Jornal da SBD - Nº 1 Janeiro / Fevereiro 2010

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Sociedade Brasileira de Dermatologia Afiliada à Associação Médica Brasileira

www.sbd.org.br

Diretoria 2009-2010 Presidente - Omar Lupi - RJ Vice-presidente - Bogdana Victória Kadunc - SP Secretária-geral - Maria de Lourdes Viegas - RJ Tesoureira - Maria Fernanda Gavazzoni - RJ 1a secretária - Célia Luiza P. Vitello Kalil - RS 2o secretário - Emerson de Andrade Lima - PE

Jornal da SBD Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, dirigida a seus associados e órgãos de imprensa.

Publicação bimestral - Ano XIV - n. 1 janeiro-fevereiro - 2010 Coordenador médico - Paulo R. Cunha Conselho editorial - Omar Lupi, Bogdana Victória Kadunc, Maria Fernanda Gavazzoni, Célia Kalil e Emerson de Andrade Lima Jornalista responsável - Erika Drumond Redação - Erika Drumond e Victor Gimenes Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza Versão On-line - Samuel Peixoto Contato publicitário - Priscila Rudge Simões A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes.

As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Correspondência para a redação do Jornal da SBD Av. Rio Branco, 39/17o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20090-003 E-mail: imprensa@sbd.org.br Assinatura anual: R$ 120,00 Número avulso: R$ 20,00 Tiragem: 7.000 exemplares Impressão: Sol Gráfica

Sumário 02 03 04 05 06 12 14 15 16 19 20 26 30 32 34 35 36 38 41 42 44

Editorial

Paulo R. Cunha - Coordenador médico do Jornal da SBD

A

história da SBD e a do Rio de Janeiro têm muito em comum, pois, desde sua fundação, em 1912, a Sociedade sempre manteve sua sede nesta capital. Neste momento em que o Rio de Janeiro se destaca por ter sido escolhido sede da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas, a SBD também é destaque em meio às sociedades de especialidades médicas do Brasil, pois em 2012 comemorará 100 anos de existência. Dessa maneira, foi apropriada a escolha do Congresso da SBD daqui a dois anos na Cidade Maravilhosa, que vive fase de efervescência e preparo para dois grandes eventos mundiais. Trata-se de momento de intensa interProf. Dr. Paulo R. Cunha nacionalização para o Rio e para nossa Sociedade. Dentre as cidades turísticas de todo o mundo, o Rio de Janeiro se evidencia pelos atrativos naturais e opções de lazer e, por essa razão, nossa reportagem de capa retrata os diferentes aspectos da Cidade Maravilhosa.

No âmbito da SBD, quando se fala em internacionalização, destacamos as bolsas de aperfeiçoamento no exterior para residentes, cujas inscrições já estão abertas. Este projeto conta com o apoio total da SBD. Os interessados deverão consultar as regras no nosso site. Além disso, sob o mesmo lema “do Brasil para o mundo”, os eventos que ocorrerão em 2010 – Ancillary Meeting na Radla, Ancillary Meeting – Cilad em Cancun, México em novembro e 1st Summer Meeting of Dermatology – Brazil 2010, em dezembro – realizados pela SBD prometem ser imperdíveis. De fato, há muito para comemorar e muito se deve à brilhante atuação do presidente Omar Lupi.

Destacamos também a matéria sobre os Anais Brasileiros de Dermatologia, que completam 85 anos ininterruptos de publicação. A atual equipe editorial dos Anais, comandada pela Dra. Izelda Maria Carvalho Costa, tem trabalhado muito, e a revista vem ganhando ainda mais destaque após a indexação do Medline. O que antes se restringia ao público basicamente brasileiro, hoje ganhou muito mais visibilidade, podendo ser acessado pela comunidade científica do mundo todo. Já se encontram no site da SBD as informações sobre o exame de Título de Especialista (TED), que ocorrerá em abril, na cidade de Belo Horizonte, tendo como presidente da comissão o Prof.

Jackson Machado-Pinto. Fiquem atentos e não percam a oportunidade de inscrever-se.

Peço atenção para a reportagem sobre o encontro dos 63 chefes de Serviços Credenciados da SBD, ocorrido no Rio de Janeiro, e para as conclusões a que chegou esse conclave. Como exercício da curiosidade, perguntamos a alguns desses professores quais os dez temas que, na opinião deles, obrigatoriamente têm que constar na grade curricular teórica de dermatologia.

Obtivemos o seguinte resultado, que aqui expomos para a avaliação do leitor: eczemas, piodermites, tumores cutâneos, hanseníase, leishmaniose e dermatozoonoses, DST, farmacodermias, micoses superficiais e profundas, doenças bolhosas especialmente pênfigos e colagenoses.

Em abril teremos eleição para escolha de presidente e vice-presidente da SBD para o biênio 2011/2012. De forma harmônica, este ano teremos chapa única, tendo como candidata à Presidência a Dra. Bogdana Victoria Kadunc (SP), e, como vice, a Dra. Sarita Martins Bezerra (PE).Trata-se de duas competentes profissionais e, acima de tudo, muito queridas pela comunidade dermatológica. Não se esqueçam de votar.

Por fim, tendo em vista o preparo para as comemorações dos 100 anos, iniciamos uma série de reportagens sobre a história da Sociedade.Veja na primeira matéria o percurso de 40 anos da SBD Regional São Paulo. Colaborem enviando histórias e fotos para publicação nas próximas edições.

Boa leitura!

Palavra do Presidente Direto de Paris: Ana Beatris Rossi Notas Ombudsman Tour de prevenção Dia do Dermatologista Nova assessoria SBD e Cilad Comissão lipoaspiração DermaBrasil Eleição SBD 100 anos DermAção Profissões e dermatoses ocupacionais Anais Brasileiros de Dermatologia, 85 anos TED em abril Projeto Residentes Grandes Mulheres da Humanidade Departamentos Regionais Serviços Credenciados

Capa alternativa

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Matéria de capa Um grande momento para a dermatologia brasileira

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Palavra do Presidente

Caro dermatologista, E

stamos iniciando 2010 com várias novidades. A SBD cresceu vertiginosamente em tamanho e qualidade nos últimos anos, mas nos mantínhamos relativamente isolados de outras sociedades e sem maior inserção internacional. No entanto, temos trabalhado intensamente para reverter essa situação e já este ano estaremos presentes com estandes institucionais no Meeting da Academia Americana de Dermatologia (AAD/Miami), na Reunião Anual dos Dermatologistas Latino-Americanos (Radla/Buenos Aires) e no Congresso do Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia (Cilad/Cancún), sendo que nestes dois últimos organizaremos simpósios oficiais dentro do congresso, tal como já ocorre no Congresso da Academia Europeia de Dermatologia (EADV) há algum tempo. Em muitos desses eventos, a delegação de brasileiros já é tradicionalmente majoritária, embora não tivéssemos o destaque e o peso científicos que a SBD merece.

As parcerias vão muito além da participação em eventos científicos.

Para se ter ideia da situação vigente, o consenso brasileiro de dermatite atópica, publicado em 2005, incluía a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai), deixando fora a SBD. Pois bem, estamos preparando para você o livro oficial de Rotinas de Diagnóstico e Tratamento da SBD para ser lançado no Congresso Brasileiro de setembro, no Rio. Nele, os capítulos de

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dermatite atópica, urticária e dermatite de contato, por exemplo, serão escritos por um time misto de especialistas da SBD e Asbai, reforçando nossos laços com as sociedades afins que têm atuação ética e qualidade científica. O primeiro número da revista Surgical & Cosmetic Dermatology de 2010 recebeu o apoio do Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia (Cilad) na capa, resgatando a amizade e cooperação de nosso berço latino-americano. Acredito que esse seja o melhor caminho para combatermos a invasão que ocorre em nossa especialidade.Temos de sair do isolamento relativo em que nos encontrávamos e interagir intensamente com as especialidades afins. Isso nos trará maturidade institucional e ampliação de horizontes, bem como oportunidades para todos os dermatologistas.

Em relação ao Congresso do Rio de Janeiro não posso deixar de citar nossa matéria de capa deste número do Jornal da SBD. Como todo bom brasileiro, sou uma mescla de raças e origens; minha família vem de Padova, na Itália, e de Uruguaiana, fronteira com a Argentina, pelo lado de mãe.

Com avós portugueses da Ilha da Madeira, pelo lado paterno, e avô de Santa Catarina, nasci e fui criado no Rio de Janeiro. Minha querida cidade foi palco de muitas afrontas e dificuldades nos últimos anos; entretanto, permanece maravilhosa. Os dois anos em que presidi a Regional Rio de Janeiro da SBD (2005/2006) foram os melhores de minha vida profissional, exceto pela experiência única de estar agora à frente da SBD nacional. Assim sendo, quero expressar minha felicidade ao ver a dermatologia carioca tão pujante este ano, recebendo simultaneamente o Congresso Brasileiro de Dermatologia (SBD) e o de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Somado a isso, temos o momento maravilhoso pelo qual o Brasil e o Rio de Janeiro passam, com resgate da autoestima, estabilidade econômica e desenvolvimento, com sólidos alicerces democráticos.

Podem ter a certeza de que vamos receber cada dermatologista no Rio conforme o Cristo Redentor nos representa: de braços abertos!

Omar Lupi Presidente da SBD

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Direto de Paris | Por Ana Beatris Rossi

Estudos sobre a percepção da idade na Europa

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om o envelhecimento dos baby boomers (pessoas nascidas entre 1945 e 1965) na Europa e o aumento da esperança de vida na França (77,5 anos para homens e 84,3 para mulheres), a pesquisa e o desenvolvimento de produtos antienvelhecimento têm aumentado diariamente. Para conhecer melhor as necessidades e aspirações em termos de tratamento, muito tem sido investigado sobre a percepção da idade e a identificação dos fatores que a influenciam.

Estudo realizado na França avaliou 173 mulheres caucasianas e evidenciou que elas são mais precisas na avaliação da idade do que os homens, e os jovens (22 a 35 anos) mais precisos do que os sêniors (mais de 50 anos). De maneira geral, as características que mais influenciam a predição da idade estão relacionadas com os olhos, os lábios e a uniformidade do tom da pele. Para os avaliadores mais velhos, os fatores mais importantes são a definição dos lábios e a abertura dos olhos, enquanto os mais novos são influenciados por olheiras, sulco nasogeniano e melanoses (Nkengne et al., 2008, JEADV). Esses resultados podem explicar por que a toxina botulínica, o preenchimento e os peelings são os procedimentos estéticos mais frequentes.

Em outro estudo, realizado na Alemanha, 200 avaliadores de 16 a 45 anos observaram fotos de 50 mulheres caucasianas de 40 a 74 anos e as compararam com outras fotos das mesmas voluntárias modificadas para remover alterações topográficas (rugas), da uniformidade da cor (manchas) e os dois tipos de alteração. Os autores mostraram que as topográficas têm maior impacto na idade (“rejuvenescimento” de dez anos) do que as de uniformidade de cor (de um a cinco anos). Por outro lado, a uniformidade da cor teve mais influência na percepção do caráter “saudável”.

Interessante notar que, nesse estudo, as fotografias combinando remoção das rugas e uniformização do tom da pele

C a l e n d á r i o Nacionais 25 a 27/03 21 a 25/04 21 e 22/05 4 a 7/09 22 e 23/10

foram escolhidas como as que mostravam as voluntárias mais jovens (menos 15 anos), mas não mais “saudáveis” (Fink, 2007, JEADV).

Sem dúvida, a análise mais impressionante relacionada à percepção de idade foi publicada em dezembro 2009 no British Medical Journal: no estudo de coorAna Beatris Rossi é dermatologista formada pela Unicamp, com títute de base populacional na Dinamarca, lo de especialista pela SBD e mestra1.826 gêmeos (840 homens e 986 mulhedo em clínica médica. Ocupa hoje a res) de mais de 70 anos de idade foram posição de diretora médica mundial fotografados e seguidos por sete anos. As de pesquisa e desenvolvimento na fotos foram observadas por 40 avaliadodivisão de produtos de prescrição res, que estimaram as idades. Após sete dermatológicos e dermatologia estéanos, 41% dos homens e 33% das mulhetica do grupo Johnson & Johnson, em Paris, França. É membro da Academia res tinham morrido. A idade percebida foi Americana de Dermatologia (AAD) estatisticamente significante associada à desde 1998 e da Academia Europeia sobrevida, ou seja, o risco de o gêmeo de Dermatologia (EADV) desde 2000. que parecia ser mais velho na avaliação fotográfica falecer primeiro foi significativamente maior. Além disso, a idade percebida também apresentou correlação com a capacidade física e cognitiva e com o comprimento telomérico de leucócitos (biomarcador molecular do envelhecimento). Uma avaliação clínica simples como a idade percebida, portanto, pode ser considerada forte biomarcador de envelhecimento e oferece mais informação em relação à sobrevida do que um exame de DNA! (Christensen, 2009, BMJ).

d e

5o DermaRio 22o Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica II Teraderm da SBD 65o Congresso Brasileiro de Dermatologia da SBD III Simpósio Nacional de Cosmiatria e Laser da SBD

e v e n t o s

2 0 1 0

Internacionais 6 a 10/10 19o Congresso da EADV 10 a 14/11 XVIII Congresso Ibero-Latino-Americano (Cilad) 9 a 11/12 1o Summer Meeting

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Notas Site da SBD entre os melhores em saúde "Bem organizado e fácil de navegar." Essa foi a classificação que o site da SBD recebeu em matéria publicada no jornal Zero Hora - RS, no dia 13 de fevereiro, sobre os prós e os contras da busca de informações na internet por parte dos pacientes. A reportagem, intitulada "O concorrido consultório do Doutor Internet", observa que o portal é considerado confiável e referência de pesquisa para usuários interessados em dados relacionados à área de saúde. Além da SBD, outras 13 sociedades médicas foram citadas.

O reconhecimento é resultado do trabalho que vem sendo realizado desde o ano passado, quando o site começou a passar por algumas mudanças para se adequar à nova realidade da internet. Inevitavelmente, as pessoas buscam respostas na rede e precisam ser atraídas e incentivadas a visitar sites de confiança. O layout leve e moderno, a grande quantidade de informações e notícias atualizadas, e a facilidade de navegação na página tornam o canal cada vez mais importante para valorizar e divulgar a SBD junto à população.

Atualmente, recebe mais de 100 mil acessos por mês.

Além do site médico, voltado para os profissionais da área, o portal da SBD conta com página exclusiva para o público leigo. Nesse espaço, há arquivos com informações sobre doenças, testes, dados, notícias, campanhas, ferramenta de busca por dermatologistas associados e opções de contato com a instituição.

As grandes epidemias

68o Encontro Anual da AAD Um dos grandes eventos científicos da área, o 68o encontro anual da Academia Americana de Dermatologia (AAD), ocorreu entre os dias 5 e 9 de março, em Miami, Estados Unidos. O evento reuniu especialistas do mundo inteiro para a troca de experiências e aprimoramento. A SBD participou do encontro, levando comitiva de cerca de mil dermatologistas brasileiros, uma das maiores dos últimos tempos.

Radla 2010 A Reunião Anual de Dermatologistas Latino-Americanos (Radla) será realizada nos dias 29 de maio e 1o de junho, em Buenos Aires, Argentina. Em sua 18a edição serão apresentados e discutidos avanços sobre dermatologia clínica, doenças infecciosas, fotodermatologia, oncodermatologia, cirurgia dermatológica, dermatologia cosmética e terapêutica dermatológica, entre outros assuntos.

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Alertar o público sobre as ameaças e o perigo das epidemias é o objetivo da exposição itinerante "As grandes epidemias", em cartaz desde janeiro no Instituto Butantan.

A exposição abrange epidemias letais, como a peste bubônica, que acometeu a Europa e a Ásia no século 14, eliminando em dois anos um terço da população europeia, e várias epidemias que marcaram a história do Brasil, como a da varíola, do sarampo, da Aids e, mais recentemente, da gripe suína, conhecida como gripe A. Esses sur tos de saúde são divulgados por cinco vídeos de sete minutos, que retratam cada uma das doenças, e painéis ilustrados.

A entrada é gratuita, aberta ao público de terça a domingo, das 10h às 16h, no Centro de Difusão Científica do Butantan, localizado na Av. Vital Brasil, 1.500, em São Paulo.

A SBD apresentará um simpósio no dia 28 de maio, véspera do evento, sob coordenação de Paulo Cunha e vicecoordenação de Omar Lupi.Também fazem parte do simpósio Alice Alchorne, Leontina da Conceição Margarido, Humberto Pônzio, Ada Regina Trindade de Almeida, Andreia Mateus e Emmanuel França, Lauro Lourival Lopes Filho, e outros. O Professor Sebastião de Almeida Prado Sampaio, um dos fundadores da Radla, será homenageado.

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CFM proíbe médicos de divulgar cupons e cartões de desconto

"A

medicina não pode, em qualquer circunstância ou de qualquer forma, ser exercida como comércio" é um dos pontos que constam na resolução 1.939/2010, do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicada na edição do Diário Oficial da União do dia 9 de fevereiro e que proíbe os médicos brasileiros de participar "direta ou indiretamente", de qualquer espécie de promoção relacionada ao fornecimento de cupons ou cartões de descontos aos pacientes para a compra de medicamentos. Para o CFM, a prática conflita com a proteção do sigilo do paciente e pode influenciar a escolha dos medicamentos prescritos.

Segundo o vice-presidente do Conselho, Carlos Vital, a decisão de adotar medidas para corrigir práticas e garantir a lisura do comportamento ético dos médicos brasileiros foi mais do que necessária.

Em uma extensa lista de tópicos justificando a proibição, o CFM aponta que ao médico não é permitido exercer a profissão "com interação ou dependência de farmácia, laboratório farmacêutico, ótica ou qualquer organização destinada à fabricação, manipulação ou comercialização de produto de prescrição médica de qualquer natureza". Segundo a resolução, o médico, ao aceitar participação nesse processo como peça indispensável para a promoção de vendas da indústria farmacêutica, exerce a medicina como comércio, atuando em interação com os laboratórios farmacêuticos. Na interpretação do autor da proposta, o secretário-geral do CFM, Henrique Baptista e Silva, essas práticas ferem as regras do Código de Ética Médica.

A resolução cita ainda, entre outras, as seguintes considerações: o trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa; o fornecimento de cupons ou cartões de descontos resulta na formação de um banco de dados com a qualificação de usuários saudáveis e diagnosticados de acordo com o risco, e essa metodologia caracteriza prática com objetivos "eminentemente comerciais"; e o médico, nesse caso, exerce a profissão "como comércio" e fere o sigilo profissional.

A íntegra da resolução está disponível no Portal Médico (http://www.cfm.org.br/), no item legislação.

Ombudsman

Gilvan Alves Prezados colegas,

N

este nosso segundo contato, gostaria de, mais uma vez, conclamar todos os sócios a utilizar este espaço, criado para dar voz a todos. Queremos promover de maneira democrática e contínua uma sociedade sempre mais parecida com cada um de nós e retomamos um trecho do primeiro parágrafo de nossa coluna de estreia: o ombudsman por designação do cargo é o “encarregado de receber sugestões, críticas, elogios e comentar as reclamações dos colegas”.

As sugestões que temos recebido têm chegado de forma verbal durante encontros e conferências, o que é válido como diretriz. Este espaço, contudo, não se reserva à opinião pessoal do ombudsman, mas aos anseios dos sócios. Então, para que nosso trabalho seja referendado, essas manifestações devem ocorrer formalmente, por e-mail ou carta.

Em minha opinião de associado, a atual administração tem feito gestão dinâmica e transparente, e tentado agir em todas as frentes, de forma a fortalecer o nome de nossa especialidade. Como bem colocado por Nelson Rodrigues, porém, “toda unanimidade é burra”, e obviamente há colegas com questionamentos e insatisfações em algumas áreas. Apesar de, como sinalizado, ainda não ter recebido nenhuma manifestação formal, tenho sido procurado por alguns colegas informalmente em nosso encontros.

Assunto recorrente foi a criação de cursos para a prova de título de especialistas. Como mencionado em coluna anterior, as atitudes particulares dos associados fogem ao âmbito de atuação da SBD. Mesmo assim, procurei consultar em Brasília os departamentos jurídicos do Conselho Federal de Medicina e da Associação Médica Brasileira. Ambos foram categóricas em confirmar que cabem às sociedades médicas a divulgação de conhecimento científico e o estímulo ao convívio social de seus membros, sobre quem, ressalve-se, elas são isentas de poderes fiscalizador e punitivo.

Outro tema também colocado informalmente é a queixa sobre a forma com que os palestrantes dos eventos científicos organizados pela SBD têm sido escolhidos. Alguns associados denunciam que o critério da amizade tem prevalecido sobre o de conhecimento e capacidade científica. Trata-se de assunto muito subjetivo e de difícil manejo, posto que esperamos que os coordenadores dos eventos científicos privilegiem sempre, no processo de escolha dos palestrantes, o critério do conhecimento científico comprovado e a habilidade de transmitir esse conhecimento.

Insistimos uma vez mais na necessidade de identificar de maneira formal de quem são as vozes dos questionamentos, para que elas sejam mais fortes.

Um abraço e até nosso próximo contato, Gilvan Alves Jornal da SBD

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Campanha do Câncer da Pele de 2010 vai começar mais cedo Tour de prevenção dará partida em setembro, no Congresso Brasileiro de Dermatologia no Rio de Janeiro, e campanha nacional já está marcada para o dia 27 de novembro

O

s relatórios de controle do Tour de prevenção, que

Em 2010, no entanto, o objetivo é aumentar esses núme-

aconteceu entre os dias 5 de dezembro e 7 de fevereiro,

ros e expandir a campanha para todo o país. Nesse sentido,

demonstram que o novo formato do Programa Nacional de

o Tour de prevenção terá a data antecipada para começar

Prevenção ao Câncer da Pele (PNCCP) alcançou o objetivo

em setembro, no Congresso Brasileiro de Dermatologia, no

proposto ao dar maior dimensão à campanha, tradicional-

Rio de Janeiro, enquanto a Campanha Nacional está previs-

mente realizada em um só dia. Foram muitos os beneficia-

ta para iniciar em 27 de novembro.Além disso, entrarão no

dos durante os três meses de jornada. Nas 13 cidades da

roteiro do caminhão itinerante Brasília, Goiânia, Curitiba e

costa brasileira em que o caminhão passou, 3.040 pessoas

algumas cidades do interior do país. O presidente da SBD,

receberam atendimento, especialmente no Espírito Santo,

Omar Lupi, acredita que a mudança poderá alavancar resul-

Rio de Janeiro, em Santa Catarina e Pernambuco.

tados ainda mais robustos neste ano.“Sou otimista quanto à campanha de 2010. Nosso plano é fazer uma campanha que atenda literalmente todo o Brasil com nossos dermatologistas levando a educação

Mais de 15.000 km percorridos

Natal João Pessoa Recife Maceió Aracaju

13 cidades atendidas

ção em geral”, atesta.

O número total da cam-

panha de 2009, incluindo os

Salvador

Mais de 3.000 atendimentos

assistidos pelo Tour, é de 40 mil Vilha Velha Vitória Rio de Janeiro São Paulo

Camboriú Florianópolis Porto Alegre

em saúde para a popula-

pacientes. Com 170 postos espa-

lhados por 23 estados, incluindo capi-

tais e algumas cidades do interior, 3.600 profissionais de saúde voluntários trabalharam pela SBD,

entre eles membros da Sociedade Brasileira de Enfermagem em Dermatologia (Sobende).

O Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele tem como principal objetivo desenvolver uma cultura de prevenção e detecção, ao transmitir à população conhecimentos básicos de como evitar a doença.

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Panorama do Tour de prevenção nas Regionais

Porto Alegre

Rio de Janeiro

Ao todo, foram examinadas 202 pessoas. Dessas, 82 se protegem contra a exposição solar. "Registramos um número considerável de pacientes atendidos, visto que o caminhão passou em nossa cidade no fim de semana anterior ao Natal, e a Campanha de Prevenção do Câncer da Pele havia ocorrido no mesmo mês."

Gustavo Gonçalves Costa Pinto Corrêa, presidente da SBD-RS

Os números alcançados na primeira parada do caminhão foram muito bons: 431 pacientes receberam atendimento nos dias 5 e 6 de dezembro nos bairros do Arpoador e Barra da Tijuca, respectivamente.

Santa Catarina

São Paulo Dos 282 atendimentos realizados no Parque Ibirapuera, em São Paulo, onde o caminhão esteve nos dias 12 e 13 de dezembro, foram detectados 17 tumores. "A campanha tem caráter assistencial e educacional, sendo que este último vem sendo cumprido com o aumento da percepção pela população dos riscos de exposição ao sol. Esse dado pode ser subtraído da campanha, pois, apesar da diminuição de atendimentos registrada em São Paulo em relação à campanha anterior, houve aumento percentual de diagnóstico de câncer de pele."

Selma Cernéa, coordenadora nacional da CNPCP

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Quatrocentos e treze pacientes foram assistidos na Praça Sesquicentenário da Beira-Mar Norte, em Florianópolis.

Desse grupo, 25 apresentaram lesões malignas. Dezesseis pessoas participaram da ação, entre dermatologistas, enfermeiros e secretária da SBD-SC. "Foi um sucesso. Já havia paciente na fila antes mesmo do horário previsto para começar o atendimento."

Maria Ilene Simão, secretária da SBD-SC

Sergipe A Orla de Atalaia, na capital sergipana, recebeu o caminhão do Tour de prevenção no dia 17 de janeiro.

Segundo o presidente da Regional SE, Fedro Portugal, 99 pessoas receberam atendimento. Dessas, 6% apresentaram sinais de tumores malignos.

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Alagoas

Natal

“Tenho absoluta certeza de que a Campanha de Prevenção do Câncer da Pele através do Tour Dermatológico foi um sucesso em todas as capitais por onde o caminhão passou, inclusive em Maceió. Na nossa cidade, o caminhão ficou num estacionamento público da praia da Pajuçara, ponto de saída de jangadas que fazem passeios turísticos às nossas piscinas naturais. Emoldurado por céu ensolarado, mar azul, macia areia branca e o concreto e os vidros espelhados dos prédios, o caminhão destacou-se e foi alvo da observação curiosa de caminhantes, nativos e turistas.

A grata satisfação de ouvir elogios da população atendida em relação à iniciativa dos dermatologistas e da SBD nos encheu de orgulho; certeza de que estávamos fazendo nosso trabalho voluntário e solidário de forma responsável e competente. A distribuição de bonés e amostras de filtro solar provocou encantamento nas pessoas atendidas.Todos saímos com o sentimento de dever cumprido. A sensação que tive foi de que o "tamanho" da campanha em Maceió foi exato: 99 atendimentos, três dermatologistas, quatro residentes, dois enfermeiros, equipe de apoio, mídia, durante a campanha, o caminhão, o local, o clima, o dia... tudo foi perfeito.”

Everson José dos Santos Leite, presidente da SBD-Alagoas

"O caminhão itinerante atingiu seu ponto mais ao norte do Brasil: Natal, capital do Rio Grande do Norte, denominada “A noiva do sol”.Todos os preparativos e cuidados foram tomados e lembrados para tornar 30 de janeiro um dia marcante para a dermatologia potiguar e, por que não dizer, brasileira. O local escolhido foi a praia de Pirangi do Norte, situada no município de Parnamirim, na grande Natal e a mais movimentada até o carnaval.Ao todo, foram atendidas e devidamente orientadas 113 pessoas, com quatro diagnósticos de carcinoma basocelular. A SBD está de parabéns e merece todo o crédito dessa missão, em particular os doutores Omar Lupi e Selma Cernéa, por terem acreditado nessa ideia.Agradeço também à Sobende e à Prefeitura Municipal de Parnamirim e pela oportunidade de ter feito parte, como organizador local, desse projeto pioneiro no Brasil."

Sidney Augusto Costa, presidente da SBD-RN

Espírito Santo No Espírito Santo, o Tour da prevenção registrou o maior número de atendimentos: 475 no total. No dia 9 de janeiro, no estacionamento da Casa do Cidadão, em Vitória, 140 pessoas foram assistidas. No dia seguinte, a Praça Assis Chateaubriand, em Vila Velha, recebeu o caminhão itinerante, contabilizando 335 atendimentos.

Nesses dois dias, foram diagnosticados 49 casos de câncer da pele.

Pernambuco "O Tour de Prevenção ao Câncer da Pele, realizado nos dias 23 e 24 de janeiro na praia de Boa Viagem, em Recife, foi um sucesso absoluto. Em 10% dos 354 atendimentos foi diagnosticado câncer da pele. A excelente estrutura montada, o eficiente treinamento do pessoal de apoio do caminhão e a efetiva participação dos dermatologistas locais colaboraram para o resultado dessa iniciativa pioneira da SBD." Sérgio Palma, presidente da SBD-PE

Salvador "Conforme mensagem que recebi de minhas colegas de Salvador, a campanha terminou seu Tour pelo Brasil com muito sucesso e num local especial como a Bahia.

Certamente muitas histórias foram registradas por cada um dos voluntários que participaram dessa rica experiência e da construção dessa página tão bonita na história da dermatologia brasileira e também da enfermagem de nosso país. Muitos são os agradecimentos, pois um projeto como esse requer um conjunto coordenado de ações e, principalmente, o envolvimento e o comprometimento de muitas pessoas, para que o resultado final seja alcançado. A todos, meu agradecimento por essa experiência, que espero se repita e amplie. Contem sempre conosco para ações de cidadania e responsabilidade social como essa. Parabéns à SBD, na figura do Dr. Omar e Dra. Selma, que acima de tudo, são pessoas que gostam de cuidar das pessoas."

Maria Helena Mandelbaum, coordenadora científica da Sobende

João Pessoa “Conseguimos orientar 281 pessoas e fortalecer o nome da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O que chamou atenção foi a organização e apresentação do caminhão, muito bem adaptado; tanto, que as pessoas pensavam que o atendimento era pago! O fato de atendermos na praia também facilitou muito a rapidez do exame – sem prejuízo da eficácia, pois os clientes chegaram com trajes de banho.

Aproveitamos todos os espaços, até o reservado para lanche e descanso médico. Sugiro estender a ideia do caminhão para as outras campanhas de dermatologia, por exemplo, a psoríase”.

Carla Gayoso, presidente da SBD-PB Jornal da SBD

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Dia do Dermatologista reúne chefes de Serviços Credenciados da SBD para encontro no Rio de Janeiro

Diretoria faz balanço das ações desenvolvidas no ano passado e conta com participação ativa de mais de 60 dermatologistas que compareceram ao encontro

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o contrário do ano passado, quando os 23 presidentes de Regionais se reuniram na sede da SBD para assistir a palestras sobre o planejamento dos dois anos da atual gestão capitaneada pelo presidente Omar Lupi, em 2010, a diretoria promoveu um encontro com chefes de Serviços Credenciados da SBD para marcar o Dia do Dermatologista. A pauta da reunião, ocorrida no dia 5 de fevereiro, no Hotel Sheraton, no Rio Janeiro, trouxe assuntos relacionados às ações realizadas pela entidade em 2009 e levou adiante discussão iniciada no Congresso de Dermatologia em Belém, sobre ensino e pesquisa nos cursos de graduação, pós-graduação e estágio em dermatologia, entre outras questões. "Agradecemos o belíssimo trabalho que os senhores têm feito e também a parceria conosco. Espero encerrar o mandato com a certeza de dever cumprido, e a ideia é realizar o máximo do que nos propusemos", analisou o presidente da SBD. A diretora de assuntos institucionais, Claudia Maia, falou sobre a Campanha de Psoríase de 2009, realizada com sucesso em todo o Brasil. Este ano, a campanha adotará igual formato, mas promete apresentar algumas novidades, como minissimpósios de atualização no Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Salvador e Belo Horizonte, e evento público em parceria com as associações de portadores de psoríase. O lançamento ocorrerá durante a Jornada NorteNordeste, a ser realizada em outubro, em Maceió.

Além de Claudia Maia, outros membros da diretoria mostraram resultados de ações promovidas no primeiro ano de gestão. O segundo secretário da SBD, Emerson de Andrade Lima, apresentou a Campanha do Câncer da Pele de 2009; membro da comissão do TED, Bernardo Gontijo falou sobre o próximo exame, que será realizado em abril, em Belo Horizonte; a primeira secretária da SBD, Célia Kalil, resumiu o Projeto Residentes 2010, que terá início em julho

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e, por fim, o coordenador médico do JSBD, Paulo Cunha, falou rapidamente sobre a participação dos Serviços Credenciados no Jornal da SBD. Assunto que gerou intensa discussão entre os chefes de Serviço da SBD foi a situação dos conteúdos programáticos nas universidades brasileiras. "O ensino médico deve ser remodelado para atender às necessidades da sociedade. É de responsabilidade da instituição qualificação adequada, capacitação humanística e técnica para que o egresso da faculdade de medicina possa diagnosticar as dermatoses mais prevalentes, em especial aquelas com potencial de malignização e de comprometimento sistêmico, para atender corretamente as demandas do SUS", afirmou Leontina da Conceição Margarido, que comandou a apresentação.

Ela acredita que é necessária grande mudança na grade curricular, com mais aulas práticas. "O aumento da carga horária de trabalhos práticos ambulatoriais da escola, ou por meio de parceria com o serviço público, torna-se fundamental para o tratamento das endemias mais frequentes de cada região, como a hanseníase, leishmaniose e moléstia de Hansen. Além disso, a reformulação do conteúdo programático, vai ajudar muito na identificação precoce, tratamento e no controle dos maiores agravos representados pelas grandes endemias brasileiras", ressaltou Leontina.

Raimunda Sampaio, da Universidade de Brasília (UnB), disse que o empenho da SBD e o envolvimento da Comissão de Ensino mostram que a entidade está interessada na formação do especialista. "Vislumbramos uma esperança para que possamos pleitear junto ao MEC mudar a disciplina de dermatologia. Assim como os demais, defendo que o currículo deve ser pautado nas necessidades do país".

A reorganização do conteúdo programático das residências médicas, a especialização em dermatologia e os desafios

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da formação e da certificação foram temas discutidos na segunda apresentação de Leontina Margarido. A vice-presidente da SBD, Bogdana Kadunc, declarou que a SBD receberá apoio irrestrito da SBCD para a propagação do ensino. A recente aproximação entre as sociedades promete congregar os dermatologistas que praticam a cirurgia dermatológica.

"Hoje a SBCD e a SBD estão trabalhando juntas, e a SBCD se dispõe a dar ajuda financeira e o que for necessário para a difusão do conhecimento para todo o país", garantiu.

Após compartilharem suas opiniões sobre o assunto, os 63 chefes de Serviços decidiram em votação e por unanimidade manter o acesso direto em dermatologia, e por 34 votos pela residência médica com duração de três anos de dermatologia e um ano de clínica médica. A SBD apresentou, em fevereiro, uma carta de intenção à Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) com sua proposta oficial.

Em sua terceira palestra, Leontina discorreu sobre os critérios legais da CNE/CES,AMB, CNRM e outros, para avaliação do credenciamento e recredenciamento dos serviços de dermatologia da SBD. A Comissão de Ensino da SBD, em sua opinião, deve obedecer aos rigores normativos e legais vigentes no país.“A criação regulamentada de uma pontuação servirá para uniformizar os critérios e torná-los mais justos e equânimes. O conceito do Serviço será o resultado de pontuação que respeite o Artigo 6o da Resolução 6 de 2006 do CNRM. Assim, a avaliação periódica será feita por meio de check-list. Pretendemos avançar nessa linha de trabalho e instituir esses critérios”, assinalou.

Media Training Os dermatologistas tiveram uma pausa no debate para ouvir a jornalista Eleonora Pascoal, convidada para dar noções de media training. Em apresentação descontraída, ela deu orientações sobre como lidar com a imprensa, além de dicas de postura corporal e vestuário. Omar Lupi aproveitou o encontro para apresentar a nova assessoria de imprensa contratada pela SBD, a Companhia da Notícia (CDN).

As atividades promovidas no Dia do Dermatologista tiveram o apoio do Laboratório Aché, incluindo o jantar comemorativo na Casa das Canoas, em São Conrado, Rio de Janeiro.

Dermatologistas ganham presentes Em dezembro, com o apoio da Theraskin, a SBD presenteou seus associados com DVD reunindo os 20 episódios do “Questão de Pele” – quadro sobre dermatologia que esteve no ar entre setembro e dezembro do ano passado e um dos motes da Campanha de Valorização do Dermatologista da SBD – para ser exibido na recepção dos consultórios médicos. Os programas tiveram a apresentação de Omar Lupi e contaram com a participação dos membros dos departamentos especializados da entidade. A aceitação foi tão boa, que os associados solicitaram à diretoria nova versão, que acompanha

Leontina Margarido defende que Comissão de Ensino da SBD deve obedecer aos rigores normativos e legais vigentes no país

essa edição do Jornal da SBD com a opção de reprodução contínua de todos os programas da série. “A repercussão superou todas as nossas expectativas, e recebemos diversas solicitações para produzir um DVD com essa função, o que facilita seu uso, por exemplo, em recepções de clínicas e consultórios de dermatologia em todo o país”, disse o presidente. Essa segunda leva é um dos presentes pelo Dia do Dermatologista com o apoio da Theraskin. "O Questão de Pele refletiu uma das necessidades abordadas pelo estudo do DermaBrasil , que é divulgar e orientar o público leigo quanto à importância de consultar um dermatologista, não apenas prevenindo doenças, como também evitando a automedicação e o autodiagnóstico, medidas de grande impacto em saúde pública. A Theraskin se orgulha de poder participar de uma Campanha inédita de Valorização do Dermatologista junto à SBD, garantindo uma comunicação feita com a linguagem do dermatologista pelo dermatologista, especialmente neste momento em que a aparência da pele tem estado em evidência na mídia”, afirmou Samanta Nunes, dermatologista e gerente médica da Theraskin".

Os mais de seis mil dermatologistas da SBD também ganharam bolso bordado com nome e logo da sociedade personalizados para ser usado no jaleco. O apoio foi do Laboratório Aché.“Criamos em 2009 uma unidade focada na dermatologia. A partir de então, começamos a desenvolver nossa parceria junto à SBD. Para nós do Aché foi uma honra poder participar desse evento, e com certeza gostaríamos de participar dos próximos. Aproveito para agradecer a toda a diretoria da SBD, especialmente ao Dr. Omar”, declarou Flavio Pimazoni, gerente de Grupo de Dermatologia.

Encontro positivo A receptividade foi boa entre os participantes do debate, o que estimula a SBD a planejar modelo de reunião semelhante para o próximo ano.“Foi uma iniciativa excelente a de chamar todos os chefes de serviço; especialmente no começo do ano, porque dá aquele gás para começarmos a desenvolver as atividades anuais. Destaco também o comprometimento da Comissão de Ensino, que foi louvável.Toda a temática aqui discutida mostra que a SBD está empenhada na formação dos especialistas”, afirmou a chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Norma Foss. “Muito produtiva, muito bem organizada. Os serviços credenciados são a alma da SBD”, completa o chefe do Serviço de Dermatologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Alberto Cardoso.

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CDN é a nova assessoria da SBD

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mundo em que vivemos tem passado por transformações profundas em diversos aspectos. A mais notável diz respeito a nossas formas de comunicação. A velocidade com que os fatos são noticiados e chegam até as pessoas é assustadora. Conscientes disso, grandes empresas vêm investindo na profissionalização de seus departamentos de comunicação. Seguindo essa tendência, a SBD anuncia sua nova assessoria de imprensa, a Companhia da Notícia (CDN), uma das maiores agências de comunicação do Brasil.

Cabe à CDN, que assumiu a função em janeiro deste ano, cuidar do relacionamento da SBD junto a seus públicos: imprensa, médicos, população, órgãos públicos e empresas. O presidente da SBD, Omar Lupi, destaca que esse trabalho de valorização da imagem da instituição é obrigação das sociedades e associações modernas, sendo prioridade em sua gestão.“A CDN é uma das empresas mais importantes na área da comunicação, com prática de gerenciamento de crises e acostumada a trabalhar com grandes instituições e com os principais veículos de comunicação”, assinala Omar.

Além de atender às demandas da imprensa, a CDN será a responsável pela divulgação do posicionamento da instituição sobre variados assuntos, incluídos os mais delicados.

"A missão da CDN é ajudar a SBD a estabelecer sólida presença em veículos da grande imprensa como fonte de maior relevância e credibilidade sobre saúde e beleza da pele. Para isso, estruturamos um plano de comunicação estratégica com ações táticas, visando atingir os objetivos de comunicação da SBD. Todas as atividades serão desenvolvidas com apoio dos especialistas que a instituição congrega, e fundamentadas em conteúdos consistentes, capazes de

despertar o interesse dos formadores de opinião na imprensa. Temos confiança de que o profissionalismo e a criatividade da equipe CDN, associados ao potencial de produção de conteúdo de qualidade da SBD, renderão bons resultados de comunicação", explica a coordenadora da equipe, Anna Catharina Siqueira.

O trabalho já começou, mas ainda há longo caminho a percorrer e muitos projetos a tocar. Quanto às expectativas para o futuro, Omar Lupi revela algumas ambições. “Espero que possamos incrementar uma campanha contra o câncer da pele mais ampla e melhorar ainda mais a imagem da SBD junto à população.”

Reuniões virtuais já são realidade no dia a dia da SBD

Muitas vezes precisamos resolver algo com urgência, e o celular ou o e-mail não correspondem à necessidade do momento. Nessas horas, é necessário olhar, ouvir, gesticular...

Na Sociedade Brasileira de Dermatologia, cuja sede fica no Rio de Janeiro, mas os membros da diretoria estão espalhados pelo Brasil, essa dificuldade era recorrente. O passado se aplica à frase, porque no dia 26 de fevereiro aconteceu a primeira reunião virtual da SBD. Na ocasião, a vice-presidente e editora-chefe da Surgical & Cosmetic Dermatology, Bogdana Victória Kadunc, e três funcionários da instituição discutiram temas referentes à publicação do primeiro número de 2010 da revista.

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A iniciativa é uma forma de agilizar o processo de comunicação entre a sede e os membros da Sociedade, evitando deslocamentos desnecessários, que tomam tempo e custam dinheiro. A reunião virtual tem ótima qualidade de áudio e vídeo, exige o uso de tecnologia de fácil acesso e permite aos usuários conversar em tempo real. Para situações em que a presença física é indispensável, a sede da SBD oferece toda a estrutura necessária, incluindo sala de reunião e auditório.

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SBD e Cilad: juntos pela dermatologia

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oram alguns anos de distanciamento. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), segunda maior sociedade da especialidade no mundo, e o Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia (Cilad), entidade de indubitável importância e credibilidade na área, seguiram, paralelamente, suas trajetórias de crescimento e de fortalecimento ao longo destes anos. Mas esses caminhos vêm, desde o ano passado, se reencontrando e, aos poucos, gerando resultados animadores para ambas as partes. Não é de espantar que as previsões sejam as mais otimistas. É bom lembrar que a SBD já teve representantes na presidência do Cilad. João Roberto Pupo, Antar Padilha Gonçalves, Rubem David Azulay e Sebastião Almeida Prado Sampaio ocuparam o posto e estreitaram os laços entre as duas entidades em nome do intercâmbio do conhecimento na dermatologia. Essa bandeira defendida pelo Colégio Ibero-Latino-Americano é, aliás, ponto-chave para o fortalecimento da dermatologia brasileira, já que somos a única nação de língua portuguesa no continente. A instituição funciona, portanto, como um grande elo que nos une a nossos vizinhos de língua espanhola. Por outro lado, a SBD cresceu de forma vertiginosa ao longo dos últimos anos – não só em números, mas em termos de credibilidade e participação no cenário mundial. Essa parceria estratégica é defendida pelo presidente da SBD, Omar Lupi. “Acredito que a SBD e o Cilad são as sementes que no futuro podem produzir uma Academia Sul-Americana de Dermatologia”, enfatiza.

Na opinião de Lupi, é importante que a SBD tenha penetração no Cilad. “Foi traçada uma série de ações conjuntas com Carlos Gatti, presidente do Colégio, para estreitarmos ainda mais os laços entre as duas entidades”, afirma,

“

Acredito que a SBD e o Cilad são as sementes que no futuro podem produzir uma Academia Sul-Americana de Dermatologia

”

Carlos Gatti, Denise Steiner e Omar Lupi

destacando a parceria do órgão em eventos da SBD, como o II Simpósio Nacional de Cosmiatria e Laser, ocorrido em novembro de 2009, o III Simpósio Latino-Americano de Dermatite de Contato e o I Simpósio de Alergia Dermatológica e Dermatologia Ocupacional do Cilad, realizados juntos, em setembro do mesmo ano.

Para 2010, novas parcerias estão sendo esboçadas. A exemplo do que aconteceu no ano passado, a SBD já convidou o Cilad para repetir o apoio oferecido ao Simpósio de Cosmiatria e Laser. Além disso, o Congresso Brasileiro de Dermatologia no Rio, este ano, assim como foi em Belém, conta com sua presença oficial.

Cilad 2014 Apoio científico A mais nova revista científica da SBD, a Surgical & Cosmetic Dermatology, lançada no ano passado, vai contar com ótima novidade em sua primeira edição de 2010: o apoio científico do Cilad.A instituição terá sua marca estampada na capa da revista; no entanto, é no conteúdo que a contribuição será mais significativa. Segundo o presidente da SBD, o Colégio irá incentivar seus associados de todo o mundo a enviar artigos para a revista, valorizando e engrandecendo a publicação. Em contrapartida, a SBD vai disponibilizar uma versão eletrônica da Surgical & Cosmetic Dermatology a todos os associados do Cilad.

Um dos eventos mais relevantes na área da dermatologia, o Congresso Ibero-Latino-Americano, vai contar com a participação ativa dos brasileiros na edição deste ano, que se realizará em novembro, na cidade de Cancún, México.A SBD vai montar estande no evento, mas o objetivo maior está além disso. Com a cidade do Rio de Janeiro concorrendo para ser a sede do congresso em 2014 (em 2012, será Sevilha, na Espanha), o grande intuito da SBD é voltar de Cancún com mais essa vitória, já que o anúncio da cidade escolhida será feito no próprio congresso.

Para isso, a SBD vem incentivando os dermatologistas brasileiros a se filiar ao Cilad – só seus associados votam, independente do tempo de inscrição. Para outras informações, é necessário acessar o site www.cilad.org.

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SBD cria comissão para estudar condição de ensino da cirurgia dermatológica no país Grupo será composto de dermatologistas ligados à história da lipoaspiração e da cirurgia dermatológica.

Mobilização interna visa à defesa do dermatologista

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Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) acaba de instituir uma comissão interna com a colaboração da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) para definir e normatizar o campo de atuação dos dermatologistas na área de lipoaspiração. Esperase, assim, que com base em reuniões de dermatologistas com larga experiência em lipoaspiração e da cirurgia dermatológica brasileira surjam elementos que possam ser usados para aprimorar a programação curricular mínima a ser oferecida por todos os Serviços Credenciados da SBD. “A lipoaspiração se encaixa entre os procedimentos cirúrgicos avançados que hoje são realizados por uma minoria de médicos dermatologistas, pioneiros no Brasil. Esse grupo de cerca de 60 pessoas ligadas à SBCD, apesar de alta capacidade técnica e habilidade individual, teve formação não padronizada e executa a técnica de Klein e suas variações”, explica o coordenador da Comissão, Aldo Toshi. Ele afirma que alguns dos integrantes do grupo, já tiveram contatos com o Conselho Federal de Medicina em 2006, quando houve um acordo que permitia ao dermatologista executar a lipoaspiração de pequenos volumes de gordura no nível ambulatorial.

A união dos esforços entre SBD e SBCD em prol de cirurgia dermatológica mais forte, somada à tentativa de defender junto ao CFM o dermatologista que realiza lipoaspiração, significa um passo à frente na questão. “Esperamos que a comissão nos ajude a assumir posição definitiva sobre o assunto, e a propor mecanismos ou certificações para que o cirurgião dermatológico possa, sim, praticar a lipoaspiração.

A previsão é de que os primeiros resultados sejam apresentados em três meses”, frisa Omar Lupi, presidente da SBD.

Mobilização interna Lupi destaca que, embora a lipoaspiração não seja procedimento realizado pela maioria dos associados da SBD, a entidade defende o interesse de todos os seus integrantes.

“Quando estourou recente polêmica em torno da lipoaspiração [com o caso da morte de jornalista durante cirurgia de lipoaspiração realizada por um cirurgião em Brasília], amparados por nossa assessoria de imprensa, optamos por não ir à mídia. Alguns cirurgiões plásticos declararam o der-

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matologista especialista não credenciado a realizar lipoaspirações, mas essas afirmações não repercutiram bem.” Ele acrescenta que a SBD tem proximidade com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), intensificada na gestão anterior, presidida por José Tariki, e que encaminhará carta oficial ao atual presidente da SBCP, Sebastião Guerra, com a posição da SBD sobre o assunto.

Atualmente, uma grande discussão vem tomando rumo sobre as mudanças no currículo de residência médica, com a inclusão do ensino da cirurgia dermatológica. O presidente SBCD, Sérgio Serpa, enfatiza que a cirurgia dermatológi-

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Nova postura Em fevereiro deste ano, a mídia divulgou a morte de uma paciente submetida a tratamento de carboxiterapia em clínica estética do Rio de Janeiro. O procedimento foi realizado por uma fisioterapeuta. Embora haja constante divulgação desse método, até o momento não existe literatura que esteja de acordo com a recomendação internacional de produção científica e que demonstre a eficácia do procedimento para fins estéticos ou terapêuticos. Segundo a SBD, a carboxiterapia não é técnica oficialmente reconhecida como eficaz, mas está sendo analisada pelo Departamento de Cosmiatria. "A SBD não recomenda a realização da carboxiterapia, pois aguarda trabalhos científicos mais embasados, com casuística mais ampla e metodologia mais definida. Existem apenas alguns poucos trabalhos publicados sobre carboxiterapia e úlcera de perna, demonstrando que a técnica promove mais oxigenação tecidual e consequente aceleração da cicatrização", salienta Andreia Mateus, coordenadora do Departamento de Cosmiatria da SBD. Ela enfatiza, porém, a presença de um médico, de preferência dermatologista, para a aplicação da técnica. "Reconhecemos no dermatologista formado pelos Serviços Credenciados pela Sociedade o profissional apto a tratar pele, cabelos e unhas, assim como executar procedimentos invasivos na pele, entre eles a carboxiterapia, e cuidar de suas eventuais complicações”.

A entidade divulgou em newsletter que sua intenção é ir em defesa da categoria, da responsabilidade e retidão profissionais, posicionando-se de maneira firme e incisiva diante dos questionamentos da imprensa ao lado de sua assessoria, a Companhia da Notícia (CDN).

ca tem ganhado mais desenvoltura, e investir na parceria com a SBD, congregando dermatologistas, trará mais benefícios para o ensino.“O anseio dos representantes da SBCD era de que houvesse treinamento de cirurgia geral durante o primeiro ano de clínica médica, mas os colegas acharam que ainda não era o momento. De qualquer forma, a cirurgia dermatológica brasileira conquistou progresso e, provavelmente, vai ser oficializada na grade curricular da residência em dermatologia.”

Para o ex-presidente da SBCD, Hamilton Stolf, a criação da comissão é um importante meio para o aprofun-

damento da discussão, com cautela e sem pressa, quanto a ser ou não a lipoaspiração do corpo doutrinário da especialidade. “Discussão técnica, do ponto de vista filosófico, ouvindo os prós e os contras do assunto. Se sim, quais os mecanismos necessários para sua prática. Nenhuma sociedade médica pode proibir, tolher ou limitar as possibilidades de desenvolvimento profissional”, atesta. Para Susana Wu, chefe do Serviço do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, a comissão ajudará a delinear até onde a cirurgia dermatológica poderá atuar no campo da lipoaspiração.

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Projeto DermaBrasil verifica que brasileiro vai tarde ao dermatologista Levantamento da SBD complementa o censo dermatológico realizado pela entidade em 2006

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om a finalidade de levantar dados sobre as principais doenças da especialidade e jogar luz sobre quais delas devem ter prioridade no planejamento de políticas de saúde, a SBD desenvolveu, em 2006, um censo dermatológico em hospitais públicos e consultórios privados com a participação de 932 associados e 49 serviços credenciados, avaliando 54.516 pacientes. Em 2009, porém, em parceria com a Theraskin, a SBD investiu num levantamento do perfil atitudinal do público leigo para complementar os dados obtidos no censo. A ideia surgiu após a identificação da carência de estudos epidemiológicos, demográficos ou de hábitos e atitudes dos brasileiros com relação aos cuidados da pele e às doenças dermatológicas.

Os resultados do Projeto DermaBrasil, que foi encartado na edição de janeiro/fevereiro do volume 85 dos Anais Brasileiros de Dermatologia, foram comparados com os do Censo Dermatológico de 2006. "O DermaBrasil é uma complementação do que foi feito há três anos. É muito importante saber como o paciente vê o dermatologista, quais são as principais causas da ida ao consultório e avaliar o porquê da preocupação tardia com os cuidados da pele", assinala o presidente da SBD, Omar Lupi. O resultado da pesquisa apontou que 88,6% das pessoas só se dirigem ao especialista quando apresentam algum tipo de problema.

Para a dermatologista e gerente médica da Theraskin, Samanta Nunes, os dois projetos são complementares.

"Sem dúvida, eles se complementam, pois analisam as perspectivas por parte do consumidor e por parte do dermatologista, respectivamente. A Theraskin entende que a busca de informações mais detalhadas pode não só auxiliar o governo a definir suas prioridades no planejamento de ações de saúde pública, como também ressaltar a importância do envolvimento da SBD a fim de direcionar seus esforços", salienta, incluindo que o projeto foi um marco na parceria com a SBD e ajudará também a direcionar o desenvolvimento de novos produtos para atender às necessidades da dermatologia brasileira.

Os principais aspectos avaliados no levantamento foram: frequência de consulta ao dermatologista; produtos utilizados nos cuidados com a pele; hábitos de comprar produ-

tos dermatológicos e problemas percebidos. A pesquisa, realizada entre junho e setembro de 2009, envolveu 1.500 pessoas, com idades de 18 a 55 anos, das classes A, B e C, em 11 cidades brasileiras (São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador, Recife e Goiânia). O Resulta, instituto especializado em pesquisas na área de saúde, realizou o trabalho de campo e a análise dos dados Censo Dermatológico da SBD e DermaBrasil Realizado durante a gestão de Sinésio Talhari (2005/2006), o censo dermatológico teve coordenação de Gerson Penna, com participação direta de Andréa Ramos e Maria Ester Café. Contou ainda com a consultoria da Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz, do Instituto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (UFG). "Conhecer a prevalência dos principais agravos dermatológicos é fundamental para propostas de atuação do dermatologista nas áreas de saúde pública, bem como no ensino da graduação e pós-graduação", afirma Sinésio Talhari. Sobre o DermaBrasil, ele reforça que o estudo é de fundamental importância, além de valiosa contribuição da SBD para o futuro da dermatologia. "É sempre importante procurar entender a comunidade, seus anseios e, particularmente, saber o que pensa a respeito de nossas ações". Na mesma linha de raciocínio, realça Gerson Penna, vice-presidente da SBD gestão 2005/2006: "É sempre importante ouvir o que as pessoas têm a dizer."

Alguns dados Dos 1.500 entrevistados, 55% eram mulheres com idade média de 35 anos. Em geral, o público classificou o dermatologista como o profissional que trata de problemas de pele (89%), mas há também quem associe a especialidade ao cuidado de cabelos e/ou couro cabeludo (10%). Com relação à procura da dermatologia, os entrevistados revelaram ter consultado um especialista em geral por conta própria, em média após os 26 anos, e apenas 10% declararam ir ao dermatologista regularmente (a intervalos de seis meses ou um ano). Quanto ao diagnóstico, a acne foi a doença mais comum em todas as faixas etárias. O estudo aponta que, apesar das diferenças de abordagem entre os perfis das amostras do censo de 2006 e do DermaBrasil, podemos observar convergência de resultados, já que os listados naquela ocasião foram acne, micoses superficiais, distúrbios de pigmentação, ceratose actínica e dermatite de contato.

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Eleição para biênio 2011/2012 terá chapa única Associados da SBD elegem sua nova diretoria em abril

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m abril acontece a eleição, conforme estatuto, para presidente e vice-presidente da SBD, gestão de 2011/2012. A única chapa inscrita e aprovada na reunião do Conselho Deliberativo, em setembro passado durante o Congresso de Belém, representará a entidade durante os próximos dois anos. As candidatas à Presidência e Vice-Presidência são a Bogdana Victoria Kadunc (SP) e Sarita Martins Bezerra (PE), respectivamente. Na ocasião, foi aprovada mudança no estatuto prevendo a realização da eleição exclusivamente por voto eletrônico. Este ano, no entanto, o processo se dará pelo método tradicional com os associados exercendo o direito de voto por correspondência e presencialmente.

Assim que as modificações no regulamento forem implementadas, as futuras eleições poderão ser feitas também por computador. "O estatuto e o regulamento eleitoral serão revisados ainda este ano para que nas próximas eleições possamos incluir o voto eletrônico", afirma Omar Lupi, presidente da SBD. De acordo com ele, a votação eletrônica significa mais segurança e agilidade na apuração e em todo o processo eleitoral. “Além disso, é a maneira mais rápida, barata e eficiente de administrar as eleições, e um maior número de pessoas poderá exercer seu direito ao voto”, complementa.

Processo eleitoral No caso da votação por correio, os sócios efetivos e honorários receberão em suas casas envelope timbrado com a cédula e deverão enviar seus votos, no envelope postado até o

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dia 22 de abril. Serão computadas as cédulas que estiverem na Caixa Postal 401, CEP 20010-974, até as 10h, horário em que os votos serão recolhidos. Em 24 de abril, de acordo com o estatuto da regional, será instalada a Assembleia Geral Extraordinária, para que sejam aceitos os votos presenciais. O local e o horário da Assembleia serão divulgados por meio de edital de convocação, publicados na forma prevista no estatuto da SBD, no site www.sbd.org.br.

Somente os associados que não tiverem exercido o voto por correspondência poderão votar presencialmente.

A apuração será realizada na Assembleia Geral, que imediatamente após o encerramento do período de votação presencial, divulgará os resultados e candidatos. A chapa única para a diretoria será eleita se os votos computados forem superiores aos brancos e nulos.

As propostas para a gestão apresentadas na inscrição da chapa são: Situar a dermatologia brasileira como especialidade forte e abrangente, clínico-cirúrgica-cosmiátrica perante a população, demais especialidades, MEC, CFM e AMB, através da exposição constante e séria na mídia e da participação ativa nos debates e instituições que influenciam a opinião pública e regem a política de saúde do país.

Incentivar a participação dos dermatologistas brasileiros em grupos de trabalho, câmaras técnicas e Conselhos Regionais de Medicina, como mecanismo de intensificação do reconhecimento da especialidade e aumento de nossa força política.

Preparar candidato dermatologista para uma vaga na próxima eleição do CFM.

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Trabalhar para a regulamentação de áreas de atuação que interessem à dermatologia.

Pleitear a reavaliação da CBHPM quanto aos valores de procedimentos/novas tecnologias de diagnóstico e de terapêutica pertinentes a nossa especialidade.

Ampliar o leque das doenças dermatológicas atingidas

pelas campanhas públicas.

Prosseguir o trabalho de apoio e desenvolvimento de ensino, pesquisa e publicações científicas no meio dermatológico.

Manter e estimular as realizações que vêm sendo desenvolvidas pela SBD no campo da defesa profissional, ações sociais e relações internacionais, entre muitas outras.

Conheça o perfil das candidatas Dra. Victória Bogdana Kadunc é doutora em Dermatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), médica da Clínica Dermatológica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo desde 1978, autora de inúmeros capítulos de livros e trabalhos publicados em periódicos nacionais e estrangeiros sobre cirurgia dermatológica e cosmiatria. Desde 1990 participa ativamente como palestrante e coordenadora de workshops práticos em eventos nacionais, internacionais e institucionais sobre temas ligados à cirurgia dermatológica e cosmiatria. É responsável pela implementação da revista Surgical & Cosmetic Dermatology, da qual atualmente é editorachefe.

Suas participações na Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) começaram na década de 1980, sendo sócia fundadora da entidade em 1989, secretária-geral em 1991, tesoureira em 1993, presidente em 1993/1994 e participante da Comissão Científica do Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica nas edições de 1996, 1998, 1999, 2001, 2002, 2004, 2005, 2006 e 2010. Hoje é conselheira permanente da SBCD na qualidade de ex-presidente.

Desde a década de 1990 participa da Sociedade Brasileira de Dermatologia SBD-Resp – como tesoureira em 1993; presidente em 2004, tendo na oportunidade desenvolvido intensa “Campanha de Valorização da Dermatologia”; presidente da IX Radesp em 2004; e, na qualidade de ex-presidente, é hoje conselheira permanente.

Também tem atuação intensa na SBD Nacional, como membro eleito do Conselho Decisório de 2002 a 2009, membro da Comissão de Ética de 2002 a 2009 e vice-presidente da gestão 2009-2010.

Natural do Recife, a Dra. Sarita Martins entrou na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do estado de Pernambuco (UPE) com 17 anos, graduando-se em 1975. Durante o internato, escolheu a dermatologia como especialidade. Fez sua residência no serviço de Dermatologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde trabalhou como professora colaboradora em 1978. Concluiu o mestrado em medicina tropical também na UFPE, em 1987. Cinco anos depois, foi para a Inglaterra, onde fez pós-graduação em dermatologia. Em 2007, obteve o título de doutor em dermatologia pela USP com a tese Efeitos da radiação solar crônica e prolongada sobre o sistema imunológico de pescadores do Recife.

Criou o Serviço de Cirurgia Dermatológica da UFPE em 1990.

Foi coordenadora do Curso de Especialização em Dermatologia e da residência médica em dermatologia da UFPE de 1990 a 2000. Atuou como professora da disciplina de dermatologia da UFPE por 25 anos.

Vice-chefe do Departamento de Medicina Tropical de 1991 a 1993, exerceu todos os cargos na Regional Pernambuco: tesoureira em 1978, secretária em 1979 e presidente em 1992.

Em 1995, foi eleita para presidir a SBD Nacional, e em 1996 presidiu o Congresso Brasileiro de Dermatologia que se realizou na cidade de Recife. Em 2003, foi eleita presidente nacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tendo presidido seu Congresso em 2004, em Porto de Galinhas, Pernambuco.

Em 2006 recebeu o título de membro honorário da Sociedade Cubana de Dermatologia. Participou de 324 eventos regionais, nacionais e internacionais da especialidade e da comissão organizadora de 52 eventos dermatológicos.Tem 21 artigos publicados em periódicos nacionais e estrangeiros, cinco capítulos de livros, 15 participações em bancas examinadoras, ministrou 30 cursos em congressos e apresentou 181 trabalhos científicos em congressos da especialidade. É portadora do título de especialista em dermatologia pela AMB desde 1987. É membro efetivo da SBD, SBCD, além da Academia Americana de Dermatologia (AAD) e da International Society of Dermatology Surgery (ISDS). Em março deste ano, recebeu o prêmio Tacaruna 2010, como destaque na área de medicina no estado de Pernambuco.

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Um grande momento p dermatologia brasileira

Cidade Maravilhosa será sede de grandes eventos dermatológicos e aponta perspectivas de crescimento econômico com a revitalização da Zona Portuária, área em que se localiza a sede da SBD

como o Congresso que virá para o Rio após 18 anos de espera. Vamos receber nossos colegas dermatologistas cariocas e os oriundos de outros estados de braços abertos”, resume o presidente da SBD, Omar Lupi.

Além do 65o CSBD, a cidade tem no calendário de eventos o 22o Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, a ser realizado em abril. “Esses eventos

O

jogam luz sobre o poder de organização da dermatologia Rio de Janeiro tem vivido cenário favorável a seu

no Rio de Janeiro. Cada um deles contribui para elevar o

desenvolvimento, com muitos investimentos públicos e pri-

nível profissional dos nossos associados e incentiva a troca

vados. O dinamismo econômico vem, aos poucos, resgatan-

de experiências. Não são eventos concorrentes, pois cada

do sua identidade e seu prestígio.As plataformas de mudan-

um tem a sua característica”, frisa Luna Azulay, presidente

ças nos setores de infraestrutura, logística, transportes e

do Congresso Brasileiro de Dermatologia da SBD.

turismo estão sendo motivadas pela confirmação do Rio

A cidade mostra boa capacidade para sediar eventos

como uma das sedes da Copa do Mundo em 2014, e dos

dermatológicos de grande porte, acredita o presidente da

Jogos Olímpicos, em 2016. A dermatologia brasileira tam-

Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD),

bém vive um momento especial na Cidade Maravilhosa.

Sergio Serpa. Ele lembra que dermatologistas de todo o

Exemplo disso está nos eventos de qualidade que ela abri-

país costumam frequentar os serviços credenciados do

gará em 2010. O 65 Congresso da Sociedade Brasileira de

Rio de Janeiro em busca de aperfeiçoamento, embora os

Dermatologia da SBD, em setembro, é um dos principais.“A

eventos na área venham sendo escassos. “Nos últimos

dermatologia brasileira converge para o Rio de Janeiro este

anos, o estado do Rio foi um pouco esquecido por nossos

ano. Seremos o grande polo de eventos dermatológicos,

governantes, e sintomaticamente há muito tempo os

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o para a eira Congressos das SBD e SBCD não voltavam a nossa cidade. Recentemente, essa situação mudou; o Rio vem sendo o centro das atenções do mundo inteiro, um pouco por conta dos eventos esportivos que receberá, mas junto a isso outras áreas vêm crescendo também, e a dermatologia é uma delas”, ressalta.

Com forte tradição na dermatologia clínica, o Rio também terá a honra de receber o Congresso Brasileiro em 2012, na ocasião de seu centenário. Para Carlos Barcauí, presidente da SBD-RJ, a escolha foi acertada. “A decisão por ser o Rio de Janeiro sede do congresso do centenário da SBD teve início por sugestão do Prof. Fernando Almeida, baseada no fato de o Rio ser a cidade em que a SBD foi fundada e em que está situada sua sede.

Levamos essa proposta para o último congresso, realizado em Belém, e tivemos a satisfação de vê-la aprovada pelo Conselho. A infraestrutura do Rio de Janeiro para o turismo tende a melhorar a cada ano, embalada pela escolha da cidade para sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas.”

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Congresso 2010

Luna Azulay

Dermatologia brasileira em alta no Congresso da SBD. É o que deseja a comissão organizadora do 65 CSBD. Trabalhar com prudência e energia é a arma dos organizadores para que o evento seja bem-sucedido.“Desde o início de 2009 estamos trabalhando. Fazemos nossas reuniões em clima de grande entusiasmo e harmonia. Na verdade, as decisões são tomadas com participação de todos. O tesoureiro opina sobre o científico, o científico opina sobre o social, e assim por diante. Desse modo, estamos preparando nosso congresso com todo o carinho”, observa Luna Azulay. Segundo informação sua, a comissão científica estuda divulgação em vídeos de temas educativos essenciais para a população em geral, como doenças sexualmente transmissíveis, hanseníase, câno

Área histórica da cidade, marcada pela degradação nas últimas décadas, ganhará nova identidade A cidade mais cosmopolita do Brasil está evoluindo, e a dermatologia segue o mesmo caminho. A região do centenário Porto do Rio, marco da evolução urbana da cidade, tem passado por um grande processo de revitalização que promete mudar a cara do Rio. Com localização geográfica privilegiada, a Zona Portuária abrange território de 9,8 milhões de metros quadrados e inclui os bairros do Caju, Santo Cristo, Gamboa e Saúde e parte de São Cristóvão, Cidade Nova e Centro. É região de relevância histórica, com

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cer da pele, além de ações voltadas para a responsabilidade social e que possam contribuir para melhorar a vida da cidade.“Vamos dar palestras para núcleos de pescadores orientando quanto a atitudes de prevenção com relação a neoplasias cutâneas.A emissão de carbono produzida pelo congresso será neutralizada pela plantação de árvores, e nosso lixo será reciclado, mostrando nosso cuidado com a cidade”, finaliza.

Além dos congressos, o Rio de Janeiro sediará este ano o 5o DermaRio em final de março. imóveis que integram o patrimônio histórico-cultural brasileiro. Além disso, é nela que se situam as sedes de algumas das mais importantes instituições brasileiras. A SBD é uma delas; há mais de 16 anos no local, sua sede ocupa os andares 17 e 18 do prédio número 39, da Avenida Rio Branco, no Centro, e se beneficiará diretamente com a valorização da área.A compra do 18o pavimento foi concretizada na gestão de Jesus Santamaria, em 1993. Tempos depois, na gestão de Alice Alchorne, concretizaram-se a compra do pavimento imediatamente inferior e a reforma total dos dois andares, que hoje somam 760 metros quadrados. A área ficou mais aconchegante, a parte social equipada

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com auditório, salas de espera, reunião e telemedicina, além de banheiros, copa e biblioteca que, ampliada, ganhou o espaço de que tanto necessitava. “Para se ter uma ideia, antes só era possível realizar uma única reunião de cada vez, pois só havia uma sala para esse fim. Os funcionários foram muito beneficiados com a área administrativa ampla, sem paredes, com divisórias baixas separando os diferentes setores, mais arejada e interligada, o que trouxe mais conforto para todos e agilidade na prestação dos inúmeros serviços aos associados”, afirma Alice Alchorne.

Na opinião de Luna Azulay, a revitalização da área é excepcional tanto para a cidade como para a SBD. “Com a compra do outro andar na gestão da Dra. Alice Alchorne, temos agora um espaço maravilhoso. A festa de confrater-

nização do nosso 65o Congresso será feita no Armazém do Cais, exatamente nessa área revitalizada”. Opinião similar é compartilhada por Carlos Barcauí, que aposta nos novos rumos da região. “A SBD tem agora uma sede à altura de sua importância como a segunda maior Sociedade de Dermatologia do mundo. A revitalização da Zona Portuária do RJ certamente nos trará a valorização desse patrimônio, além de colaborar para tornar o Centro do Rio mais um polo cultural e gastronômico na cidade”, complementa.

O Píer da Praça Mauá também passará por reformas. O espaço será transformado em grande área de lazer com anfiteatro, restaurantes e bares, formando amplo ponto turístico. Estão previstas obras de recuperação da infraestrutura de 13 ruas e avenidas, além da construção do Museu do Amanhã.

Mais feliz O Rio lidera a lista das dez cidades consideradas as mais felizes do mundo. A conclusão faz parte de pesquisa realizada pela revista americana Forbes, que ouviu moradores de 20 países; pessoas que, quando chegam a pontos turísticos como o Pão de Açúcar, Lagoa, Morro da Urca, Arpoador, Copacabana, absorvem a alegria de quem vive aqui. O Rio venceu cidades como Sidney, Barcelona, Madri e Paris.

A capital do turismo brasileiro

Arcos da Lapa: Um dos cartões-postais da cidade e símbolo do Rio Antigo no bairro boêmio da Lapa. Sua construção foi concluída em 1750 para abastecer de água a população.

Sobre o arqueduto hoje trafega o bonde, que une o Centro às ruas antigas do bairro de Santa Teresa.

Praia de Copacabana: É a praia mais famosa do mundo, conhecida como Princesinha do Mar. Estende-se da Av. Princesa Isabel até o Forte de Copacabana.

Em suas areias, realiza-se uma das mais famosas festas de Réveillon do país, com espetáculos de fogos e shows gratuitos.

Pão de Açúcar: Não é preciso escalar o morro para ter a bela vista da Baía de Guanabara. Basta pegar o bondinho até o alto do Pão de Açúcar e ver a cidade a seus pés.

Maracanã: Construído em 1950, o estádio Jornalista Mário Filho é o símbolo mundial da pátria de chuteiras. Foi palco de grandes momentos do futebol brasileiro, como a decisão do mundial de clubes em 1963 e guarda a história do esporte que é a cara do Brasil.

Cristo Redentor: Do alto do morro do Corcovado, a estátua abençoa a cidade e encanta os visitantes. Foi eleito como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.

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SBD-RESP 40 anos de história “Este espaço foi criado para que nossos dermatologistas possam compartilhar informações históricas de momentos especiais vivenciados na Sociedade. Notícias e fotografias são bem-vindas.

Contamos com a participação de todos os associados para que, ao longo deste ano, possamos reavivar e conservar a memória de uma das mais antigas sociedades médicas do Brasil.”

Paulo Cunha Coordenador médico do JSBD

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Médicos que participaram da fundação da SBD-RESP e funcionários da Clínica Dermatológica do Hospital das Clínicas da USP (Serviço do Prof. Sebastião de Almeida Prado Sampaio). Foto tirada em 12 de dezembro de 1970

João Roberto Antonio

A

*

gradeço a Deus o privilégio de poder, em 2010, ano no qual entrego meu cargo de presidente da SBD-RESP, escrever minha vivência dos fatos que culminaram na criação e na continuidade da maior Regional da Sociedade Brasileira de Dermatologia, nossa querida entidade, que vi nascer em 1970. Por participar de sua fundação, é como mais uma criação em minha vida, assim como foi o nascimento do meu filho, Carlos Roberto no mesmo ano. O Prof. Dr. Nelson Proença, em 1969, foi escolhido para presidir o Departamento de Dermatologia da Associação Paulista de Medicina (APM), conforme seu depoimento na edição número 1, de 1984, do Jornal Dermatológico.

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Acontece que ao Departamento eram filiados apenas os médicos da capital, mas não os do interior do estado. Assim, das reuniões participavam apenas os dermatologistas que residiam na capital, embora os do interior fossem igualmente sócios da entidade maior, a SBD. Esses se deveriam filiar às Regionais e Sociedades Filiadas da APM, em suas respectivas cidades. Desse modo, os dermatologistas do estado de São Paulo não tinham nenhuma entidade científica que os agregasse em sua totalidade. Seus encontros eram realizados durante os congressos médicos regionais da APM e nas Reuniões Anuais dos Dermatologistas Brasileiros, hoje, Congresso Brasileiro de Dermatologia. Até 1970, portanto, os encontros científicos da dermatologia de São Paulo eram promovidos pelo Departamento de Dermatologia da APM, conforme depoimento do Prof. Dr. Sebastião Sampaio feito há 10 anos (JD-SBD-RESP2000).

Até 1960, havia em São Paulo as seguintes faculdade de medicina: USP, Paulista de Medicina, Sorocaba e Ribeirão Preto. A partir dessa década surgiram novas faculdades na capital, em Botucatu, Campinas, São José do Rio Preto, Santos e tantas outras.

A partir de 1960, com a investidura do Prof. Dr. Sebastião Sampaio na cátedra de dermatologia da Faculdade de Medicina da USP, iniciou-se a prática semanal (aos sábados pela manhã) de reunião de apresentação e discussão de casos clínicos na Clínica Dermatológica do Hospital das Clínicas.

Compareciam a essas reuniões dermatologistas e residentes da capital e colegas do interior, como eu, que todos os finais de semana saía em um trem na sexta-feira às 21h40 de São José do Rio Preto, chegava às 7h em São Paulo, participava da reunião e retornava na tarde do sábado para minha cidade. Fiz isso de 1966 até 1970.

Em 1970, o Prof. Dr. Nelson Proença, presidente do Departamento de Dermatologia da APM, sugeriu que as atividades do Departamento fossem levadas para o interior. Organizou-se, então, no mês de novembro, uma jornada na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, coordenada pelo regente da disciplina de dermatologia naquela ocasião, Prof. Walter de Paula Pimenta. No encerramento houve almoço de confraternização em restaurante localizado no bosque dos Jequitibás, com a participação de todos nós – Sebastião Sampaio, Nelson Proença, Raymundo Martins de Castro, Mauricio e Alice Alchorne, Walter Pimenta e eu. Foi ali, conforme poetizaram Sampaio e Proença, “à sombra daquelas árvores centenárias”, que se travou diálogo entre os presentes, do qual resultou a união

de esforços para a criação da Seção Regional do Estado de São Paulo da Sociedade Brasileira de Dermatologia, reunindo todos os sócios efetivos paulistas. Tomamos três decisões: a Seção Regional do Estado de São Paulo seria criada no mês de dezembro próximo; os estatutos seriam redigidos por Nelson Proença, e a primeira diretoria teria como presidente Sebastião Sampaio.

Nos dias seguintes foi redigida uma proposta de estatuto, bastante singela, e foram convidados os sócios da SBD para reunião de constituição da nova entidade. O encontro ocorreu em 12 de dezembro de 1970, em uma manhã de sábado, no anfiteatro da Clínica de Dermatologia do Hospital das Clínicas. A primeira diretoria da Regional de São Paulo eleita para a gestão de 1971 foi a seguinte: presidente: Sebastião de Almeida Prado Sampaio; vice-presidentes: João Roberto Antonio e Flaminio de Almeida Maciel; secretário: Nelson Guimarães Proença; e tesoureira Alice de Oliveira Avelar Alchorne.

Em 1971 coube ao presidente Sebastião Sampaio fazer e presidir a 1a Jornada, na cidade de São Paulo (na USP), e a mim, como vice-presidente, presidir a 2a Jornada (a primeira no interior). Para realizá-la, na recém-criada Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, tive que transportar, 15 dias antes, os pacientes que foram apresentados como casos clínicos, improvisar hospedagem no Hospital de Base e transportá-los de volta a suas cidades, pessoalmente em meu automóvel; minha esposa, Cidinha, encarregou-se das recepções e jantares. Os colegas de São Paulo vieram no mesmo trem que eu usava para ir às reuniões da capital. Foi um sucesso. A seguir, foram surgindo novos serviços credenciados de dermatologia e criados os Distritos Dermatológicos distribuídos por todo o território estadual, congregados pela SBD-Resp. Com isso vieram outras jornadas na capital e no interior. Desse modo, a nossa SBD-Resp, que já nasceu grande, foi crescendo ininterruptamente e responde hoje por mais de dois mil sócios efetivos (mais de um terço dos dermatologistas brasileiros). A Radesp é o segundo evento da SBD desde sua criação e, em 2009, batemos o maior recorde da nossa história. Ressaltem-se também os aspectos assistenciais e sociais, tornando-nos referência pelas campanhas e ações comunitárias que temos exercido cada vez mais. Assim, posso dizer que para mim, para o saudoso Prof. Sampaio e demais colegas que já se foram, para o Prof. Proença e todos aqueles que, como pioneiros, se dedicaram a nossa dermatologia com todo amor, competência e carinho, e para os que continuam a dedicar-se na atualidade é essa continuidade que confere grandeza a nossa especialidade em São Paulo, no Brasil e no restante de nosso planeta. * Presidente da SBD-RESP – Gestão 2009 Vice-Presidente da SBD-RESP – Gestões: 1971, 1975, 1990 e 1991, 2001 Professor emérito da Faculdade Estadual de Medicina de São José do Rio Preto-SP Jornal da SBD

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Obituário

Faleceu, no dia 24 de janeiro de 2010, aos 53 anos de idade, a dermatologista mineira Maria Ester Massara Café, vítima de acidente de carro em Fortaleza (CE), onde passava férias com a família. Maria Ester Massara Café graduou-se em 1980 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e fez mestrado na mesma instituição, especializando-se em dermatologia: “Era dermatologista de mão cheia! Bem treinada e de formação sólida, Maria Ester Massara Café tinha orgulho de sua especialidade, de seu título de especialista e de seu mestrado em dermatologia. Nunca poupou esforços para aprender sempre mais. Sentiu necessidade de ir à Espanha e Argentina para aprofundar o que já sabia muito. Quando, há mais de 20 anos, convidei Ester para ser preceptora da Residência Médica em Dermatologia da Santa Casa de Belo Horizonte, tinha a certeza de que ela seria ótima. Não sabia, no entanto, que, ao aceitar o convite, Ester estaria iniciando uma época em que proporcionaria a todos nós, médicos, preceptores e residentes, funcionários administrativos e de enfermagem, exemplos diários de retidão de caráter, de preocupação com o próximo, de fazer bem feito, com ética. De personalidade forte, não gostava de absolutamente nada errado. Humilde, gostava de aprender sempre. Seu entusiasmo e inquietude a faziam envolver-se em diversas atividades: ensinar, trabalhar no consultório, na Associação Médica de Minas Gerais, na SBD e na Academia Mineira de Medicina. E viajava muito! Para mergulhar, para escalar, para viver e conviver com Fernando, de quem foi grande companheira. Fazia tudo bem! Não se contentava em ensinar dermatologia. Ensinava como viver, pois escolhia a cada dia a trilha em que andaria. Viveu intensamente! Nossa tristeza é não poder mais contar com ela assim tão perto. Nossa alegria é ter tido o privilégio de sua convivência e de sua amizade”, relata Jackson Machado.

Faleceu em 4 de janeiro de 2010, José Edmundo Pereira, vítima de acidente automobilístico. Dermatologista de Uberlândia, foi um dos sócios fundadores da SBCD, tendo sido presidente do 21o Congresso de Cirurgia Dermatológica em 2009. Nasceu na Fazenda Bonito, em Coromandel (MG), cursou medicina na Universidade de Brasília (UnB) e fez residência em dermatologia no Hospital Universitário de Brasília (HUB/UnB).

Gerson Cotta Pereira faleceu no dia 3 de janeiro de 2010.

Médico titular da 3a enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, era associado honorário da SBD. Formado em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1967, fez doutorado na mesma instituição, em 1970 e pós-doutorados em universidades dos Estados Unidos e França.

Sérgio Januário Carneiro faleceu no dia 20 de dezembro, no Rio de Janeiro. Trabalhou no Departamento de Dermatologia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFFUFRJ) até 2009, quando se aposentou como professor adjunto.

Foi também ex-presidente da Regional do Rio de Janeiro da SBD em 1985.

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Salve sua Pele, DERMAÇÃO

há 12 anos conscientizando crianças sobre as consequências da exposição excessiva ao sol

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Intenção da SBD-SC, precursora do concurso, é disseminar a ideia para que todas as Regionais da SBD possam aderir ao programa

1o lugar Mariana Coppi Blumenau (SC)

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esde 1998, a Regional de Santa Catarina da SBD promove com sucesso o concurso Salve sua Pele, voltado para crianças do pré-escolar à quarta série do ensino fundamental das redes escolares municipais, estadual e particular, e que divulga a importância do uso do filtro solar desde a infância.

Após todos esses anos bem-sucedidos de trabalho, o chefe do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD e mentor do projeto, Nilton Nasser, pretende incentivar os presidentes das Regionais de todo o Brasil a aderir à ideia. “Trata-se de um concurso que precisa de poucos recursos para ser realizado, e tem grande repercussão junto à comunidade, que se conscientiza da fotoproteção desde a infância. Além disso, o trabalho do dermatologista é valorizado”, explica.

O concurso funciona da seguinte forma: os participantes recebem cartilhas ilustradas com dicas sobre fotoproteção e câncer da pele, elaboradas pelo dermatologista Nilton Nasser.

Inspirados no conteúdo da cartilha, alunos com idades de cinco a dez anos produzem desenhos ou pinturas que façam alusão ao tema “Salve sua Pele”. O objetivo é explicar a importância da proteção contra a radiação solar excessiva e complementar as noções de fotoproteção na infância, etapa de grande importância para a aquisição de conceitos para uma vida saudável. “Sentimos que era necessário fazer a educação sanitária de fotoproteção desde a infância. Foi assim que surgiu e foi levada adiante a ideia do concurso”, explica Nasser.

A supervisão e a escolha dos trabalhos de cada escola são feitas por um professor, que elege o melhor desenho daquele grupo de participantes e envia para SBD-SC. A partir daí, cabe à comissão julgadora, composta de um dermatologista, um professor de artes e representantes da imprensa, selecionar os três melhores trabalhos. Desses, o que

Premiação do último concurso DermAção 2009

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melhor apresentar a mensagem sobre fotoproteção e câncer da pele, fica com o primeiro lugar. O desenho passa a ser utilizado em campanhas da SBD, como em capa de folhetos sobre a doença distribuídos à população. “Conforme a localidade, envolvemos clubes de serviço que ajudam na premiação e na divulgação do concurso. Em Blumenau, por exemplo, conseguimos a participação do Lions Clube”, afirma.

Em Santa Catarina, de acordo com Nasser, existem 400 mil crianças na faixa etária válida para participar do concurso. “Pelo menos metade das instituições participa e envia o trabalho vencedor local para ser julgado em âmbito nacional. Nos municípios maiores, há uma premiação local para melhor entrosamento com a comunidade. Os vencedores são premiados, e seus trabalhos são enviados para o concurso estadual.”

Os oito melhores trabalhos recebem prêmios em dinheiro da SBD-SC, além de cer tificados de par ticipação. No nível local são distribuídos diplomas e medalhas.

A ação conta com o apoio da Secretaria Estadual da Saúde e Educação. “Para uma efetiva prevenção devemos divulgar a fotoproteção junto às crianças. O concurso é bem aceito pela comunidade, secretarias de educação e clubes de serviço, e relativamente fácil de executar. Além disso, os recursos destinados ao Salve sua Pele são os que estiverem disponíveis em cada comunidade”, conclui.

O Departamento de Oncologia cutânea dará apoio e esclarecimentos pessoais aos chefes de departamentos que manifestem interesse em implementar o concurso em sua região. Participe!

Voluntariado: gesto solidário com poder transformador Everson José dos Santos Leite - Presidente da SBD-Alagoas

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um mundo em que presenciamos diariamente gritante inversão dos valores e estímulo ao individualismo e competitividade, a prática do voluntariado é uma forma de resgatar por meio de ações solidárias a importância do indivíduo como cidadão. Ser voluntário extrapola o conceito de doação de tempo, conhecimento e trabalho sem gratificação financeira.

Voluntário é aquele que está disposto a olhar para o próximo, importar-se e fazer algo de bom por ele. Motivado por valores de solidariedade, doa seu tempo, trabalho, recursos e talento a uma causa de interesse social e comunitário. Acima de tudo, entretanto, o voluntariado demanda a necessidade de refletir a compreensão do papel do “eu” e do “nós”, como indivíduo e instituição na sociedade, ou seja, exige questionar: “Qual o nosso papel social?” “O que podemos fazer em benefício do outro?”“Como contribuir na criação de um mundo mais justo, pacífico, digno e igualitário?” Colocar-se no lugar do outro a ponto de sentir suas necessidades e desejos facilitará a obtenção dessas respostas. Cabe a cada um de nós alcançá-las. E diante das possibilidades das respostas, o desafio, talvez, esteja na tomada de consciência e migração de um comportamento egoísta para uma atitude altruísta.

Contrapondo-se à indiferença e ao distanciamento interpessoal, o trabalho voluntário é ferramenta de transformação pessoal e social. A recompensa pela doação de nosso trabalho de forma voluntária nos faz ascender na vida e converte-se em crescimento no sentido moral e espiritual, transformando-nos de dentro para fora. Quando o trabalho desinteressado se transfor-

ma em prazer em servir o semelhante, surge a gratificação espiritual, o sentimento de estar fazendo o bem e de ser útil a quem precisa. Sob o ponto de vista social, o voluntariado é instrumento de transformação, pois viabiliza a oportunidade de resgatar o indivíduo da marginalidade social, oferecendo-lhe acesso e inclusão num campo de construção participativa de sua cidadania.

Ser solidário, no entanto, transcende crenças religiosas, movimentos sociais, políticas públicas e práticas assistencialistas – é uma questão humanitária. Encerra em seu contexto um sentido muito profundo. Faz-nos esquecer da individualidade da vida e das diferenças entre os semelhantes. E, à revelia das diferentes necessidades de cada um, torna-nos iguais, pois todos nós carecemos do olhar carinhoso de alguém.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia, inserida num movimento mundial de responsabilidade social, ao longo de vários anos vem desenvolvendo campanhas educacionais e de atendimento à população. Oportunidade ímpar para a prática do voluntariado. Por meio dessas campanhas, podemos exercer ações educativas de combate ao preconceito com relação a várias doenças cutâneas e prevenção do câncer da pele, bem como prestar atendimento voluntário a comunidades carentes e outras tantas possibilidades. Motivos não faltam para se fazer um gesto solidário, e não há quem não o possa fazer. Dermatologia solidária. Participe. Faça a diferença! *Para participar das ações promovidas pela SBD, os interessados devem procurar as Regionais mais próximas.

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Alice O. A. Alchorne

Profissões e dermatoses ocupacionais na

indústria têxtil A

prevalência das dermatoses ocupacionais na indústria têxtil não é muito conhecida. Se considerarmos a vasta fabricação de tecidos, as dermatoses podem ser relativamente raras. Contudo, como nem sempre é feito o diagnóstico, a prevalência pode estar sendo subestimada.

Vejamos como se dá a fabricação de produtos têxteis. O processo é realizado em cinco etapas: 1) cardação (é o preparo das fibras, como remoção de impurezas e alisamento); 2) fiação (afinamento e alongamento das fibras); 3) tecelagem; 4) finalização ou finishing (melhora a aparência e as propriedades do produto em relação à textura e previne que encolha e amasse). Embora 6.900 substâncias estejam envolvidas nessa etapa, que podem ser irritantes e sensibilizantes, elas quase não são transferidas para a pele, causando poucas dermatites.

Finaliza-se de três modos: no material (mercerização do algodão, carbonização, proteção contra traças da lã e bactérias, texturização, retirada da estática e descamação dos têxteis sintéticos, aumento do peso do tecido); na superfície (preguear e decorar relevo); e no desempenho (aumento da resistência a fogo, prova d’água, resistência a manchas). Os antibacterianos que liberam formaldeído são muito sensibilizantes; 5) coloração (branqueamento, tingimento e estamparia).

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Os corantes de têxteis podem ser: dispersos (azocorantes, antraquinona, nitroarilaminas);

coram fibras sintéticas. Não se ligam quimicamente ao tecido, liberam-se facilmente e podem causar dermatite de contato ocupacional e em usuários; reativos (azocorantes, antraquinona e ftalocianina); coram fibras naturais e sintéticas. Formam ligações covalentes com o tecido e assim não se liberam com facilidade.

Praticamente não sensibilizam usuários.

Os corantes de têxteis são muito sensibilizantes, sobretudo a antraquinona, os azoicos e outros (básicos, ácidos, sulfurosos e anilina). A parafenilenodiamina (PPDA) é pouco utilizada, a não ser em forros de roupas.

Tem-se o produto final após a coloração.

As substâncias utilizadas nessa indústria são: 1) Fibras. Podem ser: 1.1) Naturais: a) vegetais (algodão, juta, rami, sisal e coco), b) animais (seda, lã, alpaca, vicunha, camelo, lama, caxemira, mohair e angorá) e c) minerais (asbestos); 1.2) Manufaturadas: a) vegetais (látex, celulose regenerada viscose ou rayon e acetato), b) sintéticas-petroquímicas (poliamida, poliéster, poliacrílica, polipropileno, poliuretano, ou elastane, ou lycra, borracha sintética) e c) inorgânicas (vidro, metal).

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Dermatite de contato alérgica em costureira causada por lençóis de tergal (poliéster)

Livedo reticular e leuconíquia das 20 unhas devidos à policitemia ocupacional por corantes em químico de indústria têxtil

As fibras são pouco alergizantes. As ásperas e de maior diâmetro são irritantes, sendo as naturais menos irritantes do que as sintéticas.

2) Resinas de formaldeído: melaminas e ureia; 3) Aditivos (finishes); 4) Corantes.

CLÍNICA Não são muito frequentes as dermatoses ocupacionais por têxteis, pois o setor já está muito automatizado.

1) Dermatite de contato É a dermatose ocupacional mais frequente nessa indústria, podendo ser: irritativa, alérgica, fotoalérgica, fototóxica (antraquinona) e urticária de contato.

Dermatite de contato irritativa: pode ser causada por fibras do tecido ou substâncias químicas, com significativa influência da aspereza do tecido e da fricção. Regiões intertriginosas geralmente são mais afetadas. Os indivíduos atópicos são especialmente sensíveis, sendo comum a intolerância à lã ou mesmo às fibras sintéticas. As fibras de algodão são bem toleradas.

Dermatite de contato alérgica (DCA): geralmente não é causada pelas fibras, sejam naturais ou sintéticas. Algodão

puro (celulose não tratada) não é alergizante (cuidado com a expressão “100% algodão”!). Linho puro e lã podem conter formol e viscose (rayon) é tratada com formol, sendo sensibilizantes. Comumente é causada por produtos químicos utilizados na produção do tecido, sobretudo os corantes, mas também resinas (formaldeído), borracha, cromatos, níquel (enfeites), cola e muitos outros, que podem causar lesões cutâneas como dermatoses ocupacionais e em usuários. O rayon de modo especial contém muitos aditivos.

Alérgicos a formaldeído podem ter reação cruzada com conservantes liberadores de formaldeído, contidos em produtos de higiene pessoal. As regiões afetadas tendem a se limitar aos locais em que a fricção do tecido na pele é maior ou onde há mais umidade. Essas condições favorecem a transferência do alérgeno para a pele. As DCAs por corantes geralmente são agudas, e aquelas por resinas, mais comuns em idosos, são crônicas. Adquirem muitas vezes o feitio da peça de roupa, como meia, por exemplo.

Urticária de contato: pode ser causada por fibras naturais (peles de animais, seda e lã) e sintéticas (raramente), além de outras substâncias como formol, fragrâncias, corantes reativos e látex. Por aditivos de acabamentos (finishes) é rara.

2) Câncer: a) por corantes que contêm aminas aromáticas: causa câncer ocupacional ou em usuários; b) por benzopireno de óleo mineral de máquinas antigas: causa câncer ocupacional de escroto (doença dos fiandeiros); c) por asbestos: causa câncer ocupacional de pulmão.

3) Livedo reticular e leuconíquia: causados por metaemoglobinemia, consequente ao manuseio de tintas com anilina, nitritos e nitratos, que induz à policitemia, que desencadeia essas alterações.

DIAGNÓSTICO O recurso mais utilizado consiste nos testes de contato (patch tests) com: Bateria-padrão. A PPDA não é bom marcador para corante têxtil, mas pode dar reações cruzadas com outros corantes.

Bateria específica para tecidos (especialmente corantes). Os aditivos em geral não são especificados nos rótulos dos produtos e frequentemente são alergizantes.

Material têxtil (amostras trazidas pelo paciente): deve ser colocado previamente em água ou solução salina por 15 minutos e deixado por mais tempo na pele, ou seja, de 72 a 96 horas.

PREVENÇÃO A automatização nessa indústria é muito importante, já que são grandes os riscos de doenças ocupacionais, em especial as dermatoses ocupacionais. Quando materiais são manuseados, EPIs devem ser utilizados (luvas, botas, uniformes, óculos de proteção e máscaras).Além disso, exames pré-admissionais e periódicos devem ser realizados.

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Anais Brasileiros de Dermatologia completam 85 anos de publicação Em homenagem à data, as seis edições de 2010 virão com selo comemorativo

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mais importante revista dermatológica do Brasil completa, com todos os méritos e reconhecimentos, seus 85 anos de existência. Para celebrar a data, as seis edições de 2010 terão selo comemorativo das mais de oito décadas de publicação regular e ininterrupta.

Fiéis à tradição de seus fundadores, os Anais Brasileiros de Dermatologia, criados em janeiro de 1925, cumprem à risca o compromisso social e com a busca da verdade científica.

Ao longo de todos esses anos de trajetória, o periódico passou por inúmeros progressos e ainda hoje vive em constante evolução.

Prova disso, é a submissão eletrônica, em vigor desde agosto de 2009 e que visa ao aprimoramento do periódico. De lá para cá, os artigos passaram a ser enviados pelo site, em vez de em CDs ou disquetes. O resultado pode ser avaliado pelo número de trabalhos recebidos. Em janeiro de 2009, antes da implementação da submissão, foram mandados apenas nove artigos. Um ano depois, esse número quadriplicou.

Só em janeiro, cerca de 40 trabalhos chegaram às mãos da equipe editorial médica. A novidade contribui para a redução do tempo de chegada do ar tigo e sua aprovação pela equipe editorial técnica. "Observamos também considerável evolução na qualidade dos ar tigos.

A edição de número 84, última publicada do ano passado, teve o total de 129 páginas, e os ar tigos não paravam de chegar. Isso mostra o reconhecimento da qualidade dos Anais e contribui para o mérito alcançado ao longo dos 85 anos", comenta a editora científica, Izelda Costa.

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Outras inovações foram instituídas e podem ser percebidas pelos leitores tanto da versão impressa como da online. Desde novembro do ano passado, o site dos Anais está com acesso restrito, sendo disponível apenas para sócios e assinantes, que poderão consultá-lo mediante login e senha. E a resposta ao questionário de Educação Médica Continuada também passou a ser feita diretamente pelo site, no link do próprio ar tigo de EMC. Além disso, a revista ganhou duas novas seções: Imagens em Dermatologia Tropical e Imagens em Dermatologia.

O reconhecimento internacional dos Anais representa grande oportunidade para a valorização da dermatologia brasileira e dos pesquisadores da América Latina e de países de língua portuguesa. No entanto, o fator de impacto dos ABD – que significa o parâmetro de sua influência no universo científico –, ainda é baixo e incompatível com a força da dermatologia brasileira. “Em função disso gostaríamos de lembrar aos autores brasileiros que escrevem para revistas internacionais, para citar os Anais nas referências bibliográficas. Desse modo, vamos ajudar a elevar nosso periódico ao topo das publicações científicas mundiais”, afirma.

A atual equipe editorial tem-se empenhado constantemente para manter o padrão de qualidade alcançado pelos Anais Brasileiros de Dermatologia graças aos esforços obtidos por equipes anteriores. “Parabenizo a todos pela dedicação e seriedade na avaliação dos trabalhos e, também, pelo padrão de qualidade da comunidade científica brasileira que colabora conosco”, reforça Izelda Costa. A equipe editorial é composta pelos editores Renan Rangel Bonamigo e Vitor Silva dos Reis e conta com o apoio editorial de Vanessa Zampier, Samuel Mendes e Nazareno de Souza.

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Candidatos a especialistas vão realizar prova em Belo Horizonte Inscrições para o TED devem ser feitas via internet

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á está disponível o edital do 64o Exame para a Obtenção do Título de Especialista em Dermatologia (TED) da SBD. Os interessados podem fazer as inscrições até o dia 18 de março, pela internet, no endereço eletrônico www.gestaodeconcursos.com.br por meio do link “SBD: Exame para Obtenção do Título de Especialista em Dermatologia/2010”. A aplicação das provas será realizada no dia 18 de abril, a partir das 8h, na cidade de Belo Horizonte. O TED é promovido pela SBD em convênio com a Associação Médica Brasileira (AMB), com organização da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep).

Como nos anos anteriores, o exame consistirá de duas etapas. Com duração de quatro horas, a parte teórica terá 80 testes de múltipla escolha e abordará questões sobre dermatologia clínica, laboratorial, cirúrgica e cosmiátrica. A prova teórico-prática vai avaliar, por meio de 30 questões, conhecimentos de dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica e propedêuticos inerentes à especialidade. Os candidatos farão a segunda parte do exame no horário de 14h às 17h e, assim como em 2009, por meio eletrônico. “A prova teórico-prática continua a ser no computador, pois oferece mais agilidade, melhor qualidade de imagens, menor chance de erro técnico”, garante Jackson Machado-Pinto, presidente da Comissão do TED. O importante, segundo ele, é manter o grau de dificuldade da prova, sem que isso signifique reprovação. “As questões são elaboradas pela Comissão do TED, de acordo com orientações pedagógicas específicas e sempre tendo em mente que o objetivo do exame é medir conhecimento e conduta, diferenciando o profissional bem treinado daquele ainda por treinar. O objetivo da Comissão de TED nunca é fazer as questões para reprovar!”, afirma Jackson.

Em 2008, o TED recebeu 490 inscrições; em 2009 foram 345 inscritos. O presidente da Comissão do TED disse que a expectativa é de que o número de candidatos se mantenha próximo ao de anos anteriores.

O gabarito oficial preliminar das provas será anunciado nos sites da Fundep (www.fundep.br/concursos) e da SBD (www.sbd.org.br) no dia 20 de abril. O gabarito oficial e a lista final dos aprovados serão divulgados a partir do dia 30 de abril nos seguintes sites: www.gestaodeconcursos.com.br e www.sbd.org.br. Serão aprovados aqueles que obtiverem 60% de acertos em cada parte do exame.

Os certificados do Título de Especialista em Dermatologia da SBD terão validade por cinco anos, sendo renováveis segundo as normas estabelecidas pela Comissão Nacional de Acreditação AMB/CFM. Boa sorte a todos!

Errata Na última edição do Jornal, a matéria sobre o TED Especial publicou erroneamente que estarão aptos a realizar o exame os candidatos com mais de 15 anos de formação de dermatologia e que comprovem o exercício profissional

há pelo menos seis anos, ao em vez de estarão aptos a realizar o exame os candidatos com mais de 15 anos de formação em medicina e que comprovem o exercício de dermatologia há pelo menos seis anos.

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Projeto Residentes SBD/RoC

SBD dá continuidade às ações do

Projeto Residentes Este ano, os quatro melhores trabalhos ganharão bolsas no exterior

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concurso "Trabalho de Investigação", parte do “Projeto Residentes” SBD/RoC, desenvolvido com êxito pela SBD no ano passado e que visa apoiar os médicos em formação, se repetirá em 2010. Residentes, pós-graduandos e especializandos do terceiro ano dos serviços credenciados da SBD terão nova oportunidade de participar do concurso de artigos científicos. Os melhores trabalhos vão garantir aos pesquisadores, além de exposição e divulgação, bolsas de aperfeiçoamento no exterior. Para concorrer, os interessados devem enviar trabalhos de investigação nas áreas de dermatologia tropical, cosmiatria ou fotoproteção.

Os autores dos quatro melhores artigos serão contemplados com temporada de dois meses – entre setembro e novembro – em importantes universidades estrangeiras.

Este ano, serão três centros de ensino nos Estados Unidos e um na Europa. O edital já está disponível no site da SBD. A bolsa inclui passagem aérea em classe econômica de ida e volta, hospedagem em alojamento da universidade e seguro saúde. Os dois melhores trabalhos de investigação na área de dermatologia tropical serão publicados nos Anais Brasileiros de Dermatologia; os dois artigos das áreas de cosmiatria e de fotoproteção, na Surgical & Cosmetic Dermatology.

Os professores Délio Delmaestro, Evandro Rivitti, Fernando Augusto de Almeida, João Roberto Antônio, Lúcio Bakos e Sinésio Talhari foram convidados pelo presidente da SBD para compor a banca que julgará os trabalhos. O prazo final de envio dos artigos é 30 de maio, e o resultado será divulgado em 30 de junho.

Dr. Tor Shwaider, staff da área de dermatologia pediátrica, Dra. Chantorn, residente da Tailândia, e Vanessa de Medeiros em uma viagem de monomotor de 45 minutos para Marshall

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PJ Leopold, Letícia Contin, Dr. Kestutis (imunologista da Lituânia que também fazia estágio observacional), Dra. Ricarda, Dra. Tanja e Prof.

Ruzicka durante visita ao hospital

Experiências compartilhadas De volta ao Brasil, as três dermatologistas vencedoras do concurso “Trabalho de Investigação” realizado em 2009, mostram que suas vidas mudaram bastante nos dois meses de estágio no exterior.

A curitibana Letícia Contin acabou de chegar da Universidade de Munich, e disse que a diferença entre os grandes centros de ensino estrangeiros e os do Brasil é o forte incentivo à pesquisa científica. “A dermatologia alemã possui muitos recursos aplicados principalmente em diagnóstico e terapêutica, assim como protocolos de pesquisa em tratamentos adjuvantes e medicações novas no mercado. Há também grande interesse em manter dentro da dermatologia pacientes que no Brasil talvez fossem encaminhados para outras especialidades, como a cirurgia plástica, urologia, cirurgia vascular, oncologia. A abordagem da residência, que tem cinco anos de duração, é ampla e inclui grande incentivo à pesquisa. No entanto, também é muito importante valorizar a abordagem e a experiência clínica de nossa formação aqui no Brasil”, comenta.

Laura Furlani, do serviço da Faculdade de Medicina em Jundiaí, São Paulo, estagiou no Departamento de Dermatologia da Universidade de Texas. Sua rotina era dividida em aulas e atividades diárias em ambulatório. Ela cita as áreas que considerou mais relevantes: “estética; linfoma (dirigido pela Dra. Duvic, especialista em linfoma cutâneo); melanoma (com enorme número de casos clínicos); bolho-

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Laura Furlani, Dr. Robert Jordan e as residentes Wendy Madkan e Cindy Berthlot

sas (dirigido por Dr. Jordan, que descobriu o anticorpo do pênfigo, em 1964); além das checagens de lâminas com o Dr. Rapini (cerca de 100 lâminas por período, com casos muito interessantes)”, enumera. O Texas Medical Center, ela informa, é o maior centro médico do mundo e conta com grande número de clínicas em que são desenvolvidas atividades que englobam desde as ciências básicas e de pesquisa até atendimento e assistência ao paciente. “Conta também com 47 instituições médicas, entre elas o MD Anderson, o Baylor College of Medicine e o UT Medical School, todas sem fins lucrativos”.

Ao passar dois meses no Henry Ford Medical Center, em Detroit, Estados Unidos, Vanessa de Medeiros, formada pela Unicamp, além de guardar para o resto da vida a expe-

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riência acadêmica e profissional adquirida durante o tempo em que estava longe de casa, também conheceu alguns pontos turísticos da cidadxe. “Viver esses dois meses em outro país foi uma das experiências mais fantásticas de minha vida. Além do aprendizado acadêmico houve um intenso crescimento cultural, fui a teatros, concertos e procurei conhecer algo sobre a história local.” De acordo com Vanessa, há uma grande diferença entre os sistemas de saúde americano e brasileiro, e também na prevalência das doenças cutâneas, especialmente pelo fato de Detroit ser região de clima temperado-frio. “Todo o sistema do hospital é informatizado, permitindo acesso a exames, prontuário e prescrições a qualquer momento, e a organização é impecável. O seguro saúde fornece muitas medicações aos pacientes, permitindo maior gama de opções terapêuticas, mas, ao mesmo tempo, não cobre nenhum procedimento considerado estético, mesmo que seja uma cirurgia, como retirada de nevus, o que diminui a demanda de pacientes para esses procedimentos”, ressalta.

R1 e R2 Os residentes de primeiro e segundo anos também poderão participar do “Projeto Residentes”. Os estudantes que estiverem cursando o primeiro ano de residência, receberão fascículos que os ajudarão na elaboração de posters científicos, conferências, artigos, projeto de consultórios, entre outros. Os residentes do segundo ano serão convidados a participar do 65o Congresso de Dermatologia da SBD, em setembro, no Rio de Janeiro, tendo incluídos hospedagem e transporte de todas as partes do Brasil.

Chamada pública

Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep) divulgou em dezembro, a Chamada Pública MCT/CT-Infra-Proinfra – 01/2009 com a finalidade de selecionar propostas para apoio financeiro de projetos institucionais de implantação, modernização e recuperação de infraestrutura física de pesquisa nas instituições de ensino superior e/ou de pesquisa. As instituições intervenientes executoras só se poderão candidatar em apenas uma proposta, que deverá ser apresentada à Finep em formulário próprio, encaminhado pela administração superior da instituição.

A proposta deverá conter diagnóstico institucional que identifique as competências da instituição executora, sua disponibilidade de recursos humanos e materiais, suas atividades de pós-graduação e/ou de pesquisa, o estádio atual

do desenvolvimento da pesquisa e sua inserção no contexto de C&T, em consonância com os desafios da sociedade brasileira.

Cada proposta poderá ser desmembrada em subprojetos abrangendo equipamentos e instalações de pesquisa multiusuários, infraestrutura de pesquisa institucional (biblioteca, biotério, etc.) ou equipamentos e instalações voltados para área específica relevante para o desenvolvimento institucional.

O valor total da chamada é de R$ 360 milhões.

O prazo final para apresentação das propostas é 9 de abril. Outras informações no site da Finep ou no endereço eletrônico: www.finep.gov.br//fundos_setoriais/ct_infra/editais/PROINFRA_2009_vfinal.pdf.

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Grandes Mulheres da Humanidade

Zilda Arns: referência de vida humanitária Sua vida e obra resultam do encontro de lisura, disciplina e coragem com a missão de salvar o futuro das crianças

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morte de Zilda Arns aos 75 anos no interior da Igreja Sacré Coeur, em Porto Príncipe, tragada pelo terremoto de sete graus que destruiu o Haiti, no dia 12 de janeiro, entristeceu o mundo. Penúltima na escada de 13 filhos do patriarca e fundador da cidade catarinense de Forquilhinha, ergueu a maior teia de ação social existente no Brasil. Médica pediatra e sanitarista, aprofundou-se em Saúde Pública a fim de ajudar crianças pobres, salvando-as da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência familiar. Fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança, deixou cinco filhos, três homens, entre eles dois médicos, e duas mulheres.

O trabalho de Zilda com crianças começou no Hospital Cezar Pernetta, em Curitiba (PR), entre 1955 e 1964. Após trabalhar em outras instituições, ela reforçou seus laços com os jovens e com a igreja (graças à influência do irmão número cinco, Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo). Pouco tempo depois da fundação da Pastoral da Criança, em 1983, órgão de ação social ligado à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), veio o apoio do Unicef.

A primeira ação da entidade foi realizada em Florestópolis, no Paraná, onde o índice de mortalidade chegava a 127 mortes a cada mil crianças. Após um ano de ati-

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vidades, o índice reduziu-se para 28 mortes a cada mil nascimentos. O sucesso inicial incentivou a Igreja a expandir a Pastoral da Criança para todos os estados do país. Hoje, a Pastoral da Criança tem mais de 240 mil voluntários capacitados atuando em mais de 40 mil comunidades em 4.016 municípios. Além disso, faz o acompanhamento de 90 mil gestantes e mais de 1,5 milhão de crianças pobres menores de seis anos. Até sua morte, Zilda coordenava aproximadamente 155 mil voluntários, presentes em cerca de 32 mil comunidades em bolsões de pobreza em mais de 3.500 cidades brasileiras. Era também coordenadora nacional da Pastoral da Pessoa Idosa desde 2004.

Sua trajetória foi longa e dedicada. Acompanhou comitivas brasileiras a outros países, participou de inúmeros eventos internacionais e divulgou a Pastoral da Criança para o mundo. Foram cerca de 20 anos com a média de 45 viagens por semestre. Seu trabalho serviu de modelo para vários países, como Angola, Moçambique, GuinéBissau, Timor Leste, Filipinas, Paraguai, Peru, Bolívia, Venezuela, Argentina, Chile, Colômbia, Uruguai, Equador e México. Em algumas dessas nações a própria médica ministrou cursos sobre como estruturar as ações. O reconhecimento a tanta dedicação, lhe concedeu diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária, além da indicação por três anos seguidos ao Prêmio Nobel pelo Brasil. “ Tive a oportunidade de conviver um pouco com Zilda, pude notar claramente sua disposição excepcional pela solidariedade e respeito ao próximo” afirma Omar Lupi, presidente da SBD. Um dos momentos mais emocionantes que presenciei foi quando Zilda recebeu o título de Acadêmica Honorária pela Academia Nacional de Medicina, homenagem justa e merecida para uma médica de tão grande estatura humana”, complementa. Os que trabalharam a seu lado creem que o espírito de solidariedade de Zilda deixou raízes profundas e só traz mais motivação para seguir em frente. O mundo agradece.

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SBD apoia peça teatral

Os ruivos Espetáculo debate de forma lúdica os percalços enfrentados pelos indivíduos ruivos.

Entidade indica instituições que receberão protetores solares doados pelo público durante as apresentações

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aúde e cultura são áreas que podem e devem caminhar juntas. A SBD defende essa aproximação ao apoiar o espetáculo da Companhia Jogo de Cena, do Rio de Janeiro, que aborda a exclusão e o preconceito com relação aos ruivos.

Com texto de Leonardo Neves e Pedro Monteiro, e direção de Cynthia Reis, a peça propõe bem-humorada e irônica reflexão sobre questões cotidianas vivenciadas pelo grupo taxado de “gringo” em seu próprio país. No elenco estão os atores Pedro Monteiro, Dida Camero e Sonia Margarita.

“O apoio institucional que recebemos de uma entidade centenária como a SBD e que trabalha com a pele está sendo muito bacana. O espectador sabe que existe uma instituição que é nossa parceira, e isso para nós é um respaldo maravilhoso. É um carimbo de qualidade de uma entidade séria que trabalha com a prevenção do câncer da pele”, assinala Pedro Monteiro. Uma das propostas da peça, segundo o ator, é incentivar o uso do protetor solar. Durante o espetáculo, há uma cena em que o protetor é passado a cada 15 minutos. “Queremos chamar a atenção para o uso do produto que é importante para todos os tipos de pele.

Especialmente a dos ruivos, que é muito clara. Ainda assim, a luz do palco também agride a pele e ideal é passar o protetor solar antes de entrar em cena”, complementa.

Para conscientizar a população sobre os efeitos nocivos da exposição excessiva aos raios solares, Os ruivos está promovendo a campanha “Doe protetor solar”. Os produtos serão destinados a instituições indicadas pela SBD que necessitam de filtro solar para evitar o agravamento ou sur-

gimento de doenças como o câncer da pele.

“A saúde tem um sentido amplo e pode fazer interface com outras áreas. É por isso que fomos simpáticos a essa iniciativa.Vamos ajudar as instituições que necessitam e propagar para a população em geral a importância do uso do filtro solar”, ressalta o presidente da SBD, Omar Lupi.

Desde crianças obrigados a conviver com apelidos como “ferrugem" e "cabeça de fósforo", excluídos da classificação racial do IBGE, esses raros indivíduos rebelam-se contra as dificuldades de ter sardas e cabelos vermelhos num país de negros, pardos, índios e amarelos. Na peça, no entanto, diz Pedro, seu objetivo é mais amplo: “queremos falar do ruivo para todo tipo de exclusão”. A boa repercussão de público e mídia impulsionou a criação do Movimento Vermelho, que reúne dezenas de ruivos para debater as dificuldades e curiosidades de ter cabelo vermelho e sardas no Brasil.

Trajetória A peça estreou em outubro de 2008, no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro. As quatro apresentações previstas transformaram-se em temporada de 130, durante mais de um ano em que a peça esteve em cartaz.

No Rio, eles também se apresentaram no Teatro Miguel Falabella, no Norte Shopping e no Sesc-RJ, viajando em seguida para o Rio Grande do Sul. O Teatro dos 4, na Gávea, foi o último palco a receber Os ruivos. A partir de março, a peça estará de volta no Sesc de Niterói e, em seguida, retornará ao Sul do país para novas apresentações.

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Departamentos

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departamentos de DST, Hanseníase e Doenças Infecciosas e Parasitárias se uniram ao tradicional curso de dermatopatologia tropical, referência em doenças infectocontagiosas, para a realização de quatro eventos dermatológicos: o IV Simpósio Nacional de Hanseníase, o III Simpósio de Doenças Infecciosas e Parasitárias, o IV Simpósio Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e o XXX Curso Prático de Dermatopatologia Tropical e Meio Ambiente. Coordenados pelos dermatologistas Joel Lastória (SP), Dilhermando Calil (SP), Walter Belda Junior (SP) e Alberto Cox Cardoso (AL), respectivamente, os cursos de atualização receberam grande quantidade de inscritos que assistiram a aulas sobre temas atuais e relevantes na área dermatológica, durante os dias 19 e 20 de março.

“A ideia dos eventos visa ao princípio régio da SBD que é a Educação Médica Continuada em dermatologia, levando o conhecimento a todos os nossos colegas e, principalmente, aos que muito em breve irão prestar o TED”, expli-

ca Dilhermando Calil. Vidal Haddad, do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias espera que esse formato se mantenha e explica:“Os quatro eventos ligados a doenças infecciosas têm dois objetivos: valorizar esses temas de caráter tropical, que sempre foram a mola propulsora da dermatologia brasileira perante outros países, e agrupar uma grande parcela de conhecimento em um evento único e curto, visando aos novos dermatologistas”, resume.

Sinésio Talhari menciona que, nos últimos anos, a SBD tem dado mais importância às dermatoses infecciosas. “A inserção da SBD é importantíssima, pois marca território e mostra à população que o dermatologista é um profissional que sabe cuidar do estético, mas trata de agravos à saúde que podem incapacitar ou mesmo levar à morte.”

Psicoder matologia O Departamento de Psicodermatologia da SBD, composto pelos dermatologistas Marcius Achiamé Peryassú, Márcia Senra, Patrícia Magalhães, Iara Yoshinaga e Luciana Conrado, formulou sete sugestões para melhor atendimento, observando o aspecto psicológico da relação médico/paciente, e as compartilha com os leitores do Jornal da SBD. “Esperamos que essas sugestões sejam úteis para todos”, afirma Marcius Peryassú, coordenador do departamento. São elas:

É aconselhável que a ficha do paciente seja feita pelo próprio dermatologista. Durante a coleta de dados é interessante mostrar interesse por alguns aspectos, tais como profissão, cidade em que nasceu e algum aspecto que chame a atenção do dermatologista. Esse é o primeiro contacto, e o interesse pelo

paciente cria laço muito positivo.

A maneira de abordar a queixa é um segundo ponto interessante. “Como posso ajudá-lo?” faz com que o indivíduo sinta que ali está um profissional com quem poderá contar. Esse sentimento representa um bom começo de tratamento.

O exame dermatológico deve incluir contato físico com o paciente.Tocar sua pele e passar a mão sobre a área doente mostram que você não tem medo ou nojo do que está vendo. Use luvas apenas em lesões que as demandem e nas áreas íntimas do paciente. Não tenha vergonha de lavar as mãos após o exame – isso demonstra que

você tem cuidado consigo e com os próximos pacientes.

A norma do exame dermatológico segundo a qual primeiro examinamos e depois perguntamos nos oferece o grande recurso de ouvir o paciente. Lembre-se de que ouvir é altamente terapêutico. A verbalização dos problemas, ainda que aparentemente sem relação com o que estamos vendo, é útil para o tratamento. Se fizer perguntas, você vai obter apenas respostas e nada mais. Deixe seu paciente falar. Estabeleça um tempo da consulta para isso. É muito importante a visão global do paciente, avaliando seu estado emocional, bem como, dentro das possibilidades de cada dermatologista, conversar sobre a possível influência de situações de estresse e angústia, recentes ou antigas, sobre a doença que estamos examinando. Declarar que se trata de causa emocional é muito vago. Vale perguntar se o paciente gostaria de falar sobre o que o está estressando.

Sua receita deve ser clara; de preferência utilize o computador e sua impressora. Leia em voz alta para o paciente suas recomendações. Permita que ele tire suas dúvidas quanto à medicação.

Deixe sempre um ou mais telefones de contato para que ele se sinta amparado.

Marque retorno para avaliar sua melhora. As palavras positivas são muito úteis no tratamento. É comum o paciente, no retorno, não conseguir perceber melhoras. Mostre-lhe a evolução da doença e o desaparecimento de sintomas (o prurido diminui, a dor desapareceu, não está tão edemaciado). Trabalhe-se para lidar com suas frustrações e onipotência nos casos em que o paciente voltar sem melhora ou até pior.

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Regionais Goiás

Piauí

Rio Grande do Sul

Bahia

Rio Grande do Norte São Paulo

Rio Grande do Norte

A Regional do Rio Grande do Norte vai realizar de 3 a 5 de junho mais uma edição do DermaNatal, que este ano traz novidades. O 5o Curso Nacional de Dermatologia Geriátrica, sob coordenação de Maurício Alchorne, foi incorporado à jornada. A programação científica contemplará assuntos diversificados voltados para a dermatologia atual.

Entre os palestrantes convidados estão Alexandre Filippo (RJ), Alice Avelar Alchorne (SP), Andreia Mateus Moreira (RJ), Arnóbio da Penha Pacheco (RN), Emmanuel Rodrigues de França (PE), Maria Gavazzoni Dias (RJ), Omar Lupi (RJ) e outros.“Convidamos os colegas de todo o Brasil para prestigiar nosso evento e aproveitar os belos roteiros de turismo que nossa cidade oferece. Esta edição inclui a programação e um roteiro de lazer ao final do evento”, informa o presidente da Regional RN, Sidney Augusto.

Rio Grande do Norte II Em comemoração ao Dia do Dermatologista, a Regional potiguar promoveu jantar comemorativo em clima de total

Goiás

descontração, no Versailles Recepções. Durante o evento, o presidente Sidney Augusto enalteceu os profissionais que trabalham de forma ética e que tratam o paciente com respeito. "A atual diretoria vem se preocupando com a crescente multiplicação de médicos que querem fazer da dermatologia um balcão de negócios. Aproveito o Dia do Dermatologista para congratular os que fazem dessa especialidade sua vida ao trabalhar com dedicação e apreço.”

Piauí

Lauro Lourival Lopes Filho

Em 5 de fevereiro a SBD-GO comemorou o Dia do Dermatologista com happy hour regado a vinho, com bacalhau e muita alegria em um restaurante português. A confraternização reuniu mais de 90 participantes que na ocasião puderam acompanhar o lançamento da Campanha de Valorização do Dermatologista em Goiás. Na cidade de Goiânia, a ação está sendo realizada por meio de outdoors e busdoors. Inserções em rádios darão alcance à CVD em todo o estado de Goiás.

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No dia 5 de fevereiro, o dermatologista Lauro Lourival Lopes Filho foi empossado como presidente da Academia de Medicina do Piauí. Membro desde 2000, hoje ele assume o cargo máximo, sendo o único dermatologista entre os 50 imortais da Academia.

Lauro também é o atual presidente da Regional Piauí da SBD.

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São Paulo

A SBD-RESP realizou a 14a Radesp de 19 a 21 de novembro do ano passado em São José do Rio Preto (SP). Cerca de três mil pessoas entre congressistas, acompanhantes e representantes de indústrias farmacêuticas participaram do evento dermatológico, que foi considerado o segundo maior realizado no Brasil em 2009, pelo recorde de inscrições de dermatologistas paulistas e de outros estados. No encontro, foram realizadas 87 palestras, cursos em vídeo e a interface com outras especialidades, como reumatologia, ginecologia, cirurgia geral e endocrinologia.

Os 26 procedimentos práticos ao vivo (PPV) demonstraram a utilização da toxina botulínica, preenchimentos, lasers fracionados ablativos e não ablativos, radiofrequência e infravermelho. Nas dependências do Hospital de Base, os 24 cursos práticos e workshops, mostraram a 1.500 médicos as mais modernas práticas da cirurgia dermatológica. Cinco convidados estrangeiros trouxeram as mais recentes novidades nas áreas de dermatologia clínica, cirúrgica e cosmiátrica, laser e testes genéticos.

O presidente da SBD, Omar Lupi, apontou a abordagem de variados assuntos e as novidades lançadas como um dos principais fatores do sucesso da Radesp. “É sempre um privilégio estar presente no maior evento de dermatologia do estado de São Paulo. Só tenho a agradecer à equipe liderada pelo Dr. João Roberto Antonio que, com muita capacidade e dedicação, fez desta reunião uma

Rio Grande do Sul

Nos dias 16, 17 e 18 de abril, Porto Alegre receberá a 18 a Jornada Sul-Brasileira de Dermatologia. O evento, tradicional no estado, reunirá dermatologistas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina para o aprimoramento e a troca de experiências. O programa científico inclui painel de procedimentos ao vivo – com transmissão simultânea no primeiro dia de evento – e atividades teóricas nos dois dias seguintes. A Regional convoca os dermatologistas de outros estados para participar do evento e desfrutar da hospitalidade gaúcha.

concentração de grandes profissionais em nível nacional.”

A programação social incluiu três noites com eventos temáticos: a Festa Indiana no Villa Conte, em ambiente inspirado nos palácios dos marajás orientais, com comidas típicas; a Balada Inneov no local em que ocorria a programação científica e, para encerrar, a festa com jantar caipira servindo boi e porcos no rolete, também no Villa Conte. Na última noite de festa, João Roberto Antonio despediu-se da gestão 2009 da SBD-RESP com a mensagem de que a presidência lhe permitiu a grata convivência com pessoas que se tornaram especiais por suas maneiras de ser ou de agir, solidificando em seus sentimentos os profundos conceitos de companheirismo e de amizade.

Bahia

A diretoria da SBD-Regional Bahia realizou durante todo o ano de 2009 a Campanha de Valorização do Dermatologista. Panfletos, adesivos de carro, outdoors espalhados nas principais avenidas de Salvador e de Feira de Santana, busdoors e inserções na mídia impressa foram os meios que a Regional usou para divulgar junto à população a importância de consultar dermatologista sócio da SBD. “Ao longo de 2009, fizemos vários cursos e palestras, sempre contando com a participação de nossos associados”, afirma a presidente da instituição, Anete Olivieri.

No balanço do ano que passou, ela conta que as participações das campanhas de psoríase e câncer da pele foram muito bem sucedidas. “Atribuo à mobilização de todos os voluntários, que se revezaram na distribuição de folhetos explicativos à população, orientando sobre os aspectos da doença.Todos estão de parabéns.”

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Serviços Credenciados Hospital de Clínicas de Porto Alegre A partir deste ano, o Serviço de Dermatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (UFRGS) passa a ter cinco vagas de residência médica em dermatologia credenciadas pelo MEC.“A conquista reconhece a qualidade do Serviço e a importância da especialidade, já que poucos hospitais receberam essa oportunidade”, ressalta Tania Cestari, chefe do Serviço.

1a Jornada Catarinense de Dermatologia e 8a Jornada do Hospital Universitário da UFSC Manifestações cutâneas de doenças sistêmicas, tumores cutâneos, histiocitoses não malignas e margem de segurança nos carcinomas basocelulares foram alguns temas abordados na 1a Jornada Catarinense de Dermatologia e na 8a Jornada do Serviço de Dermatologia, realizadas nos dias 19 e 20 de fevereiro, em Florianópolis. Dermatologistas de todo o Brasil, como Jesus Santamaría (PR), Luis Fernando Figueiredo Kopke (MG), Maria Auxiliadora Jeunon (RJ), Paulo Velho (SP), entre outros, debateram casos clínicos no bloco de encerramento.

Os eventos tiveram a coordenação do presidente da SBD-SC, Nilton Octávio Campos Lobo e Silva, e do chefe do Serviço de Dermatologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Daniel Holthausen Nunes.

Grupo Unicinco

Universidade Federal de Pernambuco

Sob a coordenação de Celia Moraes Alves, a Faculdade de Medicina de Jundiaí realizou em 25 de janeiro a 21a reunião do Unicinco, grupo formado pelos serviços de dermatologia do Complexo Hospitalar Heliópolis, Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos, Faculdade de Medicina de Jundiaí, Instituto Lauro Souza Lima de Bauru e Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Na oportunidade, residentes, especializandos e assistentes dos serviços assistiram a aulas teóricas ministradas pelos colegas Ed Wilson Rossoe, Laura Furlani e José Roberto Pegas, e passaram por treinamento prático de cirurgia experimental em pata de porco.

O chefe do Serviço, Prof. Josemir Belo, comunica que a UFPE realizará concurso público para preenchimento de três vagas de professor adjunto de dermatologia. O pré-requisito é que o candidato tenha doutorado ou livre-docência. Mais uma vez, a seleção para a residência médica em dermatologia do Hospital das Clínicas/UFPE teve a maior relação candidato/vaga, com 20 candidatos.

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Faculdade de Medicina do ABC Com o objetivo de proporcionar conceitos, instrumentos técnicos e competências sobre a dermatoscopia, a Faculdade de Medicina do ABC promove, a par tir de março, o curso de formação em dermatoscopia.

Serão oito aulas, divididas em quatro módulos e com término previsto para o mês de junho. De acordo com o coordenador do curso, Francisco Macedo Paschoal, qualificar o par ticipante a empregar o método no diagnóstico diferencial das lesões pigmentadas cutâneas, no seguimento e monitoramento dos nevos melanocíticos e no diagnóstico diferencial das doenças de cabelo e do couro cabeludo é meta impor tante.

Para inscrições e informações os interessados devem falar com Silmara pelo telefone (11) 4993-5476 ou pelo e-mail dermatologia@fmabc.br.