Guia Campo de
E-BOOK
Época recomendada de caminhada
Rota Vicentina SW PORTUGAL 2.ª Edição
PVP: 12€
Setembro a Junho
Trilhos Pedestres
Trilhos Pedestres da Rota Vicentina Caminho Histórico Início / Fim Santiago do Cacém Vale Seco Cercal do Alentejo Cercal do Alentejo S. Luís Sabóia Odemira S. Teotónio Odeceixe Aljezur Arrifana Carrapateira Vila do Bispo Total
Início / Fim Vale Seco Cercal do Alentejo Porto Covo S. Luís Odemira Odemira S. Teotónio Odeceixe Aljezur Arrifana Carrapateira Vila do Bispo Cabo de S. Vicente
Distância (km) 18 23 16,5 20,5 25 33 19 17 / 15 19,5 12 24 21,5 14 263
Duração (h) 6h 6 h 30 5h 7h 8h 10 h 6h 6h/5h 6h 4h 8h 7h 4h
Grau de dificuldade 2 2 2 3 3 3 2 3/2 2 2 3 2 2
Página 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42
Distância (km) 10 20 15,5 22 18,5 22,5 17,5 20 / 21,5 16 20,5 19,5 12 11 226,5
Duração (h) 3h 8h 5 h 30 7h 7h 7h 6h 6 h 30 / 7 h 30 6 h 30 7h 8h 5h 4h
Grau de dificuldade 2 4 3 3 4 3 3 3 4 3 5 3 2
Página 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70
Distância (km) 9 4,5 8 / 13 7,5 6 / 12 3,5 5 / 8 / 13 8,5 11,5 8 / 12,5 8,5 13,5 10 15 14,5 / 16 7 14 6 / 13,5 7 / 17 10,5 14 5 8 10 / 15,5
Duração (h) 3 h 30 2h 2 h 30 / 4 h 2 h 30 2h/4h 1 h 30 2 h / 3 h 30 / 5 h 3h 4h 3h/5h 3h 4 h 30 3h 4 h 30 4 h 30 / 5 h 30 2 h 30 4 h 30 2 h / 4 h 30 2 h 30 / 5 h 30 3 h 30 5h 2h 3 h 30 3 h 30 / 5 h 30
Grau de dificuldade 3 2 1/2 2 1/3 1 3/3/4 3 3 2/3 2 3 2 2 3 2 3 1/3 2/3 2 3 3 4 3
Página 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 110 112 114 116 118 120
Trilho dos Pescadores Início / Fim S. Torpes Porto Covo V. N. Milfontes Almograve Zambujeira do Mar Odeceixe Aljezur Arrifana Carrapateira Vila do Bispo Sagres Salema Luz Total
Início / Fim Porto Covo V. N. Milfontes Almograve Zambujeira do Mar Odeceixe Aljezur Arrifana Carrapateira Vila do Bispo Sagres Salema Luz Lagos
Percursos Circulares 1 Santiago Histórico 2 Praia do Sissal 3 Arrozais de Campilhas 4 Cercal do Alentejo 5 Charcos Mediterrânicos 6 Hortas de S. Luís 7 Senhora das Neves 8 Dunas do Almograve 9 Troviscais ao Mira 10 S. Martinho das Amoreiras 11 Charneca de S. Teotónio 12 A caminho de Totenique 13 De Santa Clara à Barragem 14 Odeceixe-ao-Mar 15 Odeceixe-ao-Rio 16 Amoreira 17 Carrascalinho 18 Da Bordeira até ao Mar 19 Endiabrada e os Lagos Escondidos 20 Pontal da Carrapateira 21 Cerros da Carrapateira 22 Vilarinha 23 Amado 24 Cordoama Graus de dificuldade
1
Muito fácil
2
Fácil
3
Algo difícil
4
Difícil
5
Muito difícil
Caminho Histórico GR11/E9 CAMINHO DO ATLÂNTICO
Trilho dos Pescadores
Percusos Circulares
Via Algarviana
Mapa detalhado da rede de Trilhos Pedestres, à escala de 1:55 000 disponível para venda através da loja física e online da Rota Vicentina, rede de empresas parceiras, loja do Centro de Informação Geoespacial do Exército em Lisboa e alguns postos de turismo da região. 1
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Sobrea Região Situada no sudoeste de Portugal, a Costa Alentejana e Vicentina é a mais bela e bem preservada zona costeira do sul da Europa, uma pérola guardada por gentes locais e por valores naturais surpreendentes que apaixona cada vez mais amantes da natureza e do turismo activo e sustentável.
Continuando para o interior, chega-se às serras, rugas de rocha formadas nos choques continentais. As florestas de carvalhos e pinheiros e os afloramentos rochosos dominam a serra, povoada por grandes rapinas e carnívoros de hábitos nocturnos.
São 110 km de costa selvagem e cerca de 90 mil hectares de área protegida, inseridos no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, constituído por um conjunto variado de habitats, alguns deles ainda pouco alterados, onde existem diversas espécies de plantas endémicas e um grande número de espécies animais, com destaque para os anfíbios, aves e fauna marinha.
O sudoeste de Portugal tem um dos melhores climas do mundo e há milhares de anos que assim é... a prová-lo está o facto de esta região ter sido um refúgio para muitas espécies da flora e da fauna, durante as últimas glaciações. Muitas dessas espécies ficaram por cá até hoje, estando as populações mais próximas a centenas de quilómetros de distância. Também se encontram no Sudoeste português muitas espécies endémicas, ou seja, que não ocorrem em nenhum outro sítio do mundo.
Unida por duas regiões portuguesas de particular beleza, esta costa alia o romantismo e tranquilidade do Alentejo à única faixa litoral do Algarve verdadeiramente genuína e selvagem. Natureza, ruralidade, autenticidade e um clima ameno, temperado por mais de 300 dias de sol por ano, fazem desta região um destino imperdível para os amantes do turismo de natureza.
Os Invernos são breves e nunca são muito frios, mas oferecem a chuva suficiente para fecundar a terra para os nove meses em que o sol é rei. A harmonia em que por cá viveram a natureza e o Homem, desde a Pré-História, reflecte-se em habitats plenos de diversidade. Podem explorar-se as rochas deixadas a descoberto na maré vazia (com estrelas-do-mar, ouriços, percebes e búzios...), as falésias escuras do Alentejo (onde nidificam cegonhas, falcões, andorinhões, gralhas, rabirruivos...), as falésias brancas do Algarve (onde se encontram pegadas de dinossauros, fósseis de corais e grutas escuras com seres fantásticos), as dunas (com plantas raras e endémicas, outras aromáticas e medicinais...), a foz dos rios e ribeiros (onde se reproduzem peixes, moluscos e crustáceos), os planaltos costeiros (onde se observam as
Características da paisagem Quem chega ao Sudoeste de Portugal pelo mar encontra uma falésia elevada, de rocha muito antiga, escura na costa alentejana (xisto e grauvaque) e clara na costa algarvia (calcário). Sobre esta rocha do planalto costeiro, descansa uma fina camada de sedimentos, repleta de habitats e espécies singulares. Os rios e ribeiros rasgam este planalto com vales profundos, cujas encostas mostram matagais mediterrânicos quase intocados. 4
migrações de milhares de aves no Outono, incluindo as grandes planadoras), os charcos temporários (onde vivem crustáceos pré-históricos e quase todos os anfíbios que ocorrem em Portugal), os vales encaixados (com carvalho-português, lianas e arbustos de bagas coloridas), os ribeiros de água límpida (onde a lontra é rainha), as florestas de pinheiros e sobreiros (onde abundam javalis e se podem colher cogumelos e espargos bravos), mas também os ambientes modificados pelo Homem, onde a biodiversidade continua a ser notável – os montados, os prados, os pomares, os olivais...
Quando, no séc. XIII, todo este território foi incluído no novo reino de Portugal, o povoamento tinha-se focado longe do litoral, mas ressurgiu então a tendência para a aproximação do mar. Assim, sob o patrocínio da coroa e com a intervenção dos poderes regional (Ordem de Santiago) e local (os homens-bons dos concelhos), nascem as vilas de Sines e Milfontes, em dois pontos favoráveis da costa. Contudo, as investidas de corsários magrebinos vieram dificultar o seu desenvolvimento, afectando a segurança da navegação e das populações ribeirinhas. De novo, os portos assumiram um papel crucial na vida das populações, garantindo pescado para as mesas e para o comércio de exportação dos produtos regionais.
Nas aldeias, gente acolhedora conserva tradições seculares, como por exemplo as que se relacionam com a cortiça, o vinho, o mel, o azeite, a tapeçaria, a olaria ou a pesca.
O rio Mira, atravessando um território tão vasto, permitia às embarcações chegar ao interior, o que lhe conferiu papel de destaque na História do Sudoeste e atribuiu à vila de Odemira o papel de centro polarizador.
Na Rota Vicentina, os monumentos mais grandiosos são os naturais, mas a História da humanidade está presente em muitos vestígios arqueológicos, lugares sagrados cheios de mistérios, fortes que combateram piratas e até uma escrita que ninguém sabe ainda decifrar, encontrada em lajes de pedra com mais de 2500 anos!
Perto do mar, as populações tendiam a ter um modo de vida “anfíbio”, cultivando a maior parte do tempo e pescando quando o mar deixava. Mais para o interior, a agricultura e a pecuária ocupavam a quase totalidade dos braços. Nesta região escassamente povoada, as vastas terras incultas propiciavam a pastorícia, a apicultura, a lenha, a cortiça e a madeira.
Contexto histórico-social A História do Sudoeste funde-se com a sua geografia e foi a sua qualidade de território periférico e fronteiriço que determinou a sua evolução e a forma com que chegou à actualidade.
Naturalmente, existiam outras necessidades, por isso, havia sapateiros, ferreiros, abegões... e uma pequena indústria familiar de tecelagem, baseada na cultura do linho, que ocupava os tempos livres. A vida era determinada pelo ciclo da natureza e pelo calendário agrícola no trabalho, na festa e na religião. As festas solsticiais de fins de Junho, por exemplo, com os seus banhos santos, os seus mastros, as suas fogueiras, repetiam anualmente antigos rituais naturalísticos, que o Cristianismo, ao longo dos tempos, foi absorvendo.
Habitado desde a Pré-História e a Proto-História, este território manteve o interesse de populações, curiosos e aventureiros. Pertencem, no entanto, ao período romano os mais relevantes vestígios arqueológicos, sendo dessa época as ruínas de Miróbriga, cidade relacionada com os Célticos, em Santiago do Cacém, e os vestígios dos portos de Sines, Pessegueiro, Milfontes e Odemira.
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Clima
Como chegar e deslocar-se
Os meses de Setembro a Junho são os recomendados para percorrer os Trilhos Pedestres da Rota Vicentina.
A região fica situada entre Lisboa e o Algarve. Estando servida pelos aeroportos de Lisboa e Faro, é possível chegar às principais localidades do Sudoeste de carro, comboio e autocarro.
O Sudoeste de Portugal tem um clima mediterrânico com forte influência atlântica, garantindo temperaturas amenas ao longo de todo o ano, sendo o Verão a época mais quente.
O acesso até Sines ou Lagos é feito através de autoestradas ou vias rápidas e os percursos dentro da região por estradas secundárias e algo sinuosas, caracterizadas pela beleza da paisagem.
Toda a época de Verão e em particular os meses de Julho e Agosto, quando está maior calor, não é a altura aconselhada para caminhar.
Se pretende dispensar o carro ao caminhar nos trilhos da Rota Vicentina, pode chegar de comboio ou autocarro e contar com o serviço de táxis ou transfers, garantidos por alguns prestadores turísticos. Se preferir combinar dias de caminhada com outros em que pretenda percorrer maiores distâncias em autonomia, sugerimos que venha de carro.
Os meses de Outono são geralmente muito amenos, com agradáveis temperaturas no mar e uma diminuição drástica na intensidade do vento. No Inverno, as temperaturas não descem abaixo dos 11 ºC durante o dia, sendo este geralmente o período mais chuvoso do ano.
Avião » A região é servida pelos aeroportos de Lisboa e Faro. O aeroporto de Lisboa é ideal para chegar à zona norte da região e o de Faro para a zona sul, embora as opções de transporte e as acessibilidades a partir de Lisboa sejam mais flexíveis e abrangentes. É possível voar para Lisboa e Faro das principais capitais europeias.
A partir de Março os dias solarengos intercalam com dias de aguaceiros e as temperaturas começam a subir. A paisagem renascida e a intensidade das cores e dos aromas fazem da Primavera uma das melhores épocas do ano para visitar a região.
Carro » A partir de Lisboa, siga pela A2/ A12 ou IC1 na direcção “Sul/Algarve”. Na A2, escolha entre tomar o IP8 rumo a Sines, seguindo na direcção de Odemira e Porto Covo, ou entrar no IC1, na saída “Beja/ Ferreira”, seguindo na direcção “Algarve/ Ourique”, e posteriormente “Alvalade/ Cercal/Lagos”, ou “Odemira/OESTE”. De Faro, siga pela A22 ou pela estrada nacional 125 até “Lagos-Bensafrim”, de onde pode continuar pela estrada nacional para Carrapateira ou Aljezur. Comboio » Este é o meio de transporte mais ecológico, eficiente e confortável para chegar ao Sudoeste. À exepção de Lagos, no Algarve, a maioria das estações ferroviárias estão longe da costa. 6
A estação de Ermidas-Sado está a 28 km de Santiago do Cacém, a da Funcheira a 35 km de Odemira e do Cercal do Alentejo. A estação de Santa Clara-Sabóia fica a 27 km de S. Teotónio, mas está ligada ao Caminho Histórico, indo até Odemira.
Rede Expressos. A Rede Expressos tem autocarros confortáveis e com wi-fi gratuito, sendo a única desvantagem percorrer alguns quilómetros de estradas sinuosas e despender mais 1-2 horas do que em carro próprio. Tem partidas de Lisboa e Lagos, em direcção a qualquer uma das principais localidades da região.
Para a deslocação até outro local, poderá optar entre o táxi, serviço de transfers ou autocarro.
Transfers - Passageiros e bagagens » Na área de transportes do site encontra os táxis e transfers da rede de empresas Rota Vicentina, que lhe permitem usufruir da região sem preocupações e com maior flexibilidade.
Autocarro » Esta é a forma mais directa de chegar a qualquer ponto da Rota Vicentina. Pode optar pelos serviços da Rodoviária Alentejo, EVA Transportes, VAMUS e/ou
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Sobrea Associação A Rota Vicentina - Associação para a Promoção do Turismo de Natureza na Costa Alentejana e Vicentina, é, desde 2013, a entidade responsável pela gestão, integração, estímulo, desenvolvimento e promoção dos Trilhos Pedestres da Rota Vicentina, assim como da oferta turística associada ao produto turístico que a Rota Vicentina representa.
Filosofia e missão Conscientes de que esta região é um dos últimos redutos naturais da costa sul da Europa, os empresários, instituições e população local temem pela sua destruição e estão determinados em preservar o que a torna tão especial.
Esta associação privada sem fins lucrativos conta com uma rede de parceiros públicos e privados, nomeadamente municípios e juntas de freguesia, entidades regionais e nacionais de turismo, ICNF, organismos locais, indivíduos e, sobretudo, mais de 200 empresas associadas, que têm apoiado e viabilizado o projecto a vários níveis.
Desenvolver, apostando nos valores naturais e culturais, é um caminho sem falhas, que permitirá sustentar pequenos negócios locais durante todo o ano e proporcionar a pessoas de todo o mundo o contacto com uma realidade autêntica e cheia de personalidade.
Oferta
Trilhos Pedestres
750 km para caminhar numa das costas mais intocadas da Europa
Percursos de Bicicleta
+ de 1000 km de Percursos de Bicicleta em caminhos rurais cuidadosamente selecionados
Actividades
Actividades de Natureza, Cultura e Bem-Estar, desenhadas e orientadas pela comunidade local 8
A missão da Rota Vicentina passa por investir na protecção ambiental deste território, no desenvolvimento de um projecto de turismo sustentável e de qualidade, e numa oferta de produtos e serviços fiéis à cultura e identidade local. Paralelamente, o projecto foca-se na defesa do bem-estar e prosperidade da comunidade local, com quem trabalha em estreita colaboração. Se há um factor que distingue a Rota Vicentina é o apoio de uma rede de cerca de 200 empresas, na sua maioria locais, que partilham os princípios do projecto.
Objectivos
Afirmar o Sudoeste de Portugal como destino internacional de turismo de natureza, sensibilizando todos para a importância ambiental e cultural da região.
Procure o selo Rota Vicentina e prefira as empresas parceiras. Estará a dar o seu contributo a este projecto!
Consolidar uma rede de desenvolvimento (empresas, instituições, população). Dotar a região de uma infra-estrutura pública de usufruto da natureza, aproximando o turista da população local. Estimular a oferta existente ao longo de todo o ano e criar novas oportunidades de negócio.
Se vem até à Costa Alentejana e Vicentina, reserve directamente através do site da Rota Vicentina e garanta também o seu contributo.
Turismo Responsável
Agenda
Reserve connosco
Impacto na região
Voluntariado
Seja Membro
Percursos de Bicicleta
Blog
Actividades
Programas 9
Sobre os Trilhos Pedestres da
Rota Vicentina
A Rota Vicentina oferece uma rede de percursos pedestres no Sudoeste de Portugal. Actualmente totaliza 750 km para caminhar, ao longo de uma das mais belas e bem preservadas zonas costeiras do sul da Europa.
of Europe”, da responsabilidade da ERA - European Ramblers Association integrando o lote exclusivo dos melhores destinos de caminhada na Europa.
Como percorrer os Trilhos Pedestres da Rota Vicentina
Esta rota resulta de uma criteriosa selecção de caminhos rurais e costeiros, para um usufruto pleno desta área litoral, que se encontra num precioso estado de conservação, no que respeita à paisagem, aos valores naturais e ambientais, à cultura e às tradições. Formada pelo Caminho Histórico, Trilho dos Pescadores e 24 Percursos Circulares, propõe uma vivência única destes dois mundos, entre uma cultura rural viva e autêntica e uma costa surpreendentemente selvagem – a maior parte do Trilho dos Pescadores está dentro do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.
Os trilhos da Rota Vicentina estão integralmente sinalizados, nos dois sentidos, de Norte para Sul e de Sul para Norte. O Caminho Histórico e o Trilho dos Pescadores estão divididos em etapas que oscilam entre 10 e 33 km. Estas são complementadas por 24 Percursos Circulares, que têm entre 3,5 e 17 km. Estas etapas são meras sugestões, pelo que pode optar por saltar entre localidades e alojamentos ou escolher um ponto a partir do qual explora os caminhos da Rota Vicentina. A rede de empresas parceiras do projecto conhece bem o percurso, opções de transporte disponíveis e todos os detalhes para lhe dar apoio na organização e gestão da sua estadia na região e na Rota Vicentina.
A rede de Trilhos Pedestres está integralmente sinalizada e pode ser percorrida nos dois sentidos, em total autonomia e segurança, entre os meses de Setembro a Junho (época recomendada de caminhada na Rota Vicentina). As etapas são meramente indicativas, podendo ser encurtadas ou estendidas consoante a sua preferência ou localização do seu alojamento. Neste guia, as etapas do Caminho Histórico e do Trilho dos Pescadores estão descritas de norte para sul (e de oeste para este na costa sul). Os Percursos Circulares estão descritos no sentido que recomendamos.
Os Trilhos Pedestres da Rota Vicentina são acessíveis a quase todas as pessoas, na medida em que não apresentam um grau de dificuldade elevado. Sendo uma actividade física, é necessário algum grau de preparação/condição física para uma experiência positiva. O Trilho dos Pescadores recupera o percurso feito pelos pescadores locais a caminho dos melhores pesqueiros. É um single track onde a vista sobre as falésias é avassaladora.
Desde Fevereiro de 2016, o Caminho Histórico foi distinguido com a Certificação Europeia “Leading Quality Trails – Best 10
Não acampe nem faça fogo fora dos locais sinalizados para o efeito
750 km para caminhar
Rede de trilhos sinalizados
Trilhos sem WC, leve um saco e deixe o trilho limpo
Alojamento e outros serviços ao longo de todo o percurso
Não circule com veículos motorizados
Leia o código de conduta p. 13 11
Sinalética
O Trilho dos Pescadores não é recomendado a pessoas com vertigens ou medo de alturas, podendo apenas ser percorrido a pé, não sendo um percurso ciclável, dado o piso de areia e a proximidade das falésias. Se pretende acampar, apenas poderá fazê-lo em parques de campismo.
A rede de percursos da Rota Vicentina está integralmente sinalizada, com recurso a um código de sinalética próprio para caminhantes, intuitivo e bem visível, para que todos, independentemente do seu grau de familiaridade com o pedestrianismo, possam fazer o percurso em total autonomia e segurança.
O Caminho Histórico mostra-lhe a autenticidade da vida rural desta região, percorrendo caminhos usados tradicionalmente pela comunidade local. Muitos atravessam propriedades privadas, respeite-as e feche sempre portões e cancelas. Tenha também cuidado com o gado. Embora manso, não gosta da aproximação de estranhos às suas crias. Ao longo desta Grande Rota (GR) encontrará várias comunidades. Aproveite para conhecer melhor a sua cultura e costumes.
As marcas podem aparecer nos postes de madeira da Rota Vicentina, mas também pintadas em árvores, rochas, paredes, muros, postes. Aparecem de forma frequente consoante as necessidades. Informe-se acerca da dificuldade do percurso, da distância e da sinalética. Tenha em conta a sua condição física e planeie o seu dia de caminhada ou a sua travessia na região. Depois, é só seguir as marcas!
Os Percursos Circulares são Pequenas Rotas (PR) com início e final no mesmo local, para que seja ainda mais fácil descobrir o prazer de caminhar no Sudoeste de Portugal, sem transfers, sem complicações e com a duração de um dia ou menos.
O Caminho Histórico utiliza a sinalética própria de Grande Rota com as cores vermelha e branca e os Percursos Circulares
SINALÉTICA DO CAMINHO HISTÓRICO
caminho certo
caminho errado
para a esquerda
para a direita
esquerda
direita
para a esquerda
para a direita
para a esquerda
para a direita
SINALÉTICA DO TRILHO DOS PESCADORES seguir
não seguir
SINALÉTICA DOS PERCURSOS CIRCULARES
caminho certo
caminho errado
SINALÉTICA COMBINADA Quando o Percurso Circular é coincidente com o Caminho Histórico. caminho certo
caminho errado
Percursos registados e homologados pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP).
Esteja atento à sinalética, não a confunda com a do BTT, mais informações na p. 124. 12
de Pequena Rota com as cores vermelha e amarela, na medida em que são homologados pela Federação de Campismo de Montanhismo de Portugal (FCMP). Quando o Percurso Circular é coincidente com o Caminho Histórico, as duas sinaléticas combinam-se.
Modificações de itinerários
O Trilho dos Pescadores, por se tratar de uma sucessão de trilhos em zonas ambientalmente sensíveis, com uma capacidade de carga reduzida e limitações técnicas em termos de risco e grau de dificuldade, utiliza uma metodologia de marcação e simbologia distintas. As marcas estão mais baixas e utilizam cores que se fundem com a paisagem, sendo na maioria dos casos assinalado o caminho certo e não as várias alternativas erradas e de mudança de direcção, tendo-se procurado limitar o impacto sobre a paisagem. Desta forma, percorrer o Trilho dos Pescadores requer do caminhante uma maior atenção, nomeadamente para seguir o trilho certo, único e recomendado, evitando pisotear habitats tão sensíveis como os que vai encontrar ao longo de toda a costa. Mantenha o mar do lado certo e esteja atento, verá que não se perde e a natureza agradece!
Responsabilidade
No início de cada percurso, encontra sempre um painel da Rota Vicentina com informação sobre a rede de trilhos e o(s) percurso(s) que começam nesse local.
O respeito destas normas é da sua inteira responsabilidade e dele depende um futuro promissor para a Rota Vicentina e para a região, bem como a sua própria segurança e usufruto desta terra nas melhores condições.
Desde a edição deste guia, os itinerários descritos podem ter sofrido alterações. Se for o caso, siga as marcações no terreno, e note que todas as alterações estão indicadas no site rotavicentina.com.
Ao percorrer os Trilhos Pedrestes da Rota Vicentina (que passa por caminhos públicos mas também privados), o caminhante fá-lo sob sua própria responsabilidade. Note que ao atravessar terrenos privados, a sua passagem está autorizada pelos proprietários mas apenas para percursos pedestres.
Código de conduta Para que cada um de nós possa limitar o impacto da sua presença em zonas ambientalmente sensíveis, contribuindo para a preservação da natureza, e para que o próximo caminhante possa continuar a ser recebido de braços abertos pelas populações locais, elencamos um conjunto de regras e recomendações simples de respeitar.
A manutenção da sinalética dos Trilhos Pedestres da Rota Vicentina é feita regularmente por voluntários através de caminhadas que acontecem entre 3 a 5 vezes por mês. Veja em: rotavicentina.com/voluntariado como participar.
Duração A duração sugerida para percorrer cada etapa ou percurso é apenas indicativa. Corresponde ao ritmo de um caminhante médio, incluindo pequenas pausas. Estimou-se uma média de 3,5 km por hora.
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Prepare bem a sua caminhada e não corra riscos. Fraco apoio de serviços turísticos em alguns dos percursos, leve sempre água, mantimentos e protector solar.
Regras e recomendações gerais para os Trilhos Pedestres da Rota Vicentina Circule apelas pelos trilhos sinalizados selecionados para um menor impacto na natureza.
Regras e recomendações nos trilhos junto ao mar
A circulação de viaturas motorizadas coloca os caminhantes em risco, escolha caminhos alternativos.
Os trilhos atravessam áreas sensíveis do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Limite máximo de 20 pessoas por grupo.
Os caminhos atravessam propriedades privadas; feche os portões e cancelas. O gado é manso, mas não gosta de aproximação de estranhos às suas crias. Várias quintas e rebanhos são protegidos por cães, circule com precaução.
Percurso para fazer unicamente a pé. É proibida a circulação de bicicletas e outros veículos nas dunas. É proibido acampar no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, procure os parques de campismo.
Respeite a natureza. Não recolhe ou perturbe animais, plantas ou rochas.
Percurso com alguma dificuldade e não recomendado a pessoas com vertigens ou medo de alturas.
Não acampe nem faça fogo fora dos locais sinalizados para o efeito.
As arribas são sistemas em permanente processo de erosão, o seu pisoteio representa necessariamente perigo de queda.
Não deixe vestígios da sua passagem e ajude-nos trazendo o que encontrar. Trilhos sem WC: leve um saco e deixe o trilho limpo.
Várias espécies de aves nidificam nas falésias, proteja-as de qualquer perturbação.
Mantenha o seu cão na trela e recolha os seus detritos.
A vegetação das falésias contém espécies raras e endémicas e outras infestantes, não recolha amostras.
Em algumas situações terá que atravessar estradas asfaltadas, tenha atenção.
As falésias apresentam formações rochosas e vestígios arqueológicos importantes, não recolha amostras.
Encontrará vários locais ideiais para um piquenique, leve sempre o lixo consigo.
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Turismo Responsável na
Rota Vicentina
Se acredita que a forma de proteger e manter esta região íntegra – com a sua natureza excepcional, cultura única e modo de vida autêntico – depende de cada um de nós, junte-se a este projecto.
Pedestres e Percursos de Bicicleta. Cada passo é uma viagem no tempo, com paisagens e aldeias surpreendentes. “Leave no trace, just your grace”. O nosso objectivo é que o seu impacto seja apenas positivo. Faça a sua parte deixando tudo natural e bonito como encontrar ou, se possível, ainda melhor!
Abraçando a Comunidade Esteja aberto a partilhar experiências e conhecer o modo de vida local.
Apoiando empresas locais
Afaste-se das multidões na costa, e descubra os incríveis tesouros que se encontram em toda a região.
Opte por produtos e serviços endógenos que são fiéis à identidade local e ao meio ambiente.
Escolha actividades orientadas pela comunidade local, dificilmente se poderá arrepender!
Escolha as empresas parceiras da Rota Vicentina. Há muitos anos que elas apostam em oferecer-lhe os melhores trilhos, além de instalações dedicadas ao turismo sustentável.
Protegendo a natureza Siga as marcações no terreno. A sinalética não só protege os caminhantes, como o habitat que existe em redor dos trilhos.
Prefira qualidade sobre quantidade. As empresas locais estão a tentar alinhar-se com a urgência global de reduzir o seu impacto e melhorar a qualidade dos seus produtos e serviços e também das condições de vida dos seus colaboradores.
Há muito mais do que falésias de tirar o fôlego. Espreite o Trilho dos Pescadores mas explore também os restantes Trilhos
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Caminho GR 11 - E9
O Caminho Histórico é certificado desde 2016 com o selo Europeu “Leading Quality Trails – Best of Europe” pela sua elevada qualidade enquanto percurso pedestre.
SW PORTUGAL
Percorre as principais vilas e aldeias num itinerário rural com vários séculos de História. Constituído maioritariamente por caminhos rurais, trata-se de uma clássica Grande Rota (GR), com troços de montado, serra, vales, rios e ribeiras, numa viagem pelo tempo, pela cultura local e pelos trilhos da natureza. Inclui um total de 13 etapas e 263 km.
EUROPA
SINALÉTICA DO CAMINHO HISTÓRICO caminho certo
caminho errado
para a esquerda
16
para a direita
Ficha técnica 263 km de caminhos rurais pelo lado menos conhecido da região
Evite fazer o Caminho Histórico de moto ou jipe, estude alternativas
Sinalética intuitiva para fazer todo o percurso em autonomia, nos dois sentidos
Percurso que integra a GR11/E9, ligando Sagres a S. Petersburgo
13 etapas de um dia
Percurso Homologado pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP)
Alojamento e outros serviços ao longo de todo o percurso.
Percurso certificado com o selo “Leading Quality Trails - Best of Europe”
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Caminho Histórico
Santiago do Cacém » Vale Seco O trilho atravessa sobreirais, eucaliptais e pinhais. O pinheiro-manso, de copa arredondada, esconde pinhas que produzem o famoso pinhão, um fruto conhecido como “ouro branco” ou “caviar da floresta”. Já o sobreiro é a árvore emblemática do Alentejo. Sobre ele afirmou Vieira Natividade, notável silvicultor português: “nenhuma outra árvore dá tanto exigindo tão pouco”. Os sobreiros, para além da extração da cortiça, suportam outras actividades económicas, como a apicultura, a recolha de cogumelos comestíveis ou a criação de raças locais de animais, como o porco preto ou a cabra charnequeira.
O sobreiro suporta um ecossistema com extraordinária biodiversidade: mais de 400 espécies de insetos, 160 de aves e 37 de mamíferos. Associadas aos ecossistemas de sobreiro encontram-se, por exemplo, o gato-bravo, a geneta e a doninha. Também aves de rapina como a águia-cobreira, a águia-calçada ou a águia-de-Bonnelli. Intercalados nas áreas florestais estão prados e pastagens, mantos verdes pontuados por flores de todas as cores. Acabada a Primavera, os campos tornam-se dourados. A sensação de aridez é quebrada pela frescura das pequenas barragens de aterro e das linhas de água que correm em direção ao rio Sado.
Onde começar? Santiago do Cacém: na Igreja Matriz de Santiago do Cacém, junto ao castelo.
SANTIAGO DO CACÉM
Vale Seco: na estrada N120 entre o Cercal do Alentejo e Santiago do Cacém, na estrada para a Barragem de Campilhas. 1.º cruzamento de terra batida.
Ruínas Romanas de Miróbriga
Descrição do percurso
Aldeia dos Chãos
A da Velha
Diga adeus ao castelo de Santiago do Cacém e à vista cimeira sobre a cidade e desça pela calçada até se cruzar com o passeio das Romeirinhas. Um trilho estreito, entre muros, desce até ao Parque Urbano do Rio da Figueira, que deve atravessar até passar por um portão entre a vedação. A primeira etapa da Rota Vicentina desenvolve-se através de uma paisagem rica, caracterizada pela abundância do montado de sobro, à medida que deixa para trás as quintas e casas que ficam na beira do caminho. Ao km 5 pode fazer um pequeno desvio de 900 m para conhecer as ruínas do antigo Convento de N. Sr.ª do Loreto, que constituiu em tempos uma das mais importantes casas franciscanas do Alentejo. Retornando
Convento
Paiol
VALE SECO
18
É na emblemática Igreja Matriz de Santiago do Cacém, cidade com fortes ligações às peregrinações a Santiago de Compostela, que se inicia esta travessia ao longo do Sudoeste de Portugal. Por aqui passam desde a Idade Média peregrinos oriundos do Promontorium Sacrum, o destino mítico desta viagem histórica que agora se recupera.
Ficha técnica 18 km
Extensão Duração aproximada
ao trilho, passe pela torre de vigia, onde panorâmicas sobre o complexo industrial de Sines e as serras pintadas de linhas de muita alta tensão fazem contraste com o verde vibrante da natureza. Atravessando a estrada N120, siga em direcção ao lugar de Vale Seco, passando por montes e velhas ruínas, floresta autóctone e algumas manchas de pinheiro e eucalipto. Pelo caminho irá cruzar a Ribeira de S. Domingos, onde poderá molhar os pés, escutar o coaxar das rãs e apreciar os voos das libélulas. Também aqui irá encontrar marcações dos Caminhos de Santiago, por isso tenha atenção à sinalética. Chegando a Vale Seco, a poucos metros do final da etapa, passe por uma antiga escola e encontre, finalmente, um café/mercearia para um merecido refresco.
6h
Subida acumulada
250 m
Descida acumulada
290 m
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
280 m / 120 m Setembro a Junho
Época recomendada
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
10
14
300 250 200 150 100 50 0 0
2
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6
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SANTIAGO DO CACÉM
18
VALE SECO
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
200 150 100 50 0
Avisos importantes
0
2
S. TEOTÓNIO
Esta etapa cruza-se com vários percursos. Tenha atenção à sinalética.
Dicas Abastecimento durante o percurso: só irá encontrar abastecimento quase à chegada. Leve água e mantimentos suficientes. Alojamento em Vale Seco: há pouca oferta de alojamento na zona. Reserve com antecedência. Santiago do Cacém é uma cidade cheia de História! Aproveite a sua estadia para caminhar no Percurso Circular Santiago Histórico e conhecer os principais pontos de interesse. 19
4
6
8
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12
14
16 17 ODECEIXE
Caminho Histórico
Vale Seco » Cercal do Alentejo pequenas propriedades agrícolas e herdades ao estilo alentejano, contactando de perto com o ritmo da vida no campo. Daqui até Vale das Éguas, onde poderá parar para abastecer num dos dois cafés da aldeia e absorver o ambiente genuíno das conversas, caminhará por um Alentejo amplo e a perder de vista, numa vastidão onde o silêncio é a força maior. Quase à chegada a esta aldeia, uma quinta com animais - Vale de Orjo - devolve ao ambiente o cheiro a civilização.
O trilho atravessa bosques de sobreiro e medronhais, vegetação bem adaptada à falta de água. Os medronheiros adquirem aqui um porte de árvores, apesar de serem arbustos. Eles ocupam sobretudo as encostas voltadas a norte, que conservam mais humidade. Para além da sua importância ecológica, pois são habitat de muitas espécies, os medronhais estão associados a muitas tradições culturais e ainda à produção ancestral da aguardente de medronho. Prove os seus frutos no Outono ou a aguardente de medronho em qualquer época do ano!
À saída de Vale das Éguas, o percurso segue por terra batida, encontrando dois pequenos troços de estrada asfaltada, em direcção à Barragem de Campilhas.
Grande parte desta etapa é especialmente interessante para conhecer o que os ecologistas chamam mosaico de habitats. A maior parte das espécies que compõem a biodiversidade do Mediterrâneo beneficiam deste mosaico, composto por florestas intercaladas por campos abertos, com cereal ou pastagens, por sua vez entrecruzadas por linhas de água com galerias ripícolas. No caminho surgem olivais, pomares, hortas com sebes, pequenas charcas e afloramentos rochosos. Manchas com matos, assim como zonas húmidas cobertas de juncos, ajudam a compor este mosaico de habitats.
VALE SECO
Moinhos de Paneiro
Vale de Orjo Vale das Éguas
Onde começar? Vale Seco: na estrada N120 entre o Cercal do Alentejo e Santiago do Cacém, na estrada para a Barragem de Campilhas. 1.º cruzamento de terra batida.
Barragem de Campilhas
Cercal do Alentejo: largo dos Caeiros (rotunda central).
Ribeira de Refróias
Descrição do percurso Comece junto à pitoresca paragem de autocarros e siga numa longa jornada por um estradão de terra batida, passando por
CERCAL DO ALENTEJO
20
A paisagem deste troço poderá parecer árida durante a estação seca, a partir do final da Primavera. Aqui domina o clima mediterrânico, com a chuva concentrada em apenas três ou quatro meses por ano, o que se reflete numa paisagem singular, que varia em cada estação do ano.
Ficha técnica
Construída em 1954 é o local ideal para uma paragem e um mergulho refrescante nos dias de maior calor. O Cercal do Alentejo não está longe, mas antes poderá ainda apreciar a vista sobre os braços da Barragem de Campilhas à medida que prossegue para sul, numa paisagem coberta de estevas e sobreiros. Após a passagem ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) da ponte sobre a ribeira de Refróias uma 300 250 subida permite-lhe contemplar quase todo 200 o caminho que falta até à vila. No Cercal, 150 100 opte entre seguir para Porto Covo, onde 50 0 se inicia o6 Trilho dos Pescadores, ou con2 4 8 10 12 14 16 18 0 tinuar pelo SANTIAGO DO CACÉM para sul, em direcção a S. VALELuís SECO Caminho Histórico.
Extensão
23 km
Duração aproximada
6 h 30
Subida acumulada
210 m
Descida acumulada
240 m
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
200 m / 100 m Setembro a Junho
Época recomendada
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
250 200 150 100 50 0 0
2
4
6
8
10
12
14
16
VALE SECO
18
20
22 23
CERCAL DO ALENTEJO
Avisos importantes ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
Nesta zona existem vários percursos. Esteja atento à marcação e aproveite para prolongar a sua estadia.
200 150 100 50 0 0
Dicas 2
S. TEOTÓNIO
4
DISTÂNCIA (km)
250 200 150 100 50 0
6
8
10
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14
16 17
0
ODECEIXE
2
4
S. TEOTÓNIO (ALTERNATIVO)
Abastecimento durante o percurso: ao km 8,5 atravessa a localidade de Vale das Éguas.
21
6
8
10
12
14
15
ODECEIXE
Caminho Histórico
Cercal do Alentejo » Porto Covo Partindo do Cercal, a primeira parte do trajecto percorre pequenas quintas, com as suas sebes, hortas e pomares. Aqui a vida passa-se ao ritmo das sementeiras, das sachas e das colheitas. Depois de uma zona mais árida, povoada de eucalipto, chega-se ao chaparral. Os medronheiros chegam a ter porte arbóreo. Surgem ao longo do caminho mais de 150 espécies diferentes de plantas! Estamos a caminhar num verdadeiro hotspot de biodiversidade! Cerca de um quarto destas plantas é endémico da Península Ibérica, algumas só existem na costa sudoeste de Portugal. Cheire as plantas aromáticas, como o rosmaninho, o tomilho, a calaminta ou o alecrim.
campos de cereal à procura destas aves e dos ratinhos são peneireiros. A presença do mar sente-se através do ar que se respira e do azul no horizonte.
Onde começar? Cercal do Alentejo: no largo dos Caeiros (rotunda central). Porto Covo: no largo do Mercado.
Descrição do percurso Da rotunda do Cercal, siga pela estrada que vai em direcção a Vila Nova de Milfontes e vire à direita na rua Humberto Delgado. Percorra a rua passando na conhecida “casa do médico”, com belos painéis de azulejos. No fim, vire à esquerda para a rua da Aldeia Galega e, mais à frente, à direita para a rua dos Combatentes da Grande Guerra. Depois dos antigos lavadouros, tome a primeira cortada de terra batida à sua direita e suba até chegar a um pico de onde poderá apreciar a vista sobre a vila. Depois de atravessar um eucaliptal, irá passar mesmo em frente a uma herdade aninhada na serra, numa envolvente
Já no planalto litoral dominam os campos de cereal onde as cotovias, petinhas, trigueirões e fuinhas alegram os campos, mesmo no calor do Verão. Estas aves têm uma camuflagem perfeita, essencial para escaparem aos predadores, sobretudo as fêmeas no choco. O ninho é uma taça geometricamente perfeita, escavada no chão e forrada com ervas secas e musgo. O ninho da cotovia é tão mimético que podemos estar a olhar para ele e não o vemos. As pequenas rapinas que sobrevoam os
PORTO COVO
Ilha do Pessegueiro
Forte da Ilha
Bica
Valverde
Praia dos Aivados Várzea da Mandorelha
Godins Velhos
Toca do Mocho
Praia do Malhão
22
CERCAL DO ALENTEJO
Este é o trajecto que liga o Caminho Histórico ao Trilho dos Pescadores na região norte da Rota Vicentina, permitindo ao caminhante sentir a forte ligação desta região com o mar, à medida que se aproxima da costa e de Porto Covo, uma pitoresca aldeia de pescadores.
Ficha técnica 16,5 km
Extensão Duração aproximada Subida acumulada
200 m
Descida acumulada
300 m
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
230 m / 0 m
Época recomendada
natural surpreendente, com abundantes sobreiros e variadas espécies de flora local. Após a passagemALTITUDE da ribeira dos Godins, (m) DISTÂNCIA (km) continue pela estrada asfaltada por pouco 250 200 mais de 1 km e vire à esquerda, junto aos 150 muros altos de uma propriedade. Logo 100 de seguida, tome à direita um caminho 50 0 ladeado de sobreiros, até passar 23junto a 0 20 22 2 4 6 8 10 12 14 16 18 um aglomerado de casas. Vire esquerda VALE SECO CERCAL DOà ALENTEJO junto à antiga escola da Cabeça da Cabra, siga por entre as casas e, ao fim de 200 m, corte de novo à esquerda. ALTITUDE (m)
5h
Setembro a Junho
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
250 200 150 100 50 0 0
2
4
8
6
10
12
14
CERCAL DO ALENTEJO
16,5 PORTO COVO
Dicas ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
DISTÂNCIA (km)
Abastecimento durante o percurso: ao km 13, 100 na localidade de Pouca Farinha.
Depois de mais 300 m, saia por um cami200 nho à direita em direcção a uma casa junto 150 100 à qual deve virar à esquerda. Continue, pas50 sando por várias casas, por um belíssimo 0 8 0 2 4 de montado 6 10 12 15 pedaço de sobro e14 por uma S. TEOTÓNIO (ALTERNATIVO) ODECEIXE ribeira. Prossiga em frente, atravessando uma estradinha alcatroada e várias casas, até chegar à povoação de Pouca Farinha. Atravesse na passadeira com cuidado e aproveite para comer uma boa sandes no café local. Siga na mesma direcção, sempre em frente. Atenção que irá atravessar uma nova estradinha com pouca visibilidade e, do outro lado, começará a avistar o mar. Continue em frente até encontrar o Trilho dos Pescadores. Virando à direita, atravesse a ribeira no porto de pesca, à chegada a Porto Covo.
150
250
50 0 0
2
ODECEIXE
Avisos importantes Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética. 23
4
6
8
10
12
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16
18
19,5
ALJEZUR
Caminho Histórico
Cercal do Alentejo » S. Luís Este percurso combina a verde placidez das pequenas quintas, as suas hortas e pomares, com um sentimento de progressivo abandono, à medida que vamos entrando na serra. O fecho das minas de ferro e manganês do Cercal do Alentejo, depois de mais de 40 anos de laboração, deixou despojos que se cobrem de silvas e matos. As galerias das minas são agora refúgio de importantes colónias de morcegos, que trabalham para nós incansavelmente, toda a noite, em tarefas como o controlo de pragas de insectos e a dispersão de sementes. Cada morcego come o equivalente a 50% do seu peso em insectos numa única noite.
única e rica, pela água subterrânea que aflora em variadas fontes, que alimentam pequenos regatos. Os matos são dominados pela esteva, belíssima e perfumada. Mas há uma certa desolação quando a serra aparece rasgada pelos socalcos dos eucaliptais, sob os quais um solo nu se expõe perigosamente às intempéries. Interessante é verificar como a flora nativa explode sempre que no eucaliptal uma aberta deixa espaço e luz disponíveis. Depois da Serra do Penedo, nem é preciso sair do caminho para contemplar algumas espécies muito raras, pois elas crescem no solo duro e seco que pisamos.
A serra proporciona momentos de puro deleite, pelas paisagens inesperadas, como a Rocha de Água d’Alte, pelas panorâmicas deslumbrantes sobre o litoral, pela flora
Onde começar? Cercal do Alentejo: no largo dos Caeiros (rotunda central). S. Luís: junto à paragem de autocarros na estrada N120 que atravessa S. Luís.
CERCAL DO ALENTEJO
Descrição do percurso A etapa tem início na mítica rotunda do Cercal. Siga por 300 m a estrada em direcção a Vila Nova de Milfontes e vire à esquerda, passando por trás do campo de futebol, para cedo encontrar a Ermida da Fonte Santa. Cerca de meia hora depois chega-se a um ponto elevado, de onde se tem a primeira vista sobre o mar, o rio Mira e Vila Nova de Milfontes. A descida revela-nos várias ruínas e, escondidas entre a vegetação, as antigas galerias das Minas do Rosalgar, agora tomadas por morcegos, como consequência do seu fecho desde o final da década de 90. Depois de uma descida por um vale frondoso, um desvio à direita de 600 m permite chegar ao topo da Rocha de Água D’Alte, um local que impressiona pela dimensão e onde se forma uma cascata com cerca de 17 m de altura durante a época das chuvas.
Capela da F.te Santa
Minas do Rosalgar
Rocha de Água d’Alte Serra do Toiro
Vagarosa
Serra do Penedo
S. LUÍS Corte Pinheiro
S. Domingos
24
Esta é etapa mais montanhosa da Rota Vicentina, um percurso exigente em termos físicos, com subidas longas em terrenos duros e irregulares, mas em que terá a oportunidade de apreciar vistas deslumbrantes sobre a planície e o Atlântico, bem do topo da serra.
Ficha técnica 20,5 km
Extensão Duração aproximada
7h
Subida acumulada
500 m
Descida acumulada
500 m
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
324 m / 60 m Setembro a Junho
Época recomendada
Perfil topográfico
De regresso ao ALTITUDE trilho, não tardará em (m) DISTÂNCIA (km) encontrar as ruínas de um velho armazém, 250 vire na primeira cortada à esquerda e suba. 200 150 Numa serra caracterizada pelos aflora100 mentos rochosos, o Penedo ostenta um 50 0 cume que6 se destaca, uma autêntica ilha 8 0 2 4 10 12 14 16,5 de biodiversidade numa paisagem coberta CERCAL DO ALENTEJO PORTO COVO por eucaliptos. Continue ao longo da mata até se cruzar com a estrada asfaltada. Antes da chegada a S. Luís, não perca ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) de 800 a subida a S. Domingos (desvio 150 m), um pico com 324 m, de onde se pode 100 verdadeiramente sentir a dimensão deste local e com uma vista soberba sobre Sines, 50 Porto Covo, o mar e a vila de S. Luís. 0 0
2
4
6
8
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Avisos importantes
ODECEIXE
14
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18
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
350 300 250 200 150 100 50 0 0
2
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20,5
CERCAL DO ALENTEJO
S. LUÍS
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
150 100 50 0
19,5
0
ALJEZUR
1
ALJEZUR
Não irá encontrar qualquer ponto de abastecimento durante o percurso. Deve levar água (1,5 L no mínimo) e mantimentos suficientes para uma caminhada que é das mais exigentes do Caminho Histórico. Esta etapa cruza-se com Percursos Circulares. Tenha atenção à sinalética.
Dicas A parte final desta etapa pode ser um pouco desgastante. Pode encurtar e ir diretamente para S. Luís pelo Percurso Circular. Perderá no entanto, a serra de S. Domingos (o ponto mais alto do Caminho Histórico - 324 m). 25
2
3
4
5
6
7
8
9
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11
12
ARRIFANA
Caminho Histórico
S. Luís » Odemira A primeira parte do percurso faz-se por campos agrícolas, montados e matos. As aves e os mamíferos abundam neste território onde o Homem e os animais selvagens coexistem mais ou menos pacificamente. Encontrará decerto sinais da presença do javali, que é comum nesta região. As aves insectívoras voam irrequietas de árvore em árvore, fazendo uma limpeza gratuita e eficaz das pragas da floresta. Há anos em que a meteorologia não ajuda ao sucesso das ninhadas dos chapins, trepadeiras e felosas. A falta destes cuidadores das árvores dá sinais evidentes, como a desfoliação dos sobreiros.
A segunda metade do percurso acompanha parte da belíssima ribeira do Torgal, o principal afluente do rio Mira. O Pego das Pias é um sítio de uma beleza única e onde apetece ficar, dentro ou fora de água. Sempre que passar por este lugar tão especial tenha o cuidado de não deixar lixo e de preservar o espaço envolvente. Nas margens e nos matos adjacentes, encontram-se dezenas de plantas aromáticas e medicinais, como a flor de carqueja na Primavera, orégãos no Verão e espargos no Outono. A chegada a Odemira faz-se com vistas sobre o rio Mira que serpenteia e ornamenta a paisagem no seu curso em direcção a Vila Nova de Milfontes.
Onde começar? S. Luís: junto à paragem de autocarros na estrada N120 que atravessa S. Luís.
S. LUÍS Garatuja
Odemira: na rotunda com a escultura do chaparro em ferro, perto do rio.
Cova da Zorra Seixinal
Zambujeira
Descrição do percurso
Pego da Laima
Troviscais
Siga pela estrada asfaltada quase por 1 km até virar à direita junto às casas que estão à beira do caminho. O percurso desenvolve-se inicialmente ao longo de estradão rural, com vistas de serra, passando por grandes propriedades e descendo gradualmente até se cruzar com a emblemática ribeira do Torgal, um dos mais importantes afluentes do Mira e que será uma presença constante nesta caminhada. Passe a pequena ponte em cimento e suba, até atravessar por alguns instantes um eucaliptal e começar a descer, vendo de cima todo o vale coberto de floresta autóctone, anunciando a abundância de água e vida. Ao atravessar a ponte sobre a ribeira de Vale de Ferro encontra o Pego da Laima, um cenário idílico e inesperado que anuncia o ambiente que caracteriza esta etapa.
Ribeira do Torgal
Ribeira da Capelinha
Pego das Pias
Sol Posto
Vale Longo de Baixo
Vale Palhete Rio Mira
ODEMIRA Bemposta
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Esta é a etapa da água, onde se desvenda um Alentejo diferente, verde e vibrante de vida, com pegos e ribeiras refrescantes, a ribeira do Torgal como protagonista e uma floresta viva, com abundância de espécies valiosas que cobrem as margens das linhas de água como salgueiros, amieiros ou freixos.
Ficha técnica
Duração aproximada
O caminho continua sempre paralelo à ribeira até atravessar nova ponte. Vire à esquerda após a ponte e passado 1,5 km não perca a cortada à direita ao cruzar-se com um caminho mais largo. Mais à frente, desviando-se doALTITUDE caminho principal por (m) DISTÂNCIA (km) apenas 1 km, novamente à direita, chega 350 300 a um dos ex-líbris da região, o Pego das 250 200 Pias, uma zona de rochas monumentais e 150 100 vegetação luxuriante, que tem mesmo que 50 0 visitar. Deixe este lugar limpo e18 ajude-nos, 2 4 6 8 10 12 14 16 20,5 0 trazendo o lixo que encontrar. DeS.regresso CERCAL DO ALENTEJO LUÍS ao caminho principal siga sempre paralelo à ribeira, até encontrar a estrada nacional, que seguirá durante 500 m. Junto a (m) DISTÂNCIA (km) uma casa, tome oALTITUDE caminho da direita que 150 sobe. Faltam ainda 5 km através de mata 100 de eucalipto, sendo o ponto alto a chegada a Odemira com a descoberta do rio lá em 50 baixo, serpenteando por entre os campos. 0 0
1
ALJEZUR
2
3
4
5
6
7
8
Avisos importantes
9
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25 km
Extensão
8h
Subida acumulada
300 m
Descida acumulada
450 m
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
170 m / 10 m
Época recomendada
Setembro a Junho
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
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200 150 100 50 0 0
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S. LUÍS
22
24 25 ODEMIRA
De Odemira: apanhe um táxi até à Ponte ALTITUDE (m) DISTÂNCIA do Sol Posto (5 km) e peça para sair(km)na 200 cortada de terra batida que encontra à sua 150 direita, 400 m antes da ponte, onde exis100 tem marcas do Caminho Histórico. Está a 50 19 km de S. Luís. 0 0
12
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8
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14
16
18
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ARRIFANA CARRAPATEIRA Pode ainda combinar as duas sugestões e encurtar ainda mais a caminhada.
ARRIFANA
Cuidado! Nesta etapa, terá de caminhar ao longo da estrada. Circule com precaução e no sentido oposto ao trânsito.
Abastecimento durante o percurso: ao km 11, pode fazer um desvio de 4 km até às aldeias da Zambujeira e Castelão. (Este percurso não está marcado.)
Dicas
Esta é uma etapa longa. Se pretender encurtar a caminhada damos duas dicas: De S. Luís: apanhe um táxi até à aldeia da Zambujeira/Castelão, 5 km a sul pela estrada N120. Daqui, siga inicialmente por estrada asfaltada e depois em terra batida até se cruzar com a Rota Vicentina (4 km), numa ponte de cimento sobre a ribeira do Torgal (atenção que este percurso não está marcado). Estará a 14 km de Odemira. Total: 18 km. 27
Caminho Histórico
Sabóia » Odemira Nas águas do Mira, para além dos peixes, abundam os cágados, as cobras-de-água e as lontras. A vegetação ribeirinha, dominada por choupos, freixos, amieiros, canas e salgueiros, é lugar de refúgio e criação para muitas espécies de aves, insectos e morcegos. Os juncais e caniçais das zonas húmidas, junto às margens, são essenciais para as aves migradoras. Algumas destas áreas inundáveis foram transformadas em várzeas agrícolas, de solos frescos e férteis.
Por isso se diz que os sobreiros se plantam para os netos. A segunda cortiça retira-se 9 a 10 anos depois, mas são as tiragens seguintes que têm maior valor. O sobreiro tem uma longevidade de 150 a 200 anos e pode ser descortiçado cerca de 15 a 17 vezes. A extracção faz-se entre Junho e Agosto, período em que a cortiça se desprende com maior facilidade. Trata-se de um trabalho muito especializado, pois é necessário descascar o sobreiro sem o ferir. O Alentejo rural é descrito por Miguel Torga como “um mundo livre, sem muros, que deixou passar todas as invasões e permaneceu inviolado, alheio às mutações da História.”. É esta integridade, feita também de dureza e solidão, que se pode sentir ao percorrer algumas grandes propriedades agrícolas locais, que no passado funcionavam como minúsculas aldeias, com igreja e escola. A paisagem deste trilho, aparentemente imutável, esconde convulsões inacreditáveis. Já aqui viveram mamutes e leões-das-cavernas, elefantes e ursos. O aparecimento e a extinção destes grandes mamíferos relacionaram-se com as oscilações climáticas dos últimos dois milhões de anos, durante os quais mais de 60 períodos glaciares foram interrompidos por curtos períodos quentes.
Em contraste, as encostas adjacentes ao rio são áridas, com solos delgados e pobres, porque a erosão “levou toda a carne e deixou apenas os ossos”, como escreveu Miguel Torga. O sobreiro é das poucas árvores que consegue viver com tão pouco, dominando nessas vertentes sobranceiras ao rio. A casca dos seus troncos, a cortiça, tem grande importância na economia local. A primeira extracção da cortiça acontece quando o tronco dos sobreiros tem 70 cm de diâmetro e 25 a 30 anos de idade.
ODEMIRA
Rio Mira
Bemposta
Onde começar?
Avé Sol
Sabóia: na estação de comboios de Santa Clara-Sabóia.
Refróias
Odemira: na rotunda com a escultura do chaparro em ferro, perto do rio. Camachos
Santa Clara-a-Velha Rio Mira
28
Sabóia
Bom Sítio
Barragem de S.ta Clara
Começando na secular estação de comboios de Santa Clara-Sabóia, este percurso, o mais extenso da Rota Vicentina, desenrola-se ao longo dos meandros do rio Mira, onde nos sentimos a imergir na vastidão do espaço e dos sons e cores da natureza. Não há percurso melhor para sentir a Primavera alentejana.
Ficha técnica 33 km
Extensão
Descrição do percurso
Duração aproximada
10 h
Subida acumulada
350 m
Descida acumulada
400 m
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
100 m / 10 m Setembro a Junho
Época recomendada
Saia da estação de comboios, atravesse o casario e vire à direita a seguir à pequena ponte. Passe várias casas e quintas e siga em frente até encontrar o cemitério de ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Sabóia. A vila fica 300 m mais adiante, mas o 200 caminho desenvolve-se pela direita. Depois 150 de atravessar o rio Mira, vire à esquerda e 100 50 siga ao longo da várzea durante cerca de 0 1,54 km. Até aqui o14percurso está marcado 8 2 6 10 12 16 18 20 22 24 25 0 S. LUÍS a branco, vermelho e amarelo, dado ODEMIRA que é também um Percurso Circular mas, neste ponto, esse trilho segue para a direita até Santa Clara, enquanto esta etapa continua ALTITUDEem (m) frente, DISTÂNCIA (km) por uma ponte, sempre do mesmo 200 lado do Mira. Depois de 3,3 km o caminho 150 sobe, proporcionando uma belíssima vista 100 sobre o vale. Prossiga e, depois de um monte 50 velho, desça pela esquerda até encontrar 0 0 2 uma 4 6 8 10 madeira. 12 14 16 Atravesse-a, 18 20 22 24 vire à ponte de ARRIFANA direita e continue para poucoCARRAPATEIRA depois percorrer um grande passadiço de madeira. Siga então pela esquerda durante cerca de 150 m, vire à direita para nordeste até encontrar de novo uma ponte e subir depois para a estrada alcatroada. Pouco antes do lugar da Fonte Santa, saia da estrada pela direita. Não existe café mas se precisar de um copo de água alguém há-de ajudar. Entre pelo caminho ao longo da encosta e aprecie as vistas espectaculares no ponto mais alto. Um pouco mais à frente passe o Monte da Boeira e vire à direita, atravessando o rio. Do outro lado siga o caminho da esquerda sempre ao longo do vale, mantendo o rio do lado esquerdo. Pouco a pouco a floresta torna-se mais densa e surgem grandes quintas. Quando encontrar uma quinta com
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
150 100 50 0 0
3
6
9
12
15
18
21
24
27
30
SABÓIA
33
ODEMIRA
belíssimos cavalos estará a cerca de 6 km de Odemira. A entrada na vila, sede de conALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) celho, faz-se pela rua dos Combatentes da 150 Grande Guerra, passando em seguida pela 100 Câmara Municipal, pelo jardim do largo Sousa Prado, pela estação rodoviária, nas 50 margens do rio Mira. 0 0
2
4
6
8
10
Avisos importantes CARRAPATEIRA
12
14
16
18
20 21,5
VILA DO BISPO
No início desta etapa existe um Percurso Circular. Tome atenção à sinalética e aproveite para prolongar a sua estadia nesta zona e fazer estes percursos. Esta etapa é muito longa e por agora não tem apoios para dormidas ou refeições. Leve água e mantimentos. Mantenha todos os portões e cancelas fechados. Em dias de alta pluviosidade este caminho não é transitável; algumas pontes podem ficar submersas.
Dicas
Este percurso pode ser encurtado em 2 km, se o iniciar em Sabóia. 29
Caminho Histórico
Odemira » S. Teotónio A primeira parte deste percurso acompanha o rio Mira. Nas suas margens podemos encontrar caniçal denso e galeria ripícola (linha contínua de árvores que acompanha as margens do rio). Tanto a galeria ripícola como o caniçal são essenciais para a reprodução das aves migradoras estivais, ou seja, aves que vêm reproduzir-se cá. É o caso do rouxinol-dos-caniços ou da felosa-poliglota. Os habitats ribeirinhos proporcionam abrigo, suporte para os ninhos e abundância de alimento. Também a lontra é presença assídua no rio. Os seus dejectos, constituídos por escamas e espinhas de peixe ou carapaças de lagostins são inconfundíveis.
Nas ribeiras, que atravessará com frequência durante o percurso, aprecie as águas limpas, onde as borboletas e libelinhas fazem voos rasantes. Nas florestas e matos, encontrará por vezes vestígios de fogos recentes. O medronheiro surge com abundância neste percurso. É uma planta com as mais diversas utilidades. Com os seus troncos e ramos faz-se lenha e carvão e a sua folhada é ornamental. Os seus frutos são deliciosos e com eles faz-se compota, licor ou ainda a famosa aguardente de medronho, que poderá provar num dos vários cafés e tascas em toda a região.
Onde começar? Odemira: na rotunda com a escultura do chaparro em ferro, perto do rio. S. Teotónio: no Llargo Gomes Freire, largo da Igreja, também conhecido por Quintalão.
Rio Mira
ODEMIRA
Descrição do percurso O percurso tem início na zona ribeirinha da vila de Odemira, junto à rotunda do chaparro de ferro. Depois de atrevessar a primeira ponte, siga em frente. Na primeira cortada à esquerda, prossiga sempre na companhia do rio, apreciando a vista sobre a vila e a paisagem circundante. Após a propriedade agrícola Avé Sol, onde encontra cães de guarda, cavalos e gado bovino, o caminho desvia-se então para sul, subindo e descendo, até cruzar o asfalto que liga a Boavista dos Pinheiros a Sabóia. Caminhe na estrada por apenas 150 m, voltando à direita na primeira entrada que encontrar. A partir deste ponto terá a ribeira de S. Teotónio como companhia, que corre paralela ao caminho, conferindo-lhe a frescura e o encanto que tornam esta caminhada num verdadeiro prazer. Até Vale de Linhares, o percurso atravessa a ribeira por duas vezes, primeiro sobre uma ponte de
Avé Sol
Boavista do Pinheiros
Refróias
Ribeira de S. Teotónio
Camachos
Vale de Linhares
S. TEOTÓNIO
Zebro Quintas
30
Numa da etapas mais acessíveis da Rota Vicentina, dada a natureza do caminho, sempre largo e com um desnível pouco acentuado, caminhará na companhia do rio Mira e da ribeira de S. Teotónio, conhecendo de perto a beleza do interior deste concelho que se estende entre a serra e o mar.
Ficha técnica 19 km
Extensão
6h
Duração aproximada Subida acumulada
350 m
Descida acumulada
220 m
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
180 m / 10 m Setembro a Junho
Época recomendada
cimento e depois sobre o próprio leito da ribeira, em mais um momento ideal para se refrescar, até porque podeDISTÂNCIA mesmo preciALTITUDE (m) (km) sar de tirar as botas. Em Vale de Linhares, 150 antes da casa à beira do caminho, vire à 100 esquerda e atravesse outra ponte. Passe 50 ao largo de duas ruínas em taipa e suba por 0 um6carreiro largo, onde são27ainda visíveis 3 9 12 15 18 21 24 30 33 0 até SABÓIA os vestígios de uma antiga calçada, ODEMIRA atravessar o canal de rega. Quase no final, passará pelas Quintas, uma fiada de casas à beira da estrada que anunciam a chegada (m) DISTÂNCIA e (km)siga por a S. Teotónio. VireALTITUDE à esquerda 150 asfalto até ao coração da vila.
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
200 150 100 50 0 0
2
4
6
8
10
12
14
ODEMIRA
16
18 19 S. TEOTÓNIO
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
150 100
100
Avisos importantes
50 0 0
50 0
8 21,5abas10 12 14 16 ponto 18 20 de Não4 irá6 encontrar qualquer VILA DO BISPO tecimento durante o percurso. Deve levar água (1,5 L no mínimo) e mantimentos.
2
0
CARRAPATEIRA
2
VILA DO BISPO
Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética.
31
4
6
8
10
12
14
CABO DE S. VICENTE
Caminho Histórico
S. Teotónio » Odeceixe Vale a pena fazer este troço na Primavera, quando a violência das cheias já acalmou e a vida explode com todo o fulgor. Tanto junto às ribeiras como nos matos, a biodiversidade é absolutamente espantosa. Carqueja, orégão, estevinha, roselha, folhado, murta, urze, tojo, pilriteiro, aroeira ou trovisco são apenas alguns dos arbustos que abundam pelo percurso. As aves respondem a esta diversidade enchendo o espaço com o seu canto e voos hábeis. As hortas e campos de cultivo ocupam as várzeas, terrenos planos, frescos e férteis, tão raros nesta paisagem de solos pobres e delgados.
no Verão, com a sua sombra. Quando atravessar as ribeiras, repare nos orifícios escavados nas barreiras junto ao leito: são do rato-de-água, um simpático roedor que faz lembrar um pequeno castor, não só na forma do corpo como na agilidade em meio aquático. No Outono vale a pena pedir aos habitantes das casas rurais para provar a fruta dos pomares. O sabor é único… Existem muitas variedades locais de frutos e legumes que estão agora a tentar salvar-se da extinção, por associações e autarquias.
Onde começar? S. Teotónio: no largo Gomes Freire, largo da Igreja, também conhecido por Quintalão.
As galerias ripícolas são fantásticas, com freixo, amieiro, carvalho-cerquinho, salgueiro e tamargueira. As folhas destas árvores são caducas, deixando a luz entrar na ribeira no Inverno e protegendo o habitat
Odeceixe: no início da rua do Rio.
Descrição do percurso Do largo da Igreja, siga em direcção ao cemitério e entre no caminho à esquerda. Tome atenção aos seus passos e repare nos vestígios da antiga calçada. Continue até voltar à esquerda na encruzilhada, subindo através de um bosque silencioso, coberto de sobreiros, carvalhos, pinheiros e medronheiros. No topo da subida olhe para trás, S. Teotónio ficou lá em baixo, aninhada no seu poiso de sempre. Atenção: ao km 2,8 encontrará um caminho alternativo para chegar ao seu destino! Depois de andar por algum tempo no planalto, e de caminhar por 200 m no caminho largo de terra que segue até à Delfeira, o percurso desvia-se à direita, encaminhando-se para sul e descendo através do bem preservado barranco de Vale de Fecho. No final da descida, continue em frente, por entre eucaliptos altos. Quando o caminho principal vira à direita, deve continuar em frente, passando junto a uma ruína e atravessando uma plantação de eucaliptos até atravessar a ribeira do Cerrado. Pela sua frente tem agora
Zambujeira do Mar
S. TEOTÓNIO
Vale de Fecho Brejão
Vale Juncal Selão Ribeira do Cerrado Vale de Alhos
ODECEIXE
S. Miguel
Ribeira de Seixe
32
Este é um dia de caminhada memorável, em que irá percorrer trilhos inóspitos, cobertos de vegetação autóctone e bem preservada, descer a vales fundos e subir de novo às alturas da serra, apreciando a vista sobre o casario de Odeceixe e o mar. No final terá o Algarve à vista e ligação com o Trilho dos Pescadores.
Ficha técnica Extensão Duração aproximada
Graus de dificuldade
300 250
0
Avisos importantes 8 2 4 6 10 12
S. TEOTÓNIO
2 4 6 8 Época recomendada
10
12 14 18 Setembro a 16 Junho VALE SECO
Perfis topográficos 250 200 200 150
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100 150 50 100 0 50 0
2 caminho 4 6 8 10 agora 12 14 16 18 O segue por estrada em SANTIAGO DO CACÉM direcção a S. Miguel, ao longo VALE deSECO 2,5 km. À entrada da aldeia, vire à esquerda, passando duas pontes, uma em cimento e outra em madeira, chegando a Odeceixe ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) já do lado sul da ribeira. Daqui, é possível 200 continuar para Aljezur pelo Caminho His150 tórico ou optar pelo Trilho dos Pescadores. 100
0
190 m / 10 m
SANTIAGO DO CACÉM
0
0
DISTÂNCIA (km)
Algo difícil / Fácil
Altitude máx./mín.
50 0
50 0
50
550 m / 350 m ALTITUDE (m)
100
100
400 m / 200 m
Descida acumulada
uma subida íngreme, com várias curvas e contracurvas, mas a chegada ao topo é recompensada com vistas sobre a serra, a vila de Odeceixe e o Atlântico. A partir ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) deste ponto vai começar a descer rumo a Vale de Alhos, numa parte exigente da caminhada para os joelhos e articulações, especialmente se viajar muito carregado.
200 150
6h/5h
Subida acumulada
200 150
300 250
17 km / 15 km
2
4
0 VALE SECO 0 2
6 4
8
10
12
14
16
20
18
22 23
CERCAL DO ALENTEJO
8
6
10
12
14
S. TEOTÓNIO
16 17 ODECEIXE
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
250 200 150 100 50 0
14
16 17
0
ODECEIXE
2
4
S. TEOTÓNIO (ALTERNATIVO)
O caminho de maior extensão passa por um vale de extrema beleza, no entanto não pode ser efetuada em períodos de elevada precipitação. Neste caso, opte pelo caminho alternativo.
6
8
10
12
14
15
ODECEIXE
Dicas Abastecimento durante o percurso: ao km 14, na aldeia de S. Miguel.
Em períodos de chuva intensa, o troço entre S. Miguel e Odeceixe pode ficar bastante alagado sendo impossível atravessar a ribeira de Seixe. Neste caso termine a sua caminhada na aldeia de S. Miguel, ou siga pela estrada até Odeceixe. Marcação alternativa à saída S. Teotónio: 1 km depois da saída de S. Teotónio, o caminho está marcado de forma alternativa, com mariolas (pedras empilhadas) de maneira a acautelar os interesses dos proprietários e do projecto. 33
Caminho Histórico
Odeceixe » Aljezur A água subterrânea é tão abundante, neste planalto litoral, que acaba por aflorar à superfície em alguns locais de cota mais baixa, dando origem a zonas húmidas, localmente designadas de brejos. A vegetação é muito especial, pois nem todas as plantas suportam tanta água no solo de forma permanente. Para alguns animais, os brejos são locais de alimentação, refúgio ou reprodução. A borboleta Euphydryas aurinia, protegida a nível europeu, por exemplo, é uma das espécies que depende destes mosaicos de prados húmidos com silvados ou tojais. Eles são também o habitat ideal do rato-de-cabrera. Os brejos são bons locais de caça para aves e morcegos, uma vez que há abundância de pequenos mamíferos e insectos. Praia de Odeceixe
Nos pequenos bosques entre parcelas agrícolas abundam arbustos aromáticos como o zimbro, a perpétua-das-areias, o rosmaninho e o alecrim. Nestes bosquetes também é fácil encontrar algumas plantas muito raras e exclusivas do sudoeste de Portugal, como Adenocarpus anisochilus, Euphorbia transtagana, Thymus camphoratus e Centaurea vicentina. Por aqui, muitas aves coabitam placidamente com as pessoas, nomeadamente perdizes, codornizes, garças-boieiras, rolas-bravas, cegonhas e estorninhos. O rouxinol comum ouve-se cantar em todas as galerias ribeirinhas. Quando o dia começa a cair, pode contemplar-se a elegância e agilidade dos morcegos a caçarem insectos sobre as charcas ou em volta da iluminação pública. Todas as espécies de morcegos que vivem em Portugal comem insectos. Cada animal consome numa noite mais de metade do seu peso em insectos voadores ou rastejantes! São milhares de toneladas de insectos consumidos anualmente pelos morcegos! Os morcegos têm assim um papel ecológico muito importante, ajudando a controlar as populações de insectos e prevenir pragas e doenças.
ODECEIXE
Malhadais
Baía dos Tiros Maria Vinagre Praia do Vale dos Homens
Onde começar? Odeceixe: no início da rua do Rio. Rogil
Aljezur: junto ao mercado de Aljezur.
Descrição do percurso
Carrascalinho
Atravesse a vila de Odeceixe subindo a escadaria que passa perto da Igreja até chegar junto ao moinho de vento, onde pode parar para recuperar o fôlego e contemplar a vista. Continue a subir a ladeira até Malhadais. Siga sempre em frente e passe os depósitos de água. Cerca de 200 m depois vire à esquerda
Cerca dos Pomares
Mariares Ribeira de Aljezur
ALJEZUR
34
250 200 150 100 50 0 0
Esta caminhada pelo planalto litoral atravessa pastagens e campos agrícolas com batatadoce, milho, amendoim ou tomate, intercalados por manchas de pinhal e eucaliptal. Junto às povoações e lugares, surgem hortas cultivadas da mesma forma desde há séculos, sequência ALTITUDEnuma (m) DISTÂNCIA (km) precisa, determinada pelas luas e solstícios. Muitas famílias tiram da terra mais de metade do seu sustento – fruta, legumes, leite, 20 22 23 2 4 6 8 10 12 14 16 18 ovos e carne de animais de criação.
VALE SECO
Ficha técnica 19,5 km
Extensão Duração aproximada
6h 200 m
Subida acumulada
200 m
Descida acumulada ALTITUDE (m) 250
DISTÂNCIA (km)
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
110 m / 10 m
200 150 100 50 0 0
CERCAL DO ALENTEJO
8 2 4 6 Época recomendada
12 14 16,5 Setembro a Junho
10
CERCAL DO ALENTEJO
PORTO COVO
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
DISTÂNCIA (km)
150
250
com a marcação vermelha e branca (o Percurso Circular Odeceixe-ao-mar segue 100 em frente). Siga esta estradinha até ao 50 0 campo da bola, onde vira à direita num 8 0 2 4 6 10 12 14 15 trilho (estreito) até à estradaODECEIXE nacional. S. TEOTÓNIO (ALTERNATIVO) Cuidado ao atravessar! Do outro lado, continue sempre na mesma direcção por campos agrícolas e florestas, seguindo as marcas vermelhas, amarelas e brancas que unem este trilho ao Percurso Circular Odeceixe-ao-rio. No fim de 1,7 km vire à direita, deixando o Percurso Circular, seguindo as marcas vermelhas e brancas. Um pouco à frente atravesse duas estradas secundárias, entre quintas, hortas e florestas, aproximando-se assim do Rogil. Antes de chegar a essa localidade, continue num caminho paralelo à estrada nacional. A seguir ao Rogil, não se assuste com a pista de 2 km, depois continue por um caminho de terra batida em direcção a sudoeste. 200
100
150
50 0 0
2
4
6
8
10
ODECEIXE
12
14
16
18
19,5
ALJEZUR
continue pela rua principal até ao Museu Municipal, de onde deverá descer até ao largo do Mercado. Se tiver forças, aproveite para explorar a vila, subir ao Castelo e trazer Aljezur na memória, percorrendo o Circuito Histórico-Cultural e Ambiental, um pequeno percurso de 5,5 km.
Avisos importantes Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética. Atenção: os últimos 200 m desta etapa são coincidentes com a etapa seguinte, Aljezur » Arrifana.
Quando a paisagem se altera dando lugar ao mato, com forte presença de esteva, é a confirmação de que está cada vez mais próximo da costa, podendo avistar o casario do Espartal, debruçando-se sobre o impressionante vale da ribeira de Aljezur. Depois de passar em frente ao parque de campismo, vire à direita até entrar numa longa descida que cruza a estrada para a praia da Amoreira. Atravesse a ponte e
Ao sair de Odeceixe e ao entrar no Rogil, tenha cuidado ao atravessar a estrada nacional.
Dicas Abastecimento durante o percurso: no Rogil existem vários cafés e restaurantes. 35
Caminho Histórico
Aljezur » Arrifana Do alto do lendário castelo de Aljezur, um dos sete que se encontram representados na bandeira de Portugal, contemplam-se os solos planos e férteis das várzeas, onde se cultiva a famosa e incomparável batata-doce de Aljezur. As ribeiras serpenteiam estes campos com as suas magníficas galerias de choupos, amieiros, freixos, tamargueiras e salgueiros. O Homem tem convivido com respeito e harmonia com esta natureza, fortemente marcada pelo efeito das estações do ano. Como resultado, encontramos uma paisagem agrícola muito rica em diversidade, especialmente no que diz respeito às plantas, insectos, aves, anfíbios e mamíferos. As borboletas rivalizam com as flores no colorido que explode na Primavera.
barcos de Lisboa, Flandres e Castela. Até se aproximar da costa, atravessará zonas de serra onde predomina o eucalipto, cuja progressiva plantação, devido à necessidade crescente de papel, vai descaracterizando a floresta da região. O eucaliptal diminui a biodiversidade, acima e abaixo do solo, gasta enormes quantidades de água, contribui para erosão do solo e leva ao esgotamento dos nutrientes minerais. Quando o mar surge no horizonte, numa paisagem varrida por ventos salgados, onde predominam os matos pouco desenvolvidos, já se adivinha a chegada à incomparável baía da Arrifana.
Onde começar? Aljezur: junto ao mercado de Aljezur.
A saída da vila permite contemplar o vale da ribeira de Aljezur que se estende até à praia da Amoreira e imaginar como seria Aljezur no séc. XV, quando todo este vale era navegável, constituindo o único porto de abrigo da costa escarpada entre Vila Nova de Milfontes e Sagres. Aqui chegavam
Arrifana: junto ao estacionamento no topo da praia da Arrifana.
Descrição do percurso Suba até ao Museu Municipal e contorne a Igreja, descendo para o caminho de terra nas traseiras da vila. Se ainda não visitou o castelo, faça esse desvio, não deve deixar Aljezur sem apreciar a vista soberba sobre a vila e a várzea. O caminho segue pelo vale da Amoreira, passando junto a um velho monte reconstruído, a partir de onde começa a subir até cruzar a estrada para Monte Clérigo. A vista sobre a praia da Amoreira e a vila é inspiradora. Caminhe no trilho paralelo à estrada por 400 m. Aqui deverá virar à esquerda para continuar no Caminho Histórico, sendo que o Trilho dos Pescadores segue em frente. Atravesse o vale, voltando a subir por entre eucaliptos e estevas até chegar a um caminho mais largo. Siga pela esquerda. Cerca de 1 km depois, vire à direita até chegar à estrada. Aqui siga à esquerda por apenas 250 m, entrando na primeira cortada que encontra
Praia da Amoreira Monte Clérigo Espartal
Ponta da Atalaia
Ribeira de Aljezur
Vale da Telha
ARRIFANA
Vales
ALJEZUR
Praia da Arrifana
Praia do Canal
36
Esta é uma etapa mais curta, mas que poderá ser estendida percorrendo o Trilho dos Pescadores em direcção à Arrifana ou continuando para sul, rumo às aldeias da Bordeira e Carrapateira. Atravessará vales perfumados e pequenas quintas enquanto se aproxima da costa, adivinhando já ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) parte do trajecto do dia seguinte.
250 200
Ficha técnica
Duração aproximada
350 300 250 200 150 100 50 0
0 6
8
10
12
14
200 m ALTITUDE (m)
50 4
250 m
Descida acumulada
100
2
4h
Subida acumulada
150
0
12 km
Extensão
16,5
0
PORTO COVO à direita. Após passar junto a alguns montes habitados e um outro em ruínas, o caminho aproxima-se do mar, por zonas de matos pouco desenvolvidos e alguns ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) pinheiros. Na bifurcação do Caminho 150 Histórico, siga pelo caminho da direita, 100 apreciando a vista panorâmica sobre 50 montes e vales, conseguindo já vislumbrar 0 a praia da Arrifana. Continue a descer até 8 0 2 4 6 10 12 14 16 18 19,5 voltar a encontrar o asfalto, seguindo pela ODECEIXE ALJEZUR esquerda, pela berma da estrada até dar de caras com a incomparável baía da Arrifana. CERCAL DO ALENTEJO
DISTÂNCIA (km)
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
120 m / 10 m
2 4 6 8 10 Época recomendada
14 16 a18 20,5 Setembro Junho
12
CERCAL DO ALENTEJO
S. LUÍS
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
150 100 50 0 0
1
ALJEZUR
Avisos importantes Ao longo desta etapa terá de caminhar e atravessar, por mais do que uma vez, estradas com algum movimento. Circule com a máxima precaução e sempre do lado esquerdo da estrada de forma a estar visível para o trânsito. Atenção: os 200 m iniciais e 2,2 km finais deste percurso são coincidentes com as etapas adjacentes.
Dicas Se tiver chegado cedo, continue por mais 1 km até às ruínas da Fortaleza, de onde pode verdadeiramente apreciar o local onde acaba de chegar. Abastecimento durante o percurso: ao km 5 no cruzamento junto à estrada M1003, fazendo um desvio de 600 m à direita em direcção a Vales. 37
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
ARRIFANA
Caminho Histórico
Arrifana » Carrapateira Onde começar?
Nesta etapa admirável, é constante a presença simultânea da serra e do mar, da natureza intocada e da presença singular do Homem. É praticamente uma etapa-síntese do que a Rota Vicentina tem para oferecer: o poder do mar derramando-se sobre falésias antigas ou sobre tranquilas praias de areia, matos plenos de cor e aromas, uma extraordinária biodiversidade de fauna, tranquilos bosques de sobreiros, zambujeiros e carvalho-português, várzeas cultivadas por homens sem pressa, visitadas à noite por javalis e texugos, uma Primavera que explode em flores e insectos coloridos, um Outono que oferece cogumelos e plantas silvestres comestíveis, pontos de contemplação ao nível do mar, no cimo da falésia, na intimidade do bosque ou no alto de uma colina. Vale a pena um olhar mais demorado na praia do Canal e na aldeia da Bordeira.
Arrifana: junto ao estacionamento no topo da praia da Arrifana. Carrapateira: no largo do Comércio.
Descrição do percurso Do estacionamento, siga pela estrada de alcatrão em direcção a Aljezur e, passado 1 km, vire no caminho de terra batida à direita. Caminhe com o oceano de um lado e montes e vales do outro, numa zona de mato, até à bifurcação do Caminho Histórico, onde à esquerda seguiria para Aljezur. Continue para sul
ARRIFANA
Vales
Praia da Arrifana
Os matos que povoam grande parte deste percurso são ricos em esteva e aroeira, cujo fruto faz as delícias das aves granívoras. Nas praias rochosas batidas pelo mar é comum encontrar calhaus rolados, bem arredondados pela erosão constante das ondas e marés. São pedaços da rocha escura da falésia, frequentemente decorados com riscas brancas de quartzo, em desenhos geométricos inesperados. Rumo ao interior, entre manchas de pinho e eucalipto em terrenos argilosos, sobreiros, medronheiros e terrenos agrícolas onde o gado pasta, a presença de hortas denuncia a chegada a uma povoação. Depois de passar a aldeia da Bordeira, a vista sobre o vale da ribeira da Bordeira e o estuário onde esta se junta à ribeira da Carrapateira assinalam uma vez mais a beleza da região.
Pedra da Agulha Praia do Canal
Valinhos Praia de Vale Figueiras Monte Novo
Ribeira da Bordeira Praia da Bordeira Cerro da Cunca
Bordeira
CARRAPATEIRA
38
350 300 250 200 150 100 50 0
A Pedra da Agulha vista da praia do Canal, o areal de Vale Figueiras e uma sucessão de montes e vales, confirmam o lado mais agreste e inacessível desta região costeira. À chegada, uma vista cimeira sobre as dunas da Bordeira e a ribeira que desagua no mar, num cenário que se ALTITUDE repete e caracteriza (m) DISTÂNCIA (km) as praias da Costa Vicentina.
Ficha técnica
Duração aproximada
8h 500 m
Subida acumulada
550 m
Descida acumulada ALTITUDE (m) 200
DISTÂNCIA (km)
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
150 m / 10 m
150 100
descendo até à praia do Canal, com uma 2vista 4 deslumbrante 6 8 10 12sobre 14 18 0 a16 costa e20,5o areal CERCAL DO ALENTEJO de Vale Figueiras. A parte final daS. LUÍS descida é em trilho de pé posto. Atravesse uma pequena ribeira e continue pelo caminho que sobe do outroALTITUDE lado, deixando a praia (m) DISTÂNCIA (km) para trás. Ao terminar a subida entra numa 150 zona de eucaliptal e no final da longa recta, 100 tome o caminho da direita.
50 0 0
8 2 4 recomendada 6 10 12 Época
14
16 18 20 a22 24 25 Setembro Junho
S. LUÍS
ODEMIRA
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
200 150 100
50 0
24 km
Extensão
50
À entrada do povoado de Monte Novo, sai 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 10 11 12 o Trilho dos Pescadores à direita.ARRIFANA Atravesse ALJEZUR a povoação virando à esquerda depois de um monte com cercas e animais, subindo e descendo sucessivamente até se cruzar com a EN 268. Siga em frente pelo caminho asfaltado, passando por várias casas e um ferro velho até voltar à terra batida. Continue até se cruzar com a ribeira da Bordeira, na base do vale e vire à direita, chegando à Bordeira por um caminho que segue paralelo à estrada. No topo sente-se o oceano. O percurso acompanha a ribeira da Aguçadeira, que terá de transpor por duas vezes. No ponto mais alto - Cerro da Cunca, goze da panorâmica sobre o vale da praia da Bordeira. O percurso desce, passando por uma casa no sopé e segue à esquerda, em estrada de alcatrão até à Carrapateira.
0 0
2
ARRIFANA
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
CARRAPATEIRA
Atenção: os 2,2 km iniciais deste percurso são coincidentes com a etapa anterior, Aljezur » Arrifana.
Dicas Aproveite os Percursos Circulares da Bordeira e Carrapateira para ficar mais uns dias nesta área e conhecer as redondezas.
Avisos importantes Esta é uma etapa longa onde irá encontrar abastecimento ao km 9 e quase à chegada. Leve água e mantimentos suficientes. Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética. 39
Caminho Histórico
Carrapateira » Vila do Bispo O início do percurso brinda-nos com paisagens em que a serra se derrama até ao litoral, indo morrer à praia. Rochedos, encostas das serras, ribeiras ou terrenos planos nos vales profundos, são alguns dos elementos que compõem a estética da paisagem e constituem um mosaico de habitats com funções ecológicas distintas.
pois é contemporâneo dos dinossauros e têm-se mantido quase sem alterações há quase 200 milhões de anos! Do Outono à Primavera, para além dos milhares de girinos, os charcos são povoados por aves, cágados, mamíferos e plantas. Em Abril e Maio, as flores oferecem uma paleta de cores: miosótis azuis, narcisos amarelos, jacintos lilases, orquídeas roxas, malmequeres brancos... No Verão, esta ilha de diversidade entra em estivação, oferecendo um aspecto desértico e desolado.
No caminho para o interior, rumo às aldeias da Vilarinha e Pedralva, junto às ribeiras, encontramos a tamargueira, o salgueiro, o freixo e o carvalho-português. Nas encostas mais secas, o sobreiro, o zambujeiro, os pinheiros (bravo e manso) e as oliveiras. Nas encostas mais íngremes pode contemplar-se a vegetação natural, praticamente intocada pelo Homem, com denso matagal no sob-coberto dos sobreiros.
Quando atravessar o perímetro florestal de Vila do Bispo, avance em silêncio e use binóculos, porque os avistamentos de fauna são prováveis, sobretudo aves. Praia da Bordeira
Nesses matos abundam o medronheiro, a urze-branca, a queiró, o folhado, a esteva, a aroeira, o espargo-bravo, o trovisco, o lentisco e os tojos.
Bordeira
CARRAPATEIRA
Ribeira da Carrapateira
Junto ao parque eólico, que irá passar depois da Pedralva, pode encontrar alguns charcos temporários. Estes constituem um habitat prioritário de conservação, uma vez que são ambientes com uma flora e fauna muito originais, adaptadas a uma vida de 3 a 6 meses em meio aquático e o resto do ano em meio terrestre. São talvez o habitat mais rico em biodiversidade do sudoeste de Portugal, fundamental, por exemplo, para a reprodução da maior parte dos anfíbios da nossa fauna. Exactamente por serem temporários (secarem no Verão), eles estão livres de predadores de ovos e girinos, constituindo assim um local seguro para as posturas. A espécie mais emblemática dos charcos de Vila do Bispo é Triops vicentinus, um camarão girino endémico do sudoeste de Portugal continental. Com os seus 70 pares de patas e 3 olhos, pode considerar-se um fóssil vivo,
Praia do Amado Vilarinha
Pedralva
Parque Eólico Pena Furada
Três Casas Raposeira
VILA DO BISPO
40
Depois de vistas cimeiras sobre o imenso areal da Bordeira, a beleza dos vales onde mal se sente a presença humana e as pitorescas aldeias da Vilarinha e da Pedralva, estará em condições para enfrentar os ventos fortes que se anunciam, com a chegada a Vila do Bispo.ALTITUDE Uma (m) etapa DISTÂNCIA (km) onde é possível experimentar a essência da Costa Vicentina.
200 150 100
Ficha técnica
Duração aproximada
150
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24 25
0
ODEMIRA
150
Altitude máx./mín.
140 m / 10 m
3 6recomendada 9 12 15 18 Setembro 21 24 27 a Junho 30 33 Época ODEMIRA
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
150 100
Vila do Bispo: junto à Igreja Matriz.
100
Fácil
DISTÂNCIA (km)
Carrapateira: no largo do Comércio.
200
Grau de dificuldade
SABÓIA
Onde começar? ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100
0 4
280 m ALTITUDE (m)
50
2
350 m
Descida acumulada
0 S. LUÍS
7h
Subida acumulada
50
0
21,5 km
Extensão
50
50 0 0
Descrição do12percurso 2 4 6 8 10 14 16 18
ARRIFANA
0 20
22
24
0
CARRAPATEIRA
2
4
6
8
10
CARRAPATEIRA
Do largo da Carrapateira siga até Museu do Mar e da Terra por ruelas estreitas e inclinadas, continuando a subir até ao marco geodésico. Olhe em seu redor e usufrua de vistas deslumbrantes sobre o areal da Bordeira, a vila e os montes arredondados que se sucedem. Junto a uma casa antiga, depois da descida ao vale, vire à direita e siga por um trilho de pé posto até entrar no caminho de terra que segue paralelo à ribeira, até à aldeia da Vilarinha. No entroncamento decida qual dos caminhos quer percorrer (ver Avisos Importantes). Optando pela direita, passa a aldeia da Vilarinha subindo depois a serra pela esquerda. Ou pode optar seguir pelo vale, junto às ribeiras da Carrapateira e Sinceira, que terá de atravessar várias vezes. Quando os dois caminhos se encontram, siga para sul atravessando a aldeia da Pedralva através de uma zona de vale, com hortas, algumas casas, pomares e zonas de pastoreio. A 1,2 km depois da aldeia, o caminho sobe à direita até se deparar com o parque eólico. Atravesse a estrada nacional para o outro lado e passe junto à ruína em taipa, descendo pelo caminho à
12
14
16
18
20 21,5
VILA DO BISPO
sua direita, através de um vale bem preservado ladeado por medronheiros e outras espécies locais. No topo da subida vire à esquerda e prossiga por trilho arenoso, rodeado ora de pinheiros ou mato rasteiro, cruzando vários caminhos largos de terra até chegar à estrada nacional, onde deverá caminhar por 150 m, até reentrar num caminho paralelo, avistando o casario de Vila do Bispo e o mar da costa sul algarvia.
Avisos importantes Dois caminhos alternativos: entre Vilarinha e Pedralva, pode optar por seguir pelo vale (não é possível em caso de chuvas fortes), ou seguir um trilho muito bonito pela serra. Esteja atento à sinalética pois há cruzamentos com vários Percursos Circulares.
Dicas Abastecimento durante o percurso: ao km 9,5, na aldeia da Pedralva. 41
Caminho Histórico
Vila do Bispo » Cabo de S. Vicente Neste percurso a falésia, muito alta, proporciona perspectivas únicas. Ornitólogos e observadores de aves são atraídos a Sagres pela migração outonal de aves planadoras e de aves marinhas, que chegam a ultrapassar os 5000 indivíduos de mais de 300 espécies. Sagres é aliás, o palco do Festival de Observação de Aves que acontece anualmente em Outubro.
e alimentando-se durante o dia. Outras espécies migram durante o dia, como é o caso das águias, das cegonhas, dos flamingos, das alvéolas ou dos abelharucos. Entre as aves residentes, destaque para o sisão e para a gralha-de-bico-vermelho que têm em Vila do Bispo o único núcleo reprodutor no sul de Portugal. O esmerilhão pode encontrar-se por aqui no Inverno.
Podem avistar-se espécies migradoras como o cartaxo-nortenho, o chasco-cinzento, a toutinegra-de-bigodes, a toutinegra-tomilheira, a águia-calçada, o milhafre-preto, o bútio-vespeiro, a águia-cobreira, o gavião, o milhafre-real, o francelho, a ógea, o falcão-da-rainha, o tartaranhão-azul, o tartaranhão-caçador, o tartaranhão-ruivo-dos-pauis, a cegonha-negra e diferentes espécies de abutres. Mais raras, surgem por vezes a águia-imperial e águia-real. Também algumas aves marinhas podem ser facilmente observadas, como a cagarra, o alcatraz, o moleiro, o garajau e a gaivina. A maior parte dos passeriformes migra durante a noite, descansando
A vegetação continua a ser protagonista neste percurso pelo alto da falésia. Atravessa-se a Reserva Biogenética de Sagres, um santuário para os botânicos, pelas plantas raras dos solos calcários, pelas espécies únicas no mundo ou pelas que se pensavam extintas e voltaram a aparecer por aqui. Os matos são dominados pelo tojo-do-sul, urzes, cardos, Lithodora lusitanica, alecrim, violetas, tomilhos e jacintos. Estará prestes a concluir o Caminho Histórico da Rota Vicentina, mas antes passará pela área denominada de Vale Santo, que foi durante séculos palco de peregrinações de devotos de S. Vicente, cuja viagem culminava no mosteiro que existia onde agora se localiza o farol.
Onde começar?
Casa do Guarda Florestal Ponta Ruiva
Vila do Bispo: junto à Igreja Matriz.
VILA DO BISPO
Cabo de S. Vicente: no Farol do Cabo de S. Vicente. Vale Santo
Praia do Telheiro
Descrição do percurso Vindo da igreja, depois de passar pelo mercado, tome a estrada da esquerda e siga sempre em frente, em direcção a Oeste. Perto da casa do Guarda Florestal separa-se o Percurso Circular Cordoama. Mais à frente irá passar ao largo de uma estação de controle aéreo, mesmo antes do cruzamento com a indicação “Torre de Aspa”. Os matos demonstram a influência dos
Forte do Beliche Praia do Beliche Sagres
CABO DE S. VICENTE
42
Neste dia, caminha em direcção ao ponto mais a sudoeste da Europa, um local mágico onde ecoam as vozes de peregrinos e navegadores. Falésias monumentais, panorâmicas arrebatadoras sobre a costa e um palco privilegiado para o fenómeno natural da ALTITUDE (m) migração DISTÂNCIA (km) outonal de aves planadoras.
150
Ficha técnica Extensão
14 km
Duração aproximada
4h
Subida acumulada
100 m
Descida acumulada
120 m ALTITUDE (m)
200
DISTÂNCIA (km)
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
150 m / 60 m
150
100
100
50
ventos fortes, com a vegetação arbustiva 0 3quase 6 9 12 15 18e o21panorama 24 27 30dominado 33 0 inexistente SABÓIA ODEMIRA pela vegetação rasteira. Vire à esquerda e prossiga para sul. O caminho que segue pela direita vai ter ao miradouro da Torre de Aspa. Neste local foi identificada uma ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) planta que se julgava extinta localmente, 150 a Silene rothmaleri, espécie endémica do 100 extremo sudoeste de Portugal. As vistas 50 sobre os areais do Castelejo e Cordoama 0 são obrigatórias! 0
2
CARRAPATEIRA
4
6
8
10
12
14
16
18
50 0 0
8 2 4 6 10 Época recomendada
12 14 16 18 19 Setembro a Junho
ODEMIRA
S. TEOTÓNIO
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
150 100 50 0
20 21,5
0
VILA DO BISPO
2
4
6
VILA DO BISPO
Apenas 1 km à frente, um desvio convida o caminhante a conhecer o miradouro da Ponta Ruiva e pouco depois, no entroncamento, o Trilho dos Pescadores segue pela direita. Continue pela esquerda, e ao chegar a uma zona mais baixa, onde predominam as pastagens para o gado, estará na área denominada de Vale Santo, que deve o seu nome à antiga tradição de peregrinos e devotos, que aqui terminavam ou iniciavam a sua peregrinação. Esta é a melhor zona para observação de aves.
8
10
12
14
CABO DE S. VICENTE
as cores vermelha e branca), e segue por estrada de alcatrão, com alguns locais de miradouro, até ao Cabo de S. Vicente, o local mágico e mítico que assinala o final desta travessia ao longo da costa mais surpreendente da Europa.
Avisos importantes Não existe qualquer ponto de abastecimento durante o percurso. Deve levar água e mantimentos suficientes.
A partir deste ponto o Caminho Histórico coincide com outra Grande Rota, a Via Algarviana (tendo a mesma sinalética, com
Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética.
Dicas Vento forte: esta é uma região particularmente ventosa. Prepare-se para nortadas fortes. Cabo de S. Vicente » Sagres: do farol até à vila de Sagres, poderá seguir pelo Trilho dos Pescadores, ao longo de 7 km ou optar por um táxi ou autocarro. 43
Trilho dos
Pescadores
Sempre junto ao mar, seguindo os caminhos usados pelos locais para acesso às praias e pesqueiros. Trata-se de um trilho de pé posto percorrível apenas a pé, ao longo das falésias, com muita areia e por isso mais exigente do ponto de vista físico.
Um desafio ao contacto permanente com o vento do mar, à rudeza da paisagem costeira e à presença de uma natureza selvagem e persistente. Inclui 13 etapas, num total de 226,5 km.
SINALÉTICA DO TRILHO DOS PESCADORES
O Trilho dos Pescadores no Algarve deve ser combinado com o Caminho Histórico
seguir
não seguir
esquerda
44
direita
Ficha técnica Mais de 200 km ao longo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
É proibida a circulação de veículos nas dunas Número máximo de 20 pessoas por grupo
Sinalética intuitiva para fazer todo o percurso em autonomia, nos dois sentidos
Para fazer exclusivamente a pé
13 etapas de um dia, algumas delas combinam com o Caminho Histórico. Tenha atenção à sinalética Alojamento e outros serviços ao longo de todo o percurso
Proibido campismo selvagem. Procure os parques de campismo Não recomendado a pessoas com vertigens ou medo de alturas 45
Trilho dos Pescadores
S. Torpes » Porto Covo Com esta etapa, a sul do porto de Sines, inicia-se o Trilho dos Pescadores. O complexo industrial de Sines começou a ser construído nos anos 60, causando uma profunda transformação da paisagem e da realidade sócio-económica desta região.
riquíssima: estrelas-do-mar, ouriços, anémonas, esponjas-do-mar, caranguejos, polvos, chocos, percebes e uma diversidade enorme de peixes. Na base da cadeia alimentar, as algas verdes, castanhas e vermelhas crescem numa água transparente, cheia de luz.
Deixando para trás as indústrias, entramos no imenso Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que acompanhará esta rota pedestre ao longo de cerca de 200 km, só terminando no Burgau, onde o Trilho dos Pescadores continua por mais 17 km até à cidade de Lagos. Caminhando na praia, na baixa-mar percebe-se que o fundo marinho é sobretudo rochoso.
Uma das tradições destas terras e que possivelmente terá oportunidade de observar neste percurso, é a cura do polvo e da moreia, balançando ao sol como roupa a secar. Aprecie a arte de abrir os animais com pedaços de cana e de os expor ao sol para conseguir a secagem perfeita. Estas técnicas ancestrais terão nascido da necessidade de conservar o excesso de pesca nas épocas de maior fartura, assegurando alimento para as estações de míngua. O polvo seco é um petisco vendido nas feiras e mercados, assado em fogareiros a carvão, assim como o ouriço-do-mar cujas ovas se comem por altura da Páscoa. A moreia, abundante nas cavidades rochosas deste pedaço de costa, é um peixe muito original. Não tem forma de peixe (mas sim de cobra), não tem cor de peixe (é escura, sarapintada de amarelo, como uma salamandra) e não tem escamas! Pode ter 15 kg e mais de 1,5 m de comprimento. Aliando este tamanho a uma boca proeminente, que segrega um veneno hemolítico e está cheia de dentes enormes e pontiagudos, é fácil perceber que não é qualquer pescador que lhe deita a mão! As moreias passam o dia escondidas em buracos e saem à noite para capturarem peixes, crustáceos e cefalópodes no seu território. São predadores muito ferozes.
A areia era bem mais abundante antes da construção do porto de Sines, que agora abriga a costa a sul do molhe, da acumulação de sedimentos vindos do norte. Este extenso recife rochoso, repleto de cavidades, é o substrato perfeito para uma fauna
S. Torpes
Praia de S. Torpes
Lago Morgavel
Praia da Pegada Praia de Vale Figueiros
Brejos de Morgavel
Praia da Foz Praia do Burrinho Praia do Samoqueiro Praia do Salto
Samonqueira
Onde começar?
Palmeira
Praia do Espingardeiro
Porto Covo
S. Torpes: na praia, junto ao ao painel informativo da Rota Vicentina.
Caniceira
Porto Covo: no largo do Mercado. 46
Começar a grande aventura do Trilho dos Pescadores em S. Torpes, é fazer uma viagem no tempo: deixa-se para trás a “civilização” industrializada de Sines para entrar num parque natural que protege esta vasta costa com as suas praias, dunas e falésias que aqui ainda são miniaturas, mas que progressivamente se erguem à medida que caminhamos para sul.
Ficha técnica 10 km
Extensão Duração aproximada
3h
Subida acumulada
120 m
Descida acumulada
100 m
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
30 m / 0 m
Época recomendada
Setembro a Junho
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
Descrição do percurso
DISTÂNCIA (km)
30 20
Começamos a caminhar para sul, ao longo da estrada para Porto Covo. Para trás fica a paisagem industrial de S. Torpes e à nossa frente abre-se uma belíssima natureza com lindas praias, dunas e pequenas falésias, numa promessa de tudo o que iremos ver nos próximos dias. Depois de 2,5 km e de passarmos uma zona de estacionamento com alguns restaurantes, deixamos a estrada e viramos para um caminho de terra que passa por cima da pequena falésia. Passamos algumas cabanas de pescadores e chegamos à praia da Vieirinha. Se a maré não permitir passar na praia, há um pequeno trilho que segue da esplanada do apoio de praia e passa junto a um canavial. Do outro lado subimos pelo trilho que nos leva sobre a praia da Oliveirinha. Saindo do estacionamento seguimos sempre o trilho para sul. Na próxima baía, o caminho leva-nos um pouco para interior. Atravessamos a ribeirinha e subimos o primeiro trilho do outro lado. Agora os passos custam, já que o terreno é de areia. Felizmente, é só 1 km. Saímos da duna e encontramos um caminho de terra que seguimos já com Porto Covo à nossa frente, enquanto a sudeste vemos os montes mais altos da Serra do Cercal. A última parte desta etapa, antes de chegar a Porto Covo, faz-se pelo caminho do circuito de manutenção.
10 0 0
1
2
3
4
5
6
7
S. TORPES
8
9
10
PORTO COVO
Avisos importantes ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
Parte do percurso segue ao longo da 125 100 estrada. Há dois sítios, onde se passa pela 75 praia. Assegure-se de que as condições 50 25 permitem atravessar a mesma. Caso con0 2deverá 6 8 ir10 4 14 0 16 18 20 trário, optar pela12 estrada. 150
ARRIFANA
CARRAPATEIRA
Dicas Dependendo das condições do mar, poderá seguir pela praia no início do percurso, evitando a estrada.
47
Trilho dos Pescadores
Porto Covo » Vila Nova de Milfontes É absolutamente fantástica a diversidade de formas que as praias assumem apenas nesta etapa. Praias protegidas por rochas antigas, escuras, que resistem gloriosamente à erosão, formando falésias e ilhotas (a que os locais chamam palheirões). Praias como a dos Aivados, de calhaus rolados, arredondados pela erosão do mar. Praias em que as dunas fósseis descem até ao mar deixando-se trabalhar por ele em rendilhados surpreendentes, como na praia do Faquir ou do Farol. Praias de areia, em suave transição desde o cordão dunar, como o Malhão. Praias com bicas de água doce, vinda da serra por caminhos subterrâneos, justificando o nome de Milfontes.
deverá percorrer pelo areal até ao Forte do Pessegueiro. A passagem sobre o Barranco do Queimado faz-se recuando um pouco a interior e deste ponto até às Alturas do Norte, o caminho segue por uma pista larga que contorna o extenso cordão dunar das praias dos Aivados e Malhão. Se a maré estiver vazia e o mar calmo, poderá continuar sempre à beira-mar até ao final das praias. A paisagem muda de condição e as praias dão lugar a falésias imponentes que a partir deste ponto até ao Cabo de S. Vicente conferem a personalidade a esta costa selvagem. Até ao Porto das Barcas, ou Canal, irá caminhar por uma paisagem notável que representa
A biodiversidade das dunas é notável, mostrando todo o seu esplendor de Março a Junho, com uma profusão de cores, aromas e formas absolutamente espantosa. Estas plantas têm adaptações perfeitas para este meio hostil, com um solo pobre, mais de seis meses sem água e ventos fortes e salgados. Mesmo plantas como o pinheiro, o alecrim ou a esteva, adquirem aqui formas diferentes e melhor adaptadas às condições severas. Algumas destas espécies são endémicas da costa sudoeste e não podem encontrar-se em mais nenhum local do mundo.
PORTO COVO
Ilha do Pessegueiro
Forte da Ilha Barranco do Queimado
Praia dos Aivados Ribeira da Azenha
Praia do Malhão
Onde começar?
Alturas do Norte
Porto Covo: no largo do Mercado. Vila Nova de Milfontes: no posto de turismo na rua António Mantas.
Descrição do percurso
VILA NOVA DE MILFONTES
Ponta da Galhofa Ponta das Barcas
O percurso segue até para o largo Marquês de Pombal e depois em direcção ao porto de pesca. Depois de atravessar a ribeira, caminhe ao longo da falésia até à praia da Ilha do Pessegueiro, que
Praia do Farol
48
Rio Mira
Esta é a etapa das praias, em que irá caminhar ao longo dos extensos areais das praias da Ilha do Pessegueiro, Aivados e Malhão e ainda descobrir pequenas enseadas desertas que o irão surpreender. É no entanto um percurso cansativo, dada a sua extensão e o piso sempre de areia.
Ficha técnica 20 km
Extensão Duração aproximada
a maior extensão de dunas consolidadas de Portugal e que inclui uma enorme variedade de espécies botânicas raras e endémicas do Sudoeste. Daqui até Vila Nova de Milfontes são apenas mais 2,5 km, ao longo de um caminho largo por entre ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) cercas e empreendimentos, até chegar 30 à avenida marginal na zona ribeirinha. 20 Siga até à Barbacã, junto ao Forte de 10 S. Clemente, também conhecido como 0 Castelo de4 Milfontes e goze das10vistas 8 1 3 6 2 5 7 9 0 sobre o rio e o mar. S. TORPES PORTO COVO
8h
Subida acumulada
200 m
Descida acumulada
180 m
Grau de dificuldade
Difícil
Altitude máx./mín.
50 m / 0 m
Época recomendada
Setembro a Junho
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
60 40 20 0 0
2
4
PORTO COVO
Avisos importantes
6
8
10
12
14
16
18
20
VILA NOVA DE MILFONTES
fazendo um desvio de 1,8 km até à Ribeira (m) DISTÂNCIA (km) da Azenha; ao km 16, noALTITUDE Canal.
ALTITUDE (m) entre DISTÂNCIAa (km) Caminho não marcado: praia do 150 Queimado e a praia do Malhão, o caminho 125 100 não está integralmente sinalizado. Siga 75 pela pista larga que contorna o extenso 50 25 cordão dunar, ao largo das praias dos Aiva0 2 6 e Malhão, 8 12 10 14 0 16 as18instruções 20 dos,4Galé seguindo ARRIFANA CARRAPATEIRA que encontra nas placas. Em alternativa e apenas com maré vazia, poderá caminhar ao longo do areal.
150 125
Encurte esta etapa: termine a etapa no 75 Canal (Porto das Barcas) e apanhe um 50 25 táxi até Milfontes, reduzindo o percurso 0 2 6 8 12 4 10 14 16 18 20 21,5 em0 3 km.
100
ARRIFANA (ALTERNATIVO)
CARRAPATEIRA
Pode combinar esta etapa com os Percursos Circulares Praia do Sissal ou Charcos Mediterrânicos.
Uma etapa longa e cansativa! Com 20 km e piso de areia, esta é uma etapa longa e cansativa, especialmente se vai iniciar a sua travessia precisamente por Porto Covo. Prepare-se bem e traga no mínimo 1,5 L de água. Esta etapa cruza-se com Percursos Circulares. Tenha atenção à sinalética.
Dicas Abastecimento durante o percurso: ao km 3,5, na praia da Ilha do Pessegueiro; ao km 6,5, 49
Trilho dos Pescadores
Vila Nova de Milfontes » Almograve A passagem da ponte sobre o rio, em Vila Nova de Milfontes, permite contemplar a foz, a vila e as encostas cobertas de matos mediterrânicos. Estes produzem abundantes bagas, que atraem pássaros e pequenos mamíferos. Na maré vazia, contemple os sapais, nas curvas do rio, parcialmente emersos e cobertos de juncos, que funcionam como maternidades de peixes. De Março a Outubro, observe um dos mais belos espectáculos da natureza – o voo dos andorinhões. Quando chegam, começa a azáfama do acasalamento e construção do ninho; depois é um vaivém para alimentar as crias e no Outono, antes da partida, é tempo de as treinar para grandes voos.
Esta invasora tem potencial para reduzir a biodiversidade das dunas praticamente a zero. Também a agricultura intensiva se estende por vezes até bem perto do mar. No entanto, pode apreciar outras marcas de presença humana bem mais pacatas, como a pesca artesanal, ou as fábricas de pedra lascada que afloram sob a areia das dunas, vestígios do homem da Idade da Pedra.
Onde começar? Vila Nova de Milfontes: no posto de turismo na rua António Mantas. Almograve: na rotunda (início da avenida da Praia).
Neste troço pode apreciar as marcas do ser humano neste litoral. Há sítios onde a vegetação nativa mostra toda a sua diversidade e outros onde ela foi eliminada pela planta exótica mais agressiva do Sudoeste – a acácia.
Descrição do percurso Percorra a rua Custódio Brás Pacheco e depois siga para sul, atravessando a ponte rodoviária sobre o rio, de onde poderá observar o Mira e a sua imponente foz, que tão bem caracteriza a beleza de Milfontes. Depois de cerca de 500 m no asfalto, vire à direita, passando por um portão em madeira que dá acesso a um trilho estreito que segue junto a terrenos agrícolas e de pastagem, descendo até à praia fluvial das Furnas. Milfontes pode agora ser apreciada da margem sul do Mira, enquanto prossegue pela estrada de terra até ao final da praia. Caminhando por uma pista larga, irá contornar uma zona de protecção total, onde se encontra uma espécie endémica e em perigo de extinção, apenas existente nesta área do globo - o Plantago almogravensis. Respeite as indicações e circule apenas pelos trilhos sinalizados. A visão inesperada de grandes campos agrícolas que se estendem quase até ao mar dá lugar a uma floresta de acácias que irá atravessar, passando por duas pontes em madeira. Ao passar por uma casa desabitada, encontra o Percurso
Ponta da Galhofa Ponta das Barcas Rio Mira
VILA NOVA DE MILFONTES Praia das Furnas
Nascedios
Praia do Brejo Largo
Foz dos Ouriços Longueira Praia do Almograve
ALMOGRAVE
50
Neste dia vai lavar a alma com vistas deslumbrantes sobre Vila Nova de Milfontes e o rio Mira, que aqui tem o seu encontro com o Atlântico, num dia de caminhada curto e acessível para que possa desfrutar em pleno da região.
Ficha técnica Extensão
15,5 km
Duração aproximada
5 h 30
Subida acumulada
150 m
Descida acumulada
130 m
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
60 m / 10 m Setembro a Junho
Época recomendada
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
Circular Dunas do Almograve. Regresse à linha de costa avistando a praia do Brejo 40 Largo. Caso o mar permita, poderá cami20 nhar algumas centenas de metros na praia. 0 Senão, siga sobre as falésias até à Foz dos 16 2 6 8 12 4 10 14 18 20 0 Ouriços, onde o caminhoVILAse desvia PORTO COVO NOVA DE MILFONTESpara o interior, seguindo em direcção à aldeia do Almograve. 60
ALTITUDE (m) Avisos importantes
40 20 0 0
100 75 50 25 0 0
4
6
8
10
12
14
15,5
ALMOGRAVE
Dicas ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
DISTÂNCIA (km)
Abastecimento durante o percurso: ao km 4, na praia das Furnas.
140 120 100 80 60 40 20 0
Entre Vila Nova de Milfontes e a praia das Furnas, o caminho segue inicialmente pela rua Custódio Brás Pacheco. Seja prudente 2e circule 6 sempre 8 12 4 10 14passeio. 16 18 20 21,5 pelo
ARRIFANA (ALTERNATIVO)
2
VILA NOVA DE MILFONTES
150 125
DISTÂNCIA (km)
60
Vá pelo rio! Se quiser evitar a travessia 2 12 10 14pode 16 da0 ponte de4Vila 6Nova8 de Milfontes, CARRAPATEIRA DO BISPO passar o rio de barco. Consulte aVILAárea de transportes do site da Rota Vicentina para saber mais informações sobre este serviço.
CARRAPATEIRA
Ao sair de Vila Nova de Milfontes, o caminho segue pela berma da estrada nacional. Circule com a máxima precaução, o mais encostado à berma do lado direito. Mantenha sempre o portão fechado, de forma a evitar que o gado saia da propriedade. Ao atravessar a propriedade - entre o portão e a praia das Furnas - tome atenção ao gado, evite movimentos bruscos e mantenha-se afastado, embora manso, não gosta da aproximação de estranhos às suas crias. Esta etapa cruza-se com o Percurso Circular Dunas do Almograve. Tenha atenção à sinalética. 51
Trilho dos Pescadores
Almograve » Zambujeira do Mar As falésias altas e escarpadas deste troço, apesar de expostas ao vento salgado e teimoso do mar, são local de nidificação de mais de 20 espécies de aves! É o caso da gralha-de-nuca-cinzenta, do corvo-marinho-de-crista, do peneireiro, do pombo-das-rochas, da cegonha-branca, do falcão-peregrino e do rabirruivo-preto. Vale a pena permanecer em sossego e discretamente vigiando a falésia de cima, apreciar o voo destas aves, de forma especial durante a Primavera e junto ao Cabo Sardão.
Repare nas dunas consolidadas, ou seja, dunas antigas em que a areia já se tornou rocha. Elas formaram-se quando o mar estava mais de 100 m abaixo do nível actual, o que significa que a praia estava a mais de 60 km de distância para oeste. Sobre estas dunas foi possível encontrar vestígios de patuscadas dos homens pré-históricos e conchas de animais típicos de climas muito frios, sinal das glaciações que ocorreram no passado. Mas também temos sinais de épocas de clima tropical ou quase. É o caso das areias e arenitos com impressionantes tons avermelhados, resultado da acumulação de óxidos de ferro.
Ao longo da costa encontra sinais de paleoclimas, ou seja, climas do passado que ficaram “escritos” nas rochas.
Onde começar? Almograve: na rotunda (início da Avenida da Praia).
Foz dos Ouriços Praia do Almograve
ALMOGRAVE
Lapa das Pombas
Zambujeira do Mar: na Capela de N. Sr.ª do Mar.
Descrição do percurso Entrada do Pau
Seguir junto à Igreja e vire à direita até entrar no caminho que segue até à Foz dos Ouriços, seguindo um trilho de pé posto que no dia anterior via do outro lado do barranco. Passe junto à igreja e vire à direita até entrar no caminho que segue até à Foz dos Ouriços. Uma vez no parque de estacionamento da praia do Almograve, siga em direcção ao portinho de pesca natural da Lapa das Pombas, onde pode em alternativa iniciar esta etapa. Daqui em diante, o trilho segue pela falésia, ao longo de uma paisagem de areias vermelhas e rochas escarpadas, num cenário de grande impacto com o Farol do Cabo Sardão ao longe. Antes da chegada ao Cavaleiro, terá de contornar uma zona sensível e de elevado grau de erosão, apreciando o amarelo vivo das dunas que entram pelo pinhal. Atravesse a aldeia do Cavaleiro e
Medo Amarelo Ponta da Carraca Cavaleiro Cabo Sardão
Entrada da Barca
Praia de Nossa Senhora
ZAMBUJEIRA DO MAR 52
Portinhos de pesca artesanais, dunas avermelhadas, o perfume dos pinhais e o espectáculo único no mundo das cegonhas que nidificam nas falésias, tornam esta caminhada num verdadeiro bálsamo para os sentidos.
Ficha técnica
Duração aproximada
aproveite para fazer uma pausa. Junto ao farol observe os vários ninhos de cegonhas que ornamentam a orla costeira, numa situação peculiar e única no mundo. Daqui em diante, até ao porto de pesca da Entrada da Barca, a 3 km da Zambujeira do Mar, um caminho bem definido segue sempre junto ao mar, contornando pequenas praias e enseadas inacessíveis. A DISTÂNCIA descida para o ALTITUDE (m) (km) portinho de pesca requer algum cuidado 60 dada a inclinação do trilho. Daqui até à 40 Zambujeira do Mar siga pelo caminho 20 pedonal paralelo à estrada, visitando os 0 vários miradouros, até junto à praia de 10 8 14 2 4 6 12 15,5 0 Nossa retoma a VILA NOVA DE MILFONTES Senhora, onde o trilho ALMOGRAVE proximidade do mar.
ALTITUDE (m)
7h
Subida acumulada
200 m
Descida acumulada
200 m
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
90 m / 10 m Setembro a Junho
Época recomendada
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
80 60 40 20 0 0
2
4
8
6
10
12
14
16
ALMOGRAVE
18
20
22
ZAMBUJEIRA DO MAR
meia hora de caminhada; do porto de pesca da Entrada da Barca, poderá ir até à Zambujeira de táxi (4 km). ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km)
Avisos importantes 140 120 100 80 60 40 20 0
22 km
Extensão
DISTÂNCIA (km)
Entre a Entrada do Pau e a Ponta da Carraca, o trilho faz um desvio para o interior entrando numa zona de pinhal, de forma a evitar uma faixa de costa com um 2 6 12 4 10 0 14 16 elevado grau de8 erosão. Por uma questão CARRAPATEIRA VILA DO BISPO de segurança e de preservação ambiental, esteja atento e respeite este desvio. Contamos com o seu cuidado!
140 120 100 80 60 40 20 0 0
2
VILA DO BISPO
Esta etapa cruza-se com o Percurso Circular Dunas do Almograve. Tenha atenção à sinalética.
Dicas Abastecimento durante o percurso: ao km 9,5, passa pela aldeia do Cavaleiro; ao km 18, no porto de pesca da Entrada da Barca tem dois restaurantes. Encurte esta etapa: do Almograve, pode ir directamente para a praia (seguindo a sinalética do Percurso Circular) poupando 53
4
6
8
10
12
14
16
18
20,5 SAGRES
Trilho dos Pescadores
Zambujeira do Mar » Odeceixe Repare nas formas das rochas mais antigas e escuras que constituem as falésias. Quando elas se formaram, os estratos estavam numa perfeita posição horizontal. Agora apresentam dobras absolutamente espantosas, que surgem em manuais de Geologia e compêndios de Estratigrafia. Alguns estratos estão agora numa posição vertical, como paredes. É interessante imaginar as forças capazes de dobrar rochas como se elas fossem massa folhada! Bem mais pacata e recente foi a formação dos tubos de areia consolidada que surgem um pouco por todo o trilho.
eles têm hábitos nocturnos e permanecem todo o dia nas tocas. Mas será possível observar indícios da sua presença – dejectos, pegadas, tocas ou restos das caçadas noturnas. Neste troço existem: sacarrabos (localmente designado escalabardo), doninha, fuinha (também chamado papalvo), texugo, geneta e lontra. O coelho é outro mamífero que constrói, nas dunas mais estáveis deste troço, complexos sistemas de tocas. Reproduz-se por aqui tão abundantemente como reza a lenda e ainda bem que assim é, porque este mamífero é presa preferencial de 30 espécies de carnívoros!
Neste troço vai encontrar abundantes marcas de presença de mamíferos, sobretudo carnívoros, que vivem nestas dunas. Dificilmente observará os animais, uma vez que
Onde começar? Zambujeira do Mar: na Capela de N. Sr.ª do Mar. Odeceixe: no início da rua do Rio.
ZAMBUJEIRA DO MAR
Descrição do percurso
Praia de Nossa Senhora
A partida é junto à bonita Capela da N. Sr.ª do Mar, sobre a famosa praia da Zambujeira. Desça até à praia e tome o trilho que sobe a falésia até à praia dos Alteirinhos, continuando para sul. Antes da praia do Carvalhal, o percurso segue mais a interior, atravessando pinhais e acaciais para chegar à praia ao longo da cumeada do barranco. Tome o trilho que surge nas traseiras do apoio de praia e continue até dar de caras com a praia do Machados. Respire, está na Costa Alentejana e o cenário é digno do paraíso. Depois da praia da Amália, assim chamada por ser precisamente aqui que a diva do Fado, Amália Rodrigues, tinha o seu refúgio de praia, chegará à aldeia da Azenha do Mar, onde aconselhamos uma pausa para um petisco. Atravesse a ponte de madeira e siga rumo à Ponta em Branco, ao longo de uma paisagem rica em vegetação dunar e particularmente surpreendente durante a
Praia dos Alteirinhos
Praia do Carvalhal Praia dos Machados Brejão Praia da Amália
Azenha do Mar
Praia de Odeceixe S. Miguel
ODECEIXE
54
As praias dos Alteirinhos, Carvalhal, Machados e Amália abrem caminho até à Azenha do Mar, onde encontra um porto de pesca natural e para terminar, uma das mais impressionantes vistas de todo o território, a praia de Odeceixe vista da majestosa Ponta em Branco.
Ficha técnica 18,5 km
Extensão Duração aproximada
7h
Subida acumulada
300 m
Descida acumulada
300 m
Grau de dificuldade
Difícil
Altitude máx./mín.
65 m / 0 m Setembro a Junho
Época recomendada
Perfil topográfico
Primavera, com vistas soberbas sobre o mar e o momento apoteótico que é a chegada à ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Ponta em Branco, assim chamada pela cor 80 dos sedimentos que formam a sua coroa, 60 e ao limite da região do Alentejo. Depois 40 20 da descida até à praia, siga pela estrada 0 asfaltada paralela à 14ribeira, até20 se22cruzar 8 2 4 6 10 12 16 0 18 com a estrada nacional, chegando ALMOGRAVE ZAMBUJEIRA DO MAR à vila de Odeceixe.
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
80 60 40 20 0 0
2
4
6
8
10
12
16
14
ZAMBUJEIRA DO MAR
18,5 ODECEIXE
Avisos importantes ALTITUDE (m) 140 120 100 80 60 40 20 0
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
Na zona do Lombo do Asno, a sul da praia dos Alteirinhos, o trilho faz um pequeno desvio a interior, de forma a contornar uma zona sensível. Por uma questão de segu2 12 4 10 0 14 ambiental, 16 18 20,5esteja rança e6 de 8preservação VILA DO BISPO SAGRES atento e respeite este desvio. Contamos com o seu cuidado!
DISTÂNCIA (km)
80 60 40 20 0 0 SAGRES
Dicas Abastecimento durante o percurso: ao km 6,5, encontra assinalado o desvio de 2 km até à aldeia do Brejão. Ao km 9,5 atravessa a aldeia da Azenha do Mar. Encurte esta etapa: entre a vila de Odeceixe e o topo norte da praia, o caminho segue por uma estrada asfaltada (4 km). Apanhe um táxi e torne a etapa mais curta. Fique mais um dia nesta zona! Aproveite os Percursos Circulares existentes nesta área para ficar mais algum tempo em Odeceixe. 55
2
4
6
8
10
12
14
16
18
19,5
SALEMA
Trilho dos Pescadores
Odeceixe » Aljezur Antes de partir da vila de Odeceixe, não se esqueça de visitar o moinho, um dos poucos que ainda está em funcionamento e pode ser visitado. Em seu redor, passadiços e bancos de madeira convidam à contemplação do casario da aldeia, da foz da ribeira de Seixe e dos matagais mediterrânicos das encostas viradas a sul - um regalo para os olhos!
Na avifauna, destaque para as petinhas-dos-campos e dos-prados, a gralha-preta, a fuinha-dos-juncos, dos picanços, o pica-pau, o trigueirão, a trepadeira-azul, o pintarroxo, o chapim-de-poupa e a escrevedeira-de-garganta-preta. Escondidas nos bosquetes, as rapinas saem para caçar nos campos abertos. É o caso da águia-cobreira ou do peneireiro-cinzento.
As várzeas são os leitos de cheia da ribeira, onde, em dias de chuva intensa, a água que galga as margens vai depositando tudo o que é necessário para construir solos profundos e férteis. No resto do ano aproveitam-se as vantagens da inundação, ou seja, crescem culturas e pastagens vigorosas. Alguns destes leitos de cheia ainda estão no seu estado selvagem, ocupados por caniçais e juncais. Estes são ambientes muito ricos em aves, como a garça-real e a garça-branca.
Onde começar? Odeceixe: no início da rua do Rio. Aljezur: junto ao mercado de Aljezur.
Praia de Odeceixe Moinho
ODECEIXE
Nos matos dunares são abundantes arbustos aromáticos como o zimbro, a perpétua-das-areias, o tomilho-canforado (endémico desta costa), o rosmaninho e o alecrim. Estas plantas, apesar de especialmente adaptadas ao ambiente árido dos topos das falésias, têm alguma dificuldade em lidar com a invasão de espécies exóticas como as acácias e o chorão-das-areias. Nos sítios mais húmidos, onde a água alcança quase a superfície, surgem os brejos cobertos de juncos, habitat do roedor mais ameaçado da Europa, o rato-de-cabrera.
João Roupeiro
Baía do Tiros
Maria Vinagre Praia de Vale dos Homens
Rogil
Pedra da Mina
Os campos agrícolas, dominantes neste percurso, fazem um harmonioso mosaico com pequenos bosquetes de pinhal, eucaliptal ou sobreiral, e ainda com os brejos (zonas húmidas) e as linhas de água. Completam este cenário os charcos temporários e as charcas agrícolas. Este mosaico alberga uma biodiversidade espantosa.
Ribeira de Aljezur
ALJEZUR
56
S. Miguel
Esta etapa leva-nos de volta à praia de Odeceixe, desta vez na margem sul, já em terras dos Algarves, de onde partimos para mais uns belos quilómetros de trilhos de pescadores, atravessando depois campos de regadio e a charneca do litoral, a caminho de Aljezur.
Ficha técnica 22,5 km
Extensão
Descrição do percurso Saia do largo principal pela rua da Praia. Depois de uma parte inicial em caminho de terra, bem no coração da várzea, o trajecto segue por estrada de alcatrão até à praia de Odeceixe. Aqui, poderá tomar um café e aproveitar a vista desta praia ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) considerada uma das Maravilhas de Por80 tugal. Continue pelo passadiço e depois 60 pela estrada até chegar ao grande estacio40 20 namento, em cima, depois siga o caminho 0 à2 direita, sempre na12direcção sul.18,5Daqui 16 6 8 4 10 14 0 em diante, começará a caminhar junto à ZAMBUJEIRA DO MAR ODECEIXE costa, podendo apreciar as escarpas e vistas deslumbrantes.
Duração aproximada
7h
Subida acumulada
150 m
Descida acumulada
150 m
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
90 m / 10 m
Época recomendada
Setembro a Junho
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100 80 60 40 20 0 0
2
ODECEIXE
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22,5 ALJEZUR
Esta etapa cruza-se com outros percursos. ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Tenha atenção à sinalética.
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km)chegará Após atravessar dois passadiços, 80 ao profundo barranco de Maria Vinagre. O 60 trajecto afasta-se da costa por uma estra40 dinha. Depois de pouco mais de 1 km, numa 20 bifurcação, vire à direita, atravessando o 0 16 para 18 19,5 2 6 da 8 Maria 12 4 10 14 0 Barranco Vinagre, logo de SAGRES SALEMA seguida virar novamente para a costa, deixando o Percurso Circular. Desfrute de mais um belo troço do Trilho dos Pescadores até à Estibeira. Depois, afaste-se da costa, para ir até à aldeia do Rogil, por caminhos agrícolas. Daqui continue para sul em direcção a Aljezur, seguindo as marcas do Caminho Histórico.
80 60 Dicas 40 20
Abastecimento durante o percurso: ao 0 12 6 8 3 4 de5 Odeceixe, 7 9 10 Abril 11 km0 3,1 na2 praia entre SALEMA LUZ e Setembro. Fique mais um dia nesta zona! Aproveite os Percursos Circulares existentes nesta área para ficar mais algum tempo em Odeceixe.
Avisos importantes Entre a vila de Odeceixe e a praia, o percurso segue parcialmente ao longo da estrada. Seja prudente. A partir do Rogil, esta etapa coincide totalmente com o Caminho Histórico, devendo por isso seguir as marcas a vermelho e branco. 57
Trilho dos Pescadores
Aljezur » Arrifana No percurso pelo caminho de pé posto junto à costa, vale a pena deter a atenção na vegetação dunar, que inclui arbustos aromáticos (como o tomilho, a perpétua, o alecrim, a murta e o rosmaninho), plantas medicinais e comestíveis (como os espargos-bravos, a roselha, os maios, as camarinhas ou a carqueija) e plantas endémicas e raras (como Cistus palhinhae, Thymus camphoratus ou Linaria ficalhoana).
(excepto de Setembro a Dezembro, época do defeso). A costa rochosa e batida pelas ondas proporciona o habitat necessário para esta espécie. Os percebes vivem na faixa que fica a descoberto na maré vazia, nas marés mais vivas, em rochas que recebem a rebentação forte e direta, o que significa que ser apanhador de percebes (percebeiro) implica correr grandes riscos.
Onde começar?
A natureza, nesta costa, proporcionou sempre recursos abundantes para o Homem. Por alguma razão existem vestígios humanos desde a Pré-História. O rol de ocupantes desta região é extenso e inclui fenícios, cartaginenses, romanos e árabes. Este percurso passa pelo Ribat da Arrifana, um convento-fortaleza islâmico, ocupado por monges guerreiros no séc. XII. Este é o único ribat conhecido em Portugal, classificado como Monumento Nacional. Foi fundado por Ibn Qasî, chefe político e guia espiritual do sufismo, via espiritual e mística do Islão. Foi um convento-fortaleza, dedicado à oração e vigilância da costa.
Aljezur: junto ao mercado de Aljezur. Arrifana: junto ao estacionamento no topo da praia da Arrifana.
Descrição do percurso Pelo Caminho Histórico, suba até ao Museu Municipal e contorne a Igreja, descendo para o caminho de terra nas traseiras da vila. Se ainda não visitou o castelo, faça esse desvio, pois não deve deixar Aljezur sem apreciar a vista soberba sobre a vila e a várzea. O caminho segue pelo vale da Amoreira, passando junto a um velho monte reconstruído, a partir de onde começa a subir até encontrar a estrada para Monte Clérigo. Pouco depois deixe o Caminho Histórico que entra no vale à esquerda e continue ao longo da estrada até ao Espartal, aproveitando o magnífico panorama. A vista sobre o vale da Amoreira e a vila é inspiradora. Ao entrar na localidade de Espartal, deixe a estrada pela direita e atravesse a urbanização, de onde sairá por um caminho de areia que segue sempre em frente até ao estacionamento, no lado sul da Praia da Amoreira. Aí, vire à esquerda e desvie-se depois para a direita para a conhecida rocha do “treme-treme”. Siga para sul até Monte Clérigo. Na localidade junto à praia, aproveite para tomar um café ou almoçar. Atravesse a povoação, suba do lado oposto e continue para sul. Depois
Um dos recursos ainda hoje primordiais desta costa são os percebes. Constituem um elemento da gastronomia obrigatório para quem visita a Costa Vicentina Praia da Amoreira Monte Clérigo
Ponta da Atalaia
Ribeira de Aljezur
ALJEZUR
Vale da Telha
Vales
ARRIFANA
58
Esta etapa entre Aljezur e a Arrifana, passa pela praia de Monte Clérigo e pela mítica Ponta da Atalaia. Numa terra onde se respira a força das lendas e o tempo da conquista de Portugal aos Mouros, esta caminhada é uma autêntica viagem no tempo.
Ficha técnica 17,5 km
Extensão Duração aproximada
6h
Subida acumulada
400 m
Descida acumulada
350 m
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
120 m / 10 m Setembro a Junho
Época recomendada
de atravessar uma longa secção arenosa, chega ao Ribat da Arrifana. Daí, vale a pena ir espreitar o promontório na Ponta da AtaALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) laia, num cenário de cortar a respiração. 100 80 A partir do estacionamento, siga alguns 60 metros para o interior e saia para um trilho 40 à direita. Cerca de 1 km mais a sul, o trilho 20 0 afasta-se da 10costa. Foi16aqui que caiu um 20 22,5 2 6 8 12 4 14 18 0 Mundial, ODECEIXEavião alemão durante a II Guerra ALJEZUR abatido por caças britânicos. Siga por entre pinheiros até chegar a uma linha de água, atravessando-a para a direita e prosseALTITUDE (m) DISTÂNCIA guindo para sul, cruzando outro(km)caminho 80 e descendo até ao fundo do vale, sempre 60 com a Arrifana à vista. Atravesse a ribeira 40 e suba para a Arrifana. 20 0 0
Avisos importantes
1
2
3
SALEMA
4
5
6
7
8
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
120 100 80 60 40 20 0 2
0
6
4
8
12
10
14
ALJEZUR
16
17,5
ARRIFANA
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100 80 60 40 20 0
9
10
11
12
0
LUZ
LUZ
A primeira parte (2,5 km) desta etapa corresponde ao Caminho Histórico, marcado somente a branco e vermelho. Do km 2,5 ao km 6, o caminho segue uma estrada com algum movimento, seja prudente. Em alternativa, comece a caminhada na urbanização do Espartal. Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética.
Dicas Abastecimento durante o percurso: depois de cerca de 10 km, na praia de Monte Clérigo. 59
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11 LAGOS
Trilho dos Pescadores
Arrifana » Carrapateira Os pequenos portos de pesca funcionam, desde tempos remotos, nos locais mais protegidos da costa, naturalmente abrigados de ventos norte e noroeste. Algumas das espécies mais pescadas nesta costa são a sardinha, a cavala, a corvina, o tamboril, a lagosta, a moreia, o safio, o polvo, o sargo, o robalo, o pargo, o carapau e o percebe.
As rochas actuais das falésias (xistos e grauvaques) resultaram desses gigantescos movimentos de compressão de estratos sedimentares, há mais de trezentos milhões de anos! O sustento das populações do litoral sudoeste de Portugal esteve desde sempre ligado ao mar e à terra, dura de trabalhar. Nos terrenos mais férteis e frescos, junto das ribeiras, cultivava-se milho, feijão, batata, tomate, fava e grãos. O sargaço (alga marinha) era usado como fertilizante. Nas encostas, a flora riquíssima dava pasto para o gado e sustentava as abelhas, produtoras de um finíssimo e aromático mel.
Neste percurso, a falésia chega a atingir 100 m de altura, exibindo estratos rochosos com dobras espectaculares. Quando se formou o supercontinente Pangeia, o choque entre continentes levantou, comprimiu, partiu e dobrou as rochas das margens continentais e os sedimentos depositados nos fundos oceânicos, formando montanhas com mais de 4000 m de altitude. ARRIFANA
Onde começar? Arrifana: junto ao estacionamento no topo da praia da Arrifana. Carrapateira: no largo do Comércio.
Vales
Fortaleza da Arrifana Praia da Arrifana
Descrição do percurso Após o estacionamento no topo da praia de Arrifana, siga pelo Caminho Histórico na estrada de alcatrão em direcção a Aljezur e passado 1 km, vire no caminho de terra batida à direita. Caminhe com o oceano de um lado e montes e vales do outro, numa zona de mato, até passar junto ao cruzamento indicando Aljezur. Continue sem mudar de direcção e no cruzamento seguinte, siga pela esquerda, descendo até à praia do Canal, com uma vista deslumbrante sobre a costa e o areal de Vale Figueiras. A parte final da descida é em trilho de pé posto. Atravesse uma pequena ribeira e continue pelo caminho que sobe do outro lado, deixando a praia para trás. Ao terminar a subida, entra numa zona de eucaliptal e no final da longa recta, tome o caminho da direita. Depois de 1,5 km, encontre uma estradinha alcatroada que deve seguir também pela direita. Pouco
Pedra da Agulha Praia do Canal
Valinhos Praia de Vale Figueiras Monte Novo
Ribeira da Bordeira Praia da Bordeira
Bordeira Cerro da Cunca
CARRAPATEIRA
60
Nesta etapa, que passa por praias de sonho para os surfistas, avistam-se falésias que chegam a atingir 100 m de altura, desvendando uma fascinante história geológica.
Ficha técnica
125 100 75 50 25 0 0
4
ARRIFANA
6
8
10
12
Avisos importantes
14
16
18
Duração aproximada
6 h 30 / 7 h 30
Subida acumulada
300 m / 350 m 250 m / 300 m ALTITUDE (m)
30
DISTÂNCIA (km)
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
160 m / 0 m
20 10 0
8 a Junho 6 7 9 10 Setembro
1 3 4 2 5 Época recomendada
0
S. TORPES
PORTO COVO
Perfis topográficos
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
60 40 150 125 20 100 75 0 50 25
0
2
6
4
0 PORTO COVO 2 0
8
12
10
16
14
18
20
VILA NOVA DE MILFONTES
6
4
8
12
10
14
16
ARRIFANA
Atenção: em condições normais pode seguir pela praia até ao Pontal da CarraALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) pateira e chegar à aldeia pelo Percurso Circular Pontal da Carrapateira. No entanto, pode dar-se o caso de não se poder atravessar a ribeira da Bordeira; nesse caso, siga o caminho alternativo. 2
20 km / 21,5 km
Descida acumulada
mais adiante, atenção à separação do Caminho Histórico, que deixa para trás, seguindo as marcações verdes e azuis do Trilho dos Pescadores. O caminho vai sempre na direcção sudoeste, primeiro entre casas e depois com vistas amplas sobre o mar e a serra. Aos 3,5 km depois da separação do Caminho Histórico, ao ALTITUDEdo (m) Percurso DISTÂNCIA (km) Circular encontrar a marcação 30 Da Bordeira Até ao Mar, vire à direita num caminho arenoso. É recomendável subir o 20 marco geodésico para avistar uma paisa10 gem fabulosa. O caminho chega à linha da 0 8 1 4 6 2 e 3segue 5 7 9 10 praia 0 costa até ao lado norte da S. TORPES PORTO COVO da Bordeira.
150
Extensão
18
20
CARRAPATEIRA
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
150 125 100 75 50 25 0
20
0
CARRAPATEIRA
2
4
6
ARRIFANA (ALTERNATIVO)
8
10
12
14
16
18
20 21,5
CARRAPATEIRA
Abastecimento durante o percurso: no km 9, em Monte Novo.
A primeira parte desta etapa corresponde ao Caminho Histórico, marcado somente a branco e vermelho. Tenha atenção às condições do mar na praia da Bordeira. Se não puder atravessar deve ir até ao Pinhal do Bordalete e seguir pela estrada até à Carrapateira. Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética.
Dicas Aproveite os Percursos Circulares da Bordeira e Carrapateira para ficar mais uns dias nesta área e conhecer as redondezas. 61
Trilho dos Pescadores
Carrapateira » Vila do Bispo Quando este percurso chega à costa, e na confluência com o caminho que leva ao porto de pesca do Forno, vale a pena espreitar o povoado islâmico da Ponta do Castelo. Datado dos séc. XII-XIII, o povoado teria pelos menos 15 habitações, um terraço para secagem de peixe e três fornos de cozer pão. Seria usado apenas nas estações do ano de clima mais ameno. A localização em sítio tão exposto ao vento e humidade do mar sugere ainda uma função de observatório, talvez para a caça à baleia. As baleias foram abundantes no mar do Algarve, havendo registos de capturas pelo menos até ao séc. XIV.
vales, escavados no xisto pelas linhas de água. Uma delas, o Barranco da Pena Furada, desagua numa pequena e encantadora praia, com o mesmo nome. Trata-se de um pequeno areal, numa enseada virada a noroeste, com interessantes formas esculpidas nas rochas pela erosão marinha. A abundância de caça e de peixes e mariscos atraiu as populações humanas para esta faixa costeira desde a Pré-História. A sul do Barranco da Pena Furada, o trilho passa por uma estação arqueológica, actualmente sem vestígios à superfície, mas onde foram encontrados artefactos de pedra pertencentes ao Paleolítico. Corresponderiam a acampamentos temporários, ocupados nas estações de clima mais ameno. Durante a Primavera, sinta os odores, contemple o festim dos insectos polinizadores e esteja atento a algumas plantas raras e endémicas desta costa: Biscutella vicentina, Diplotaxis vicentina, Hyacinthoides vicentina, Herniaria algarvica, Cistus palhinhae, Teucrium vicentinum, Thymus camphoratus ou Linaria algarviana.
Nas escavações arqueológicas deste povoado encontraram-se restos de cerâmica, anzóis, arpões, pesos de rede e restos de fauna marinha, incluindo um osso de baleia. O planalto que leva o caminhante até Vila do Bispo é sulcado por profundos
CARRAPATEIRA Ponta do A do Pau
Nos barrancos é comum escutar o rouxinol-comum e o rouxinol-bravo. Nas falésias nidificam, entre outras aves, a cegonha-branca, a gralha-de-nuca-cinzenta, o pombo-das-rochas e o rabirruivo-preto. No planalto observam-se perdizes, peneireiros, pintarroxos e picanços.
Praia do Amado Vilarinha Praia da Murração
Praia do Mirouço
Onde começar?
Praia dos Mouranitos
Parque Eólico
Carrapateira: no Largo do Comércio.
Pena Furada Praia da Cordoama
Vila do Bispo: praça da República, perto da Igreja Matriz. Três Casas
Descrição do percurso VILA DO BISPO
Atravesse a estrada e saia do outro lado em direcção a sudoeste. O caminho leva-o por 62
Esta é das etapas do Trilho dos Pescadores que oferece as imagens mais deslumbrantes. Quando pensava que já tinha visto tudo, prepare-se para ser espantado com formações rochosas incríveis e praias do outro mundo: Amado, Murração e Manteiga sãoALTITUDE três(m)autênticas DISTÂNCIA (km) jóias da natureza com que o caminhante é presentado.
60 40
Ficha técnica
60
0 6
8
10
12
14
16
18
6 h 30
Subida acumulada
500 m 420 m DISTÂNCIA (km)
Grau de dificuldade
Difícil
Altitude máx./mín.
140 m / 0 m
40 20
4
Duração aproximada
ALTITUDE (m)
0 2
16 km
Descida acumulada
20
0
Extensão
20
0
NOVA DE MILFONTES campos agrícolas até ao VILA a um restaurante sobre a falésia. Vire para sul e continue até à praia do Amado. Na descida para a praia vire à esquerda depois dos bares, ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) seguindo para sul. Depois de 200 m, atra150 125 vesse o vale pela areia, apanhe o trilho 100 que sobe ligeiramente por cima da praia. 75 50 Atravesse um segundo vale, suba nova25 0 mente o trilho praia acima até à chamada 2 6 8 12 4 10 14 0 16 18 20 21,5 “casa do engenheiro” e desfrute de uma ARRIFANA (ALTERNATIVO) CARRAPATEIRA vista absolutamente estonteante para a Costa Vicentina, com as suas imponentes falésias recortadas. Desça até à praia da Murração. Antes de atravessar o areal para sul, tenha atenção às correntes marítimas e às condições do mar, pode dar-se o caso de não se poder atravessar a praia. Suba do lado oposto pelo acesso da praia e, chegado em cima, deixe o Percurso Circular do lado esquerdo e siga em frente por cerca de 700 m. Saia por um caminho à direita e quando chegar ao cimo da falésia entre num trilho à esquerda que segue a linha da costa até à praia da Manteiga. Se tomar um banho, tome cuidado com as condições do mar. Do outro lado, suba imediatamente para cima da falésia e siga sempre em direcção a sul até encontrar o Percurso Circular Cordoama. Aqui, pode decidir se quer ir directamente para Vila do Bispo pelo Trilho dos Pescadores ou se prefere conhecer a praia da Barriga e a praia da Cordoama, optando pelo Percurso Circular que termina igualmente em Vila do Bispo. Caso se mantenha no Trilho dos Pescadores, irá seguir pela esquerda por 2 km, até encontrar o Caminho Histórico. PORTO COVO
8 2 recomendada 4 6 Época
10 14 12 15,5 Setembro a Junho
VILA NOVA DE MILFONTES
ALMOGRAVE
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
140 120 100 80 60 40 20 0 0
2
4
6
8
CARRAPATEIRA
10
12
14
16
VILA DO BISPO
Avisos importantes Tenha atenção às condições do mar nas praias do Amado e da Murração. No caso de não se poder atravessar a praia da Murração, tome o Percurso Circular pelo interior. Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética. A última parte desta etapa (3 km) corresponde ao Caminho Histórico, marcado somente a branco e a vermelho.
63
Trilho dos Pescadores
Vila do Bispo » Sagres O litoral de Sagres e Cabo de S. Vicente tem uma situação única, em termos de clima, solo calcário e proximidade do mar, classificado como Reserva Biogenética de Sagres, em 1988. Reúne espécies endémicas, que ocorrem exclusivamente naquele local e em geral na costa sudoeste de Portugal, como Biscutella vicentina, Diplotaxis vicentina, Hyacinthoides vicentina, Herniaria algarvica, Cistus palhinhae, Teucrium vicentinum, Thymus camphoratus, Linaria algarviana, Bellevalia hackelii e Silene rothmaleri (endémica da Reserva).
Sagres significa “sagrado” e, durante três milénios, este foi um dos limites do mundo conhecido, no extremo sudoeste da Europa. Para os povos que navegavam desde o Mediterrâneo (fenícios, gregos, cartagineses, romanos e árabes), o Cabo de S. Vicente era a fronteira para o mare incognitum e era conhecido como o Finis Terrae, ou seja, o Fim do Mundo. Reza a lenda que as relíquias de S. Vicente, mártir cristão, terão ali chegado no séc. VIII, à deriva numa barca guardada por dois corvos. O culto de S. Vicente tornou-se tão importante que D. Afonso Henriques, após a tomada de Lisboa aos Mouros, mandou recolher as relíquias e trasladálas para Lisboa, passando S. Vicente a ser o padroeiro da cidade.
A peculiar formação rochosa da praia do Telheiro é um património geológico precioso para investigação. É preciso descer a esta praia para se observar este geomonumento. No topo da falésia observam-se praias levantadas, ou seja, vestígios da erosão pelo mar quando este se encontrava a um nível bem mais elevado. Por baixo destes depósitos estão os grés de Silves, de uma fantástica cor avermelhada, com mais de 200 milhões de anos. Finalmente, na base da falésia, encontram-se xistos e grauvaques com mais de 300 milhões de anos, muito partidos e dobrados, “raiz” de uma cadeia montanhosa antiga, já arrasada pela erosão.
Onde começar? Vila do Bispo: Praça da República, perto da Igreja Matriz. Sagres: no Jardim de Sagres, junto ao posto de turismo.
Ponta Ruiva
Sagres é tão somente o melhor lugar da Europa para a observação de aves marinhas em migração, como a cagarra, o alcatraz, o moleiro, o garajau e a gaivina. Sobretudo com mau tempo, podem ser observadas a partir de terra. Pelo contrário, com bom tempo, são os golfinhos que se tornam mais facilmente avistáveis. Em Outubro, aproveite o famoso Festival de Observação de Aves de Sagres. Para além de lugar de passagem de aves migratórias, Sagres é residência de uma população isolada de gralha-de-bico-vermelho, que nidifica nas escarpas e se alimenta nos campos de pastagem.
Praia do Telheiro
Vale Santo
VILA DO BISPO
Covões
Pedra das Gaivotas
Cabo de S. Vicente
Forte do Belixe
SAGRES Praia do Tonel Ponta de Sagres
64
Este trilho aproxima-nos da cultura, da geologia e da biodiversidade deste extremo sudoeste da Europa, sítio único e tão especial.
Ficha técnica 20,5 km
Extensão Duração aproximada
7h
Subida acumulada
150 m 200 m
Descida acumulada
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Descrição do percurso
ALTITUDE (m) 80
60
Siga até ao mercado municipal e, passando por um restaurante, continue pela esquerda 20 em direcção oeste, acompanhando o 0 10 8 durante 2 4 6 12 0 Caminho Histórico 6 km14até15,5 à Ponta VILA NOVA DE MILFONTES ALMOGRAVE Ruiva. Neste ponto, deixará de seguir as marcas do Caminho Histórico e prosseguir no Trilho dos Pescadores ao longo da costa. Antes da praia doALTITUDE Telheiro, o trilho inflecte (m) DISTÂNCIA (km) para o interior e atravessa o Barranco das 140 120 Quebradas por uma pequena escada em 100 80 madeira. Depois, vai entrar num caminho 60 40 que atravessa o próximo vale da ribeira e 20 0 sobe do outro lado. Atenção que cerca de 2 6 8 12 4 10 0 14 16 1 km depois, a marcação é, essencialmente, CARRAPATEIRA VILA DO BISPO feita com pedras (mariolas), no entanto o trilho segue sempre para sudoeste, paralelo à costa, tendo o grande farol como guia. Quando chegar à estrada, siga em direcção ao Cabo de S. Vicente. Deixando o farol para trás, continue em direcção a Sagres durante quase 1 km. Pouco antes do Forte do Beliche, siga por um trilho paralelo entre a estrada e a falésia. Nesta zona, o Trilho dos Pescadores e o Caminho Histórico estão marcados em paralelo. Continue durante mais de 1 km pela estrada até à praia do Beliche. De seguida siga perto da falésia até à entrada de Sagres.
DISTÂNCIA (km)
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
150 m / 20 m
60
40
40 20 0 0
8 2 4 6 10 12 Setembro 14 16 20 22 18 a Junho Época recomendada
ALMOGRAVE
ZAMBUJEIRA DO MAR
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
140 120 100 80 60 40 20 0 0
2
VILA DO BISPO
4
6
8
10
12
14
16
18
20,5 SAGRES
Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética.
Dicas Pontos de Abastecimento: no Cabo de S. Vicente. Aproveite a estadia em Sagres para fazer uma excursão náutica para observação de cetáceos e aves marinhas. Consulte a área de Programas e Actividades do site da Rota Vicentina.
Avisos importantes A primeira parte desta etapa (até Ponta Ruiva) corresponde ao Caminho Histórico, marcado somente a branco e vermelho. Cerca de 1 km depois da praia do Telheiro a marcação está feita com recurso a mariolas (montes de pedras). Caminhe com a máxima atenção, de forma a não sair do trilho certo. Se puder, ao encontrar montes caídos, volte a colocar as pedras. 65
Trilho dos Pescadores
Sagres » Salema Na enseada da Baleeira percorrem-se alguns habitats notáveis – as linhas de água dominadas pela tamargueira, os matos litorais sobre o calcário, a lagoa do Martinhal, a duna, a praia arenosa, a zona intertidal rochosa e as ilhotas litorais, que emergem do mar no meio da enseada.
escala, finos e delicados rendilhados na rocha calcária. Esta zona teve ocupação humana pelo menos desde o Neolítico. Entre as praias do Martinhal e dos Rebolinhos situam-se vestígios de ocupação romana (séc. III a V) - uma cisterna, nove fornos de produção de ânforas e ainda um forno de produção telhas e tijolos. Terá existido ali um grande centro oleiro, especializado na produção de ânforas para embalar peixe salgado e molhos de peixe. A localização deste centro terá sido escolhida pela proximidade de barreiros e pela facilidade de transporte por mar, graças à protecção da enseada da Baleeira. Na Ponta da Fisga, saliência rochosa entre as praias do Zavial e da Ingrina, existiu o Forte do Zavial. Resta actualmente a base do que seria um pequeno forte militar, rectangular, construído no séc. XVIII. Antes desse, existiria o Forte de Sto. Inácio, destruído pelo terramoto de 1755. Desta ponta, a paisagem é magnífica, avistando-se a costa até à Ponta da Torre (900 m) a nascente e até à Ponta da Atalaia (6 km) a poente.
A lagoa do Martinhal fica seca no Verão, mas no Inverno, recebe tanto água do mar, devido aos temporais, como água doce dos Barrancos das Mós e de Vale do Lobo. As espécies que a colonizam estão adaptadas a estas variações de salinidade e de disponibilidade de água. É um excelente local para observação de aves, principalmente na época das migrações, quando surgem espécies muito raras. Duas aves que aqui vivem são o melro-azul e a gralha-de-bico-vermelho, identificáveis apenas pelo obervador mais atento, já que à primeira vista parecem totalmente pretas. As ilhotas da Baleeira são pequenas ilhas rochosas cujas paredes submersas são exploradas pelos mergulhadores para observar peixes, camarões, anémonas, caranguejos e gorgónias (uma família de corais moles). A calcite, mineral dominante nas rochas claras das falésias, é dissolvida pela água de forma irregular, originando arcos, farilhões e grutas. Mas o mar e a água de escorrência também vão esculpindo, a menor
Onde começar? Sagres: no jardim de Sagres, junto ao posto de turismo. Salema: na praia da Salema.
Praia da Figueira
SALEMA Praia do Barranco Lage de Água
SAGRES Praia do Martinhal Praia da Baleeira
Ponta de Sagres
66
Ponta da Torre
Nesta que é a etapa mais dura do Trilho dos Pescadores, o caminhante é recompensado pela grandiosidade das falésias calcárias, de formas singulares, adornadas pelas belíssimas praias do Martinhal, Barranco, Ingrina, Zavial, Furnas, ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Figueira e por fim, Salema.
80
Ficha técnica
Duração aproximada
8h 600 m
Subida acumulada Descida acumulada 80
60
60
40
40
Descrição do percurso
20
19,5 km
Extensão
DISTÂNCIA (km)
Muito difícil
Grau de dificuldade
80 m / 0 m
Altitude máx./mín.
20
0
650 m
ALTITUDE (m)
0 0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
0
Siga a avenida em direcção ZAMBUJEIRA este e,DO MAR antes da descida para o porto, saia para a esquerda e atravesse a praia do Martinhal. Do outro lado, siga por um trilho que começa em ALTITUDE (m) (km) frente ao bar de um hotelDISTÂNCIA e continue até 140 à próxima praia (dos Rebolinhos), onde 120 100 deverá atravessar o pequeno curso de 80 60 água para encontrar novamente o trilho 40 20 na encosta em frente. Siga junto à costa 0 2 6 8 12 4 10 0 14 16 18 20,5 e depois um pouco mais para o interior. VILA DO BISPO SAGRES Tome atenção na descida para a praia do Barranco e suba do lado oposto, aproveitando a vista espectacular sobre a pequena baía. Prossiga no trilho, primeiro até à praia da Ingrina e depois até à praia do Zavial. Antes do Zavial, existe uma passagem rente à falésia, que não é aconselhada a pessoas com vertigens; estas podem optar por percorrer a distância entre as duas praias pela estrada alcatroada, que segue um pouco mais a interior. A partir do restaurante do Zavial, atravesse a praia em direcção ao pinhal, onde o caminho está marcado por cima da praia. Na ponta do Zavial aprecie a vista deslumbrante de um lado e de outro. Continue na direcção este até à praia das Furnas e, chegando aqui, vá para interior por terra batida. Depois de 1 km entre no caminho agrícola à direita. Pouco depois vire novamente à direita, em direcção ao mar. Mais à frente siga o trilho marcado à esquerda, por cima da falésia. Pouco depois, tome o caminho da esquerda que o aproximará do mar. Continue pelo trilho, prestando atenção na descida para a praia da Figueira, sobretudo se o terreno estiver molhado. Do outro lado, suba para o Forte da Figueira pelo caminho sinalizado ALMOGRAVE
2
4
6
8
Época recomendada
10
ZAMBUJEIRA DO MAR
12
16
14
18,5
Setembro a Junho ODECEIXE
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
80 60 40 20 0 0
2
4
6
8
10
SAGRES
12
14
16
18
19,5
SALEMA
e prossiga por 500 m. O caminho flecte para interior para depois subir e entrar na Salema.
Avisos importantes Altimetria exigente. Com terreno molhado, é necessário tomar especial atenção nas descidas para as praias. No Inverno os bares de praia podem estar fechados, pelo que só há abastecimentos no início e no fim da etapa. Esta etapa cruza-se com outros percursos. Tenha atenção à sinalética.
Dicas Durante a maré baixa, é fácil percorrer o caminho entre a praia das Furnas e a praia da Figueira. 200 m a oeste do estacionamento da praia da Salema, espreite as lindíssimas pegadas dos dinossauros que há 250 milhões de anos percorreram o Trilho dos Pescadores! 67
Trilho dos Pescadores
Salema » Luz
Na vegetação sobre as falésias, um olhar atento descobre orquídeas e lírios selvagens, palmeiras-anãs e muitas plantas aromáticas, como o tomilho, a aroeira ou o rosmaninho. O trilho atravessa, na Boca do Rio, um curso de água permanente, resultado da confluência de várias ribeiras. A norte desse ponto encontra-se o Paul da Lontreira, que vale a pena explorar antes de seguir caminho. Trata-se de uma zona húmida com mais de 100 hectares, dominada pelo caniço e a tabúa.
residencial e uma área de serviços domésticos. Encontraram-se compartimentos revestidos a mosaico e paredes com estuques pintados, o que indicia a prosperidade deste antigo povoado. A menos de 2 km da Boca do Rio, no fundo do mar, estão os restos do L’Océan, navio com cerca de 60 m de comprimento que transportava 80 canhões e 800 tripulantes. Era o navio almirante de uma frota francesa de 14 navios. Durante a Guerra dos Sete Anos foi afundado pela poderosa armada inglesa na Batalha de Lagos, em Agosto de 1759.
Nas margens das linhas de água predomina a tamargueira e nas várzeas húmidas, onde antes existiam arrozais, ocorrem agora pastagens e juncais. A lontra é a espécie emblemática do paul, mas tem hábitos nocturnos, pelo que não será facilmente avistada. Na avifauna, o destaque vai para as espécies frango-d’água, galeirão-comum, galinha-d’água, garça-branca-pequena, garça-imperial ou vermelha, garça-real, fuinha-dos-juncos, rouxinol-pequeno-dos-caniços, cigarrinha-ruiva e chapim-de-faces-pretas (espécie rara observável apenas no Inverno).
No séc. XVII, os repetidos ataques de piratas e corsários às armações de pesca levaram o então governador e capitão general do Algarve, D. Luís de Sousa, a mandar construir um forte para defesa da costa, a nascente da praia da Boca do Rio. Os piratas actuavam à margem da lei, atacando até os navios do próprio país. Aos corsários, pelo contrário, era-lhes concedido o direito por um Estado de se apossarem de navios e saquearem povoações dos Estados inimigos. Ambos atingiram o apogeu nos séc. XVI e XVII. O forte de Almádena resistiu ao terramoto de 1755, mas sucumbiu ao abandono, quando o corso marítimo deixou de ameaçar esta costa. Os últimos usos
Na extremidade poente da praia da Boca do Rio são bem visíveis actualmente os vestígios de uma villa romana que incluía oficinas de salga de peixe, balneário, zona
Lagos
LUZ
SALEMA Boca do Rio
Burgau Praia do Burgau Praia de Cabanas Velhas
68
Ponta da Cama da Vaca
Nesta última etapa dentro do Parque Natural, vale a pena levar uns binóculos para observar as aves que vão surgindo ao longo deste trilho, principalmente se ele se fizer de manhã cedo, ao mesmo tempo que se imagina os antigos ataques de piratas e corsários, em terra e no mar. ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km)
Ficha técnica Extensão Duração aproximada
80
0
60
conhecidos decorreram na Guerra Civil (1832-1834) e no séc. XIX para vigilância 16 18,5 2 6 8 12 4 10 14 do contrabando na costa.
ZAMBUJEIRA DO MAR
40 0 0
ODECEIXE
Altitude máx./mín.
80 m / 0 m
22,5 2 6 8 12 4recomendada 10 14 16 18 a 20 Setembro Junho Época ALJEZUR
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
80 60 40
Descrição do percurso
20
Algo difícil
Perfil topográfico
Luz: na praia da Luz.
40
Grau de dificuldade
ODECEIXE
Salema: na praia da Salema. ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 60
DISTÂNCIA (km)
20
Onde começar?
80
400 m ALTITUDE (m)
100
0
400 m
Descida acumulada
60
20
5h
Subida acumulada
80
40
12 km
20
0
0 0 SAGRES
2
4
6
8
10
12
14
16
18
19,5
0
Siga por um passeio paralelo à praia, para SALEMA depois subir pela rua dos Pescadores e, poucos metros antes de encontrar a estrada, continuar a subida por um caminho à direita que leva em direcção ao mar e à praia da Boca do Rio. Atravesse a ribeira e suba por um trilho novamente em direcção ao mar. O caminho flecte para a esquerda e leva ao Forte de Almádena. Prossiga para este, contorne uma grande casa e desça para a praia das Cabanas Velhas. Do outro lado, suba directamente pela falésia. O caminho afasta-se um pouco da costa e segue em direcção ao Burgau. Prossiga pela rua da Fortaleza e continue por cima da falésia em direcção este, deixando a área territorial do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. À medida que se aproxima da Luz, os sinais da civilização adensam-se, mas não deixe de aproveitar as maravilhosas vistas que o trilho proporciona.
1
SALEMA
Dicas No Burgau, aproveite para almoçar ou tomar um café nas pitorescas e estreitas ruelas. 69
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12 LUZ
Trilho dos Pescadores
Luz » Lagos
Nas falésias entre a praia da Luz e a Ponta da Piedade encontra-se informação particularmente rica sobre o período da história da Terra designado de Cretácico Médio, quando se aproximava a extinção em massa dos dinossauros. Os olhos desviam-se por vezes para a imensidão do mar ou para o verde aromático da vegetação mediterrânica, mas as pedras acabam por reclamar de novo a atenção do peregrino, pelo contraste entre o branco do calcário e o negrume das rochas vulcânicas ou entre a geometria organizada dos estratos e as inesperadas formas esculpidas pela erosão ou pelas deformações tectónicas.
camadas de arenitos de cor forte. Já nas camadas de calcários, os fósseis são de conchas (bivalves e gastrópodes). Ainda mais a nascente, na Ponta das Ferrarias, a rocha escura entre falésias brancas corresponde a uma antiga chaminé vulcânica. O vulcanismo aqui ocorreu há 75 milhões de anos, quando a Península Ibérica chocou contra África, numa rotação relacionada com o movimento das placas. Na Ponta da Piedade, o relevo cársico é impressionante, formando arcos, farilhões e grutas e, numa escala menor, um fino rendilhado que a água de escorrência vai desenhando por dissolução do calcário. Nesta saliência rochosa já existiu um templo romano, um templo mourisco, uma ermida cristã, uma fortificação para defesa da armação de pesca da Torrinha e finalmente um farol. A construção do farol da Ponta da Piedade terminou em 1913, depois de muitas peripécias que impediram o avanço do projecto, reclamado desde 1883. De facto, para construir o farol, foi necessário demolir o que restava da Ermida de N.Sr.ª da Piedade, o que não agradou a muita gente.
A poente da praia da Luz, na Ponta da Calheta, camadas de arenito apresentam fósseis de um pequeno caracol marinho – Nerinea algarbiensis. O desenho de linhas entrecruzadas desta camada indicia as correntes marinhas e a posição da linha de costa há mais de 100 milhões de anos. Mais abaixo, as rochas sujeitas à maré mostram uma interessante rede de fracturas e cavidades escavadas na rocha: são as marmitas-de-gigante. A nascente da praia da Luz, observam-se fósseis de plantas em
À chegada a Lagos, somos recebidos pela impressionante vista da meia praia. O forte da Ponta da Bandeira vigia a entrada deste importante porto, onde se iniciou há 6 séculos, a aventura dos Descobrimentos Portugueses. Pode cumprimentar a figura do seu grande impulsionador, o Infante D. Henrique, no largo que recebeu o seu nome. Entre as suas mãos, o instrumento de navegação, o sextante, refletia o domínio que os portugueses tinham na navegação marítima, muito tempo antes da invenção do GPS! Lagos marca o início de um Algarve mundialmente conhecido como destino de excelência para o turismo de sol e praia, com um património cultural e religioso de excepção, assim como uma vida noturna de grande dinamismo.
LAGOS
Meia Praia
LUZ
Praia D. Ana Praia do Camilo
Rocha Negra
Praia de Porto Mós Ponta da Piedade
70
Na última etapa desta grande rota costeira, rochas bizarras de variadas cores, entre ocre, vermelho, cinza, branco e negro, contrastam com o azul forte do mar, mantendo cativo o olhar do caminhante. A nossa viagem termina na cidade de Lagos de onde,ALTITUDE muito antes de (m) DISTÂNCIA (km) chegarem turistas de todos os cantos do globo à procura de sol e praia, saíram os portugueses à descoberta do mundo.
100 80 60 40 20 0 0
2
4
6
8
12
10
14
16
18
ODECEIXE
20
Ficha técnica 11 km
Extensão Duração aproximada
4h 300 m
Subida acumulada
300 m
Descida acumulada ALTITUDE (m) 120 100
DISTÂNCIA (km)
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
110 m / 0 m
80 60 40 20 0
22,5
0
ALJEZUR
2 6 8 4 Época recomendada
10
12 14 a Junho 16 17,5 Setembro
ALJEZUR
ARRIFANA
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
Onde começar?
80
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
DISTÂNCIA (km)
100 80
60
Luz: na praia da Luz.
40
60 40
20 0 0
Lagos: na estação de comboios.
1
SALEMA
2
3
4
5
6
7
8
9
Descrição do percurso
10
11
20 0 12
0
LUZ
LUZ
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11 LAGOS
Dicas
Dirija-se para este por cima da praia, pela estradinha que curva à esquerda e sobe por um bairro residencial. Siga em frente no trilho marcado (não vire para a direita) que flecte um pouco pela esquerda e sobe até ao marco geodésico. Siga em direcção ao mar e continue no caminho por cima da falésia até chegar à praia do Porto de Mós. Atente à famosa rocha negra no meio das falésias brancas! Do outro lado da praia de Porto de Mós suba a estrada durante 400 m e vire à direita, atravessando a urbanização até encontrar o passadiço que leva à Ponta da Piedade. Chegando aí, contorne o farol e aprecie o ambiente típico de um hotspot turístico. Partindo da Ponta da Piedade, siga primeiro pelo trilho e depois pela estrada até à praia de D. Ana. O percurso entre esta praia e a cidade de Lagos reserva ainda um pequeno pedaço de trilho sobre o mar, antes da entrada na estrada marginal de Lagos. Passe no Forte da Ponta da Bandeira, prossiga na marginal, atravesse a ponte da marina de Lagos e chegue à estação de comboios.
Lagos é uma cidade com muita vida nocturna e um leque enorme de restaurantes cuja especialidade é o peixe e marisco.
71
Percursos
Circulares
São percursos curtos e médios com início e final no mesmo local, para que seja ainda mais fácil descobrir o prazer de caminhar no sudoeste de Portugal, sem transfers e sem complicações.
À sua escolha tem 24 percursos, espalhados entre a costa e o interior, de Santiago do Cacém a Vila do Bispo.
SINALÉTICA DOS PERCURSOS CIRCULARES caminho certo
caminho errado
para a esquerda
para a direita
para a esquerda
para a direita
SINALÉTICA COMBINADA Quando o Percurso Circular é coincidente com o Caminho Histórico. caminho certo
caminho errado
72
Ficha técnica 24 Percursos Circulares (entre 3,5 e 17 km), com início e fim no mesmo local
É proibida a circulação de bicicletas e veículos nas dunas Percursos Homologados pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP)
Sinalética intuitiva para fazer todo o percurso em autonomia, nos dois sentidos Alojamento e outros serviços ao longo de todo o percurso Evite fazer percursos do interior de moto ou jeep, estude alternativas 73
1 Santiago Histórico Percurso Circular
A vila foi dominada pelo mouro Kassem do séc. VIII até ao séc. XII, quando terá sido tomada por tropas fiéis a D. Afonso Henriques e mais tarde doada à Ordem de Santiago de Espada. O burgo medieval de Santiago de Kassem adquiriu grande importância no séc. XIII e recebeu a sua primeira Carta de Foral com D. Dinis, monarca que doou a vila e castelo a Vetácia Lascaris, princesa grega responsável pela educação da sua filha D. Constança. Por morte de Vetácia, em 1336, a vila volta a pertencer à Ordem de Santiago.
neogótica (hoje em ruínas). O percurso cruza-se com as ruínas da cidade romana de Miróbriga, abandonada no séc. V, que incluem edifícios de habitação, hipódromo, termas, fórum, templos e uma ponte. Não são abundantes as cidades romanas bem conservadas em Portugal, o que faz de Miróbriga uma estação arqueológica muito especial, onde se percebe o sofisticado funcionamento das termas, com salas de banhos públicos a diferentes temperaturas. Bem preservados estão também o fórum e a área comercial, com diversas lojas, as tabernae.
As ruas estreitas apresentam exemplos de arquitectura popular, mas também imponentes casas senhoriais do tempo dos grandes senhores da terra, quando a agricultura e a pecuária se baseavam nos cereais, frutas e cortiça, no gado cavalar, muar, asinino, bovino, ovino, caprino e suíno. No séc. XIX a vila conheceu muita prosperidade: havia fábricas de cortiça, serrações e carpintarias, fábricas de moagens, forjas, oficinas, ferrarias e serralharias, numa dinâmica que atraiu advogados, farmacêuticos, merceeiros e comerciantes de fazendas e fomentou a abertura de cafés, colectividades e associações culturais e recreativas, como a Sociedade Harmonia, a mais antiga colectividade do país.
Onde começar? Santiago do Cacém: na entrada do parque urbano Rio da Figueira, junto às piscinas municipais.
Descrição do percurso Transponha o parque urbano Rio da Figueira até à casa dos escuteiros, abandone o Caminho Histórico e vire à direita, passando junto a uma pequena barragem. Mesmo antes da linha do comboio, saia do parque por um trilho também à direita e suba até ao passeio das Romeirinhas, onde segue pela esquerda. Junto ao miradouro, vire na segunda rua à direita e aprecie algum do património edificado de Santiago do
A esta cidade chegou, em 1895, o primeiro automóvel em Portugal, um Panhard & Levassor, importado de Paris pelo 4.º Conde de Avillez. No princípio do séc. XX, a Condessa D. Maria Carolina, já viúva, desenvolveu a criação da Tapada entre o seu palácio e a muralha da barbacã do Castelo. Pretendendo juntar um jardim botânico com um parque de inspiração romântica, a Tapada dos Condes, visitável como parque público, inclui curiosas edificações como a Capela de S. Jorge, uma Casa de Chá com portal neomanuelino e uma estufa
SANTIAGO DO CACÉM
Ruínas Romanas de Miróbriga
Aldeia dos Chãos
74
Este percurso leva-nos até ao centro histórico da cidade com maior interesse históricocultural da Costa Alentejana, passando também junto às Ruínas Romanas de Miróbriga. O castelo, do período islâmico, e a Igreja Matriz, do séc. XIII, são ambos monumentos nacionais.
Ficha técnica
Cacém que lhe surgirá no caminho: passe pelo Palácio da Carreira, pela Sociedade Harmonia, pela Igreja da Misericórdia e pelo Pelourinho, até chegar à bonita Igreja Matriz. Quando iniciar a descida para o centro, siga cerca de 100 m em conjunto com o Caminho Histórico e desvie-se depois pela esquerda em direcção ao Jardim Municipal, onde pode tomar um café e visitar o Museu Municipal.
Extensão
9 km
Duração aproximada
3 h 30
Desnível acumulado
300 m
Grau de dificuldade
Algo difícil
Altitude máx./mín.
260 m / 150 m
Sentido aconselhado
Horário
Época recomendada
Setembro a Junho
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
5
7
275 250 225 200 175 150 125 0
Depois do jardim, siga para sul e vire à esquerda para a Junta de Freguesia. Suba um caminho antigo até encontrar a estrada das Cumeadas, que irá dar às Ruínas Romanas de Miróbriga, cuja visita é obrigatória. Trata-se de um local onde surgiu um povoado durante o Bronze Final e a Idade do Ferro (séc. VI-I a.C.), tendo permanecido até ao séc. IV. Deixe as ruínas para trás até chegar à rotunda, corte à esquerda e, antes do antigo hipódromo, desvie-se pela direita numa estrada de terra batida. Depois de cerca de 500 m, junto a umas antenas, corte novamente à direita até encontrar a estrada nacional. Aí vire à direita e depois à esquerda, antes do Bairro da Formiga, avançando por um caminho que o levará por um pinhal até encontrar de novo o Caminho Histórico. Siga pela direita e depois pela esquerda e, pouco antes da linha do comboio, entre à direita numa pequena porta que lhe dá novamente acesso ao parque Rio da Figueira.
0
1
2
3
4
6
SANTIAGO DO CACÉM
8
9
SANTIAGO DO CACÉM
Dicas ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
Junto à Igreja Matriz, aproveite para dar a volta ao Castelo e visitar o Parque da Tapada.
280 260 240 220 200 180 160 0
0,5 1 1,5 2 2,5 de 3 Miróbriga 3,5 4 4,5 0 Visite também as Ruínas (con-5 RIBEIRA DE SEISSAL (CURTO) RIBEIRA DE SEISSAL firme o horário de abertura ao público).
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
200 150 100 50 0 0
1
2
3
4
5
6
7
8
SANTA CLARA
Avisos importantes
9
10
SANTA CLARA
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
175 150 125 100 75 50 25 0
Este percurso coincide parcialmente com o início do Caminho Histórico. Tome atenção à sinalética.
0
75
2
BORDEIRA (LONGO)
4
6
8
10
12
14
16 17 BORDEIRA
2 Praia do Sissal Percurso Circular
Neste percurso por cima do mar, a vegetação das dunas enche-se de cores na Primavera, quando os tomilhos, o alho-selvagem, as estevas, o rosmaninho e as perpétuas-das-areias perfumam a atmosfera e atraem uma diversidade espantosa de insectos. Esta variedade de insectos serve de alimento a muitas aves, como as cotovias, os cartaxos, as petinhas e os trigueirões. Na maré baixa, os irrequietos pilritos, borrelhos e rolas-do-mar procuram pequenos invertebrados para se alimentarem. A gralha-de-nuca-cinzenta, que existe em poucos locais em Portugal, é facilmente observável durante o percurso, pois gosta de campos abertos, com árvores dispersas, perto de pedreiras ou falésias costeiras, onde encontra cavidades para fazer o ninho. Para a reprodução, forma pares de longa duração, que, em cada ano, nidificam sobre o mesmo ninho.
da Serra do Cercal. No séc. II ocorreu uma modernização das construções e, para além das habitações e armazéns, haveria oficinas (por exemplo uma forja) e um forno de cozer pão, tendo começado nessa altura a actividade industrial de salga de peixe, embalado em ânforas provenientes das olarias do Sado/Tejo. A partir da segunda metade do séc. III, a ilha é essencialmente um centro de produção de preparados piscícolas. Terá sido então constituído um balneário, com um vestiário, uma tina semicircular de água fria (que funcionava como frigidarium), banhos quentes, constituídos por uma ampla sala rectangular servida por tina em abside e ainda os sistemas de aquecimento (fornalha e hipocaustum). Na extremidade norte, a ilha parece ter sido cortada a direito por uma gigantesca faca. Trata-se de vestígios de uma grande empreitada do final do séc. XVI, para a criação de um porto artificial, cujo objectivo era criar condições para a pesca do atum e da sardinha e para a fixação de habitantes na região. Simultaneamente iniciou-se a construção do fortim na ilha e do forte em terra, para protecção do porto. Contudo, esta empreitada foi abandonada em 1603, devido à conjuntura política, aos frequentes ataques piratas e às dificuldades técnicas.
Com 340 m de comprimento e 325 m de largura, a ilha do Pessegueiro é um forte elemento na paisagem deste percurso, distando apenas 250 m da actual linha de costa. Pode-se dizer que a ilha é um pedaço emerso de uma enorme duna fóssil, em grande parte agora submersa, e que resultou da consolidação de antigas dunas, formadas quando o mar se encontrava alguns quilómetros recuado em relação à linha de costa actual. Hoje em dia esta ilha funciona apenas como um gigantesco quebra-mar, mas estão documentados dois antigos estabelecimentos portuários, um na Idade do Ferro e outro na Época Romana, aproveitando o abrigo natural que a ilha proporcionava. Assim, na segunda metade do séc. I, é fundado na Ilha do Pessegueiro um entreposto de comércio romano onde se recebia ânforas de salgas e molhos de peixe, azeite, vinho e cerâmicas, provenientes da Bética, do sul da Gália e da própria Península Ibérica. Por sua vez, a ilha escoava produtos mineiros
Praia do Samoqueiro
Samonqueira
Praia do Salto
PORTO COVO
Praia do Espingardeiro
Caniceira
Ilha do Pessegueiro
Forte da Ilha Barranco do Queimado
76
Esta é uma pequena caminhada que permite oferecer ao caminhante menos ousado um cheirinho do grandioso Trilho dos Pescadores. As falésias, embora de pouca altura, não deixam de nos surpreender com as suas formas bizarras, contrastando com o suave relevo das dunas, e sempre com a ilha do Pessegueiro em pano de fundo.
Ficha técnica
Onde começar? Porto Covo: no largo do Mercado.
275
Passe pelo largo Marquês de Pombal, coração de Porto Covo e exemplo fidedigno da arquitectura popular do séc. XVIII. Enquanto segue a rua principal poderá 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 apreciar as casas típicas e os amenos conSANTIAGO DO CACÉM SANTIAGO DO CACÉM vívios entre os aldeões. Percorra o Trilho dos Pescadores, atravessando o porto de pesca. Na bifurcação que separa o Trilho (m) DISTÂNCIA (km) dos Pescadores doALTITUDE Caminho Histórico, siga 280 o primeiro pela direita, sempre junto ao mar, 260 240 até encontrar a praia do Sissal, já perto da 220 200 icónica Ilha do Pessegueiro, imortalizada 180 160 por uma popular canção de Rui Veloso. 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 deslumbrantes, 3,5 4 4,5 5 diva0 Contemple as vistas RIBEIRA DE SEISSAL (CURTO) RIBEIRA DE SEISSAL gando para uma época de corsários e piratas. Antes de uma pequena ponte de madeira que levaria à praia da Ilha, deixe para trás o Trilho dos Pescadores, espreiALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) tando por cima do seu ombro o imenso 200 e inspirador Oceano Atlântico. Siga pela 150 100 esquerda até à estrada alcatroada que dá 50 acesso à Ilha do Pessegueiro. Encontrando 0 essa estrada, vire à esquerda por9 um cami0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 nho de terra, ladeado por dunasSANTA deCLARA um lado SANTA CLARA e pastagens do outro, que o levará de volta a Porto Covo.
2
BORDEIRA (LONGO)
4
6
8
10
12
Desnível acumulado
120 m
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
30 m / 0 m
Sentido aconselhado
Anti-horário
Época recomendada
Setembro a Junho
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
2,5
3,5
20 10 0 0
0,5
1
1,5
2
3
4
PORTO COVO
4,5
PORTO COVO
Existem outros percursos na zona. Tome atenção à sinalética. ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 280 260 240 220 200 180 160 140 0
Dicas Abastecimento durante o percurso: em 1 2 3 4 5 6 7 8 0 Porto Covo. RIBEIRA DE SEISSAL (MÉDIO)
RIBEIRA DE SEISSAL
No ponto de viragem deste Percurso Circular, pode continuar o Trilho dos Pescadores mais uns 200 m para visitar a praia da Ilha ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) do Pessegueiro. 150 120 90 60 30 0 0
2
4
6
8
10
13,5
12
SABÓIA
SABÓIA
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
125 100
Tome atenção à hora da maré cheia, que pode impossibilitar a travessia do porto de pesca de Porto Covo. 0
2h
30
250 225 200 175 150 125 0
ALTITUDE (m) Avisos importantes
Duração aproximada
Perfil topográfico
Descrição do percurso ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km)
175 150 125 100 75 50 25 0
4,5 km
Extensão
14
75 50 25 0
16 17 BORDEIRA
0
77
2
CARRAPATEIRA
4
6
8
10
12
14
CARRAPATEIRA
3 Arrozais de Campilhas Percurso Circular
Ao percorrer este percurso atravessam-se searas, prados, montados, eucaliptais, florestas de sobreiro e de pinheiro-manso, sobre relevos suavemente ondulados. Alguns sobreiros, muito antigos, apresentam-se majestosos, abrindo os seus ramos aos ninhos dos tentilhões, chapins, poupas, corujas e águias.
As linhas de água, com as suas fantásticas galerias de freixos e salgueiros, funcionam como corredores ecológicos para a dispersão de plantas e animais. O seu efeito é aumentado com as trepadeiras (hera, madressilva e salsaparrilha-bastarda) e os arbustos ribeirinhos, que acabam por fechar a galeria, proporcionando excelente local para alimentação, refúgio e reprodução de muitos animais. Nas orlas do eucaliptal é fácil observar duas espécies endémicas, ou seja, exclusivas deste cantinho da Península Ibérica: Cynara algarbiensis e Centaurea vicentina. Na Primavera, as bermas dos caminhos estão cheias de ervilheiras-bravas, perpétua-das-areias, linho-bravo, tremoceiro-azul, espadanas-dos-montes e orquídeas selvagens do género Serapias (erva-língua). No Outono, junto ao canal e às linhas de água, o pilriteiro enche-se de vibrantes frutos vermelhos, comestíveis. Nos matagais predominam a carqueja, o tojo-gatum, as estevinhas, a esteva, o trovisco e a erva-das-sete-sangrias.
As plataformas montadas nestas árvores para as esperas aos javalis fazem prever a abundância deste animal por aqui. Mas também se encontram vestígios de lontra, texugo e raposa. Pelo caminho são comuns os encontros com as perdizes, trigueirões e cartaxos. Desde o início da época das chuvas até ao final da Primavera, os charcos temporários estão na sua fase aquática, secando completamente no Verão. Observe a abundância e diversidade de girinos. Estes charcos são essenciais para a reprodução de sapos, rãs, salamandras e tritões (anfíbios). De facto, como são temporários, estes habitats não têm peixes nem lagostins, predadores habituais dos ovos e das larvas dos anfíbios.
Onde começar?
Um insecto muito comum nestes caminhos, na Primavera e início do Verão, é o arrebenta-bois, Berberomeloe majalis. É grande (mede, em média, 5 cm), tem cor preta e pode ter riscas vermelhas no abdómen. A fêmea deposita ovos num pequeno buraco no chão. As larvas sobem pelas ervas até às flores e esperam a chegada de uma abelha ou outro insecto dessa ordem.Agarram-se às suas patas, conseguindo assim uma boleia para o ninho da vítima, onde começam a parasitar, comendo ovos, larvas e o alimento que era destinado às larvas das abelhas. Após várias metamorfoses, o adulto emerge para o exterior, tornando-se herbívoro. Quando se sente ameaçado, o arrebenta-bois expele um líquido avermelhado com uma substância tóxica - a cantaridina – que pode causar irritações na pele e é venenosa se ingerida.
Barragem de Campilhas: no lado norte do dique.
Barragem de Campilhas Foros de Monte Novo Charnequinha
Silveiras
78
Foi ainda no tempo do Estado Novo que foram construídas as barragens no Alentejo. Esta caminhada permite conhecer tanto a agricultura de regadio como de sequeiro, com belos montados que originam grande riqueza florística e faunística. A Primavera é especialmente generosa neste percurso, tingindo os campos de todas as cores, num festim para o olhar, enquanto as aves produzem a banda sonora perfeita.
Ficha técnica
110
110
Siga na estrada para norte e, após 200 m, entre num caminho de terra à direita que, 80 depois de cerca de 600 m, descreve uma 70 0 curva acentuada para8 a esquerda, entrando 0 2 4 6 10 12 13 num vale e atravessando BARRAGEM uma DEribeira. Mais BARRAGEM DE CAMPILHAS (LONGO) CAMPILHAS adiante, passe uma ruína e, mais tarde, o Monte Vale da Serra, umaDISTÂNCIA bela (km) casa com ALTITUDE (m) piscina. Siga sempre o caminho, ignorando 30 ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 1,4 km. todos os entroncamentos durante 20 280 Irá encontrar uma placa no local onde 250 10 220 pode escolher seguir em frente e fazer o 190 160 0 percurso longo, ou virar à 3,5direita e4,5fazer o 130 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 4 100 percurso curto. Seguindo em frente, passe PORTO COVO 0 PORTO COVO 2 montado 4 6de sobro 8 12 13 0 um e10 um eucaliptal RIBEIRA DE SEISSAL (LONGO) RIBEIRA DE SEISSAL até encontrar a ribeira de Campilhas, que atravessa numa ponte de madeira, ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) seguindo até ao Monte da Cordeira. Antes 280 do monte, vire à direita e siga sempre em 260 ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 240 frente, paralelamente ao canal de rega. 220 100 200 180 500 m antes das Charnequinhas Velhas, 75 160 140 50 encontra o percurso reduzido. Suba até a 0 25 0 1 2 3 5 6 7 8 povoação e, na4 estrada de alcatrão, siga RIBEIRA DE SEISSAL 0 RIBEIRA DE SEISSAL (MÉDIO) à direita durante 1,2 km. Antes de uma 0 2 4 6 8 10 12 14 15 por um ODECEIXEpequena casa, saia da estrada ODECEIXE caminho de terra, vire à esquerda depois da ribeira e siga ALTITUDE por (m) um DISTÂNCIA grande monte (km) abandonado, chamado Monte do Rego de 150 ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 120 Cima, até reencontrar o ponto de partida. 90 125 No fim da caminhada, recomenda-se 60 100 30 fortemente um banho refrescante e um 75 0 50 piquenique no sossego da Barragem de 2 4 6 8 10 13,5 12 25 0 SABÓIA 0 SABÓIA Campilhas. 100
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
Desnível acumulado
150 m / 200 m
Graus de dificuldade
Muito fácil / Fácil 120 m / 70 m
Sentido aconselhado
Horário
Época recomendada
Setembro a Junho
90 80 0 0
1
2
3
4
5
6
BARRAGEM DE CAMPILHAS (CURTO)
7
8
BARRAGEM DE CAMPILHAS
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
120 110 100 40 90 30 80 70 20 0 10 0
2
4
6
0 BARRAGEM DE CAMPILHAS (LONGO) 0 1 2 3
8
10
12
13
BARRAGEM DE CAMPILHAS
4
5
6
7
ALMOGRAVE
8
8,5
ALMOGRAVE
Avisos importantes ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
Este percurso tem duasALTITUDE variantes e toca (m) DISTÂNCIA (km) no Caminho Histórico. Esteja atento à sinalética.
280 250 220 125 190 160 100 130 75 100 0 50
2
25 0
4
0 RIBEIRA DE SEISSAL (LONGO) 0 2 4
6
8
10
12
13
RIBEIRA DE SEISSAL
6
8
10
12
14
ODECEIXE
16 ODECEIXE
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100 75 100 50 75 25 50 0 25 0
2
0 ODECEIXE 0 1
5
VILARINHA
DISTÂNCIA (km)
100
90
1
2 h 30 / 4 h
ALTITUDE (m) 120
0,5
Duração aproximada
Perfis topográficos
120
VILARINHA
8 km / 13 km
Altitude máx./mín.
Descrição do percurso ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km)
0
Extensão
79
PRAIA DO AMADO
4
6
8
10
12
14
15
ODECEIXE
2
3
4
5
6
7
8
PRAIA DO AMADO
4 Cercal do Alentejo Percurso Circular
O Percurso Circular Cercal do Alentejo faz-nos acreditar na harmoniosa convivência do Homem com a natureza, levando-nos por caminhos que, desde há séculos, são percorridos em direcção às hortas e pomares, pastagens e campos de cereais, num movimento diário e secular, como um coração a bater, entre o calor do povoado e a terra fértil que o envolve e alimenta.
descrevem o Cercal do Alentejo rodeado de “vastíssimos montados de sobro e grandes lezírias” produzindo as suas terras “copiosa colheita de trigo”. Para a prosperidade desta terra, a agricultura teve sempre um aliado - a exploração mineira de cobre, ferro e manganês. A maior exploração foi a de ferro, nas cinco minas desta freguesia – Cerro da Fonte Santa, Toca do Mocho, serra da Mina, serra das Tulhas e serra de Rosalgar, que cessaram a sua actividade em 2000.
Figueiras, marmeleiros, oliveiras, laranjeiras, nespereiras e limoeiros compõem simpáticos pomares. Os campos alimentam ovelhas, cabras, vacas, galinhas e gansos. Entre as muitas aves selvagens que se cruzam com o caminhante, destacam-se a gralha-preta, a alvéola-branca, a garça-boieira, a carriça, o trigueirão e a toutinegra-de-barrete. O javali mostra também a sua presença, pelas fuçadas e espojadouros. Nas sebes, nos bosquetes e nas orlas dos campos agrícolas abundam plantas silvestres como a madressilva, a esteva, o lentisco, o rosmaninho, o carrasco, a carvalhiça, a gilbardeira e o trovisco. Algumas são usadas na culinária, como é o caso do loureiro, do espargo-bravo, do orégão ou do medronho. Nos sítios mais húmidos crescem juncais com hipericão e montraste e nas margens das linhas de água dominam os salgueiros.
Conta a lenda que, numa torre da casa das heras, na Mandorelha, um homem nobre prendeu a sua filha, impedindo-a de se encontrar com um plebeu por quem estava enamorada, e atirou a chave para a queda de água. Nos primeiros tempos de cativeiro, a rapariga vinha à janela, junto às águas revoltas, penteando-se enquanto entoava uma canção triste. Um dia deixou de aparecer, deduzindo as gentes que se teria atirado à água. A partir daí, em noites de lua cheia, o fantasma da jovem aparece na Mandorelha, penteando-se com pente de ouro e cantando como antigamente.
O trilho cruza a Quinta da Mandorelha, local emblemático do Cercal, onde até há poucos anos se namorava e se dançava ao som da harmónica e da sanfona. Encontram-se vestígios da ocupação do Cercal desde a Pré-História, mas terá sido a partir da ocupação romana que o Cercal se tornou um dos locais mais habitados da região e é fácil perceber porquê: o relevo é aplanado, os campos estão protegidos dos ventos marinhos pela serra do Cercal e a água é abundante, vinda das nascentes da serra e distribuída pelas linhas de água que percorrem o território. Relatos do séc. XVIII
Teimosas
Poucas Farinhas
Sesmarias
Boavista
CERCAL DO ALENTEJO
Toca do Mocho
Paiol
Chaparral
Salgadinho
80
Em torno da castiça vila do Cercal do Alentejo, este percurso atravessa um mosaico de pequenas quintas, hortas e pomares, onde se vive o dia-a-dia rural das gentes alentejanas. Cruzam-se ao caminho pequenas linhas de água que nascem na Serra do Cercal e correm para Leste em direcção à albufeira de Campilhas e adiante, até ao rio Sado.
Ficha técnica
Onde começar?
120 110 100 90
Extensão
7,5 km
Duração aproximada
2 h 30
Desnível acumulado
200 m
Grau de dificuldade
Fácil
Altitude máx./mín.
190 m / 130 m
Sentido aconselhado
Horário
Época recomendada
Setembro a Junho
Perfil topográfico
Cercal do Alentejo: largo dos Caeiros ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) (rotunda central).
190
Descrição do percurso
150
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
170
130
80
Siga pela estrada que vai em7 direcção a 1 2 3 4 5 6 8 Vila Nova de Milfontes eBARRAGEM vireDEàCAMPILHAS direita na BARRAGEM DE CAMPILHAS (CURTO) rua Humberto Delgado. Percorra a rua passando na conhecida “casa do médico”, com belos painéis de azulejos. No fim, vire (km) Galega à esquerda para ALTITUDE a rua(m)daDISTÂNCIA Aldeia 40 e, mais à frente, à direita para a rua dos 30 Combatentes da Grande Guerra. Depois 20 dos antigos lavadouros, deixe o Caminho 10 Histórico, que segue pela direita, e prossiga 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 8,5 em frente até Mandorelha, onde atravessa ALMOGRAVE ALMOGRAVE a ribeira por um trilho. Vire à direita e aprecie pequenas quintas, pomares e hortas de ervas aromáticas. Durante poucos metros junte-se de novoALTITUDE ao Caminho Histórico (m) DISTÂNCIA (km) para, logo de seguida, o deixar do lado 125 100 direito e seguir em frente. Passando mais 75 algumas quintas, chegue à estrada nacio50 25 nal e atravesse-a na passadeira. Continue 0 para norte, por poucos metros, até 16encon0 2 4 6 8 10 12 14 que leva ODECEIXEtrar o primeiro caminho à direita, ODECEIXE até ao moinho de onde se desfruta de um panorama deslumbrante. Siga caminho descendo o cerro, mantendo-se à direita ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) e, no portão do monte, vire em cotovelo 100 novamente para a direita. Passe junto a 75 dois pequenos montes, vire à esquerda e 50 continue a caminhada, avistando ao longe 25 a vila do Cercal do Alentejo. Ao entrar na 0 0
0
0
0
1
PRAIA DO AMADO
2
3
4
5
6
7
0
2
3
4
5
6
7
7,5
CERCAL DO ALENTEJO
localidade, junta-se à segunda etapa do ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Caminho Histórico, regressando por ruas 140 e ruelas ao ponto de partida, passando 120 100 antes pela Igreja Matriz. 80 60 40
20 Avisos importantes 0 0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11,5
TROVISCAIS Este percurso coincide parcialmente TROVISCAIS com o Caminho Histórico. Tome atenç ão à sinalética.
ALTITUDE (m)
Dicas
DISTÂNCIA (km)
100
75 50 Cercal do Alentejo tem muitos cafés e O 25 restaurantes, aproveite! 0 0
1
2
3
4
5
PRAIA DA AMOREIRA
6
7
PRAIA DA AMOREIRA
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
125 100 75 50 25 0 0
8
PRAIA DO AMADO
1
CERCAL DO ALENTEJO
81
1
2
VILA DO BISPO (CURTO)
3
4
5
6
7
8
9
10
VILA DO BISPO
5 Charcos Mediterrânicos Percurso Circular
Este percurso é representativo dos valores que levaram à criação de um Parque Natural e de um sítio da Rede Natura 2000 na costa sudoeste de Portugal. Atravessam-se alguns dos mais emblemáticos habitats, tanto nos matos dunares como nas zonas húmidas. Na Primavera, é possível observar quase todas as plantas endémicas do litoral sudoeste de Portugal, apenas percorrendo este troço da Rota Vicentina!
novo para a fase de dormência. Com as plantas ocorre um fenómeno semelhante, mas em vez de ovos, as formas resistentes à secura são sementes, esporos e órgãos subterrâneos. Os charcos temporários são habitats preferenciais para a reprodução dos anfíbios, pois não têm peixes nem lagostins, que são os principais predadores dos ovos e larvas dos anfíbios. Nos charcos temporários da costa sudoeste podemos encontrar quase todas as espécies de anfíbios que ocorrem em Portugal, incluindo uma espécie endémica do sul da Península Ibérica, o sapinho-de-verrugas-verdes-lusitânico, Pelodytes ibericus. Trata-se de um sapinho minúsculo (geralmente tem menos de 4 cm de comprimento). Contudo a postura de uma única fêmea pode chegar aos 1600 ovos!
Nos matos, destaque para arbustos aromáticos como os tomilhos, o alecrim, o rosmaninho, a perpétua-das-areias ou o zimbro. No final de Fevereiro, as orquídeas anunciam o início oficial da época das flores, mas algumas rebeldes mantêm-se floridas o ano inteiro, como a erva-das-sete-sangrias, com as suas flores de um azul intenso. Durante o dia, apenas a águia-cobreira e uma infinita variedade de pássaros parecem povoar estes matos, mas à noite saem das tocas os coelhos, texugos, raposas e saca-rabos. Os charcos temporários mediterrânicos são um habitat prioritário em termos de conservação, pois são ambientes com uma flora e fauna muito originais, o que não é de estranhar... Tratam-se de criaturas que vivem 3 a 6 meses em meio aquático e o resto do ano em meio terrestre! Muitas destas espécies estão classificadas como ameaçadas, a nível europeu ou global. Uma característica comum a todos os seres que habitam os charcos é o seu pequeno tamanho. Até os juncos são minúsculos! Mas talvez os habitantes mais emblemáticos dos charcos sejam os minúsculos crustáceos: camarões-fada, camarões-concha e camarões-girino. Estes animais completam o seu ciclo de vida em apenas 3 meses! Durante a fase seca, a maior parte dos seres está dormente no solo, sob a forma de ovos resistentes. Quando começa a época das chuvas, os ovos eclodem, os animais crescem, reproduzem-se e preparam-se de
Onde começar? Centro de Interpretação dos Charcos Temporários Mediterrânicos do Sudoeste Alentejano: na estrada entre Brunheiras e Ribeira da Azenha, na curva que dá acesso à praia do Malhão, seguindo o caminho de terra à esquerda.
Alturas do Norte
Centro de Interpretação Malhadinhas
Ponta da Galhofa
Pousadas Velhas
Brunheiras
Ponta das Barcas Vila Nova de Milfontes
Praia do Farol
82
Rio Mira
Este percurso, desenhado pela Liga para a Proteção da Natureza (LPN), no âmbito do projecto Life Charcos, permite combinar um belíssimo troço do Trilho de Pescadores, com um dos mais notáveis e singulares habitats de água doce da Europa, os charcos temporários mediterrânicos, que albergam espécies raras e ameaçadas.
Ficha técnica 6 km / 12 km
Extensão
Porto das Barcas: a norte de Vila Nova de Milfontes, junto ao restaurante Porto das Barcas.
Duração aproximada
2h/4h
Desnível acumulado
50 m / 200 m
Graus de dificuldade
Muito fácil / Algo difícil
Altitude máx./mín.
60 m / 10 m
Sentido aconselhado
Anti-horário
Época recomendada
Setembro a Junho
Perfis topográficos
Descrição do Percurso ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
200
DISTÂNCIA (km)
70
Neste percurso poderá consultar a informação nos painéis existentes no Centro 160 de Interpretação dos Charcos Temporários 150 0 Mediterrânicos do2 Sudoeste Alentejano. 0 0,5 1 1,5 2,5 3 3,5 Depois de visitar a área do Centro de S. LUÍS S. LUÍS Interpretação, seguimos pelo caminho em direcção à costa, passando um velho monte. ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Pouco depois, na bifurcação do caminho 70 ALTITUDE (m) frente DISTÂNCIA passando (km) marcado, seguimos em 60 300 pelo sopé das dunas. Aqui encontra o des270 50 vio à esquerda para o caminho mais curto 240 0 210 deste percurso. Para o 4caminho mais6 longo 1 2 3 5 180 0 siga em frente e atravesse duas grandes CENTRO DE INTERPRETAÇÃO 0 CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (CURTO) 0 1 2chegando 3 4 ao cimo 5 6 7 dunas da praia da8 Angra S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (CURTO) S. MARTINHO DAS AMOREIRAS da Cerva. Sobre a enseada deparamo-nos com impressionates dunas fossilizadas (m) até DISTÂNCIA suspensas no ar. ALTITUDE Daqui ao (km) Porto das 360 Barcas seguimos para sul em conjunto com 330 ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 300 o Trilho dos Pescadores. Após o restau250 270 240 200 rante, percorra cerca de 200 m na estrada 210 150 180 e saia pela esquerda, na direcção leste, em 0 100 2 4arenoso 6 8 10perto de 12,5 umas 50 0 caminho até chegar S. MARTINHO DAS AMOREIRAS 0 S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (LONGO) vivendas. Aí 6preste atenção à marcação 0 2 4 8 10 12 14 para sair por um trilho à esquerda. CARRASCALINHO CARRASCALINHODaqui siga em direcção a norte, passando pelo monte das Pousadas Velhas até ao entronALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) camento. Tome o lado direito para regres125 ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 100 sar ao ponto de partida. Pouco depois o 75 125 caminho vira a norte, passando uma área 50 100 25 com alguma floresta, até encontrar de novo 75 0 50 o caminho onde iniciou o10percurso. 0 2 4 6 8 12 13,5 190 180
60
170
50 0 0
VILA DO BISPO (LONGO)
BORDEIRA
4
6
8
10
12
14
15,5
VILA DO BISPO
2
3
4
5
6
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
75 50 360 330 25 300 270 240 0 210 0 2 4 180 0 CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (LONGO) 0 2 4
6
8
10
12
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO
6
8
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (LONGO)
10
12,5
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
Avisos importantes ALTITUDE (m) 180
DISTÂNCIA (km)
200
160 125
Este é um percurso com duas variantes e500 cruza-se com outros. Esteja atento à 1 2 3 4 5 6 7 8 8,5 25 0 sinalética.
140 100
120 75
0 S. TEOTÓNIO 0 2
S. TEOTÓNIO
4
6
8
10
12
13,5
A seguir ao Porto das Barcas, parte do BORDEIRA perBORDEIRA (LONGO) curso (200 m) segue ao longo da estrada. Seja prudente. ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 50
40 Dicas
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
30 125 20 100
10 Abastecimento durante o percurso: no 75 0 50 Porto das Barcas. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10,5
25
0 BORDEIRA (LONGO) 0 2
1
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (CURTO)
25
83
0 CARRAPATEIRA 0 2 MALHADAIS
CARRAPATEIRA
4
6
8
10
12
14,5 MALHADAIS
6 Hortas de S. Luís Percurso Circular
Onde começar?
Junto à aldeia, atravessam-se pequenas quintas, hortas e pomares, separadas pelas sebes de loureiro, características de S. Luís, que ladeiam também muitos dos caminhos do percurso. Alguns loureiros libertaram-se do acanho das sebes e são agora garbosas árvores. Tanto junto às hortas como no caminho que ladeia o montado, o medronheiro é outra presença constante neste percurso.
S. Luís: junto à paragem de autocarros na estrada N120 que atravessa a aldeia.
Descrição do percurso Seguir em direcção à igreja. Passe junto aos lavadouros e continue em frente, já em caminho de terra. No primeiro cruzamento, cerca de 400 m à frente, junto a uma casa com muros de pedra, vire à esquerda. Siga sempre em frente, apreciando a vida dos arredores de S. Luís. Menos de 1 km adiante, vire à esquerda, entrando num caminho menos usado, ladeado de sobreiros. No entroncamento que encontra mais à frente, por entre eucaliptos, vire à esquerda e suba.
S. Luís foi sempre uma aldeia rica em recursos, explorados em actividades como a mineração (em S. Domingos), a extracção da cortiça, o comércio (a partir do porto fluvial da Casa Branca), a produção de madeira, a criação de gado ou a pedreira. Era S. Luís que fornecia de produtos agrícolas a povoação de Vila Nova de Milfontes, cuja população se dedicava inteiramente à pesca. Actualmente S. Luís é conhecido também pela recuperação de uma prática antiga, a construção em terra, vivendo na aldeia alguns especialistas na técnica de construção em taipa.
É de novo o montado que domina a paisagem, agora com vistas sobre a serra e a aldeia de S. Luís, afinal nunca muito longe, no decorrer desta curta caminhada. Vai passar entre casas e descer para se cruzar com um caminho largo, junto a uma vinha num terreno cercado. Um pouco adiante, junto a uma horta com um moinho de vento, vire à direita e siga em frente, entre velhos muros de pedra. O caminho mais largo com que se cruza um pouco depois é de novo o Caminho Histórico. Vire à esquerda e siga até ao ponto de partida.
Avisos importantes
Corte Pinheiro S. Domingos
Monte do Silêncio
Este percurso coincide parcialmente com o Caminho Histórico. Tome atenç ão à sinalética.
S. LUÍS Garatuja Cova da Zorra
84
Ainda não descobriu o prazer de caminhar, tem pouco tempo ou andava à procura de uma caminhada curta, fácil e acessível? Então este Percurso Circular foi criado a pensar em si. Vai apreciar as hortas e quintais de S. Luís e ainda viver a magia de uma floresta de sobreiros, sempre com a etapa Cercal do Alentejo » S. Luís do Caminho Histórico por perto.
ALTITUDE (m)
3,5 km
Duração aproximada
1 h 30
Desnível acumulado
100 m
Grau de dificuldade
Muito fácil
Altitude máx./mín.
210 m / 150 m
Sentido aconselhado
Anti-horário
Época recomendada
Setembro a Junho
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
200
Abastecimento durante o percurso: apenas na aldeia de S. Luís.
170 150
Extensão
Perfil topográfico
Dicas 190
Ficha técnica
190 180 170 160
130 0 0
150
Combine o Caminho Histórico com o Per1 2 3 4 5 6 7 7,5 curso Circular: estude o mapa e estenda CERCAL DO ALENTEJO esta curta caminhada, tirando partido da etapa Cercal do Alentejo » S. Luís do Caminho Histórico. Pelo caminho aproveite para (m) DISTÂNCIA subir à Serra de S. ALTITUDE Domingos (329(km)m), o que acrescenta 4 km ao percurso (ida e volta).
0 0
CERCAL DO ALENTEJO
140 120 100 80 60 40 20 0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
S. LUÍS
S. LUÍS
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
300 270 240 210 180 0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
TROVISCAIS
11,5
0
TROVISCAIS
ALTITUDE (m)
1
2
3
4
5
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (CURTO)
6
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100
250
75
200
7
8
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
DISTÂNCIA (km)
150
50
100
25
50 0
0 0
1
2
3
4
5
PRAIA DA AMOREIRA
6
0
7
PRAIA DA AMOREIRA
ALTITUDE (m)
2
4
6
8
10
12
CARRASCALINHO
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
125
125
100
100
75
75
50
50
25
25
0
14
CARRASCALINHO
DISTÂNCIA (km)
0 0
1
2
VILA DO BISPO (CURTO)
3
4
5
6
7
8
9
0
10
VILA DO BISPO
85
2
VILA DO BISPO (LONGO)
4
6
8
10
12
14
15,5
VILA DO BISPO
7 Senhora das Neves Percurso Circular
Ladeadas por encostas com magníficas florestas de sobreiros, é nos vales (Vale de Figueira, Vale Fojo de Baixo e Vale do Poço) que se situam as terras férteis deste percurso, enquanto nos cumes (Sr.ª das Neves e Serra da Estrela) se encontram algumas plantas raras, como a Centaurea vicentina, endémica do sudoeste de Portugal. Circulando em numerosas nascentes, tanques e poços, a água abundante fecunda a terra dos vales e a gratidão das pessoas pode ler-se nos versos do Poço de Vale Figueira – “Deus te conserve a pureza, neste vale d’encantamento, és um poço de riqueza...”.
do percurso – trigueirão, melro, pica-pau-malhado-grande, perdiz, escrevedeira, pisco-de-peito-ruivo, cartaxo e picanço. Conta-se que N. Sr.ª apareceu no bico desta serra e a população fez uma capelinha no sopé da colina, para lhe prestar culto. No entanto, sempre que carregavam pedras para a construção, no dia seguinte as pedras apareciam no topo da serra. E foi aí que acabaram por erguer a capelinha, conhecida como a Ermida de N. Sr.ª das Neves. Neste santuário, provavelmente do séc. XVIII, vestígios de antigas muralhas defensivas são o que resta de um povoado fortificado da Alta Idade Média – Período Islâmico. Um tanque rectangular escavado na rocha, com canais para condução de água, permanece um mistério – relaciona-se com algum culto à água ou outra função religiosa? Seria uma sepultura rupestre de pequenas dimensões?
Este percurso é muito rico em plantas silvestres, que vão florindo ao longo do ano. No Inverno são os jacintos ou a alfavaca-dos-montes. Na Primavera florescem rosmaninhos, giestas, tojos, estevas, estevinhas, marioilas e pilriteiros. A partir de Maio surge a cebola-albarrã, os orégãos, a alcachofra-do-sul, a dedaleira e a erva-montã. Já o medronho, a erva-azeitoneira e a erva-das-sete-sangrias estão quase sempre em flor. Especialmente abundantes são as urzes. As brancas dominam os matagais quando estão em flor: a Erica lusitanica, floresce de Dezembro a Março, a partir daí até Junho despontam as flores da Erica arborea. Sendo a primeira rara, aproveite para a contemplar nos passeios de Inverno, bem como as aves mais comuns ao longo
Onde começar? Ribeira do Seissal: entre a Ribeira do Seissal e a subida de acesso à Capela da Sr.ª das Neves, numa zona de estacionamento assinalada por uma placa indicativa e um painel da Rota Vicentina. Monte da Estrada: junto ao painel da Rota Vicentina.
Descrição do percurso
Rib.ª do Seissal de Cima
Do ponto de partida avista-se a Sr.ª das Neves, no entanto o caminho inicia pela direita em direcção à Figueirinha e Monte da Estrada. Ao fim de 1 km, chega à primeira possibilidade de encurtar a caminhada, pela esquerda, começando aí a versão mais pequena do percurso. Siga em frente, passe em frente a um turismo rural e, cerca de 600 m depois, encontra nova possibilidade de abreviar caminho à sua esquerda, o que corresponde ao
Queimado S.ra das Neves
Represa Velha Tanganhada M.te das Coriscas M.te da Estrada Juncalinho
86
Situada perto da ribeira do Seissal de Cima, no cume de um monte elevado com uma magnífica vista, a Ermida de N. Sr.ª das Neves, é um santuário estimado pela população. O caminho faz-se alternando entre vales frescos e trilhos de pé posto por cumeadas de onde o olhar se perde no infinito.
Ficha técnica Extensão
5 km / 8 km / 13 km
Duração aproximada
2 h / 3 h 30 / 5 h
Desnível acumulado 200 m / 350 m / 500 m Graus de dificuldade
Algo difícil / Algo difícil / Difícil ALTITUDE (m)
275 250 225 200 175 150 125 0 0
percurso médio. Continuando em frente e passando por um poço, chegará à locali(m) DISTÂNCIA (km) existem dade de Monte daALTITUDE Estrada, onde 275 dois cafés para tomar um refresco. Vire à 250 225 esquerda e saia da localidade pelo caminho 200 175 da direita. Quando começar a descer, antes 150 125 de uma quinta, entre no vale pelo caminho 0 0 2 3 6 7 8 9 à1 esquerda e, 4logo5 na primeira bifurcação, SANTIAGO DO CACÉM SANTIAGO DO CACÉM vire também à esquerda. Passando várias casas, o caminho vai estreitando; siga DISTÂNCIA (km) alguma sempre em frenteALTITUDE e, se(m)encontrar 30 vedação ou cancela, por favor passe e ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) feche-a atrás de si. Quando chegar ao 20 280 260 cimo do monte, siga sempre na mesma 10 240 220 direcção por entre floresta mista, que irá 200 0 180 0 0,5 1 a um 1,5 local 2 2,5 3 3,5 4 4,5 levar denominado de Serra da 160 PORTO COVO 0 PORTO COVO Estrela, com2 uma paisagem maravilhosa. 0,5 1 1,5 2,5 3 3,5 4 4,5 5 0 Retome o mesmo caminhoRIBEIRA para trás por RIBEIRA DE SEISSAL (CURTO) DE SEISSAL uns 50 m e desça pela direita até encontrar a versão intermédia deste percurso. Siga ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) pela direita, entrando no vale. Cerca de 500 280 260 ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) m depois, vire à esquerda, subindo o vale 240 220 200 lateral, até atravessar a cumeada e descer, 200 180 150 160 para encontrar agora a versão curta do 140 100 0 caminho, que vem da esquerda. Siga em 50 0 1 2 3 4 5 6 7 8 frente, subindo sempre pela cumeada até RIBEIRA DE SEISSAL (MÉDIO) RIBEIRA DE SEISSAL 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 chegar ao marco geodésico e9 à Sr.ª das SANTA CLARA SANTA CLARA Neves, local mais do que perfeito para uma paragem com piquenique. Daí desce-se até ALTITUDEpassando (m) DISTÂNCIA (km) ao ponto de partida, por uma 150 estátua de Liberdade Sobral. ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km)
Avisos importantes
75 0 50 0 25 0 SABÓIA 0
2 4 6 tem8 três 10 13,5 12 Este percurso variantes, esteja SABÓIA atento às marcações. 2 4 6 8 10 12 14 16 17
BORDEIRA (LONGO)
BORDEIRA
277 m / 110 m
Sentido aconselhado
Anti-horário
1 2 3 4 Época recomendada
6 7 8 9 Setembro a Junho
5
SANTIAGO DO CACÉM
SANTIAGO DO CACÉM
Perfis topográficos
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
2,5
3,5
30 20 280 260 10 240 220 200 0 180 0 0,5 160 0 PORTO COVO 0,5 0
1
1,5
2
3
4
4,5
PORTO COVO
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
RIBEIRA DE SEISSAL (CURTO)
4,5
5
RIBEIRA DE SEISSAL
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
120 110 100 280 90 260 240 80 220 200 70 200 0 180 150 160 0 2 4 140 100 0 BARRAGEM DE CAMPILHAS (LONGO) 50 0 1 2 3 0 RIBEIRA DE SEISSAL (MÉDIO) 0 1 2 3
6
8
10
12
5
6
7
2
8
RIBEIRA DE SEISSAL
4
5
6
7
8
9
10
SANTA CLARA
280 250 220 150 190 160 120 130 90 175 100 150 0 60 125 30 0 100
13
BARRAGEM DE CAMPILHAS
4
SANTA CLARA
4
75 0 RIBEIRA DE SEISSAL (LONGO) 50 0 2 4 25 0 SABÓIA 0 2 4
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
6
8
10
12
13
RIBEIRA DE SEISSAL
6
8
10
13,5
12
SABÓIA
6
8
10
12
BORDEIRA (LONGO)
14
16 17 BORDEIRA
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100
Dicas
120
90 175 150 60 125 30 100
DISTÂNCIA (km)
Altitude máx./mín.
75 125 50 100 25 75
Abastecimento durante o percurso: no 0 50 2 4 6 na 8Ribeira 10 14 15 25 0 Monte da Estrada, do12 Seissal ODECEIXE 0 ODECEIXE ou ao km 2,5 num turismo rural. 0 2 4 6 8 10 12 14
87
CARRAPATEIRA
CARRAPATEIRA
8 Dunas do Almograve Percurso Circular
Este Percurso Circular permite sentir uma das dicotomias mais marcantes do sudoeste alentejano – conservação da natureza versus agricultura intensiva. A gestão desta dicotomia é um dos maiores desafios dos agentes locais e nacionais na actualidade.
charcos temporários, um dos habitats mais singulares e protegidos do parque natural, onde ocorre uma área de proteção do cágado-de-carapaça-estriada.
Onde começar? Almograve: na rotunda (início da avenida da Praia).
A geomorfologia deste troço da costa e em particular na Foz dos Ouriços é notável. Dobras, falhas, discordâncias e extensas redes de filonetes de quartzo fazem das falésias um manual de Geologia onde a história dos últimos 300 milhões de anos do planeta é contada ao vivo. A flora dunar é rica e perfumada – alecrim, rosmaninho, camarinheira, murta, aroeira, perpétua-das-areias e tomilho-canforado, são algumas das espécies que marcam presença ao longo do percurso. Nestas dunas abundam também os mamíferos, que constroem os seus sistemas de tocas sob as formações arbustivas densas da duna mais recuada. Os mais frequentes são o coelho, o sacarrabos (localmente designado escalabardo), a fuinha (também chamada papalvo), o texugo, a geneta e a lontra. No troço mais interior do percurso observam-se vários
Descrição do percurso Da rotunda do Almograve siga pela estrada asfaltada, passando junto à Pousada de Juventude e aos lavadouros, entrando no primeiro caminho de terra batida à esquerda. No cruzamento que se segue, continue em frente (o Trilho dos Pescadores vai pelo caminho da esquerda.) Siga em frente por 1,5 km e vire à esquerda no 2.º cruzamento, entrando em zona de acacial. Siga em frente, até que o percurso faz um ligeiro desvio à direita, penetrando no pinhal. Um pouco adiante caminhe junto a uma vedação, até reentrar no acacial e entroncar num caminho arenoso. Vire à direita e siga em frente, até passar uma ponte de cimento. Depois, vire à esquerda e siga pela pista de terra até ao final do campo agrícola. Antes da casa desabitada vire à esquerda, passando por uma ponte e subindo pelo trilho arenoso. Aqui, está no Trilho dos Pescadores.
Nascedios Praia do Brejo Largo
Prossiga agora junto à costa, ao longo da praia do Brejo Largo e de uma sucessão de pequenas enseadas até à Foz dos Ouriços, onde o Percurso Circular se volta a separar do Trilho dos Pescadores por um trilho que segue à direita e desce até à praia. Atravesse a ribeira e suba o barranco pelo caminho que encontra do outro lado, continuando junto à costa até ao estacionamento da praia do Almograve.
Ponta do Carreiro Manso Longueira Praia do Grande
Lapa das Pombas
ALMOGRAVE
88
Coincidente com parte do Trilho dos Pescadores, este percurso oferece uma perspectiva do lado agrícola da região e permite usufruir em pleno do trilho costeiro que segue junto ao vasto areal da praia do Brejo Largo.
Ficha técnica 8,5 km
Extensão Duração aproximada
3h
Desnível acumulado
100 m Algo difícil
Grau de dificuldade ALTITUDE (m)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
120
120
110
110
100
100
90
90
80 70
DISTÂNCIA (km)
Altitude máx./mín.
40 m / 0 m
Sentido aconselhado
Anti-horário
1 2 3 4 Época recomendada
5 6 8 Setembro a7Junho
80
0
0 0
2
4
6
8
BARRAGEM DE CAMPILHAS (LONGO)
10
12
13
0
BARRAGEM DE CAMPILHAS
BARRAGEM DE CAMPILHAS (CURTO)
BARRAGEM DE CAMPILHAS
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
280 250 220 190 160 130 100 0
DISTÂNCIA (km)
40 30 20 10 0 0
2
4
6
8
10
12
13
0
Vire à esquerda e siga peloRIBEIRA passadiço de DE SEISSAL madeira, de regresso à aldeia.
RIBEIRA DE SEISSAL (LONGO)
1
2
3
4
5
6
7
ALMOGRAVE
8
8,5
ALMOGRAVE
Avisos importantes ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
Grau de dificuldade: o percurso tem muita areia e uma travessia de ribeira.
100 75 50
DISTÂNCIA (km)
125 100 75 50
25
Marcação: este percurso cruza-se com 0 0 4 dos 6 Pescadores. 8 10 12 14 atenção 15 o2 Trilho Tenha ODECEIXE ODECEIXE à sinalética.
125 100 75 50 25 0 0
25 0 0
Travessia da praia da Foz dos Ouriços: as marés e a época de chuvaDISTÂNCIA têm (km) uma forte ALTITUDE (m) influência sobre esta praia, pelo que a travessia é sempre diferente e desafiadora Em dias de mar revolto, opte por não atravessar a ribeira e siga o Trilho dos Pescadores de volta1 até ao2Almograve. 5 0,5 1,5 2,5 3 3,5 4 4,5
VILARINHA
Dicas
2
4
6
8
10
12
14
ODECEIXE
16 ODECEIXE
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100 75 50 25 0 0
VILARINHA
1
PRAIA DO AMADO
Abastecimento durante o percurso: apenas na aldeia do Almograve. Se as condições marítimas permitirem, poderá prosseguir parcialmente pela praia do Brejo Largo. 89
2
3
4
5
6
7
8
PRAIA DO AMADO
9 Troviscais ao Mira Percurso Circular
Troviscais revela o lado mais inóspito e autêntico desta magnífica região costeira, permitindo o contacto com as pessoas do lugar, observar algumas actividades económicas ligadas à terra e ao rio, ter uma vista fantástica sobre o rio Mira e ainda conhecer a fauna e a vegetação típica do Mediterrâneo no seu melhor, com habitats tão diversos como o matagal, a floresta de sobreiro ou carvalho-cerquinho, o sapal, o caniçal, a galeria ripícola, os charcos e muitos outros.
sobreiro, abundam os arbustos da família das cistáceas (esteva, estevinha e roselha), mas também rosmaninho, zambujeiro ou trovisco. Nas encostas mais húmidas e sombrias, a árvore dominante é o carvalho-cerquinho ou carvalho-português e no estrato arbustivo domina a urze-branca e fantásticos exemplares de medronheiro, de porte quase arbóreo.
Onde começar? Troviscais: junto ao primeiro café à direita.
O troço de percurso junto ao rio Mira, no Moinho das Moitas, merece uma pausa num sítio discreto, com os binóculos à mão. Perscrutando o rio, o caniçal, os reservatórios de água do antigo moinho e os juncais, pode observar-se grande diversidade de aves, incluindo alguns passeriformes migradores mais raros, como o pisco-depeito-azul, a felosa-malhada, a felosa unicolor ou a felosa-aquática. Na várzea e junto ao rio, podem observar-se dejectos de lontra, um dos animais mais fascinantes da mamofauna do Sudoeste. Nas encostas mais secas, onde a árvore dominante é o
Rio Mira
Carrasqueira
Descrição do percurso Comece o caminho em direcção a este. Siga em frente, passando entre as casas. Do seu lado direito há um pequeno olival, até que o caminho sobe ligeiramente com sobreiros a marcar a paisagem. No cruzamento vire à direita e cerca de 200 m à frente, de novo à direita. No topo da subida entra agora num eucaliptal e começa a descer para virar à sua direita volvidos cerca de 500 m, antes de uma vedação. No cruzamento que se segue, vire à esquerda. O percurso segue do lado direito da vedação, com vistas sobre o Mira e a serra em todo o redor, até fazer uma viragem à direita de 90º e começar a descer em direcção ao Mira, por um caminho estreito e pouco utilizado, num bosque denso, povoado por medronheiros de porte quase arbóreo e outras espécies locais.
Zambujeira
TROVISCAIS
Chegando ao rio, vai passar junto a uma produção de ostras e uma casa do seu lado esquerdo. Continue sempre em frente, com os tanques do seu lado direito e o rio Mira à esquerda. O trilho estreito que se inicia mais à frente entre duas ruínas permite tal proximidade do rio, que vai ter dificuldade em prosseguir sem se pasmar com tamanha beleza. No final do trilho, junto ao rio, entra numa zona de eucaliptal. O
Sol Posto
Vale Palhete
90
Este é um percurso ideal para os amantes de observação de aves. As densas matas de sobreiros, eucaliptos e medronheiros conduzem o caminhante a comungar com as águas tranquilas do rio Mira.
Ficha técnica 11,5 km
Extensão Duração aproximada
4h
Desnível acumulado
250 m Algo difícil
Grau de dificuldade ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
110
DISTÂNCIA (km)
135 m / 0 m
Altitude máx./mín.
190
120
170
100
150
90 0
0 0
1
2
3
4
5
BARRAGEM DE CAMPILHAS (CURTO)
6
7
0
8
BARRAGEM DE CAMPILHAS
Horário
Sentido aconselhado
130
80
5 6 a Junho 7 7,5 Setembro
1 recomendada 2 3 4 Época
CERCAL DO ALENTEJO
CERCAL DO ALENTEJO
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
caminho continua junto ao rio ao longo de cerca de 1,7 km entre curvas e contra30 curvas com vistas deslumbrantes sobre 20 10 o Mira até que desce à várzea por uma 0 vereda antiga, recuperada durante a mar0 1 2 3 4 5 6 7 8 8,5 cação do percurso. Ao chegar à várzea, ALMOGRAVE ALMOGRAVE onde é comum cruzar-se com vacas, vire à esquerda até chegar ao dique, onde deve virar à direita caminhando de novo paralelo ALTITUDE (m) o DISTÂNCIA (km) ao rio até se cruzar com caminho mais 125 largo. Vire à direita e na bifurcação, junto a 100 uma ruína, comece a subida pelo caminho 75 50 da esquerda. Vai passar junto a duas casas 25 e cerca de 20 minutos depois, uma outra, 0 0 2 4 6 novamente 8 10 12 14 à direita. 16 onde deverá seguir A ODECEIXE ODECEIXE aldeia de Troviscais não está longe!
DISTÂNCIA (km)
140 120 100 80 60 40 20 0
40
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
TROVISCAIS
11,5 TROVISCAIS
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100 75 50 25 0 0
1
2
3
4
5
PRAIA DA AMOREIRA
6
7
PRAIA DA AMOREIRA
Dicas ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
Abastecimento durante o percurso: apenas na aldeia de Troviscais.
100 75
DISTÂNCIA (km)
125 100 75
50
50
25
25
0
0 0
1
PRAIA DO AMADO
2
3
4
5
6
7
0
8
PRAIA DO AMADO
1
2
VILA DO BISPO (CURTO)
91
3
4
5
6
7
8
9
10
VILA DO BISPO
10 S. Martinho das Amoreiras Percurso Circular
S. Martinho das Amoreiras tem actualmente pouco mais de 1000 habitantes que se dedicam principalmente à floresta, agricultura e pecuária, mas outros produtos de enorme qualidade são produzidos nesta freguesia: mel, medronho e azeite. E há quem assegure que o pão tradicional de S. Martinho é o melhor do Alentejo!
arqueológica Necrópole do Pardieiro, 7 km a sudoeste de S. Martinho das Amoreiras, que desvendou algumas características da comunidade que ali habitou há 2500 anos (I Idade do Ferro). Junto dos onze túmulos da necrópole encontraram-se estelas epigrafadas, ou seja, lages de pedra com inscrições na escrita do sudoeste, a primeira forma de escrita alfabética na Península Ibérica. Três núcleos populacionais, Amoreiras, S. Martinho e Conqueiros, disputaram durante séculos a sede da freguesia mas S. Martinho ganhou a disputa, já que aí foi instalada no séc. XVIII a Igreja Matriz, de inspiração barroca, rococó e neoclássica, construída sob os auspícios da Ordem de Santiago de Espada.
Na transição da aldeia para o campo, pequenas hortas e pomares são ladeados por antigos muros de pedra e regatos disciplinados por valas antigas em pedra. Nos remansos reproduzem-se as salamandras e tritões. Aves como os gaios, as pegas-azuis, as gralhas-pretas, os cucos, os pica-paus, as toutinegras, os cartaxos, os abelharucos, as perdizes e os tentilhões abundam nas sebes de loureiro, marmeleiro, salgueiro e figueira, e também em árvores ancestrais como pinheiros, sobreiros, cedros e eucaliptos, que constituem o local perfeito para o ninho de uma ave de rapina muito especial: a águia-de-bonelli. Com sorte, é possível que ela surja no percurso, provavelmente junto ao moinho. Os vestígios de javali também são omnipresentes ao longo do trilho. Especialmente abundante neste trilho é também o rosmaninho-verde (Lavandula viridis), mais raro que o rosmaninho de flores púrpura (Lavandula stoechas).
Onde começar? S. Martinho das Amoreiras: no estacionamento perto da Junta de Freguesia.
Descrição do percurso Suba até ao adro da igreja, vire à direita, siga para norte e entre no bairro, junto ao centro de dia. Prossiga até sair da aldeia (do lado esquerdo aparecerá o caminho do regresso) e encontre a fonte do lado direito da estrada. Continue na estrada principal Amoreiras-Gare
A Primavera faz despontar a a esteva, erva-azeitoneira e a erva-caril, assim como plantas medicinais, como a carqueja, a erva-das-sete-sangrias, a dedaleira e a erva-prata. Outras plantas que vêm dar grande colorido aos campos são o tojo-molar, o cardo-do-sul (Cynara algarviensis, endémico do sudoeste da Península Ibérica), os amores-perfeitos, a estevinha, a marioila, a erva-bicha, a cebola-albarrã, o jacinto, a maceróvia e os lírios pequenos. Este território foi habitado desde a Pré-História, como se observa na estação
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
Conqueiros Atalaia
M.te do Telheiro
92
V.e de Brique
190 170 150 130 0 0
Este percurso é o mais interior da Rota Vicentina e onde se situa o seu ponto mais alto, no sítio do Moinho da Serra. Caminhará em redor da pitoresca aldeia de S. Martinho das Amoreiras, sobre vales onde copiosas nascentes despejam água o ano todo, campos ALTITUDEsuavemente (m) DISTÂNCIA (km) ondulados onde o gado pasta com vagar e serras cobertas de floresta, cujos cumes oferecem paisagens de cortar a respiração. 1
CERCAL DO ALENTEJO
2
3
4
5
6
7
Ficha técnica 8 km / 12,5 km
Extensão Duração aproximada
3h /5h
Desnível acumulado
250 m / 450 m Fácil / Algo difícil
Graus de dificuldade
ALTITUDE (m) 190
DISTÂNCIA (km)
353 m / 190 m
Altitude máx./mín.
200 180
Horário
Sentido aconselhado
170 160 150 0
7,5
0
CERCAL DO ALENTEJO
0,5 recomendada 1 1,5 Época
2
2,5 3,5 Setembro a3 Junho
S. LUÍS
por mais 300 m e vire pela direita por um (m) DISTÂNCIAum (km) antigo eucaliptal. PasseALTITUDE e contorne 200 monte com um belo panorama e, antes de ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 190 entrar num novo eucaliptal, preste atenção 180 140 170 120 para tomar o pequeno trilho à direita e con160 100 150 80 tinuar sempre pelo vale até à povoação de 60 0 40 0 0,5 1 1,5 2 3,5 Conqueiros. Atravesse a2,5aldeia3 e a estrada, 20 S. LUÍS 0 S. LUÍS e siga em direcção a sul durante cerca 1,4 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11,5 0 km. Quando terminar a travessia do vale, TROVISCAIS TROVISCAIS encontra a estrada alcatroada. Vire à direita para logo a seguir sair da estrada e entrar ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) num monte. Onde o caminho faz uma curva 300 ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 270 à direita, saia por um trilho à esquerda e, 240 100 chegando ao pé de uma ruína, vire à direita 210 75 até se deparar, num caminho agrícola, com 180 50 0 um moinho com4 vistas largas. No início da 25 0 1 2 3 5 6 7 8 descida, chega ao cruzamento, onde pode S. MARTINHO DAS AMOREIRAS 0 S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (CURTO) 0 1 2atalhar 3 pelo 4 caminho 5 6 7 decidir mais curto, e PRAIA DA AMOREIRA PRAIA DA AMOREIRA seguir em frente para chegar a S. Martinho em 1,5 km, ou virar à esquerda, descendo ALTITUDE (m) oDISTÂNCIA (km) pelo vale, para perfazer percurso mais 250 longo por mais 5,5ALTITUDE km. Chegando em baixo, (m) DISTÂNCIA (km) 200 atravesse a estrada nacional e encami150 125 100 nhe-se para um vale que vai subindo até 50 75 à cumeada. Pouco depois do ponto mais 0 50 2 4 8 10 12 14 baixo 25 0 alto, desça o 6vale pela esquerda. Em CARRASCALINHO 0 CARRASCALINHO vire à direita, siga cerca de 200 m e corte 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 à esquerda, iniciando a subidaVILA para VILA DO BISPO (CURTO) DO BISPOo Moinho da Serra, passando um velho monte. Do moinho, volteALTITUDE um (m)pouco atrás, para DISTÂNCIA (km) seguir agora sempre em frente por 300 m. 125 100 Antes de uma casa, prossiga pela direita, 75 encontrando pouco depois um caminho 50 25 principal, que deve percorrer durante cerca 0 de 4004 m. Numa curva à direita, saia pela 0 2 6 8 10 12 14 15,5 esquerda e, 300 m à frente, no cruzamento, VILA DO BISPO (LONGO) VILA DO BISPO
S. LUÍS
Perfis topográficos
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
70 60 300 270 50 240 0 210 180 0
1
2
3
0 CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (CURTO) 0 1 2 3
4
5
6
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO
4
5
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (CURTO)
6
7
8
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
360 330 300 250 270
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
240 200 210 150 180 0 100 50 0 0
2
4
6
8
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (LONGO)
0
2
4
10
12,5
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
6
8
10
CARRASCALINHO
12
14
CARRASCALINHO
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
tome o caminho que desce pela direita até ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 100 S. 75 Martinho. 125 125
50 100 25 75 Avisos importantes 0 50 25 0
2
4
6
8
10
12
13,5
BORDEIRA 0 BORDEIRA (LONGO) Este percurso tem duas variantes, esteja 0 2 4 6 8 10 12 14 15,5 atento às(LONGO) marcações. VILA DO BISPO VILA DO BISPO
Dicas
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
125
Não se esqueça de visitar a padaria, famosa 75 pelo seu pão cozido a lenha de esteva. 50
100
25 0 Aproveite também para 8provar as famosas 0 2 4 6 10 12 14,5 alcôncoras de S. Martinho das Amoreiras. MALHADAIS MALHADAIS
93
11 Charneca de S. Teotónio Percurso Circular
As ruas de casas simples, com o seu comércio local, dão lugar a hortas e prados, a pastagens extensivas, onde o gado cresce devagar, e a florestas de sobreiro, medronheiro e pinheiro. Destas florestas se extrai cortiça, madeira, lenha, pinhas, bolota, cogumelos, espargos-bravos e tantas outras dádivas generosas.
javali macho adulto é geralmente solitário, juntando-se à fêmea apenas na época de reprodução. Contudo, por vezes o javali admite um jovem macho na sua companhia, usando-o como batedor. O trilho atravessa o Barranco de Água de Peixe, com a sua galeria de salgueiro e carvalho-português. Na travessia desta linha de água, observe os dejectos e pegadas de lontra, que ali pesca no recato do crepúsculo, fáceis de identificar pela presença de espinhas de peixe e carapaça de lagostins, deixados em sítios visíveis para marcação de território.
De todas elas, destaque para o medronho. A apanha deste fruto começa no Outono, quando os ramos dos medronheiros se enchem de frutos, e prolonga-se até Dezembro. É uma actividade de grupo, em que famílias e vizinhos se juntam bem cedo para escolher os frutos maduros que garantem a qualidade da aguardente, juntando-os em barricas para fermentar. No mês de Dezembro, o destilador entrega-se à arte da fermentação, que tem algo de magia e outro tanto de ciência. É um processo criativo, que exige intuição e sensibilidade do destilador, mas também rigor nos processos. A transformação da massa de fruto fermentado em aguardente de medronho é outro processo complexo, que tem passado de geração em geração.
Na região é conhecida a frase “São Teotónio nã drome”. Terá origem no facto do frade Teotónio ter passado a noite anterior à Batalha de Ourique a rezar pela vitória do rei D. Afonso Henriques. Contudo, a frase é usada actualmente para sublinhar o carácter lutador dos habitantes de S. Teotónio, capazes de vencer as maiores adversidades, mas também o seu lado folião, que se observa, por exemplo, na festa bianual
Pelas bermas do caminho, aprecie as plantas, que vão florindo à vez, ao longo do ano: medronheiro, rosmaninho, perpétuas-das-areias, urzes, tojos e orquídeas selvagens. Algumas destas plantas selvagens são usadas popularmente para curar maleitas, como é o caso do fel-da-terra, que acaba rapidamente com as ressacas. Nos campos abertos, aprecie as rapinas a caçar ou o canto das petinhas, cotovias e fuinhas-do-juncos. Nos caminhos de terra ou lama, repare nas pegadas das raposas, ginetas, texugos e saca-rabos. Nas zonas húmidas, onde predominam os juncos, mora o único roedor protegido da Europa, o rato-de-cabrera. Nos matos, a terra revolvida é sinal de que o javali por ali andou à procura de bolbos e pequenos animais. O
Estibeira Serro da Bica
S. TEOTÓNIO Pedreneiras Casa Nova da Cruz Pegões do Meio V.e do Fecho
V.e Juncal
94
Marouços
S. Teotónio, última vila alentejana antes do Algarve, é um pequeno centro de vida económica pulsante, entre a serra e o mar. No famoso Quintalão, o adro desta vila, inicia-se este percurso que nos leva por caminhos e trilhos estreitos ao longo da ribeira até à charneca, com(km)a sua ALTITUDE (m) DISTÂNCIA flora e fauna mediterrânicas.
70
Ficha técnica
75
50
25
0
0
2 4 5 6 exige dos1 mastros, um3 acontecimento que CENTRO DE INTERPRETAÇÃO muitas noites de preparação para cobrir a vila de flores de papel colorido.
0
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (CURTO)
360 330 300 270 240 210 180 0
200 m Fácil DISTÂNCIA (km)
Altitude máx./mín.
180 m / 130 m
Sentido aconselhado
Anti-horário
4 6 Época2recomendada
8 10 12 Setembro a Junho CENTRO DE INTERPRETAÇÃO
Perfil topográfico
DISTÂNCIA (km)
Descrição do6 percurso 2 4 8 10
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (LONGO)
Desnível acumulado
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (LONGO)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
200
S. Teotónio: no largo Gomes Freire, largo da Igreja, também conhecido por Quintalão. 0
3h
ALTITUDE (m)
50
Onde começar?ALTITUDE (m)
Duração aproximada
Grau de dificuldade
60
0
8,5 km
Extensão
180 160 140 120 0 0
12,5
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
1
2
3
4
5
6
7
S. TEOTÓNIO
Siga pelo Caminho Histórico em direcção a Odeceixe. Por baixo do cemitério, entre no vale sempre em conjunto com o Caminho ALTITUDE DISTÂNCIA (km) Histórico, atentando às(m)marcas a branco, 125 vermelho e amarelo. Continue em frente 100 sendo que, durante cerca de 1,5 km, a mar75 50 cação é discreta. Um pouco mais adiante, 25 encontra um caminho maior num planalto, 0 0 2 8 10se separam. 12 13,5 Vire onde os4vários6 percursos BORDEIRA (LONGO) BORDEIRA à esquerda e siga apenas a marcação amarela e vermelha, atravessando um vale. À saída desse vale, encontra um monte antigo onde corta à esquerda. Prossiga num novo ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) vale até chegar à ribeira de S. Teotónio, que 125 100 deve atravessar. Do outro lado, vire à direita 75 e continue no trilho durante cerca de 300 50 m. Atravesse novamente a ribeira e suba do 25 0 outro lado, contornando um12monte. Cerca 0 2 4 6 8 10 14,5 de 250 m depois do monte, entre MALHADAIS num camiMALHADAIS nho à esquerda e atravesse a charneca seguindo sempre a marcação, percorrendo uma boa parte em trilho estreito. Quando encontrar o caminho perto da estrada, corte à esquerda em cotovelo. No fim da vedação, siga no mesmo caminho pela direita e vá sempre em frente até chegar a S. Teotónio. A entrada na vila faz-se em
8 8,5 S. TEOTÓNIO
conjunto com a etapa do Caminho Histórico Odemira » S. Teotónio. ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 50
Avisos importantes 30 40 20
Este percurso coincide parcialmente com 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10,5 o Caminho Histórico. Tome atenção à CARRAPATEIRA CARRAPATEIRA sinalética. 10
Dicas ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
Aproveite as esplanadas do Quintalão e 75 visite também Igreja Matriz. 50 25 0 0
1
BORDEIRA (CURTO)
95
2
3
4
5
6 BORDEIRA
12 A Caminho de Totenique Percurso Circular
A origem do nome Sabóia poderá dever-se, como quer a lenda, a povoadores originários da região alpina de Sabóia, aqui chegados nos longínquos tempos medievais. A narrativa popular diz que um saboiano mercador, clérigo ou mesmo foragido (conforme as versões) montou uma estalagem junto à estrada. Esta seria decerto a que vinha de Garvão para o Algarve, a “estrada de Sabóia”, que o foral “velho” de Odemira cita.
cultura da campaniça, sendo hoje possível ouvir este instrumento um pouco por todo o concelho de Odemira, mas particularmente nesta freguesia de Sabóia. Chegando ao lugar de Totenique, encontramos uma ribeira de águas límpidas e frondosa vegetação ribeirinha. Este lugar, onde havia duas fontes com belíssima água, já foi em tempos bastante populado, com uma escola primária frequentada por cerca de 30 crianças, e que fechou portas em 1983, quando quase toda a população deixou o vale, em busca de melhores condições de vida. Recentemente algumas casas têm sido recuperadas por gentes de fora, em busca de paz e sossego.
Na Igreja Paroquial de N. Sr.ª da Assunção, em Sabóia, podem apreciar-se algumas obras interessantes, como uma tela em óleo sobre madeira de Santa Ana e a Virgem e outra de S. Joaquim, da Escola Flamenga (início do séc. XVII). Estas são terras de tocadores de viola campaniça, instrumento musical típico do Baixo Alentejo e a maior das violas portuguesas, de sonoridade muito rica. Tem 10 cordas e a forma de um oito muito pronunciado, com uma rosácea trabalhada em madeiras de diferentes cores, representando o sol do Alentejo. A origem deste instrumento é incerta, mas sabe-se que era tocada desde tempos imemoriais em bailes, folias, rodas ou a acompanhar o cante. Contudo, o uso mais célebre da campaniça é a acompanhar cantares à desgarrada, ou cantes a despique. Nos anos 60, esta viola foi considerada muito rara e em vias de extinção. Foram então tomadas medidas para revitalizar a
A estação do caminho de ferro, situada a meio caminho entre Sabóia e Santa Clara -a-Velha, é um edifício típico do Estado Novo, que ainda conserva elementos com interesse como o relógio, a balança e os painéis de azulejos. Entre Santa Clara e Sabóia, a atenção do caminhante vai dividir-se entre o desenho admirável do relevo na paisagem, a riqueza da flora e os inesperados encontros com um bando de perdizes, pintassilgos ou outras aves.
Onde começar? Sabóia: à entrada da aldeia, junto ao pequeno jardim.
Totenique
Santa Clara-a-Velha
Rio Mira
SABÓIA Bom Sítio Viradouro
96
Barragem de S.ta Clara
275 250 225 200 175 150 125 0 0
ALTITUDEcaminhamos (m) DISTÂNCIA (km) Saindo de Sabóia, por vales frescos, percorridos pelo rio Mira e pela ribeira de Totenique. Chegando ao cimo da serra, junto a um moínho em 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ruínas, somos surpreendidos pela vista da aldeia de Santa Clara -a-Velha. Em aldeias como esta, modos tradicionais de(km) ALTITUDE (m) DISTÂNCIA vida e de lazer ainda persistem e podem ser apreciados.
SANTIAGO DO CACÉM
280 260 240 220 200 180 160 0 0
0,5
1
20
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
DISTÂNCIA (km)
13,5 km
Extensão
0 0
Duração aproximada 0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
PORTO COVO
DISTÂNCIA (km)
155 m / 40 m
Altitude máx./mín.
0
Sentido aconselhado
Horário
1 recomendada 2 3 4 Época
5 6 Setembro a 7Junho8
RIBEIRA DE SEISSAL (MÉDIO)
Descrição do percurso
4,5
Algo difícil ALTITUDE (m)
5
4
400 m
Grau de dificuldade 280 260 240 220 200 180 160 140 0
4 h 30
PORTO COVO
Desnível acumulado
RIBEIRA DE SEISSAL
ALTITUDE (m)
ALTITUDE (m)
10
SANTIAGO DO CACÉM
RIBEIRA DE SEISSAL (CURTO)
Ficha técnica
30
RIBEIRA DE SEISSAL
Perfil topográfico DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
Siga pela rua principal. Antes da igreja vire à direita e saia da aldeia até ao cemitério, onde 150 encontra a etapa de ligação a Odemira do 100 50 Caminho Histórico. Siga pela esquerda pelo 0 vale até3atravessar uma7 ponte sobre o rio 0 1 2 4 5 6 8 9 10 Mira. Vire a esquerda e siga sempre nesse SANTA CLARA SANTA CLARA lado do rio. Ao fim de 1,5 km, enquanto o Caminho Histórico segue em frente ao longo do rio Mira, saia à direita para o vale lateral. (m) vê DISTÂNCIA Depois de cerca deALTITUDE 1,5 km, uma(km)pequena 175 ponte que leva a um aglomerado de casas 150 125 que outrora tinham muitos habitantes, um 100 75 lugar que dava pelo lindo nome de Toteni50 25 que. Não atravesse esta ponte. Suba ligeira0 0 2 4 e logo 6 10 12na bifurcação, 14 16 17 mente de8 seguida, siga BORDEIRA (LONGO) BORDEIRA à esquerda pelo vale. Do outro lado avista a antiga escola primária. Um pouco mais à frente, deixe o caminho principal e suba pela direita por entre sobreiros e medronheiros, até ao cume da serra. Chegado em cima, com vista para os eucaliptos, prossiga no caminho florestal para este, até à ruína de um moinho de vento, onde se avista Santa Clara e a Serra de Monchique. Desça do moinho até chegar à aldeia de Santa Clara, passe a igreja, alcance o rio e atravesse-o (atenção que antes da ponte parte o Percurso Circular De Santa Clara à Barragem). Vire à direita, passe por baixo da ponte e inicie a subida até ao depósito de água. Siga o caminho que começará a descer directamente para o vale. A meia encosta, vire à esquerda e siga na mesma até à estação de 200
DISTÂNCIA (km)
150 120 90 60 30 0 0
2
4
6
8
10
12
SABÓIA
13,5 SABÓIA
comboios de Santa Clara-Sabóia. Cuidado ALTITUDEDo (m) outro DISTÂNCIAlado, (km) ao atravessar a linha férrea! 125 atravesse a ribeira, vire à direita e siga sem100 pre o caminho principal até ao cemitério de 75 50 Sabóia, onde encontra o início do percurso. 25 0
0 2importantes 4 6 Avisos CARRAPATEIRA
8
10
12
14
CARRAPATEIRA
Cuidado! Antes da estação de caminho de ferro, terá de caminhar por 300 m na estrada. Circule com precaução e no sentido oposto ao trânsito. Existem outros percursos na zona. Além disso, parte deste percurso é coincidente com o Caminho Histórico. Tome atenção à sinalética.
Dicas Abastecimento durante o percurso: Aldeias de Santa Clara-a-Velha e Sabóia. Pode combinar este percurso com o percurso circular De Santa Clara à Barragem. 97
13 De Santa Clara à Barragem Percurso Circular
O percurso entre Santa Clara-a-Velha e a barragem é dominado pela albufeira e pela ribeira, nome localmente dado ao rio Mira. A Barragem de Santa Clara foi concebida para beneficiar cerca de 12 000 hectares de terreno, embora sirva também o consumo público. Mandada construir no tempo do Estado Novo, a albufeira é uma das maiores da Europa.
fonte do Azinhal, datada de 1892 e restaurada em 1995. É um óptimo local para piqueniques e a água é de excelente qualidade. A Igreja de Santa Clara de Assis, é da primeira metade do séc. XVI (embora os altares de talha dourada sejam do séc. XVIII). É um edifício de arquitectura religiosa manuelina, barroca, vernácula típica da Ordem de Santiago de Espada à qual este edifício pertenceu.
No percurso junto ao rio, a jusante da barragem, a vegetação ribeirinha inclui acácia, mimosa, choupo, freixo, salgueiro, juncos e atabúas. Os agriões e o poejo, plantas usadas na gastronomia local, atapetam os troços menos profundos do rio, fora da época das cheias. Os remansos mais profundos estão cobertos por nenúfares. Nos terrenos mais férteis, junto ao rio, há hortas e pomares de laranjeiras, figueiras e oliveiras. As aves marcam este percurso, cheio de bons habitats para alimentação e nidificação, embora a primazia caiba à pega-azul (localmente designada de charneco).
Poucas centenas de metros após ter deixado a aldeia, encontra-se a Ponte de D. Maria, concluída por volta de 1822. Esta ponte situa-se numa antiga via romana que ligava Arandis (Garvão) a Ossónoba (Faro) com um outro ramal para Pax Julia (Beja), razão pela qual é também conhecida como ponte romana. Apesar de não ser deste período, ela terá sido construída no local onde existia uma outra estrutura mais antiga, provavelmente romana. A Ponte D. Maria fechou ao trânsito de veículos no final do séc. XIX.
A aldeia de Santa Clara merece uma paragem com tempo. É quase obrigatório comprar produtos locais únicos, como o excelente mel e a aguardente de medronho. À entrada da aldeia, vale a pena parar na
Onde começar? Santa Clara-a-Velha: à entrada da aldeia, junto ao posto de turismo.
SANTA CLARAA-VELHA Cruz do Norte
Tisnadinha
Rio Mira
Sabóia Bom Sítio Viradouro
98
Barragem de S.ta Clara
Na pacata aldeia de Santa Clara-a-Velha vive-se a pureza da mística alentejana. É ela que dá o nome à barragem, o grande lago da imensa serra do concelho de Odemira. A presença constante da água e as vistas desafogadas sobre um Alentejo montanhoso dão ainda mais brilho a um passeio perfeito para toda a família.
Ficha técnica
275 250 225 200 175 150 125 0
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
10 km
Extensão
0
Duração aproximada 1
2
3
4
5
6
7
SANTIAGO DO CACÉM
Fácil
Grau de dificuldade ALTITUDE (m)
Descrição do percurso
0
DISTÂNCIA (km)
Altitude máx./mín.
210 m / 50 m
Sentido aconselhado
Anti-horário
0,5 1 1,5 2 2,5 Época recomendada
3,5 4 a Junho 4,5 5 Setembro
3
RIBEIRA DE SEISSAL (CURTO)
Passando pela igreja, vire à direita em direcção ao rio. Antes deste, siga pela esquerda (separando-se do outro Percurso Circular A Caminho de Totenique) e continue pela avenida Engenheiro Amaro da Costa. À saída da aldeia, siga sempre na mesma margem do rio, que leva por lindos campos agrícolas, para dentro do vale. Depois de uma curta subida, desça novamente e encontre de frente o paredão da Barragem de Santa Clara. Junto a este, vire à direita e suba, em curvas, até à barragem. Atravesse-a e conheça a praia fluvial. Prossiga por um trilho à beira da barragem durante cerca de 1,5 km. No fim, o caminho afasta-se da margem e sobe por um eucaliptal. Chegado ao cimo, atravesse o cruzamento, e siga na mesma direcção, subindo ainda mais até ter uma vista larga sobre a aldeia de Santa Clara e, ao longe, a Serra de Monchique. Desça para Santa Clara. Nesta parte do percurso, existe pouca sinalização, mas o trajecto é óbvio. Depois de passar a unidade de turismo rural, vire à direita. Um pequeno trilho leva a uma linda fonte empedrada, com belas sombras, antes de entrar de novo na aldeia.
9
200 m
Desnível acumulado
280 260 240 220 200 180 160 0
3h
8
SANTIAGO DO CACÉM
RIBEIRA DE SEISSAL
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
200 150 100 50 0 0
1
2
3
4
5
6
7
8
SANTA CLARA
9
10
SANTA CLARA
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
175 150 125 100 75 50 25 0
Existem outros percursos na zona. Tome atenção à sinalética. 0
Dicas
2
BORDEIRA (LONGO)
4
6
8
10
12
14
16 17 BORDEIRA
Abastecimento durante o percurso: na aldeia de Santa Clara-a-Velha existe uma mercearia ideal para se abastecer antes da caminhada. Pode combinar este percurso com o Percurso Circular A Caminho de Totenique.
Avisos importantes
Tome um banho refrescante na praia fluvial da Barragem de Santa Clara ou mais à frente, antes do trilho se afastar da barragem.
A meio da descida que segue para Santa Clara-a-Velha (ao longo de 1,3 km), o percurso tem apenas uma marca no início e no final do troço, de forma a acautelar os interesses do proprietário. O caminho é linear e não apresenta dúvidas.
Faça um piquenique na fonte, já na fase final do percurso, antes de regressar à aldeia. 99
14 Odeceixe-ao-Mar Percurso Circular
A foz da ribeira de Seixe é um deleite para o olhar. O doce fluxo da água vinda desde Monchique, depois de refrescar hortas e várzeas, derrama-se em abundância no oceano. No seu troço final, vai deixando sedimentos nas margens, criando labirínticas zonas húmidas que constituem habitats essenciais para a fauna. As garças-reais e as garças-brancas são presença habitual, assim como as aves limícolas. A vegetação, discretamente, faz-nos o grande favor de proteger as dunas do ataque do vento. Sem estes arbustos aromáticos, em forma de almofada para melhor resistirem ao vento, as dunas desapareceriam. A areia que as constitui seria levada para os campos agrícolas, casas e estradas, pelo vento que sopra do mar para terra. Vale a pena também apreciar as formas que a erosão do mar escava nas rochas das falésias. Estas rochas antigas estavam já dobradas e partidas pela formação de cadeias montanhosas antigas. Agora o mar e os pequenos riachos escavam-nas, acrescentando novas formas, igualmente espectaculares.
Onde começar? Odeceixe: no início da rua do Rio.
Descrição do percurso Saia do largo principal pela rua da Praia. Depois de uma parte inicial em caminho de terra, bem no coração da várzea, o trajecto segue por estrada de alcatrão até à praia de Odeceixe. Aqui, poderá tomar um café e aproveitar a vista desta praia considerada uma das Maravilhas de Portugal. Continue pelo passadiço e depois pela estrada até chegar ao grande estacionamento, em cima, depois siga o caminho à direita, sempre na direcção sul. Daqui em diante, começará a caminhar junto à costa, podendo apreciar as escarpas e vistas deslumbrantes. Após atravessar dois passadiços, chegará ao profundo barranco de Maria Vinagre. O trajecto afasta-se da costa por uma estradinha. Depois de pouco mais de 1 km, numa bifurcação, vire à direita, atravessando o barranco da Maria Vinagre. Quando chegar
Nos bosquetes deste Percurso Circular é fácil encontrar algumas plantas muito raras e endémicas do sudoeste de Portugal, como Adenocarpus anisochilus (arbusto de belas flores amarelas), Euphorbia transtagana (planta muito discreta, com uma seiva leitosa que é tóxica) e Centaurea vicentina (com vistosas flores púrpura na Primavera).
ODECEIXE Praia de Odeceixe S. Miguel
Vizigueira Malhadais
Barranco
Na avifauna, destaque para a petinha-dos-campos e petinha-dos-prados, a gralha-preta, a fuinha-dos-juncos, o picanço, o pica-pau, o trigueirão, a trepadeira-azul, o pintarroxo, o chapim-de-poupa e a escrevedeira-de-garganta-preta. Escondidas nos bosquetes, as rapinas saem para caçar nos campos abertos. É o caso da águia-cobreira ou do peneireiro-cinzento.
Baía dos Tiros Maria Vinagre
100
30 20 10 0 0
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Este Percurso Circular permite combinar um troço de beleza espetacular de trilhos de pescadores com a riqueza da várzea da ribeira de Seixe, a vida 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 rural dos habitantes das planícies de Maria Vinagre e as melhores vistas que Odeceixe oferece, a do lavadouro e ALTITUDE a do(m)moinho. DISTÂNCIA (km)
PORTO COVO
Ficha técnica
120 100 80 70 0 0
PORTO COVO
1
2
3
4
5
6
7
15 km
Duração aproximada 2
4
6
8
4 h 30
10
BARRAGEM DE CAMPILHAS (LONGO)
12
200 m Fácil
Grau de dificuldade ALTITUDE (m)
8
0
DISTÂNCIA (km)
Altitude máx./mín.
110 m / 10 m
Sentido aconselhado
Anti-horário
4 6 Época2 recomendada
8 10 12 13 Setembro a Junho
RIBEIRA DE SEISSAL (LONGO)
RIBEIRA DE SEISSAL
13
BARRAGEM DE CAMPILHAS
Desnível acumulado
280 250 220 190 160 130 100 0 RIBEIRA DE SEISSAL (MÉDIO)
DISTÂNCIA (km)
Extensão
90
280 260 240 220 200 180 160 140 0 0
ALTITUDE (m)
110
RIBEIRA DE SEISSAL
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
à bifurcação, vire à esquerda, deixando 120 o Trilho dos Pescadores que segue à 90 direita até ao Rogil. Continue em direc60 ção à Maria Vinagre. Pouco tempo antes 30 0 de2 entrar nessa aldeia, saia da estrada, 0 4 6 8 10 13,5 12 virando à esquerda, passando pelo lavaSABÓIA SABÓIA douro e seguindo pelo caminho ao longo do canal. Depois de 400 m, o caminho vira à direita, atravessando uma pequena estrada. DISTÂNCIA (km)junto às Depois de 500 m, ALTITUDE vire à(m)esquerda 125 casas. A partir daqui é sempre em frente 100 por hortas e florestas até ao Chabouco e 75 50 Malhadais, onde se inicia a descida para 25 Odeceixe e se pode disfrutar das magní0 0 2 4 6 8 10 12 14 lavaficas vistas, especialmente, junto ao CARRAPATEIRA CARRAPATEIRA douro público (vista para o Vale do Seixe) e junto ao moinho de Odeceixe (vista para a vila de Odeceixe). 150
Avisos importantes Entre a vila de Odeceixe e a praia, parte do percurso segue ao longo da estrada. Circule com precaução. Existem outros percursos na zona. Tome atenção à sinalética.
Dicas Abastecimento durante o percurso: ao km 3, na praia de Odeceixe ou ao km 10 em Maria Vinagre. 101
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100 75 50 25 0 0
2
4
6
8
10
12
ODECEIXE
14
15
ODECEIXE
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
125 100 75 50 25 0 0
0,5
VILARINHA
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
VILARINHA
15 Odeceixe-ao-Rio Percurso Circular
A ribeira de Seixe nasce na serra de Monchique e desagua na praia de Odeceixe, representando um importante corredor ecológico entre a serra e o litoral. Ocorrem aqui alguns peixes raros como o escalo-do-Arade, classificado como “criticamente em perigo”, e o barbo-do-sul, espécie endémica da zona meridional da Península Ibérica com estatuto de “em perigo”. Estes peixes necessitam de águas limpas, corrente e profundidade moderadas, pedras no fundo e muita vegetação nas margens, e a perda deste habitat específico assim como a invasão por espécies exóticas, provocam o seu declínio. Nesta ribeira foram identificadas diferentes espécies exóticas de peixes, entre as quais a perca-sol e a gambúsia. Outros animais característicos da ribeira de Seixe são a lontra, o lagarto-de-água, diversos morcegos e dezenas de aves. Na ribeira e nas pequenas barragens agrícolas pode ainda observar-se duas espécies de cágado: o cágado-de-carapaça-estriada e o cágado-mediterrânico.
carvalho-cerquinho. Nos magníficos matagais mediterrânicos abundam o zambujeiro, o sanguinho-das-sebes, a esteva, a estevinha, o estevão, o funcho, o espargo-bravo, a erva-azeitoneira, o folhado, o medronheiro, o cardo-do-algarve, o rosmaninho, a carvalhiça, a urze, a urze-branca, o tojo-do-sul, o tojo-molar, a gilbardeira, o folhado, a cenoura-brava e a aroeira. Abundam aves como a petinha, andorinha, alvéola, cotovia, trigueirão, abelharuco, rabirruivo, pintarroxo, pintassilgo e alcaravão. Ao cair da noite, os morcegos iniciam o seu banquete de insectos e as corujas e mochos procuram silenciosamente as suas presas nestas áreas mais abertas. No vale da ribeira de Seixe encontraram-se vestígios de povoamento humano desde a Pré-História, passando pela ocupação romana e árabe.
Onde começar? Malhadais: junto ao campo da bola. Odeceixe: no início da rua do Rio.
Estas galerias ribeirinhas contêm salgueiros, freixos, amieiros e carvalho português, e pontualmente, podem observar-se junto à ribeira, duas espécies-relíquia da flora de Monchique: o Carvalho-de-Monchique, um carvalho do mediterrâneo ocidental que mantém folhas durante todo o ano (uma das árvores mais raras de Portugal); e o Rododendro, um arbusto raro e endémico da Península Ibérica e região do Mar Negro, com elevado interesse científico, por ser considerada uma relíquia da flora do período Terciário. Este percurso permite também contemplar um dos mais raros habitats arbóreos de Portugal - os amiais paludosos - pequenos bosques de amieiro que ocupam terrenos junto à ribeira, revestidos de hera e rodeados de violeta-brava e feto-real. O trilho percorre ainda manchas de floresta de pinheiro-bravo, eucalipto, sobreiro e
ODECEIXE Praia de Odeceixe S. Miguel Malhadais
Porto de Pedras M.te do Carriço
Maria Vinagre Zambujeira de Baixo
102
300 270 240 210 180 0 0
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Este percurso acompanha, em grande parte, a ribeira de Seixe, cujas águas límpidas e galerias de árvores são um hotspot de diversidade. As sombras frescas 1 2 3 4 5 6 7 8 ao longo da ribeira contrastam com a vista maravilhosa sobre DISTÂNCIA (km) o vale do Seixe ALTITUDE e S.(m)Miguel com que nos presenteia a (km) ALTITUDE (m) DISTÂNCIA parte final do percurso.
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (CURTO)
120 110 100 250 90 200 80 150 70
Ficha técnica
360 330 300 270 240 210 180 0
0 BARRAGEM DE CAMPILHAS (LONGO) 0 2 4
6
8
10
12
8
25 0
2
3
4
DISTÂNCIA (km)
Anti-horário
5
6
7
10 13,5 Setembro a 12 Junho
8
BORDEIRA (LONGO)
Partindo de Malhadais, pelo caminho mais ALTITUDE (m)a sul DISTÂNCIA curto, siga em direcção em(km)conjunto 280 com o Caminho Histórico e tenha cuidado 250 ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 220 ao atravessar a estrada nacional. Siga sem125 190 160 100 pre em frente, passando por várias casas e 130 75 100 quintas, e, depois de cerca de 3 km, corte 0 50 2 4 6 8 10 12 seguida, 13 à esquerda num pinhal. Logo de 25 0 (LONGO) DE SEISSAL 0 RIBEIRA DE oSEISSAL Caminho Histórico segueRIBEIRA para a direita 0 2 4 6 8 10 12 14 15,5 em direcção ao Rogil; mantenha-se no VILA DO BISPO (LONGO) VILA DO BISPO percurso seguindo a sinalética amarela e vermelha. Depois de 500DISTÂNCIA m, atravesse a ALTITUDE (m) (km) estrada, siga em frente por 1 km e, numa 100 bifurcação, tome o caminho à direita que 75 desce para o vale num zigue zague. Con50 25 tinue pelo caminho natural até encontrar 0 um grande monte e uma pequena estrada 0 2 4 6 8 10 12 14 15 de alcatrão. Suba por essa estrada cerca ODECEIXE ODECEIXE de 400 m e, na curva, siga em frente por um caminho rural. Depois de passar uma exploração agrícola e atravessar um belo ALTITUDE (m) DISTÂNCIA montado de sobro, prossiga à (km) direita na 125 bifurcação. A partir daqui surgem várias 100 casas; deve seguir sempre ao longo do 75 50 vale perto do qual corre a ribeira de Seixe. 25 Quando avista S. Miguel, encontra o Cami0 0 5 0,5 1,5 2 que 2,5 vem 3 3,5 S.4 Teotónio. 4,5 nho 1Histórico de Siga VILARINHA VILARINHA em conjunto com esse percurso durante cerca de 600 m e, depois de atravessar uma várzea, enquanto o Caminho Histórico continua em frente, deve cortar à esquerda, subindo um caminho florestal. Chegando ao topo do monte, respire fundo e absorva o impacto de uma vista fantástica sobre o vale do Seixe e S. Miguel: este é um local perfeito para um piquenique. O caminho segue à esquerda por entre 103
8
BARRAGEM DE CAMPILHAS
6 Época recomendada
14
DISTÂNCIA (km)
Algo difícil 130 m / 10 m
Sentido aconselhado 1
12,5
300 m / 400 m ALTITUDE (m)
0 BARRAGEM DE CAMPILHAS (CURTO) 0 2 4
CARRASCALINHO
10
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
ALTITUDE (m)
90 100
13
4 h 30 / 5 h 30
Altitude máx./mín.
100 125
BARRAGEM DE CAMPILHAS
6 8 10 Descrição do percurso
CARRASCALINHO
12
6
110
0 50 4
4
Grau de dificuldade
80 75 2
2
Desnível acumulado
0 100 50 0
Duração aproximada
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (LONGO)
120
DISTÂNCIA (km)
14,5 km / 16 km
Extensão
0
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
ALTITUDE (m)
BORDEIRA
Perfis topográficos
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
40 30 125 20 100 10 75 0 50 25 0
1
2
0 ALMOGRAVE 0 2
3
4
5
6
7
10
12
8
8,5
ALMOGRAVE
4
6
8
14,5
MALHADAIS
MALHADAIS
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
125 100 75 50 25 0 0
2
4
6
8
10
ODECEIXE
12
14
16 ODECEIXE
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
montes e montados, passando uma ruína e75 subindo até ao cemitério de Odeceixe. 50 Por fim, tome muito cuidado ao atraves25 sar a estrada nacional para regressar ao 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 ponto de partida.
100
PRAIA DO AMADO
PRAIA DO AMADO
Avisos importantes O caminho mais longo deste percurso, que parte e regressa a Odeceixe, evita uma subida íngreme. Parte deste percurso é coincidente com o Caminho Histórico. Tome atenção à sinalética.
16 Amoreira
Percurso Circular
Neste percurso pode compreender-se o processo de colonização das dunas, desde o nível do mar até ao pinhal. Junto ao mar, as condições são agrestes – vento forte, exposição solar intensa, solo pobre e seco, salsugem (salpicos salgados do mar). Só verdadeiros “super-heróis das plantas” são capazes de crescer em tais condições. Aqui estão as camarinheiras, as perpétuas, o alecrim, o tomilho, o saganho-mouro, a roselha, a erva-das-sete-sangrias, o junípero e a joina-dos-matos. À medida que se caminha para o interior, a rudeza abranda e a vegetação começa a crescer em altura até atingir o pinhal, que assume a linha de defesa mais próxima das povoações. Todo este exército vegetal assume o papel de amenizar os factores mais agrestes da proximidade do mar, proporcionando às populações do litoral e às suas culturas agrícolas um ambiente muito mais suave e ameno. No pinhal ocorre uma das populações mais numerosas de uma planta endémica – Teucrium vicentinum.
Também as plantas endémicas desta costa, como Linaria ficalhoana, Biscutella vicentina, Diplotaxis vicentina e Thymus camphoratus, marcam presença na zona dunar da foz. De Fevereiro a Abril surgem diferentes orquídeas selvagens nas clareiras dos matos. A foz da ribeira de Aljezur é um paraíso para a observação de aves. Se é um observador de aves vale a pena demorar-se pela foz, de binóculos em punho. Observe especialmente as zonas que ficam a descoberto na maré vazia, nos sapais, juncais e bancos de areia, frequentados por aves limícolas. Na Primavera deleite-se com as cores vibrantes dos abelharucos. No traçado nascente desta rota, esgotado e emagrecido pela erosão, o solo das colinas deixa-se colonizar pelas estevas. As suas flores brancas, enormes, exibem por vezes uma lágrima vermelha na base. Como a floração ocorre na Páscoa, diz o povo que são as cinco chagas de Cristo que se mostram nas flores da esteva.
Onde começar? Praia da Amoreira: no estacionamento no lado norte da praia.
Praia de Vale dos Homens
Descrição do percurso Rogil
Praia da Carreagem Pedra da Mina Praia da Amoreira Monte Clérigo
Ponta da Atalaia
Ribeira de Aljezur Aljezur Vale da Telha
A partir do estacionamento, siga pela estrada, no sentido de Aljezur, durante 400 m. Depois de uma outra área de estacionamento, vire à esquerda, siga a várzea, atravesse a ribeira e, no cruzamento, antes de um monte grande, corte à direita. O caminho começa a subir e, chegando a um planalto, encontra-se com o Caminho Histórico, que deve seguir pela esquerda durante cerca de 1,3 km. Um pouco antes, no estradão de acesso à praia da Carreagem, vire à esquerda por um caminho que 104
120 110 100 90 80 0 0
ALTITUDE DISTÂNCIA (km) A partir da praia da(m)Amoreira, este percurso atravessa colinas cobertas por vegetação adaptada à secura e rica em plantas aromáticas. Ao matagal 1 2 3 4 5 6 7 8 mediterrânico sobre solos de xisto, sucedem-se os pinhais e matos sobre dunas de areia, com espécies raras deDISTÂNCIA plantas. ALTITUDE (m) (km) Ao longo da linha de costa, os xistos e grauvaques assumem formas espetaculares, criadas pelas forças tectónicas.
BARRAGEM DE CAMPILHAS (CURTO)
40 30 20 10 0 0
1
2
3
170
4
5
6
7
8
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
7 km
Extensão
150 130 0 0
BARRAGEM DE CAMPILHAS
ALMOGRAVE
Ficha técnica
190
Duração aproximada 1
2
3
4
5
2 h 30
6
CERCAL DO ALENTEJO
7
150 m
Desnível acumulado
Fácil
Grau de dificuldade ALTITUDE (m) 140 120 100 80 60 40 20 0
8,5
0
ALMOGRAVE
7,5
CERCAL DO ALENTEJO
DISTÂNCIA (km)
Altitude máx./mín.
90 m / 10 m
Sentido aconselhado
Anti-horário 7 8 9 11,5 Setembro a10Junho
1 2recomendada 3 4 5 6 Época
TROVISCAIS
TROVISCAIS
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
leva ao pé da duna. Aqui, siga em frente 100 subindo ligeiramente por entre pinhais e 75 dunas. Quando o caminho vira à esquerda, 50 aproveite para se desviar à direita por 300 25 0 m2 para4 visitar a 8espectacular praia da Car0 6 10 12 14 16 reagem. De volta ao percurso eODECEIXE seguindo ODECEIXE sempre em frente, para sul, durante 1,5 km, regresse ao ponto de partida. 125
ALTITUDE (m) Avisos importantes
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100 75 50 25 0 0
1
2
3
4
5
PRAIA DA AMOREIRA
6
7
PRAIA DA AMOREIRA
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
125
100
Parte deste percurso é coincidente com o Caminho Histórico. Tome atenção à sinalética.
75 50 25 0 0
1
2
Dicas
PRAIA DO AMADO
3
4
5
6
7
100 75 50 25 0 0
8
PRAIA DO AMADO
1
2
VILA DO BISPO (CURTO)
Abastecimento durante o percurso: na praia da Amoreira, há um café restaurante.
105
3
4
5
6
7
8
9
10
VILA DO BISPO
17 Carrascalinho Percurso Circular
Os solos arenosos, de ondulado suave, predominam no troço norte deste percurso, onde imperam os pinhais com matos de plantas aromáticas, orquídeas selvagens e plantas raras. Atravessam-se também campos agrícolas abertos, onde andorinhas, abelharucos e picanços capturam insectos e onde as aves de rapina caçam ratos e répteis. O percurso acompanha, e por vezes atravessa, linhas de água temporárias, como é o caso da ribeira das Amoreiras e dos barrancos da Atalaia e do Carrascalinho. Nos sítios que concentram mais humidade, predominam a videira silvestre, o salgueiro, a madressilva, a urze-branca e o pilriteiro. São frequentes pequenas represas (charcas) que os agricultores constroem para armazenar água, dado que o estio pode durar quatro meses ou mais, pelo que essas reservas de água são essenciais para o gado e para as culturas e acabam por ter um papel importante também para a vida selvagem. Uma aproximação discreta às charcas permite observar, por exemplo, o cágado-de-carapaça-estriada ou o cágado-mediterrânico, ambas espécies protegidas pela legislação europeia. Na flora do troço norte do percurso, sobre as areias, destaque para o cravinho-bravo, um cravo selvagem endémico do sudoeste da Península Ibérica, que se observa com muita frequência neste percurso, florindo na Primavera. Igualmente endémica e abundante, sobretudo nas bermas do caminho, e muito vistosa no final da Primavera, é a alcachofra-do-Algarve. Durante o percurso surgem também outras plantas raras e protegidas por lei, como o tomilho-canforado, que ocorre apenas na costa sudoeste de Portugal e em mais nenhum lugar do mundo ou a Euphorbia transtagana, uma planta discreta, também endémica do sudoeste português.
No troço sul do percurso, o relevo é bem mais acidentado, com vales profundos escavados pelas águas torrenciais nas rochas de xisto. As encostas, quando não estão cobertas por pinhal ou eucaliptal, apresentam magníficas florestas de sobreiros, medronheiros e uma enorme diversidade de arbustos e flores. Nas áreas de vegetação mais densa, são frequentes os vestígios de mamíferos carnívoros como a geneta, o saca-rabos, o texugo e a raposa. Após noites chuvosas é ainda mais fácil detectar as suas pegadas e dejectos, marcados nos caminhos, sob a vegetação densa.
Onde começar? Carrascalinho: no cruzamento para Serominheiro.
Descrição do percurso Caminhe durante 400 m em direcção a Serominheiro. Antes de uma casa do lado direito, vire à esquerda, passe uma pequena lagoa e suba por campos e pinhais. Depois de 700 m, vire à direita e vá até às primeiras casas, junto às quais deve cortar
Rogil Corte do Sobro
CARRASCALINHO Serominheiro
Corte Cabreira
Aljezur
106
190 170 150 130 0 0
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Esta caminhada leva-nos por uma grande variedade de paisagens: vastas charnecas, serras com vistas deslumbrantes, um lago escondido e vales 1 2 3 4 5 6 7 7,5 verdejantes, onde podemos observar o modo de vida de pequenos agricultores, lado a lado dos novos habitantes ALTITUDE (m) forasteiros DISTÂNCIA (km) que se vieram sedear aqui.
CERCAL DO ALENTEJO
140 120 100 80 60 40 20 0
Ficha técnica
200
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
190 180
14 km
Extensão
170 160 150 0 0
CERCAL DO ALENTEJO
Duração aproximada 0,5
1
1,5
2
2,5
3
S. LUÍS
400 m Algo difícil
Grau de dificuldade ALTITUDE (m)
240 210
DISTÂNCIA (km)
250 m / 50 m
Altitude máx./mín.
270
3,5
S. LUÍS
Desnível acumulado
300
4 h 30
Sentido aconselhado
Horário
1 recomendada 2 3 4 Época
5 6 Setembro a 7Junho8
180 0 0
1
TROVISCAIS
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11,5
0
TROVISCAIS
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (CURTO)
à esquerda pelo meio do pinhal. Passe rente a uma casa e, 200 m mais à frente, vire à direita. SigaALTITUDE pela(m)charneca durante DISTÂNCIA (km) pouco mais de 1 km, até encontrar um 100 grande campo aberto onde deve virar à 75 direita. Caminhe sempre em frente até à 50 25 estrada alcatroada, que deve percorrer pela 0 esquerda durante 50 m para, logo a7seguir, 0 1 2 3 4 5 6 continuar do lado oposto. Este caminho vai PRAIA DA AMOREIRA PRAIA DA AMOREIRA pela serra adentro. Pouco depois, inicie a subida e, depois do ponto mais alto, cruze um outro portão e uma ruína. Seguindo DISTÂNCIA atravesse (km) em frente, desçaALTITUDE para(m)o vale, 125 uma pequena ribeira e suba do outro lado. 100 Quando chegar em cima, encontra uma 75 50 secção de onde saem vários caminhos; 25 prossiga na mesma direcção, subindo ligei0 0 1 2 3 De 4 repente 5 6 abre-se 7 8 ramente. à9 sua10 frente VILA DO BISPO (CURTO) VILA DO BISPO uma vista larga que alcança o mar. Comece a descer, passando uma barragem à sua direita, e, 100 m à frente, vire em cotovelo à direita (atenção: pouco mais à frente passa a Via Algarviana, marcada a vermelho e branco). Passe umas casas em recuperação e comece a descer em direcção a Maria Serrão, seguindo sempre o caminho principal até encontrar a pequena estrada de alcatrão no vale. Siga pela esquerda durante pouco mais de 1 km e suba um caminho rural pela sua direita. Em cima, no cruzamento, siga em frente até pouco antes do moinho recuperado, saia à direita pelo montado, e continue sempre em frente até atravessar a ribeira. Do outro lado encontra o caminho inicial junto à estrada do Serominheiro, regressando ao ponto de partida. 107
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
250 200 150 100 50 0 0
2
4
6
8
10
12
CARRASCALINHO
14
CARRASCALINHO
Dicas ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
Não há abastecimentos durante o percurso, 100 excepto num café no ponto de partida. 75 125
50 25 0 0
2
VILA DO BISPO (LONGO)
4
6
8
10
12
14
15,5
VILA DO BISPO
18 Da Bordeira até ao Mar Percurso Circular
Este percurso circular tem uma zona de dunas, junto ao mar, e uma zona de colinas, mais interior. Nesta última, o caminho segue entre a vegetação adaptada à secura (florestas das encostas) e as comunidades adaptadas ao encharcamento sazonal (zonas húmidas dos leitos-de-cheia da ribeira). Estes terrenos são denominados várzeas e por vezes são usadas para agricultura ou pastoreio, já que o solo é muito fértil. Ao longo da várzea avista-se uma linha de árvores ou arbustos altos – trata-se da galeria ripícola, uma dupla faixa de vegetação ribeirinha que acompanha as duas margens da linha de água.
mesmo, fazendo pequenas escavadelas na areia. Os insectos são os mais fáceis de ver, inebriando-se de pólen nas flores que todo o ano marcam presença nestas magníficas dunas. As aves denunciam-se pelo canto e pegadas na areia do caminho. Especialmente importante para a avifauna é o pinhal do Bordalete e da Maroteira. São mais de 40 hectares de um pinhal de pinheiro manso de elevado valor estético e ecológico. Plantado para exploração da pinha e da madeira (usada essencialmente para construção de barcos), é actualmente propriedade privada.
Onde começar?
A área mais litoral do percurso segue pelas areias que cobrem o topo da falésia. A biodiversidade da vegetação é espantosa. Sinta o aroma delicado da perpétua-das-areias, da murta, do zimbro, da aroeira ou do rosmaninho. Aprecie o azul forte das flores da erva-das-sete-sangrias e do morrião-da-praia ou o amarelo intenso das flores da joina-das-areias e dos tojos. Os animais que habitam estas dunas sobre as falésias são muito discretos. Contudo, há sinais dos carnívoros, que deixam os seus dejectos sobre os arbustos, como forma de marcar território. Os coelhos fazem o
Bordeira: no largo da Bordeira (no início da rua do Comércio).
Descrição do percurso Do largo da Bordeira caminhe em direcção à saída da aldeia e atravesse a estrada N268. Na bifurcação adiante, tome o caminho da direita, passando sobre a ribeira da Bordeira e logo de seguida à esquerda, espreitando a vista sobre a aldeia nas suas costas, à medida que sobe. Já em zona de várzea, depois de descer e atravessar
Mesquita
Fome Aguda Bordalete Ribeira da Bordeira
Praia da Bordeira Maroteira Pontal da Carrapateira
BORDEIRA
Cerro da Cunca Carrapateira Ribeira da Carrapateira
108
Endiabrada
Samouqueira
Vale do Grou
0
1
2
3
4
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (CURTO)
360 330 300 270 240 210 180 0 0
0
6
200
140
0
2,5
ALTITUDE (m)
1
2
3
2 h / 4 h 30
4
5
Desnível acumulado Graus de dificuldade
6
7
ALTITUDE (m)
Muito fácil / DISTÂNCIA (km) Algo difícil
ALTITUDE (m)
3,5
duas ribeiras, tome o caminho da esquerda S. LUÍS 0 S. LUÍS 0 4 6 8apreciando 10 12ao 13,5 no2 entroncamento, longe a BORDEIRA (LONGO) BORDEIRA vegetação alta da galeria ripícola, até chegar a um velho monte, de nome Bordalete. (m) entre DISTÂNCIA Neste ponto podeALTITUDE optar ir (km) em frente 300 e regressar ao ponto de partida fazendo ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 270 apenas 6 km, ou continuar à direita, fazendo 240 125 210 100 o percurso longo. 180 75 0 50
2 4 5 mas6 começa 7 A1 subida é3contínua, a8 reveS. MARTINHO DAS AMOREIRAS lar o perfil do Pontal da Carrapateira ao 8 10 12 14,5 longe, até que se vislumbra a silhueta MALHADAIS MALHADAIS impenetrável da Costa Vicentina estendendo-se para norte e paraDISTÂNCIA sul. No entronALTITUDE (m) (km) camento o percurso segue à esquerda, 250 200 em trilho arenoso, fazendo um ligeiro 150 desvio para subir ao marco geodésico da 100 Mesquita, onde a vista circular inspira50 0 dora obriga a um8 olhar10 demorado, com 0 2 4 6 12 14 a baía da Arrifana para norteCARRASCALINHO e a praia da CARRASCALINHO Bordeira e o Pontal da Carrapateira para sul. O percurso aproxima-se da linha de costa, seguindo bem junto das falésias ALTITUDE (m) Bordeira, DISTÂNCIA (km) regresaté ao limite da praia da 125 sando ao interior através do emblemá100 tico e aromático pinhal do Bordalete. 75 50 Antes do Monte do Bordalete, vire à direita, 25 passe de novo a ribeira da Bordeira e con0 0 2 6 8 10 12 14 extrema 15,5 torne a4 várzea pelo caminho da VILA DO BISPO (LONGO) VILA DO BISPO até voltar a atravessar a estrada N268 e regressar à Bordeira. 25 0
0 S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (CURTO) 0 2 4 6
Avisos importantes Grau de dificuldade: o percurso tem muita areia junto à costa e no pinhal do Bordalete. Existem outros percursos na zona. Tome atenção à sinalética. 109
Sentido aconselhado 1
DISTÂNCIA (km)
120 m / 10 m
Altitude máx./mín.
10 0
2
3
Anti-horário
4
0 CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (CURTO) 0 1 2 3 4
5
6
7 8 10,5 Setembro a9 Junho
CARRAPATEIRA
CARRAPATEIRA
Perfis topográficos
0
0
2
4
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
6
8
10
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (LONGO)
0
6
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO
5 Época recomendada
360 330 300 75 270 240 210 50 180 0 25
8 8,5
100 m / 300 m S. TEOTÓNIO
70
DISTÂNCIA (km)
3
DISTÂNCIA (km)
6 km / 13,5 km
S. TEOTÓNIO
0 20 2
12
0
40 50 30 1,5
10
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO
Duração aproximada
120
0 50 1
8
160
60 50
0,5
6
Extensão
180
180 125 170 100 160 75 150 25 0
4
Ficha técnica
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
ALTITUDE (m)
190
2
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (LONGO)
Nesta caminhada vai sentir a forte ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) ligação desta aldeia histórica com a incrível zona costeira que lhe caracteriza o clima e o ritmo de vida. Pelo caminho conhecerá ainda o8 emblemático 2 4 6 10 12,5 pinhal do Bordalete e a praia da Bordeira, famosa pelo vasto (m) DISTÂNCIA (km) areal e dunas aALTITUDE perder de vista.
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (LONGO)
200
5
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO
1
12,5
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
2
3
4
5
BORDEIRA (CURTO)
6 BORDEIRA
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
125 100 75 50 25 0 0
2
4
6
8
10
12
BORDEIRA (LONGO)
13,5
BORDEIRA
Dicas ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
Abastecimento durante o percurso: apenas 100 na 75 aldeia da Bordeira. 125
50 25 0 0 MALHADAIS
2
4
6
8
10
12
14,5 MALHADAIS
19 Endiabrada e os Lagos Escondidos Percurso Circular
Este percurso atravessa matagais mediterrânicos de uma extraordinária diversidade, assentes em solos pobres de xistos. Encontram-se plantas aromáticas como a aroeira, o rosmaninho, a esteva e a perpétua-das-areias. Outros arbustos muito comuns nestes matagais são o tojo-do-sul, o tojo-molar, o carrasco, o medronheiro, o lentisco, a marioila, o trovisco, as urzes e a cebola-albarrã. Nas linhas de água, predominam a tamargueira, o salgueiro, o folhado e o sobreiro. Repare nos trilhos marcados nas barreiras do caminho, feitos pelos mamíferos, muito activos por estes lados durante a noite. Nesses trilhos é possível encontrar pegadas ou dejectos dos animais que os usam: javali, raposa, saca-rabos, texugo, fuinha e geneta. A freguesia da Bordeira, que inclui a Carrapateira, tem menos de 500 habitantes e uma densidade populacional de pouco mais de 5 habitantes/km 2 . Contudo, a aldeia torna-se grande na alma generosa e cosmopolita dos seus habitantes e no esplendor da natureza que a rodeia. No início ou no final do percurso, vale a pena percorrer as estreitas ruas, parar no café da aldeia e visitar a pequena e encantadora igreja de N. Sr.ª da Encarnação. Este templo foi construído em 1746, tem uma arquitectura simples, com um pequeno átrio
e, no interior, uma única nave com arco triunfal. O retábulo dos altares é em talha dourada barroca com motivos regionais algarvios. As imagens são dos séc. XVI a XVIII. A pia batismal é de estilo manuelino.
Onde começar? Bordeira: no largo da Bordeira (no início da rua do Comércio).
Descrição do percurso Do largo da Bordeira, o percurso segue por 300 m pelo Caminho Histórico, na direcção da Arrifana, entrando no primeiro caminho que encontra à direita. A partir deste ponto irá subir de forma gradual por um vale coberto de vegetação, com montado de sobro e zonas de sombra, até chegar a um cruzamento com 6 caminhos. Está na Endiabrada. Siga pela esquerda, e vire logo à direita, começando a descer de forma contínua. Na bifurcação, continue em frente para um regresso rápido à Bordeira, encurtando a volta para 7 km, ou vire à direita se optar por fazer o percurso longo. Logo após virar à direita passa uma ribeira e no final da pequena subida avistará o primeiro lago. Está num vale bem preservado com pouca intervenção humana, onde é possível sentir a essência
Mesquita
Fome Aguda Bordalete Praia da Bordeira Maroteira Pontal da Carrapateira
Ribeira da Bordeira Endiabrada
Cerro da BORDEIRA Cunca Carrapateira Ribeira da Carrapateira
Praia do Amado Vilarinha
110
Samouqueira
Vale do Grou
ALTITUDE (m)
200 180 160 140 120 0 0
275
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Esta etapa permite conhecer os bosques mediterrânicos do sopé da Serra de Espinhaço de Cão e usufruir da incrível região interior ao redor da 1 2 3 4 5 6 7 8 8,5 carismática aldeia da Bordeira.
S. TEOTÓNIO
30 20
2
3
5
6
DISTÂNCIA (km)
0,5
1
1,5
RIBEIRA DE SEISSAL (CURTO)
DISTÂNCIA (km)
190 m / 20 m
2
2,5
3
3,5
Anti-horário 4
4,5
5
RIBEIRA DE SEISSAL
Setembro a Junho
Época recomendada
1
9
Fácil / Algo difícil
Sentido aconselhado
0
3 4 mais 5 6 frente 7 8 passará 9 10,5 pelo Um2 pouco à segundo lago e de seguidaCARRAPATEIRA uma ruína em taipa. Vire à direita depois da ruína, entrando em zona de pinhal, que mais à frente dá lugar a uma paisagem mais árida, ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) até chegar ao extremo este deste percurso 75 e fazer uma viragem brusca à esquerda. 50 Está exactamente a meio caminho. A partir 25 deste ponto começa a descer, com o mar 0 bem ao fundo e as cristas da serra a embe0 1 2 3 4 5 6 lezar a paisagem, ao longo de quase 2 km, BORDEIRA (CURTO) BORDEIRA até virar à direita para uma descida íngreme que se cruza com um caminho embelezado por enormes sobreiros na base do vale. Já no eucaliptal, tome o caminho da esquerda, para cedo se juntar com o Caminho Histórico, que acompanhará até ao final do percurso. Passe o lugar da Samouqueira e siga sempre em frente de regresso à Bordeira, com a estrada N268 a correr paralela e não muito longo do seu lado direito.
ALTITUDE (m)
Altitude máx./mín.
0
8
150 m / 400 m
Graus de dificuldade
280 260 240 220 200 180 160 0
7
SANTIAGO 2 h 30 / 5DOhCACÉM 30
Desnível acumulado
10 0
4
Duração aproximada
desta região costeira através dos bosques de vegetação nativa.
40
1
SANTIAGO DO CACÉM
S. TEOTÓNIO
ALTITUDE (m)
7 km / 17 km
Extensão 0
50
DISTÂNCIA (km)
Ficha técnica
250 225 200 175 150 125 0
CARRAPATEIRA
Perfis topográficos
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
200 150 125 100 100 50 75 0 50 25 0
1
2
3
0 SANTA CLARA 1 0
4
5
6
7
8
9
10
SANTA CLARA
2
3
4
5
6
BORDEIRA (CURTO)
7 BORDEIRA
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
175 150 125 100 75 50 25 0 0
2
BORDEIRA (LONGO)
Avisos importantes Marcação: parte deste percurso é coincidente com o Caminho Histórico. Tome atenção à sinalética.
Dicas Encurte este percurso: a distância é de 17 km mas caso prefira, pode optar por uma volta mais curta de apenas 7 km, seguindo as indicações na zona da Samouqueira ao km 3,7. Abastecimento durante o percurso: apenas na aldeia da Bordeira. 111
4
6
8
10
12
14
16 17 BORDEIRA
20 Pontal da Carrapateira Percurso Circular
Vale a pena demorar-se na praia da Bordeira para apreciar como o mar esculpiu a areia em formas harmoniosas que vão mudando com as estações do ano. Esta praia, única e cheia de recantos, resultou da interacção entre os sedimentos vindos de Monchique, os depósitos deixados pelo mar, o trabalho insistente do vento e os caprichos das marés e das correntes. A Carrapateira faz as delícias dos veraneantes, dos surfistas, dos caminhantes, dos pescadores, dos percebeiros, dos biólogos... Nas dunas, a vegetação é exuberante: tomilho, perpétuas amarelas, alecrim, rosmaninho, camarinhas, morrião-das-areias, limónio, esteva… O rendilhado das falésias começa a ganhar novas formas, uma vez que a rocha começa a ser calcária a partir daqui, para sul. O calcário dissolve-se facilmente na água da chuva, que é levemente ácida. Assim,
Mesquita
Bordalete Praia da Bordeira Maroteira Pontal da Carrapateira
Bordeira
CARRAPATEIRA Ribeira da Carrapateira
Praia do Amado
Pedralva
a acção da água do mar, erodindo a falésia por baixo, combinada com a dissolução do topo, provocada pela chuva e pela água de escorrência, dá origem a buracos, cavernas, arcos e colunas de rocha. Materiais que se encontravam no seio do calcário, mas que são insolúveis, como as argilas vermelhas, formam depósitos rubros que contrastam com a alvura da rocha calcária.
Onde começar? Carrapateira: no largo do Comércio.
Descrição do percurso Partindo do largo da Carrapateira, vire à direita na estrada nacional e logo de seguida à esquerda, junto ao moinho, seguindo pela pista de areia mais adiante à direita, que vai até à ribeira. Percorra o passadiço de madeira, seguindo em direcção à praia pelo trilho estreito e pedregoso que segue paralelo à ribeira, até reencontrar nova passadeira de madeira. A vista sobre o areal da Bordeira é impressionante e em dias limpos é possível avistar a baía da Arrifana! Suba até voltar ao caminho principal em terra batida. Ao longo do Pontal da Carrapateira, existem vários miradouros, de onde se podem observar as arribas, dunas e a densa vegetação que as povoa. Pescadores e mariscadores espalham-se pelos inúmeros recantos do Pontal, onde se podem ainda encontrar um portinho de pesca e ruínas de um antigo povoado de pescadores sazonais conhecido como Povoado Islâmico da Ponta do Castelo. Deixando para trás a praia do Amado, vire na primeira à direita depois do estacionamento, atravessando uma zona de várzea com vegetação rasteira e uma pequena linha de água ladeada por tamargueiras. Depois da subida volta a ver a aldeia da Carrapateira. 112
70 60 50 0 0
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA Este Percurso Circular com(km)partida da aldeia da Carrapateira permite contemplar e experimentar de perto a relação tão próxima das gentes desta terra 4com o5 mar.6 Ao 1 2 3 longo do percurso encontra vários miradouros com vistas soberbas sobre as escarpas e os areais da Bordeira e do Amado e ainda ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) as ruínas de um antigo povoado islâmico sazonal de pescadores.
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (CURTO)
360 330 300 270 240 210 180 0
Ficha técnica
75 50
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
10,5 km
Extensão
25 0 0
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO
Duração aproximada 2
4
6
8
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO (LONGO)
3 h 30
10
12
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO
150 m
Desnível acumulado
Fácil
Grau de dificuldade ALTITUDE (m) 200 180 160 140
DISTÂNCIA (km)
Altitude máx./mín.
50 m / 0 m
Sentido aconselhado
Anti-horário
120 0
0
2 4 6 8 Avisos importantes
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (LONGO)
10
0
12,5
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
Ao percorrer o Pontal da Carrapateira encontrará vários desvios em direcção ao mar. Circule apenas pelos DISTÂNCIA passadiços em ALTITUDE (m) (km) madeira.
125
6 7a Junho 8 8,5 Setembro
1 2 3 4 Época recomendada
5
S. TEOTÓNIO
100
S. TEOTÓNIO
Perfil topográfico ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
6
8
50 40
75 50 25 0 0
Devido ao grande número de percursos nesta zona, tenha especial atenção à sinalética. 2 4 6 8 10 12 13,5
BORDEIRA (LONGO)
75
10 0 0
1
2
3
4
5
7
9
CARRAPATEIRA
Abastecimento durante o percurso: na CarALTITUDE rapateira, no Sítio do (m)RioDISTÂNCIA (km (km) 1,2), Sítio do Forno (km 6,4) e na praia do Amado (km 7,2).
100
20
BORDEIRA
Dicas
125
30
50
10,5
CARRAPATEIRA
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
75 50 25
25 0
0 0 MALHADAIS
2
4
6
8
10
12
14,5
0
MALHADAIS
1
BORDEIRA (CURTO)
113
2
3
4
5
6 BORDEIRA
21 Cerros da Carrapateira Percurso Circular
O troço mais sudoeste deste Percurso Circular, mais próximo do mar, segue entre pastagens, pousios e matos baixos e abertos. Predomina o tojo-do-sul, que na Primavera tinge as colinas de um glorioso amarelo. Mas a fazer-lhe companhia estão muitas outras espécies, como o tomilhocanforado e a esteva-de-Sagres (espécies que só podem ser encontradas na costa sudoeste de Portugal), a aroeira, o trovisco, a cebola-do-mar, o espargo-bravo ou a joina-das-areias. Nos pinhais de pinheiromanso, é frequente o tojo-prateado (Ulex argenteus), uma espécie endémica de Portugal; a cor dos espinhos não é verde como a maior parte dos tojos, mas cinzaprata, como o próprio nome indica. No troço mais a nascente deste percurso, encontra magníficas manchas de floresta de sobreiro com matagal de medronheiro, mas também comunidades mais pobres, em áreas onde antes já existiram sobreirais. O empobrecimento do habitat resultou do fogo e da plantação de pinhais e eucaliptais. O coberto arbustivo é aqui mais pobre, dominado pela esteva. As espécies invasoras (acácia e outras) aproveitam a perturbação para se imporem.
Praia da Bordeira
Ribeira da Bordeira
Maroteira
Endiabrada
Bordeira Pontal da CARRAPATEIRA Carrapateira
Cerro da Cunca Ribeira da Carrapateira
Praia do Amado Vilarinha
Pedralva
Aprecie a descida para a Vilarinha para contemplar os sobreirais, habitat de numerosas espécies da fauna. Nas aves, destaque para o tentilhão, a milheirinha, a carriça, as toutinegras, o rouxinol ou as felosas. Os sobreiros mais velhos, ou até mortos, fornecem as cavidades naturais necessárias para espécies cavernícolas como os morcegos e diferentes espécies de aves: corujas, pica-paus, torcicolo, chapins ou trepadeiras. Também comuns neste habitat são répteis como o sardão, a lagartixa-do-mato, a cobra-rateira e a cobra-de-escada.
Onde começar? Carrapateira: no largo do Comércio.
Descrição do percurso O percurso inicia-se no coração da aldeia da Carrapateira, sendo coincidente com o Percurso Circular Pontal da Carrapateira do ao longo de 1,5 km, até se desviar à esquerda e subir a um ponto alto com a primeira vista inspiradora sobre as praias do Amado e da Bordeira, ou da Carrapateira. Daqui segue ao longo de uma paisagem ondulante onde predomina o pinheiro manso, até se cruzar com a estrada N268. Do outro lado da estrada, siga pelo caminho principal, para cedo se desviar à esquerda e iniciar uma descida espectacular em trilho de pé posto até ao sopé de um vale bem preservado, coberto de vegetação autóctone. Antes de chegar à aldeia da Vilarinha irá juntar-se com o Caminho Histórico e o Percurso Circular Vilarinha. Pouco depois da aldeia, passa o cruzamento e 50 m depois vai à esquerda, atravessando a ribeira da Carrapateira sobre uma ponte para peões e bicicletas. Depois vire à direita e suba continuamente de novo até 114
280 260 240 220 200 180 160 0 0
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) As sucessivas panorâmicas que se obtêm do topo dos cerros, sobre as praias do Amado e Bordeira, aldeias da Carrapateira e Vilarinha, bem como de toda 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 a zona circundante até à Fóia em Monchique, tornam esta caminhada num espectáculo para quem aprecia grandes vistas. ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km)
RIBEIRA DE SEISSAL (CURTO)
Ficha técnica
280 260 240 220 200 180 160 140 0
120 90 60
50
30
0
0 3
4
5
6
7
8
9
2
3
4
5
6
10
0
SANTA CLARA
7
5h 8
RIBEIRA DE SEISSAL
400 m
Algo difícil ALTITUDE (m)
100
2
1
Grau de dificuldade
150
1
Duração aproximada Desnível acumulado
150
SANTA CLARA
14 km
RIBEIRA DE SEISSAL (MÉDIO)
200
0
DISTÂNCIA (km)
Extensão
0
RIBEIRA DE SEISSAL
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
Altitude máx./mín.
130 m / 10 m
Sentido aconselhado
Anti-horário 10 13,5 Setembro a 12 Junho
4 6 Época2 recomendada
8
SABÓIA
SABÓIA
Perfil topográfico ALTITUDE (m) 175 150 125 100 75 50 25 0
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
125 100 75 50
às alturas da serra. A panorâmica sobre o 0 2 4 6 8 10 12 14 16 17 vale da Vilarinha e a sucessão dos cerros BORDEIRA (LONGO) BORDEIRA da Carrapateira permitem que se aperceba da verdadeira dimensão desta zona costeira absolutamente incrível. Um pouco adiante volta a juntar-se ao Caminho Histórico que acompanhará até ao final do circuito. A subida agora é íngreme, antes de voltar a descer para chegar novamente à estrada asfaltada, de regresso à Carrapateira.
Avisos importantes Marcação: existem vários percursos na zona. Tome atenção à sinalética.
Dicas Abastecimento durante o percurso: apenas na aldeia da Carrapateira. Várias combinações possíveis: este percurso cria uma série de combinações possíveis, para vários dias a caminhar na região. Estude o mapa e tire o máximo partido da rede de percursos existente, combinando o Percurso Circular com a etapa Carrapateira » Vila do Bispo do Caminho Histórico e o Percurso Circular Pontal da Carrapateira. 115
25 0 0
2
CARRAPATEIRA
4
6
8
10
12
14
CARRAPATEIRA
22 Vilarinha
Percurso Circular
As encostas são de floresta e matos, sobre solos exaustos, emagrecidos por milénios de erosão. No fundo dos vales, contudo, a deposição de sedimentos criou algumas várzeas, com solos mais profundos, férteis e planos, junto às linhas de água. O trilho atravessa áreas agrícolas, florestas, matagais e linhas de água. Nas áreas agrícolas abundam as poupas, cotovias, trigueirões e alvéolas. Nas florestas de pinheiro-manso, os pica-paus esburacam as cascas dos troncos para construir pequenos orifícios nos quais partem as sementes para depois extrair pinhões. Nas florestas de sobreiro, abundam também os medronheiros, cujo fruto é usado para fazer a famosa aguardente. Nas linhas de água, dominadas pela tamargueira, podem colher-se amoras, erva-doce, rosas bravias, hortelã silvestre e poejo. Na água, flutuam os ranúnculos durante a Primavera e o Verão. Nas zonas húmidas e várzeas da Vilarinha pode encontrar-se 75% da totalidade das espécies de anfíbios existentes em Portugal, ou seja, salamandras, tritões, sapos e rãs, incluindo uma espécie rara e protegida, a rã-de-focinho-pontiagudo (Discoglossus galganoi). Os anfíbios desempenham papéis de grande importância nos ecossistemas, como o controlo das pragas de insectos, alimentando-se, por exemplo, das larvas aquáticas dos mosquitos.
aproveitarem a abundância de peixe e de marisco, caçarem ou recolherem frutos silvestres. Contudo, em locais seguros e de clima ameno, tinham os acampamentos de base, que seriam mais permanentes, uma vez que se encontram aí cemitérios e estruturas de armazenamento de alimentos. De facto, estes movimentos pendulares das pessoas em certas épocas do ano mantiveram-se até à actualidade. As pessoas continuam a sair das suas aldeias para caçar, pescar ou colher plantas selvagens, usando saberes cuja origem se perde no tempo. Por exemplo, todos os anos, no final da Primavera, muitos habitantes do litoral sudoeste percorrem as serras para colher orégãos, que, depois de secos, se guardam para usar no resto do ano. Os caçadores locais continuam actualmente a caçar perdizes, uma das espécies cujos ossos são mais comuns nas estações arqueológicas da região. A pesca ainda é, para muito habitantes locais, uma forma de complementar o sustento das famílias, sobretudo na Primavera e Verão.
Ribeira da Bordeira Bordeira
Endiabrada
Cerro da Cunca
Este território foi profundamente transformado pelo ser humano, sobretudo a partir do Mesolítico, há mais de 8000 anos a.C.. As populações queimavam a floresta para promover o crescimento de ervas e favorecer os animais herbívoros, importante base da alimentação. Após o fogo, a vegetação menos densa facilitava também o acesso dos caçadores e o avistamento da caça. Estas populações usavam acampamentos temporários junto ao mar ou na serra, consoante a época do ano, para melhor
Carrapateira Ribeira da Carrapateira
VILARINHA
Pedralva
116
Samouqueira
280 260 240 220 200 180 160 140 0 0
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) Este pequeno Percurso Circular combina os trilhos antigos da serra e seus arbustos aromáticos (alguns com picos!) com o lindo caminho rural que segue 1 2 3 4 5 6 7 8 e atravessa várias vezes a ribeira da Carrapateira.
RIBEIRA DE SEISSAL (MÉDIO)
Ficha técnica
280 250 220 190 160 130 100 0
ALTITUDE (m)
5 km
Extensão
0
Duração aproximada 2
4
6
8
10
RIBEIRA DE SEISSAL (LONGO)
RIBEIRA DE SEISSAL
ALTITUDE (m)
120
75
90 30
25
0
0 0
2
4
6
8
10
SABÓIA
Onde começar?ALTITUDE (m) 125
2 recomendada 4 6 8 Época
10 12 a Junho 14 15 Setembro
ODECEIXE
ODECEIXE
Perfil topográfico DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
Vilarinha: junto ao painel da Rota Vicentina.
100
Horário
Sentido aconselhado 0
13,5
12
SABÓIA
DISTÂNCIA (km)
120 m / 20 m
Altitude máx./mín.
50
60
13
Algo difíicl
DISTÂNCIA (km) 100
2h
150 m
Desnível acumulado
150
12
RIBEIRA DE SEISSAL
Grau de dificuldade ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
DISTÂNCIA (km)
125 100 75
75
Descrição do percurso
50 25
50 25 0
0 0
2
4
6
8
10
12
14
De frente para o painel, vireCARRAPATEIRA à esquerda para, logo na bifurcação, cortar à direita, seguindo as marcas brancas e vermelhas (do Caminho Histórico). Percorra o vale da ribeira e transponha a mesma por várias vezes. No ponto onde confluem duas ribeiras, atravesse para a direita e entre no vale da Pedralva. Volte a cruzar a ribeira por duas vezes e, 500 m depois da segunda travessia, na bifurcação com o Caminho Histórico, suba à direita pelo eucaliptal, até chegar à cumeada. Lá em cima, apanhe o caminho da direita durante cerca de 100 m e saia à esquerda por um trilho que se encaminha para o vale da Vilarinha. No ponto onde encontra o Percurso Circular Cerros da Carrapateira, vire à direita e percorra o restante trajecto até à povoação da Vilarinha e ao ponto de partida.
CARRAPATEIRA
Avisos importantes Este Percurso Circular é coincidente com dois trilhos do Caminho Histórico, tenha especial atenção à sinalética. Em períodos de alta pluviosidade este caminho não é transitável. 117
0
0,5
VILARINHA
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
VILARINHA
23 Amado
Percurso Circular
Saindo de manhã cedo, é provável encontrar muitas aves como o pombo-bravo, o falcão-peregrino, a gralha-de-bico-vermelho, o rabirruivo e as gralhas-de-nuca-cinzenta. Nos caminhos notam-se dejectos, pegadas e tocas de coelho, raposa, saca-rabos e lontra. Os habitats sobre as falésias são essenciais para a conservação de plantas que, na verdade, são muito raras a nível global, como é o caso de Armeria beirana, Teucrium vicentinum, Cistus palhinhae ou Thymus camphoratus e, nas encostas dos vales fundos, as linhas de água são dominadas pela tamargueira. Os matagais enchem-se de flores e aromas na Primavera, com arruda, diferentes espécies de urzes, murta, espargo-bravo, cardo-do-algarve, trovisco, aroeira, carrasco, rosmaninho, zimbro e rosa-albarã. Na praia da Murração encontram-se os melhores afloramentos rochosos do período Carbónico marinho em Portugal, com mais de 300 milhões de anos. Nas dobras e falhas das rochas das falésias, os geólogos estudam a formação de uma cadeia montanhosa antiga, hoje completamente arrasada, mas que, aquando da formação do supercontinente Pangeia, se elevou mais do que qualquer outra montanha portuguesa actual. Nessas rochas, as dobras maiores estão já muito arrasadas pela erosão, mas adivinham-se pelas camadas rochosas inclinadas, por vezes quase verticais, contendo pequenos fósseis de organismos marinhos, muito importantes para a reconstituição da evolução da vida nessa era longínqua. As rochas antigas e deformadas são atravessadas por filões de outras rochas, resultantes de magma que consolidou antes de conseguir chegar à superfície, durante a abertura do oceano Atlântico, na Era dos Dinossauros. Mais recentes, com cerca de 200 milhões de anos, são os coloridos arenitos vermelhos e amarelos, que começam
a observar-se logo na praia do Amado, resultantes de depósitos continentais. A praia da Murração está classificada como local de enorme interesse geológico (geossítio) pois, entre outros aspectos, apresenta a secção mais contínua e melhor datada da Formação de Bordalete (unidade muito importante do Carbónico marinho português), expõe o carreamento da Carrapateira (um dos acidentes tectónicos mais conhecidos da zona sul portuguesa) e mostra os filões doleríticos e básicos alcalinos (excelente testemunho dos fenómenos que conduziram à abertura do oceano Atlântico). Junto à praia da Murração, há uma estação arqueológica com vestígios de fogueiras e dos alimentos nelas cozinhados pelos povos pré-históricos. Este tipo de estação é comum na costa sudoeste de Portugal e denomina-se “concheiro” uma vez que nele predominam as conchas de moluscos marinhos.
Onde começar? Praia do Amado: no parque de estacionamento, junto aos apoios de praia.
Praia da Bordeira Maroteira Pontal da Carrapateira
Cerro da Carrapateira Cunca
Praia do Amado
Praia da Murração
Pedralva
118
280 250 220 190 160 130 100 0 0
Praias incríveis,ALTITUDE caminhos (m) DISTÂNCIA (km) íngremes por paisagem serrana, vistas maravilhosas com o mar em pano de fundo e barrancos fundos: um percurso inesquecível! 2
4
6
8
10
RIBEIRA DE SEISSAL (LONGO)
12
Ficha técnica
40 30
DISTÂNCIA (km)
8 km
Extensão
20 10 0
13
0
RIBEIRA DE SEISSAL
Duração aproximada 1
2
3
4
5
6
7
ALMOGRAVE
(m) dos DISTÂNCIA (km) Dirija-se à praia e,ALTITUDE depois bares, tome 100 o caminho à esquerda, seguindo para sul 75 em conjunto com o Trilho dos Pescadores. 50 Depois de 200 m, atravesse o vale pela 25 areia, apanhe o trilho que sobe ligeiramente 0 0 2 4 8 Atravesse 10 12 um14segundo 15 por cima da6 praia. ODECEIXE vale e suba novamente o trilho do ODECEIXE outro lado. Onde este trilho começa a descer, suba à esquerda seguindo sempre pela cumeada.
50
Sentido aconselhado
Horário
2 recomendada 4 6 8 Época
10 12 16 Setembro a14Junho
25 0 0
ODECEIXE
ODECEIXE
Perfil topográfico
DISTÂNCIA (km)
Quando encontrar um caminho rural, siga 100 na mesma direcção por mais 500 m. Nesse 75 momento vire à direita e inicie uma descida 50 do vale, atravessando a ribeira, suba do lado 25 0 oposto, encontrando, no cimo, um grande 0 5 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 monte abandonado. Passe do lado direito VILARINHA VILARINHA da casa para, logo a seguir à mesma, sair do caminho, entrando num pequeno trilho do lado esquerdo, que se encaminha em arco até ao próximo vale. Atenção à marcação, já que o caminho não é facilmente percetível. A travessia da ribeira faz-se por um pequeno trilho quase fechado. Quando começar a subir, encontra um caminho rural, que, segue pela direita até encontrar o Trilho dos Pescadores. 125
Virando à direita, desça até à praia da Murração. Para continuar a caminhada, assim que chegar à praia, atravesse imediatamente o areal pela direita ou, então, aproveite para tomar um banho. Em ambos os casos tenha atenção às correntes marítimas e às condições do mar, pode dar-se o caso de não se poder atravessar a praia. Suba pelo trilho marcado até à chamada “casa do engenheiro” e desfrute de uma vista absolutamente estonteante para a Costa Vicentina, com as suas imponentes falésias recortadas. Depois da casa, saia do caminho pela esquerda por um trilho que desce e sobe para o vale, até à praia do Amado. 119
DISTÂNCIA (km)
104 m / 0 m
Altitude máx./mín.
75
8,5
Difícil ALTITUDE (m)
100
8
400 m
Grau de dificuldade 125
3 h 30
ALMOGRAVE
Desnível acumulado
Descrição do percurso
ALTITUDE (m)
ALTITUDE (m)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
100 75 50 25 0 0
1
2
3
4
PRAIA DO AMADO
5
6
7
8
PRAIA DO AMADO
Chegando à praia, se as condições marítimas permitirem, pode prosseguir pelo areal até ao ponto de origem. Caso contrário, atravesse e siga por cima da arriba, regressando pelo mesmo caminho que percorreu no início.
Avisos importantes Tenha atenção às condições do mar na praia da Murração e do Amado. Não arrisque! Existem outros percursos na zona. Tome atenção à sinalética.
24 Cordoama
Percurso Circular
Apesar de se tratar de um planalto, este trilho está longe de ser plano, sendo rasgado por declives abruptos pela erosão das linhas de água. Abundam os arbustos adaptados ao vento – zimbro, sargaça, camarinheira, aroeira, lentisco, trovisco e tojos. Alguns deles apenas existem no Sudoeste de Portugal, como é o caso da esteva-do-sudoeste, o tomilho-canforado ou o tojo-de-Sagres. A diversidade de plantas é enorme e revela-se plenamente na Primavera, mas esta área é também um importante corredor para aves migradoras e, entre final de Setembro e início de Outubro, concentram-se aqui milhares de aves na rota outonal de África. Algumas espécies migram durante a noite, descansando e alimentando-se durante o dia. Outras migram durante o dia, como é o caso das águias, das cegonhas, dos flamingos, das alvéolas ou dos abelharucos. Algumas nem precisam de parar para descansar e alimentar-se, porque o fazem em voo, como é o caso das andorinhas e dos andorinhões! A migração envolve muitos riscos e dezenas de milhões de aves morrem anualmente durante os seus percursos. O litoral para sul da Carrapateira é o reino do percebe, um crustáceo marinho que faz parte do grupo dos caranguejos e camarões. O seu aspecto é muito original, pois tem apenas um pé, que adere fortemente à rocha, e uma unha, onde se aloja a maioria dos órgãos vitais. O percebe é simultaneamente macho e fêmea, reproduzindo-se da Primavera ao Outono, incubando os ovos no seu interior até à eclosão das larvas. Ser apanhador de percebe (o percebeiro) é uma profissão de grande risco, uma vez que os locais de apanha são rochas de difícil acesso, sujeitas a forte ondulação marinha. Outrora muito abundante, este crustáceo é actualmente cada vez mais escasso.
Onde começar? Vila do Bispo: no mercado municipal.
Descrição do percurso Dirija-se para a rotunda e siga para a rua do Centro de Saúde; no fim corte à esquerda e acompanhe a marcação conjunta com o Caminho Histórico, passando o campo da bola. Pouco antes da estrada nacional, siga pelo caminho do lado esquerdo, que segue em paralelo a essa estrada. Chegando ao alto, olhe o panorama atrás de si. Depois de cerca de 1,5 km decida-se pela opção mais curta do percurso, que se encaminha directamente para a Cordoama, ou escolha a versão longa, incluindo a praia da Barriga. No primeiro caso, o percurso segue pela esquerda sempre em direcção ao mar, até à falésia da Cordoama. Para fazer o trajecto completo, prossiga em conjunto com o Caminho Histórico, sempre paralelo à estrada, por mais 1,2 km. Aí, deixe o Caminho Histórico e siga pela esquerda em direcção à costa durante 1,9 km. À sua direita sai o Trilho dos Pescadores em direcção à Carrapateira, no entanto, deve cortar à esquerda e, pouco depois, encaminhar-se para a direita, em direcção a uma casa que Praia do Mirouço Praia dos Mouranitos Pena Furada Praia da Cordoama Praia do Castelejo
Cerro da Barriga
Três Casas
VILA DO BISPO
120
ALTITUDE (m) 190 170 40 150 30 130 20 0 10 0
DISTÂNCIA (km) 200
ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) O caminho começa atravessando o planalto sem fim, quando, de repente, nos encontramos em 1 2 3 4imponentes 5 6 7 7,5 cima das mais falésias por 4onde descemos 1 2 3 5 6 7 8 8,5 até às praias selvagens da Barriga e da Cordoama, ALTITUDE (m)ondas. DISTÂNCIA (km) famosas pelas suas
0 CERCAL DO ALENTEJO 0
140 120 100 125 80 60 100 40 75 20 0 50
180 140 170 120
160 100 150 80 60 0 40 0 20 0 S. LUÍS 1 0
1
1,5
2
2
3
4
5
6
2,5
8
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
1
Avisos importantes Este percurso tem duas variantes e existem outros percursos na zona, esteja atento às marcações. 121
DISTÂNCIA (km)
DISTÂNCIA (km)
120 m / 0 m
Altitude máx./mín. Sentido aconselhado 1
2
3
11,5
Algo difícil
ALTITUDE (m)
270 210 75 180 50 0 25 0
3,5
10
TROVISCAIS
Grau de dificuldade
240 100
0 TROVISCAIS 0 2
9
300 m / 450 m
Desnível acumulado
300
3
LUÍS 3 h 30 / 5 h S.30
7
TROVISCAIS
deixará também do seu lado direito. Continue 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11,5 em frente, ignorando dois desvios à direita TROVISCAIS 4 6 8 12 14 16 que não têm saída. A10descida em direcção ODECEIXE ODECEIXE à praia da Barriga é épica. Chegando ao vale, vire à direita até que o caminho atraALTITUDE (m) de DISTÂNCIA (km) a praia vesse a ribeira. Não deixe visitar 100 da Barriga e, regressando ao percurso, ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) 75 siga em frente até um pinhal. No entron100 50 camento, progrida no caminho que desce 75 25 ligeiramente do outro lado e atravessa um 50 0 25 0 1 2 3 4 próxima 5 6 7 vale suave. Numa encruzilhada, AMOREIRA PRAIA DA AMOREIRA 0 PRAIA DAencontra, vindo do lado esquerdo, a versão 0 1 2 3 4 5 6 7 8 mais curta deste mesmo percurso. Prossiga PRAIA DO AMADO PRAIA DO AMADO pela direita até à impressionante falésia da Cordoama. No fim, um trilho leva até ALTITUDE (m) DISTÂNCIA (km) à praia com o mesmo nome. Atenção às 125 100 condições do mar ao atravessar o areal 75 para sul. Do outro lado, suba por um trilho 50 e, cerca de 50 m à frente, corte à esquerda e 25 0 alcance a zona do miradouro, lugar popular 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 para a prática de parapente. Siga a pista VILA DO BISPO (CURTO) VILA DO BISPO durante 900 m até começar o alcatrão e continue por mais 400 m até encontrar o Trilho Ambiental do Castelejo. A nossa proposta é que siga à direita, pelo vale; sendo o caminho mais longo, é também o mais bonito, atravessando interessantes florestas. Se preferir, pode ir em frente e encontrar, a cerca de 600 m, uma área de merendas. Junto à entrada sul do parque ambiental, saia do vale pela direita e encontre de novo o Caminho Histórico, que segue pela esquerda e por uma pequena estrada com muito pouco trânsito até Vila do Bispo. 25 0
DISTÂNCIA (km) DISTÂNCIA (km)
10 km / 15,5 km
0,5
Duração aproximada
ALMOGRAVE
ALTITUDE (m)
ALTITUDE (m) ALTITUDE (m)
Extensão
CERCAL DO ALENTEJO
ALMOGRAVE
Ficha técnica
190
4
0 S. MARTINHO DAS AMOREIRAS (CURTO) 0 1 2 3
Anti-horário
5
6
7
8
S. MARTINHO DAS AMOREIRAS
Época recomendada
4
5 Setembro a6 Junho7
PRAIA DA AMOREIRA
PRAIA DA AMOREIRA
Perfis topográficos
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
250 200 150 125 100 50 75 0 50 25 0
2
4
0 CARRASCALINHO 0 1 2
6
8
10
12
14
CARRASCALINHO
3
4
5
6
7
8
VILA DO BISPO (CURTO)
9
10
VILA DO BISPO
ALTITUDE (m)
DISTÂNCIA (km)
125 100 75 50 25 0 0
2
VILA DO BISPO (LONGO)
4
6
8
10
12
14
15,5
VILA DO BISPO
Dicas Se quiser fazer mais uma pequena caminhada, aproveite o Trilho Ambiental do Castelejo com 3,5 km, que começa junto à área de merendas, na estrada entre Vila do Bispo e a praia da Cordoama.
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123
Outras ofertas
da Rota Vicentina Percursos de Bicicleta
Para além dos Trilhos Pedestres, desde 2019, a Rota Vicentina passou a oferecer uma rede de Percursos de Bicicleta, dando assim também aos ciclistas a possibilidade de se embrenharem por novos lugares e desbravarem os trilhos mais recônditos do sudoeste de Portugal.
BTT e Gravel Com mais de 1000 km de percursos de bicicleta todo-o-terreno (BTT) e gravel, distribuídos pelo concelho de Odemira, esta rede tem como principais portas de entrada as vilas de Odemira, S. Teotónio, S. Luís, Santa Clara-a-Velha e Colos.
Existem 38 percursos circulares e uma Grande Travessia organizados em 4 níveis de dificuldade, acessíveis a todos: dos iniciados aos mais experientes, para serem realizados em autonomia e segurança, preferencialmente de Setembro a Junho. Consulte o mapa interactivo no site e escolha o seu percurso de acordo com o nível de dificuldade e outros parâmetros.
Touring bike Para os viajantes em bicicleta híbrida, a Rota Vicentina também disponibiliza um percurso em GPS por caminhos mistos, que liga os aeroportos de Lisboa e Faro, bem como toda a oferta turística no território da Rota Vicentina e as estruturas de apoio aos ciclistas.
SINALÉTICA PERCURSOS DE BTT virar à esquerda
seguir em frente
virar à direita
percurso errado
perigos diversos
percursos nos dois sentidos
percurso BTT em área protegida
Grande Travessia BTT
percurso partilhado com caminhantes
descida perigosa
trânsito
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Para que possa apenas concentrar-se em desfrutar da sua viagem, conheça no site as melhores propostas da rede de parceiros da Rota Vicentina, nomeadamente programas que incluem actividades de duas horas a vários dias, com ou sem alojamento.
Programas e Actividades Outra das apostas da Rota Vicentina são os Programas e as Actividades de Natureza, Cultura e Bem-Estar, oferecidos e desenvolvidos pelos parceiros da Associação, na sua maioria por pessoas e empresas familiares locais.
Agenda
O grande objectivo desta oferta é mostrar a autenticidade cultural e a natureza selvagem deste território.
Esta ferramenta está disponível no site da Rota Vicentina e permite que todos possam estar a par do que acontece na região da Costa Alentejana e Vicentina.
Assim, cada actividade é desenhada e é orientada pela comunidade local que se presta a abrir a porta de sua casa e mostrar a região como apenas um local poderia experimentá-la. Vale a pena parar e mergulhar ainda mais nesta região através de actividades para a mente, corpo e alma: • Turismo de Natureza: passeios guiados a pé ou de bicicleta, a cavalo, com burros, surf, observação de aves, e outras ofertas para um pleno contacto com a natureza; • Actividades Culturais: passeios culturais, oficinas de artes e ofícios tradicionais e experiências guiadas com a comunidade, para conhecer as histórias desta terra e de quem cá vive; • Bem-estar: massagens, yoga, meditação orientada e outras experiências para relaxar corpo e mente. 125
Desde mercados até espectáculos, também na agenda digital poderá encontrar uma selecção de eventos e actividades propostas pela comunidade.
Informações
Úteis
A Rota Vicentina na web rotavicentina.com
No site oficial da Associação encontra toda a informação que integra este Guia de Campo e muito mais.
Oferta turística » Se vem até à Costa
Alentejana e Vicentina, reserve directamente connosco, estará a preferir as empresas que são parceiras do projecto, que investem, conhecem e preservam a Rota Vicentina! Na hora de reservar, a sua escolha fará toda a diferença! Desta forma, garante também o seu contributo. Na área de reservas Rota Vicentina vai encontrar: • Propostas de programas de caminhada, bicicleta e outras actividades; • Uma listagem com alojamentos ao longo de toda região e formulários de contacto directo com os mesmos;
Mapa interactivo » Para ver de forma
intuitiva e imediata todos os serviços turísticos à sua disposição e a sua localização relativamente aos trilhos da Rota Vicentina.
Downloads » Para descarregar os tracks em GPX e KMZ.
Guia de ajuda » Para aceder à informa-
ção essencial e planear a sua visita à Rota Vicentina.
Loja online » Para comprar materiais da Rota Vicentina: mapas, guias em várias línguas e outros materiais promocionais.
Ajude-nos
• Torne-se sócio: se acredita neste projecto, dê o seu contributo, tornando-se membro da Associação por 60€/ano e receba um kit promocional incluindo Mapa e Guia. • Questionário ao Caminhante: depois de percorrer a Rota Vicentina, dê-nos 5 minutos do seu tempo e preencha o questionário online. • Qualidade dos trilhos: ao fazer a sua caminhada, se encontrar falhas de marcação, equipamento danificado, lixo ou qualquer outra situação, tome nota, se puder tire fotografias e entre em contacto connosco. • Voluntários e Padrinhos: se gostaria de ajudar de uma forma mais regular, fale connosco.
Contactos úteis » Para informações
sobre alojamentos, restaurantes e activi• Serviço de táxis e transfers para o trans- dades culturais ou desportivas, contacte porte de passageiros e bagagens; o posto de turismo mais próximo, ou vá a rotavicentina.com • Actividades, restaurantes e comércio local para tornar a sua estadia inesquecível; Para qualquer situação relacionada com o bom funcionamento da Rota Vicentina, • Agências de viagem e operadores turísti- por favor contacte-nos: cos, se o que procura é uma empresa espe- info@rotavicentina.com cializada para tratar de todos os detalhes (+351) 283 327 669 da sua viagem.
S.O.S. » Emergência 112 » GNR Ambiente e Território 808 200 520
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Ficha
Técnica
2.ª edição (e-book)
Rota Vicentina, Julho 2024
Coordenação Marta Cabral
Textos
Beatriz Silvestre, Carla Guiomar, Irene Nunes, José Granja, Marta Cabral, Marta Curto, Paula Canha, Sara Serrão
Fotografia
Dóra Simay, Fábio Mestrinho, Irene Nunes, João Mariano, José Granja, Thomas Ortegat - Traen
Revisão
Beatriz Silvestre, Irene Nunes
ISBN
978-989-35350-3-5
rotavicentina.com
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Índice
44 Trilhos dos Pescadores 46 48 50 52 54 56 58 60 62 64 66 68 70
4 Sobre a Região 4 5 6 6
Características da paisagem Contexto histórico-social Clima Como chegar e deslocar-se
8 Sobre a Associação 8 Filosofia e missão 8 Oferta 9 Objectivos
10 Sobre os Trilhos Pedestres da Rota Vicentina 10 Como percorrer os Trilhos Pedestres da Rota Vicentina 12 Sinalética 13 Duração 13 Modificações de itinerário 13 Responsabilidade 13 Código de conduta 14 Regras e recomendações
15 Turismo Responsável na Rota Vicentina 16 Caminho Histórico 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 42
Santiago do Cacém » Vale Seco Vale Seco » Cercal do Alentejo Cercal do Alentejo » Porto Covo Cercal do Alentejo » S. Luís S. Luís » Odemira Sabóia » Odemira Odemira » S. Teotónio S. Teotónio » Odeceixe Odeceixe » Aljezur Aljezur » Arrifana Arrifana » Carrapateira Carrapateira » Vila do Bispo Vila do Bispo » Cabo de S. Vicente
S. Torpes » Porto Covo Porto Covo » Vila N. de Milfontes Vila N. de Milfontes » Almograve Almograve » Zambujeira do Mar Zambujeira do Mar » Odeceixe Odeceixe » Aljezur Aljezur » Arrifana Arrifana » Carrapateira Carrapateira » Vila do Bispo Vila do Bispo » Sagres Sagres » Salema Salema » Luz Luz » Lagos
72 Percursos Circulares 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 110 112 114 116 118 120
Santiago Histórico Praia do Sissal Arrozais de Campilhas Cercal do Alentejo Charcos Mediterrânicos Hortas de S. Luís Senhora das Neves Dunas de Almograve Troviscais ao Mira S. Martinho das Amoreiras Charneca de S. Teotónio A caminho de Totenique De Santa Clara à Barragem Odeceixe-ao-Mar Odeceixe-ao-Rio Amoreira Carrascalinho Da Bordeira até ao Mar Endiabrada e os Lagos Escondidos Pontal da Carrapateira Cerros da Carrapateira Vilarinha Amado Cordoama
124 Outras ofertas da Rota Vicentina 124 Percursos de Bicicleta 125 Programas e Actividades
126 Informações Úteis 127 Ficha Técnica 128
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Guia de Campo Oficial da Rota Vicentina editado nos seguintes idiomas: Português, Inglês, Alemão e Francês.