Revista Produtor Rural - ed. 71

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ISSN 1984-0004 Publicação bimestral do Sindicato Rural de Guarapuava Ano XII - Nº 71 - Fev/Mar 2019 Distribuição gratuita

REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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meta

A solidez da Coamo vem da cooperação de todos. Graças a força do trabalho e da união, a Coamo cresceu em 2018, sendo o melhor ano em relação às receitas globais. É pela connança no trabalho desenvolvido na Coamo que os cooperados estão seguros, estão em casa.

Na foto, a associada Adriana do Rocio Passos de Lacerda Martins

Coamo, forte como o homem do campo.


índice Cultura

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Nivaldo Krüger lança livro sobre a história de Guarapuava

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Sistema FAEP

Manchete Calor atípico trouxe safra de desafios

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Sindicato Rural e FAEP: mais um ano repleto de iniciativas em prol do setor rural

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68

Viagem Internacional Produtores de leite da França visitam propriedades da região

Encontro de Líderes Rurais

Maquinário agrícola

Especial

Evento repete sucesso incentivando empreendedorismo no campo

Terceirização ganha espaço nas propriedades

Ovinocultura na Nova Zelândia

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Representatividade rural AGO da FAEP reúne mais de 100 sindicatos rurais

Tecnologia Produtores rurais de Guarapuava e região vão ao Show Rural Coopavel

Bovinocultura Cescage firma parceria com Pecuária Moderna

Sindicato Rural de Guarapuava Eleição de diretoria terá chapa única


DIRETORIA:

expediente Rodolpho Luiz Werneck Botelho

Josef Pfann Filho

Anton Gora

PRESIDENTE

1º VICE PRESIDENTE

2º VICE PRESIDENTE

Gibran Thives Araújo

Cícero Passos de Lacerda

1º SECRETÁRIO

2º SECRETÁRIO

REDAÇÃO/FOTOGRAFIA:

Luciana de Queiroga Bren

Manoel Godoy

Geyssica Reis

Diretora de Redação e Editora-Chefe Reg. Prof. 4333

Jornalista

Jornalista

PRÉ DISTRIBUIÇÃO:

DISTRIBUIÇÃO: Guarapuava, Candói e Cantagalo: Adilson Penteado Mundial Exprex

João Arthur Barbosa Lima

Jairo Luiz Ramos Neto

1º TESOUREIRO

2º TESOUREIRO

Equipe Sindicato Rural

Distrito de Entre Rios: André Zentner

NOSSA CAPA

CONSELHO FISCAL: TITULARES:

Lincoln Campello

Luiz Carlos Colferai

Alexandre Seitz Endereço: Rua Afonso Botelho, 58 - Trianon - CEP 85070-165 - Guarapuava - PR Fone/Fax: (42) 3623-1115 Email: comunicacao@srgpuava.com.br Site: www.portaldoprodutor.agr.br Extensão de Base Candói Rua XV de Novembro, 2687 - Fone: (42) 3638-1721 - Candói - PR

SUPLENTES:

Projeto gráfico e diagramação: Mynd's Design Editorial Impressão: Gráfica Positiva e Editora - Cascavel/PR Tiragem: 2.500 exemplares Carlos Eduardo dos Santos Luhm

Anton Gottfried Egles

Roberto Eduardo Nascimento da Cunha

Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião da REVISTA DO PRODUTOR RURAL ou da diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava. É permitida a reprodução de matérias, desde que citada a fonte.


editorial O que o Sindicato e a FAEP fazem?

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ssa é a primeira edição do ano da REVISTA DO PRODUTOR RURAL. A número 71, desde quando a publicação foi lançada, em 2007, com o objetivo de ser o principal canal de comunicação da entidade com os seus sócios, produtores rurais da região. Desde então, os produtores associados recebem a revista em suas casas, a cada dois meses. Ela é uma publicação institucional. Sendo assim, sempre divulgamos todas as ações realizadas pelo Sindicato Rural de Guarapuava. Ela também é técnica, ou seja, publicamos matérias informativas e artigos que interessam os produtores rurais da região. A revista tem anúncios de empresas do setor, visando cobrir seu custo de produção, já que sua distribuição é gratuita e não tem fins lucrativos. E sempre procuramos destacar, por meio de artigos ou matérias, a importância do Sindicato Rural como entidade representativa da classe. Inclusive, todos os anos, na primeira edição, fazemos uma espécie de retrospectiva do ano, com as ações e conquistas do Sistema FAEP, do qual fazemos parte, para que nosso associado acompanhe o que, muitas vezes, ele não tinha conhecimento... Inúmeros assuntos ligados a sua atividade que estão sendo discutidos na FAEP, na CNA, na Assembléia Legislativa do Paraná ou no Congresso Nacional, em Brasília. Muitos associados não sabem que, neste exato momento, tem alguém em Brasília defendendo-o, lutando para que não seja aprovada uma lei que vai prejudicá-lo - e muito! Essa pessoa é, por exemplo, um membro da Comissão Técnica de Grãos, que o seu Sindicato indicou. Nesta edição, das páginas 56 a 62, ou seja, em sete páginas da revista, publicamos um RESUMO das nossas principais ações de 2018. No entanto, muito mais importante do que os eventos técnicos que organizamos, é a certeza de que temos entidades e pessoas nos representando e nos defendendo em todas as esferas do setor. É muita reunião, discussão e projetos que, se não fosse o Sistema como um todo - e isso inclui Sindicato Rural, FAEP, SENAR e CNA - estaríamos com sérios problemas. Somente o Sindicato Rural de Guarapuava encaminhou 13 ofícios no mês de fevereiro; com demandas do setor. Sim, talvez o leitor não saiba, mas nós pedimos que o DER parasse com as roçadas da soja (quase pronta para colheita) na beira das estradas rurais da região; também

pedimos esclarecimentos sobre o fim da sobretaxa antidumping do leite; encaminhamos documentação para dar sequencia à parceria com a Adapar para emissão de GTA no Sindicato Rural de Guarapuava em 2019; solicitamos palestra com o pesquisador Dr. Evaristo Eduardo de Miranda, chefe geral da Embrapa; e indicamos uma produtora rural para receber o título de Mulher Cidadã da Câmara Municipal de Guarapuava. Ah, mas algumas pessoas só dão valor àquilo que mexe com o bolso. Então vamos lá... para citar apenas um exemplo. Já ouviram falar do “plantão sobre salário educação” que divulgamos todos os meses? Então, por meio do Sindicato Rural de Guarapuava, centenas de produtores entraram com ação judicial e já deixaram de recolher essa contribuição social que vinha sendo cobrada de forma indevida dos produtores rurais que empregam na pessoa física. Muitos já deixaram de pagar e vários já receberam a devolução. É um processo que não tem risco para o produtor e ele só paga os honorários sobre os valores efetivamente recuperados. Pergunto: será que os sócios estariam sabendo disso se não fosse por meio do seu Sindicato? Nossa entidade tem 51 anos. Se fôssemos citar somente o que fizemos nos últimos 10 anos, já daria um livro. Aliás, até já temos esse livro. Se mandássemos encadernar as 71 edições dessa revista, teríamos todas as ações da entidade nos últimos quase 12 anos. E nem falamos nos cursos de capacitação do Senar e sua contribuição para o desenvolvimento agropecuário regional. Mas alguma coisa não está se encaixando. No meio das atribulações do dia a dia, tem muita gente desinformada. Muito produtor que não lê a revista. Só pode! Aliás, não só a revista, mas não lê as informações importantes que enviamos por e-mail, SMS, imprensa ou aquelas que postamos nos grupos de WhatsApp. Por que quando um produtor rural me pergunta o que faz o Sindicato Rural e a FAEP, eu me pergunto: onde estamos errando? Concordo que nenhuma entidade é perfeita. Mas é preciso separar o joio do trigo. É preciso reconhecer a importância de resultados concretos advindos do nosso Sistema. É preciso entender que sem união e representatividade política de classe estaremos todos mortos.

Rodolpho Luiz Werneck Botelho Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava

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Anton Gora Produtor rural, diretor da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), vice-presidente do Sindicato Rural de Guarapuava e presidente do Núcleo Regional dos Sindicatos Rurais do Centro-sul do Paraná

Novos tempos

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odos nós sabemos que não existe mais a Contribuição Sindical obrigatória. Os sindicatos, federações e confederações terão que sobreviver com receitas próprias. De certa forma, acho até que essa mudança foi positiva. Muitos recursos dessa contribuição eram mal usados e até de certa forma desviadas. Não é o caso da maioria dos sindicatos patronais, rurais ou não. Todos os recursos arrecadados pelo nosso Sindicato, Federação foram muito bem usados em beneficio dos produtores. Vamos falar um pouco mais disso adiante. Nos Estados Unidos, os Farm Bureaus têm suas próprias receitas e com isso conseguiram se tornar a segunda força política do País, atrás apenas dos advogados e com o apoio da população urbana que compra os serviços dos Farm Bureaus. Na Europa, os Sindicatos tem o nome de Associações e são fomentados e financiados pelo Governo. Tanto nos Estados Unidos como na Europa, o governo e a população urbana sabem da importância da agricultura. Já passaram por guerras e fome, muita fome. Em uma enquete recente na Europa sobre o subsídio dado pelo governo à agropecuária, 80% da população se mostrou favorável e querem a sua continuidade. Agropecuária nesses países é questão de segurança nacional. No Brasil, o panorama é bem diferente. A agropecuária é vista como o grande vilão, embora gere 35% dos empregos, produza comida de qualidade e barata para os brasileiros, gere divisas para o Brasil e ainda preserve o meio ambiente. O Brasil é o único país do mundo que tem mais da metade de sua área natural preservada. Quem produz, fomenta e denigre a imagem da agropecuária brasileira são ONGs financiadas por países de baixa competitividade. Muitos produtores devem estar pensando que com a era Bolsonaro os nossos problemas acabaram. O nosso presidente é favorável à agropecuária e vai nos defender. Mas não é bem assim, pois interesses contrários à produção, ONGs e ambientalistas sempre tentarão nos prejudicar. Tivemos um exemplo recente com a taxa antidumping contra o leite subsidiado

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pela União Europeia. A taxa antidumping nada mais é do que a compensação dos subsídios europeus e se não fosse a rápida intervenção das nossas entidades, envolvendo políticos, estaríamos hoje concorrendo com subsídios, o que é impossível e em pouco tempo a cadeia produtiva do leite iria perecer, levando consigo a produção de milho, soja e milhares de empregos. Temos ainda muitos outros fatores que provocam uma concorrência desleal, como os nossos altos impostos, leis ambientais rígidas, registro e uso de defensivos, entre outros. Se as nossas entidades não estiverem atentas, influenciando a política, em pouco tempo perderemos competitividade. Nem falamos ainda dos grandes serviços prestados pelas entidades, como no caso da atuação firme e forte contra a reforma agrária. Muitos de nós teríamos perdido as terras, alguns até perderam. O que seria se não fosse a atuação das entidades na questão da votação do Código Florestal? Teríamos perdido muito mais do que a Reserva Legal e preservação permanente. Apenas para citar essas duas. Para manter o nosso sindicato, federação e confederação estão sendo preparados vários programas para que a entidade seja autossuficiente, mas isso apenas não basta. Nós temos que ter a consciência de que devemos contribuir financeiramente e contribuir com a nossa participação se quisermos ser e ter os nossos interesses preservados. Diz um ditado que: “Quem não cuida do que é seu, não merece tê-lo”. As entidades são nossas e precisamos mantê-las, para sermos ouvidos e representados. Ninguém sobrevive sem uma defesa e representação política, porque todas as decisões são políticas. E isso sempre foi assim. Lembro-me quando ainda trabalhava na Cooperativa Agrária e em março de 1991 foi criado o MERCOSUL. Ocorreram várias negociações para a formação do bloco. Participei de muitas dessas negociações, naquela ocasião representando a OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, indicado pela Agrária para discutir a questão das culturas de inverno. Naquele tempo, já se plantava em torno de 80 mil hectares en-

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tre trigo cevada e aveia em nossa região e essas culturas eram importantes para o sistema agrícola em termos de rentabilidade e conservação de solo, como continua sendo até hoje. Naquelas reuniões, a proposta da Argentina era de que o Brasil não plantasse mais culturas de inverno. A Argentina nos supriria com trigo, cevada e aveia - chamavam aquilo de reconversão de áreas. Proposta essa apoiada pela indústria brasileira, que tinha interesse na exportação de manufaturados em troca de produtos agrícolas. Essa proposta argentina também tinha o apoio do nosso governo, que pressionado pela indústria defendia a troca de produtos industrializados pelos cereais de inverno. Queria o governo que em nossas áreas fossem plantado pastagem que serviria para a criação de animais, voltando ao tempo dos campos nativos. Estávamos sozinhos, nós produtores, nessa luta. Imaginemos a nossa região apenas com pastagem! Muitos de nós nem estaria mais aqui. Vencemos a luta, a agricultura se desenvolveu mais e se tornou nessa pujança que hoje conhecemos. Resultado da união dos produtores em defesa dos seus interesses. E interesses contrários sempre vão existir, com certeza. As ONGs ambientais vão continuar nos incomodando, interesses comerciais nacionais e internacionais estarão acima dos nossos interesses. E como contraponto, teremos que continuar organizados e fortes. Se assim não for, talvez alguns sobrevivam, ou surgirão grandes conglomerados agropecuários, mas o pequeno, o médio e até o grande produtor estarão ameaçados. Por isso, vamos repensar a nossa posição em relação ao sindicato. Temos que mantê-lo de pé, colocar a mão no bolso. Pagamos por tantos outros trabalhos e não reclamamos. Até impostos e taxas exorbitantes pagamos sem reclamar. Admiro muito as pessoas que estão comprometidas com o trabalho de manutenção das nossas entidades, principalmente o nosso presidente, que muitas vezes deixa os seus afazeres particulares para se dedicar ao bem comum. Temos que apoiá-lo, para que ele possa nos ajudar. Sem união, estaremos expostos ao fracasso.


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S U S T E N TA B I L I D A D E

Guarapuava: Cooperados da Agrária obtêm certificação internacional de soja responsável

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grupo familiar Reinhofer, formado por Eduardo, Hildegardt, Bruno e Robert Reinhofer, cooperados da Cooperativa Agrária Agroindustrial, obteve no último dia 8 de fevereiro a certificação RTRS, que atesta a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental de produtores de soja em todo o mundo. Com isso, atualmente o grupo é o único com a certificação vigente no Paraná. Apesar dos rigorosos requisitos da organização RTRS (Round Table on Responsible Soy), obter a certificação foi relativamente simples para o Grupo Reinhofer, que há anos participado PAGR (Programa Agrária de Gestão Rural). “A sistemática é muito parecida. A RTRS goza de uma credibilidade muito grande, por ser uma certificação internacional, que atende os requisitos mundiais de sustentabilidade. Portanto, o fato de termos atingido esses requisitos via PAGR, significa que o programa da Agrária atende tranquilamente os padrões internacionais”, destacou Bruno. A certificação se aplica às cinco propriedades do grupo no Paraná, em um total de 11,7 mil hectares – dos quais, 6mil de área cultivada. Todas integram também o PAGR. A certificação tem validade de cinco anos, mas durante esse período as fazendas serão objeto de novas auditorias, a fim de confirmar que as exigências continuam a ser atendidas. “É preciso fazer um trabalho bem feito, porque uma coisa é obter a certificação, e outra é mantê-la”, ressaltou Bruno. “As boas práticas em agricultura têm que estar verdadeiramente enraizadas na cultura da fazenda, no dia a dia das pessoas, senão em pouco tempo caem no esquecimento, e tudo o que foi conquistado se perde”.

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O objetivo do RTRS é disseminar modelos sustentáveis de produção de soja no mundo, respeitando não só toda a legislação local (ambiental, trabalhista, etc.), como também atuando positivamente para uma agricultura socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável. A certificação, nesse sentido, serve para que as empresas que compram soja tenham informações seguras sobre sua procedência. Muitas dessas indústrias usam o selo RTRS em suas embalagens, com o intuito de informar o consumidor final sobre a origem sustentável do produto. “Hoje essas certificações ainda são um diferencial, mas em breve elas serão um requisito mínimo para sentar à mesa de negociação”, concluiu Bruno. Texto e foto: Assessoria de Comunicação Agrária

Bruno Reinhofer: boas práticas enraizadas na cultura da fazenda


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P R E S TA Ç Ã O D E C O N TA S

AGO da FAEP reuniu mais de 100 sindicatos do PR Com informações de Sistema FAEP/SENAR Fotos: Sistema FAEP/SENAR

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Federação de Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) realizou no dia 28 de janeiro sua Assembleia Geral Ordinária (AGO) 2019. O evento contou com a presença de lideranças sindicais de todas as regiões do Paraná. O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho e o vice-presidente, Anton Gora (delegado representante), participaram da assembleia. Em seu discurso, o presidente Ágide Meneguette destacou a importância de que o sistema sindical esteja forte e coeso. Ao longo de sua apresentação, o dirigente elencou vitórias obtidas pelo setor a partir da atuação da FAEP e apontou quais serão os desafios do futuro. A assembleia contou com mais de 100 presidentes de sindicatos rurais do Estado. Entre as conquistas, Meneguette citou a suspensão judicial do processo de de-

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marcação de terras indígenas no Oeste do Paraná, a aprovação do novo Código Florestal e a lei que isenta de ICMS propriedades com microgeração de energia por meio de biodigestores. O presidente da FAEP destacou ainda outras atuações, como a apresentação de prioridades da categoria aos candidatos ao governo do Paraná e os esforços para que o Estado seja reconhecido como área livre de aftosa sem vacinação. “Milhares de produtores estão sendo beneficiados. No caso da conquista do status de livre de aftosa sem vacinação, nós mostramos à então governadora [Cida Borghetti] que o setor inteiro estava pedindo e a importância disso para o desenvolvimento do Paraná. Ela entendeu e fez os encaminhamentos”, disse Meneguette.

FUTURO Com a alternância nos governos estadual e federal, o presidente da FAEP avaliou que houve uma “virada de 180 graus em todos os setores, inclusive no nosso”. No âmbito estadual, Ágide Meneguette apontou que o foco é continuar próximo do governo do Paraná, trabalhando em prol do produtor rural. A relação com o novo governador, Carlos Massa Junior, e com o seu secretário de Agricultura, Norberto Ortigara, já é positiva.“Vamos trabalhar para que essas relações sejam ainda mais benéficas para o produtor”, resumiu. Em relação ao aspecto federal, a dificuldade será manter a sustentação do sistema sindical. Desde o ano passado, com a reforma trabalhista, a contribuição sindical se tornou facultativa. Por isso, o presidente da FAEP citou que vai ser determinante que os sindicatos estejam atuantes e transparentes, como forma de mostrar sua importância e ampliar sua representatividade.


BIOESTIMULANTE

YieldON é 8% mais eficiente para a cultura da soja

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Valagro do Brasil, subsidiária da italiana Valagro SpA líder na produção e comercialização de bioestimulantes e especialidades nutricionais destinados a culturas agrícolas, desenvolveu o YieldON® com o objetivo de abastecer o mercado de cereais, oferecendo aumento significativo da produtividade, por intermédio do aumento da eficiência da atividade fisiológica, garantindo maior número de

grãos. “Nossos diversos estudos de pesquisas com instituições oficiais e de campos demonstrativos em diversas regiões do Brasil ao longo de três safras consecutivas demonstraram que houve um acréscimo de 8% de aumento na produtividade na cultura da soja”, informa Murilo Moraes, Crop Manager da Valagro do Brasil, da italiana Valagro SpA. No segundo ano comercial do produto, que começou com testes de campo em instituições de pesquisa no Brasil na safra 2015/2016, o YieldON® comprovou sua capaMÁXIMA PRODUTIVIDADE PARA A CULTURA . cidade de melhorar o MÁXIMO RETORNO PARA O PRODUTOR transporte de açúcares e outros nutrientes, estimular a divisão celular, aumentar a síntese e o transporte de lipídios. A ação do produto é garantida pela combinação inovadora de extratos vegetais e de algas (Fucaceae, Chenopodiaceae e Poaceae), desenvolvido através da plataforma tecnológica GeaPower.

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ARTIGO

Norma que Restringe o uso de Agrotóxicos no Paraná Atual Entendimento do Judiciário

Luis Eduardo Pereira Sanches é advogado do escritório Trajano Neto e Paciornik em aliança legal com o escritório Decker Advogados Associados

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judiciário paranaense concedeu no último dia 31 de janeiro, como decisão provisória, a manutenção de uma norma que restringe o uso de agrotóxicos no Paraná. A decisão liminar fora proferida pela 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba/PR atendendo a um pedido do Ministério Público Estadual. Para melhor entender a problemática, destaca-se que a Resolução 22/1985, da extinta Secretaria de Interior, estabelece distâncias mínimas para a aplicação de defensivos agrícolas em relação a cursos d’água (rios, córregos e nascentes, núcleos populacionais, habitações, moradias isoladas, escolas, locais de recreação e culturas suscetíveis a danos. Referida norma acabou revogada no mês de dezembro/2018 por meio de uma resolução conjunta da Casa Civil do Estado, da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab). A resolução tinha como objetivo estabelecer distâncias mínimas para aplicação de defensivos agrícola. Entretanto, em ação civil pública, ajuizada pelo núcleo da capital do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo (Gaema) do MPPR, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente de Curitiba alegou que o

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cancelamento da resolução poderia gerar riscos graves de danos ambiental, à saúde e socioambiental em todo o estado. Na solicitação o órgão ministerial argumentou que a resolução é fundamental e indispensável “à proteção da vida e da saúde de todos, visto que cria faixa de amortecimento do maior volume de chegada de partículas de agrotóxicos derivados do emprego em lavouras e plantações, gerando, com isto, uma medida protetiva às pessoas, aos recursos hídricos, ao meio ambiente e à própria economia”, cita um trecho da decisão judicial. Em seu fundamento, o magistrado entendeu que, ao revogar a resolução, não houve especificação de “qualquer outra distância regulamentar para aplicação de agrotóxicos no Estado Paranaense”, e, com isso, a falta de normas poderia gerar inúmeras situações conflituosas e insegurança jurídica para todos os setores envolvidos na aplicação do agrotóxicos, desde os empresários rurais, passando pelas comunidades do entorno até o poder público. Ainda em sua decisão, aquele juízo entendeu que a revogação foi adotada sem consulta ao Poder Público, à sociedade civil e a outros interessados e envolvidos, além de comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas. Entretanto, uma reflexão diversa deve ser noticiada: dentre os países do Mercosul, o Brasil é o que possui normas mais rígidas. Normas estas que representaram um grande avanço diante dos males ao

ambiente e à saúde humana, como, por exemplo, para comprar um agrotóxico, o agricultor necessita da receita agronômica. É obrigatório assinalar, também, que há uma insuficiência muito grande na fiscalização interna, o que significa levar à “vala comum” daqueles que prejudicam o meio ambiente, a grande maioria dos agricultores que os utilizam de forma racional e adequada, inclusive com regular rejeito das embalagens. Conclui-se, embora o assunto mereça um melhor aprofundamento, que a questão sobre o uso de agrotóxicos é complexa e deve ser orientada pelo Ministério da Agricultura, o uso e selecionar o produto de modo adequado à plantação, sendo este produto fiscalizado em sua produção pelo Ministério da Saúde que também deverá dar apoio a saúde da população e animais utilizados para o consumo humano; o Ministério do Trabalho deve fiscalizar os trabalhadores para que estes sejam credenciados e recebam o treinamento adequado para o uso dos produtos e verificar a jornada de trabalho destes o Ministério do Meio Ambiente deverá monitorar a fauna e flora e o Ministério da Educação pode inserir este tema em debate com alunos e população; cabendo no momento o julgamento de responsáveis diretamente pela distribuição de produtos de forma clandestina ao Ministério da Justiça bem como julgamento dos responsáveis em órgão públicos que não realizam ações de forma a proteger o Meio Ambiente e a Saúde Humana.


TECNOLOGIA

INTL FCStone divulga software para gestão de risco na venda de commodities

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INTL FCStone, que oferece ferramentas e consultoria para gerenciar riscos na comercialização de commodities, realizou dia 30 de janeiro, no Sindicato Rural de Guarapuava, palestra para divulgar, a produtores rurais da região, um dos itens de seu portfólio de serviços: o software Know-Risk (Conheça o Risco, em inglês). Responsável pela área de Desenvolvimento de Mercado e Sistemas, Fernando Berardo, destacou em sua explanação que os agricultores já têm feito grandes investimentos da porteira para dentro. Mas atualmente, apontou, a volatilidade dos mercados torna ainda mais importante investir também em ferramentas que, diante dos altos e baixos, ajudem o agricultor na tomada de decisões para atingir a lucratividade esperada na comercialização. O objetivo do Know-Risk, explicou, é gerenciar os riscos, visando prote-

Fernando Berardo, da INTL FCStone

Programa foi apresentado a produtores da região

ger as margens de rentabilidade. Ele acrescentou que, com a ferramenta, o produtor também consegue, numa mesma plataforma, controlar custos, fazer a gestão de grãos vendidos, controle de posições de hedge e mais nove relatórios gerenciais. Em entrevista, Berardo exemplificou: “Se o mercado subir, o dólar cair e o prêmio estourar, o produtor sabe qual é a sua rentabilidade? Com o nosso sistema, hoje, ele consegue simular essas três pernas que formam o preço. Com um clique, o produtor sabe”. Ele assinalou que é possível também acompanhar o comportamento do dólar e da Bolsa de Chicago. O software, completou, contém ainda outra funcionalidade: “Além de ter todos os controles, inclusive do físico e da parte financeira, e precificar tudo isso automaticamente, ele tem um simulador agrícola-comercial,

que traz o cenário de comercialização do ano seguinte, no caso da soja, do milho ou do algodão”. Estes quadros, disse, têm por base o fechamento de mercado do dia anterior, o dólar futuro e o histórico de prêmio da praça. “Os cenários podem mudar? Podem”, comentou, lembrando que o mercado é sempre dinâmico. “Mas é um planejamento. A gente quer, com isso, que o produtor olhe o cenário e já planeje quando tem contas a pagar, quando pode ter uma rentabilidade maior”, acrescentou. E se por um lado o programa trabalha com um conjunto complexo de informações, o responsável pela área de Desenvolvimento de Mercado e Sistemas da INTL FCStone observa que, por outro lado, ele foi desenvolvido para ser utilizado, de maneira simples, por produtores rurais em seu dia a dia.

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E XP O S I Ç ÃO

Sindicato Rural de Guarapuava, com apoio da FAEP, levou produtores ao Show Rural eventos como o Show Rural. “Precisamos evoluir sempre. E o Show Rural é o contato com o futuro da agropecuária”. Segundo a assessoria do evento, a 31ª edição do Show Rural Coopavel recebeu público de 288.802 visitantes nos cinco dias de feira. A movimentação financeira chegou R$ 2,2 bilhões. Os números são recordes, de acordo com a organização. Foram 520 expositores em 2019. O 32º evento já tem data para ocorrer: 3 a 7 de fevereiro de 2020.

EMPRESAS PARCEIRAS Empresas parceiras do Sindicato Rural de Guarapuava e da Revista do Produtor Rural estiveram presentes no Show Rural e acolheram a equipe no dia da visita:

Caravana de Guarapuava organizada pelo Sindicato Rural, com o apoio do Sistema FAEP/SENAR

O

Sindicato Rural de Guarapuava, em parceria com o Sistema FAEP/SENAR, levou no dia 6 de fevereiro, mais de 40 produtores e trabalhadores rurais para o Show Rural Coopavel, em Cascavel. Os participantes tiveram a oportunidade de visitar os mais de 500 estandes que a feira oferece num espaço de 720 mil m².Promovido pela Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel), o Show Rural oferece anualmente pesquisas, tecnologias e novidades nas áreas de agricultura,

Morel Lustosa Ribas e a esposa Leila Ribas visitam todos os anos o Show Rural

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máquinas e equipamentos; pecuária de corte e leite; avicultura e suinocultura; ovinocultura; hortifrutigranjeiros; piscicultura; administração rural; integração lavoura-pecuária; meio ambiente entre outros. O produtor rural Morel Lustosa Ribas de Guarapuava costuma ir todos os anos ao Show Rural, por meio da caravana do Sindicato Rural. “Encontramos sempre tecnologia bem adiantada nas áreas de agricultura e maquinário. Inclusive com relação à pecuária, que não era o forte do Show Rural, esse ano estou vendo um avanço muito grande. Encontramos variedades de raça e genética. Na área de máquinas, os lançamentos são impressionantes”, observou. Sobre a iniciativa da caravana, o produtor disse que é fundamental tanto o sindicato, como a FAEP, enquanto entidades representativas, colocarem os produtores rurais em contato com

REVISTA DO P RODUTOR RURAL DO PARANÁ

Equipe DSM Tortuga

Márcio Schäffer e Jean Felizardo

Equipe Biotrigo


M E LH O R AM E NTO D E B OVIN O S

Fazenda Rio da Paz: Mérito enaltece trabalho iniciado nos anos 90

Angus Rio da Paz recebe Mérito Genético Angus 2018

S

e o cultivo de grãos, no Brasil, evoluiu nos últimos anos, também na bovinocultura de corte muitos criadores têm buscado mais tecnificação. Para uma fazenda deste setor em Cascavel (PR), a Rio da Paz, o caminho é claro: inovar para alcançar qualidade e crescimento econômico. Com esta disposição, os proprietários, a família Zancanaro, mostraram que este conceito se traduz em resul-

tado. A propriedade recebeu da Associação Brasileira de Angus (ABA), dia 7 de dezembro do ano passado, em Porto Alegre, o Prêmio Mérito Genético Luiz Alberto Fries 2018. De acordo com o Anuário 2018 da entidade, a distinção visa destacar o criatório que obtém o melhor desempenho na produção de reprodutores validados pelo Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne-PROMEBO®. A ABA observa ainda que, nesta edição 2018, a premiação foi modificada para tornar mais simples a compreensão dos criadores. Com isso, assinala, o Mérito deve ser empregado como uma ferramenta de gestão, já que permite avaliar de forma quantitativa o desenvolvimento do próprio rebanho, de modo a comparar indexadores ano a ano, buscando melhoria constante. Mas, para chegar até

Premiação: um dos destaques do Anuário 2018 da ABA

Renato Zancanaro: critérios técnicos

este reconhecimento, qual teria sido a trajetória da fazenda vencedora em 2018? Ao falar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, um dos filhos de Antônio Zancanaro, Renato, hoje à frente dos trabalhos, relembrou que a origem da família é o Rio Grande do Sul e a lida com bovinos, antiga. No Paraná, a caminhada começou quando pai e tios compraram a propriedade em Cascavel. Depois, com o fim da sociedade, Antônio assumiu a atividade. No início

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Angus na fazenda: manejo para melhoramento

da década de 1990, a criação utilizava gado comercial com animais zebuínos. Renato relembra que a sugestão de começar com angus foi de seu irmão, Leandro, que conheceu e gostou da raça quando estudava agronomia em Santa Maria (RS). Em 1999, a Rio da Paz adquiriu suas primeiras matrizes angus, de um criador gaúcho. A experiência agradou e a decisão foi seguir, desde então, com genética nacional até formar o rebanho que se tornaria referência. “Acreditamos em critérios e em trabalho. Focamos nisso: fazer as avaliações, usá-las, saber interpretá-las. Você precisa saber que tipo de animal quer”, afirma o produtor. Neste contexto, outro critério importante, acrescentou, é a decisão clara de só manter no plantel os bovinos que de fato expressam seu potencial dentro das expectativas. “Meu pai sempre fala o seguinte: ‘não venda aquilo que você não usaria’”, ilustrou Renato. Ele ressalta que a evolução, no entanto, não vem só da genética, mas de um conjunto de ações que contribuam para que os animais expressem o potencial que possuem, nas duas vertentes da bovinocultura de corte hoje praticadas na fazenda: o gado comercial (cruza industrial, com total de 1.600 cabeças), destinado em grande parte à Cooperaliança, de Guarapuava, parceira do Programa Carne Angus Certificada; e o gado registrado (animais puros, com total de 600 cabeças), comercializados em leilões promovidos pela propriedade desde 2008.

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A alimentação do plantel cruzado é feita com silagem de milho produzida no local com os milhos de verão e safrinha. Uma complementação é realizada com ração, com a terminação ocorrendo em confinamento. Entre os animais puros, a base é a pastagem. “De qualidade”, como o produtor faz questão de sublinhar. No verão, as opções têm sido tifton, estrela africana, capim mombaça e brizantão; no inverno, sobre áreas de agricultura usadas no verão anterior, o pasto é preferencialmente de aveia, vista também com critério: adubação com uréia. “A pastagem é uma cultura. Ela precisa de correção de solo e adubação adequada para que se possa extrair o máximo potencial de produção de forragem”, defende Renato, explicando que este regime alimentar é acompanhado de suplementação. Além da alimentação, a Rio da Paz utiliza ferramentas como o PROMEBO®, Clarifide, ou seja, marcadores moleculares e avaliação de carcaça, através de ultrassonografia. “Com tudo isso, sabemos onde estamos indo bem ou onde temos que melhorar”. Lembrando que também se dedica à agricultura, ele considera que a bovinocultura de corte tem potencial para tornar-se tão gratificante quanto o cultivo tecnificado de grãos: “A pecuária pode ser altamente rentável, se realmente investirmos”. Já o mérito pelo êxito alcançado até aqui, na comercialização para o mercado de carnes nobres e nos leilões

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buscados por quem deseja genética angus de alto nível, Renato faz questão de atribuir ao pai, Antônio, atualmente com 74 anos, e à troca de ideia com os irmãos, Leandro, Juliane, Daniel e Damaris. Conforme ressalta, embora em outras profissões, eles participam da trajetória da fazenda: “Foi meu pai que começou tudo isso, mas meus irmãos, cada um com suas atividades, também dão respaldo”. E para 2019, uma previsão é certa: prosseguir com o trabalho. “A motivação é o que não pode faltar. Minha família procura sempre desafios”, concluiu.

O QUE É O PROMEBO® O PROMEBO® é um programa de melhoramento genético. A iniciativa é da Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares-ANC, de Pelotas (RS). Criado em 1974, a partir de uma tese de mestrado do dr. Luiz Alberto Fries (zootecnista), o PROMEBO® se volta para raças britânicas e sintéticas. O objetivo é aumentar a pressão de seleção para características herdáveis e de importância econômica. Segundo informa a ANC em seu site, o manejo visando o melhoramento é de responsabilidade do proprietário, mas avaliações de mangueira são realizadas por avaliadores do programa.


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NEGÓCIOS E TECNOLOGIA

I Circuito Guarácampo reuniu mais de 150 produtores rurais

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Guarácampo realizou no dia 23 de fevereiro, o 1º Circuito Guarácampo Negócios e Tecnologia, às margens da BR 277, em frente à agrorevenda. Vinte e três empresas parceiras apresentaram tecnologias em produtos e serviços para produtores rurais da região. Participaram empresas da área de sementes de soja, milho, feijão, cebola, batata, linha de nutrição, linha química, produtos biológicos e máquinas. “A ideia foi montar um circuito para os nossos clientes, produtores rurais, onde eles tivessem a oportunidade de realizar negociações e obter informações. A intenção é que este evento aconteça todos os anos. Apesar da Guarácampo estar há anos no mercado de Guarapuava e região, queremos que os produto-

res tenham mais contato com as empresas parceiras”, detalhou o gerente comercial da Guarácampo, Anderson Luis Rodrigues.

Importância da qualidade da calda na aplicação Professor Luiz Carlos Kozlowski (UFPR) “A calda é importante no processo de aplicação. Quando falamos em tecnologia de aplicação, existem vários fatores que vão influenciar no resultado final: equipamento, ponta, tamanho de gota, operador e a calda, um fator importante. A calda é composta por água e produto. Então, o objetivo quando falamos em qualidade de calda na aplicação é falar quais seriam as características, tanto físicas, como químicas importantes da calda para que a gente tenha um resultado esperado em termos de aplicação. A qualidade física e química da água interfere diretamente no processo de interação da calda e na eficácia do produto. Quando falamos em tecnologia de aplicação, observamos que o produtor erra em vários pontos que são importantes no processo: ponta inadequada, velocidade, ambiente, operador, qualidade do equipamento e na calda. Existem vários trabalhos que mostram que uma calda mal feita é responsável por 35% do fracasso no resultado de controle de pragas e doenças. Um dos maiores erros é a qualidade da água no sentido físico e químico. Muitas vezes, tem uma qualidade química boa, mas o produtor estraga adicionando produtos. Além disso, ocorrem erros de misturas de produtos que possuem incompatibilidade, tanto química quanto física, e isso acaba comprometendo o ingrediente ativo e consequentemente a eficácia”.

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Equipe Guarácampo – Rodrigo Tateiva, Anderson Luis Rodrigues, Celso Tateiva e Thiago Tateiva

Para complementar a programação, os produtores rurais presentes tiveram a oportunidade de assistir a palestra “Importância da qualidade da calda na aplicação”, ministrada pelo professor Luiz Carlos Kozlowski, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Convidamos um pesquisador bem conceituado, que falou sobre a preparação de calda, um assunto importante e que muitos produtores ainda têm duvidas ou dificuldades e acabam tendo perdas econômicas significativas”, complementou Rodrigues. Participaram do 1º Circuito Guarácampo: Agro 14, Oro Agri, Sementes Aliança, Agroeste, Ourofino, Adama, DonMario Sementes, Produquímica, Oxiquímica, Ubyfol, Ihara, Sementes Coopertradição, FMC, Cooperativa Agrária, Calponta, Calplan Calcário, FT Sementes, Yoorin, Simbiose Bioma, Yara e MacPonta Agro (John Deere).


N U T R I Ç Ã O D E P L A N TA S

Yoorin Fertilizantes e Guarácampo Uma parceria de sucesso

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busca por fertilizantes diferenciados é uma necessidade para incremento de produtividade, aliado a assistência técnica personalizada. Com esse objetivo, a Guarácampo restabelece a parceria com a Yoorin Fertilizantes, empresa oriunda da aquisição da Fertilizantes Mitsui pelo Grupo Curimbaba, localizada em Poços de Caldas. Com essa parceria, a Guarácampo passa a fortalecer ainda mais o compromisso com o agricultor em entregar produtos de qualidade e alta eficiência agronômica. Uma das tecnologias que estarão disponíveis aos agricultores é o Termofosfato Magnesiano – Yoorin. Este produto é uma fonte de fertilizante fosfatado, de alta tecnologia. O grande diferencial deste produto é o fornecimento dos nutrientes de forma gradativa, contribuindo assim para o aumento da produtividade e também a melhoria dos teores de fósforo, cálcio, magnésio e silício do solo. Outro ponto que vale destacar é a não solubilidade do produto em água. Essa característica

é devido ao processo produtivo diferenciado, onde não se utiliza a rota química (acidulação das rochas fosfáticas), mas sim o processo de fusão, tornando o produto totalmente solúvel na presença de ácidos fracos oriundos da decomposição da matéria orgânica e também da exudação radicular. Devido a presença do silicato em sua formulação, confere característica de efeito corretivo de acidez do solo. Por atuar no setor de fertilizantes diferenciados, a Yoorin estará disponibilizando também aos

clientes da Guarácampo outras opções de fertilizantes de alta eficiência agronômica, como o Ekosil, fonte de potássio de liberação gradativa, insolúvel em água e poder corretivo no solo, além de outras tecnologias para contribuir com o aumento da produtividade em todas as culturas.

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C O O P E R AT I VA D E C R É D I T O

Sicredi é destaque no ranking do Banco Central Instituição financeira cooperativa também marcou presença em duas categorias no Podium de projeções do Ministério da Fazenda

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Banco Central do Brasil (BCB) divulgou o ranking das “Top 5” de 2018, participantes do Sistema Expectativas de Mercado, com as projeções econômicas mensais mais consistentes ao longo do ano passado. Participam da lista mais de cem organizações, incluindo as maiores instituições financeiras e consultorias de economia do país. O Sicredi –instituição financeira cooperativa com 4 milhões de associados e atuação em 22 estados e no Distrito Federal– figura no Top 5 no ranking de inflação, estando presente tanto nas categorias Atacado (IGP-M) – em curto prazo (3ª posição) e médio prazo (5ºlugar) –, quanto nas projeções da taxa de juros Selic (5ª colocação). As classificações anuais do BCB são feitas a partir dos rankings mensais de curto e médio prazos, divulgados ao longo do último ano, atribuindo-se, a cada

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mês, notas que variam de zero (para o maior desvio em relação ao resultado mensal efetivo) a dez (para o menor desvio em relação ao resultado mensal efetivo) e, então, calculando-se a média das notas mensais. O Sicredi também foi destaque no Podium de projeções do Prisma Fiscal, gerido pelo Ministério da Fazenda, no qual ficou na segunda colocação nas projeções de longo prazo para Dívida Bruta e na quarta posição em Arrecadação Federal. O Prisma Fiscal é um sistema de coleta de expectativas das mais relevantes instituições financeiras do mercado em relação às principais variáveis fiscais brasileiras.

SOBRE O SICREDI O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.600 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br) *Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

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ESPECIAL

Dia de Campo de Verão Agrária dissemina informações sobre soja, milho e feijão

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Dia de Campo de Verão, realizado anualmente pela Cooperativa Agrária e Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (FAPA), aconteceu nos dias 27 e 28 de fevereiro, no distrito de Entre Rios (Guarapuava-PR). Nesta edição, 31 empresas participaram do evento. Além das visitas nos estandes, a programação ofereceu duas palestras principais sobre a valorização da agricultura e perspectiva de mercado da soja e do milho, além das estações da FAPA. O secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara participou da abertura do evento. Ortigara elogiou a iniciativa da Agrária por mais um ano. “Eu sempre digo que o Dia de Campo é uma estratégia inteligente e adequada nos tempos presentes. Ao invés do produtor procurar sozinho as empresas para obter informações sobre avanços de suas pesquisas e suas soluções para o agro, as empresas vêm a um local único, se reúnem, sob a liderança de uma grande cooperativa - uma das maiores do Brasil, com um braço de

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pesquisa forte, que é a FAPA. Para o produtor, isso é fantástico, porque é um evento gratuito e uma oportunidade de conversar com os profissionais, não apenas visando o comércio dos produtos, mas principalmente informações técnicas de qualidade. É um investimento valioso para o agronegócio”. O presidente da Cooperativa Agrária, Jorge Karl avaliou que a presença do público no Dia de Campo de Verão é sempre de qualidade. “O comparecimento de público é muito bom porque são pessoas bastante técnicas, ou seja, produtores rurais e profissionais envolvidos com o meio. E esse é o público que queremos atingir”. Para Karl, o diferencial dos eventos da Agrária são as estações da FAPA. “É claro que valorizamos as empresas parceiras, porque sempre apresentam novidades técnicas interessantes para o produtor rural. Mas as palestras da FAPA trazem pesquisas com temas atuais e muito interessantes. A gente percebe que a agricultura evoluiu muito. Ano a ano tem aparecido novi-

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Jorge Karl, presidente da Cooperativa Agrária

dades e desafios, mas também incrementos de produtividade e rentabilidade. Isso a gente percebe muito fácil visualizando os históricos de produtividade, principalmente de soja. E isso é consequência direta da pesquisa. E a pesquisa da FAPA é muito focada e aplicada. Ela tem justamente essa missão de apresentar resultados reais a nível de lavoura e isso tem se traduzido em rentabilidade e produtividade para o produtor”.


Palestras convidados (tenda principal)

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28/02

No primeiro dia do evento, “Valorização da Agricultura”, foi o tema da palestra de Luís I. Prochnow, da LP Consultoria.

No segundo dia de programação, Étore Barone, da INTL FCStone, falou sobre “Fundamentos e expectativas de preços de soja e milho”.

Nós entendemos que o Brasil tem vocação para muita coisa, mas em especial para a agricultura. Mas isso não está em consonância com as atividades e prioridades do país em termos políticos. Há a necessidade de se entender que esse é um país que tem uma vocação para a agropecuária. Então é necessário planejamento para fortalecer mais ainda essa atividade. Precisamos de revisões nas questões logísticas, políticas, de planejamento, valorização do homem do campo, rever alguns mitos e inverdades que são ditas em relação ao agricultor e à agricultura. É preciso defender mais a atividade no país. Existe uma imagem muito equivocada do meio urbano em relação à agricultura. Eles recebem uma imagem muito deturpada por meio da mídia ou por meio de personalidades e artistas, que não têm relação com o setor. Costumo dizer como é interessante nos grandes centros urbanos, as pessoas almoçarem ou jantarem comendo arroz, feijão, salada e bife, mas emitindo opiniões equivocadas sobre a agricultura, seja por questões econômicas ou ambientais. Acho que precisamos de um programa de educação efetivo no país a respeito dos benefícios da atividade. Precisamos acabar com as informações equivocadas que o meio urbano tem a respeito do agronegócio”.

Apresentamos um panorama dos preços para os produtores rurais. Do lado da produção, temos um mercado bastante ofertado. Safras grandes, nos Estados Unidos e no Brasil. Do lado da demanda, temos China um pouco retraída, país que é o principal comprador de soja do mundo. O comprador está retraído, tranquilo com este nível de estoque. Isso faz com que o mercado vá ‘andando de lado’, sem grandes variações de preços. Mesmo assim, a gente projeta um nível de preço no mercado interno brasileiro um pouco melhor, em função da quebra que tivemos no Paraná. Comprador e vendedor vão ter que se entender. A indústria vai ter que vir para o mercado, para comprar, o exportador vai ter que vir para o mercado, para exportar. E o produtor, com este nível de preços, não vende soja. A gente vê um cenário de preço de soja um pouco melhor para os próximos 60, 90 dias, subindo um pouquinho mais além dos níveis atuais. Na palestra sobre milho, apresentamos o cenário como um todo. Esses níveis atuais de preço são altos e bons. Nossa recomendação é ir vendendo nesses níveis. Até porque, à medida em que a gente tem a oferta da safrinha entrando a partir de maio, naturalmente temos uma oferta bastante grande, o que faz com que a pressão de preço possa cair um pouco. Então, a recomendação é: segura um pouco a soja, vamos ter preços de soja um pouco melhores do que os níveis atuais. No milho, vai vendendo e colhendo, aproveitando os níveis de preço atuais”.

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Estações da FAPA A FAPA divulgou suas pesquisas sobre as culturas de verão em cinco estações. Confira o resumo de cada:

ESCOLHA DO HÍBRIDO DE MILHO: O QUE DEVEMOS CONSIDERAR? A produtividade sempre é o primeiro ponto que deve ser observado. E o produtor observa. Mas a partir do momento em que ele consegue achar este híbrido, deve começar a olhar o que mais agrega valor, pensando na rentabilidade. Depois, tem outros fatores: escolher um material que tenha boa tolerância a acamamento e quebramento. E um fator que é bastante ligado ao manejo, mas também tem o fator genético embutido, é o peso de mil grãos. Alguns

híbridos têm como característica um peso de mil grãos elevado e isso tem dado uma resposta à produtividade. Então, o produtor também deve observar isso, já pensando num ajuste fino da propriedade. Deve fazer um planejamento por talhão, desde a pré-cultura, adubação, população de plantas. E colocar o híbrido certo no lugar e na hora certa. Muitas vezes, o produtor espera uma produtividade de um material, mas não faz o manejo adequado. Só escolher o híbrido não é o suficiente”.

Celso Wobeto (FAPA)

MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS EM SOJA Heraldo R. Feksa – Levando em consideração a dinâmica de doenças, o importante é realmente proteger a área foliar do ataque de doenças. Desde a fase vegetativa até o final do ciclo. A fase mais importante é a vegetativa. É onde investimos o maior recurso financeiro. A fase reprodutiva é uma fase de manutenção do que foi feito na vegetativa. Para que se consiga fazer isso, tem que se trabalhar com uma boa vazão, uma boa cobertura. Hoje, pensamos numa vazão de 150 a 200 litros por hectare, justamente para aproveitar melhor essa cobertura. O importante é que o produtor consiga escolher um bom produto e fazer uma boa cobertura”. Alfred Stoetzer – “Este ano aconteceu em algumas lavouras uma desfolha precoce do baixeiro da planta por doenças. Mais importante do que nun-

Heraldo Rosa Feksa

Alfred Stoetzer (FAPA)

ca é olhar também para esse manejo conjunto entre doenças e pragas, para a gente tentar evitar nesta fase final da soja uma maior desfolha. Ou evitar que aumente. Sabemos hoje que a folha é um aparato fotosintético, responsável

Cristiane Gardiano

por fazer fotossíntese e no final das contas é ela que vai ser responsável por encher o grão. Então, temos que preservar a folha. Se houver desfolha, vai diminuir essa taxa fotossintética e vai haver menos produtividade”.

INOVAÇÃO APLICADA À PLANTABILIDADE Paulo Alba – A gente busca que o produtor tenha um olhar diferente, para fazer o trabalho focando na qualidade. Que ele não tenha que mudar seu equipamento, mas sim maximizar a eficiência, com regulagens, com adequações que podem ser realizadas para aumentar a eficiência do plantio. Uma melhor distribuição de fertilizante e semente. Inovação não é trocar por um equipamento novo e sim fazer de uma forma mais eficiente a mesma operação que ele faz hoje. Existe um retorno financeiro quando você agrega qualidade à sua operação”. Paulo Arbex – “Mostro com resultado de pesquisa que a velocidade de plantio excessiva é o principal defeito. Todo produtor quer o rendimento operacional. Ele quer uma semeadora que plante numa maior velocidade. Porém, existe limite. A gente deve respeitar esses limites.

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Paulo Alba (FAPA)

Paulo Arbex (UNESP)

A 12 km por hora, não em como fazer um corte da palha perfeito, abertura do sulco perfeita e fechamento do sulco. Fechar o sulco e colocar de volta a palha é importantíssimo”.


MAXIMIZAÇÃO DO RENDIMENTO DE GRÃOS EM CULTIVARES DE SOJA PELO AJUSTE FITOTÉCNICO E FERTILIDADE DO SOLO Vitor Spader– FAPA - Todo produtor procura uma variedade para aumentar produtividade. E sabemos que o caminho, muitas vezes, não é esse. Nós temos muitas cultivares com altíssimo potencial genético, mas o produtor, muitas vezes, não dá a condição necessária para que ela expresse seu potencial no campo. A ideia da nossa estação foi justamente mostrar que os ajustes finos de manejo, desde a parte de nutrição, fertilidade, até o posicionamento das cultivares em relação à época, sanidade, enfim uma série de fatores, vão contribuir,

de fato, para ele mudar de patamar de rendimento. Muitas vezes, isso é possível acontecer sem alterar a cultivar. O produtor pode utilizar uma variedade que já tem um certo tempo no mercado, com o custo da semente menor e um potencial genético muito similar aos materiais novos, lançados todos os anos. A diferença de custo entre essas variedades é muito

Vitor Spader (FAPA)

Sandra Mara Vieira Fontoura (FAPA)

grande e o produtor sempre quer o material mais novo, esquecendo de fazer aquele ajuste necessário para explorar o melhor potencial”.

MANEJO DA CULTURA DO FEIJOEIRO Noemir Antoniazzi – FAPA A cultura do feijão tem seus altos e baixos. Esse ano está em alta. Independentemente do mercado, procuramos mostrar que é preciso ter produção assegurada do feijão. No momento em que passamos por remunerações mais baixas, preços ruins do feijão, o produtor que tem regularidade de produção consegue ter rentabilidade. O foco da estação foi repassar para o produtor que ele procure sempre ter uma produtividade boa, para que tenha rentabilidade, mesmo em anos ruins. Ele precisa pensar na semente de qualidade, fazer o plantio

Eduardo Stefani Pagliosa (FAPA)

Noemir Antoniazzi (FAPA)

na época ideal, obter a cultivar ideal para aquele sistema de cultivo e plantar todo ano. Tudo isso ajuda a viabilizar a cultura do feijão. Planejamento de lavoura colabora muito para que os resultados sejam os melhores. E

Marcos Aurélio Marangon (EMBRAPA) hoje se consegue tranquilamente 3.000 kg/ ha de feijão. Acima disso, depende do estabelecimento de manejos mais ousados, que passam por um complexo de ações que corroboram para um rendimento mais alto”.

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Patrocinador Bronze

Sindicato Rural de Guarapuava e Sistema FAEP no Dia de Campo de Verão da Agrária Mais uma vez, o Sindicato Rural de Guarapuava e o Sistema FAEP estiveram entre os patrocinadores do Dia de Campo de Verão da Agrária. O Sindicato divulgou seus serviços aos produtores rurais e o SENAR apresentou seus cursos aos visitantes. O estande novamente foi ponto de encontro de lideranças rurais, agropecuaristas, parceiros comerciais, profissionais e estudantes de cursos ligados ao agronegócio; um espaço de amizade e de troca de experiências. Confira alguns momentos: Presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho com o supervisor do Senar-Regional Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse

Anton Gora, Siegfried Milla I, Josef Zuber e André Zentner

O casal Nilceia Mabel Kloster S. Veigantes e Marcelo Veigantes

Sorteios

Durante o evento, a entidade sorteou três livros “Guarapuava: seu território, sua gente, seus caminhos, sua história”, do ex-prefeito de Guarapuava e escritor Nivaldo Krüger. Em parceria com o Sindicato, também houve sorteio de duas bolsas de 50% do curso de inglês da escola de idiomas Easy English. Os ganhadores foram Waltraut Mayer, Josnei A. da Silva Pinto, Siegfried Milla I, Helmuth José Seitz e Jorge Karl.

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Wilfried Spieler

Lincoln Campello e Douglas Campello


EMPRESA

GIROAgro é a 4ª melhor empresa do agronegócio do segmento de fertilizantes

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ntre as empresas do agronegócio relacionadas no 14º anuário da revista Globo Rural, que em parceria com a Serasa Experian, elencaram as 500 maiores e melhores do agronegócio, a GIROAgro se destaca no cenário nacional sendo a 4ª melhor do agronegócio no segmento de fertilizantes. Especialista na formulação de fertilizantes líquidos especiais de alta concentração, a GIROAgro oferece uma vasta e diversificada linha de produtos, que promove eficientes resultados nas mais diversas culturas. E além de produtos, a empresa proporciona ao distribuidor e ao produtor rural soluções em serviços, através de treinamentos que qualificam os profissionais do campo, com foco em aumentar a produtividade. A GIROAgro se consolida como umas das maiores do mercado agrícola no seu segmento, após publicação de outubro de 2018 no anuário da Revista da Globo Rural que divulgou os resultados utilizando metodologia desenvolvida pela Serasa Experian. As empresas foram avaliadas pelos resultados financeiros consolidados do ano anterior e por iniciativas de sustentabilidade com base em análises contábeis detalhadas. Mesmo em meio a um mercado tão competitivo, e em um país ainda mergulhado em crises políticas e econômicas, a GIROAgro vem colhendo bons frutos a cada ano. Os bons números resultaram nesta importante conquista de alta performance em caráter nacional.

A GIROAgro Com mais de 350 pontos de distribuição nas principais regiões agrícolas do Brasil, e em alguns países da América do Sul, a GIROAgro industrializa e comercializa fertilizantes líquidos especiais através de métodos inovadores de suspensão líquida e também em suspensão concentrada que podem ser aplicadas no tratamento de sementes, via solo e via foliar, que auxiliam no aumento da produtividade dos principais cultivos. A GIROAgro conta com um portfólio composto por 50 produtos e 08 linhas, e atualmente compõe uma das melhores tecnologias em fertilizantes líquidos especiais do Brasil, aliado a uma expertise comercial e técnica sustentada por equipes comercial, administrativa e industrial, com atuação em campo, que faz com que o setor do agronegócio reconheça a excelência do ‘estilo GIROAgro de ser’. Além de um portfólio completo, é necessário identificar as falhas e apontar as direções nas lavouras. Para isso, a GIROAgro oferece soluções para o homem do campo, como o Programa Nutricional GIRO 360 Folha e Solo, e ainda o Programa Aplique Certo. E também a capacitação acontece com os programas de treinamento Giro Qualifica e Giro Qualifica Plus e o Sistema Inte-

grado de Micro Correção – SIMC. Todos estes detalhes, como os serviços e treinamentos oferecidos aos parceiros GIROAgro, e através deles, é onde acontece o suporte necessário para que as culturas alcancem o teto produtivo. Presente nas principais feiras do Brasil, a GIROAgro está nos eventos do agronegócio com repercussão nacional, como o Congresso ANDAV (São Paulo-SP), Dia de Campo CVale (no PR, RS, MT e MS), Copercampos (Campos Novos-SC), Show Rural (Cascavel-PR), Expocafé (Três Pontas-MG), FENEC (Machado/ MG), Tecnoshow (Rio Verde/GO) e Hortitec (Holambra-SP), entre tantas outras, sempre levando informações sobre a melhor tecnologia em nutrição, através de orientação técnica especializada. Com preocupação constante com a sustentabilidade, a GIROAgro possui 100% do seu efluente industrial tratado na Estação de Tratamento de Esgoto GIROAgro, que mais do que cumprir necessidades sanitários, a E.T.E. ainda proporciona benefícios para a saúde pública e ambientais. Esses são alguns fatores que reconhecem a GIROAgro como a Número 1 no Distribuidor. Saiba mais acessando as redes sociais e conferindo o portfólio completo no site www.giroagro.com.br.

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SEGURO RURAL

Paranaense Pedro Loyola é o novo diretor do Departamento de Gestão de Riscos do MAPA

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ob o âmbito da Secretária de Política Agrícola - SPA, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Pedro Loyola foi nomeado, em janeiro deste ano, como Diretor do Departamento de Gestão de Riscos – DEGER. Pedro é formado em Economia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com mestrado em gestão de cooperativas, com foco em seguro rural, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Esteve à frente do Departamento Técnico e Econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) por mais de dez anos. Mais recentemente, foi o presidente em exercício da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA e presidente da Comissão dos Entes Privados do Seguro Rural do MAPA. O DEGER é responsável pela gestão de programas fundamentais para a política agrícola brasileira: o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), o Seguro da Agricultura Familiar (Proagro Mais) e o Programa Garantia Safra. Portanto, o papel do novo diretor será de extrema importância para um setor que representa aproximadamente um quarto do PIB nacional e que requer uma gestão de riscos exemplar, devido ao seu efeito direto na segurança alimentar e energética. Um dos principais nomes no setor, Loyola se aprofundou nos temas de gestão de riscos e seguro rural nos últimos anos e se mostrou diversas vezes, seja em eventos nacionais e internacionais, comissões, reuniões com o mercado, entre outros, um profissional altamente capacitado para comandar as diretrizes dos programas relacionados ao tema dentro do MAPA. Mercado de grande potencial, o seguro rural no Brasil requer um destaque não apenas em termos de orçamento e sim como forma de política do Governo Federal. Prevemos, com a conjuntura econômica e política atual, que os programas de política agrícola deverão ser mais efetivos e abrangentes, o que pode ser ótimo para o mercado de seguros, pois é o principal instrumento de transferência de riscos da agricultura e conta com grandes exemplos internacionais de sucesso, como nos EUA, onde quase 90% da área agrícola possui algum tipo de seguro rural. Com informações do Portal Seguro Rural

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GESTÃO INTEGRADA DE RISCOS AGROPECUÁRIOS Desde quando assumiu o cargo, Pedro Loyola dedica-se ao planejamento para uma gestão integrada de riscos agropecuários no Ministério da Agricultura. Sobre o assunto, ele conversou com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL:

“O seguro rural deve ter uma previsibilidade para o produtor, uma certeza da subvenção, o produtor precisa ter a disposição bons produtos de seguro, e também que esse seguro esteja calcado numa estrutura que passe pelo zoneamento agrícola de risco climático - que vai ser aperfeiçoado, a melhoria dos serviços de meteorologia aplicados à agricultura, a capacitação dos peritos que fazem a avaliação de perdas nas lavouras quando ocorrem os sinistros e outros projetos que estão em estudo no Ministério da Agricultura. Nós vamos empoderar o produtor, para que ele possa escolher sempre o melhor produto de seguro, trazer maior concorrência ao mercado de seguro rural, fazer com que novas companhias de seguro tenham atenção para esse segmento e possam entrar nesse mercado. Queremos ter, de fato, uma gestão integrada de riscos agropecuários no país. Para atingir esse


objetivo, vamos lançar mão de vários instrumentos, modernizar e simplificar, desburocratizar e executar várias ações necessárias, como o zoneamento agrícola e a disseminação da cultura do seguro rural. Tudo isso depende de orçamento e recursos para os programas, de forma efetiva, e que dê um horizonte para que produtores possam contratar seguro e os ofertantes (companhias de seguro) possam também fazer investimento nesse segmento, com novas tecnologias no aumento da rede de peritos, na melhoria dos seus canais de venda do seguro rural. Desta forma, nós queremos trazer para o mercado novos produtos de seguro, um zoneamento agrícola que vai atender não só questões sobre a satisfação hídrica das culturas, mas também outros in-

O agro evoluiu.

dicadores de risco, como geada, granizo, temperaturas altas e sistemas de produção, além desses que já existem. Hoje temos zoneamento agrícola para 44 culturas e queremos chegar, a médio prazo, a 100 produtos de zoneamento agrícola, ampliando para todo o país. Com um bom zoneamento, se reduz o custo do seguro rural, pois o produtor vai plantar no período mais adequado, com a melhor tecnologia, e com boa informação da agrometeorologia. Portanto, tudo isso faz parte de um projeto de gestão integrada de riscos de produção, incluindo o fomento para que as seguradoras criem mais seguros de faturamento, o que o produtor tem buscado, em muitos casos. Hoje já existem para soja, milho verão, café e, em breve, poderemos ter para ou-

tros produtos. Mas o importante é que tenhamos, de fato, no país, uma gestão integrada de riscos agropecuários. É um projeto estruturado, onde o seguro é muito importante, mas não podemos esquecer esses outros instrumentos que citei. Criamos um grupo de trabalho de agrometeorologia que vai fazer o mapeamento de todas as informações necessárias e como isso pode ser melhor utilizado para a agricultura, além de outros estudos que estão sendo executados no Ministério, que apresentarão resultados no meio do ano, outros no final do ano. Por enquanto estamos trabalhando com as diretrizes que visam aumentar os recursos para o programa de subvenção ao prêmio de seguro rural, de forma que a demanda existente hoje seja atendida”.

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N O TA S

Sindicato Rural de Guarapuava recebe homenagem proposta por Bernardo Ribas Carli Em dezembro de 2017, foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná uma menção honrosa ao Sindicato Rural de Guarapuava. O requerimento foi feito pelo então deputado estadual Bernardo Ribas Carli, que propôs o título em homenagem as 50 anos da entidade. Lamentavelmente, Bernardo faleceu em julho de 2018, em decorrência de um acidente aéreo. No dia 22 de fevereiro, a menção foi entregue ao presidente do Sindicato, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, pelos ex-assessores do deputado, Silvio Quadros e Cesar Lima, acompanhados pelo vereador Marcelo de Lima. Na foto, também a gerente da entidade, Luciana de Queiroga Bren.

Campanha Produtor Solidário O Sindicato Rural de Guarapuava realizou, no dia 4 de fevereiro, em sua sede, entrega de material escolar para a Escola Municipal Luiza Pawlina do Amaral, do Residencial 2000, em Guarapuava. As doações foram arrecadadas pela entidade sindical, desde o início deste ano, em mais uma Campanha Produtor Solidário. Entregou o material, o presidente do sindicato, Rodolpho Luiz Werneck Botelho, à professora Giselle Cordeiro Cardoso, que representou a escola. Realizada várias vezes ao ano, a Campanha do Produtor Solidário é uma iniciativa do sindicato para apoiar causas sociais. Nesta que foi sua primeira edição em 2019, a entidade agradece novamente aos produtores e parceiros que colaboraram.

Reunião de diretoria No dia 19 de fevereiro, foi realizada a primeira reunião de diretoria do Sindicato Rural de Guarapuava de 2019. Participaram diretores e conselheiros fiscais. Entre os temas discutidos, destaque para o projeto de sustentabilidade sindical, Assembleia Geral Ordinária e Eleição de Diretoria - gestão 2019-2022.

3º Simpósio Regional de Bovinocultura de Leite Neste ano será realizada a 3ª edição do Simpósio Regional de Bovinocultura de Leite. A Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite do Sindicato Rural de Guarapuava, promotora do evento, se reuniu no dia 20 de fevereiro, para começar a formatar a programação do simpósio. O evento é promovido a cada dois anos e visa, por meio de palestras e visitas em propriedades, disseminar informação técnica de qualidade para o setor leiteiro da região.

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CENTRO DE TREINAMENTO

CTP aborda doenças e pragas em soja e milho

Evento proporcionou também troca de idéias sobre a condução de lavouras

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rodutores de soja e milho que buscam lavouras produtivas tiveram, de 19 a 22 de fevereiro, em Guarapuava, nova oportunidade de participar do Centro de Treinamento do Grupo Pitangueiras (CTP). Com parcelas daquelas duas culturas de verão, em diversos manejos, além de palestras de agrônomos e apresentação de tecnologias em estações de empresas parceiras do evento, o CTP visa difundir informação técnica e oportunizar a troca de idéias. Para a edição 2019, com o tema “Manejo para altas produtividades em soja e milho”, o encontro aconteceu numa área de cerca de três hectares, nas proximi-

Scutti, gerente de Marocchi, Marketing do Grupo agrônomo e Pitangueiras pesquisador: manejo de doenças

dades do KM 352 da BR 277. A programação foi a mesma em todos os dias, para que o produtor pudesse escolher a melhor data para participar. Engenheiro agrônomo e gerente de marketing no Grupo Pitangueiras, Marcelo Scutti resumiu o objetivo do CTP: “Temos o foco de mostrar para o produtor o que esta tecnologia pode deixar de rentabilidade”. Scutti ressaltou ainda que a programação do evento foi idealizada para dar ao participante tempo de conhecer os diferentes manejos e seus resultados. “A gente desenvolve um dia de campo com seis horas de apresentação. Pensamos que a informação tem

Buss, agrônomo e pesquisador: manejo de plantas invasoras

Kramer, produtor rural de Pinhão

valor. Com a informação, o produtor chega mais longe”, completou. No campo, onde abordou doenças em soja, o agrônomo e pesquisador Aroldo Marocchi disse que neste ano se destacou a incidência de oídio, apontando a necessidade de produtos específicos para aquele problema, e da ferrugem, sublinhando os corretos intervalos de aplicação e o uso de fungicidas multissítios. Ele alertou ainda sobre as doenças de solo: “Ano após anos, a gente tem evidenciado, e está muito comum nas lavouras, a morte de plantas ocasionada por três fungos principais, que seriam a macrophomina, fusarium e a própria phoma – e, em algumas situações, a rhizoctonia”. Já a questão das plantas invasoras foi tema do agrônomo e pesquisador José Luiz Buss, que apontou para os riscos à produtividade e lembrou dos fundamentos do manejo. “Uma infestação grande de plantas daninhas pode comprometer e muito a produtividade da soja, quer pela interferência direta na busca por luz, água e nutrientes, ou por fazer uma barreira física, que chamamos de ‘efeito guarda-chuva’ – quando o produtor entra na lavoura para fazer um controle e em vez de depositar o fungicida para proteger a lavoura, ele protege a planta daninha”. Entre os participantes do primeiro dia do CTP, o produtor Evaldo Kramer, que produz soja, milho e trigo em Pinhão (PR), contou ter gostado do evento. “Foi bom, muito bem organizado”, comentou, acrescentando que seu interesse era o manejo de doenças e pragas em soja e milho. Além de Guarapuava, o Grupo Pitangueiras realiza o CTP também em outras áreas do Paraná. Neste ano, os eventos aconteceram ainda em Wenceslau Braz, Ponta Grossa e Lapa.

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LANÇAMENTO

Livro histórico para a atual e futuras gerações

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a 49ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) da Coamo foi realizado também o lançamento do livro “José Aroldo Gallassini – uma visão compartilhada. A inspiradora trajetória do presidente da maior cooperativa agrícola da América Latina”, publicado pela editora Novo Século. O objetivo da obra segundo Gallassini foi partilhar um pouco da sua experiência, empreendedorismo e do cooperativismo, e mostrar o que foi realizado e deu certo, o que alcança o sucesso e a aprendizagem nesses anos todos. O livro apresenta a trajetória empresarial, cooperativista e também a origem do idealizador da Coamo. “Mostro no livro que foi certa a minha escolha pela agricultura e cooperativismo, e o compromisso nesses anos com os cooperados da Coamo. Entendo ser muito importante a prática de valores e princí-

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Exemplo a ser seguido pios, assim como a essência do cooperativismo e as bases que deram certo e impulsionaram o sucesso da nossa cooperativa.” O presidente da Coamo elenca no livro exemplos e dicas valiosas que podem ser aplicados pelos leitores em suas vidas pessoal e profissional. Ele reitera que o pensar de forma coletiva fortalece e quanto mais pessoas estiverem envolvidas com um mesmo ideal, mais fácil será alcançá-lo. “Juntos e unidos somos maiores e melhores”, afirma o biografado, cuja obra foi escrita pelo jornalista Elias Awad, com vasta experiência na publicação de biografias e histórias de personalidades em vários segmentos da economia brasileira. “Foi uma emoção muito grande e um privilégio escrever este livro que conta a história da contribuição de Gallassini sobre o cooperativismo brasileiro, que servirá para a atual e para as futuras gerações”, prevê Awad.

O engenheiro agrônomo e presidente do Sistema Ocepar/Sescoop, José Roberto Ricken recebeu na AGO o primeiro exemplar do livro “José Aroldo Gallassini – uma visão compartilhada.” Emocionado Ricken recebeu com orgulho o exemplar e fez questão de destacar a importância do livro. “Esta é uma obra que precisamos ler, é um exemplo escrito que precisamos seguir. Esta obra vai fazer parte do Sistema Ocepar como uma joia e vamos ter muito orgulho em preservar para sempre.” Após a AGO, os associados e convidados receberam um exemplar e muitos solicitaram autógrafo do presidente da Coamo.


EMPRESAS

Cliomed: segurança no trabalho agora também para o setor rural

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Cliomed, empresa que há quatro anos atua no ramo de segurança e medicina do trabalho em Guarapuava, começou recentemente a se voltar também para um setor da economia relevante na região, no qual a prevenção de acidentes e a saúde dos colaboradores é tão importante quanto na indústria: o segmento agropecuário. Para isso, segundo Maria Rosa Penteado, que administra a parte de clínica da empresa, a Cliomed vem realizando o treinamento de alguns dos profissionais de sua equipe para aquele atendimento específico. Lembrando que a empresa é uma franquia da Cliomed de Balneário Camboriú (SC), onde já conta com uma experiência de vários anos, Maria Rosa assinala que, em Guarapuava, o objetivo agora, ao lado dos clientes já atendidos na área urbana, é expandir a atuação junto às propriedades. “O nosso foco, hoje, na Cliomed, é o trabalhador e o empresário rural”. No âmbito do bem-estar dos colaboradores rurais, mencionou, um dos serviços prestados é uma avaliação do próprio espaço em que se desenvolvem as rotinas: “Temos um engenheiro em segurança. Ele vai à fazenda, junto com um técnico, fazer um levantamento, para apontar os riscos, tentar diminuí-los, para que o trabalhador rural esteja atento a algumas situações, como manipular agrotóxicos”. Proteger, completou Maria Rosa, é considerar ainda outros detalhes, entre os quais o nível de ruído: “Tem a Cliomed: orientação sobre medicina e segurança do trabalho

Maria Rosa Penteado, que administra a parte de clínica da empresa, e o engenheiro de segurança do trabalho Gabriel Cecchin

parte de proteção e como o colaborador pode utilizá-la”. Outros profissionais completam o rol de serviços: “Temos uma biomédica também, que cuida da parte dos exames ocupacionais”. Para o empregador rural, Maria Rosa destaca que a empresa também proporciona, por meio de parceria com advogado, serviço de orientação jurídica a respeito das legislações da segurança e da medicina do trabalho. Conforme completou, a Cliomed realiza ainda orientação sobre prevenção e redução dos riscos, monitoramento da saúde do trabalhador, condições ambientais do trabalho e fatores de risco. “As empresas têm ainda muitas dúvidas na questão de segurança no trabalho”, disse. Mas além disso, ela ressalta que a Cliomed também está preparada para dar orientações com foco no eSocial. Já em sua área específica de clínica, a empresa presta outros exames importantes para a medicina do trabalho, como audiometria, espirometria, eletrocardiograma, eletroencefalograma e exames laboratoriais.

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D E S E N V O LV I M E N T O S U S T E N TÁV E L

Soja Plus auxilia na organização da propriedade e produtor ganha prêmio de reconhecimento nacional

Márcio Duch, agricultor

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om dedicação, empenho e seguindo as orientações do programa Soja Plus, do Senar/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, o agricultor Márcio Duch (associado ao Sindicato Rural de Guarapuava) conseguiu adequar sua propriedade aos quesitos trabalhistas e ambientais. Após a primeira etapa da ação na Fazenda Jaraguá, em Terenos – a 30 km de Campo Grande –, Duch foi um dos três produtores premiados por mais se adequar ao programa e cumprir as orientações em todo Mato Grosso do Sul.

O produtor explica como foi o processo em sua propriedade: “Os técnicos do programa fizeram uma visita aqui e apresentaram o programa. Nós logo aceitamos. O maior impacto percebido foi na organização, sinalização da propriedade e também na conscientização, tanto nossa, como dos nossos colaboradores, principalmente, em relação ao descarte adequado de embalagens de defensivos agrícolas e do lixo”, detalhou ele sobre as principais mudanças provocadas pelo programa. No total, o grupo administra 11 mil hectares nos municípios de Terenos e Chapadão do Sul, e todas as propriedades seguem a cartilha de orientação do Soja Plus. Com o programa ainda em andamento, Duch explica o próximo passo: “Como muitas vezes nos dedicamos mais à produção, a parte ambiental deixamos para uma empresa terceirizada nos auxiliar. Até porque as leis mudam e nem sempre conseguimos acompanhar, implementar, fazer funcionar”, pensa Duch sobre a próxima etapa. O Soja Plus, iniciativa do Senar/

MS, orienta gratuitamente mais de 600 produtores rurais com conhecimentos que, de forma contínua e gradativa, melhoram a gestão das propriedades, em especial sob os aspectos ambientais, sociais e econômicos da produção. Os participantes recebem um pacote de ações que inclui: visitas técnicas, kits com materiais informativos, cursos, dias de campos e orientações sobre adequação de construções, regularização ambiental, entre outros. Para o superintendente do Senar/ MS, Lucas Galvan, a história do produtor reflete os anseios do setor. “Produzir mais e melhor, atendendo as normativas vigentes, com gerenciamento correto de seus recursos disponíveis. Esse é objetivo da iniciativa que vem mudando a realidade de agricultores do Estado”. “Eu fiquei muito satisfeito com o projeto. A cartilha ajudou muito nessa infraestrutura da fazenda. Posso falar que 99% do que os técnicos estão nos passando, estamos implementando. Queremos estar juntos”, finalizou Duch.

IstockPhoto

Texto e foto: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul – Leandro Abreu

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MAQUINÁRI O AG RÍCO L A

Rally da Colheita da MacPonta Agro Concessionário John Deere oferece condições especiais para a compra de colheitadeiras

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ste é o último mês do Rally da Colheita. A campanha foi lançada pela MacPonta Agro para movimentar o setor agrícola da região, e teve início em setembro do ano passado. Com o objetivo de impulsionar o mercado, o concessionário conta com preços diferenciados para a compra das máquinas. Válida para as sete lojas da MacPonta Agro, os clientes têm até o dia 31 de março para aproveitar a oportunidade. O Rally da Colheita é uma iniciativa pensada para deixar o agricultor preparado para a colheita. Os clientes que adquiriram as máquinas no início da campanha, puderam contar com um reforço na safra de verão. “Oferecermos uma oportunidade diferenciada ao produtor rural, incentivando a negociação numa época em que, normalmente, a venda diminuía. O Rally é a oportunidade certa para o cliente adquirir a colheitadeira líder de mercado, com preços imbatíveis”, afirma o Gerente Corporativo Comercial, Alexandre Maggioni. Para o Consultor de Negócios da MacPonta Agro Guarapuava, Wagner de Assis, a ação antecipa as negociações. “Nossos clientes se surpreenderam positivamente com as condições especiais oferecidas pela concessionária. Muitas pessoas viram a campanha como uma oportunidade de adquirir a primeira máquina da marca John Deere. E o melhor é que ainda há mais um mês para os clientes aproveitarem os preços diferenciados”, comenta Assis.

A campanha envolve todos os departamentos e integra as equipes da concessionária. “Todos saem ganhando. Se levarmos nossas máquinas para mais produtores rurais, além de atingirmos os nossos objetivos, estaremos beneficiando cada vez mais o setor agrícola. E, com colheitadeiras John Deere, os resultados dos nossos clientes serão ainda maiores”, relata o Gerente. A expectativa do concessionário era de vender 50 máquinas até o fim de fevereiro, mas a meta foi ultrapassada – ao todo, 54 colheitadeiras foram vendidas. Dessa forma, o período de validade da campanha foi estendido para o fim de março. São mais 31 dias de Rally da Colheita para atender os clientes que ainda não aproveitaram as condições especiais. Desde setembro, a MacPonta Agro tem levado a campanha do Rally da Colheita em diversos eventos, ações e dias de campo. No fim do ano passado, alguns clientes puderam conhecer mais

sobre a colheitadeira S400 da John Deere, em evento realizado na loja de Guarapuava, e ainda aproveitaram as condições de campanha. Em fevereiro deste ano, o time do concessionário esteve em peso no Show Rural Coopavel - uma das principais feiras do setor -, levando as novidades da John Deere aos clientes e, também, trabalhando as negociações exclusivas proporcionadas pelo Rally. Vale ressaltar que além de condições especiais para a venda de colheitadeiras nesse período, a MacPonta Agro ainda oferece assistência completa de Pós-Vendas, com peças originais e manutenção certificada. “Atendemos todas as necessidades dos clientes. Estamos presentes desde o momento da compra, com o time comercial ligado às necessidades dos produtores, com o suporte necessário para que eles possam aproveitar toda a capacidade do equipamento John Deere.”, finaliza Maggioni.

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H O M E NAG E M

40 anos de Coamo O gerente do entreposto Coamo - Guarapuava, Marino Mugnol, comemorou 40 anos de atuação profissional na cooperativa, no dia 5 de fevereiro, e recebeu uma homenagem da Coamo. Estiveram presentes na celebração, colaboradores da unidade de Guarapuava, cooperados, imprensa, familiares de Mugnol, os representantes da Coamo de Campo Mourão, Ricardo Calderari (diretor-secretário); José Aparecido Bernardo (gerente Administrativo); Antonio César Marini (gerente de Recursos Humanos); Ilivaldo Duarte (assessor de Comunicação); os gerentes dos entrepostos vizinhos, Mercilo Bertolini (Pinhão); Nelsi Bonotto (Candói); Clodoaldo Medeiros (Cantagalo) e Marco Aurélio Marques

(Goioxim) e ainda o presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. “Completar 40 anos na mesma empresa é algo muito gratificante. Estou muito feliz. E é o que eu sempre digo, só acho que isso é possível se você ama

ENTREGA

Tratores para a agricultura familiar

o que faz. E eu amo o que eu faço. Estou muito grato por ter sido acolhido em cada unidade que trabalhei durante estes anos e por ter tido a oportunidade de crescer na cooperativa”, comemorou Mugnol, que gerencia o entreposto Guarapuava há um ano e meio.

PA L E S T R A

O poder da alta performance O anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava lotou no dia 15 de janeiro, durante a palestra “O poder da alta performance”, ministrada pelo coach e headtrainer, Anderson Luiz. Mais de 450 pessoas participaram do evento, promovido pela Inbrata.

A Prefeitura de Guarapuava realizou, no dia 20 de dezembro de 2018, na Praça Cleve, entrega de tratores para cinco comunidades rurais. De acordo com o Município, os tratores foram adquiridos através de um convênio, no valor de R$ 525 mil, firmado com Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (SEAB), e viabilizado por emenda do deputado estadual Bernardo Ribas Carli (o parlamentar faleceu em acidente aéreo, ano passado). Participaram da cerimônia, o prefeito em exercício Itacir Vezzaro, representando o prefeito Cezar Filho; o secretário municipal de Agricultura, Ademir Fabiani; o chefe da regional da SEAB em Guarapuava, Arthur Bittencourt Filho; membros das associações, vereadores, lideranças e parentes de Bernardo Carli. “Ao longo dos últimos anos, temos dotado as comunidades com muitos equipamentos, tratores, enxadas rotativas, ensiladeiras, para simplificar o trabalho do pequeno produtor familiar”, disse Fabiani em seu pronunciamento. Em entrevista, o prefeito em exercício explicou como serão utilizados os tratores: “O serviço nas propriedades será gerenciado pelas associações, acompanhado pela assistência técnica da Secretaria da Agricultura”. Vezzaro observou que, com as novas máquinas, são agora 18 as patrulhas existentes em Guarapuava, para ajudar os pequenos agricultores (Com informações da Prefeitura de Guarapuava).

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NOGUEIRA-PECÃ

Cuidados no planejamento e instalação do pomar Engenheiro Agrônomo MSc. Julio Cesar F. Medeiros CREA 15.364-D - Responsável Técnico Viveiros Pitol Pitol Assessoria Rural – Especializada em Assistência Técnica à Cultura da Noz-pecã

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nogueira-pecã é uma cultura de altíssima rentabilidade na fase de plena produção, dificilmente atingível em outras atividades agrícolas. Por se tratar de um cultivo perene, os cuidados na escolha da área, das variedades a plantar, na procedência da mudas, no planejamento do pomar, no adequado preparo e correção do solo e no manejo da cultura, são fatores determinantes para o sucesso na atividade. Importante salientar também que esta cultura pode perfeitamente produzir por um período superior a 100 anos. Ou seja, a partir de um pomar bem instalado e bem conduzido, a renda advinda de sua produção pode ser um fator decisivo no aumento significativo da renta-

bilidade da propriedade, garantindo sua sustentabilidade durante muitos anos. O primeiro fator a considerar para o sucesso na implantação de um pomar de nogueira-pecã é a escolha da área, nos aspectos clima e solo. Por ser planta originária de clima temperado, esta exigência é plenamente atingida na maioria das regiões dos três estados do sul do Brasil, com potencial também para algumas regiões serranas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. A região de Guarapuava, em particular, apresenta invernos com baixas temperaturas, o que favorece grandemente o desenvolvimento e produção da cultura, com o ganho adicional de beneficiar de-

cisivamente a sanidade das plantas, um fator primordial no sucesso do pomar, e um diferencial muito significativo desta região, que possui também um dos melhores solos do Brasil. Sob o ponto de vista do solo, a condição ideal para o bom desenvolvimento da cultura é que seja implantada em local de solo profundo, por ser planta de grande porte, com sistema radicular bastante desenvolvido. Um fator fundamental e crítico é que o local tenha uma boa drenagem, pois a planta não tolera solo úmido. Estas são condições imprescindíveis para a obtenção de bons resultados e, em consequência, altas lucratividades, durante muitos anos. É importante salientar também a adequada escolha das mudas, que devem ser selecionadas com critério, originárias de viveiro idôneo, reconhecido pelo mercado, e detentor de Registro no RENASEM – Registro Nacional de Sementes e Mudas – do Ministério da Agricultura. Outro aspecto importante a observar é o fornecimento de suporte técnico pelo viveiro, tanto na escolha da área e no planejamento e implantação do pomar, quanto no manejo nos anos iniciais e nos seguintes, quando inicia a produção, uma vez que as informações técnicas sobre a cultura são relativamente pouco conhecidas, mas que, porém, são decisivas no sucesso do pomar. O Viveiro Pitol mantém uma parceria de sucesso e já de longa data com o Sindicato Rural de Guarapuava. Através do seu sindicato e dos profissionais do viveiro, o associado poderá buscar informações sobre custos de produção, rentabilidade do negócio, mercado nacional e internacional, entre outras, além de obter informações técnicas necessárias para a implantação e condução segura do pomar, o que dará a certeza da obtenção de excelentes resultados.

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H I S T Ó R I A E C U LT U R A

Nivaldo Krüger lança 3ª edição do livro “Guarapuava: seu território, sua gente, seus caminhos, sua história” O presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Luiz Werneck Botelho recebeu no dia 15 de janeiro, das mãos do ex-prefeito de Guarapuava e escritor, Nivaldo Krüger, o livro “Guarapuava: seu território, sua gente, seus caminhos, sua história” - 3ª edição. A obra, como conta Krüger, tem a intenção de registrar a história e o desenvolvimento de Guarapuava. “No desenvolvimento da nossa cidade, eu destaco no livro o cooperativismo

e associativismo e nesse meio o Sindicato Rural se destaca, pela presença da entidade com orientação, capacitação e informação, por meio da Revista do Produtor Rural”. O Sindicato Rural apoiou a produção do livro e também possuí duas páginas dedicadas a contar a história e atuação da entidade. “Quero agradecer o apoio do sindicato e do presidente, Rodolpho, na produção do meu livro. Foi fundamental”, agradeceu Krüger.

RE UNIÃO D E CAM P O

Diretoria reuniu cooperados na Coamo Guarapuava

Marino Mugnol, gerente da unidade Coamo – Guarapuava e o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini

A Cooperativa Coamo reúne anualmente seus cooperados para as reuniões de campo. Nestes encontros, realizados em diversas unidades do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, diretoria e cooperados discutem informações atuais sobre a cooperativa. Dos dias 23 de janeiro a 1º de fevereiro, foram percorridos mais de cinco mil quilômetros pela diretoria da Coamo para realização de 30 encontros. Guarapuava deu inicio ao calendário de encontros da

Coamo. A Reunião de Campo 1º Semestre 2019, na unidade, aconteceu no dia 23 de janeiro, com a presença de cooperados de Guarapuava, Candói, Cantagalo, Pinhão e Goioxim. Coordenada pelo presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, os cooperados receberam informações sobre a agricultura brasileira e mundial; custos de produção – trigo safra 2019; cooperativismo; participação dos associados na Coamo; e um panorama geral da Credicoamo, Via Sollus e da Coamo.

PR Ê M I O FR A N Z JA STE R

Boletim Informativo da FAEP e REVISTA DO PRODUTOR RURAL conquistam 1º e 2º lugar, respectivamente, na categoria Jornalismo Impresso. Com 40 trabalhos inscritos em 2018, o Prêmio Franz Jaster de Comunicação é promovido anualmente pela Cooperativa Agrária Agroindustrial e realizado pela Unicentro – através da Coordenadoria de Comunicação Social –, com o objetivo de destacar trabalhos jornalísticos dedicados a destrinchar o principal evento de cereais de inverno do país, o WinterShow, bem como as pesquisas desenvolvidas pela FAPA (Fundação

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Agrária de Pesquisa Agropecuária). A Revista do Produtor Rural conquistou o segundo lugar na Categoria: Jornalismo Impresso ou online, com a matéria “WinterShow 2018: tecnologia e informação sobre cereais de inverno”, de autoria da jornalista Geyssica Caetano Reis. Em primeiro lugar ficou Antonio Carlos Senkovski, jornalista do Boletim Informativo Sistema FAEP/SENAR-PR, com a matéria “Cada trigo no seu quadrado”.

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P I S C I C U LT U R A

Entregas de alevinos no Sindicato Rural incentivam mais uma atividade nas propriedades rurais

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stima-se que sejam produzidos anualmente no Brasil, ao redor de 200 milhões de alevinos, tendo uma estimativa de produção nacional de pescado cultivado 60 mil toneladas ano. Apesar dos recursos hídricos que o Brasil tem, mais de 50% dos pescados que o país consome é importado. A piscicultura gera cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos no país e o Brasil está entre os 15 maiores produtores do mundo, de acordo com a FAO. Portanto, o mercado da piscicultura é muito promissor, com ampla possibilidade de expansão. Tentando estimular a atividade, o Sindicato Ru-

Adair Rosa

Tatiana Marcondes e Tanea Marcondes

ral de Guarapuava, em parceria com a Piscicultura Progresso, realiza a comercialização de alevinos na entidade há mais de quatro anos. As próximas entregas serão realizadas nos dias 14 de março e 26 de abril. Mesmo nestas datas, sendo um período mais frio na região, o proprietário da piscicultura, Erivelto Leonardo, garante que não há mortalidade dos alevinos durante o inverno. Por isso, as encomendas de alevinos podem ser feitas normalmente. O cuidado deve ser maior com os peixes que já estão desenvolvidos. Após esse período, as entregas dão uma pausa e retornam em novembro.

Renato Stadler e Horst H. Hensching

José Michel Rodrigues

Gleiso Ilchenco, Ivan Bueno e Adriano Bueno

Cesar Peterlini

São mais de 20 espécies comercializadas pela piscicultura, entre elas tilápia, carpa capim, carpa húngara, tambacu, lambari, pacu, dourado, jundiá, matrinxã, catfish e bagre africano. Os preços variam de acordo com a espécie, que são vendidas por milheiros. Encomendas, espécies e valores sob consulta, no Sindicato Rural, em Guarapuava, ou na extensão de base Candói. No ato do pedido, deverá ser pago 50% do valor da encomenda. Outras informações, pelo telefone (42) 3623-1115. As últimas entregas foram dia 14 de dezembro de 2018 e 8 de fevereiro. Confira as fotos:

Ari Schwans e Victor Miguel

Rosimeri dos Santos e João Victor dos Santos

José Machado de Lima e Erivelto Leonardo

Ana Bilek e Mario Bilek

Anton Egles

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MANCHETE

Safra de verão 2018/2019: calor atípico semeou desafios

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calor excessivo e a chuva irregular foram motivos de surpresa para os produtores rurais em várias regiões do Brasil, entre os meses finais de 2018 e o começo de 2019. Ainda mais do que antes, entender o clima se tornou tarefa para especialistas. No ano de passado, o país havia sido influenciado, em parte, por La Niña, o resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, e depois pela chamada Neutralidade. Neste verão, não seria a vez do El Niño, conhecido por trazer chuvas à região Sul?

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Em entrevista para a REVISTA DO PRODUTOR RURAL, no último dia 5 de fevereiro, o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos recordou que as águas e os ventos têm sua complexidade e que a alternância entre queda e elevação de temperatura no maior oceano do mundo não é tão regular: “O mês de janeiro foi um dos mais quentes já registrados nos últimos anos, com temperaturas que ficaram até 5°C acima da média por vários dias consecutivos. Além do calor, as chuvas também ficaram abaixo da

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média para o mês. E isso tem uma explicação. As temperaturas das águas do Pacífico, na região equatorial central, se aqueceram muito rapidamente nessas últimas semanas. Ainda segundo ele, “sem a entrada frequente das frentes frias, os ventos quentes que sopram do equador para a região central do Brasil ganharam cada vez mais força”. Nestas condições, prosseguiu, “as temperaturas subiram rapidamente e permaneceram em patamares elevadíssimos ao longo do mês”. Sobre o El Niño, ele aponta: “Ape-


sar das águas do Pacífico estarem com temperaturas acima da média, ainda não dá para falar que o verão foi ou será influenciado pelo El Niño, pois em todas as outras regiões do oceano elas estão oscilando muito entre períodos mais quentes e mais frios”. E exemplifica: “A região denominada Niño 1+2, que localiza-se na faixa mais ao leste da região equatorial, que banha a costa (oeste) da América do Sul, está se alternando entre períodos muito quentes, com anomalias até 1,4°C acima da média, e na sema-

na seguinte apresenta anomalias negativas”. A dinâmica, esclareceu, não fez com que a atmosfera respondesse como El Niño, mesmo com as temperaturas da região do El Niño 3.4 sempre se mantendo com anomalias positivas. “O oceano começa a entrar num novo período de resfriamento, o que dá maiores indícios de que não haverá a formação de um El Niño clássico esse verão”, antecipou. Nestas condições, o Paraná, um dos principais estados agrícolas do país, sentiu os efeitos, com locais,

Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista

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MANCHETE

como a região Oeste, registrando perdas severas na soja. Até mesmo o centro-sul do estado, onde altitudes em torno de 1.100 metros costumeiramente contribuem para temperaturas mais amenas, desta vez acompanhou o quadro climático seco e abafado. Nas áreas rurais, se o sol forte exibia uma luz tão intensa quanto constante, o granizo fazia um contraponto repentino, aqui e ali, danificando em maior ou menor grau as lavouras atingidas e lançando, sobre as demais, a sombra de sua possibilidade. Certo é que a incidência de doenças e os custos de produção subiram junto com o termômetro. Ao retornar ao campo para conversar com produtores sobre esta safra, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL ouviu dos entrevistados que as chuvas localizadas também marcaram o período 2018/2019. Com isso, algumas fazendas, por vezes até as bem próximas, apresentaram situações bem diferentes. Em sua propriedade, numa região de Foz do Jordão próxima a Candói, o agricultor e agrônomo Fabrício Araújo, em entrevista dia 7 de fevereiro, recordou: “Foram uns 15 dias sem chuva, um pouco mais quentes”. Algumas variedades enfrentaram a estiagem numa fase mais inicial. “Isso é o que

Surpresa: mais dias de sol, menos ataque de pragas Em Candói, Fabrício Araújo comemorou o fim de um verão que se mostrava preocupante, com 15 dias sem chuva, mas que terminou com menos praga no milho e mais luminosidade para o desenvolvimento da soja.

foi mais preocupante. Mas elas não estavam no estágio crítico de produtividade, então confiamos que a produção vai ser muito boa”, considerou. No milho, de acordo com ele, as doenças não chegaram a afetar a produção e a ocorrência de pragas foi menor do que no ano passado, quando o percevejo entrou logo no início do ciclo, matou plantas e reduziu produtividade. A seu ver, o patamar pode chegar a ser tão bom quanto um dos melhores e mais recentes já obtidos em seu sistema produtivo: “Tivemos, há uns dois anos, um desempenho muito bom, uma média aí de 12.500 a 13.000 quilos por hectare. Acho que a gente consegue chegar na mesma média daquele ano sem muito problema”. Já na soja, foi maior o contraste

Luiz Fernando Andrade, gerente da fazenda Capão da Lagoa e Cícero Lacerda, produtor Rural

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REVISTA DO P RODUTOR RURAL DO PARANÁ

entre fatores benéficos e desafiadores. Entre os pontos positivos, Araújo destacou que o verão 2018/2019 proporcionou luz solar suficiente para o desenvolvimento das plantas, ao contrário da safra passada. Entre os negativos, ele viu forte pressão de doenças, como ferrugem e esclerotínia, e de plantas invasoras como a buva. Entre as pragas, percevejo e lagarta surgiram com menor agressividade. “De bicudo, tivemos uma incidência bem grande. Mas se você trabalhar de uma maneira imediata e constante, é uma praga que dá um dano muito pequeno, comparado às outras”, assinalou. O que chamava a atenção, como mostrou no momento de sua entrevista, era a chegada da joaninha. De olho na reta final da lavoura, o agricultor demonstrava, no entanto, tranquilidade no controle do inseto, estimando os danos como insuficientes para causar redução significativa no desempenho da soja. Desafios à parte, sua expectativa era boa para a colheita, prevista para início de março: “Acho que num cenário pessimista seriam umas 72 a 75 sacas por hectare; no otimista, 80 sacas de média”, declarou com um sorriso que mostrava alívio de ver um verão escaldante terminar com menos danos às suas lavouras do que se poderia esperar.


Em Goioxim, na fazenda do agricultor Cícero Lacerda, o clima atípico também apresentou suas consequências. Ele relatou que o milho, implantado no começo de setembro, sofreu com seca em dezembro: “A espiga parece que ficou um pouco menor. Pode ser que dê uma quebra aí, talvez no peso”. Depois veio granizo em 40% da área da cultura. A intensidade da intempérie, observou, se mostrou contudo fraca. Em sua avaliação, as plantas atingidas puderam preservar cerca de metade das folhas – as que ficaram, permaneceram verdes até o final do ciclo. “Acho que não vai ter perda por causa da chuva de pedra”, estimou. Já a pressão de doenças, a seu ver, foi menor do que se poderia esperar sob o calor forte. O combate às pragas se mostrou igualmente “tranquilo”. A incidência, disse Lacerda, ocorreu com baixa intensidade e, na propriedade, a opção de controle, contou, tem sido o Manejo Integrado de Pragas (MIP). “Foi uma economia grande de inseticida”, comemorou. Utilizando o MIP desde 2016, ele conta que, para implantar aquela técnica, o gerente e o aplicador da propriedade participaram de um dos cursos que o Sindicato Rural de Guarapuava e a regional do SENAR-PR no município promoveram na entidade. O procedimento, disse o agricultor, hoje se estende à soja e ao trigo. No quesito produtividade, faltando menos de uma semana para o início da colheita, ele calculava: “Espero obter mais ou menos de 13.500 quilos por hectare”.

Para instrutor de curso de MIP, em calor atípico, manejo exige mais vistoria a campo

A REVISTA DO PRODUTOR RURAL conversou com um dos profissionais da agricultura que têm atuado também como instrutor em capacitações do SENAR-PR para o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Agrônomo no IAPAR de Ponta Grossa (PR), Edson Márcio deu cursos sobre o assunto, nas safras 2016/2017 e 2018/2019, no Sindicato Rural de Guarapuava. Especialmente para esta edição, ele respondeu à pergunta: como utilizar este manejo sob um calor atípico como o que ocorreu neste verão?

“Na safra 2018/2019, tivemos o acontecimento de altas temperaturas e um déficit hídrico até razoável em algumas regiões do Paraná. Com relação ao MIP, nessas condições, uma das premissas é que nós aumentamos o número de amostragens. Ao invés de fazermos, talvez, uma vez por semana, deveríamos fazer pelo menos duas. Por que isso? A biologia dos insetos tem uma correlação muito forte com a oferta térmica. Isso conduz à redução do ciclo de vida do inseto, permitindo que haja uma maior infestação, faz com que aconteça um aumento no número de gerações do inseto-praga. Temos como exemplo a lagarta da soja. Ela reduz o tempo de reprodução. O tempo de alimentação também é reduzido, a sobrevivência dos adultos e a viabilidade dos ovos. Temos uma geração antecipada. O MIP é possível? Sem dúvida nenhuma. O produtor só vai ter que trabalhar em cima da logística, ter mais pessoas treinadas, para que esta batida de pano, esta vistoria a campo, seja com maior intensidade”.

REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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MANCHETE

A soja, por outro lado, enfrentou desafios. “O clima, um pouco atrapalhou, porque no começo teve muita chuvarada e frio”, relatou. Em 15% da área, implantados dia 13 de setembro, doenças atingiram a raiz e reduziram a produtividade. No restante, plantado em meados de outubro, houve forte incidência de mofo branco e esclerotínia. Outra doença, em sua avaliação, atacou com menos força: “A ferrugem está instalada nas áreas, mas só que não evolui. Não dá dano porque a gente controla”. Mesma situação valendo para pragas, como o percevejo, nas quais ele viu redução: “Acho que está bem tranquilo, melhor do que no ano passado”. No fator chuva, Lacerda contou ter visto, ao longo do período, que as precipitações ocorreram de forma irregular e localizada em sua região. Mas pontuou que, na propriedade, o volume foi suficiente para manter o desenvolvimento das plantas. Com isso, ele disse acreditar que apesar do verão excepcionalmente quente, com exceção da soja do cedo, ainda conseguirá um patamar de produtividade que avalia como positivo: “Acho que vai dar 75 sacos por hectare, que tem sempre sido a minha média”. Em Guarapuava, outro produtor, Renato Cruz, ao conversar com a REVISTA DO PRODUTOR RURAL no dia 20 de fevereiro, também avaliou que suas lavouras de milho e soja encerrariam o período com um bom desempenho. No milho, o agricultor recordou que, após vários anos fora daquela cultura, voltou a plantar o cereal no verão 2018/2019 devido aos melhores níveis de preço. Segundo disse, o

Renato Cruz, de Guarapuava: pressão do mofo branco

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PR: SEAB revê para baixo a estimativa de colheita No Paraná, o calor atípico do verão 2018/2019 também trouxe reduções de safra. Conforme informou a SEAB, dia 24 de janeiro, o Departamento de Economia Rural (Deral) estimava inicialmente uma produção de 22,5 milhões de t de grãos. A projeção foi revista para 20,4 milhões de t. A lavoura mais afetada foi a de soja, seguida do feijão e milho da 1ª safra. Na soja, a estimativa se reduziu em 14%, baixando de 19,5 milhões de t para 16,8 milhões de t. Ainda de acordo com a SEAB, os números apontavam para perdas nas regiões de Toledo (39%), Umuarama (25%), Campo Mourão (23%), Francisco Beltrão (22%) e Paranavaí (19%), entre outras. No milho, a projeção inicial de safra da SEAB era de 3,3 milhões de t, mas foi reduzida para 3,1 milhões de t. A situação climática impactou principalmente a região Oeste. Já para a 2ª safra, a Secretaria de Estado da Agricultura estimava um quadro mais positivo, com um volume de safrinha de 12,7 milhões de t.

tempo seco não foi problema: “A estiagem, se afetou, foi pouco, vai ser uma safra boa” – o que, segundo calculou, significaria um patamar “acima de 12 mil quilos por hectare”. Na soja, Cruz contou que, no período, verificou o ataque de doenças como ferrugem e mofo branco – esta última, destacou, foi sua prioridade, para evitar que se repetisse uma infestação que ocorreu na safra do ano passado. E de acordo com ele, em 2018/2019, a doença veio com força ainda maior. Já em relação às pragas, ele recordou que o problema pode ser superado, com a soja encerrando o ciclo sem dano significativo. A alternativa, explicou, foi o manejo integrado. A opção, testada ano passado em parte da área, nesta safra foi estendida a toda a cultura apesar das temperaturas elevadas, conhecidas por acelerar o ciclo de reprodução de insetos. Na avaliação de Cruz, uma verificação assídua da la-

REVISTA DO P RODUTOR RURAL DO PARANÁ

voura permitiu economizar em inseticida e obter produtividade. Neste quadro, antecipou o que calculava como um provável patamar: “De 70 sc/ha, com certeza”. Tendo conduzido o MIP naquela propriedade, em 850 ha de soja, o agrônomo Leandro Bren mencionou em entrevista, dia 25 de fevereiro, que

Leandro Bren, agrônomo: MIP para uma aplicação na soja


NÚMEROS GERAIS

BRASIL

MILHO

SOJA

1ª safra - CONAB - jan. 2019 2017/2018

2018/2019*

Área (milhões de ha)

5,08

5,10

Produtividade (mil kg/ha)

5,3

5,2

Produção (milhões de t)

26,8

27,4

CONAB - jan. 2019

* Estimativa

2017/2018

2018/2019*

Área (milhões de ha)

35,1

35,7

Produtividade (mil kg/ha)

3,39

3,32

Produção (milhões de t)

119,2

118,8

* Estimativa

PARANÁ

1ª safra - SEAB/DERAL - jan. 2019 2017/2018

2018/2019*

331,5

356,0 (7%)

Produtividade (mil kg/ha)

8,7

Produção (milhões de t)

2,88

Área (milhões de ha)

SEAB/DERAL - jan. 2019 2017/2018

2018/2019*

Área (milhões de ha)

5,44

5,42 (0%)

8,7 (0%)

Produtividade (mil kg/ha)

3,5

3,1 (-12%)

3,10 (7%)

Produção (milhões de t)

19,18

16,85 (-12%)

* Estimativa

* Estimativa

GUARAPUAVA E MAIS 11 MUNICÍPIOS DA REGIÃO

1ª safra - SEAB/DERAL - jan. 2019 2017/2018

2018/2019*

Área (ha)

57.100

58.300 (+2%)

Produtividade (kg/ha)

9.700

9.450 (-3%)

553.870

550.935 (-1%)

Produção (t) * Estimativa

SEAB/DERAL - jan. 2019

Área (ha) Produtividade (kg/ha) Produção (t)

2017/2018

2018/2019*

283.250

278.450 (-2%)

3.600

3.550 (-1%)

1.019.700

988.497 (-3%)

* Estimativa

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45


MANCHETE

só na primeira quinzena do mês de fevereiro a lavoura se aproximou do nível de ataque para iniciar o controle. O manejo, complementou, levou em consideração o comportamento da praga, que espera pelas temperaturas mais amenas da noite para atacar as partes mais altas da planta: “Fizemos uma única aplicação noturna de inseticida específico para o controle de lagartas. Não foi utilizado inseticida de amplo espectro em toda a fase da cultura para preservar os inimigos naturais”. Mas o agrônomo enfatizou que usar o MIP é uma decisão que varia de acordo com o perfil de cada produtor. Enquanto isso, com a safras de milho e soja entrando ou se encaminhando para a colheita, vale lembrar as estimativas do meteorologista Marco Antônio dos Santos: “Como há um indicativo, segundo os modelos de previsão climática, de que as águas do Oceano Pacífico entrem num período de resfriamento, a tendência é que a atmosfera venha a se comportar muito mais como uma La Niña do que propriamente El Niño”. De acordo com ele, março será caracterizado por “tempe-

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1ª safra: feijão e batata com previsão de queda A estimativa de safra da SEAB/ DERAL, do dia 24 de janeiro, para feijão e batata (ambos de 1ª safra), na comparação 2017/2018 com 2018/2019, no Paraná, indica redução na produção nas duas culturas. No feijão, que já começou o período com diminuição de área de 16%, caindo de 193,5 mil hectares para 162,3 mil hectares, a produtividade projetada se retrai em 9%, de 1.723 kg/ha para 1.608 kg/ha. Com 21% de redução, o volume final estimado cai de 331,2 mil t para 260,3 mil t. Na batata, a área também começou menor, em 15%, caindo de 17,8 mil hectares para 15,4 mil hectares. A produtividade prevista se mantém quase a mesma, de 28.705 kg/ ha na safra passada para 28.209 kg/ha agora. A colheita deve ser 15% menor, reduzindo-se de 512,4 mil t para 436,1 mil t.

raturas mais dentro da normalidade em toda a região de Guarapuava, sem que venham ocorrer picos elevados

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por vários dias consecutivos”. Entretanto, observou, poderão ocorrer novos períodos de veranico.


PRE M IAÇ ÃO

Márcio Araújo levou o

“Oscar da Raça Nelore” Foto: Zzn Peres

O

pecuarista Márcio Mendes de Araujo, produtor tradicional da raça Nelore na região de Guarapuava, recebeu em dezembro do ano passado dois prêmios nacionais no mais importante evento da raça: Medalha de Ouro - Melhor Criador da Raça Nelore Ranking Paraná e Medalha de Ouro - Melhor Expositor Raça Nelore Ranking Paraná, durante a 19ª edição do Nelore Fest O Oscar da Raça Nelore, ocorrido no dia 17 de dezembro, em São Paulo. O evento é realizado anualmente pela Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB). Na atividade há 40 anos, Márcio Araújo sempre foi premiado, ao longo dessas quatro décadas, em diversos eventos do gênero, mas agora veio o reconhecimento em nível nacional. Para ele, é o resultado de um trabalho árduo em genética, que há anos vem sendo feito no Rancho 1M, em Foz do Jordão. “Já fazem 60 anos que a nossa propriedade trabalha com genética e eu estou à frente da atividade há 40 anos. Chegar ao resultado que temos atualmente é difícil, mas agora a meta é manter este patamar”. Detalhando o trabalho da propriedade, o pecuarista diz que o segredo é inseminar as linhagens certas para chegar a uma genética boa. Prova disso é que ele já teve três touros em central de inseminação, como o Touro Malbec, que possui uma alta

Rafael Zoller, presidente da Associação dos Neloristas do estado do Paraná entregando os prêmios a Marcio Araújo juntamente com a filha Priscyla Mendes Araújo e o neto João Guilherme

genética e foi cinco vezes campeão da raça, totalizando 11 premiações. “Os sêmens do Malbec são vendidos para todo Brasil. Ele é um excelente reprodutor, com alta linhagem e um volume excelente. E é isso que os compradores procuram”. Para conquistar os prêmios do Oscar da Raça Nelore, o Rancho 1M

participou em média de nove exposições ao longo de 2018, em vários estados brasileiros, marcando pontos no ranking nacional. A Nelore Fest de 2018 também comemorou os 150 anos da chegada do Nelore ao Brasil. Na ocasião, foi realizada uma homenagem para as cinco famílias pioneiras da raça no país.

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GENÉTICA

Pecuária Moderna estabelece mais uma parceria

O

Programa Pecuária Moderna e o Grupo Cescage estabeleceram parceria para levar aos bovinocultores do Paraná inovações tecnológicas que contribuam para o desenvolvimento do setor. O acordo foi firmado e divulgado durante o Dia de Campo Internacional daquela instituição, realizado entre os dias 12 e 14 de fevereiro, em Ponta Grossa (PR). De acordo com a Cesage, a formalização da decisão se deu por meio de um Termo de Inclusão Social no Pecuária Moderna. Participaram do ato de assinatura, o fundador da Cescage Genética, desembargador do TJ-PR, professor pós PhD, José Sebastião Fagundes Cunha; o CEO do Grupo Cescage, Ludovico Omar Bernardi; o presidente do comitê gestor do Pecuária Moderna e presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Rodolpho Luiz Werneck Botelho; o zootecnista Guilherme Souza Dias, da FAEP; o coordenador geral do Pecuária Moderna da região dos Campos Gerais, Afonso Saldanha; Ricardo Vieira, representando a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB); e o pesquisador Luis Moletta, do IAPAR. “O Cescage Genética trabalhará com uma série de ações desenvolvendo tecnologias junto aos produtores rurais. O trabalho tem a intenção de melhorar as pastagens, nutrição animal, melhoramento genético, otimizando custos e qualidade, demonstrando a potencialidade da propriedade rural”, declarou o Fundador do Cescage Genética, Fagundes Cunha. Também o presidente do comitê gestor do Pecuária Moderna saudou a aproximação entre as duas partes. Rodolpho Botelho enalteceu o novo parceiro do programa ao destacar que a Cescage, simultaneamente aos cursos de ensino superior, atua com

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Botelho: assinatura do termo de inclusão social do Grupo Cescage no Pecuária Moderna

foco na inovação, e que por isso a cooperação soma forças na geração e na transferência de tecnologia para o bovinocultor do Paraná. “Esta parceria é de extrema relevância. Primeiro, porque é mais uma entidade dando suporte para o programa. É uma entidade educacional, acadêmica, mas também de pesquisa. A principal meta é levar a genética animal para os produtores, melhorando a sua produtividade, seu rebanho”, ressaltou. Lançado em 2015, o Programa Pecuária Moderna é uma iniciativa que tem por objetivo tornar a bovinocultura de corte no Paraná mais moderna e rentável. Com a participação do governo do Estado, Sistema Federação da Agricultura do Paraná (FAEP),

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A PRINCIPAL META É LEVAR A GENÉTICA ANIMAL PARA OS PRODUTORES, MELHORANDO A SUA PRODUTIVIDADE, SEU REBANHO”

instituições de ensino superior públicas e privadas, o programa considera que, com gerenciamento voltado à eficiência e tecnologia avançada, a criação de bovinos paranaense pode conquistar mais mercados, tanto no Brasil, no segmento de carnes nobres, quanto no exterior, na exportação. Independente da raça bovina, o plano preconiza atenção aos índices zootécnicos e aos sistemas de produção entre outros pontos. Desde seu surgimento, o Pecuária Moderna vem realizando, em várias regiões do Paraná, dias de campo para a difusão de tecnologia em bovinocultura. Um dos mais recentes foi o II Dia de Campo da Produção Integrada, que ocorreu em outubro de 2018, em Candói.


Parceria lança Parque Tecnológico para melhoramento e inovação

Foto: Cescage

O

Grupo Cescage anunciou, durante a realização de seu Dia de Campo Internacional, que ocorreu entre 12 e 14 de fevereiro, em Ponta Grossa, o lançamento do Parque Tecnológico Agro Inovação Sustentável Cescage Genética. Com este objetivo, assinaram um termo de cooperação acadêmico-científica autoridades do Paraná, Bahia e Paraguai. Estiveram no evento o professor pós PhD. e desembargador do TJ-PR, José Sebastião Fagundes Cunha, fundador do Cescage Genética e do Parque Tecnológico; a diretora geral do Parque Tecnológico, professora doutora Érika Zanoni Fagundes Cunha; o prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel; o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o governador da Província de Missiones, Carlos Arrechea Ortíz; e o CEO do Grupo Cescage, professor doutor Ludovico Omar Bernardi. Segundo a Cescage, o Parque Tecnológico será multidisciplinar e terá matriz na região dos Campos Gerais, além de pólos em Missiones, no Paraguai, e no Estado da Bahia. Ainda

Cescage anunciou parceria durante seu Dia de Campo Internacional, em fevereiro

conforme divulgou a instituição, a iniciativa será um complexo planejado de desenvolvimento empresarial e tecnológico, promotor da cultura de inovação, da competitividade industrial, da capacitação empresarial e da promoção de sinergias em atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de inovação, entre empresas, União, os Estados e os Municípios, com ou sem vínculo entre si. Também de acordo com a insti-

tuição, o compromisso da Agência Paraná de Desenvolvimento, Ministério da Agricultura do Paraguai e da Secretaria de Agricultura da Bahia, será coordenar e conduzir a seleção de matrizes das raças Purunã, Caracu, Charolês e Angus com potencial para serem futuras doadoras de embriões e de touros das raças mencionadas com potencial para serem futuros reprodutores e doadores de sêmen; entre outras tarefas.

Com informações da Assessoria de Comunicação do Grupo Cescage

Lideranças do Cescage e Pecuária Moderna participam de reunião sobre infraestrutura

Foto: Governo do Paraná

O fundador do Parque Tecnológico Agro Inovação Sustentável Cescage Genética, desembargador Fagundes Cunha, acompanhado de uma comitiva do Paraguai e do presidente do comitê gestor do Plano Pecuária Moderna e presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Rodolpho Botelho, estiveram presentes em reunião que o governo do Estado promoveu, dia 14 de fevereiro, para discutir infraestrutura e agronegócio. No encontro, o governador Ratinho Junior recebeu autoridades do Paraguai, como a ministra de Indústria e Comércio daquele país, Liz Cramer; o governador do Departamento de Missiones, Carlos Arrechea Ortíz; o cônsul-geral no Brasil, Carlos José Fleitas Rodriguez, e empresários. Ratinho Junior apresentou o projeto do Corredor Bioceânico, uma ligação entre os oceanos Atlântico e Pacífico, que conectará o Porto de Paranaguá ao de Antofagasta, no Chile, passando por Paraguai e Argentina.

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I N O VA Ç Ã O E D E S E N V O LV I M E N T O R U R A L

André Brugnara assume coordenação geral de produção animal do MAPA

O

professor André Brugnara Soares foi cedido pela UTFPR – Campus Pato Branco para desempenhar a função de coordenador geral de produção animal, vinculado ao Departamento de Desenvolvimento de Cadeias Produtivas e Inovação e à Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Rural, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Brugnara é especialista na área de pastagens e já realizou diversas ações em parceria com o Sindicato Rural de Guarapuava, principalmente por meio do Programa Pecuária Moderna. Também organizou viagens técnicas para visitas em eventos e propriedades rurais da região. Em entrevista para REVISTA DO PRODUTOR RURAL, ele falou sobre o novo desafio. “Estou vendo no MAPA que todas as medidas propostas no plano de governo do presidente Bolsonaro estão sendo desencadeadas. A tônica geral é de simplificação de processos, de diminuição do Estado, de aumentar o dinamismo e aquecer a interface dos órgãos públicos com o setor produtivo. O MAPA, nas suas diversas divisões, está sendo direcionado para melhorar a qualidade da comunicação, através de políticas específicas, entre os agentes que promovem o fortalecimento das cadeias produtivas. Essa nova orientação liberal nos traz muitas oportunidades de crescimento e fortalecimentos das cadeias produtivas do agronegócio, porém traz grandes desafios para tramitar e executar as políticas públicas, principalmente pela necessidade de maior protagonismo e proatividade de cada elo das cadeias produtivas. Atualmente, esta coordenação geral aloja importantes ações no cenário nacional do agronegócio, como por

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exemplo, o projeto mais leite saudável, o programa de fomento à produção artesanal, o programa de pecuária sustentável e o programa de qualificação de produtores de leite. Outras inúmeras ações estão sendo executadas, principalmente na área de bem-estar animal, viabilização e fortalecimento de cadeias ligadas aos pequenos produtores rurais”. Segundo Brugnara, a função da Coordenação Geral de Produção Animal é, além de atender as demandas na resolução de problemas e desafios, propor ações que se antecipem às dificuldades, ações que visam um prazo maior de tempo, que nem sempre são bem compreendidas pelo setor produtivo. “Daí a necessidade de pensar na nação e no bem-estar dos brasileiros, acima de interesses específicos de segmentos da cadeia. Também tenho notado muitos servidores que, assim como eu, vieram do sul do Brasil, e por indicações por mérito de currículo ou perfil da pessoa. Em nenhum momento foi me questionado sobre meu posicionamento político, o que denota a diminuição do aparelhamento partidário dos órgãos públicos. É com tremenda honra, gratidão e responsabilidade que aceitei o convite do MAPA e estou imbuído a atender às demandas do setor produtivo e me coloco a total disposição”.

REVISTA DO P RODUTOR RURAL DO PARANÁ

OUTRAS INÚMERAS AÇÕES ESTÃO SENDO EXECUTADAS, PRINCIPALMENTE NA ÁREA DE BEMESTAR ANIMAL.”


TRIGO

Ofertas Agrichem para a cultura de trigo: Big Red e Reforce+ 8 6 % Lignina

U

ma cultura composta de plantas bem nutridas apresenta maior resistência à estresses comuns ao ambiente de produção. Dentro deste contexto, pode-se destacar a atuação dos elementos cobre, potássio e fósforo, nas formas Cu2O, K2O e PO 33-. Cobre: participa diretamente em reações que necessitam de transferência de elétrons (Cu2+<->Cu+) e na constituição demais de 100 proteínas nas plantas (Epstein & Bloom, 2004; Yruela, 2009). Possui papel importante na fotossíntese, respiração, metabolismo do carbono e nitrogênio e na proteção contra estresses oxidativos (Broadley et al., 2012). A maior parte do cobre nas plantas está associada à plastocianina (proteína responsável pela doação de elétrons no fotossistemaI) e a superóxido dismutase (enzima com função antioxidante). Além disso, vale destacar a importante função deste elemento na biossíntese de lignina (Broadley et al., 2012), o que em muitos casos significa maior rigidez e resistência das plantas à estresses bióticos (Datnoff et al., 2007). A Figura 1 apresenta o efeito direto do cobre na formação de lignina na parede celular de plantas de trigo. Potássio: age como cofator de mais de 40 enzimas (Taiz et al., 2017), permanecendo como íon K+, o que também lhe

4 2 0

1

7,1 Concentração de cobre (mg kg-1)

Figura 1. Efeito do teor de cobre na porcentagem de lignina na parede celular de plantas de trigo (adaptado de Broadley et al., 2012).

confere alta mobilidade entre os tecidos dos vegetais. Dentre os diversos processos metabólicos que o potássio está envolvido nas plantas, estão a abertura e fechamento dos estômatos (manutenção do turgor), o transporte de carboidratos, a produção de clorofila, a regulação do balanço hídrico e a ativação de enzimas envolvidas na respiração celular e fotossíntese. Outra característica de grande importância relacionada ao potássio é a sua importância na REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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sanidade das plantas, melhorando a resistência natural das mesmas a vários estresses bióticos (Datnoff et al., 2007). Fósforo: o fósforo, na forma de íons PO 33-, é capaz de promover importantes ações no metabolismo das plantas que geram aumento de resistência, estimulando-as a produzir proteínas de defesa (Dalio et al., 2014). Além disso, possui elevada mobilidade entre os órgãos, podendo ser encontrado em todas as extremidades das plantas. Neste caso, vale ressaltar a importância da qualidade da formulação, a qual irá determinar a estabilidade e duração deste efeito de maior resistência nas plantas. A Agrichem possui como principais ofertas para trabalhar estes 3 elementos na cultura de trigo os produtos Big Red e Reforce+.

Big Red

Ambos são ótimas alternativas para melhora do desempenho na cultura de trigo, como pode ser comprovado por resultados de experimentos (Figura 2) e ensaios lado a lado (Figuras 3 e 4) realizados em campo nas últimas safras. Os produtos podem ser aplicados principalmente próximo ou durante a fase reprodutiva. + 3,5 scs

60 59 58 57 56 55

Produto destinado a um fornecimento eficiente de cobre para as plantas, de maneira gradual e com alta biodisponibilidade. Apresenta ótimo aspecto visual, além de alta compatibilidade em caldas de pulverização. Possui óxido cuproso micronizado, altamente concentrado, sendo esta uma fonte reativa de cobre que promove efeitos positivos no manejo de estresses bióticos e abióticos. Produto amplamente testado, em dezenas de experimentos e ensaios, apresentando resultados positivos consistentes.

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Padrão

Agrichem (Big Red e Reforce+)

Figura 3. Resultado médio de incremento de produtividade, considerando 3 safras de trigo (2016, 2017 e 2018) em 21 áreas no sul do Brasil, comparando com o padrão do produtor sem aplicação de Big Red e Reforce+. Fonte: Dpto. Técnico Agrichem.

Reforce+ Produto nutricional destinado principalmente ao manejo de estresses bióticos e abióticos, com efeito prolongado de ação. Foi avaliado em dezenas de experimentos, pelos quais é possível verificar seu efeito de estímulo à produção de enzimas de defesa das plantas, conferindo maior resistência à estresses. Com isso, mantém as plantas mais sadias, resultando em maior área fotossintética e, consequentemente, maior produtividade.

100

Referências:

+ 9,2 scs

90

BROADLEY, M; BROWN, P.; CAKMAK, I.; RENGEL, Z.; ZHAO, F. Functionofnutrients: micronutrients. In: Maschner, P. (Ed.). Marschner ́s mineral nutritionofhigherplants. (3rd ed.). Londres: Elsevier. 2012, p.191-248.

80

kg/ha

70 60

+ 2,4 scs

50 40 30 20

DALIO, R.J.D.; FLEISCHMANN, F.; HUMEZ, M.; WOLFGANG, O. PhosphiteprotectsFagussylvaticaseedlingstowardsPhytophthoraplurivora via local toxicity, primingandfacilitationofpathogenrecognition. PlosOne, California. www.plosone.org, v9, 2014. DATNOFF, L. E.; ELMER, W. H.; HUBER, D. M. Mineral NutritionandPlantDisease.St. Paul: The American Phytopathological Society Press, 2007. 278p.

10 0

Padrão Teixeira Soares

Big Red e Reforce+ Guarapuava

Figura 2. Resultados médios de produtividade de duas áreas distintas localizadas na região centro-sul do Paraná (safra 2017), com diferentes níveis de produtividade. Em cada área, foram realizadas 2 aplicações de Big Red e Reforce+. Fonte: Dpto. Técnico Agrichem.

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Figura 4. Aspecto visual nas folhas de trigo após 2 aplicações de 0,5 L/ha de Reforce+. Tamarana-PR. Fonte: Dpto. Técnico Agrichem.

REVISTA DO P RODUTOR RURAL DO PARANÁ

EPSTEIN, E.; BLOOM, A.J. Mineral nutritionofplants: principlesand perspectives. (2nded.) Sunderland: Sinauer Associates, 2004. 400 p. TAIZ, L.; ZEIGER, E.; MOLLER, I.M.; MURPHY, A. Fisiologia e desenvolvimento vegetal, 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 888p. YRUELA, I. Copper in plants: acquisition, transportandinteractions. FunctionalPlantBiology, Clayton, v. 36, p. 409-430, 2009.


REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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Pastagem de trigo traz bons resultados a pecuaristas Tecnologia de integração lavoura-pecuária proporciona maior aproveitamento na área de inverno, na engorda de gado e na produção de leite

N

o Brasil, a alimentação representa o maior custo da produção leiteira e também a maior preocupação dos produtores. Em torno de 70% de todo o valor gasto é destinado à alimentação. O custo é alto porque o setor da pecuária é dependente principalmente da disponibilidade de alimentos para os animais em produção. O verão é o período em que se produz maior volume de alimento conservado, especialmente a silagem de milho, mas no inverno as opções reduzem prejudicando a produção e encarecendo o valor dos alimentos conservados. Preocupado em melhorar a produtividade, a qualidade e especialmente a eficiência da sua propriedade, o produtor de leite Hamilto Abatti, de Joaçaba (SC), resolveu inovar no inverno de 2018 e passou a complementar a alimentação das vacas com uma

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pastagem de trigo. A cultivar Lenox, do portfólio da Biotrigo Genética, atende a demanda dos criadores de gado leiteiro e de corte. Entre as ca-

A cultivar Lenox tem potencial de chegar a uma taxa de acúmulo diário de até 100 kg de matéria seca por hectare

racterísticas da cultivar está a alta palatabilidade, excelente sanidade foliar, elevada produção de biomassa e a alta capacidade de rebrota. “No global, o

O produtor de leite Hamilto Abatti superou os seis cortes do trigo para pastejo Lenox na safra de 2018

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Foto: Divulgação Biotrigo

TRIGO


trigo satisfez tudo o que eu precisava na propriedade. Notamos que as vacas gostaram do alimento. E ainda conseguimos aumentar a produção de leite no inverno quando normalmente a produção não é tão boa”, relatou Hamilto. A nova tecnologia de trigo, que é voltada exclusivamente para o pastejo, também tem proporcionado ganhos interessantes ao produtor Darci Munzlinger, de Palmitos (SC), que utiliza o sistema integração lavoura-pecuária. Além dos bons resultados na lavoura e na produção do leite, ele vê ainda como uma grande vantagem ter uma opção de alimentação no inverno e contribuir na alimentação do seu rebanho nessa época onde há escassez de pastagens naturais. “Esse trigo tem um rebrote bastante rápido, não acama, tem um perfilhamento bom e está com uma qualidade acima das

outras pastagens que a gente já trabalhou. As vacas têm pastejado bem, tem dado preferência ao trigo e tem deixado a aveia para trás. O resultado no resfriador já foi de um aumento de um litro e meio, mas deve aumentar mais pois estamos apenas no segundo rebrote”, relata Darci. Éderson Luis Henz, zootecnista da Biotrigo Genética, explica que a capacidade de rebrota da cultivar de trigo Lenox proporciona novos pastejos em poucos dias, com intervalo entre 20 a 25 dias. “O Lenox, com bom manejo pós-pastejo é capaz de chegar a 6 cortes com alta carga animal em sistemas de pastejo rotacionado ou contínuo. No entanto, temos relatos de vários produtores como o do Hamilto, que conseguiu alcançar 9 cortes no material. De uma forma bem manejada, essa cultivar pode expressar um grande potencial e suprir em quantidade e quali-

dade a produção de pasto no inverno”, acrescenta. Com o seu crescimento semi-prostrado, o trigo tem potencial de chegar a uma taxa de acúmulo diário de até 100 kg de matéria seca por hectare. De ciclo super tardio, a época de semeadura indicada é a partir de abril e durante todo o inverno. Possui um forte perfilhamento e enraizamento muito agressivo.

Onde adquirir As sementes da cultivar Lenox podem ser adquiridas diretamente com a Biotrigo Genética, em Campo Mourão (PR), pelo telefone (44) 3525-6447, em Passo Fundo (RS) pelo telefone (54) 3327-2002, ou no site www.biotrigo.com. Outra forma de adquirir as sementes é com a revenda autorizada, Leandro Sementes, em Dois Vizinhos (PR), pelo telefone (46) 3536-2005.

Elevada produção de matéria verde. Excelente qualidade nutricional.

“A SOLUÇÃO EM PASTAGEM NO INVERNO”

LENOX MUITO MAIS PRODUTIVIDADE

PONTO DE VENDA: BIOTRIGO GENÉTICA

Alta palatabilidade. Suporta pressão de pastejo e pisoteio. Alta capacidade de rebrota (entre 4 e 6 pastejos). Taxa de acúmulo diária até 100 kg de matéria seca/ha-1. Desenvolvimento radicular agressivo. Excelente sanidade foliar. Excelente resposta à adubação nitrogenada.

REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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R E T R O S P E C T I VA

RETROSPECTIVA

Trabalho em prol do produtor rural

O

Sindicato Rural de Guarapuava seguiu realizando, em 2018, uma agenda com foco no crescimento e no fortalecimento dos produtores rurais dos mais diferentes segmentos: do cultivo de grãos à produção de leite; da olericultura à bovinocultura de corte, entre várias outras vertentes da agropecuária. Um retrospecto deste que foi um ano marcado por fortes emoções, no mercado mundial de commodities e no cenário político brasileiro, mostra que a entidade sindical reafirmou seu papel de contribuir para a discussão e a difusão de tecnologias do campo e de ser um espaço para troca de idéias e a representatividade do setor agropecuário. Na divulgação técnica, o sindicato e a regional do SENAR-PR em Guarapuava intensificaram ainda mais seu tradicional trabalho conjunto e encerraram 2018 elevando em cerca de 40% o total de cursos que promoveram em Guarapuava, Candói, Cantagalo e Foz do Jordão – capacitações nos mais diversos segmentos: da apicultura à gestão de pessoas; da operação e manutenção de tratores à piscicultura; do manejo integrado de pragas à segurança do trabalho em espaços confinados. Juntamente com a Sociedade Rural Guarapuava e outros parceiros, o sindicato mais uma vez apoiou e participou da Expogua, no Parque Lacerda Werneck – uma etapa de destaque da programação, o Encontro de Produtores de Leite, com palestras de difusão de tecnologia, aconteceu no anfiteatro da entidade sindical. Outra iniciativa se sobressaiu no

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ano: Sindicato Rural, Sistema FAEP/SENAR-PR, Programa Pecuária Moderna, IAPAR, Unicentro, COAMO e DSM Tortuga, além de diversos outros parceiros, realizaram em setembro o 2º Dia de Campo da Produção Integrada, na Fazenda Capão Redondo, em Candói (PR), difundindo tecnologia para a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e registrando a presença de mais de 300 participantes, de várias regiões. No âmbito de seu papel institucional no Sistema FAEP, o sindicato também participou das reuniões das comissões técnicas da Federação da Agricultura. Membros e/ou associados levaram a visão do setor rural de Guarapuava às reuniões das comissões, que debatem desafios e reivindicações de seus respectivos setores. A entidade também sediou dois importantes encontros, com a presença de diretores, produtores da região ou de outros locais do Paraná: a reunião da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP, que debateu vários aspectos da produção de grãos, além de temas como a triticultura, e mais uma reunião do Projeto Campo Futuro, a rodada regional do chamado Levantamento de Custos de Produção de Grãos – um parâmetro criado para ajudar o produtor rural em seu planejamento (a iniciativa é da Confederação Nacional da Agricultura [CNA], Sistema FAEP e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada-CEPEA, da Esalq/USP, com encontros aproximam técnicos e produtores para debater e determinar o que seria o perfil típico das propriedades rurais de uma

REVISTA DO P RODUTOR RURAL DO PARANÁ

região [área, estrutura e maquinário] e a média de investimentos necessários para suas principais lavouras). O Sindicato seguiu se consolidando, em Guarapuava, como um espaço para eventos voltados ao segmento rural, como o Seminário sobre Tributação Previdenciária Rural, promovido por SENAR-PR, Receita Federal e Previdência Social; a palestra sobre regularização ambiental, com o advogado, consultor da Frente Parlamentar da Agricultura e ex-prefeito de Guarapuava, Vitor Hugo Burko; o Curso de Nota Fiscal Eletrônica realizado pelo SENAR-PR, com auditores da Receita Estadual de Guarapuava; e o treinamento sobre o eSocial, organizado pelo Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná (Sescap-PR). A entidade sindical também se reafirmou como um local que parceiros ou importantes organizações da agricultura e da pecuária buscam para realizar seus encontros técnicos: da 6ª Ovinotec da Cooperaliança até o I Encontro Técnico da Batata, do grupo Agroalpha, passando pelo 7º Encontro das Inspeções Sanitárias e o 4º Encontro de Saúde Pública do Estado do Paraná, promovidos pela Sociedade Paranaense de Medicina Veterinária – Núcleo Centro-Oeste, com apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV). Com esta agenda, o Sindicato Rural ofereceu a agricultores e pecuaristas serviços, informações e orientações que vão desde a parte técnica da produção até as questões de gestão da proprieda-


de, dando oportunidade também a debates e trocas de experiência sobre as demandas do segmento agropecuário. E mesmo em meio aos desafios da conjuntura econômica atual do país, a entidade prosseguiu com um de seus serviços mais importantes: a difusão de informação. A REVISTA DO PRODUTOR RURAL manteve suas tradicionais seis edições no ano e trouxe matérias com produtores e técnicos, ressaltando os principais aspectos de cada evento.

Pesquisadores ou especialistas de renome em questões técnicas da agricultura e da pecuária abordaram assuntos importantes, em entrevistas detalhadas. A revista, que ultrapassou a marca de 10 anos de existência, de novo foi reconhecida entre os veículos de comunicação premiados na edição 2018 do Prêmio Franz Jaster, da Cooperativa Agrária, por sua reportagem sobre o Wintershow do ano passado. Mas além de cobrir os eventos rurais, a publicação con-

tinuou cumprindo seu papel de refletir as tendências da inovação no campo, como só um veículo especializado pode se propor a fazer. Aqui, nesta que é a primeira edição de 2019, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL traz em fotos um resumo das atividades do Sindicato Rural de Guarapuava, mostrando que a entidade de novo se destacou, realizando, apoiando ou sediando eventos e iniciativas relevantes para produtores rurais.

Sindicato Rural de Guarapuava: visita de agricultores da Eslováquia ao Brasil

Apoio e participação com estande do Sistema FAEP no Dia de Campo de Verão da Agrária 2018

Reunião com Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Expedição Safra 2018 da Gazeta do Povo passou pelo sindicato em fevereiro e outubro

Mobilização de turma para curso Jovem Agricultor Aprendiz, do SENAR-PR

Visita de produtores rurais da Holanda

Mobilização de cursos em Candói, Cantagalo e Foz do Jordão

Apoio e participação no Rally de Conservação de Solo e Água da Agrária

Sindicato sediou a 6ª Ovinotec, da Cooperaliança

Apoio ao 2º Unicentro Rural, da Unicentro

Apoio à greve dos caminhoneiros em Guarapuava

Reunião do Conselho Fiscal

Assembleia Geral Ordinária: prestação de contas e metas para o ano

Apoio e participação em manifestação contra a corrupção

Sindicato sediou palestra de Nicholas Vital sobre agrotóxicos

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R E T R O S P E C T I VA

Mobilização de cursos em Guarapuava, Candói, Cantagalo e Foz do Jordão

Curso Gestão de Pessoas teve turma também em Candói

Apoio ao Encontro de Produtores de Leite da Expogua

Apoio e participação no Arraiá Beneficente do Hospital São Vicente

Sindicato sediou e participou da reunião do Valor da Terra Nua em Guarapuava

Apoio à 44ª Feira de Bezerros de Guarapuava

Sindicato Rural sediou reunião de Levantamento de Custos de Grãos (CNA, FAEP e Esalq)

Visita do sec. da Agricultura do PR, George Hiraiwa ao Sindicato Rural

REVISTA DO PRODUTOR RURAL completou 11 anos em 2018

Sindicato recebeu reuniões da FAEP, da iniciativa Sustentabilidade Sindical

Plantão de orientação sobre o Salário Educação

I Encontro Técnico da Batata promovido pelo grupo Agroalpha no Sindicato Rural

Sindicato fechou extensão Cantagalo, mas prossegue atendendo produtores no município

Palestra de Renato Lazinski com previsões para o inverno 2018

Apoio ao evento beneficente Noite das Sopas, do Hospital Santa Tereza

Apoio e participação na 43ª Expogua

Dia do Agricultor 2018 do Sindicato Rural de Guarapuava

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REVISTA DO P RODUTOR RURAL DO PARANÁ


Encontro de Produtores de Leite, durante a Expogua, aconteceu no Sindicato Rural

Atendimento de Imposto Territorial Rural (ITR): 844 declarações em 2018

Curso Oportunidade de Negócios no Turismo Rural, em parceria com o SENAR-PR

Sindicato Rural sediou Seminário Tributação Previdenciária Rural (SENAR-PR, Receita Federal e Previdência Social)

Dia das Crianças: entrega de doces na Escola Municipal do Campo Lídia Scheidt Curi

Sindicato sediou 7º Encontro das Inspeções Sanitárias, do Núcleo Centro-Oeste do CRMV-PR

Prefeitura de Candói cede imóvel para a extensão de base do Sindicato Rural

Participação na caravana da Agrária ao Agroleite 2018, em Castrolanda (PR)

Palestra da editora Luciana Q. Bren para estudantes de jornalismo da Unicentro

Apoio à Campanha Vote Certo, lançada por várias entidades de Guarapuava

Palestra com Vitor Hugo Burko sobre regularização ambiental

Curso Gestão de Pessoas, em parceria com o SENAR-PR

Apoio na venda de rifas para o Hospital Santa Tereza (Instituto Virmond)

Reunião com João Lázaro, do Departamento Sindical da FAEP

2º Dia de Campo da Produção Integrada (Candói)

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R E T R O S P E C T I VA

Visita de produtores rurais dos Estados Unidos

Reuniões de Diretoria ao longo do ano

Curso de Nota Fiscal Eletrônica, do SENAR-PR, com auditores da Receita Estadual

51 anos de fundação do Sindicato Rural

Apoio ao 11º Festival do Cordeiro, da Cooperaliança

Reunião da Comissão de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP no Sindicato Rural

Entrega de encomendas de alevinos, em parceria com Piscicultura Progresso

Palestra do pres. do Sindicato Rural, Rodolpho Botelho, na Expopato, sobre Programa Pecuária Moderna

Final do Agrinho em Curitiba: apoio à caravana da região

Sindicato Rural de Guarapuava e FAEP no Wintershow 2018, evento da Agrária sobre cereais de inverno

Pres. da Comissão de Bovinocultura de Corte da FAEP, Rodolpho Botelho coordenou reuniões

Apoio às caravanas da região à final do Empreendedor Rural em Curitiba (PER 2018)

Membros do Sindicato Rural no workshop sobre leite, na FAEP

REVISTA DO PRODUTOR RURAL: um dos meios de comunicação premiados no 6º Prêmio Franz Jaster, da Cooperativa Agrária

Campanha Produtor Solidário: alimentos para Centro de Nutrição Renascer, de Guarapuava

PER 2018: Criz e Roni Zavanello, de Guarapuava, ficaram em 2º lugar

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Show de fim de ano, com grupo tradicionalista, no anfiteatro do sindicato

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Sistema FAEP: ações para vencer os desafios de 2018 A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) prosseguiu, em 2018, seu trabalho de representar o setor rural do Paraná. Na virada do ano passado para 2019, a entidade publicou uma edição especial de seu Boletim Informativo, com 80 páginas, para apresentar um relatório das ações desenvolvidas no período. Na mensagem de abertura, o presidente da entidade, Ágide Meneguette, ressalta, entre outros pontos, a necessidade de fortalecer os sindicatos rurais, recordando que no ano que passou a FAEP colocou em prática o projeto Sustentabilidade Sindical. Nesta edição, a REVISTA DO PRODUTOR RURAL traz um resumo das iniciativas da federação (Vale também conferir o boletim na íntegra – a versão impressa está disponível no site da FAEP: sistemafaep.org.br).

Zarc do Trigo O Zarc do trigo atende uma demanda da Comissão Técnica de Cereais, Fibras e Oleaginosas da FAEP, que avaliou que o antigo instrumento induzia produtores a plantar em períodos impróprios. A entidade solicitou, junto ao Mapa e à Embrapa, 26 novos estudos para melhorar a metodologia da pesquisa. O novo estudo expressa com maior precisão os riscos de geada e de chuva excessiva, visando mitigar os riscos de produção.

Convênio na área ambiental Com o objetivo de desburocratizar e agilizar os processos de licenciamento ambiental para o setor agropecuário paranaense, a FAEP e o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) assinaram um convênio que prevê a utilização da estrutura dos sindicatos rurais para emissão de documentos e orientações técnicas. Com isso, os 177 sindicatos rurais associados à FAEP podem, em breve, emitir documentos como Certidão Negativa Ambiental, Dispensa do Licenciamento Ambiental Estadual e orientar o recebimento de documentos para Licenciamento Ambiental.

MIP Soja Na safra 2017/18 foram ofertados 28 cursos em todo Estado, 421 participantes inscritos e 333 concluintes (79%), sendo 3.505 hectares monitorados. Para a safra 2018/19, após as reuniões de sensibilização nos Sindicatos Rurais, 41 turmas estão em andamento e 585 participantes iniciaram o curso.

Propostas para o PAP 2018/19 Como acontece todos os anos, a FAEP, em parceria com a Seab e Ocepar, elaborou o documento ‘Propostas para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/19’, entregue ao Mapa, no anseio de contribuir para a elaboração do pacote. O documento carregava as principais demandas do setor agropecuário estadual.

Ágide Meneguette, pres. da FAEP

Greve dos caminhoneiros A FAEP e diversos sindicatos rurais, em várias regiões do Paraná, se posicionaram a favor da greve dos caminhoneiros, deflagrada no dia 21 de maio de 2018 em todo o Brasil, e contrários ao aumento abusivo nos preços dos combustíveis. Na ocasião da greve, a Federação encaminhou ofício aos deputados estaduais, parlamentares do Congresso Nacional, à governadora do Estado e ao presidente da República, solicitando soluções urgentes para reduzir a carga tributária incidente sobre a gasolina, o diesel e o etanol, que pode chegar a 40% do preço na bomba.

Norma de biosseguridade Mais uma vez, o Paraná saiu na frente para garantir a biosseguridade da suinocultura. Em setembro de 2018, a Adapar publicou a Instrução Normativa nº 265, instrumento que regulamenta as boas práticas voltadas à prevenção e controle de doenças infecciosas nos locais onde ocorre a criação de suínos. O documento teve a contribuição importante da FAEP ao longo da sua elaboração, já que todas as sugestões enviadas pela entidade foram atendidas.

FAEP: boletim com 80 págs. traz resumo das ações em 2018

Nova regulamentação para a qualidade do leite A partir deste ano, os produtores e empresas que beneficiam o leite terão que obedecer a uma nova regulamentação. As novas Instruções Normativas (INs), que passam a valer em 30 de maio, regem a produção, transporte, acondicionamento, beneficiamento e armazenagem do leite no Brasil. Para chegar ao novo regramento, houve um longo processo, que incluiu a participação de entidades ligadas ao setor produtivo. Entre abril e junho deste ano, as consultas públicas promovidas pelo Mapa contaram com participação ativa da FAEP e a Aliança Láctea Sul Brasileira. Em linhas gerais, o documento dita as regras para a produção e a ordenha do leite na propriedade, assim como sua armazenagem até a coleta pelo laticínio.

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R E T R O S P E C T I VA

Plano Diretor para o Agronegócio do PR 2019-2022 Como acontece a cada véspera de eleição para governador, a FAEP preparou um documento com propostas de interesses dos produtores rurais e outros elos da cadeia produtiva, visando colaborar na construção dos planos de governo. Na época, o ‘Plano Diretor para o Agronegócio do Paraná 2019-2022’, de 52 páginas, foi entregue pelo presidente da entidade, Ágide Meneguette, diretores e assessores da Federação, aos três principais candidatos ao governo do Estado: Cida Borghetti, Carlos Massa Junior e João Arruda.

Semente certificada No início de 2018, a Associação Paranaense dos Produtores de Sementes e Mudas (Apasem), em parceria com diversas entidades do agronegócio paranaense, inclusive o Sistema FAEP/SENAR-PR, lançou a campanha ‘Tenha uma atitude legal: use sementes certificadas’. Na soja, principal commodity agrícola estadual, 30% dos materiais são informais, enquanto no feijão, que tem o Paraná como o maior produtor nacional, o índice é de 85%.

Programa de Sustentabilidade Sindical O término da contribuição sindical compulsória, que passou a ser facultativa a partir da Reforma Trabalhista que entrou em vigor em novembro de 2017, impôs um novo desafio para o sistema sindical. Diante deste cenário, a FAEP desenvolveu o Programa de Sustentabilidade Sindical, que busca debater soluções conjuntas para fortalecer o sistema associativo e melhorar a prestação de serviços aos produtores rurais paranaenses.

Curso sobre eSocial e Leis Trabalhistas Nos meses de junho e julho de 2018, a FAEP promoveu cinco turmas de uma formação sobre o eSocial, novo sistema eletrônico de registro, elaborado pelo governo federal, para facilitar a administração de informações relacionadas aos trabalhadores e as leis trabalhistas. Os encontros foram voltados a funcionários dos Sindicatos Rurais que prestam serviços de folha de pagamento aos produtores.

SENAR-PR: mais um ano com foco na difusão do conhecimento

Seminários regionais do Agrinho Entre 15 de maio e 22 de junho de 2018, o SENAR-PR realizou o 2º Seminário Regional de Formação de Professores do Agrinho. Durante dois meses, a iniciativa teve 16 eventos, em 15 cidades, com 11 palestrantses (cinco de Portugal) e teve inscrição de 9.377 professores municipais e estaduais. Um dos encontros aconteceu em Guarapuava (foto).

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Programa Empreendedor Rural 2018 A premiação do PER aconteceu durante o Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais, que reuniu na Região Metropolitana de Curitiba mais de 5 mil pessoas, vindas de todas as regiões do Estado. Foram avaliados 89 projetos. O PER é uma iniciativa conjunta do Sistema FAEP/SENAR-PR, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae PR) e Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep). Desde 2003, mais de 28 mil pessoas já passaram pelo programa.

Concurso Agrinho O Concurso Agrinho 2018 registrou 7.003 trabalhos inscritos, crescimento de 16,4% em relação aos 6.012 do ano passado. Voltado a escolas da rede pública de ensino, o concurso premia os primeiros colocados nas categorias redação, desenho, experiência pedagógica, escola e Município Agrinho.


TE C N O LO G IA D E APLI C AÇ ÃO

Evento discutiu a importância da nutrição de plantas e de uma eficiente pulverização

Em dia de campo, Solferti apresenta nutrientes e PDA

A

Solferti, indústria voltada à produção de Fertilizantes Foliares e Tecnologia em Aplicação, realizou em 21 de fevereiro, na Fazenda Fênix, em Goioxim (PR), um dia de campo para clientes da empresa e outros produtores rurais, destacando a importância da nutrição vegetal e da correta pulverização das lavouras. Na primeira de duas palestras, o agrônomo e responsável técnico pela área de Nutrição e Tecnologia em Aplicação, Jair Pereira Melo, apresentou a linha de produtos da empresa Solferti, onde ressaltou que hoje, técnicos e produtores tem que estar atentos em relação a cuidados nas aplicações e também nas misturas de outros produtos, que podem ser usados nas lavouras, onde pensando neste cenário, a empresa lançou em sua linha o produto Sol Extend, que com sua base de cobre (Cu) atua como Indutor de resistência, sendo aplicado juntamente com os produtos fitossanitários, auxiliando na proteção das moléculas e aumentando o índice de controle efetivo das moléculas sobre a Ferrugem Asiática (Phakospsora pachyrhizi) e também no controle de outros patógenos, que por sua vez afetam a cultura da soja.

Também foi apresentado em sua palestra o produto Stimulo Propulse, que com sua base em aminoácidos e hormônios naturais vem sendo realizadas aplicações na fase vegetativa da cultura e vem apresentando ótimos resultados, tanto nas áreas de pesquisas estabelecidas pela empresa junto a órgãos de pesquisa, como também em áreas comercias, como foi conduzido na Fazenda Fênix. Na segunda palestra, o coordenador comercial da PDA (Pulverização Direcionada ao Alvo), Delmar Gustavo de Jesus, abordou entre outros temas, o serviço que a empresa PDA realiza no campo com seus consultores, dando assessoria nas aplicações dos clientes atendidos, com a tecnologia onde o acompanhamento leva os profissionais a tomarem a decisão da melhor vazão a ser usada, equalizando com a necessidade de massa foliar que a cultura apresenta no momento em que está sendo realizada a aplicação. Na sequência, os produtores visitaram e trocaram ideias em uma das áreas de soja da propriedade com os manejos realizados com os produtos da empresa Solferti e com a tecnologia PDA. Em entrevista, o engenheiro agrônomo Jair Pereira Melo comentou que

profissionais da Solferti, com sede em Caxias do Sul (RS), já vêm atendendo produtores no Paraná. "Estamos realizando trabalhos consultivos e técnicos específicos, trabalhando nas culturas a nutrição e a área de fitopatologia, que com posicionamentos corretos sobre os produtos e uma tecnologia de aplicação conduzida, estão apresentando bons resultados”, assinalou. O proprietário da fazenda, que disse utilizar o PDA há cinco anos, em soja, milho e trigo, relatou que o uso de papel molhável e vistorias mostram que as pulverizações têm atingido todas as partes das plantas. “A soja está com porte excelente, com a área foliar muito boa. Essa sanidade embaixo prova – e também pelos papéis molháveis – que o produto está chegando no alvo”, sublinhou Carlos Eduardo dos Santos Luhm. Outro agricultor presente ao evento, Vinícius Virmond de Abreu, de Guarapuava, disse usar o PDA há dois anos, também em soja, milho e trigo. “Tenho utilizado, em todas as culturas, a pulverização com baixo volume. E tenho tido bons resultados. Na parte de utilização de maquinário, você tem um maior aproveitamento, faz mais hectares com o mesmo tanque”, finalizou.

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LEITE

Família apostou no Compost Barn e já contabiliza resultados positivos

A

Agropecuária Lanzini (Reserva do Iguaçu - PR) tem um longo histórico com a atividade leiteira. Tudo começou com a sociedade entre as irmãs Thelma e Terezinha Lanzini, há 15 anos. Depois de um período entre o sistema de produção a pasto e confinamento em freestall, a sociedade entre as irmãs foi desmanchada. Thelma resolveu então passar a leiteria para a filha Heloize Lanzini Losso e o genro João Francisco Santos. A partir de então, há aproximadamente um ano e meio, o casal investiu no Compost Barn. A escolha foi pelo fato do sistema oferecer um melhor conforto e bem-estar para as vacas leiteiras. “Como já tínhamos tido o freestall na propriedade e não estava dando certo, optamos em tentar algo novo, mas que dessa vez desse certo”, comenta Santos. O investimento, de acordo com a família, foi de R$ 800 mil. São dois

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barracões com o compost barn e outro, que antes abrigava o sistema freestall, está recebendo adaptações para que também seja compost barn. “Nosso projeto é que o investimento se pague em 10 anos. É um investimento de longo prazo”, ressalta Thelma. Investir no bem-estar dos animais, segundo os proprietários, tem sido a palavra de ordem. “Só em ventiladores, foram R$ 30 mil em cada barracão. Além disso, possuímos um sistema de aspersores onde os animais são molhados na pista de alimentação e sala de espera. Higiene também é algo que priorizamos na nossa rotina, tanto nos cochos com água, como na higienização da cama, na sala de ordenha. Nos preocupamos o tempo todo em manter os locais limpos”, observa Santos. Heloize, sua esposa, complementa que até a vontade das vacas são respeitadas. “Percebemos que elas não gostam que os homens ordenhem, então agora

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só as mulheres vão para a ordenha”. Na propriedade, a ordenha acontece às 5h30 e às 16h, todos os dias. As bezerras e novilhas, atualmente, são separadas em lotes de acordo com a idade. A separação é feita para que elas recebam os cuidados e a alimentação necessária para cada fase. O sistema obedece a seguinte ordem: as bezerras mamam até 90 dias e ficam em “caminhas” separadas umas das outras; depois desse período elas vão para outro barracão com o sistema compost barn e ficam até cinco meses (quando iam ao pasto, com esta idade contraiam a Tristeza Parasitária Bovina, conhecida como amarelão – com o novo sistema, o problema acabou). Após os cinco meses vão para outro barracão e são separadas com a idade de oito e 11 meses. Quando estão aptas para inseminação (peso ideal) com 1 ano/1 ano e 2 meses seguem para outro lote, depois são separadas en-


tre prenhas e pré-parto (30 dias antes de terminar a gestação elas recebem só feno e ração). Quando estão no período de lactação, as novilhas são separadas novamente entre primíparas e vacas com mais de uma prenhes. Na propriedade, o rebanho leiteiro é de 150 animais, sendo que 77 são lactantes, alcançando a média de 30L/dia/animal atualmente. “Antes do compost barn, nossa média era de 22L/dia/animal”, comenta João Francisco. Todo o leite coletado é entregue para o Laticínio Szura. No geral, a família avalia que, apesar

de ser um investimento alto, o compost barn foi uma boa opção e vem demonstrando resultados positivos. "A sanidade melhor, mortalidade dos animais diminuiu muito, na média e nos índices de qualidade do leite. Mas ainda temos muito que melhorar e aprender – estava entrando muita chuva nos barracões e isso prejudica a cama, por isso estamos investindo novamente para melhorar este problema”, destaca Thelma. Para João Francisco, outros fatores também têm levado a um resultado melhor na produção de leite. “Além do conforto animal, investimos

A Agropecuária Lanzini, propriedade familiar, é coordenada pela Thelma Lanzini, Heloize Lanzini Losso, João Ernesto Lanzini – de apenas 11 anos e João Francisco Santos

CICLO DAS VACAS LEITEIRAS

na qualidade da comida. No inverno, fizemos um pré-secado de centeio e tivemos um excelente resultado na produção de leite. Fizemos um investimento bem alto no silo, com paredes de pedra, para não desperdiçar comida. Investimos na alfafa, que é cara, mas vale a pena. Investimos também em genética. A taxa de prenhes está bem melhor. Hoje estamos com 75% de taxa de prenhes no verão. E para o gado de leite isso é fantástico”. Para Heloize, o sucesso da atividade está ligado à rotina estabelecida. “São os nossos olhos. Colocamos câmeras nos barracões para monitorar as vacas. Escutamos um berro diferente, vamos olhar, mesmo que seja à noite. Faz toda a diferença nós, os proprietários, estarmos de olho na atividade 24 horas”.

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R E S U LTA D O

Coamo tem receita global de R$ 14,80 bi e sobra líquida de R$ 800,38 mi

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Coamo Agroindustrial Cooperativa realizou no dia 15 de fevereiro, em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná), a 49ª Assembleia Geral Ordinária (AGO), com apresentação e aprovação por centenas de associados do balanço do Exercício 2018. A receita global da cooperativa em 2018 totalizou R$ 14,80 bilhões, um crescimento de 33,6% em relação ao ano anterior. A sobra líquida atingiu o montante de R$ 800,38 milhões. No dia 18 de fevereiro, os associados receberam a segunda e maior parcela das sobras referente ao exercício de 2018 pela sua movimentação no abastecimento dos insumos e entrega da produção na Coamo. MELHOR ANO DA COAMO - “É importante ressaltar que as condições de mercado propiciaram um bom momento para os associados comercializarem a produção, refletindo no aumento das receitas da cooperativa. Os saldos a fixar de safras passadas foram reduzidos trazendo os estoques de passagem para níveis normais”, destaca o diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini. Ele cita que 2018 foi o melhor ano da Coamo em relação as receitas globais. “Os bons resultados alcançados foram possíveis, graças a participação dos associados no abastecimento dos insumos e na entrega

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da produção, e ao trabalho dedicado do quadro de funcionários”, ressalta. A Coamo conta com mais de 28,6 mil associados e 7,8 mil funcionários. SAFRA - O recebimento da safra 2017/2018 foi um das maiores já recebidas pela Coamo, e só não foi maior devido ao milho segunda safra ter sido plantado com atraso e sofrido perdas com a seca no desenvolvimento da cultura. Foram utilizadas 112 unidades de recebimento, localizadas estrategicamente no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul para o recebimento da produção dos associados. ESTRUTURA - A capacidade estática de armazenagem passou para 5,45

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milhões de toneladas a granel e 956,50 mil toneladas de ensacados, totalizando 6,41 milhões de toneladas. Com esta estrutura a Coamo recebeu 7,20 milhões de toneladas de produtos, correspondente a 3,2% da produção brasileira de grãos. INVESTIMENTOS - De acordo com Gallassini, o total dos investimentos em 2018 somaram R$ 671,47 milhões, um crescimento de 71,4% em relação ao ano anterior. “Destacamos valores investidos nas obras das novas indústrias de processamento de soja e refinaria de óleo de soja em Dourados (MS), cujo cronograma está dentro da normalidade e com previsão de entrar em funcionamento no segundo semestre de 2019”, assinala. Foram industrializados em 2018 um total de 1,50 milhão de toneladas de soja, 196,08 mil toneladas de trigo, 3,73 mil toneladas de café beneficiado e 6,50 mil toneladas de algodão em pluma, no Parque Industrial da Coamo. A Coamo atingiu no ano passado o recorde de volumes exportados num total de 4,58 milhões de toneladas de produtos, atingindo também o faturamento recorde de US$ 1,80 bilhão, posicionando-nos como a maior exportadora do Estado do Paraná e uma das maiores do Brasil.


V I S I TA T É C N I C A

Franceses visitam propriedades rurais em Guarapuava

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uarapuava recebeu nos dias 13 e 14 de fevereiro, um grupo de produtores rurais da França, sob a organização da TNT Turismo. Todos vindos do sudoeste francês, os 39 produtores eram integrantes da Association Centrale des Laiteries Coopératives des Charentes du Poitou (Associação Central de cooperativas de laticínios de Charentes e Poitou). Os franceses desembarcaram em São Paulo e seguiram para Curitiba. A primeira visita técnica do grupo no Brasil foi em Carambeí na Cooperativa Frísia, na Fazenda Frankana e na Fazenda Frísia, propriedades leiteiras. Na região de Guarapuava, com o apoio do Sindicato Rural de Guarapuava, o grupo visitou a Fazenda Capão Redondo (Candói), propriedade do presidente da entidade, Rodolpho Luiz Werneck Botelho. Na propriedade, puderam observar o Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Durante a visita, Botelho apresen-

tou um breve panorama sobre como a pecuária do Paraná tem se tornado referência em carne de qualidade, por meio de cooperativas que visam oferecer uma carne melhor ao mercado. Além disso, comentou alguns aspectos técnicos e de mercado da produção agropecuária do estado. Joseph Giraud, da associação leiteira da França explicou que a cooperativa costuma realizar frequentemente viagens técnicas a outros países. A última viagem, segundo ele, foi para Israel. “Escolhemos o Brasil dessa vez porque é um país muito maior que a França e queríamos observar o sistema de organização de produção”, observou. Sobre suas impressões técnicas, Giraud disse ter ficado impressionado com a produção agropecuária. “Em Carambeí, encontramos um cooperativismo forte. Uma cooperativa jovem e coordenada por jovens, que teve um desenvolvimento rápido, eficiente,

Joseph Giraud, diretor da associação leiteira

com técnica, qualidade e volume de produção impressionante. Percebemos também que o Brasil tem uma acolhida de imigrantes muito bonita e eficiente. Que se organizaram em cooperativas e tiveram esse crescimento coletivo, mas também individual”. Sobre a pecuária de corte visualizada na região de Guarapuava, ele dis-

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se que a qualidade também é surpreendente. “Animais impressionantes e como comentado pelo proprietário Rodolpho, os índices de crescimento quando os produtores começaram a se organizar por meio de cooperativas, focando na qualidade da carne, são animadores. O cooperativismo funciona em qualquer lugar do mundo”. O nível de tecnologia implantado na agropecuária, segundo ele, é muito semelhante com o da França. De modo geral, Giraud disse que encontrou um país completamente diferente da imagem que ele tinha. “É um país amável e percebemos que as pessoas trabalham com amor e com um sorriso no rosto. Trabalham com

vontade. Falavam muito que o Brasil era um país de risco, mas a acolhida que tivemos tirou toda essa imagem”. Ao final da visita, Botelho deixou uma mensagem aos franceses: “A agricultura tem que alimentar mais de sete bilhões de pessoas no mundo. E cada vez mais países estão saindo da miséria e mudando seu sistema de mercado, como a África, que está faminta por alimento de qualidade. E acho que quando se fala em alimentos de qualidade, a França é uma das campeãs. O Brasil, por enquanto, é um fornecedor de commodities e tem que aprender muito com os países desenvolvidos, principalmente sobre segurança alimentar”.

Lembrança – Representantes dos franceses entregaram uma lembrança a Rodolpho Botelho e sua esposa Adriana Botelho, pela recepção e também aos diretores do sindicato, que acompanharam a visita, Anton Egles e Jairo Luiz Ramos Neto

Erva-mate No segundo dia de visita em Guarapuava, o grupo de produtores franceses observou a produção de uma planta tipicamente brasileira: a erva-mate. No distrito de Palmeirinha, a visita foi na Keller Bio-Mate uma propriedade de 490 hectares de erva-mate, que também abriga uma agroindústria. “Eu nunca tinha visto a planta e nem consumido. Com certeza, foi uma nova descoberta no Brasil. Vou procurar saber mais, já que explicaram que tem muitas propriedades boas e fornece muito energia. É bom experimentar coisas novas”, disse a francesa Regina Charbonneau. O erval próprio da empresa é orgânico e nativo. Mas a empresa possui uma cadeia de 66 produtores que

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fornecem a matéria-prima, nativa e cultivada. Raimund Keller, proprietário da agroindústria, explicou que a propriedade foi adquirida há cinco anos. “Há três anos começamos o projeto da agroindústria, que está em operação há um ano e meio”. Assim que a propriedade foi adquirida, já foi certificada como orgânica. Segundo Keller, o processo foi feito para se ter um diferencial de mercado, já que a exportação já era um foco. Com muito trabalho e organização, a empresa conquistou compradores nos Estados Unidos. O preço pago pela erva-mate orgânica oscila de 5% a 50% a mais, comparada à convencional, dependendo do mercado. Holgel Gutfreund, responsável

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Regina Charbonneau, produtora francesa

pelo setor comercial da empresa, complementou que além do mercado orgânico, a Keller Bio-Mate também tem trabalhado com o mercado justo, conhecido como fair trade. “Este tipo de mercado funciona da seguinte maneira: supomos que a gente tenha um faturamento de R$ 1 milhão, Deste


valor, retorna R$ 50 mil para a empresa investir na sociedade. Eu preciso fazer uma pesquisa na comunidade onde estou inserido, para ver qual é a maior necessidade dela e apresentar o projeto”. Cleber Lima, do setor administrativo, complementa que no fair trade é pago geralmente 5% acima do valor do mercado. “Na região da empresa, constatamos, através de pesquisas, que há uma deficiência de pontos de ônibus. Por isso, no primeiro ano, pretendemos construir pontos de ônibus na comunidade com o dinheiro que retornar”. A Keller Bio-Mate exporta atualmente erva-mate para chá e extrato para bebidas, para países como Estados Unidos, Alemanha e França. A média, segundo o proprietário, chegou a 2,5 milhões de quilos no primeiro ano. “Superou a expectativa de mercado que tínhamos. Mas o primeiro ano foi muito difícil. Precisamos aprender muito, principalmente na adequação do produto, porque sempre temos que mandar amostras para os clientes e, se não estiver a contento, elas retornam e precisamos mandar com as características necessárias. Isso custa, muitas vezes, dois meses, três meses”, comentou Keller. A abertura de mercado para erva-mate é complicada porque ainda não existe, no Brasil, tanto estudo e conhecimento do produto, como a soja, por exemplo. "E como o produto final da Keller Bio-Mate não é o chimarrão, ainda é mais difícil", comple-

Equipe Bio-Mate: Holgel Gutfreund, Raimund Keller e Cleber Lima

mentou o proprietário. O objetivo da empresa nos próximos anos é conquistar mais mercado, principalmente na Europa. “Vimos uma oportunidade muito boa no mercado lá fora e não podemos desperdiçar. A erva-mate é mais conhecida em outros países do que no Brasil, onde somos os maiores produtores do mundo. Lá fora o mercado está se expandido muito, porque no Brasil, a erva-mate tem qualidade e quantidade”, finalizou Keller.

Contêiner com produto BioMate seguindo para Alemanha. Na foto, Raimund Keller com sua esposa Ana Karina Keller (proprietários e administradores da empresa).

Grupo de franceses na empresa de erva-mate para chá

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PROGRAMA EMPREENDEDOR RURAL

Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais repete sucesso

Criz Renê e Roni Clei Zanovello, de Guarapuava, conquistaram o 2o lugar no PER 2018

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íderes rurais e agricultura digital” foi o tema do Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais, realizado no dia 14 de dezembro de 2018, em Pinhais. Mais de cinco mil pessoas, entre produtores rurais e lideranças, estiveram presentes ao evento. O ponto alto, como tradição, foi a premiação dos finalistas do concurso Programa Empreendedor Rural (PER). A iniciativa do Sistema Faep/ Senar, Sebrae (PR) e Fetaep (PR) se dá pelo desenvolvimento de um curso que acontece durante todo o ano e busca levar à família rural orientação de como empreender com consciência e eficiência. Durante a capacitação, os participantes elaboram um projeto, onde aplicam na propriedade rural, buscando uma rentabilidade e um negócio mais eficiente. Em 2018, o PER completou 15 anos

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de história, capacitando 28 mil pessoas, que a partir desta experiência passaram a olhar a propriedade rural de uma maneira muito mais profissional.

GUARAPUAVANOS CONQUISTAM O 2O LUGAR NO CONCURSO PER 2018 Os irmãos Zanovello, que realizaram o Programa Empreendedor Rural (PER) na turma mobilizada pelo Sindicato Rural de Guarapuava em parceria com a Universidade Estadual do Centro–Oeste (Unicentro), ficaram em segundo lugar no concurso estadual. Criz Renê Zanovello e Roni Clei Zanovello desenvolveram o projeto Desenvolvimento de um Sistema Integrado de Produção Agropecuária aplicado ao Sítio Zanovello, propriedade da família em Santa Maria do Oeste. Pro-

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porcionar mais eficiência às atividades já existentes na propriedade e reavaliar a rentabilidade de outras foram alguns dos objetivos do projeto. “Trabalhamos com foco no sistema integrado de produção. Atualmente, adquirir novas áreas se tornou muito

Ao meio o supervisor do Senar – Regional Guarapuava, Aparecido Ademir Grosse e o instrutor do Senar Josias Schulze, com os finalistas do PER 2018: Alex Traczveski e Diogo Belin/ Criz Renê Zanovello e Roni Clei Zanovello


Duas caravanas de Guarapuava, com participantes do PER e do curso Jovem Agricultor Aprendiz (JAA) participaram do evento.

caro. O nosso projeto visa aproveitar nossas terras, o que a gente já tem, produzindo com mais eficiência, consciência e sustentabilidade”, detalhou Criz Zanovello. “No decorrer do curso, nós já iniciamos o processo de implantação do projeto na propriedade. Já está tudo em andamento”, disse Roni. Guarapuava teve ainda mais uma dupla entre os dez escolhidos para a final estadual do concurso: os estudantes Alex Traczveski e Diogo Belin, do Colégio Estadual de Educação Profissional Arlindo Ribeiro, com o projeto Sistema de Irrigação na Cultura do Tabaco. A turma na instituição de ensino também foi mobilizada pelo Sindicato rural de Guarapuava. O instrutor responsável pelas três turmas em Guarapuava (Sindicato Rural, Colégio Agrícola e Unicentro) foi Josias Schulze. Em uma breve avaliação, o instrutor se disse contente pelo resultado: “Em 2018 realizamos três turma do PER, via Sindicato Rural de Guarapuava, o que foi um desafio bastante grande, haja vista que em todas as turmas buscamos o mesmo padrão de qualidade, o que exige muito esforço por parte da instrutoria e principalmente por parte dos participantes. Sem esforço, não vai longe. No final, veio a recompensa: das três turmas trabalhadas, enviamos oito projetos para o Concurso de Melhor Projeto em 2018, ficando com dois projetos entre os 10 melhores do Estado e com um deles conquistamos o segundo lugar”. Sobre o desempenho dos irmãos Zavonello, Schulze destacou alguns dos fatores que levaram ao mérito: “Eu posso destacar que o sucesso veio

primeiro porque os participantes entenderam o propósito do programa, segundo porque alinharam estes propósitos aos seus objetivos pessoais e em terceiro plano, destaco a dedicação, o empenho e o zelo na elaboração do projeto, que foi muito bem escrito e com profundo senso de análise crítica nos dados levantados e avaliados pelo Criz e o Roni”. O instrutor incentiva a participação no PER, àqueles que ainda não tiveram a oportunidade de realizar a capacitação: “Gostaria de destacar ainda que ser empreendedor pode ser bonito, mas sem esforço e dedicação, não conseguimos ir muito longe e tão pouco alcançar grandes resultados. Uma palavra àqueles que ainda não fizeram o PER: em 2019 teremos novos desafios. Se você está disposto a desafiar-se, prepare-se e participe de uma de nossas turmas. Você vai se surpreender”. As novas turmas do Programa Empreendedor Rural (PER) começam em março, em Guarapuava. Caso tenha interesse, entre em contato no Sindicato Rural de Guarapuava, pelo telefone: (42) 3623-1115.

O EVENTO Durante a solenidade de abertura, o presidente do Sistema Faep/Senar, Ágide Meneguette, comentou sobre a tecnificação da produção agropecuária e como o Senar vem buscando cada vez mais se atualizar e se aperfeiçoar para que em suas capacitações o melhor conhecimento seja transmitido aos produtores e traba-

Ágide Meneguette, presidente do Sistema Faep/Senar

lhadores rurais. Além da tecnologia, Meneguette destacou a gestão, que é cada vez mais importante na propriedade rural e neste contexto, o PER tem sido uma importante ferramenta. “O PER vem conquistando excelentes resultados e tem ajudado a colocar o nosso Estado na vanguarda do agronegócio”. Entre outras autoridades, estiveram presentes ao evento, o vice-presidente da FAEP, Guerino Guandalini , o presidente da Fetaep, Ademir Muller, e a ex-governadora do Paraná, Cida Borghetti. As palestras do Encontro Estadual de Empreendedores e Líderes Rurais ficaram por conta de Abimael Cereda Junior, doutor em engenharia urbana, que discorreu sobre a inovação no agronegócio, e Arthur Igreja, integrante da plataforma AAA com Ricardo Amorim, do Manhattan Connection, e Allan Costa, que falou sobre como as grandes transformações tecnológicas irão impactar o campo nos próximos anos. O encontro encerrou com show do cantor Daniel.

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P R E S TA Ç Ã O D E S E R V I Ç O S

Terceirização no agronegócio vem ganhando espaço e mercado

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ara o produtor rural nem sempre adquirir uma máquina agrícola como colhedora, plantadeira ou pulverizador é um investimento que cabe dentro do orçamento. Com preços que podem alcançar mais de R$ 1 milhão de reais, aumentar a frota de maquinário deve ser algo pensado e planejado. Para evitar o custo de adquirir uma nova máquina, custos operacionais, trabalhador capacitado para operar, entre outros, o produtor rural tem visto na contratação de serviço terceirizado uma opção viável. Neste caso, investir menos pode ser ganhar mais. Sergio Alves Teixeira, produtor rural em Guarapuava, terceiriza a colheita das suas propriedades desde 1996 e parte do plantio desde 2015. “Optei

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pela terceirização para dar agilidade aos processos, evitando altos investimentos em maquinário e menor quantidade de mão de obra fixa”. Para Teixeira, a terceirização só trouxe vantagens. “Tenho agilização dos processos, menor custo de mão de obra, menor comprometimento financeiro (aquisição de máquinas), zero preocupação com oficinas ou abastecimento, dentre outras. A empresa que presta os serviços nas minhas propriedades dispõe de estrutura logística adequada, além de ser de extrema confiança”. Quem presta os serviços nas fazendas Anta Gorda e Laura, propriedades de Teixeira, é a empresa de Thiago Castelli. O proprietário conta que está no ramo há mais de 30 anos. “Meu pai foi quem

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Sergio Teixeira contrata o serviço de terceirização de colheita há mais de 20 anos

começou o negócio. A área dele era pequena, então partimos para uma renda extra, com serviços de colheita,


do feijão aqui é época de colheita de soja lá. E também as máquinas não são adaptadas para feijão. Eu optei por adquirir uma colheitadeira Case, porque é reconhecida mundialmente como a melhor para colheita do feijão. E no campo, estamos confirmando isso. Os clientes têm ficado satisfeitos. Toda safra já tem gente nova me procurando e os que eu já colhi, me procuraram de novo”. Como produtor rural, Silvestrin percebe que máquinas modernas requerem um investimento muito alto para um pequeno ou médio produtor. “No meu próprio caso, que sou um produtor médio, uma máquina com essa tecnologia é incompatível com a minha realidade e tamanho de área. Mas como ela trabalha antes e depois da colheita da soja, ela se paga e eu consigo colher na minha área com uma qualidade superior do que se eu adquirisse uma máquina mais antiga ou com menos tecnologia”. A negociação com os clientes, segundo Silvestrin, inicia já no plantio. “Assim conseguimos fazer um cronograma que satisfaça os clientes e que a gente consiga atender a todos”. Quanto à forma de pagamento, ele optou

transporte, plantio e pulverização". Segundo Castelli, como a empresa já tem tradição na região de Guarapuava e Goioerê, nunca faltam clientes nos meses de safra. “Porém, a respos-

ta já foi melhor. Hoje os custos estão muito altos de manutenção de máquinas e os valores a nível de Brasil estão bem abaixo do esperado. Venho há quatro anos só empatando”. O sistema que ele utiliza para colheita é a cobrança a partir da porcentagem, já no plantio e pulverização, o valor cobrado é por hectare.

De olho no feijão

Thiago Castelli possui uma empresa de terceirização de serviços no agronegócio que atua na área há 30 anos

Diovani Silvestrin, além de ser produtor rural, há alguns anos começou a prestar serviço de colheita de feijão e soja. “Meu nicho principal é a colheita de feijão. Sempre ouvia falar: ‘eu não planto feijão porque não tenho máquina para colher’. Então, observei uma lacuna de mercado a ser preenchida”. Ele vem atendendo a região em municípios, como Guarapuava, Turvo, Boa Ventura de São Roque e Goioxim. “É um mercado que ainda tem bastante espaço para explorar. Tem um pessoal que vem do Norte do estado para colher soja, mas na época da colheita

Diovani Silvestrin viu na terceirização da colheita de feijão uma oportunidade de renda

por fazer o sistema hectare colhido. “A questão de porcentagem pode variar muito. Tem produtores que tem mais de um campo de colheita e eu estou colhendo no mesmo dia, então fica difícil de monitorar”.

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ASSEMBLEIA

Sindicato Rural de Guarapuava: eleição de diretoria terá chapa única VOTAÇÃO OCORRERÁ NO DIA 29 DE MARÇO

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Sindicato Rural de Guarapuava encerrou, no último dia 28 de fevereiro, o prazo previsto em estatuto para o registro de chapas para a eleição da diretoria. Apenas uma chapa foi registrada na secretaria da entidade. O processo foi deferido pela comissão eleitoral do sindicato, que oficializou a composição de titulares e suplentes. O atual presidente, engenheiro agrônomo e agropecuarista Rodolpho Luiz Werneck Botelho, concorre à reeleição (confira ao lado a relação completa dos nomes e dos cargos aos quais concorrem). Todos os componentes se propuseram a dar continuidade ao trabalho desenvolvido no momento e a fortalecer o compromisso com o produtores rurais, defendendo a classe. Assembleia Geral, no próximo dia 29 de março, no anfiteatro do Sindicato Rural de Guarapuava, vai proceder à eleição da diretoria da entidade ao triênio 2019-2022. Na ocasião, será definida a composição de titulares e suplentes de diretores e do conselho fiscal. Também se decidirá o delegado representante do conselho da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), à qual o sindicato é afiliado. Para votar, o associado do Sindicato Rural de Guarapuava deve estar em dia com a anuidade 2019 e ter mais de 6 meses de filiação. Os boletos de anuidade foram emitidos no início de março. A votação ocorrerá das 8 às 17 horas. A Assembleia Geral Ordinária (AGO), voltada à prestação de contas do ano de 2018 e à proposta orçamentária de 2019, também será realizada dia 29 de março, às 8 horas. A atual diretoria também convocou, por meio de edital publicado no dia 01 de março, todos os associados para Assembleia Geral Extraordinária (AGE), visando esclarecimentos sobre a Contribuição Sindical Rural e discussão sobre reajuste da Contribuição Social. A AGE está agendada para o dia 15 de março, às 8 horas, no anfiteatro da entidade.

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CHAPA GESTÃO: 31/03/19 A 30/03/22 PRESIDENTE: RODOLPHO LUIZ WERNECK BOTELHO 1º VICE PRESIDENTE: JOSEF PFANN FILHO 2º VICE PRESIDENTE: GIBRAN THIVES ARAÚJO 1º SECRETÁRIO: CÍCERO PASSOS DE LACERDA 2º SECRETÁRIO: ANTON GORA 1º TESOUREIRO: JAIRO LUIZ RAMOS NETO 2º TESOUREIRO: CARLOS EDUARDO DOS SANTOS LUHM DELEGADO REPRESENTANTE: ANTON GORA CONSELHO FISCAL TITULARES: ANTON GOTTFRIED EGLES LINCOLN CAMPELLO ROBERTO EDUARDO NASCIMENTO DA CUNHA SUPLENTES: SUELI KARLING GABRIEL GERSTER HILDEGARD ABT


INTE RNAC IONAL

Ovinocultura na Nova Zelândia D ayanne Almeida se formou em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Câmpus de Botucatu em 2008, no entanto, vem se dedicando à ovinocultura de corte desde 2005. Há quase 10 anos trabalha na Nova Zelândia com administração rural, melhoramento genético, manejo nutricional e sanitário do rebanho ovino como também capacitação técnica de profissionais no setor. Dayanne iniciou sua carreira profissional trabalhando pela Associação Brasileira de Criadores de Dorper (ABCDorper) entre o final de 2008 e o início de 2009. Em abril de 2009, embarcou para a Nova Zelândia para estagiar por um mês em uma fazenda de ovinos e bovinos de corte na região de

Hawke’sBay, centro sul da ilha norte, chamada OSRS. No final do período, ela foi convidada a permanecer por mais seis meses. Em outubro do mesmo ano foi contratada para desempenhar serviços básicos na fazenda, tais como manutenção de cercas, currais e implementos agrícolas, manuseio do rebanho com a utilização de cães pastores e cuidados gerais com os animais. O rebanho da propriedade era composto por três mil matrizes ovinas e 150 vacas cruza angus, com um total de 3 funcionários, incluindo ela. Durante os 5 anos que trabalhou na OSRS,

Dayanne realizou inúmeros cursos para aprimorar o conhecimento em administração rural e melhoramento genético aplicado ao sistema de produção neozelandês. Em outubro de 2014, deixou seu primeiro emprego

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para trabalhar na Fazenda Wairere, região de Wairarapa, sudeste da ilha norte como gerente de pesquisa e desenvolvimento. A Wairere é a maior provedora de genética ovina na Nova Zelândia, comercializando por ciclo produtivo 3000 reprodutores. A fazenda possui joint-ventures na Austrália, Inglaterra e Chile e conta com um rebanho próximo de 24 mil animais distribuídos entre a propriedade principal e quatro fazendas satélites. A Wairere é propriedade de Derek e Chris Daniell e está na família há três gerações, totalizando mais de 90 anos de ovinocultura. Na Waireere, animais Romney da Nova Zelândia assim como cruzamentos de linhagem maternal e terminal (compostos acima de 2 raças combinadas) são produzidos e selecionados via sistema de avaliação genética da Nova Zelândia (SIL-NZ). O rebanho de matrizes alcança taxa de desmame de 140% (ou seja, de cada 100 ovelhas encarneiradas 140 cordeiros são desmamados), 99% de taxa de prenhez, 95% de partos múltiplos apenas com um planejamento nutricional exemplar (100% com base em pastagem perene de clima temperado) e seleção de animais superiores por desempenho zootécnico no campo. A fazenda principal está localizada em terreno 98% montanhoso com inverno rigoroso (temperaturas abaixo de zero graus celsius e mais de 700mm de chuva), verão quente e seco (temperaturas acima de trinta graus celsius e menos de 50mm de chuva por mês) e ventos de mais de 120km/h. Possui área de 1200 ha, dos quais 1070 estão divididos em 90 piquetes, onde pastejam 5000 matrizes acima de dois anos mais 1800 cordeiras de reposição, além de 400 vacas cruza Angus para manejo do cresci-

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mento da pastagem e controle de verminose nos ovinos. A estação de monta é de forma natural com proporção média de 1 reprodutor para cada 120 matrizes e com duração de 34 dias. As cordeiras já são encarneiradas aos 7 meses de idade e apenas as que emprenham são retidas para reposição. 80% dos nascimentos ocorrem nas primeiras duas semanas de setembro como consequência de uma estação de monta em abril curta e seleção de animais que ciclam precocemente. Os cordeiros são brincados nos piquetes juntos às mães. Em nenhum momento animais são confinados ou mantidos em galpões. Os cordeiros são desmamados aos 90 dias de idade, com 30kg em média já no início de dezembro. Nenhum tipo de suplementação é oferecido aos animais, apenas alta qualidade de pastagem formada por azevém e trevo quando atingem pico máximo de produção. O escore de condição corporal das matrizes é monitorado regulamente para que haja eficiência na oferta e utilização de alimento de qualidade às diferentes categorias de animais.

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Na Fazenda Wairere, onde Dayanne atua, a zootecnista tem como responsabilidades principais: desenvolvimento e análise de projetos para aceleração de ganho genético do rebanho; coleta e processamento dos dados de desempenho zootécnico; seleção de reprodutores e matrizes para o rebanho núcleo; consultoria e apoio técnico a produtores comerciais clientes da fazenda; planejamento e execução das atividades realizadas na propriedade. Além de seu trabalho na Wairere, ela também participa como moderadora de grupos de discussão técnica na área de ovinocultura de corte e viaja constantemente para outros países em busca de novas técnicas que possam ser adotadas na fazenda onde trabalha para aumento da produtividade do rebanho. Simultaneamente ao trabalho no campo, realiza pós-graduação nível mestrado em zootecnia com especialização em melhoramento genético ovino sob mentoria do Professor Dr. Hugh Blair, pela Massey University, Nova Zelândia. No momento está estudando a relação entre a flutuação do escore


de condição corporal da matriz durante o ano e os índices produtivos de maior impacto econômico na propriedade. Também está avaliando parâmetros genéticos como herdabilidade e correlação do ECC com outras características como taxa de desmame, precocidade sexual das matrizes e rusticidade. Desde 2011 viaja anualmente ao Brasil para palestrar gratuitamente em eventos como dias de campo, conferências, seminários e workshops com o intuito de compartilhar o que vivencia no país, referência em ovinocultura, na esperança de que possa servir de inspiração para o setor no Brasil. Frente ao interesse que recebe frequentemente de seguidores e leitores presentes nas redes sociais, criou o Canal Sheepnutter - Ovinocultura em Foco (www.facebook.com/sheepnutter) como uma oportunidade para não apenas compartilhar ‘ao vivo’ o dia-a-dia na fazenda e projetos dentro da ovinocultura, mas também como um canal de discussão sobre a produção de ovinos no Brasil e nos países onde a atividade é excelência. A página tem quase 2 anos e já conta com mais de 15 mil seguidores, seus vídeos atingem, em média, mais de 50 mil pessoas por publicação. Realiza, também, transmissões ‘ao vivo’ específicas para estudantes com temas de cunho motivacional e relacionados à carreira em ciências agrárias. Em agosto de 2016, Dayanne lançou a “Maratona Ovinocultura em Foco”, uma sequência de eventos em diversas e diferentes cidades brasileiras e até em outros países da América do Sul. As palestras da Dayanne Almeida duram em média 3 horas e na grande maioria das vezes são

seguidas de um dia de campo para demonstração dos conceitos discutidos. Em alguns eventos, um dia inteiro de palestras é organizado com 4 ou mais temas definidos. O evento mais longo que participou como única palestrante durou 9 horas e teve mais de 300 ouvintes.

Sua última ‘maratona’ de palestras ocorreu em abril de 2018 e contou com mais de 2900 ouvintes nos 21 eventos espalhados por 19 cidades durante suas 3 semanas em solo brasileiro. Agora Dayanne planeja sua terceira ‘maratona’ para agosto de 2019, já com 30 palestras agendadas.

REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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SENAR

Capacitação profissional rural

O

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) oferece 250 cursos em todo o Paraná, com o objetivo de melhorar a produção e qualidade de vida da família rural paranaense. Interessados devem entrar em contato com o departamento de mobilização de cursos nos sindicatos rurais. Em Guarapuava, fale com Geyssica (42) 3623-1115 e em Candói, com Ana Paula (42) 3638-1721. Confira alguns dos cursos realizados pelo Senar e Sindicato Rural em Guarapuava e região durante os meses de janeiro e fevereiro:

PRODUÇÃO ARTESANAL DE ALIMENTOS CONSERVAÇÃO DE FRUTAS E HORTALIÇAS CONSERVAS MOLHOS E TEMPEROS

05 e 06 de dezembro

Sindicato Rural de Guarapuava

Ines Maria Wietozikoski

TRABALHADOR NA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS NORMA REGULAMENTADORA 31.8

10 a 12 de dezembro

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Cooperativa Agrária

REVISTA DO P RODUTOR RURAL DO PARANÁ

Jorge Luiz Dias Alves

TRABALHADOR NA OVINOCULTURA MANEJO DE OVINOS DE CORTE

06 e 07 de dezembro

Sindicato Rural de Guarapuava

Emerson Orestes Ferraza

TRABALHADOR NA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE COLHEDORAS AUTOMOTRIZES - COLHEDORA AXIAL – NR 31.12

10 a 14 de dezembro

Sindicato Rural de Guarapuava

Arfélio Cagnini


TRABALHADOR NA OPERAÇÃO E NA MANUTENÇÃO DE ORDENHADEIRA MECÂNICA - ORDENHADEIRA MECÂNICA

12 a 14 de dezembro

Sindicato Rural de Guarapuava

Itamar Cousseau

TRATORISTA AGRÍCOLA OPERAÇÃO DE TRATORES E IMPLEMENTOS – NR 31.12

21 a 25 de janeiro

DuPont Pioneer

Luiz Augusto Burei

PRODUÇÃO ARTESANAL DE ALIMENTOS – PANIFICAÇÃO

11 e 12 de fevereiro

Comunidade Guabiroba

Ines Maria Wietozikoski

TRABALHADOR VOLANTE DA AGRICULTURA APLICAÇÃO DE AGROTÓXICOS – NR 31.8

25 a 27 de fevereiro

Sindicato Rural de Guarapuava

Daniel Giorno Nascimento

TRABALHADOR NA APICULTURA – APICULTURA I

17 a 20 de dezembro

Sindicato Rural de Guarapuava

Joel de Almeida Schmidt

TRABALHADOR NA SEGURANÇA DO TRABALHO NR 35 TRABALHO EM ALTURA

01 e 04 de fevereiro

Guará Campo

Fernando Pizani

TRABALHADOR NA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE COLHEDORAS AUTOMOTRIZES – COLHEDORA AXIAL – NR 31.12

18 a 22 de fevereiro

Sindicato Rural de Guarapuava

Arfélio Cagnini

TRABALHADOR NA SEGURANÇA DO TRABALHO NR 35 TRABALHO EM ALTURA

28 fevereiro e 01 de março

Sindicato Rural de Guarapuava

Daniel Giorno Nascimento

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P R O D U T O R E S E P R O F I S S I O N A I S E M D E S TA Q U E

Kiulza Morona Ribeiro, Jorge Fassbinder, Joseanne Arana e Manfred Majowski

Arnaldo Stock Jr., Cristhiane Schwemlein, Anton Schwemlein, André Zentner, Theresia Weicher e Anton Weicher

Helmut Stutz e Karl Heinz Laubert Filip

Marco Seitz e Helmut Seitz Andreas Keller Jr., Karina Keller e Aparecido Ademir Grosse

Horst Schwarz e Sieglinde H. Schwarz

André Zentner, Manfred Becker e Alan M. Becker

Andressa dos Santos e Priscila do Nascimento (Easy English) Aparecido Ademir Grosse, Anton Egles, Ivo Arnt Filho e Nilo Arnt

Paul Illich André Zentner, Aparecido Ademir Grosse e Herbert Schlafner

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REVISTA DO P RODUTOR RURAL DO PARANÁ

Márcio Ricardo Lopes, gerente da Unidade C.Vale Guarapuava


50 ANOS DO SINDICATO RURAL DE CAMPO MOURÃO O vice presidente do Sindicato Rural de Guarapuava, Anton Gora, acompanhado de sua esposa Neusa Vier, prestigiou a comemoração do cequentenário do Sindicato Rural de Campo Mourão, em dezembro de 2018. Nelson Teodoro de Oliveira é presidente daquela entidade desde a sua fundação, no dia 06 de março de 1968. Na oportunidade, a diretoria entregou uma placa em homenagem aos 11 fundadores do Sindicato Rural de Campo Mourão e também homenageou o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ágide Menegette, pelo seu trabalho em prol dos produtores rurais.

Nelson Teodoro (pres. do Sind. Rural de Campo Mourão) com Anton Gora e Neusa Vier

PROJETO IDENTIDADE SINDICAL 2019

NOVA PARCEIRA

Na foto, Neusa Vier e Anton Gora (vice pres. do Sind. Rural de Guarapuava); Guerino Guandalini (pres. do Sind. Rural de Astorga); Sônia Maria Pessa de Oliveira (esposa de Nelson Teodoro, pres. do Sindicato Rural de Campo Mourão); Angelina Viel (chefe de Gabinete da FAEP); Rosane Maria E. do Nascimento (esposa de Francisco Nascimento); Ágide Meneguette (presidente da FAEP) e Francisco Nascimento (pres. do Sind. Rural de Mandaguaçu).

Heloísa Vicentin Rodrigues (1 ano), filha de Silvia Geniéle Vicentin e Maximiliano Rodrigues da Rosa, na Fazenda São Pedro - Distrito de Entre Rios - Guarapuava-PR

Maria Fernanda A. Schneider (3 anos), filha de Marlon e Mariele A. Schneider

João Vittor (3 anos) e Maria Heloisa (1 ano e 7 meses), conferindo a colheita de trigo na Fazendo Santo Manoel em Turvo-PR. Filhos de Diovani e Daniele Silvestrin

Santa Rita Odontologia Dra. Priscyla Mendes Araújo

l: para o e-mai Envie sua foto m.br srgpuava.co o@ ca ica un com REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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2019 MARÇO 01/03 01/03 01/03 01/03 02/03 03/03 03/03 03/03 03/03 03/03 04/03 04/03 04/03 04/03 05/03 05/03 05/03 05/03 05/03 05/03 06/03 06/03 08/03

ADRIANA DO ROCIO P. DE L. MARTINS DARIO CEBULSKI DILCEIA MARIA ARAUJO ESPINOLA JANETE AP. HONÓRIO SPROTTE EDEGAR LEH ALESSANDRO ILLICH CARLOS EDUARDO RICKLI JOANA LOPES DE ARAÚJO TEOFILO MARTIN VALDOMIRO KAVA ALBERT KORPASCH EUGENIA PACZKOWSKI JOHANN GEIER MARIA DE JESUS ROCHA CORDEIRO HUGO MARTINAZZO JORGE DOS SANTOS JOSÉ MASSAMITSU KOHATSU JOSEF KARL MARCOS FCO. ARAÚJO MARTINS NATASCHA ABT HERMÍNIO MINORU KANEKO LUCIANO KLOSTER SERPA NEZIO TOLEDO

09/03 09/03 09/03 10/03 10/03 10/03 11/03 11/03 11/03 11/03 12/03 12/03 13/03 14/03 14/03 15/03 15/03 16/03 16/03 16/03 16/03 17/03 17/03

FÁBIO ROBERTO LUSTOSA MOACIR ANTÔNIO NERVIS WIENFRIED MATTHIAS LEH DIOVANI SILVESTRIN INÊS MARIA CLETO PACHECO WENDELIN HERING ARMANDO VIRMOND DE ABREU EMIRIA NAKANO JOÃO SEBASTIÃO STORA NELSON MUGNOL GILBERTO MAACK KUROWSKI ROMAN KELLER RODOLPHO TAVARES DE J. BOTELHO GABRIEL GERSTER GERHARD JOSEF WILK CLÁUDIO MARATH JOÃO LUIZ SCHIMIM CELIA REGINA CAROLLO SILVESTRI GRAZIELA GERSTER JOSÉ ACYR DOS SANTOS MATHIAS ZEHR CLÁUDIO VIRMOND KIRYLA DARIO CALDAS SERPA

17/03 18/03 19/03 19/03 19/03 19/03 20/03 20/03 20/03 20/03 20/03 21/03 21/03 22/03 22/03 23/03 23/03 23/03 23/03 24/03 24/03 24/03 24/03

MAIL MARQUES DE AZEVEDO FABRÍCIO GONÇALVES L. ARAÚJO DIRCEU FABRÍCIO HERMANN JOSEF SCHERER JOSÉ AMORITI TRINCO RIBEIRO WILIAM RICKLI SIQUEIRA ELOA BOCHNIA JACKSON FASSBINDER LORIVAL HIRT NEIRI LOPES DE ALMEIDA NELVIR DE JESUS GADENS ANA HERTZ GIOVANE IVATIUK HILDEGARD ABT HORST SCHWARZ ADOLF DUHATSCHEK RENATO AUGUSTO T. DE M. CRUZ SOLANGE RIBAS CLEVE VANDERLEI RAMIRES DIEGO LUIZ BEGNINI ERNEST MILLA HELGA REINHOFER ILLICH LINCOLN CAMPELLO

24/03 24/03 25/03 25/03 25/03 25/03 26/03 27/03 27/03 27/03 27/03 27/03 27/03 28/03 28/03 28/03 28/03 28/03 29/03 30/03 30/03 30/03 31/03

MARCOS MARTIM ANTÔNIO THAMM PEDRO KONJUNSKI SOBRINHO ANTON KELLER I BRUNO REINHOFER DANIELA BAITALA P. LOSSO KLUBER JOSÉ EWALDO FAGUNDES SCHIER RAFAEL MARCONDES TROMBINI ALEX FRANZ OSTER DAVID KLUBER ERIKA HILDEGARD DUCH ILLICH EVALD ZIMMERMANN SUELI KARLING SPIELER VATERLO HAEFFMER ADILSON KARAM JÚNIOR CELSO MARCELO MACIEL MÔNICA CASAGRANDE ODILON CASAGRANDE PELLISSON KAMINSKI MILTON LUIZ DO PRADO ARISTEU VUICIK FRANCISCO ARMANDO MARTINS LIMA LUIZ CARLOS COLFERAI JACIEL DO VALLE

07/04 08/04 08/04 08/04 09/04 09/04 09/04 09/04 10/04 10/04 10/04 11/04 11/04 11/04 12/04 12/04 12/04 13/04 13/04 13/04

RAFAEL MAJOWSKI GUNTHER GUMPL PAULO CESAR MUZZOLON ROBERTO CESAR M. DE ARAÚJO ADALBERTO DE REZENDE MARTIN HEISER NELSON BATISTA DE ALMEIDA ROMEU FELCHAK AMARILIO AUGUSTO DE O. KRÜGER HERBERT KELLER LUCIANA CAMPELLO DE SOUZA CIRO CEZAR MENDES ARAÚJO MARIA DAS GRAÇAS M. TEIXEIRA SIDNEI FERREIRA DA SILVA MARCELO FERREIRA RANSOLIN ROBSON SCHNEIDER ROZENDO NEVES ALBERTO TOKARSKI GUILHERME ILLICH RICARDO MARTINS KAMINSKI

14/04 14/04 14/04 15/04 15/04 15/04 15/04 16/04 16/04 16/04 18/04 18/04 18/04 18/04 18/04 18/04 18/04 20/04 20/04

ADELCIO GRANEMANN FRITZ ONAIR RODRIGUES DE BAIRROS PETER SPIESS JUNIOR ANTON ANNAS ROLAND JUNG VALDIR ANTONINHO DEZINGRINI WOLFGANG MULLERLEILY HARALD KORPASCH HELMUT KELLER HELMUTH JOSE SEITZ ANTON FASSBINDER JUNIOR CARLOS BODNAR EDIO SANDER FERNANDO RUIZ DIAS JÚNIOR HEINRICH SIEGMUD STADER JOSÉ SZEMANSKI FILHO MOREL LUSTOSA RIBAS DALTON CESAR MARTINS QUEIROZ MANFRED STEFAN SPIELER

20/04 21/04 21/04 21/04 22/04 22/04 22/04 22/04 23/04 23/04 23/04 23/04 23/04 23/04 24/04 28/04 28/04 30/04 30/04

ROMANCITE JOSÉ SILVERIO CARLOS EDUARDO RIBAS DE ABREU JOSÉ HENRIQUE CORDEIRO LUSTOSA LEÔNIDAS FERREIRA CHAVES FILHO GARCIA DE MATOS CARDOSO HERMANN KARLY MARIA GORETI ALMEIDA DA SILVA VERA TEREZINHA EIDAM JOSÉ MARTYN PAULO HENRIQUE C. KLOPFLEISCH RALF KARLY SERLEI ANTÔNIO DENARDI STEFAN GERSTER FILHO WILSON CARLOS HAAS GUNTER REICHHARDT HUBERTO JOSÉ LIMBERGER MOACIR KENJI AOYAGUI JAIRO LUIZ RAMOS NETO JOSÉ PEREIRA

ABRIL 01/04 02/04 03/04 03/04 03/04 03/04 03/04 03/04 04/04 04/04 05/04 05/04 05/04 05/04 05/04 06/04 06/04 06/04 06/04 07/04

JOSEF SIEGFRID WINKLER LILIAN MARIA BEZERUSKA DACOREGIO ALAOR SEBASTIÃO TEIXEIRA ALFREDO BERNARDINI ARNALDO STOCK JÚNIOR JOAIR MENDES PEREIRA JÚNIOR JOSEF PFANN FILHO STEFAN BUHALI FÁBIO DALDIN TEODORO HERMINE LEH ADELAIDE AP. PENTEADO ZANONA CARLA RENATA ARAÚJO LUSTOSA FRANCISCO ANTÔNIO CALDAS SERPA LUIZ CARLOS SCHVARZ RICARDO MARCONDES TEIXEIRA ANA MARIA LOPES RIBEIRO PATRÍCIA OLIVEIRA MARIOTTI TEIXEIRA ROBERTO KELLER ROBERTO KORPASCH CARLOS EDUARDO MARTINS RIBAS

Confira a agenda de eventos agropecuários: III Curso sobre Tecnologia de Produção de Sementes de Soja de Alta Qualidade 1 a 5 de abril Hotel Crystal Palace - Londrina (PR) Fone: (43) 3371-6361 / 3371-6067 E-mail: cnpso.cursosementes@embrapa.br Site: www.tecsementes.agr.br/

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Expo Crioulo 2019 14 a 17 de março Parque de Exposições Lacerda Werneck Guarapuava (PR) Informações: (42) 98846-6041

MAR/ABR

Palestra Cultivando Micro-orquídeas

2019

1º Encontro Regional de Líderes Rurais

06 de abril - 14h às 17h

09 de abril

Sindicato Rural de Guarapuava

Spazio Vecchia Guarapuava (PR)

Inscrições e informações: (42) 3623-1115

Informações: (42) 3623-1115


REVI STA DO PRO D UTO R RURA L DO PA RA N Á

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