SBC-AL em Revista Ed.05

Informativo Oficial da Sociedade Brasileira de Cardiologia | Estadual de Alagoas DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | ANO 03 - Nº 05 - NOV 2022

ALAGOAS

NOTAS E NOTÍCIAS Ações sociais, eventos, homenagens

ARRITMIAS CARDÍACAS

MITRACLIP Tratamento minimamente invasivo da insuficiência mitral

O que são, causas e como tratar

CIGARRO ELETRÔNICO

PRESSÃO ARTERIAL

DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO

fora dos consultórios

Inimigo e não aliado

EXPEDIENTE SBC-AL em revista Ed. 05 | novembro de 2022 Diretoria SBC/AL - gestão 2022/2023 Presidente Pedro Henrique Oliveira de Albuquerque CRM: 6397 AL | CLÍNICA MÉDICA - RQE: 3102 | CARDIOLOGIA - RQE: 3270

Vice-presidente Roberta Rodrigues Nolasco Cardoso CRM: 5793-AL | CLÍNICA MÉDICA - RQE: 2769 | CARDIOLOGIA - RQE: 3549

Diretor Administrativo Carlos Emídio da Mota Araújo CRM: 4590-AL | CARDIOLOGIA - RQE: 4134

Diretor Financeiro Luciano Borba de Araújo CRM: 4307-AL | CLÍNICA MÉDICA - RQE: 4512 | CARDIOLOGIA - RQE: 2491 | ECOCARDIOGRAFIA - RQE: 3837

Diretor de Comunicação Rafael Rebêlo César Cavalcanti

Indice

CRM 5660-AL | CARDIOLOGISTA - RQE: 3687 | CARDIOLOGISTA INTERVENCIONISTA - RQE: 4282

Diretora de Promoção à Saúde (FUNCOR) Cintia Gonçalves Fontes Lima CRM: 5275-AL | CLÍNICA MÉDICA - RQE: 3164 | CARDIOLOGIA - RQE: 3239

Diretor de Qualidade Assistencial (DQA) Marcus da Rocha Sampaio

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PALAVRA DO PRESIDENTE

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ARRITMIAS CARDÍACAS

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PRESSÃO ARTERIAL

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MITRACLIP

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CIGARRO ELETRÔNICO

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DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO

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NOTAS E NOTÍCIAS SBC-AL

CRM: 3003-AL | CARDIOLOGIA - RQE: 674 | HOMEOPATIA - RQE: 675

Diretor Científico Carlos Romério Costa Ferro CRM: 4258-AL | CARDIOLOGIA - RQE: 2485 | ELETROFISIOLOGIA INVASIVA - RQE: 2495

Membros da Comissão Científica Antônio Leilton Luna Machado Júnior CRM: 4274-AL | CARDIOLOGIA - RQE: 2163

Evandro Martins Filho CRM: 6602-AL | CARDIOLOGIA - RQE: 3177 | CARDIOLOGISTA INTERVENCIONISTA - RQE: 3235

José da Silva Leitão Neto CRM: 6031-AL | CIRURGIA CARDIOVASCULAR - RQE: 4329

Lucyano Ferreira Fausto CRM: 5360-AL | CARDIOLOGIA - RQE: 2511 | ECOCARDIOGRAFIA - RQE: 2512

Sérgio Francisco dos Santos Júnior CRM: 4964-AL | CIRURGIA CARDIOVASCULAR - RQE: 3082

Wanessa Ferreira Vanderlei dos Anjos Bohrer CRM: 5617-AL | PEDIATRIA - RQE: 3536

Delegado Pedro Ferreira de Albuquerque CRM: 1153-AL | CARDIOLOGIA - RQE: 90 | ERGOMETRIA - RQE: 2057

Secretária Silvane Couto de Moraes Sociedade Brasileira de Cardiologia Estadual de Alagoas (SBC/AL) Rua Engenheiro Mario de Gusmão, nº 18, Galeria Arnaldo Paiva, Sala 27 Pajuçara – Maceió – AL Revisão e Edição de Texto Júlia Montesanti Projeto Gráfico e Edição de Arte Carolina Montesanti Smilari Atendimento ao Leitor contato@jotafrogs.com.br Tiragem: 500 exemplares | Trimestral Distribuição: gratuita em clínicas e hospitais de Alagoas A inclusão de nome de colaboradores nesse expediente não implica em vínculos empregatícios. A Revista SBC AL não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores, nem pelo conteúdo dos anúncios publicados. SCB AL em revista é editada pela Jota.Frogs | Fotos e ilustrações ©|Depositphotos.com e arquivo SBC-AL

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Palavra do

Dr. Pedro Henrique de Oliveira Albuquerque Presidente SBC/AL 2022-2023

PRESIDENTE No dia 20 de agosto de 2022, a nossa SBC Alagoas

Antes da fundação da SBC/AL, iluminados médicos

completou 40 anos. Fomos fundados por um seleto

trabalharam de maneira desbravadora aplicando o

grupo de cardiologistas alagoanos, os quais temos

melhor que se conhecia da cardiologia para a

muito orgulho de citá-los: Drs. José Wanderley Neto,

sociedade alagoana, foram eles: Drs. Alfredo Ramiro

Gilvan Oliveira Dourado, Flávio Bomm Loureiro, José

Basto (in memorian), Cláudio Albuquerque (in

Roberto Nolasco de Araújo, Sadí de Carvalho Filho,

memorian), José Rocha (in memorian) e José de

Antônio de Biase Wyszomirski, Pedro Ferreira de

Carvalho Trigueiros (in memorian), médicos pioneiros

Albuquerque e Cid Célio Cavalcante.

da cardiologia em nosso Estado.

Há 40 anos, esse honrado grupo de médicos tinha

Temos como objetivo continuar honrando nossa

como objetivo reunir todos aqueles que se

SBC/AL, aprendendo com o passado e aplicando

dedicavam, no seu cotidiano, à prática e à ciência

uma cardiologia atualizada e sempre humanizada em

das cardiopatias, com intuito de discutir e aprender

prol da saúde dos alagoanos.

cardiologia para o alcance do objetivo nal: o Parabéns a todos os cardiologistas de Alagoas!

e u q i r n e H Pedro

controle das doenças cardiovasculares, as quais conguram como principal causa de óbito nos dias atuais.

PRESIDENTES SBC/AL 40 ANOS

1982 -1986

1987-1988

1988-1991

1991-1993

1993-1995

José Wanderley Neto

Gilvan Oliveira Dourado

Flávio Bonm Loureiro

José Roberto Nolasco de Araújo

Sadí de Carvalho Filho

1995-1997

1998-1999

2000-2002

2003-2004

2004-2006

Ricardo Cesár Cavalcanti

Ana Cecília Cansanção N. Barbosa

Marco Antônio Mota Gomes

Antônio de Biasi Wyszomirski

Francisco de Assis Costa

2006-2007

2008

2009-2011

2012-2013

2014-2015

Maria Alayde Mendonça da Silva

Mirian Lira de Castro Vasconcelos (In memoriam)

Ivan Romero Rivera

Alfredo Aurélio Marinho Rosa

Carlos Alberto Ramos Macias

2016

2016-2017

2018-2019

2020-2021

2022-2023

Pedro Ferreira de Albuquerque

Eolo Ribeiro de Alencar Neto

Edvaldo Ferreira Xavier Júnior

Carlos Romério Costa Ferro

Pedro Henrique Albuquerque

janeiro

2021

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Arritmias cardíacas O que são, causas e como tratar

O conceito de arritmia cardíaca é denido como qualquer alteração no ritmo cardíaco, resultante de anormalidades na formação ou na condução do estímulo elétrico pelo coração. As arritmias se classicam em bradicardias, quando a frequência cardíaca é inferior a 50 batimentos por minuto (bpm), e em taquicardias, quando a frequência cardíaca é superior a 100 bpm. A importância de se ter o conhecimento dessas arritmias advém dos sintomas que os pacientes apresentam, desde palpitações (principal queixa), tontura, desmaio, até os desfechos mais graves, como a morte súbita.

Dentre as arritmias, as extrassístoles são as mais comuns de todas e a brilação atrial a arritmia sustentada mais frequente. As arritmias podem ser oriundas de qualquer região do coração, como átrios, estruturas do sistema de condução diferenciadas e ventrículos. Saber a origem da arritmia e classicá-la como benigna ou maligna é muito importante, pois dependendo do local originado, do tempo em arritmia e das consequências para o coração e paciente, as condutas para o tratamento são bem diferentes.

No caso das bradiarritmias, se agudas e reversíveis, o uso de drogas como a atropina, que aumenta a frequência cardíaca, pode ser feito com sucesso em algumas situações. Mas às vezes, para tratar bradiarritmias persistentes ou permanentes, temos que nos dobrar ao uso de aparelhos, inventados pelo homem, como o marcapasso cardíaco articial, para controle da frequência cardíaca muito baixa e sintomática. Já no caso das taquiarritmias, temos um arsenal terapêutico medicamentoso maior, mas nem sempre ecaz.

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novembro 2022

Dependendo do local originado, do tempo em arritmia e das consequências para o coração e paciente, as condutas para o tratamento são bem diferentes.

Por Dr. Carlos Emídio CRM: 4590-AL CARDIOLOGIA RQE Nº 4134 - Especialista em cardiologista pela SBC - Preceptor do programa de residência médica de cardiologia da Santa Casa de Maceió - Professor de cardiologia dos alunos do sexto ano da faculdade CESMAC

Drogas como adenosina, betabloqueadores, amiodarona, propafenona, dentre outras, são muito úteis no controle de determinadas taquiarritmias.

Mas, temos exceções, como em quase tudo, em que temos mais uma vez que recorrer às invenções tecnológicas. Em alguns tipos de arritmias precisamos realizar o estudo eletrosiológico e a ablação dos focos arritmogênicos. No caso de disritmias ventriculares, com caráter maligno (causam morte súbita), precisamos nos valer de dispositivos como o CDI (cardioversor desbrilador implantável), implantando esse aparelho permanentemente em alguns pacientes com indicação precisa, pois algumas dessas arritmias somente revertem para o ritmo normal disparando descarga elétrica externa (desbrilador) ou intracavitária (CDI).

Visto isso, conclui-se a importância de se procurar um médico cardiologista para a prevenção dessas patologias, que podem ser assintomáticas e identicadas apenas com auxílio de exames complementares, como o eletrocardiograma, ou surgirem em pessoas aparentemente saudáveis que se queixam apenas de simples palpitações. novembro 2022

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PRESSÃO ARTERIAL fora dos consultórios O valor da medida da pressão arterial fora dos consultórios

Embora o diagnóstico de hipertensão arterial deva ser feito pela correta medida da pressão arterial (PA), utilizando-se equipamentos validados e calibrados (preferencialmente os oscilométricos digitais), com a realização de três medidas (preferentemente simultâneas), e em duas visitas, a identicação dos diversos fenótipos do comportamento da PA, quase sempre, exige a medida da pressão fora dos consultórios.

Os métodos diagnósticos mais importantes utilizados na diferenciação dos diversos fenótipos do comportamento da PA são: a monitorização ambulatorial de pressão arterial (MAPA) e a monitorização residencial da pressão arterial (MRPA ou MAPA 5d).

Nunca foi tão importante medir a pressão arterial fora dos consultórios

A Diretriz de Hipertensão Arterial 2020 (DBHA 2020) sugeriu que todos os pacientes considerados préhipertensos (130 a 139 mmHg e/ou 85 a 89 mmHg) realizem um dos dois métodos para afastar hipertensão mascarada; e com os hipertensos estágios 1 e 2, que também assim se proceda, na identicação dos prováveis hipertensos do avental branco.

A DBHA 2020 também ressaltou duas novas estratégias de medida da PA. Uma é a medida desacompanhada da pressão arterial (MDPAC), realizada no interior da clínica, mas com o paciente sozinho numa sala devidamente preparada com equipamento que suporte essa tecnologia, que não só tem a nalidade de melhorar o diagnóstico, mas especialmente de auxiliar a decisão terapêutica.

A segunda forma proposta valeu-se da época da pandemia, quando os pacientes estavam connados em suas casas, e medindo de forma compulsiva a PA. Reconhecendo essa realidade, foi sugerida a implementação da automedida da pressão arterial (AMPA). Essa medida não serve para identicação de fenótipos (embora possa ajudar), e sua principal função é a vericação de controle da hipertensão, e melhora da adesão ao tratamento.

Os tempos presentes nos ensinam que “nunca foi tão importante medir a pressão arterial fora dos consultórios”.

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novembro 2022

SUGESTÃO DE LEITURA Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol. 2021; 116(3):516-658.

Por Dr. Marco Antônio Mota-Gomes

Feitosa ADM, Mota-Gomes MA, Barroso WS, et al. Blood pressure cutoffs for white-coat and masked effects in a large population undergoing home blood pressure monitoring. Hypertens Res. 2019;42(11):1816-23.

CRM: 718-AL CARDIOLOGIA RQE Nº: 441 MEDICINA DO TRABALHO RQE Nº: 135044 - Investigador principal do Centro de Pesquisas Clínicas Dr. Marco Mota (Centro Universitário Cesmac | Hospital do Coração de Alagoas) - Professor titular de cardiologia aposentado da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Professor de cardiologia do Centro Universitário Cesmac

Feitosa ADM, Mota-Gomes MA, Barroso WS, et al. The impact of changing home blood pressure monitoring cutoff from 135/85 to 130/80 mmHg on hypertension phenotypes. J Clin Hypertens (Greenwich).

2021;23(7):1447-51.

novembro 2022

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MitraClip tratamento minimamente invasivo da insuciência mitral

Figura 01

A RM se divide em dois tipos: (1ª) Primária: relacionada à doença dos componentes do aparato valvar mitral; (2ª) Secundária (funcional): relacionada à doença do VE com subsequente alteração de sua geometria e dilatação valvar secundária.

Cateter de entrega

Figura 02

Figura 03

Fluxo sanguíneo

Regurgitação mitral

Cateter de entrega

MitraClip

MitraClip in Situ Aumento do fluxo sanguíneo pela aorta

Redução ou desaparecimento da regurgitação mitral

Figura 04

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novembro 2022

A valva mitral é um aparato complexo composto de cordas tendíneas, músculos papilares e folhetos que se abrem, permitindo a passagem do sangue do átrio (AE) para o ventrículo esquerdos (VE), e se fecham, evitando o seu retorno no sentido contrário da circulação, condição chamada de regurgitação mitral (RM). Esta patologia causa aumento de morbimortalidade, além de ser responsável por internações repetidas por insuciência cardíaca, em estágios mais avançados da doença.

O ecocardiograma transtorácico diagnostica a RM, podendo a avaliação ser complementada com o transesofágico para um detalhamento especíco, sobretudo para o planejamento do tratamento percutâneo.

O tratamento cirúrgico clássico da RM grave com a substituição ou plastia da valva mitral é conhecidamente capaz de reduzir a mortalidade e promover o alívio de sintomas. Entretanto, muitos pacientes possuem elevado risco cirúrgico, devido à idade avançada e diversas comorbidades associadas. É neste cenário que o procedimento minimamente invasivo da RM entra como uma excelente alternativa.

O tratamento percutâneo funciona como uma plastia mitral, é conhecido “edge-to-edge mitral valve repair”, que se utiliza de avançada tecnologia com implante de clips (MitraClip®, gura 01) para pinçar os folhetos da mitral no local da regurgitação, entregues de maneira endovascular pela veia femoral (gura 02), coaptando-os e reduzindo a RM (guras 03 e 04).

Por Dr. Rafael Rebêlo César Cavalcanti

O estudo EVEREST II, em 2011, demonstrou que este procedimento é seguro, trazendo melhora sintomática aos pacientes. De maneira complementar ao estudo Mitra-FR, o estudo COAPT evidenciou, com a adequada seleção dos pacientes, especialmente naqueles com mais RM e VE menos dilatado, que o MitraClip reduziu hospitalização e mortalidade nos sintomáticos com insuciência cardíaca e RM (3-4+).

Uma metanálise de 2020 demonstrou resultados comparáveis entre cirurgia convencional e MitraClip, com segurança e mortalidade semelhantes. Em 2022, o MitraClip demonstrou que mais de 30% dos pacientes em la pré-transplante cardíaco conseguiram melhora clínica, possibilitando a ponte para o transplante.

O procedimento do MitraClip é realizado na hemodinâmica, atualmente indicado tanto para a RM de etiologia 1ª como 2ª, com critérios de inclusão mais abrangentes e melhores resultados alcançados com as novas gerações dos dispositivos. Já foram mais de 40.000 beneciados no mundo, com resultados satisfatórios e adequado perl de segurança.

CRM: 5660-AL CLÍNICA MÉDICA RQE Nº: 3688 CARDIOLOGIA RQE Nº: 3687 CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA RQE Nº: 4282 - Cardiologista Intervencionista do Hospital do Coração de Alagoas - Pós-graduado em cardiologia intervencionista (hemodinâmica) pelo InCor-USP - Formação complementar em intervenções cardíacas estruturais no Instituto Universitário de Cardiologia e Pneumologia de Quebec – Canadá - Especialista em cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia – SP - Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia-AL e da Sociedade Norte Nordeste de Cardiologia Intervencionista

este procedimento é seguro, trazendo melhora sintomática aos pacientes

novembro 2022

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Cigarro eletrônico: inimigo e não aliado

Há dados que indicam que o cigarro eletrônico aumenta em 42% o risco de infarto.

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novembro 2022

O aumento do uso do cigarro eletrônico vem preocupando bastante o sistema de saúde e cardiologistas em geral. O equipamento, que surgiu com a promessa de auxiliar as pessoas com diculdade em cessar o tabagismo, na verdade diculta ainda mais este processo.

Há estudos que mostram que aqueles que aderem ao cigarro eletrônico têm 4 vezes mais chances de se tornarem dependentes que aqueles que usam o cigarro convencional. E a maioria daqueles viciados no cigarro convencional que aderem ao dispositivo eletrônico, voltam a fumar o cigarro convencional, cando com dois tipos de tabagismo.

O cigarro eletrônico pode chegar a ter 60 mg/mL de nicotina, enquanto o cigarro convencional possui 1mg de nicotina por cigarro. Se o cigarro convencional já provoca tantos danos, qual a proporção de problemas que o cigarro eletrônico pode provocar?

Como a nicotina age no organismo?

A nicotina é absorvida no pulmão, vai até o cérebro e até o coração, e age aumentando a frequência cardíaca, a pressão arterial e consequentemente o risco cardiovascular Sabe-se que cigarro convencional leva de 10-30 anos para resultar num malefício cardiovascular e oncológico maior. Já o cigarro eletrônico, com menos de dois anos, já há casos de óbitos reportados.

O cigarro eletrônico provoca uma doença chamada Evali, sigla em inglês para lesão pulmonar induzida pelo cigarro eletrônico. A mistura que mais provoca Evali é composta por vitamina E, THC (principal componente ativo da maconha) e nicotina. Em 30% dos usuários, apenas a utilização da nicotina já foi capaz de causar a doença.

Em países que adotaram esses produtos, há um crescente aumento de eventos cardiovasculares na população abaixo de 50 anos de idade. Há dados que indicam que o cigarro eletrônico aumenta em 42% o risco de infarto.

Antes da pandemia de Covid-19, os Estados Unidos registraram 68 óbitos por conta do cigarro eletrônico.

Desses, 70% deles eram jovens com menos de 34 anos de idade. Eles foram diagnosticados com a Evali.

Por isso, ca a mensagem. O cigarro eletrônico não é um aliado no combate ao tabagismo, pelo contrário: seus danos podem ser ainda maiores.

Conra algumas orientações que podem ajudá-lo a de fumar: A parada imediata.

Escolha uma data e, nesse dia, deixe de fumar.

Prera essa como primeira opção. Ÿ

A parada gradual Caso não consiga realizar a parada imediata, tente reduzir o número de cigarros. Ÿ

Para isso, é só contar o número de cigarros fumados por dia e passar a fumar um número menor a cada dia.

Outra forma de fazer a parada gradual é adiar a hora em que começa a fumar o primeiro cigarro do dia. Vá adiando o primeiro cigarro por um número de horas predeterminado a cada dia até chegar o dia em que você não fumará nenhum cigarro.

Caso faça a parada gradual, você não deve gastar mais que duas semanas nesse processo. Ÿ

Não use o cigarro eletrônico com a nalidade de parar de fumar

Caso não consiga parar sozinho, procure um prossional de saúde.

A combinação de medicamentos e suporte psicológico é bastante ecaz para eliminar o tabagismo.

Vale ressaltar que o tratamento precisa ser individualizado.

Por Dr. Pedro Henrique Oliveira de Albuquerque CRM: 6397-AL CLÍNICA MÉDICA - RQE: 3102 CARDIOLOGIA - RQE: 3270 - Presidente da Sociedade Alagoana de Cardiologia - 2022/23 (SBC/AL) - Diretor de qualidade assistencial da Sociedade Norte/Nordeste de Cardiologia - 2020/21(SBC NN/NE) - Residência em cardiologia e ecocardiograa pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) - Especialista em Cardiologia pela SBC (sociedade Brasileira de Cardiologia) - Especialista em Ecocardiograma pelo DIC/SBC (Departamento de Imagem Cardiovascular da SBC)

novembro 2022

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O dia mundial do

coração

No dia 29 de setembro comemorou-se o dia mundial do coração. Exatamente do coração, esse órgão precioso, misterioso e essencial para a manutenção da vida, que começa a trabalhar diuturnamente por volta da terceira semana da vida fetal e que funciona sem parar até o m, sem direito a férias, folgas, feriados, recessos ou descansos de nenhuma natureza, e que bate, em média, aproximadamente três bilhões de vezes ao longo de uma existência humana.

Eis aí o coração. Cantado em verso e prosa, romantizado pelos poetas e idealizado pelos amores, mas muito maltratado na rotina do dia a dia, seja física ou emocionalmente falando. E é justamente isso o que se busca combater nessa data comemorativa: alertar a população sobre a importância de conservar hábitos positivos de vida e assim preservar a saúde do músculo vital.

Sabe-se que, no Brasil, cerca de 15 a 20 milhões de indivíduos possuem alguma doença cardíaca, e que pelo menos 400 mil pessoas morrem anualmente em decorrência dessas enfermidades, o que corresponde a mais ou menos 30% de todos os óbitos registrados no país, números provavelmente muito exacerbados em virtude da pandemia de Covid-19.

A SBC/AL, ciente de seu papel educativo, não poderia deixar passar a oportunidade sem fazer algumas advertências simples, porém relevantes para que a população tenha mais e melhores dias de vida.

Inicialmente, é fundamental que se tenha a consciência de que, apesar da maioria dos problemas do coração se manifestar da idade adulta, é ainda na infância que se origina o processo aterosclerótico, responsável pela maior parte das doenças cardiovasculares.

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novembro 2022

Portanto, é preciso cuidar da saúde da criança, orientando e apresentando-lhe um estilo de vida saudável, em que se estimula a prática regular de atividades físicas, assim como a adoção de dietas sadias, longe, tanto quanto possível, de alimentos ultraprocessados, gordurosos, calóricos e ricos em sal, costumes estes que devem acompanhar o adulto, com idas rotineiras a um médico cardiologista e controle rigoroso dos principais fatores de risco modicáveis: hipertensão arterial, diabetes, colesterol, peso; abandono denitivo do tabagismo e do sedentarismo.

Regra do bem viver: manter a mente ativa, o coração alerta e o corpo sempre em movimento. Estudos recentes indicam que qualquer movimento é melhor do que estar parado.

São dicas básicas e facilmente aplicáveis, apesar da correria do quotidiano. Recomendações que, se efetivamente postas em prática, certamente causarão forte impacto nesses dados estatísticos inquietantes, com diminuição expressiva de doenças incapacitantes e de mortes prematuras, tragédias diárias que tanta dor e sofrimento têm gerado a tantas famílias no Brasil e no mundo.

Por Dr. Francisco Costa CRM: 4199-AL CARDIOLOGIA RQE Nº: 15.163 HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA INTERVENCIONISTA RQE Nº: 98 - Mestre e Doutor em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo - Professor de cardiologia da UFAL e UNIT-AL - Membro da Academia Alagoana de Medicina

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NOTAS &

notícias

EVENTOS Em 2023, a Sociedade Brasileira de Cardiologia de Alagoas (SBC/AL) realizou dois cursos de grande relevância: o IX Curso de Eletrocardiograma e o Curso de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia (ACLS) em Maceió. Essas iniciativas foram um sucesso e demonstraram o compromisso da sociedade em promover a educação continuada e a excelência na prática cardiológica.

Tivemos também a solenidade de inauguração da reforma da sede da SBC/AL como parte das celebrações dos 40 anos de fundação.

Mas o ponto alto desse ano foi, sem dúvidas, o XV Congresso Alagoano de Cardiologia, que não apenas quebrou recordes de participação, mas também recebeu elogios efusivos tanto dos congressistas quanto dos palestrantes. O evento foi reconhecido como um marco inesquecível para a cardiologia alagoana, consolidando-se como um espaço de aprendizado, troca de experiências e atualização prossional.

AÇÕES SOCIAIS SBC/AL doa 90 kg de alimentos para a ONG Missão Faça-se

SBC realiza treinamento de técnicas de Suporte Básico de Vida (BLS) para uma equipe de 19 pessoas do Centro Médico Servimed no Parque Shopping, como parte do Projeto Hipervida.

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EVENTOS Recentemente, a SBC/AL promoveu dois grandes eventos locais: o Simpósio Arritmia em Foco e o Curso de Eletrocardiograma. Ambos contaram com grande adesão e arrecadação de alimentos, que foram destinados a Organizações Não-Governamentais. A SBC/AL tem como principais pilares fomentar o conhecimento e ajudar a sociedade: dever cumprido!

Simpósio Arritmia em Foco Em 27 de agosto o simpósio reuniu cardiologistas, residentes em cardiologia, clínicos, acadêmicos e enfermeiros para uma manhã de atualização em arritmias cardíacas com grandes nomes da cardiologia alagoana no Hotel Jatiúca.

Também contou com o Dr. Henrique César de A. Maia, convidado especial do DF. Palestrantes Dr. Carlos Romério Costa Ferro Dra.Cristiane Cavalca S. de Amorim Dra. Eveline Teixeira Tenório de Lima Dr. Henrique César de A. Maia (DF) Dr. Jadilma Mafra Barbosa Dra. Joyce Nogueira Dr. Marcelo Menezes Malta Dra. Maria Alayde de Mendonça Rivera Dra. Patrícia Caldas de Oliveira Dr. Pedro F. de Albuquerque Dr. Pedro Henrique O. de Albuquerque Dra. Roberta R. Nolasco Cardoso Dr. Saulo Rodrigo Ramalho de Morais

Curso de Eletrocardiograma Em 17 e 24 de setembro e 1 de outubro aconteceu o curso presencial de eletrocardiograma destinado aos prossionais de saúde que contou com grandes nomes da cardiologia alagoana, também no Hotel Jatiúca.

Palestrantes: Dr. Amilson Pachêco Dr. Carlos Romério Dra. Clarissa Oliveira Dr. Luciano Borba Dr. Marcelo Malta Dra. Patrícia Caldas de Oliveira Dr. Pedro H. Albuquerque Dr. Saulo Ramalho

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www.sbc-al.com.br @sbc.alagoas

UMA HOMENAGEM AOS FUNDADORES E PRESIDENTES DA SBC/AL QUE CONTRIBUIRAM PARA O CRESCIMENTO E SUCESSO AO LONGO DESSES 40 ANOS.

FUNDADORES SBC/AL

José Wanderley Neto

Gilvan Oliveira Dourado

Flávio Bonm Loureiro

José Roberto Nolasco de Araújo

Pedro Ferreira de Albuquerque

Antônio de Biasi Wyszomirski

Cid Célio Cavalcanti

Sadí de Carvalho Filho