com o desenvolvimento dos arcos. FONTE: Acervo pessoal Figura 108 - Maquete de estudos inicial, onde foram usados só os arcos e as peças para que o ângulo fosse mantido. FONTE: Acervo pessoal


Figura 109 - Primeiros testes com a peça lateral que tem o objetivo de deixar os arcos mais firmes. FONTE: Acervo pessoal Figura 110 - Maquete de estudos. FONTE: Acervo pessoal Figura 111,112,113 e 114 - Maquete de estudo onde é possível ver as junções dos arcos através das amarras, e as varas contínuas que atravessam o módulo nos dois sentidos. FONTE: Acervo pessoa

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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Figura 115 e 116 - Croqui de estudo dos arcos externos e internos. FONTE: Acervo pessoal

Figura 117 - Croqui de estudo dos arcos laterais. FONTE: Acervo pessoal Figuras 118 e 119 - Croqui de estudo das varas contínuas que cruzam o módulo nos dois sentidos. FONTE: Acervo pessoal Figura 120- Maquete de estudo do projeto final. FONTE: Acervo pessoal Figura 121 - Maquete de estudo com as varas da cobertura. FONTE: Acervo pessoal Figura 122 - Maquete de estudo FONTE: Acervo pessoal Figura 123 - Imagem do módulo FONTE: Acervo pessoal Figura 124 - Módulos associados FONTE: Acervo pessoal Figura 125 e 126 - Os módulos associados criam vazios entre si, o que possibilita a entrada de luz. FONTE: Acervo pessoal

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