Fototerapia no vitiligo 1•Introdução
Daniela Alves Pereira Antelo1
Entre as opções terapêuticas disponíveis para o tratamento do vitiligo, a fototerapia tem papel protagonista, desde a introdução da modalidade PUVA (uso de psoraleno + RUV-A), em 1948. Embora a PUVA seja eficaz, ela tem inúmeras limitações incluindo efeito fototóxico, náuseas e risco potencial de carcinogênese. Assim, a fototerapia com radiação UVB de banda estreita (RUV-B BE), de 311313nm, desde 1997, gradualmente substituiu a fototerapia PUVA e se tornou a principal indicação de tratamento para o vitiligo. Há menor dose cumulativa de radiação, menos efeitos colaterais e maior eficácia. Além disso, melhora a qualidade de vida dos pacientes. Diferentes esquemas fototerápicos são descritos na literatura. Isto fez com que, em 2017, o Vitiligo Working Group Phototerapy Committee (Mohammad TF et al.) se reunisse, incluindo experts de diferentes locais do mundo, a fim de delinear um modelo para facilitar o emprego prático da fototerapia. Algumas destas diretrizes fazem parte deste Manual.
2•Como e quando empregar a fototerapia no vitiligo A• Indicações da fototerapia • Vitiligo não segmentar (especialmente a forma clínica generalizada), seja instável (com lesões em progressão) ou estável. • Vitiligo não segmentar localizado que não responde ao tratamento tópico. • Vitiligo Segmentar de início recente.
B• Áreas do corpo mais responsivas à fototerapia • Nesta ordem: face e pescoço, seguidos de tronco, extremidades, mãos e pés. • A repigmentação costuma ser mais intensa na face do que no tronco e extremidades, bem como nos pacientes com fototipos mais elevados (IV e V).
C• Pacientes com melhor resposta • Pacientes com fototipos acima de III. ¹ • Mestre e doutora em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); professora adjunta de dermatologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ); membro titular da SBD, AAD, EADV, European Society of Photodermatology e Global Vitiligo Foundation.
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